3. Rita Freitas 2006 3
AVALIAÇÃO DE RISCOS
• Conceitos e a terminologia, relativos ao
processo de avaliação de riscos;
• Metodologias de avaliação dos riscos (ex.:
por sector de actividade, por tipo de risco,
por profissão, por operação, por
componente material do trabalho);
• Metodologias e técnicas de avaliação de
riscos potenciais na fase de concepção;
4. Rita Freitas 2006 4
AVALIAÇÃO DE RISCOS
• Metodologias e técnicas de identificação de
perigos (ex.: observação directa, entrevistas,
consulta dos trabalhadores, informação técnica
especializada, listas de matérias primas, produtos
intermédios, subprodutos, resíduos e produtos
finais, rotulagem e fichas de segurança de
produtos químicos, listas de absentismo, de
doenças profissionais e de acidente de trabalho,
investigação de acidentes, incidentes e falhas);
• Técnicas qualitativas e quantitativas de estimativa
de riscos;
5. Rita Freitas 2006 5
AVALIAÇÃO DE RISCOS
• Técnicas de análise indutivas e dedutivas;
• Critérios e valores de referência contemplados
nomeadamente na legislação, na normalização,
nos códigos de boas práticas aplicáveis aos
riscos profissionais (ex.: valores limite de
concentração, indicadores biológicos de
exposição, indicadores estatísticos de
sinistralidade e de doenças profissionais, índices
de explosividade, pressões máximas admissíveis,
tensões de segurança);
6. Rita Freitas 2006 6
AVALIAÇÃO DE RISCOS
AVALIAÇÃO:
TESTE
TRABALHO ESCRITO
9. Rita Freitas 2006 9
AVALIAÇÃO DE RISCOS
• PROCESSO DINÂMICO QUE DEVE:
– COBRIR O CONJUNTO DE ACTIVIDADES DA
EMPRESA;
– ENVOLVER TODOS OS SECTORES E TODOS
OS DOMÍNIOS DA ACTIVIDADE PRODUTIVA;
– ACOMPANHAR OS SEUS MOMENTOS
DETERMINANTES.
10. Rita Freitas 2006 10
AVALIAÇÃO DE RISCOS
PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS GERAIS:PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS GERAIS:
DEVE SER DIRECCIONADA PARA ACOMPANHAR
TODOS OS RISCOS E PERIGOS RELEVANTES
• IDENTIFICAR OS RISCOS SIGNIFICANTES
• IDENTIFICAR OS PERIGOS INERENTES AOS
ASPECTOS DO TRABALHO COM EVIDENTE
POTENCIAL DE DANO
• AS DEFINIÇÕES LEGAIS AJUDAM A IDENTIFICAR OS
PERIGOS
• A AVALIAÇÃO DOS RISCOS É FEITA A PARTIR DOS
PERIGOS IDENTIFICADOS
11. Rita Freitas 2006 11
AVALIAÇÃO DE RISCOS
A IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS E A AVALIAÇÃO
DE RISCOS DEVEM APOIAR-SE EM
ABORDAGENS SISTEMÁTICAS
• ASSEGURAR QUE TODOS OS ASPECTOS
RELACIONADOS COM O TRABALHO SÃO
ABRANGIDOS
• DEVE INCLUIR AS SITUAÇÕES QUE CONFIGUREM
PERIGO GRAVE OU IMINENTE E A NECESSIDADE
DE INTERVIR EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA
• O NÍVEL DE DETALHE DA AVALIAÇÃO DEVE SER
PROPORCIONAL, ADEQUADO E SUFICIENTE À
NATUREZA DOS RISCOS SIGNIFICANTES
ENCONTRADOS
12. Rita Freitas 2006 12
AVALIAÇÃO DE RISCOS
SER DIRECCIONADA PARA O QUE
EFECTIVAMENTE ACONTECE NO LOCAL DE
TRABALHO E DURANTE O TRABALHO
• TER EM CONTA AS PRÁTICAS REAIS DE
TRABALHO
• CONSIDERAR AS ACTIVIDADES NÃO INSERIDAS
NAS ROTINAS
• TER PRESENTE AS INTERRUPÇÕES DE
ACTIVIDADE
• DAR ESPECIAL ATENÇÃO ÀS MODIFICAÇÕES DAS
CONDIÇÕES DE TRABALHO
13. Rita Freitas 2006 13
AVALIAÇÃO DE RISCOS
ASSEGURAR QUE TODOS OS GRUPOS DE
TRABALHADORES OU TERCEIROS QUE
POSSAM SER AFECTADOS OU, MESMO,
POTENCIAIS VÍTIMAS SÃO DEVIDAMENTE
CONSIDERADOS
IDENTIFICAR OS GRUPOS DE
TRABALHADORES VULNERÁVEIS
14. Rita Freitas 2006 14
AVALIAÇÃO DE RISCOS
TER EM CONTA AS MEDIDAS DE
PREVENÇÃO EXISTENTES
SEMPRE QUE VÁRIAS EMPRESAS
DESENVOLVAM ACTIVIDADES EM
SIMULTÂNEO NO MESMO LOCAL DE
TRABALHO OS EMPREGADORES
DEVEM:
• CONSIDERAR OS RISCOS PARA OS
SEUS PRÓPRIOS TRABALHADORES
15. Rita Freitas 2006 15
AVALIAÇÃO DE RISCOS
• CONSIDERAR OS RISCOS PARA OS TRABALHADORES DOS
OUTROS EMPREGADORES
• COOPERAR NUMA AVALIAÇÃO GERAL DE RISCOS
COMPETINDO ASSEGURAR A COORDENAÇÃO:
• À EMPRESA UTILIZADORA (t. temporário ou cedência de m. o.)
• À EMPRESA EM CUJAS INSTALAÇÕES OUTROS
TRABALHADORES PRESTAM SERVIÇO
• À EMPRESA ADJUDICATÁRIA DA OBRA OU DO SERVIÇO
16. Rita Freitas 2006 16
AVALIAÇÃO DE RISCOS
O PROCESSO DEVE DESENVOLVER-SE
POR ETAPAS:
• UMA AVALIAÇÃO GLOBAL QUE PERMITA
EXCLUIR RISCOS ACEITÁVEIS
• CARACTERIZAR RISCOS BEM CONHECIDOS QUE
SEJAM FACILMENTE CONTROLÁVEIS
• DETERMINAR OS RISCOS QUE CARECEM DE
ANÁLISE MAIS PORMENORIZADA
• AVALIAR OS RISCOS QUE CARECEM DE ANÁLISE
MAIS DETALHADA
• IDENTIFICAR NECESSIDADES DE AVALIAÇÃO
SEQUENTES
17. Rita Freitas 2006 17
AVALIAÇÃO DE RISCOS
APOIAR-SE EM MODELOS BÁSICOS
DE AVALIAÇÃO SECTORIAIS, DESDE
QUE:
• O MODELO SEJA APROPRIADO AO TIPO DE
TRABALHO DESENVOLVIDO
• SEJA ALVO DE ADAPTAÇÃO ÀS SUAS
PRÓPRIAS SITUAÇÕES DE TRABALHO REAIS
• SEJA DESENVOLVIDO PARA ABRANGER
PERIGOS E RISCOS NÃO CONSIDERADOS NO
MODELO BÁSICO
18. Rita Freitas 2006 18
AVALIAÇÃO DE RISCOS
A avaliação não deve ser configurada como
uma actividade isolada do empregador, dos
seus representantes, ou dos técnicos que
trabalham sob a sua responsabilidade, mas
ser desenvolvida num contexto de
participação dos trabalhadores e dos seus
representantes para a segurança e saúde do
trabalho, que devem ser consultados
aquando da avaliação e informados das suas
conclusões.
