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      CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DOS LINGULIDA (BRACHIOPODA :INARTICULATA) DA

        FORMAÇÃO PONTA GROSSA, DEVONIANO, BACIA DO PARANÁ, MUNICÍPIO DE

                       CHAPADA DOS GUIMARAES, MATO GROSSO, BRASIL


                                                                                   Elvio P. BOSETTI

                                                                                   Raquel QUADROS




RESUMO


          O presente trabalho aborda inícialmente considerações referentes à geologia da área em estudo
bem como breve análise das condições bioestratígráficas da fauna Devoniana da Formação Ponta
Grossa no Estado do Mato Grosso. Apresenta ainda estudos comparativos entre a posição taxonômica
dos Lingulídeos aí ocorrentes bem como estudo comparativo entre as populações de Lin gula dos
Estados do Paraná e Mato Grosso.


ABSTRACT
          The present paper is initially about considerations referring to geology of study as well as a brief
analysis of the conditions bioestratigraphics conditions of the Ponta Grossa Formation in the State of Mato
Grosso. Presenting studies of taxonomic positions of the lingulids populations ocurring at the formation
in the State of Mato Grosso as well as study of the comparing lingulids of the State of Paraná and Mato
Grosso.
GEOLOGIA LOCAL
          A área de estudo possui 292 km2 e situa-se no flanco noroeste da Bacia do Paraná, entre os
paralelos 15~2O’12” 5 - 15%O’ 5 e os meridianos 55043’5Q” W -55~52’52” W. Nessa região foram
reconhecidas 5 unidades estratigráficas: Subunidade 6 (Grupo Cuiabá), Formação Furnas e Ponta Grossa
(Grupo Paraná), Formação Botucatu (Grupo São Bento) e a Formação Cachoeirinha (Coberturas
Terciárias).




(2) universidade Estadual de Ponta Grossa - Departamento de Geociências - Av. Gal. cados Cavalcanti
    s/n, Ponta Grossa, PR, Brasil. CEP: 84030-000. lei. (042)2239355.
(3) universidade Federal de Mato Grosso - Instituto de Ciências Exatas e da lerra. RuaS. Paulo Quadra
    01, Casa 15, Jardim Europa Cuiaba - Ml CEP: 78.050.000.

168
O Grupo Paraná, por seu caráter fossilifero, constituiu-se no objeto de maior detalhamento da
pesquisa. As demais são referidas por seu papel de embasamento ou cobertura do Grupo em questão.
        O Grupo Cuiabá, que está representado na região pela Subunidade 6 ocupa 86 Km2 da área
pesquisada. Apresenta-se sob a forma de cristas e esporões ao longo da borda ocidental da área. A
subunidade 6 é composta por fihitos conglomeráticos com clastos de quartzo, filitos e quartizitos, com
intercalações subordinadas de metarenitos de idade Proterozóico Inferior. Essa Subunidade serve de
embasamento para os sedimentitos do Grupo Paraná. O contato com a Formação Furnas é discordante.




FORMAÇÃO FURNAS
        Esta unidade distribui-se numa superfície de 34 km2 e aparece principalmente sob a forma de
paredões acinzentados de direção E - W na porção sul e N - 5 na porção oeste, contornando quase toda
a área. Essa formação tem sua maior espessura estimada em 74 m nos morros São Jerônimo e Tope
de Fita. Litologicamente pode ser dividida em duas seqüências distintas: a)- seqüência inferior, com
espessura de aproximadamente 12 m, inicia por um conglomerado basal mal selecionado e de coloração
branca amarelada. A matriz varia de areia grossa a silte, perfazendo 60 a 80% da rocha. O material
grosso é composto por grânulos e seixos, principalmente de quartzo, na proporção de 20 a 40% do total.
Sua espessura no morro São Jerônimo é de 1 m, em alguns pontos, pode atingir 1,5 m. Os 11 m
restantes são constituídos por intercalações de arenitos conglomeráticos, grossos a finos, com esparsos
grânulos e seixos (0 até 5 cm) e, em alguns locais, lentes de argila. Também são encontrados níveis
pouco espessos de conglomerados, intercalados nos arenitos. Suas cores são branca, e amarela ou
vermelha pela presença de óxido de ferro. As estruturas observadas consistem em estratificações
cruzadas acanaladas, tabulares, e sigmoidais, ocorrendo também laminação plano-paralela e laminação
cruzada (~cIimbing-rippIe crossIamination’); b)- seqüência superior - formada por espesso pacote de
aproximadamente 62 m constituídos por intercalações de arenitos médios a finos, silticos e argilosos,
freqüentemente micáceos. A cor varia de branca a amarela sendo comum as tonalidades roxas e
vermelhas devido a grande ocorrência de óxido de ferro nessas rochas. Em direção ao topo aparecem
níveis vermelhos caracterizados por sua constituição argiloferruginosa, que torna a seqüência mais
resistente à erosão. Um outro tipo de ocorrência de óxido de ferro nessa porção são as concentrações
em forma de nódulos. Os sedimentitos da seqüência superior mostram-se bastante bioturbados pela ação
de organismos escavadores. A freqüência dessas bioturbações aumenta consideravelmente em direção
ao topo por vezes destruindo completamente as estruturas dos arenitos. Como estruturas primárias tem-
se a presença de estratificações cruzadas sigmoidais, tabulares, laminações plano paralelas e onduladas.
        Sanford e Lange (1960), Oliveira e Muhlmann (1965), Lange e Petri (1967),Gonçalves e
Schneider (1970), Fúifaro et aIii (1980), e Meio (1985), propõem para a Formação Furnas (= Unidade 1
e 2 de Melo, 1985) aflorante no estado de Mato Grosso -Chapada dos Guimarães -, um período de
deposição, contemporânea à Formação Furnas e Membro Jaguariaiva da Formação Ponta Grossa no
centro da Bacia, de idade Emsiana. Em virtude da persistência temporal de sua sedimentação pode
atingir níveis superiores na coluna como o D (Eifeliano).




