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Existem    em    Portugal    diversas     comunidades      de   cidadãos
estrangeiros, que procuram no nosso país melhores condições de vida.

  Estas comunidades são maioritariamente de origem
africana, das ex-colónias portuguesas, timorenses e
brasileira. No entanto, também se encontram em
Portugal    chineses,      indianos,      paquistaneses,
marroquinos, cidadãos dos países de Leste, entre
outros.

   Estes povos vêm para o nosso país em busca de melhores condições
de vida, abandonando o seu país pela escassez de trabalho, por causa
de guerras ou catástrofes naturais, ou por motivos políticos.

  Todos eles têm em comum o desejo de encontrar oportunidades de
emprego, de maneira a terem uma vida melhor para si e, muitas vezes,
para ajudarem monetariamente os familiares que ficam no seu país.

  A maior dificuldade que encontram quando chegam a Portugal é a
língua, que é um factor essencial para a sua integração na sociedade.

                     Mesmo povos cuja sua língua oficial é o português
                   sentem alguma dificuldade, no início, para nos
                   entenderem      e   se    fazerem       entender,   pois
                   foneticamente e parte do vocabulário são bastante
                   diferentes.

  Outro entrave para a integração dos imigrantes, em Portugal, é a
inúmera burocracia que são obrigados a percorrer e que, com a
dificuldade na comunicação, se tornam ainda mais complicadas para o
processo de legalização.
Para ultrapassar este obstáculo, muitos frequentam escolas de
ensino de português para estrangeiros.

  As crianças, filhas de pais imigrantes, têm a
dificuldade acrescida de serem forçadas a
aprender   as   disciplinas   curriculares   numa
língua desconhecida.

  Para que melhor se integrem na comunidade e desenvolvam as suas
capacidades é imperativo um maior apoio e orientação na aprendizagem
da língua portuguesa.

  O Português é a terceira língua mais falada no mundo ocidental.

  A sua origem remete-nos ao séc. III, a Norte de
Portugal e Galiza. Nesse tempo, Roma dominava
estas terras e impunha a sua cultura e a sua língua,
o Latim, difundindo-se através de mercadores nas
suas viagens e de soldados nativos ao serviço de
Roma, que ao tornarem às suas terras levavam
consigo as palavras e os costumes romanos.


                    Após a queda do império romano, foram vários os
                    povos que invadiram a península: Alanos, Vândalos,
                    Suevos e Visigodos deixaram algumas palavras que
                    ainda estão presentes no nosso vocabulário.



  Mais tarde deu-se a invasão árabe. Da união
de duas culturas derivou o moçárabe, que se
caracteriza, principalmente, pela aglutinação
do artigo árabe al a nomes já existentes:
almeida, Alentejo, albino, alface, etc.
A   partir     do   séc.   XV,   os   portugueses
expandem-se por África, América, Ásia e
Oceânia, sendo a primeira língua europeia a
predominar nas colónias africanas.

  Actualmente, o português é também a língua oficial de Angola,
Brasil,   Cabo    Verde,     Guiné-Bissau,   Guiné    Equatorial,   Macau,
Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Em alguns
destes países nasceram crioulos de base portuguesa, como no caso de
Cabo Verde, a maior comunidade africana em Portugal.

  Já vivem em Portugal várias gerações de cabo-verdianos, muitas
delas já nasceram aqui. Muitos imigrantes sonham um dia regressar
aos seus países, enquanto outros acabam por preferir Portugal para
viver, sendo o seu objectivo trazer os seus familiares para junto deles.

  Depois de quebrada a barreira da língua estes povos transmitem-nos
a sua cultura, os seus costumes e tradições. A forma mais corrente de
transmitir tais conhecimentos é feita através de expressões
artísticas como a música, a dança, a pintura e o teatro; a nossa
gastronomia também é enriquecida com novos alimentos e sabores que
estes povos nos dão a conhecer.

                         Na cultura portuguesa actual reconhece-se
                       nitidamente a influência de outras etnias na
                       maneira como nos expressamos, nomeadamente
                       com a presença de ritmos africanos na música
                       portuguesa. Tal influência teve origem num
                       movimento cultural denominado hiphop, iniciado
                       nos guetos dos Estados Unidos no fim da década
de 60, como resposta aos conflitos sociais e à violência sofrida pelas
classes desfavorecidas da sociedade urbana.
Traduzindo-se numa espécie de cultura
das ruas, manifesta-se através de letras
contestatárias e agressivas, num ritmo
pujante e enérgico e nas imagens de grafite,
que podem ser um simples rabisco ou o nome
ou pseudónimo do artista, como uma espécie
de demarcação do território, até à pintura de grandes murais
realizados em espaços específicos. Sendo estes, verdadeiras obras de
arte urbana.

  Este   movimento    foi    adoptado   pela    cultura       contemporânea
portuguesa, e despontou principalmente nos bairros sociais e entre as
camadas sociais mais desfavorecidas, entre as quais os imigrantes,
principalmente, africanos.

                                   A necessidade de expressar a
                                 insatisfação         em       relação    à
                                 discriminação e a injustiça com que
                                 são tratadas as minorias fez com que
                                 aparecessem         vários    rapers,   em
                                 Portugal,     que    descrevem      o   seu
                                 quotidiano expondo o racismo e a
xenofobia, denunciando a forma como os imigrantes são usados e
abusados por patrões que se aproveitam da sua situação precária, o
abandono ao qual são deixados em bairros degradados e a hipocrisia da
sociedade.