19. Rita Freitas 2006 19
AVALIAÇÃO DE RISCOS
OS RESULTADOS RELEVANTES DA
AVALIAÇÃO DEVEM SER
OBJECTO DE REGISTO
• Posto de trabalho/local
• Descrição da situação de risco
• Sim Não Medidas de
• prevenção
• Data Responsável
IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS RISCO PRIORITÁRIO
ACÇÕES A DESENVOLVER
20. Rita Freitas 2006 20
AVALIAÇÃO DE RISCOS
AS INFORMAÇÕES RESULTANTES DA
AVALIAÇÃO QUE CONTENHAM DADOS
PESSOAIS SÃO CONFIDENCIAIS
21. Rita Freitas 2006 21
AVALIAÇÃO DE RISCOS
A ACTIVIDADE TÉCNICA DE AVALIAÇÃO DE
RISCOS SÓ DEVE SER REALIZADA POR
PESSOAL PROFISSIONALMENTE COMPETENTE:
• TÉCNICOS DE SHT
• MÉDICOS DO TRABALHO
• ERGONOMISTAS
• PSICÓLOGOS E SOCIÓLOGOS DO TRABALHO
• ENGENHEIROS DE SEGURANÇA
• HIGIENISTAS INDUSTRIAIS
• ... / ...
22. Rita Freitas 2006 22
AVALIAÇÃO DE RISCOS
A ACÇÃO PREVENTIVA E OSA ACÇÃO PREVENTIVA E OS
PRINCÍPIOS GERAIS DAPRINCÍPIOS GERAIS DA
PREVENÇÃOPREVENÇÃO
Princípios Gerais de PrevençãoPrincípios Gerais de Prevenção
(Artº 6º / Directiva 89/391/CEE – Artº(Artº 6º / Directiva 89/391/CEE – Artº
8º /DL 441/918º /DL 441/91
23. Rita Freitas 2006 23
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Matriz metodológica de Controlo de
Avaliação de riscos
1. Evitar os riscos
2. Avaliar os riscos não evitados
3. Combater os riscos na origem
4. Adaptar o trabalho ao homem
5. Atender à evolução da técnica
6. Substituir o que é perigoso pelo que é isento
de perigo ou menos perigoso
24. Rita Freitas 2006 24
AVALIAÇÃO DE RISCOS
7. Planificar a prevenção com um sistema
coerente (técnica, organização, condições e
ambiente de trabalho, relações sociais)
8. Priorizar a protecção colectiva relativamente
à Individual
9. Formar, informar e consultar
10. Comunicar riscos
11. Gerir riscos
25. Rita Freitas 2006 25
AVALIAÇÃO DE RISCOS
As estratégias para identificação de
perigos e controlo de riscos devem
basear-se na consulta e participação
de todos os que trabalham num
mesmo local de trabalho:
empregadores, gestores e
trabalhadores e/ou seus
representantes, de acordo com as leis
e práticas nacionais.
26. Rita Freitas 2006 26
AVALIAÇÃO DE RISCOS
A utilização de serviços
externos não deve ser feita em
substituição do devido controlo
da higiene e segurança por
parte do empregador,
juridicamente responsável por
este aspecto.
27. Rita Freitas 2006 27
AVALIAÇÃO DE RISCOS
A demarcação entre avaliação e
controlo de riscos no trabalho é,
em termos práticos,
frequentemente pouco clara: na
prática o próprio acto de
avaliação de riscos conduz
frequentemente ao
estabelecimento de medidas de
controlo dos mesmos.
29. Rita Freitas 2006 29
AVALIAÇÃO DE RISCOS
• Os termos «perigo» e «risco» nem
sempre são utilizados no mesmo
sentido em todos os Estados-Membros
da Comunidade, o mesmo
acontecendo no âmbito das diferentes
disciplinas científicas.
• As definições usadas são as seguintes:
30. Rita Freitas 2006 30
AVALIAÇÃO DE RISCOS
perigo:perigo: propriedade ou
capacidade intrínseca de uma
coisa (materiais, equipamentos,
métodos e práticas de trabalho,
por exemplo) potencialmente
causadora de danos;
31. Rita Freitas 2006 31
AVALIAÇÃO DE RISCOS
risco:risco: probabilidade do
potencial danificador ser
atingido nas condições de
uso e/ou exposição, bem
como a possível amplitude
do dano;
32. Rita Freitas 2006 32
AVALIAÇÃO DE RISCOS
avaliação do risco:avaliação do risco: processo de
avaliar o risco para a saúde e
segurança dos trabalhadores no
trabalho decorrente das
circunstâncias em que o perigo
ocorre no local de trabalho.
33. Rita Freitas 2006 33
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Magnitude do risco:
probabilidade de o risco se
manifestar vs gravidade da
lesão.
35. Rita Freitas 2006 35
AVALIAÇÃO DE RISCOS
O empregador tem a obrigação geral
de Assegurar a segurança e higiene
dos trabalhadores em todos os locais
de trabalho e relativamente a todos
os aspectos relacionados com o
trabalho.
36. Rita Freitas 2006 36
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Deste modo poderá tomar medidas de
protecção para com o trabalhador:
a) prevenção de riscos profissionais;
b) informar os trabalhadores;
c) facultar formação aos trabalhadores;
d) organização e criação dos meios para
aplicar as medidas necessárias.
37. Rita Freitas 2006 37
AVALIAÇÃO DE RISCOS
No caso de não serNo caso de não ser
possível eliminar o risco,possível eliminar o risco,
deverá ser o mesmodeverá ser o mesmo
reduzido e controlado.reduzido e controlado.
38. Rita Freitas 2006 38
AVALIAÇÃO DE RISCOS
A avaliação de riscos deve ser estruturada e
realizada de forma a ajudar os
empregadores ou as pessoas que controlam
o trabalho a:
- identificar os perigos que ocorrem no
trabalho e avaliar os riscos a eles
associados;
- avaliar os riscos para melhor poder
seleccionar o equipamento, as substâncias,
etc.;
39. Rita Freitas 2006 39
AVALIAÇÃO DE RISCOS
- verificar se as medidas aplicadas são
adequadas;
- estabelecer prioridades de acção;
- provar a si próprios, às autoridades
competentes, aos trabalhadores e seus
representantes que todos os factores
pertinentes para o trabalho foram
tidos em conta;
40. Rita Freitas 2006 40
AVALIAÇÃO DE RISCOS
- Assegurar que as medidas de
prevenção e os métodos de trabalho e
produção considerados necessários e
aplicados na sequência de uma
avaliação de riscos aumentam o nível
de protecção estipulado para os
trabalhadores relativamente à sua
saúde e segurança.
41. Rita Freitas 2006 41
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Tal como atrás referido, uma avaliação
de riscos no trabalho deve ser revista
sempre que se introduza no local de
trabalho uma alteração susceptível
de ter efeitos sobre a percepção de
risco
42. Rita Freitas 2006 42
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Sempre que se proceda à avaliação de
riscos e sua subsequente eliminação
ou aplicação de medidas de controlo
dos mesmos, é essencial que os
riscos não sejam transferidos, isto é,
ao resolver um problema não se
deve criar outro
43. Rita Freitas 2006 43
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Avaliação e controlo de riscos
• Estabelecer programa de avaliação de riscos
no trabalho
• Estruturar a avaliação
• Escolher a abordagem
(geográfica/funcional/processual)
• Reunir informação Ambiental tarefas
(população/experiência anterior
44. Rita Freitas 2006 44
AVALIAÇÃO DE RISCOS
• Identificar perigos
• Identificar quem está exposto a perigos
• Identificar padrões de exposição ao perigo
• Avaliar riscos - Probabilidade de
dano/severidade do dano nas circunstâncias
reais
• investigar opções para eliminar ou controlar
riscos
45. Rita Freitas 2006 45
AVALIAÇÃO DE RISCOS
• Estabelecer prioridades de acção e
fixar medidas de controlo
• Controlar a aplicação
• Registar a avaliação
• Verificar a eficácia da medida
46. Rita Freitas 2006 46
AVALIAÇÃO DE RISCOS
• Revisão (no caso de alterações,
periódicas ou não> Avaliação continua
válida Revisão necessária São
desnecessárias novas medidas
• Controlar o programa de avaliação de
riscos
47. Rita Freitas 2006 47
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Elementos-chave da avaliação de riscos:
Uma avaliação de riscos é um exame
sistemático de todos os aspectos do trabalho
com vista a apurar o que poderá provocar
danos;
O processo de avaliação de riscos deve
ser realizado pela gerência com a consulta
e/ou participação de todos os que estão
ligados ao local de trabalho;
48. Rita Freitas 2006 48
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Uma avaliação de riscos inclui as
seguintes etapas:
identificação de perigos;
identificação de trabalhadores;
estimativa do risco em causa;
estudar a possibilidade e eliminar o risco.