FORMAÇÃO PONTA GROSSA
        Essa unidade ocupa uma área de aproximadamente 75 km2 nas porções centro, sul e sudeste.
Se apresenta sob a forma de colinas suaves com cotas oscilando entre 600 e 800 m. A sua espessura,
observada em aforamentos próximos às escarpas da Formação Furnas, oscila entre 30 e 50 m. Em
direção à cidade de Chapada dos Guimarães atinge espessuras superiores a 80 m. Na área em estudo,
o contato inferior com a Formação Furnas é gradacionaí e arbitrado no ponto onde os pelitos passam a
predominar sobre os arenitos. Esse contato pode ser observado no caminho que leva ao Salto Véu de
Noiva e na subida do Morro Tope de Fita.
        A litologia da Formação Ponta Grossa é predominantemente constituída por pelitos e
subordinadamente por arenitos finos, que ocorrem no meio e topo da seqüência. Óxidos de ferro acham-
se disseminados em todo o pacote. Em alguns locais se concentram sob a forma de nódulos, crostas e
nos tubos produzidos pelas bioturbações. Quando verticalizados esses tubos são cilíndricos e restritos
aos arenitos finos, apresentam diâmetros não superior a 1 cm e comprimento máximo de 8 cm. Nos
peiitos, esses tubos são achatados, sem orientação definida e paralelos a acamadamento. Nos níveis
fossilíferos os óxidos de ferro participam no tipo de preservação dos fósseis. A cor dos sedimentitos varia
entre cinza, azul, vermelha e amarela e, ocasionalmente, no topo do aforamento 6 ocorrem também em
arenitos finos. Na base da seqüência as estruturas primárias mais freqüentes são: estratificação cruzada
acanalada, tangencial e sigmoidai. Nas porções média e superior predominam a laminação piano-
paralela, acamadamento lenticular e marcas de ondulações simétricas, sendo essas últimas pouco
freqüentes.



