1. DEZEMBRO 2011
EsPeCiAl EduCaÇão
A revista que você procurava!
2ª Edição.
Imperdível*
A avaliação da
aprendizagem.
Pág. 04
As funções da
avaliação.
Pág. 06
Concepções de
alguns autores.
Pág. 07
NOS TRILHOS DO
CONHECIMENTO
Aproveite! Edição limitada.
2. ÍNDICE
CAPA
Introdução sobre avaliação da
04 aprendizagem.
SEÇÕES
06 As funções da avaliação.
07 Concepções de alguns autores.
- Celso Antunes.
- Cipriano Luckesi.
08 Jussara Hoffmann.
09 Dicas importantes.
ENTREVISTA
Entrevista com uma professora de
10 rede particular de ensino.
Professora: Nelsilene Lima Santos.
12 Leituras indicadas.
LINK:
www.educadoresdoconhecimentoemacao.blogspot.com
DEZEMBRO 2011 02
3. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Muito se tem discutido sobre o cenário
da avaliação da aprendizagem nestes
últimos anos. Avaliar é um ato que deve
ser feito com responsabilidade, ética e
moral. A avaliação fundamentada em
pressupostos tradicionais e apenas
quantitativos ainda é uma abordagem
usual, contudo devemos refletir sobre
este cenário tendo em vista as novas
demandas sociais. Ainda neste
contexto, vale pontuar que avaliar não
deve ser somente medir, mas perceber
uma concepção filosófica política que
este universo nos remete. Deveríamos
repensar os métodos avaliativos para Observamos que refletir sobre o
que estes tenham seus limites contexto da avaliação no campo do
ultrapassados tendo em vista a desempenho escolar assim como o
introdução de novas tecnologias e de cenário da educação na formação
uma pós modernidade educacional. do aluno como um indivíduo voltado
para a cidadania, trata-se de uma
necessidade fundamental para uma
prática educativa mais justa e
igualitária. Isto porque acreditamos
que o processo ensino e
aprendizagem deve estar pautado
no respeito ao educando,
considerando como pressuposto
seus aspectos físico, social e
econômico; não podendo haver
qualquer espécie de discriminação
uma vez que no momento em que o
aluno é valorizado em sua plenitude,
poderá se efetivar a formação de
cidadãos críticos e ativos no
contexto social.
Transformar valores e arraigar conceitos deveria ser o principal objetivo
da avaliação.
4. Contudo, vale ainda apontar que a avaliação não é somente uma questão
relacionada aos professores, mas à escola como um todo.
Entende-se que, neste processo avaliação – ensino - aprendizagem, todos
os educadores devem ter em mente o que é avaliar e o quanto uma
avaliação pode mexer com a auto-estima de um aluno, se usada de forma
incorreta. Avaliar não deve ter como base a exclusão e sim a inclusão do
educando, sempre pensando naquele ser humano como um grande potencial
de grandes feitos futuros.
Mudar a Avaliação
A avaliação pressupõe a ruptura da velha
lógica, aprovação ou reprovação. Para construir
uma nova concepção de avaliação fundamental
na aprendizagem. O que não significa
aprovação automática. A aprendizagem exige
presença física, emocional e intelectual do
aluno. Exige muito esforço e dedicação.
A ameaça de reprovação é uma motivação
negativa que, quando muito, leva o aluno a
"livrar-se" das obrigações de estudar (...)
O aluno deixa assim de exercer ativamente,
prioritariamente, essencialmente, sua condição
de estudante, já que sua principal função não é
a de alguém que estuda, mas de alguém que se
desvencilha da ameaça de ser
reprovado."(PARO, p. 111)
"A escola não se sentia responsável pelas
aprendizagens, limitava-se a oferecer a todos a
oportunidade de aprender: cabia a cada um
aproveitá-la!
5. Funções da avaliação:
“Função diagnóstica“ “Função formativa” “Função somativa”.
A modalidade diagnóstica consiste na soldagem, projeção e
retrospecção das situações dos desenvolvimentos do aluno,
permitindo constatar as causas de repetidas dificuldades de
aprendizagem. Quando os objetivos não forem atingidos, são
retomados e elaborada-se novas estratégias para que se
efetua a produção do conhecimento.
Sant'Anna (1999) complementa que “esta modalidade
deve ser feita no início de cada ciclo de estudos através de
uma reflexão constante, crítica e participativa”.