A avaliação de riscos deve abranger os
riscos provenientes do trabalho que são
razoavelmente previsíveis.
49. Rita Freitas 2006 49
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Tratando-se de um local de trabalho que
normalmente não sofre alterações, como, por
exemplo, um escritório, um gabinete de
engenharia ou uma oficina de confecção, a
avaliação de riscos pode ser concebida de
forma a:
- ter em conta as condições habituais;
- não ter que ser repetida quando os locais de
trabalho são equiparáveis;
50. Rita Freitas 2006 50
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Em locais de trabalho cujas circunstâncias
ou condições mudam, a avaliação exige uma
abordagem que tenha em conta tais
mudanças.
Uma avaliação de riscos não deve ser feita
pelo empregador ou seu representante,
trabalhando isoladamente, mas sim com a
participação de trabalhadores ou seus
representantes.
Outro elemento importante que deve ser
sempre tomado em conta é a possível
presença de estranhos.
51. Rita Freitas 2006 51
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Os empregadores de trabalhadores que
fornecem pessoal, que trabalham nos
recintos de outras empresas, devem
assegurar a saúde e a segurança dos seus
trabalhadores enquanto trabalham.
Os visitantes de qualquer recinto, tais
como estudantes, público em geral, doentes
nos hospitais, devem ser sempre
considerados em especial, dado que
provavelmente não estão familiarizados com
os riscos presentes e as precauções a ter.
52. Rita Freitas 2006 52
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Metodologia
Não existem regras fixas sobre a
maneira como a avaliação de riscos deve
ser feita. No entanto, dois princípios
devem ser sempre considerados quando
se pretende fazer uma avaliação:
estruturar a operação de modo a que
sejam abordados todos os perigos e
riscos relevantes
53. Rita Freitas 2006 53
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Ao identificar um risco deve-se
começar por perguntar se o risco
pode ser eliminado: aquilo que o
provoca é realmente necessário
54. Rita Freitas 2006 54
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Uma série de abordagens de avaliações de riscos
podem ser adoptadas desde que se tenham em conta
os elementos-chave referidos anteriormente. As
abordagens que se utilizam para a avaliação de riscos
baseiam-se normalmente nos seguintes aspectos:
• Observação do meio circundante do local de trabalho;
• Identificação de actividades realizadas no local de
trabalho;
• Consideração dos trabalhos realizados no local de
trabalho;
• Observação de trabalhos em progresso;
55. Rita Freitas 2006 55
AVALIAÇÃO DE RISCOS
• Consideração de padrões de trabalho;
• Consideração de factores externos que podem
afectar o local de trabalho;
• Revisão de factores psicológicos, sociais e físicos
que podem contribuir para a ocorrência de stress
no trabalho, a sua interacção mútua e relação
com outros factores da organização e do
ambiente laboral;
• Consideração da organização de trabalhos de
manutenção, incluindo salvaguardas .
56. Rita Freitas 2006 56
AVALIAÇÃO DE RISCOS
As observações feitas devem
ser comparadas com os
critérios de saúde e
segurança
57. Rita Freitas 2006 57
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Princípios da hierarquia de prevenção de riscos
– Evitar riscos;
– Substituir elementos perigosos por outros não
perigosos ou menos perigosos;
– Combater os riscos na fonte;
– Aplicar medidas de protecção colectiva, de
preferência a medidas de protecção individual (por
exemplo, controlar fumos através de ventilação
exaustora local de preferência a respiradores
individuais);
– Adaptação ao progresso técnico e às alterações na
informação;
Nota:
Procurar sempre melhorar o nível de protecção.
58. Rita Freitas 2006 58
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Para determinados problemas de risco
complexos ou problemas especiais de alto
risco ou baixo risco é possível adoptar
uma abordagem matemática para a
avaliação de riscos como ajuda à tomada
de decisão.
59. Rita Freitas 2006 59
AVALIAÇÃO DE RISCOS
A abordagem escolhida para a avaliação
dependerá:
• Da natureza do local de trabalho;
• Do tipo de processo;
• Do trabalho executado;
• Da complexidade técnica.
60. Rita Freitas 2006 60
AVALIAÇÃO DE RISCOS
CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE
RISCOS
Disposições legais
Normas e directrizes constantes de
publicações
Princípios da hierarquia de prevenção de
riscos
61. Rita Freitas 2006 61
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Avaliação de ricos no local de trabalho
Abordagem geral
Os processos especiais como, por exemplo,
endurecimento de metais; a segurança
eléctrica; as outras actividades, tais como
limpeza, manutenção, etc.; os factores
psicológicos, sociais e físicos que contribuem
para originar stress no trabalho.
62. Rita Freitas 2006 62
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Frequentemente, na prática, é útil considerar a
avaliação de riscos um processo por etapas,
constituindo cada uma delas um passo em frente
numa análise mais cuidada de um determinado ponto
em que foi identificado o risco. De um modo geral
estas etapas podem ser descritas da seguinte
maneira:
Avaliação global
Riscos bem conhecidos;
Riscos que exigem uma consideração mais pormenorizada.
Avaliação dos riscos que exigem uma análise mais
pormenorizada
63. Rita Freitas 2006 63
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Seja qual for a abordagem escolhida é
essencial que haja consulta e/ou participação
dos que trabalham no local de trabalho. Isto
com o fim de assegurar que os perigos são
identificados não apenas com base em
princípios teóricos, isto é, propriedades de
substâncias químicas, partes perigosas de
certas máquinas, mas também através do
conhecimento das condições de trabalho e dos
padrões de efeitos adversos sobre os
trabalhadores que eventualmente não foram
previstos
64. Rita Freitas 2006 64
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Quando se pretende realizar uma
avaliação de riscos no trabalho, o caminho
mais curto e rápido de identificação dos
pormenores do que realmente acontece é,
frequentemente, perguntar aos
trabalhadores envolvidos no trabalho que
está a ser avaliado
65. Rita Freitas 2006 65
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Os trabalhadores podem também chamar a
atenção para certos perigos que, devido à
sua natureza, são difíceis de identificar
Uma avaliação global deve identificar os
riscos que podem ser eliminados
66. Rita Freitas 2006 66
AVALIAÇÃO DE RISCOS
No caso de serem necessárias mais
actividades para completar uma avaliação de
riscos, devem elas incluir os seguintes
passos:
1. Identificação dos perigos em todos os
aspectos de trabalho;
2. Identificação de todas as pessoas que podem
estar expostas aos perigos, incluindo as que
correm os maiores riscos;
67. Rita Freitas 2006 67
AVALIAÇÃO DE RISCOS
3. Uma estimativa do risco, tendo em conta a
fiabilidade a adequação das medidas
preventivas ou de precaução existentes;
4. Indicar que novas medidas (se for o caso)
devem ser introduzidas para eliminar ou reduzir
os riscos, guiando-se para tal pelo que é
considerado boa prática;
5. Classificar as medidas de precaução a adoptar
por ordem de prioridades. Vejamos estes
passos em mais pormenor.