CONTEÚDO FOSSILÍFERO E DISTRIBUIÇÃO
        Na Formação Ponta Grossa, Chapada dos Guimarães - MT, os fósseis são numerosos porém
escassamente distribuídos. Os seus níveis de ocorrência predominam em porções siItosas e estão
limitados preferencialmente na base, por uma seqüência arenosa bioturbada e no topo por um seqüência
de argilitos. O aforamento Buriti constitui a exceção, seus horizontes fossifíferos estão vinculado; a níveis
argilosos e mais excepcionalmente no topo, a uma seqüência arenosa.
        Nos pacotes siltosos contendo fósseis, a laminação plano-paralela é a estrutura primária mais
freqüente, marcas de onda e lentes de areia são de ocorrência mais rara. As seqüências argilosas com
níveis fossilíferos, bem como o pacote arenoso são maciços. Por conseguinte, a probabilidade de
obtenção de fósseis inteiros é maior nos níveis siltosos, onde eles ocorrem nos planos de laminação.
        Nos argilitos são freqüentes, fósseis (Lingula spp.) em disposição perpendicular aos
acamadamento o que, facilita ainda mais, a fragmentação quando da extração. Este fato dificultou a
análise sistemática do grupo.
        O óxido de ferro que se encontra disseminado na Formação Ponta Grossa teve grande
participação na forma de preservação dos fósseis. Esses, constituíam pontos de descontinuidade na
rocha retendo o óxido de ferro e, conseqüentemente, tornando-se mais litificados e individuaiizados da
matriz. Essa retenção ocorreu de formas variadas, independente do tipo de organismo. A fossilização
mais comumente encontrada é o molde (interno e/ou externo e contra molde). A substituição freqüente
em alguns grupos específicos (mutationelidos e esperiferídeos). Por vezes é encontrado num mesmo
espécimen dois ou mais tipos de preservação. No caso de Língula as impressões são mais comuns,
ocorrendo ainda substituição da concha.
        De maneira geral, nos níveis de ocorrência os fósseis estão dispostos desordenadamente, a
exceção de conchas de Tentaculites que ocasionalmente mostram uma orientação. Nos organismos
bivaíves a maior freqüência é de conchas desarticuladas, no entanto, nas formas pequenas (até 1 cm),
e nos pelecípodes predominam as valvas articuladas.
        Os braquiópodes, constituem a assembléia mais numerosa e característica. Pelecípodes,
gastrópodes, Tentaculltes, trilobitas e crinóides são os outros organismos que ocorrem em proporções
menores.
        Os braquiópodes estão representados por espécimens de: Língula BRUGUIËRE, 1797;
Craniops tormbetana (CLARKE, 1889); Orbiculoidea baíní (SCHARPE, 1856); “Schurchertella’
Australostrophia mesembria (CLARKE, 1913); Chonostrophia andina sp.nov.; Notiochonetes
falklandica (MORRIS e SCHARPE, 1846); Coelospira HALL, 1894; Australocoelia tourteloti BOUCOT
e GILL, 1956; Australospirifer iheringi (KAYSER, 1900); Plicoplasia plano-convexa (7) (KNOD, 1908);
Derbyina smith (DERBY, 1890); Derbyina whitiorum CLARKE, 1913; Derbyina (DERBY, 1890);
Podolela KOZLOWSKI, 1929; Mutationellidaes Ind. Nesse conjunto se destacam, em termos numéricos,
espécimens de Australocoella tourtelott Derbyina smith e D. whitiorum. Ocorrem ainda pelecípodes,
gastrópodes, crinoides e trilobitas, no entanto, fracamente representados.
        Nos níveis superiores registrou-se uma assem6léia distinta constituída apenas por indivíduos do
gênero Língula, em sedimento argiloso. Uns poucos espécimens de pelecípodes foram encontrados
associados. De um nível arenoso foi possível obter uma pequena coleção de fragmentos de
esperiferídeos indeterminados, junto com alguns outros indivíduos de Orbiculoidea sp..
        O total de braquiópodes da assembléia de fósseis da Formação Ponta Grossa em Mato Grosso
consiste de 12 gêneros, 10 espécies e 2 grupos de nomenclatura aberta.




CONSIDERAÇÕES SOBRE OS LINGULÍDEOS DEVONIANOS DA BACIA DO PARANÁ
        Os Lingulídeos ocorrentes no Devoniano da Bacia do Paraná são conhecidos desde 1876,
quando Luthero Wagner percorreu parte do estado homônimo, com o intuito de coletar material geológico
para a expedição científica patrocinada pela primeira Comissão Geológica do Império do Brasil. No
Paraná, o grupo é o mais abundante dentre os braquiópodes, que por sua vez são os predominantes
dentre a fauna Devoniana do Estado. Para a região em estudo no presente trabalho, tal afirmativa não
pode ser feita, visto as pesquisas estarem apenas iniciando. A fossilização é similar em amostras
provenientes de vários aforamentos Devonianos da bacia. E a disposição das valvas, ora nos planos de
acamadamento, ora em posição perpendicular à este também já foi registrada pêlos autores em diversos
níveis do Devoniano do Paraná. Outra característica do grupo, em ambas as regiões é de sua fraca
presença quando ocorrentes nas assembléias típicas da Província Maivinokáfríca e sua total
predominância em níveis siltosos e argilosos onde associam-se quase que exclusivamente com moluscos
peIecípodes constituintes da endofauna. Aí caracterizam a típica comunidade de Língula
(BOUCOT,1971), constituídas pôr uma grande quantidade de espécimens, em vários estágios
ontogenéticos, e apresentando as diversas formas e espécies já sistematizadas por BOSETTI, 1989.




CONSIDERAÇÕES SOBRE O MATERIAL ESTUDADO
           Os exemplares pertencentes à coleção estudada procedem de três localidades do Município de
Chapada dos Guimarães (MT), quais sejam: aforamento Serra de Atimã, aforamento Lagoinha e
aforamento Véu de Noiva. Constam de aproximadamente 150 exemplares, a grande maioria
fragmentados devido à friabiiidade do sedimento, mal preservados em suas características internas
devido ao tipo de fossilização, sendo que os da localidade de Serra de Atimã, apresentam melhor grau
de preservação. O tamanho das valvas varia de pequeno (menores que lSmm de comprimento) a grandes
(maiores que 25mm de comprimento). De maneira muito semelhante aos Iingulídeos do centro da bacia,
sempre ocorre um padrão de predominância de dimensões em cada comunidade observada. O
aforamento Serra de Atimã registra formas grandes, o aforamento Véu de Noiva, formas médias e o
aforamento Lagoinha, formas pequenas, todos apresentando indivíduos em vários estágios de
crescimento, inclusive formas jovens, de tamanho bastante reduzido em comparação com os indivíduos
adultos.
           A fossilização observada é a de impressões internas, externas e compostas, e ainda substituição
da concha. Nas impressões internas, em poucos exemplares, identifica-se a linha perimeal da impressão
muscular do músculo-oblíquo-lateral-mediano preservada. Este fato permitiu identificação específica de
pequena parte do material. Nas amostras onde o grau de preservação foi menor aplicou-se a para-
sistemática proposta por Bosetti (1989).
SISTEMÁTICA