A modalidade formativa informa o professor e o
aluno sobre resultados da aprendizagem no
desenvolvimento das atividades escolares. O
educador utilizá-la durante o decorrer do ano letivo.
Conforme Haydt, permite constatar se os alunos
estão, de fato, atingindo os objetivos pretendidos,
verificando a compatibilidade entre tais objetivos e
os resultados efetivamente alcançados durante o
desenvolvimento das atividades propostas.
A modalidade somativa tem por função classificar
os educandos ao final da unidade, segundo
níveis de aproveitamento apresentados não
apenas com os objetivos indivíduos, mas
também pelo grupo.
Tem como objetivo, segundo Miras e Solé,
determinar o grau de domínio do aluno em uma
área de aprendizagem, o que permite outorgar
uma qualificação que, por sua vez, pode ser
utilizada como um sinal de credibilidade da
aprendizagem realizada.
6. A avaliação da aprendizagem segundo concepções de autores,
como: CELSO ANTUNES, LUCKESI e HOFFMANN.
Um dos grandes problemas que dificulta a questão da
avaliação do rendimento escolar é se pensar que
avaliação é um capítulo especial no processo de
aprendizagem. É fazer com que o ensino se viabiliza em
função da própria avaliação. Quando na verdade, a
avaliação no palco da educação é um ator coadjuvante.
A avaliação é apenas a decorrência de um processo
normal de aprendizagem. Os educadores de uma
maneira geral dividem a avaliação em duas grandes
categorias: a Avaliação Somativa e a Avaliação
Educativa.
A Avaliação Somativa é uma educação centrada
essencialmente naquilo que a memória é capaz de
Celso Antunes reter. É aquela avaliação convencional, daquela prova
fria, uma prova metálica, que diz o quanto o aluno tirou.
Já a Avaliação Educativa ela não é pontual, o aluno ele
é avaliado em todas as oportunidades, como nós o
somos.
Segundo Luckesi, avaliar tem, basicamente três passos:
-Conhecer o nível de desempenho do aluno em forma
de constatação da realidade.
-Comparar essa informação com aquilo que é
considerado importante no processo educativo.
-Tomar as decisões que possibilitem atingir os
resultados esperados.
Neste sentido, é essencial definir critérios onde caberá
ao professor listar os itens realmente importantes,
informá-los aos alunos sem uma necessidade, pois a
avaliação só tem sentido quando é contínua,
provocando o desenvolvimento do educando. Cipriano Luckesi
07
7. Jussara Hoffmann
Segundo Jussara Hoffman para a
escola desenvolver e construir
uma cultura avaliativa mediadora,
“é preciso que se fundamentem
princípios, muito mais do que se
transformem metodologias. As
metodologias são decorrentes da
clareza dos princípios
avaliativos”, onde, defende três
princípios para essa prática
avaliativa mediadora.
O primeiro princípio é o de uma
avaliação a serviço da ação.
O segundo princípio é o da avaliação como projeto de futuro.
O terceiro princípio que fundamenta essa metodologia é o princípio ético. A
avaliação, muito mais do que o conhecimento de um aluno é o
reconhecimento desse aluno.
Em seu Livro: AVALIAÇÃO: MITO E DESAFIO.
Do ponto de vista da autora configura-se a avaliação educacional, em mito e
desafio.
O mito é decorrente de sua O maior dentre os desafios é ampliar-
estória que vem perpetuando se o universo dos educadores
os fantasmas do controle e do preocupados com o fenômeno
autoritarismo há muitas avaliação, estender-se a discussão do
gerações. A desmistificação, interior das escolas e toda a sociedade.
por outro lado, ultrapassa o Temos o compromisso de construir
desfilamento dessa estória e a outra estória para as futuras gerações,
análise dos pressupostos descaracterizadas da feição autoritária
teóricos que fundamentam a que ainda a reveste, em busca de uma
avaliação até então. ação libertadora.
8. DICAS IMPORTANTES
Nos dias de hoje, a avaliação
da aprendizagem não é algo
meramente técnico, envolve
auto-estima, respeito à
vivência e cultura própria do
indivíduo.
Avaliar não deve ter como
base a exclusão e sim a
inclusão do educando.
A auto-avaliação deve
estar presente em
todos os momentos.
Na avaliação da aprendizagem, o
professor não deve permitir que
os resultados das provas
periódicas, sejam super
valorizados.