68. Rita Freitas 2006 68
AVALIAÇÃO DE RISCOS
1) Identificação dos perigos em todos os
aspectos do trabalho
Para tal deve-se:
a) consultar e fazer participar os trabalhadores
e/ou seus representantes para que
comuniquem quais os perigos e efeitos
adversos por eles detectados;
b) examinar sistematicamente todos os
aspectos do trabalho, isto é, observar o que
realmente sucede no local de trabalho ou
durante a execução dos trabalhos
69. Rita Freitas 2006 69
AVALIAÇÃO DE RISCOS
c) identificar os aspectos do trabalho
potencialmente causadores de danos (os
perigos), destacando os que podem decorrer
da actividade laboral;
d) aplicar a noção de perigo de forma muito lata
a fim de ter em conta não só os vários
perigos mencionados na lista de controlo
mas também a forma como os trabalhadores
lidam com eles durante o trabalho,
influenciando assim o nível do risco.
70. Rita Freitas 2006 70
AVALIAÇÃO DE RISCOS
2) Identificação de todas as pessoas que
podem estar expostas aos perigos,
incluindo os grupos de pessoas mais
particularmente expostas
Para tal, deve-se ter particularmente em
conta a interacção dos trabalhadores
com os perigos, directa ou
indirectamente.
Deve dar-se especial atenção a grupos
de trabalhadores que correm um risco
maior.
71. Rita Freitas 2006 71
AVALIAÇÃO DE RISCOS
3) Avaliar o risco tendo em conta a fiabilidade e
a adequação de medidas preventivas ou de
precaução existentes
É útil considerar a possível amplitude dos
danos resultantes de um risco identificado
em função dos respectivos efeitos, tais
como:
– Danos menores;
– Incidentes que não lesam;
– Pequenas lesões ( contusões, dilacerações );
– Lesões graves ( fracturas, amputação, doenças
crónicas);
– Mortes;
– Mortes repetidas.
72. Rita Freitas 2006 72
AVALIAÇÃO DE RISCOS
E também em função do grau de
probabilidade de ocorrência de danos, por
exemplo:
– Improvável;
– Possível (mas não muito provável);
– Provável;
– Inevitável (a longo prazo).
73. Rita Freitas 2006 73
AVALIAÇÃO DE RISCOS
4) Decidir que novas medidas (se
existem) devem ser introduzidas para
reduzir os riscos, tendo em conta
aquilo que é considerado boa prática
O objectivo deste passo é proteger o
trabalhador em conformidade com as
disposições legislativas comunitárias e
nacionais
74. Rita Freitas 2006 74
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Estabelecer prioridades para as medidas de
precaução a adoptar
É essencial estabelecer prioridades no trabalho
destinado a eliminar ou prevenir riscos.
O estabelecimento de prioridades deverá ter
em conta a gravidade do risco, os resultados
prováveis de um incidente, o número de
pessoas que poderão ser afectadas e o tempo
necessário par tomar medidas preventivas.
75. Rita Freitas 2006 75
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Medidas decorrentes da avaliação de
riscos no local de trabalho
Em resultado de avaliação de riscos no
trabalho deverá ser possível identificar:
– Se o risco é adequadamente controlado;
– Em caso negativo, opções;
– Prioridades;
– Se podem ou não ser tomadas medidas para
melhorar o nível de protecção dos
trabalhadores relativamente à sua segurança e
saúde;
– Outras pessoas que podem ser afectadas.
76. Rita Freitas 2006 76
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Pode acontecer que, em certas ocasiões,
não se tenha acesso às normas e
orientações publicadas, com base nas
quais se pode fazer uma avaliação. Nesse
caso a avaliação tem que se basear na
aplicação de princípios fundamentais da
redução de riscos para a segurança e a
saúde a fim de melhorar a protecção dos
trabalhadores.
77. Rita Freitas 2006 77
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Meios de reduzir o risco
Uma primeira via a ser considerada deve
ser sempre a eliminação do perigo
Algumas vezes poderá ser possível
substituir a máquina ou material ou
qualquer outra coisa que provoque perigo
por uma solução alternativa
78. Rita Freitas 2006 78
AVALIAÇÃO DE RISCOS
No caso de se optar por outros meios
como, por exemplo, sistemas de
protecção diferentes para maquinaria, ou
vestuário de protecção para trabalhos ao
ar livre, é preciso avaliar os benefícios
relativos de cada uma das opções
O estabelecimento e a aplicação de
prioridades serão intimamente associados
a outros aspectos da gestão de riscos.
79. Rita Freitas 2006 79
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Melhorar a protecção dos trabalhadores
Mesmo quando o controlo de riscos é conforme
às directrizes publicadas, pode ser possível,
podendo os empregadores por tal optar, melhorar
a protecção dos trabalhadores relativamente à
sua segurança e saúde
Por vezes os resultados de um trabalho de
avaliação dirão respeito a trabalhadores de
empresas externas que podem ser
potencialmente afectados por actividades no local
de trabalho que visitam para aí executarem
tarefas
80. Rita Freitas 2006 80
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Organizar a avaliação de riscos
Obrigações dos empregadores
Os empregadores devem preparar
cuidadosamente o que pretendem fazer,
no cumprimento das suas obrigações
relativamente à avaliação de riscos,
tomando as medidas necessárias para
proteger a saúde e a segurança dos
trabalhadores
81. Rita Freitas 2006 81
AVALIAÇÃO DE RISCOS
O plano de acção deve incluir:
– Mandar elaborar, organizar e coordenar a
avaliação;
– Encarregar pessoas competentes de fazer a
avaliação;
– Consultar representantes dos trabalhadores
sobre questões relacionadas com a decisão
sobre quem fará a avaliação;
– Fornecer a necessária informação, formação,
recursos e apoio aos avaliadores que são
empregados do empregador em questão;
– Assegurar uma adequada coordenação entre
avaliadores (quando relevante);
82. Rita Freitas 2006 82
AVALIAÇÃO DE RISCOS
– Envolver a gerência e encorajar a participação dos
trabalhadores;
– Estabelecer as medidas a tomar para reexaminar e
corrigir a avaliação de riscos;
– Assegurar que as medidas preventivas e de protecção
têm em conta os resultados da avaliação;
– Acompanhar as medidas de protecção e de
prevenção a fim de garantir que a sua eficiência se
mantém;
– Informar os trabalhadores e/ou seus representantes
sobre os resultados da avaliação e as medidas
introduzidas.
83. Rita Freitas 2006 83
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Selecção dos encarregados da avaliação
Em qualquer organização cabe ao
empregador decidir quem deve realizar a
avaliação de riscos. As pessoas que
procedem a essa avaliação podem ser:
– Os próprios empregadores; trabalhadores,
designados pelos empregadores;
– Serviços externos. Competência das pessoas
encarregadas da avaliação
84. Rita Freitas 2006 84
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Seja quem for que procede à avaliação de
riscos no trabalho o essencial é que seja
competente para o fazer.
Pode acontecer que uma pessoa que foi
designada para avaliar riscos não seja
competente para toda a gama de tarefas
relacionadas com a avaliação de riscos a fazer
Na prática pode ser muitas vezes necessário
que a avaliação de riscos seja feita por uma
equipa em que participem pessoas com
diferentes competências
85. Rita Freitas 2006 85
AVALIAÇÃO DE RISCOS
As pessoas que executam avaliações de risco podem
demonstrar a sua competência provando que
possuem as seguintes capacidades:
Percebem a abordagem geral da avaliação de riscos;
São capazes de aplicar esta abordagem ao local de
trabalho a ser avaliado e à tarefa exigida Isto pode
requerer:
– Identificar os problemas de saúde e de segurança;
– Fixar e ordenar prioritariamente as acções necessárias,
sugerir vias disponíveis para eliminar ou reduzir o risco e
indicar os seus méritos relativos;
– Avaliar a sua eficiência;
– Promover e comunicar progressos e práticas em matéria de
saúde e segurança.