               Phylum: Brachiopoda DUMÉRIL, 1806

               Classis:    Inarticulata HUXLEY, 1869

                  Ordo: LingulidaWAAGEN, 1885

        Superfamilia:      Lingulãceae MENKE, 1828

               Familia:    Lingulidae MENKE, 1828

               Genus:      Lingula BRUGUIÉRE, 1797
                                                                                                   173




Diagnose: Valvas alongadas, margens laterais suavemente convexas a sub pararelas, ornamentadas
apenas pôr linhas de crescimento concêntricas e finas estrias. Concha fina, fracamente espessa nas
áreas de aderência muscular. Internamente sem septo, baixa crista mediana pode estar presente na valva
braquíal, estendendo-se da impressão muscular central às impressões musculares laterais anteriores
(modif. de MOORE, 1965).


                            Espécie tipo: Lingula anatina LAMARCK, 1801

                                   Língula sagittalis BOSETTI, 1989
                                                                                A

                                              Estl-Fig.-G e K




1913    Língula lepta CLARKE, Mon. Srv. Geol. Miner. Brasil, 1:308, est. 26, figs. 3 e 5 (non figs. 4, 6
        e 7)
1987    Língula sp. QUADROS, Tese Doutor. lnst. Geoc. Univ. Fed. Rio Grande do Sul (inédito), est 1,
        figs. 7,10,14 e 15 (non figs. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9,11,12,13,16,17, 18, 19)




Diagnose: Concha linguloide, bordo anterior sub-quadrangular com os ângulos anterolaterais
arredondados; bordo posterior ovalado. Impressões do músculo oblíquo- lateral-mediano em forma de
«seta”, com o vértice voltado em direção ao bordo anterior.


Descrição: O contorno geral da concha é longitudinalmente longo e lateralmente estreito, espatulado.
O coeficiente comprimento/largura é grande, aproximadamente 1,7 vezes mais longas que largas. O
tamanho da concha varia de pequeno (menores que lSmm de comprimento) a grande (maiores que
25mm de comprimento), a maior largura da concha situa-se sempre na margem anterior do terço
mediano.
        O bordo anterior é de contorno sub-quadrangular com ângulos antero-laterais arredondados,
idêntico em ambas as valvas. O bordo posterior é ovalado na valva braquial e pouco mais agudo na valva
pedicular, devido à presença do bico, mais pronunciado nesta valva; no entanto essa divergência é muito
pequena e pouco visível.
        As margens laterais são sub-paralelas, pouco convexas, quase retas, divergindo suavemente
em direção ao bordo posterior do terço mediano em direção ao bordo posterior. A abertura angular das
margens laterais é de 940 em média.
        A valva pedicular apresenta a fenda deltidial bem definida, situada no centro e ápice do bordo
posterior. O umbo é bem marcado e de forma triangular.
        Na valva braquial pode ocorrer um sulco mediano - quando se tem moldes ou impressões
internas - ou ainda uma crista mediana - quando se tem moldes ou impressões externas -, de
comprimento variado e largura de 0,Smm em média. O sulco ou crista podem estender-se pôr todo o
comprimento da valva ou apenas na região mediana, onde sempre são mais acentuados. Podem
encontrar-se parcial ou totalmente mascarados.
        A ornamentação consta de linhas de crescimento concêntricas e finas estrias. as linhas de
crescimento são presentes em toda a extensão das valvas, podendo encontrar-se parcial ou totalmente
erodidas e mascaradas. Podem ser de espaçamento fino e contínuo e ou ainda de espaçamento largo
e descontínuo; estas duas características podem estar associadas na mesma valva, podendo também
ocorrer o truncamento das linhas. Essas linhas possuem contorno idêntico tanto na concha adulta quanto
nos estágios ontogenéticos observáveis, com exceção do protegulum. As estrias partem do umbo e
irradiam-se até os limites do bordo anterior, são de traço muito leve e fino, quase imperceptíveis a olho
nu, portanto bastante susceptíveis à erosão, podendo encontrar-se mascaradas nos espécimens mal
preservados.
        Impressões musculares são visíveis principalmente nas valvas braquiais, embora neste caso
estejam muito mal preservadas. Obteve-se a distinção nesta valva em amostras do Paraná, impressões
dos seguintes músculos: adutor-posterior, oblíquo-interno-anterior, obl íquios-laterais-longitudinais e
obliquo-lateral-mediano. Esta última impressão sempre é a mais bem preservada e de mais fácil distinção,
possui forma de “seta” com o vértice voltado para o bordo anterior, e é a única diagnosticável no material
descrito neste trabalho.