A avaliação é apenas a decorrência de um processo normal de
aprendizagem.
9. ENTREVISTA
O ato de avaliar está presente em todas as atividades da sala de aula. A clareza do ato
é que nem sempre está implícita para todos os que fazem parte do sucesso.
1. Qual o seu entendimento sobre a avaliação da
aprendizagem?
Avaliar é valorizar, objetivando o aperfeiçoamento da
capacidade criativa e construtora do aluno. O processo
avaliativo deve ocorrer paralelamente ao desenvolvimento
das aprendizagens dos educandos.
2. Qual o método de ensino utilizado na escola que você
leciona?
O tradicional construtivista, onde o professor ajuda na
aquisição dos conhecimentos.
3. Como seus alunos são avaliados?
Pelo desenvolvimento da capacidade de produzir e utilizar os
conhecimentos adquiridos e não apenas pela quantidade de
informações que lhes são passadas. 10
10. 4. Quais seus métodos avaliativos?
Na avaliação escolar é preciso (e eu utilizo)
uma avaliação formativa onde mostra
concretamente o desenvolvimento do
processo de aprendizagem e uma
avaliação somativa que ocorre ao final do
processo de ensino com aplicação de
testes e provas.
5. Quais são suas estratégias para uma
avaliação eficiente?
Na sala de aula a avaliação ocorre através
de formas variadas; * individual (testes e
provas), * coletiva (trabalhos em grupos), *
auto avaliação (por parte do aluno) e
escrita de diário de classe (registrando o
desempenho do aluno).
6. Quais seus critérios para uma
avaliação qualitativa?
Observo o interesse pelo estudo, o
relacionamento com o colega, disciplina,
pontualidade com as tarefas escolares e o
senso crítico.
7. De que forma a escola compreende a
importância da avaliação da
aprendizagem?
A avaliação ainda é um ponto definitivo no
processo educativo, pois através dela
pode-se observar a eficiência das praticas
e recursos pedagógicos utilizados. A
qualidade da avaliação revela a qualidade
da escola.
O mais importante é que alunos e professores percebam que a avaliação da
aprendizagem existe para possibilitar o melhor desenvolvimento dos educandos e
não para excluí-los.
11. LEITURAS INDICADAS
Avaliação mito e desafio
O livro da autora, introduz a sua teoria de avaliação
mediadora. Tem por objetivo desafiar o mito da
avaliação classificatória. Apresentando vários
exemplos de situações vividas em escolas, Jussara
consegue mobilizar o leitor a refletir sobre suas
concepções e a indagar-se acerca do verdadeiro
significado da ação avaliativa.
Jussara Hoffmann
Avaliação mediadora
Jussara Hoffmann apresenta práticas avaliativas
desenvolvidas em vários segmentos do ensino, da
educação infantil à universidade, analisando
fundamentos básicos da avaliação mediadora
quanto à metodologia, à correção de testes e de
tarefas avaliativas.
Jussara Hoffmann
Avaliação da aprendizagem escolar
O educador posiciona a avaliação como um ato
seletivo e inclusivo, que possibilita questionar
ações passadas e gerar ações futuras.
Cipriano Carlos Luckesi
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12. PARÓDIA
APRENDER
(Música de Gonzaguinha)
Aprender, e não ter a vergonha do que diz
Pesquisar, pesquisar, pesquisar
Para ser um eterno aprendiz.
Ah, eu sei, eu sei, que a escola
Devia ser bem melhor e será
Mas isso não impede que eu pesquise.
É pesquisa, é pesquisa, e é pesquisa.
Avaliação?
Avaliação o que é, diga lá meu irmão?
Ela é uma preocupação
Ela é uma doce ilusão, ê, ô.
Avaliação?
Ela é maravilha ou é sofrimento?
Ela alegria ou é um tormento?
O que é, o que é meu irmão?
Há quem fale que a avaliação.
É futuro da gente.
E por isso é preciso aprender.
Entendo que o professor
É um grande mediador.
Numa atitude repleta de amor.
Ele diz que é luta e prazer.
Ele diz que é melhor aprender.
Pois sabendo não vamos sofrer.
Eu só sei que confio no mestre.
E no mestre eu ponho a força da fé.
Somos nos que fazemos a escola
Como der ou puder ou quiser.
Sempre desejada.
13. São os sinceros votos de Adriely,
Andréia, Nelsilene, Simone Alvim, e
Caliandra.