86. Rita Freitas 2006 86
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Sempre que sejam exigidas técnicas de avaliação
quantificada de riscos os encarregados da
avaliação devem estar familiarizados com a
aplicação de análises lógicas sofisticadas
simulação e técnicas de quantificação
O resultado do trabalho dos «avaliadores de risco»
é identificar os riscos relativamente aos quais
devem ser tomadas medidas de eliminação ou
redução e sugerir as medidas de prevenção e
respectivas prioridades
87. Rita Freitas 2006 87
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Compete ao empregador decidir sobre as
medidas a tomar para levar a cabo a
avaliação de riscos e tarefas de
prevenção, controlo e acompanhamento
88. Rita Freitas 2006 88
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Informações necessárias
As pessoas que procedem à avaliação de
riscos no trabalho devem possuir
conhecimentos e/ou informações sobre: -
perigos e riscos já conhecidos e o modo
como surgem; - os materiais, equipamentos
e tecnologias usados no trabalho; -
organização e processos de trabalho e
interacção dos trabalhadores com os
materiais usados; - tipo, probabilidade,
frequência e duração da exposição aos
perigos.
89. Rita Freitas 2006 89
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Em alguns casos isto pode significar
aplicação de técnicas de medição
modernas e validadas; - a relação entre a
exposição ao perigo e os seus efeitos; - as
normas e disposições legais relevantes
para os perigos presentes no local de
trabalho; - o que é considerado boa
prática nas áreas em que não existem
normas legais especificas.
90. Rita Freitas 2006 90
AVALIAÇÃO DE RISCOS
No caso de empregados de diferentes
empregadores trabalharem no mesmo
local de trabalho os avaliadores podem
precisar de partilhar a informação sobre
riscos e as medidas de saúde e segurança
tomadas no local para enfrentar esses
riscos. Compete ao empregador facilitar
esta informação.
91. Rita Freitas 2006 91
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Fontes de informação
A informação pode ser recolhida de:
– análises de actividades laborais que permitam
prever possíveis incidentes (sobretudo quando se
usa uma avaliação quantificada de riscos);
– consulta e/ou participação dos trabalhadores e/ou
seus representantes;
– fichas de dados ou manuais dos produtores e
fornecedores;
– colectâneas de conhecimentos e experiências para
a actividade, por exemplo, elaboradas por
associações comerciais ou profissionais de saúde
e segurança qualificados;
92. Rita Freitas 2006 92
AVALIAÇÃO DE RISCOS
– revistas de saúde e segurança e bases de dados;
– orientações dadas por organismos nacionais
competentes ou institutos que trabalham no
domínio da saúde, segurança e higiene no trabalho;
– dados relativos a acidentes e incidentes (incluindo
registos de eventos perigosos como, por exemplo,
os quase acidentes), estudos epidemiológicos;
– práticas locais fixadas por escrito, manuais e
processos operacionais;
– dados recolhidos durante operações de observação
e registos de medições;
93. Rita Freitas 2006 93
AVALIAÇÃO DE RISCOS
– publicações técnicas científicas relevantes;
– normas fixadas por organismos de
normalização nacionais ou europeus;
– requisitos mínimos de saúde e segurança no
local de trabalho.
94. Rita Freitas 2006 94
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Registos
Os resultados da avaliação de riscos no
trabalho devem ser periodicamente
registados. Este registo tem por objectivo
ser um instrumento útil. Poderá servir de
ponto de referência para provar que todos
os riscos foram avaliados e indicar quais
os critérios usados nessa avaliação; e que
qualquer descoberta não registada é
considerada sem importância.
95. Rita Freitas 2006 95
AVALIAÇÃO DE RISCOS
O registo deve evidenciar os seguintes
aspectos:
– O facto de o programa de avaliação de riscos
no trabalho ter sido aplicado e eficientemente
realizado;
– O modo como o programa foi realizado;
– Existência de riscos especiais ou invulgares;
Cont.
96. Rita Freitas 2006 96
AVALIAÇÃO DE RISCOS
– Existência de grupos de trabalhadores
expostos a riscos específicos e existência de
outros riscos preocupantes;
– As decisões tomadas na avaliação de riscos,
incluindo a informação em que foram
baseadas, quando não se dispuserem de
normas publicadas ou de outras directrizes, se
tal for pertinente;
– Normas publicadas ou outras directrizes;
– Recomendações para medidas de redução de
risco ou para uma melhor protecção;
– Sugestões para correcção de avaliações.
97. Rita Freitas 2006 97
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Os registos das avaliações devem ser
elaborados com consulta e participação dos
trabalhadores e/ou seus representantes e
postos a sua disposição para informação
Os registos das avaliações de riscos devem
estar disponíveis para:
– trabalhadores que foram encarregados pelo
empregador de desempenhar funções especiais de
protecção no domínio da saúde e segurança;
– representantes dos trabalhadores com
responsabilidades específicas no domínio da saúde
e segurança.
98. Rita Freitas 2006 98
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Controlar a eficácia das medidas
Na sequência da avaliação de riscos é
necessário dar início ao planeamento, à
organização, ao acompanhamento e à
análise das medidas de protecção e
prevenção de modo que as mesmas
permaneçam eficientes e os riscos
controlados.
A informação decorrente de actividades de
acompanhamento deve ser tido em conta
na revisão e correcção da avaliação de
riscos
99. Rita Freitas 2006 99
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Revisão e correcção
A avaliação de riscos não deve ser uma operação
única. A avaliação feita precisa de ser revista e
corrigida, se necessário, porque:
1. A avaliação pode originar alterações nos
processos de trabalho como, por exemplo,
substituição de um agente químico por outro
menos inflamável ou utilização de aparelhagem
diferente;
2. Medidas de precaução introduzidas para reduzir
riscos que podem afectar o processo de
trabalho;
Cont.
100. Rita Freitas 2006 100
AVALIAÇÃO DE RISCOS
3. A avaliação;
4. As medidas de prevenção e protecção
actualmente usadas são insuficientes ou
deixaram de ser adequadas, por
exemplo, em virtude de se dispor de
novas informações sobre determinadas
medidas de controlo;
5. Em resultado do que se apurou no
decurso da investigação de um acidente
ou «quase acidente».
101. Rita Freitas 2006 101
AVALIAÇÃO DE RISCOS
«Quase acidentes», incluindo os meros
incidentes, albergam valiosa informação
sobre situações de risco. Os trabalhadores
poderão eventualmente fornecer
informação sobre os «quase acidentes»:
quando algo de errado aconteceu sem
que disso resultassem efeitos nocivos
para pessoas ou materiais
102. Rita Freitas 2006 102
AVALIAÇÃO DE RISCOS
MÉTODOS DEMÉTODOS DE
AVALIAÇÃOAVALIAÇÃO
DE RISCOSDE RISCOS
103. Rita Freitas 2006 103
AVALIAÇÃO DE RISCOS
O processo de avaliação de riscos
compreende duas fases:
• Análise do risco.
• Valoração do risco.
104. Rita Freitas 2006 104
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Análise do risco: Compreensão do
objecto de estudo que permita
caracterizar riscos associados.
o Identificação dos perigos dos objectos;
O Identificação dos trabalhadores
expostos;
o Estimativa do risco.
105. Rita Freitas 2006 105
AVALIAÇÃO DE RISCOS
MÉTODOS DE ANÁLISE DE RISCOS:
Pró-activos – à priori
Reactivos - à posteriori
106. Rita Freitas 2006 106
AVALIAÇÃO DE RISCOS
VALORAÇÃO DO RISCO: Comparação
do valor obtido com o valor padrão de
risco aceitável.
MÉTODOS DE VALORAÇÃO DE RISCOS:
o Qualitativos
o Semi-quantitativos
o Quantitativos
107. Rita Freitas 2006 107
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Pró-activos
O Métodos de Segurança dos Sistemas
o Métodos de Análise de Postos
o Métodos Globais
108. Rita Freitas 2006 108
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Métodos de Segurança dos
Sistemas
Compreende 4 etapas:
o Recolha de informação;
o Análise indutiva de riscos profissionais;
o Modelização do sistema;
o Avaliação de riscos.
109. Rita Freitas 2006 109
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Recolha de informação
• Pesquisa e reunião de informação útil sobre o sistema
e o sistema e o local de implantação, para
identificação de condicionalismos.