Discussão: Língula sagítalis Bosetti (1 989)é proposta com base na identificação da linha perimeal das
impressões musculares do músculo oblíquo-lateral-mediano. Este critério avaliador de espécies de
Língula, tem sido utilizado com sucesso na identificação de formas atuais (Emig, 1977 e foi aplicado em
formas fósseis por Plaziat, 1978 e 1986).
Língula liliata Bosetti, 1989.

                                            Estampa III fig. C

Diagnose: Concha lingulóide, bordo anterior sub-oval, bordo posterior ovalado. Impressões do músculo
obliquo-lateral-mediano em forma de “flor-de-lis”.


Descrição: O contorno geral da concha é longitudinalmente longo e lateralmente alargado. O coeficiente
comprimento/largura é médio, aproximadamente 1,55 vezes mais longas que largas. O tamanho da
concha é médio (entre 15 e 25mm de comprimento). A maior largura da concha situa-se sempre na
margem anterior do terço mediano.
        O bordo anterior é de contôrno sub-oval na valva braquial. O bordo posterior é ovalado. As
margens laterais são sub-paralelas, pouco infiadas na região mediana, divergindo suavemente em
direção ao bordo anterior e convergindo acentuadamente a partir da margem posterior do terço mediano.
A abertura angular das margens laterais é de 95O ·
        A ornamentação consta de linhas de crescimento concentricas, presentes em toda a extensão
das valvas. São de espaçamento fino e contínuo. As linhas possuem contorno idêntico. As linhas
possuem contôrno idêntico ao da concha adulta em todos os estágios ontogenéticos visíveis, com
exceção do Protegulum.
        Impressões do músculo obliquo-lateral-mediano são visíveis na região mediana. Estas
impressões possuem contorno idêntico à flor-de-lis.


Discussão: Língula líliata Bosettt 1989 é proposta com base na forma da linha perimeal da impressão
do músculo oblíquo-lateral-mediano. Essa impressão possui forma idêntica à flor de lis, o que a difere L.
liliata Bosettt 1989 de L. sagittalis Bosetti, 1989 e L. sagíttalis var. quadrata Bosetti, 1989 que possuem
impressão do mesmo músculo em forma de “seta”. A amostragem de L. liliata Bosetti, 1989 também
pequena, na região em estudo. No estado do Paraná L. lilíata é espécie rara, ocorrendo em proporções
bastante menores do que L. sagittalis o mesmo não acontecendo no Mato Grosso, devido ao pequeno
número de amostras disponíveis neste estado em comparação com as amostras do estado do Paraná.




PARA-SISTEMÁTICA


                 Lingulóides quadrangulares - Morfotipos B
                         Tipo B1 - sub-quadrado
                         Estampa 1 fig. H


Diagnose: Concha Iingulóide, o bordo anterior apresenta contorno sub-quadrangular e o
coeficiente comprimento/largura é pequeno, (1,3), conferindo à concha aspecto curto e
largo.
Descrição: O contorno geral da concha lhe confere uma forma longitudinalmente curta e lateralmente
alargada. O coeficiente comprimento/largura é pequeno, aproximadamente 1,3 vezes mais longas que
largas. O tamanho varia de médio (entre 15 e 25mm de comprimento) a grande(maiores que 25mm de
comprimento). A maior largura da concha situa-se sempre na margem anterior da região mediana. O
bordo anterior é de contorno sub-quadrangular com ângulos antero-laterais arredondados. o bordo
posterior é de contorno ovalado na valva braquial e pouco mais agudo na valva pedicular, devido à
presença do bico; no entanto esta divergência é muito pequena e pouco visível.
          As margens laterais são abauladas, com maior inflagem na região mediana, devido àtrma
alargada da concha; essas margens estreitam-se visivelmente a partir da região posterior. A abertura
angular das margens laterais, tomando-se o bordo posterior em relação ao bordo anterior é de 940 a 96O
.
          A valva pedicular contém a fenda deltidial, bem definida, situada no centro e ápice do bordo
posterior, na valva braquial é possível observar um sulco mediano de comprimento variado e largura de
aproximadamente 0,5 a 1,Smm, que pode percorrer todo o comprimento da valva ou apenas a região
mediana, onde sempre é mais acentuado. Em alguns exemplares o sulco pode estar parcial ou totalmente
mascarado.
          Como ornamentação apresenta linhas concêntricas de crescimento e finas estrias. As linhas de
crescimento estão presentes em toda a extensão das valvas e podem ser de espaçamento fino e
constante ou ainda de espaçamento largo e inconstante. Essas características podem eMar associadas
na mesma valva, podendo ainda ocorrer o truncamento das linhas, principalmente nas margens laterais
medianas. As linhas de crescimento mostram contorno idêntico em todos os estágios ontogenéticos
visíveis, com exceção do protegulum. As estrias partem do umbo e irradiam-se até o início da região
mediana, são de traço leve e fino, quase imperceptíveis a olho nu.
          No interior do plano das valvas ocorrem impressões musculares, mal preservadas, parcial ou
totalmente mascaradas, dos músculos oblíquo-lateral-mediano (na região mediana) e oblíquo-anterior
(na região anterior), as impressões musculares são incompletas e de difícil observação e distinção.




