1. DEPARTAMENTO
ECONOMIA AGRÁRIA
Hortofrutícultura 2013
COMPETITIVIDADE E
INOVAÇÃO NA AGRICULTURA
Carlos Noéme
noeme@isa.utl.pt
COTHN
Março 2006
2. DEPARTAMENTO
ECONOMIA AGRÁRIA
Competitividade e Inovação na Agricultura
Os últimos 20 anos trouxeram uma forma diferente de organização no
que respeita à produção/venda de produtos agro-alimentares. Com
efeito, e particularmente no que respeita à União Europeia, a
Distribuição passou a ter um papel fundamental no sector agro-
alimentar, podendo mesmo atribuir-se-lhe um carácter organizador
e/ou estruturante.
A competitividade da produção agrícola e alimentar baseia-se na
capacidade de integrar a lógica da distribuição que, por sua vez, exige
uma permanente inovação com base na diferenciação de produto
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ECONOMIA AGRÁRIA
Competitividade e Inovação na Agricultura
A problemática da Competitividade e Inovação na Agricultura, está
associada a dinâmicas que incluem:
↪ a designada estratégia de Lisboa
↪ o poder crescente da distribuição
↪ a organização dos produtores e o padrão de especialização
produtiva
Estas dinâmicas, por sua vez, têm tratamento diferenciado conforme
estejamos a analisar a produção de cereais, leite, ou frutas e vegetais
frescos.
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ECONOMIA AGRÁRIA
Competitividade e Inovação na Agricultura
Crescimento
do Mercado
Café
Beb
Ho Fr
Lac
Vin
Azeit
Car
Cerv
Al An
Quota
do Mercado
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Competitividade e Inovação na Agricultura
A estratégia de Lisboa está já associada à nova PAC baseada no
decoupling tendo em vista, a prazo, reduzir e até terminar as ajudas à
produção
Esta nova abordagem implica:
↪ o reforço da orientação para o mercado, obrigando a uma
constante pesquisa de novas oportunidades
↪ sustentabilidade ambiental
↪ inovação do produto e do processo como forma de garantir o
reforço de vantagem competitiva
↪ a produção baseada em padrões de qualidade elevada, com o
resposta às exigências do consumo
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Competitividade e Inovação na Agricultura
No que respeita ao papel da distribuição, verificamos que a maioria da
produção agrícola e alimentar é hoje vendida através das grandes
superfícies
Mesmo para as frutas e legumes, os países do Sul da Europa que
tinham a menor tradição de venda através das grandes superfícies,
começam também a ter um peso crescente da participação das suas
vendas através da grande distribuição
Um inquérito realizado em Espanha em 2004, revelava que a grande
distribuição detinha uma quota de mercado de 42% para a fruta e 40%
para os vegetais frescos e batata
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Competitividade e Inovação na Agricultura
A UE é o segundo maior produtor de Legumes e frutas a nível
mundial, com uma produção de 9%, sendo o maior importador (25%
das importações mundiais) e o segundo maior exportador (20% das
exportações mundiais)
As frutas e hortícolas está particularmente desenvolvido no Sul da
Europa, sendo que, em média, representam cerca de ¼ da produção
agrícola desses países (incluindo Portugal)
O tomate é o produto hortícola com maior peso na produção de
hortícolas da UE (15 milhões de toneladas) e o grupo dos citrinos é o
que representa maior produção nas frutas com 10 milhões de
toneladas, seguido da maçã com 9 milhões de toneladas
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Competitividade e Inovação na Agricultura
O total da produção de UE-15 ascende, nos hortícolas a 55 milhões de
toneladas e nas frutas a 57 milhões de toneladas
Os novos estados membros produzem 9 milhões de toneladas de
hortícolas e 6 milhões de toneladas de frutas, sendo a Polónia o
principal produtor com 5 milhões de hortícolas e 3 milhões de frutas
O consumo de hortícolas frescos e frutas na UE tem-se mantido
estável, com 46 e 43 milhões de toneladas, respectivamente
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Competitividade e Inovação na Agricultura
Portugal produz cerca de 1 milhão de toneladas de frutas e cerca de
800 mil toneladas de hortícolas frescos
O peso das importações de hortícolas no total das importações
agrícolas foi, em 2002, de 4,5% e para as frutas de 7,9%,
representando, no seu conjunto, 230 milhões de euros
As exportações de hortícolas representou 5,4% do total das
exportações agrícolas, tendo as frutas um peso de 5,3% do total das
exportações agrícolas representando, no seu conjunto, 47 milhões de
euros
O complexo de produção agro-alimentar, mostra uma grande
dependência do exterior: na UE-15, Portugal é o país que apresenta o
maior valor de défice líquido a seguir ao Luxemburgo –311,7 € per
capita, superior à Suécia (–261,4€), longe da Espanha (+95,4€)
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Competitividade e Inovação na Agricultura
Recomendações gerais – alguns contributos
2. Melhoria da organização da produção em todas as fases
3. Reforço da verticalização da cadeia de produção, privilegiando a
contratualização com a grande distribuição
4. Desenvolvimento de I&D em parceria com os centros tecnológicos e
as universidades, por for forma a reforçar o caracter de inovação de
produto e/ou de processo
5. Incentivo à criação de marcas, com apoio à promoção do produto
português em Portugal
6. Definição de uma estratégia de orientação exportadora, suportada
em apoios públicos, e coordenada por organizações de produtores
7. Incentivar o desenvolvimento dos produtos de 4ª e 5ª gama
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