Análise indutiva de riscos profissionais: Métodos
que partem das causas para os eventos.
o Análise preliminar de riscos;
o Análise de modos de falhas e efeitos;
o Análise por árvore de eventos;
o Análise por árvore de falhas.
110. Rita Freitas 2006 110
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Modelização do sistema
• Conhecendo todos os riscos passa-se à
selecção dos mais importantes. A estes
aplica-se um método de análise dedutiva
com o objectivo de identificar as causas.
Avaliação de riscos
• Realização da avaliação propriamente
dita.
111. Rita Freitas 2006 111
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Análise preliminar de riscos
Aplica-se geralmente às fases
iniciais de um novo projecto
112. Rita Freitas 2006 112
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Objectivos:
• Detecção dos perigos inerentes aos produtos,
processos e serviços utilizados;
• Realização de estimativa dos riscos que supõem
perigos detectados para os trabalhadores, espaço
envolvente e meio ambiente;
• Adopção de medidas de eliminação de riscos;
• Avaliação da necessidade de análises mais
detalhadas.
113. Rita Freitas 2006 113
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Aplicação do método:
o Recolha de informação;
o Divisão do objecto de estudo em elementos;
O Selecção dos objectos de estudo que se
pretendem analisar.
o Análise dos componentes relevantes;
114. Rita Freitas 2006 114
AVALIAÇÃO DE RISCOS
O Análise e identificação dos eventos
perigosos e suas consequências;
o Estabelecimento de medidas de controlo;
o Repetição do método para outros elementos
perigosos;
o Selecção de outro objecto de estudo e
repetição de todo o processo.
115. Rita Freitas 2006 115
Quadro de apresentação de resultados:
Operação:
Modos
operatórios
Equipament
os
Materiais Riscos Medidas de
prevenção
Tarefa Identificad
os
Med. Correctivas
116. Rita Freitas 2006 116
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Análise de modos de
falhas e efeitos
Aplica-se normalmente a
equipamentos dinâmicos e à
instrumentação.
117. Rita Freitas 2006 117
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Tem 7 etapas:
• Definição do sistema a estudar e elaboração da lista
de componentes e equipamentos da instalação;
• Identificação de modos e falhas possíveis;
• Análise das causas possíveis para cada falha;
• Determinação dos efeitos sobre a restante instalação;
• Exame das possibilidades de compensação;
• Estimativa da probabilidade e gravidade dos efeitos de
cada falha;
• Definição de medidas preventivas.
118. Rita Freitas 2006 118
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Elaboração das escalas:
• De gravidade;
• De Probabilidade.
119. Rita Freitas 2006 119
ESCALA DE GRAVIDADE
Nível I Desprezível
Nível II Danos ligeiros na instalação
Nível
III
Perigo de lesões ligeiras em trabalhadores e danos
importantes na instalação.
Nível
IV
Danos graves nas instalações
Nível V Danos graves dentro da fábrica
Nível
VI
Danos graves que atingem o exterior dos limites da
fábrica
120. Rita Freitas 2006 120
ESCALA DE PROBABILIDADE
Nível I Extremamente baixo
Nível II Frequência reduzida
Nível III Pouco frequente
Nível IV Bastante possível
Nível V Frequente
Nível VI Muito frequente
122. Rita Freitas 2006 122
AVALIAÇÃO DE RISCOS
A valoração do risco consiste na definição de
zonas de risco e na sua classificação em:
Zona com nível de risco muitoZona com nível de risco muito
elevado:elevado: As falhas devem ser totalmente
eliminadas;
Zona com nível de risco elevado:Zona com nível de risco elevado: As
falhas devem ser reduzidas até níveis
aceitáveis;
Zona com nível de risco médioZona com nível de risco médio
123. Rita Freitas 2006 123
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Análise por árvore de
eventos
Estudo de áreas e sistemas
de controlo de emergência.
124. Rita Freitas 2006 124
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Objectivos:
• Conhecer as várias sequências
acidentais;
• Conhecer as possíveis consequências e
probabilidades dos acidentes quando se
conhecem dados quantitativos.
125. Rita Freitas 2006 125
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Tem 4 fases:
• Definição do evento iniciador;
• Identificação dos sistemas tecnológicos e
comportamentos humanos relacionados com
o evento iniciador;
• Construção de uma árvore de eventos;
• Descrição dos resultados das sequências
acidentais identificadas.
126. Rita Freitas 2006 126
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Análise por árvore de falhas
(Dedutivo)
Parte do evento perigoso (de Topo)
decompondo as falhas de equipamentos ou
erros humanos que sequencialmente
contribuem para a ocorrência do referido
evento.
Objectivos: consiste em identificar os
eventos básicos que desencadeiam a
ocorrência do acidente.
127. Rita Freitas 2006 127
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Tem 5 etapas:
• o Selecção do evento de topo;
• o Construção da árvore de falhas;
• o Determinação das combinações mínimas
de falhas para ocorrer o acidente e
estabelecimento de prioridades;
• o Quantificação da probabilidade de
ocorrência do acidente;
• Recomendação de medidas preventivas.
128. Rita Freitas 2006 128
Símbolo Designação Significado
Círculo Evento básico ou elementar
Rectângulo Evento intermédio
Losangulo
Evento intermédio sem desenvolvimento por
falta de informação
Operador “e” Cumprimento de todos os eventos de entrada
Operador “ou”
Cumprimento de qualquer um dos eventos de
entrada
Triângulos
Referência de saída ou entrada para o
desenvolvimento do evento noutro local
in
out
129. Rita Freitas 2006 129
AVALIAÇÃO DE RISCOS
• Regras:
Regra do operador “e”:
A primeira entrada a este tipo de porta
procede outra porta através de um evento
intermédio, ou no caso de proceder um
evento básico substitui no quadro a letra
do referido operador considerado.
130. Rita Freitas 2006 130
AVALIAÇÃO DE RISCOS
• Regras:
Regra do operador “ou”:
A primeira entrada a este tipo de porta procede
outra porta através de um evento intermédio, ou
procede de um evento básico que substitui no
quadro a letra da porta ou considerada. As
seguintes entradas ou no caso de proceder um
evento básico substitui no quadro a letra da porta
“ou” considerada. As seguintes entradas são
incorporadas no quadro nas linhas imediatamente
inferiores vazias.
131. Rita Freitas 2006 131
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Métodos de análise de Postos
Baseiam-se na análise com o
máximo de objectividade do trabalho
humano, com o intuito de melhorar a
relação Homem/Máquina.
132. Rita Freitas 2006 132
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Pode ser efectuada através de 4 métodos
possíveis:
Observação directa de actos inseguros;
Análise de segurança de tarefas;
Estudo de perigos e de operabilidade;
Avaliação das condições de trabalho;
133. Rita Freitas 2006 133
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Observação directa de actos inseguros
Objectivo:
Trata-se de caracterizar os riscos associados
à fiabilidade humana, ou seja, identificar actos
inseguros cometidos pelos trabalhadores
aquando da execução das suas tarefas.
134. Rita Freitas 2006 134
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Utilização de verificação e registo (checklist):
o Determinação da periodicidade da
observação e das tarefas a observar, tendo em
conta a novos trabalhadores e trabalhadores
portadores de deficiência;
135. Rita Freitas 2006 135
AVALIAÇÃO DE RISCOS
• Observar sem intervir;
• Consultar os interessados para que estes
se sintam envolvidos;
• Registar para permitir consulta;
• Acompanhar ou monitorar a eficácia das
medidas adoptadas.
136. Rita Freitas 2006 136
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Análise de Segurança de
Tarefas
• Este método analisa
simultaneamente a segurança, a
qualidade, o ambiente e a
eficiência das tarefas e tem por
alvo principal o "acto inseguro".