                            Lingulóides quadrangulares - Morfotipos B

                                   Tipo B2 - oblongo
                                   Est. 1 Fig. B e L

1987 Língula sp. QUADROS, Tese Doutor. lnst. Geoc. UFRGS (inédito), est. 1 figs. 6 e 8, non figs. 1,
         2, 3,4, 5, 7, 9,10,11,12,13,14,15,16,17,18,19.
Diagnose: Concha lingulóide, o coeficiente comprimento/largura é grande (1,8), conferindo à concha uma
forma longa e estreita.


Descrição: O contorno geral da concha lhe confere uma forma longitudinalmente longa e lateralmente
estreita. O coeficiente comprimento/largura é grande, aproximadamente 1,8 vezes mais longas que
largas. O tamanho varia de médio (entre 15 e 25mm de comprimento) a grande (maiores de 25mm de
comprimento).
        O bordo anterior é de contorno sub-quadrangular, com os ângulos antero-laterais arredondados.
O bordo posterior é de contorno ovalado na valva braquial, As margens laterais são sub pararelas, pouco
abauladas, devido à forma estreita da concha; estas margens estreitam-se visivelmente a parte da região
posterior. A aventura angular das margens laterais, tomando-se o bordo posterior, em relação ao bordo
anterior é de 940
        Na valva braquial é possível observar um sulco mediano, de comprimento variado e largura de
0,5 a 1,Smm, que pode estar presente em toda a extensão das valvas ou apenas na região mediana,
onde sempre é mais acentuado. Em alguns exemplares o sulco é parcial ou totalmente mascarado.
        Como ornamentação apresenta linhas concêntricas de crescimento e finas estrias. As linhas de
crescimento estão presentes em toda a extensão das valvas e podem ser de espaçamento fino e
constante ou ainda de espaçamento largo e inconstante. Essas duas características podem estar
associadas na mesma valva, as linhas mostram contorno idêntico ao da concha adulta em todos os
estágios ontogenéticos visíveis, com exceção do protegulum, que se encontra mascarado em todas as
valvas estudadas. As estrias partem do umbo e irradiam-se até o final da região mediana, são de traco
leve e fino, quase imperceptíveis a olho nu.


                 Lingulóides quadrangulares - Morfotipos B
                         Tipo B3 - espatulado
                         Estampa 1 figs. D, E, F, 1, J, M, N, P, Q.

1913 Língula lepta CLARKE, Mon. Serv. Geol. Miner. do Br. est 26 fig. 4, non figs. 3, 5,
     6,7.
1913 Língula cf. manni HALL (KOZLOWSKI), Ann. PaI. Mus. Hist. Nat. Paris, est. 1 fig. 1, nonfig. 2.


Diagnose: Concha lingulóide, o bordo anterior é sub-quadrangular com ângulos anterolaterais
arredondados, o bordo posterior é ovalado. as margens laterais divergem suavemente em direção ao
bordo anterior. O coeficiente comprimento/largura é grande (1,6). Concha alongada, estreita e espatulada.
Descrição: O contorno geral da concha lhe confere uma forma longitudinalmente longa e lateralmente
estreita. O coeficiente comprimento/largura é grande, aproximadamente 1,6 vexes mais longas que
largas. O tamanho varia de médio (entre 15 e 25mm de comprimento) a grande (maiores que 25mm de
comprimento). A maior largura situa-se sempre na margem anterior da região mediana.
        O bordo anterior é de contorno sub-quadrangular, com ângulos antero-laterais arredondados. O
bordo posterior é ovalado na valva braquial e pouco mais agudo na valva peduncular, devido a presença
do bico; no entanto esta divergência é muito pequena e pouco visível. As margens laterais são sub-
paralelas, quase retas divergindo suavemente em direção ao bordo anterior e convergindo
acentuadamente a parte da região posterior. A abertura angular das margens laterais, tomando o bordo
posterior em relação ao bordo anterior é de 94o . A valva pedicular contém a fenda deltidial bem definida,
situada no centro e ápice do bordo posterior. O umbo nesta valva é bem desenvolvido e de forma
triangular.
         Na valva braquial pode ocorrer um sulco mediano, de comprimento variado e largura de 0,5 a
lmm. O sulco pode estar presente em todo o comprimento ou apenas a região mediana, onde sempre é
mais acentuado; pode encontrar-se parcial ou totalmente mascarado.
         Como ornamentação apresenta linhas concêntricas de crescimento e finas estrias. As linhas de
crescimento estão presentes em toda a extensão das valvas, podem ser de espaçamento fino e constante
ou ainda de espaçamento largo e inconstante. Estas duas características podem estar associadas na
mesma valva. As linhas possuem contorno idêntico em todos os estágios ontogenéticos visíveis, com
exceção do protegulum. As estrias partem do umbo e irradiam-se até os limites do bordo anterior, são
de traço leve e fino, quase imperceptíveis a olho nu.
         No interior do plano das valvas é possível observar impressões musculares, mal preservadas,
dos músculos adutor-posterior (na região posterior), oblíquo-lateral-mediano (na região mediana), oblíquo-
interno-anterior (na região mediana), obliquos-lateraisanteriores (na região anterior), adutores-anteriores
(na região anterior), oblíquo-anterior (na região anterior) e laterais-longitudinais (nas margens laterais).
Estas impressões musculares apresentam-se incompletas, mal preservadas e de difícil observação e
distinção.
         Em algumas valvas ocorrem a concha ou fragmentos da concha original, substituídos pôr óxido
de ferro. Como ornamentação apresenta linhas concêntricas de crescimento, presentes em toda a
extensão das valvas; podem ser de espaçamento fino e constante ou de espaçamento largo e
inconstante. As linhas mostram contorno idêntico ao da concha adulta em todos os estágios
ontogenéticos, com exceção do protegulum.
         No interior do plano das valvas ocorrem impressões musculares, mal preservadas, parcial ou
totalmente mascaradas, do músculo oblíquo-lateral-mediano (na região mediana). As impressões
musculares são incompletas e de difícil distinção.