  A atitude de intolerância perante outros povos é
ignara. É na partilha de saberes e experiências, e na
comunicação e entreajuda que está a chave para uma
sociedade melhor e mais justa.




               Patrícia Andreia Dias Lopes da Silva nº 12

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  • 2. Existem em Portugal diversas comunidades de cidadãos estrangeiros, que procuram no nosso país melhores condições de vida. Estas comunidades são maioritariamente de origem africana, das ex-colónias portuguesas, timorenses e brasileira. No entanto, também se encontram em Portugal chineses, indianos, paquistaneses, marroquinos, cidadãos dos países de Leste, entre outros. Estes povos vêm para o nosso país em busca de melhores condições de vida, abandonando o seu país pela escassez de trabalho, por causa de guerras ou catástrofes naturais, ou por motivos políticos. Todos eles têm em comum o desejo de encontrar oportunidades de emprego, de maneira a terem uma vida melhor para si e, muitas vezes, para ajudarem monetariamente os familiares que ficam no seu país. A maior dificuldade que encontram quando chegam a Portugal é a língua, que é um factor essencial para a sua integração na sociedade. Mesmo povos cuja sua língua oficial é o português sentem alguma dificuldade, no início, para nos entenderem e se fazerem entender, pois foneticamente e parte do vocabulário são bastante diferentes. Outro entrave para a integração dos imigrantes, em Portugal, é a inúmera burocracia que são obrigados a percorrer e que, com a dificuldade na comunicação, se tornam ainda mais complicadas para o processo de legalização.
  • 3. Para ultrapassar este obstáculo, muitos frequentam escolas de ensino de português para estrangeiros. As crianças, filhas de pais imigrantes, têm a dificuldade acrescida de serem forçadas a aprender as disciplinas curriculares numa língua desconhecida. Para que melhor se integrem na comunidade e desenvolvam as suas capacidades é imperativo um maior apoio e orientação na aprendizagem da língua portuguesa. O Português é a terceira língua mais falada no mundo ocidental. A sua origem remete-nos ao séc. III, a Norte de Portugal e Galiza. Nesse tempo, Roma dominava estas terras e impunha a sua cultura e a sua língua, o Latim, difundindo-se através de mercadores nas suas viagens e de soldados nativos ao serviço de Roma, que ao tornarem às suas terras levavam consigo as palavras e os costumes romanos. Após a queda do império romano, foram vários os povos que invadiram a península: Alanos, Vândalos, Suevos e Visigodos deixaram algumas palavras que ainda estão presentes no nosso vocabulário. Mais tarde deu-se a invasão árabe. Da união de duas culturas derivou o moçárabe, que se caracteriza, principalmente, pela aglutinação do artigo árabe al a nomes já existentes: almeida, Alentejo, albino, alface, etc.
  • 4. A partir do séc. XV, os portugueses expandem-se por África, América, Ásia e Oceânia, sendo a primeira língua europeia a predominar nas colónias africanas. Actualmente, o português é também a língua oficial de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Em alguns destes países nasceram crioulos de base portuguesa, como no caso de Cabo Verde, a maior comunidade africana em Portugal. Já vivem em Portugal várias gerações de cabo-verdianos, muitas delas já nasceram aqui. Muitos imigrantes sonham um dia regressar aos seus países, enquanto outros acabam por preferir Portugal para viver, sendo o seu objectivo trazer os seus familiares para junto deles. Depois de quebrada a barreira da língua estes povos transmitem-nos a sua cultura, os seus costumes e tradições. A forma mais corrente de transmitir tais conhecimentos é feita através de expressões artísticas como a música, a dança, a pintura e o teatro; a nossa gastronomia também é enriquecida com novos alimentos e sabores que estes povos nos dão a conhecer. Na cultura portuguesa actual reconhece-se nitidamente a influência de outras etnias na maneira como nos expressamos, nomeadamente com a presença de ritmos africanos na música portuguesa. Tal influência teve origem num movimento cultural denominado hiphop, iniciado nos guetos dos Estados Unidos no fim da década de 60, como resposta aos conflitos sociais e à violência sofrida pelas classes desfavorecidas da sociedade urbana.
  • 5. Traduzindo-se numa espécie de cultura das ruas, manifesta-se através de letras contestatárias e agressivas, num ritmo pujante e enérgico e nas imagens de grafite, que podem ser um simples rabisco ou o nome ou pseudónimo do artista, como uma espécie de demarcação do território, até à pintura de grandes murais realizados em espaços específicos. Sendo estes, verdadeiras obras de arte urbana. Este movimento foi adoptado pela cultura contemporânea portuguesa, e despontou principalmente nos bairros sociais e entre as camadas sociais mais desfavorecidas, entre as quais os imigrantes, principalmente, africanos. A necessidade de expressar a insatisfação em relação à discriminação e a injustiça com que são tratadas as minorias fez com que aparecessem vários rapers, em Portugal, que descrevem o seu quotidiano expondo o racismo e a xenofobia, denunciando a forma como os imigrantes são usados e abusados por patrões que se aproveitam da sua situação precária, o abandono ao qual são deixados em bairros degradados e a hipocrisia da sociedade. A atitude de intolerância perante outros povos é ignara. É na partilha de saberes e experiências, e na comunicação e entreajuda que está a chave para uma sociedade melhor e mais justa. Patrícia Andreia Dias Lopes da Silva nº 12