137. Rita Freitas 2006 137
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Tem 9 etapas:
- Elaborar um inventário das tarefas sistemáticas
que requerem sequências definidas e que
correspondem à ocupação laboral de cada
trabalhador, principalmente nas secções de
produção, distribuição e manutenção;
- Identificar as tarefas críticas;
- Decompor as tarefas em passos ou
actividades;
-Identificar os perigos que possam causar
perdas do ponto de vista da segurança,
qualidade, ambiente e eficácia;
138. Rita Freitas 2006 138
AVALIAÇÃO DE RISCOS
- Realizar uma comprovação da eficiência
dos passos;
- Efectuar as recomendações pertinentes em
cada passo;
- Escrever os procedimentos para as tarefas
críticas;
- Colocar em prática os procedimentos;
- Actualizar e manter o registo dos
procedimentos.
139. Rita Freitas 2006 139
Gravidade da tarefa
Nível Acidentes potenciais correspondentes à tarefa
1 Perda económica (ex:< 500€)
2 Acidente com lesão sem baixa e/ou perda
económica entre 500 e 2500 € (p.ex)
3 Acidente com lesão com baixa e/ou perda
económica entre 2500 e 5000 € (p.ex)
4 Acidente com incapacidade permanente ou
morte e/ou perda económica superior a 5000 €
(p.ex) e/ou afecte negativamente a população
local
140. Rita Freitas 2006 140
Frequência da tarefa
Nível
Definição
1 Menos de uma vez por dia
2 Várias vezes ao dia
3 Muitas vezes ao dia
141. Rita Freitas 2006 141
Probabilidade
Nível Definição
1 Baixa
2 Média
3 Alta
142. Rita Freitas 2006 142
AVALIAÇÃO DE RISCOS
De acordo com os valores numéricos definidos propõe-
se a seguinte escala de prioridade:
• Tarefas cuja soma dos valores numéricos de cada
critério se encontre entre 7 e 10 - classificam-se como
tarefas críticas de atenção imediata;
• Tarefas cuja soma dos valores numéricos da cada
critério se encontra entre 4 e 6 - classificam-se como
tarefas que necessitam de ser analisadas;
• Tarefas cuja soma dos valores numéricos de cada
critério seja inferior a 3 - classificam-se como tarefas
que não necessitam de ser analisadas.
143. Rita Freitas 2006 143
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Estudo de perigos e de operabilidade;
• Este método caracteriza de forma sistemática e
identifica os perigos e problemas de Operabilidade de
componentes de um sistema em estudo.
• O objecto de aplicação do método são processos
industriais, podendo aplicar-se, na fase de projecto, às
instalações já existentes ou em modificações a serem
introduzidas. Este é provavelmente o mais completo e
eficaz método para a identificação de perigos, mas em
projecto novos deve ser complementado com algum
dos métodos referidos anteriormente.
144. Rita Freitas 2006 144
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Para a aplicação do método é necessário realizar um
conjunto de etapas prévias:
- A concretização ou a disponibilização do desenho do
processo industrial objecto de estudo;
- A constituição do grupo de trabalho cujos elementos
reunam as competências especificas ao nível da
segurança e as valências técnicas necessárias para a
interpretação/compreensão do objecto de estudo;
- A definição do objecto de estudo (toda a instalação,
uma secção, uma unidade, etc.);
145. Rita Freitas 2006 145
AVALIAÇÃO DE RISCOS
- Reunião de informação sobre a instalação industrial:
• Descrição da instalação, incluindo os tipos e
quantidades de produtos utilizados;
• Propriedades e perigosidades das substâncias
químicas utilizadas ou a utilizar;
• Diagrama de processo, tubagem e instrumentação;
• Descrição dos sistemas de emergência;
• Instruções e procedimentos;
• Detalhe e sequência das operações a realizar nas
diferentes partes de cada unidade de processo;
• Condições em que se realizam as operações;
• Resultados de estudos anteriores.
146. Rita Freitas 2006 146
Para a aplicação do método deve
ser utilizado o quadro seguinte:
Equipamento:
Palavras
Guia
Desvio Causa
Possível
Consequência
s
Acções
recomendadas
147. Rita Freitas 2006 147
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Avaliação das condições de trabalho
Considera o conceito de "condições do
trabalho" como sendo o conjunto dos
factores relativos ao conteúdo do trabalho
que pode ter repercussões sobre a saúde
e a vida pessoal e social dos
trabalhadores.
148. Rita Freitas 2006 148
AVALIAÇÃO DE RISCOS
• O método é aplicável preferencialmente
aos postos de trabalho fixos do sector
industrial pouco ou nada qualificados, não
devendo ser utilizado indistintamente em
todos os postos de trabalho.
• baseia-se na utilização de uma lista de
verificação que prevê a participação dos
trabalhadores dos postos de trabalho
analisados.
149. Rita Freitas 2006 149
Sistema de Pontuação
3,4,
5
Deficiências ligeiras
Algumas melhorias poderiam aumentar a
comodidade do trabalhador
6,7 Deficiências médias
Existe risco de fadiga
8,9 Deficiências graves
Fadiga
10 Nocividade
150. Rita Freitas 2006 150
Para a realização das medições são
necessários os seguintes equipamentos:
Equipamentos de Medição
Anemómetro para medir a velocidade do ar
Psicómetro para medir a temperatura seca e húmida
Sonómetro para medir os níveis de ruído
Luxímetro para medir os níveis de iluminação
Cronometro para medir os tempos dos ciclos, de
posturas, etc.
Fita métrica para medir as deslocações, alturas, etc.
152. Rita Freitas 2006 152
Etapas
Análise dos postos de trabalho,
valoração e construção dos
histogramas
Discussão dos resultados entre
todos os envolvidos dentro da
empresa
Procura das causas e das soluções.
Definição de um programa de melhoria
Estudo mais profundo utilizando um
questionário mais pormenorizado
154. Rita Freitas 2006 154
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Análise das
Condições de
Trabalho
155. Rita Freitas 2006 155
AVALIAÇÃO DE RISCOS
O método apresenta um conjunto de fichas
com o objectivo de se realizar uma análise
sistemática das condições de trabalho.
A avaliação das condições de trabalho
consiste em analisar as falhas, procurando
as suas causas, com a finalidade de se
poder determinar quais são os métodos
mais adequados para atingir uma situação
satisfatória.
156. Rita Freitas 2006 156
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Se na interacção trabalho/pessoa o
equilíbrio existente se considera pacífico,
o indivíduo coloca em jogo certos
mecanismos de regulação que lhe
permitem manter um nível de adaptação
satisfatório.
157. Rita Freitas 2006 157
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Assim, o objectivo da análise das condições de
trabalho consiste em discernir onde se inicia ou
pode iniciar uma situação crítica.
Pretende-se realizar um diagnóstico a uma
situação de trabalho e às exigências a que está
submetido o trabalhador.
158. Rita Freitas 2006 158
AVALIAÇÃO DE RISCOS
A aplicação do método pressupõe a
descrição da organização, dos sistemas
homem-máquina, e do seu funcionamento.
Trata-se de conhecer o trabalho mediante
uma recolha de dados que
progressivamente evolui de uma visão
global do conjunto até à visão detalhada
do próprio posto de trabalho.
159. Rita Freitas 2006 159
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Este método compreende as seguintes etapas:
- Conhecer a empresa;
- Análise global da situação;
- Exame no terreno;
-Avaliação do estado das condições de
trabalho;
- Discussão dos resultados obtidos;
- Proposta de um programa de melhoria.
160. Rita Freitas 2006 160
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Métodos deMétodos de
Análise deAnálise de
RiscosRiscos
ReactivosReactivos
161. Rita Freitas 2006 161
AVALIAÇÃO DE RISCOS
A investigação exaustiva de acidentes de
trabalho e de incidentes constitui uma
fonte de avaliação das medidas de
prevenção implementadas e da sua
melhoria para que os mesmos erros de
gestão da prevenção não se repitam.
Para a investigação de acidentes de trabalho
devem ser aplicados métodos reactivos de
análise de riscos.