                 Lingulóides triangulares - Morfotipos C
                         Tipo C3 - agudo
                         Estampa 1 fig. O

1913 Língula keideli CLARKE, Mon. Serv. Geol. Miner. do Br. est. 26 fig. 10,, non fig. 8 e
     9.
Diagnose: Concha Iingulóide, bordo anterior de contorno sub-oval com ângulos anterolaterais mal
definidos, bordo posterior triangular agudo. Coeficiente comprimento/largura grande (1,6). Concha longa,
estreita e aguda.
Descrição: O contorno geral da concha lhe confere uma forma longitudinalmente longa e lateralmente
estreita. O coeficiente comprimento/largura é grande, aproximadamente 1,6 vezes mais longas que
largas. O tamanho varia de médio (entre 15 e 25mm de comprimento) a grande (maiores que 25mm de
comprimento). A maior largura da concha situa-se na margem anterior da região mediana.
            O bordo anterior é de contorno sub-oval, com ângulos antero-laterais mal definidos. O bordo
posterior é agudo. As margens laterais são abauladas devido à convergência angular; estreitam-se
suavemente a partir da região anterior até atingir o ápice do bordo posterior. A abertura angular das
margens laterais é de 94O a 96O .
            Na valva braquial é possível observar na porção mediana um sulco ou uma crista medianos.
Dependendo se se trata de moldes internos ou moldes externos. O sulco é de comprimento variado e
largura d 0,5 a 1 ,Smm. Inicia no umbo e pode atingir toda a região ou ainda todo o comprimento da valva,
sendo mais acentuado na região posterior. A crista mediana é também de comprimento variado e largura
de 0,5 a lmm. Pode percorrer apenas a região posterior ou ainda até o limite da região anterior. Tanto o
sulco como a crista medianos podem encontrar-se parcial ou totalmente mascarados.
            Como ornamentação apresenta linhas concêntricas de crescimento e finas estrias. As linhas de
crescimento estão presentes em toda a extensão das valvas e podem ser de espaçamento fino e
constante ou de espaçamento largo e inconstante. estas duas características podem estar associadas
na mesma valva. As linhas mostram contorno idêntico ao da concha adulta em todos os estágios
ontogenéticos visíveis; com exceção do protegulum. As estrias são de traço leve e fino, podem
apresentar-se bem marcados ou não. Irradiam-se a partir do umbo e prolongam-se pôr toda a extensão
das valvas, podendo atingir os limites da região anterior.
            No interior do plano das valvas =e possível observar impressões musculares, mal preservadas,
parcial ou totalmente mascaradas dos músculos adutor-posterior (na região posterior), oblíquo-interno-
anterior (na região mediana), obliquo-lateral-mediano (na região mediana), oblíquo-lateral-anterior (na
região anterior), adutores-anteriores (na região anterior) e obliquo-anterior (na região anterior), as
impressões musculares são incompletas e de difícil observação e distinção.
            Em algumas valvas é possível observar fragmentos da concha original, substituídos pôr óxido
de ferro.