162. Rita Freitas 2006 162
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Árvore de Causas
O método de árvore de causas é uma
técnica dedutiva que, partindo do
acidente, pretende identificar as
causas do acidente de trabalho ou
do incidente e as suas relações.
163. Rita Freitas 2006 163
AVALIAÇÃO DE RISCOS
A aplicação do método desenvolve-se nas
seguintes etapas:
- Etapa I - Relação dos factos;
- Etapa II - Construção da árvore de causas
que conduziu ao acidente;
- Etapa III - Determinação das medidas e
acções correctivas possíveis;
- Etapa IV - Discussão e decisão.
164. Rita Freitas 2006 164
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Etapa I - Relação dos Factos
Devem ser recolhidos de forma objectiva
todos os factos relacionados com a rotina
normal do trabalho e dos desvios
realizados antes da ocorrência do
acidente. É importante recolher a
informação:
• Sobre o acidentado;
• Sobre as ordens que recebeu;
• Das testemunhas.
165. Rita Freitas 2006 165
AVALIAÇÃO DE RISCOS
As regras que se devem seguir nesta etapa
são:
• Não fazer juízos de valor;
• Não fazer nenhuma interpretação;
• Conservar unicamente os factos ou
alterações concretas;
• Não tratar de ordenar os factos;
• Listar os factos um a um, com o máximo
de detalhe e de decomposição.
166. Rita Freitas 2006 166
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Etapa II - Construção da
árvore de causas que
conduziu ao acidente
• Consiste em estabelecer o esquema
completo, colocando em evidência o
desencadeamento lógico dos factos que
se sucederam cronologicamente e foram
registados na etapa anterior.
167. Rita Freitas 2006 167
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Os passos que se devem seguir devem ser:
• Começar pelo último facto do acidente ou incidente
(evento de topo);
• Retroceder no tempo e definir a inter-relação dos
factos ou alterações, respondendo às questões:
• O que ocorreu para produzir este facto? Qual o
antecedente lógico que implicou este facto;
• Este antecedente é necessário à produção deste
facto?
• Este antecedente foi suficiente? Não existem outros
antecedentes?
168. Rita Freitas 2006 168
AVALIAÇÃO DE RISCOS
A resposta às questões anteriores
desencadeiam-se em relações de factos
que podem estruturar-se no seguintes
tipos de relações lógicas:
Relação de encadeamento
Relação de disjunção
Relação de conjunção
169. Rita Freitas 2006 169
AVALIAÇÃO DE RISCOS
• Depois de construída a árvore de causas
é necessário verificar a sua congruência
lógica, devendo realizar-se um novo
processo de questionamento:
• • Se o facto (y) não tivesse acontecido,
teria acontecido o facto (x)?
• • Para que tivesse acontecido o facto (x),
foi necessário o facto (y) e apenas o facto
(y)?
170. Rita Freitas 2006 170
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Etapa III - Determinação das
medidas e acções correctivas
possíveis
Uma vez identificadas as causas básicas
que desencadearam o acidente, pode-se
agir sobre elas de forma a impedir que
aquele tipo de acidente se repita.
171. Rita Freitas 2006 171
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Etapa IV - Discussão e
decisão
• Consiste na discussão as
medidas identificadas para
corrigir as causas básicas,
decidir quais as medidas
possíveis implementar e definir o
responsável para a sua
execução.
172. Rita Freitas 2006 172
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Cada medida deve ser analisada utilizando os
critérios seguintes:
• Estabilidade da medida no tempo;
• Simplicidade para o operador;
• Não deslocalização do risco;
• Alcance geral da medida;
• Acções que actuam prioritariamente sobre as
causas básicas antes das intermédias;
• Prazo de aplicação;
• Relação eficácia/custo.
173. Rita Freitas 2006 173
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Estatística da
Sinistralidade
Laboral
174. Rita Freitas 2006 174
AVALIAÇÃO DE RISCOS
A estatística da Sinistralidade laboral deve
ser realizada por todas as empresas e
deve abranger:
- os acidentes de trabalho;
- os incidentes graves;
- as doenças profissionais;
- os acidentes de trajecto;
- os eventos perigosos.
175. Rita Freitas 2006 175
• SEGUNDO AS RESPECTIVAS
CONSEQUÊNCIAS:
– Morte;
– Incapacidade permanente;
– Outros casos.
AVALIAÇÃO DE RISCOS
176. Rita Freitas 2006 176
• CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A FORMA DO
ACIDENTE:
– Queda de objectos;
– Marcha sobre, choque contra, entaladela
entre, ou pancada de objectos;
– Esforços excessivos ou movimentos em falso;
– Exposição ou contacto com temperaturas
extremas.
AVALIAÇÃO DE RISCOS
177. Rita Freitas 2006 177
• CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO O AGENTE
MATERIAL:
– Máquinas;
– Meios de transporte e manutenção;
– Materiais, substâncias e radiações.
AVALIAÇÃO DE RISCOS
178. Rita Freitas 2006 178
• CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A
NATUREZA DA LESÃO:
– Fracturas;
– Luxações;
– Entorses e distensões;
– Amputações;
– Traumatismos superficiais;
– Queimaduras.
AVALIAÇÃO DE RISCOS
179. Rita Freitas 2006 179
• CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A LOCALIZAÇÃO
DA LESÃO:
– Cabeça;
– Olhos;
– Pescoço;
– Membros superiores;
– Mãos;
– Tronco;
– Membros inferiores;
– Pés.
AVALIAÇÃO DE RISCOS
180. Rita Freitas 2006 180
• Como analisar os acidentes seguindo esta
classificação?
O interesse da análise dos acidentes
ocorridos prende-se com a possibilidade de
utilizar este estudo para evitar futuros
acidentes.
As duas classes mais importantes são:
• Segundo a forma de acidente;
• Segundo o agente material.
AVALIAÇÃO DE RISCOS
181. Rita Freitas 2006 181
• Recolhem-se os dados dos
acidentes durante um período de
tempo;
• Tratam-se os dados
estatisticamente;
• Com base nos resultados retiram-se
as conclusões para tomar as
medidas mais convenientes.
AVALIAÇÃO DE RISCOS
183. Rita Freitas 2006 183
Os índices estatísticos
Índice de frequência
Representa o número de acidentes com baixa
por milhão de horas/homem trabalhadas
astrabalhadmhoras/homedenº
10baixacomacidentesº 6
×
=
den
I f
AVALIAÇÃO DE RISCOS
184. Rita Freitas 2006 184
Índice de Incidência
Representa o número de acidentes com baixa por
cada 1000 trabalhadores (em média).
Este índice é pouco utilizado quando as amostras
são de pequena dimensão sendo preferível utilizar o
índice de frequência.
orestrabalhaddemédionº
10baixacomacidentesº 3
×
=
den
Ii
AVALIAÇÃO DE RISCOS
185. Rita Freitas 2006 185
Índice de Gravidade
Representa o número de dias úteis perdidos por
1000 horas-homem trabalhadas
OBS: um acidente mortal equivale a 7500 dias
de trabalho (resolução da 6ª Conferência
Internacional de Estatísticas do Trabalho em
1942). Há países que adoptam uma perda
equivalente a 6000 dias, valor proposto pela
ANSI(EUA).
astrabalhadmhoras/homedenº
10perdidosúteisdiasº 3
×
=
den
Ig
AVALIAÇÃO DE RISCOS
186. Rita Freitas 2006 186
Índice Combinado – Índice de
avaliação da gravidade
Tem como significado o número de dias úteis
perdidos em média, por acidente
Este índice permite estabelecer prioridades
quanto às acções de controlo através dos seus
valores decrescentes, calculados para cada
departamento ou secção
3
f
10
I
×=
g
AG
I
I
AVALIAÇÃO DE RISCOS
187. Rita Freitas 2006 187
Método das matrizes:
Matriz=Frequência X Severidade
Frequência – Nível de probabilidade de
ocorrência de eventos;
– Frequente;
– Provável;
– Ocasional;
– Remoto;
– Improvável.
AVALIAÇÃO DE RISCOS