CONSIDERAÇÕES FINAIS
            Da análise dos dados pode-se inferir: ( a) que a resposta comportamental das “comunidades de
Língula” é bastante semelhante nos jazigos devonianos do Paraná e Mato Grosso, ( b) similaridade nas
condições ambientais durante a deposição do nível sedimentar em estudo, ( c) o tipo de fossilização é
a mesma, diferindo na qualidade, sendo melhor naquelas amostras provenientes do Estado do Paraná.
            Com o prosseguimento das pesquisas, espera-se obter um maior refinamento dos dados que
permitam uma mais segura reconstrução paleoambiental.
AGRADECIMENTOS

A equipe do Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOSETTI, E. P. de 1989. Paleontologia dos Lingulida (Brachiopoda: Inarticulada) da Formação Ponta
    Grossa, Devoniano, Bacia do Paraná, Brasil. Disert. Mestr. Inst. de Geo. UFRGS. 136 p, 2 map, 10
    est. Porto Alegre, RS.
BOUCOT, A. J. de 1971. Malvinokaffric Devonian marine comunity distribuition an implications for
    Gondwana. Anais da Academia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro, 43 (suplemento): 23 - 49,
    fig. 1,2.
CLARKE, J. M. de 1913. Fósseis Devonianos do Paraná. Mono graphias do Serviço Geológico e
    Mineralógico do Brasil, Rio de Janeiro, 1:1-353, pI. 1-27.
EMIG, C. C. de 1977. Refléxions sur la taxonomie des especes Língula (Brachiopodes, lnarticulés). C.
    r. hebd. Séanc. Acad. Sci., París, 285: 523-525.
EMIG, C. C. de 1982. Taxonomie du genre Língula (Brachiopodes, Inarticulés). Bull. Mus. natn. Hist.
    Nat., París, 40 sér., 4 section A, n0s 3-4: 337-367.
FÚLFARO, V. J.; GAMA JÚNIOR, E. G. & SOARES, P. C. de 1980. Revisão estratigrá fica da Bacia
     do Paraná. São Paulo, PAU LIPETRO, 1 55p. Relatório BP008/80, interno.
GONÇALVES, A. & SCHNEIDER, R. L. de 1970. Geologia do Centro Leste de Mato Grosso. Ponta
     Grossa, PETROBRÃS, DESUL n0 394 DEPEX - SEDOC, 2v. Relatório Técnico Interno.
KOZLOWSKI, R. de 1913. Fóssiles Dévoniens de I’état de Paraná (Brésil). Annales de Paléontologíe,
    Paris, 8 (3): 1-19, est. 1-3.
LANGE, F. W. & PETRI, 5. de 1967. The Devonian of the Paraná Basin. Boletim Paranaense de
    Geociências, Curitiba, 21/22: 5-55, fig. 1-5.
MELO, J. H. G. de 1985. A Província Malvinocáfrica no Devoniano do BrasiL Univ.
    Fed. Rio de Janeiro - Inst. de Geoc. v.1 880p., v.2 467p. v.3 182 fig. Dissertação de
    Mestrado em Ciências.
OLIVEIRA, M. A. M. & MUHLMANN, H. de 1965. Geologia de Semi-Detalhe da Região de Mutum,
    Jaciara, São Vicente e Chapada dos Guimarães. Ponta Grossa, PETROBRÃS, DEBESP
    300/DEPEX-SEDOC, 63p., anexo 1-25. Relatório interno.
PLAZIAT, J. C. ; PAJAUD, D.; EMIG, C. C. & GALL, J. C. de 197& Environement et distribution
    bathymétrique des Lingules Conséquences dans les intérpretations páleogeographiques. BuIl. Soc.
    GéoI. Fr., 20 (3): 309-314.
QUADROS, R. de 1987. Paleontologia dos Brachiopoda - Lingulida, Strophomenida,
    Spiriferida, Terebratulida - Devonianos, da Serra de Atimã e Arredores, Mato
    Grosso - BrasiL Porto Alegre, Univ. Fed. R. Gde. Sul, Inst. Geoc., 73p. est. 1-13.
    Tese de Doutorado Geociências.
SANFORD, R. M. & LANGE, F. W. de 1960. Basin study approach to oil evaluation of Paraná
    Miogeosyncle of South Brazil. Bull. Am. Assoc. of Petr. Geoii, Tulsa, 44 (8):
     1316-70, aug.



ESTAMPAS

1-A Morfotipo B-B1, valva braquial. Afloramento Serra de Atima.

         Ampliação: xl,69 - UFMT MPI9I
l-B Morfotipo B-B2, valva pedicular. Afloramento Serra de Atimã.

         Ampliação: xl,9 - FMT MPI83a
I-C Língula lílíata, valva braquial. Aforamento Serra de Atimã.

         Ampliação: xl,5 - UFMT MP192
l-D Morfotipo B-B3, valva braquial. Aforamento Serra de Atima.

        Ampliação: xl ,87 - UFMT MP275m
1-E Morfotipo B-B3, valva braquial. Aforamento Serra de Atima.

         Ampliação: x2,14 - UFMT MP187
l-F Morfotipo B-B3, valva braquial. Afloramento Serra de Atima.

         Ampliação: xl,87 - UFMT MP19Oa

I-G Língula sagittalís, valva braquial. Aforamento Serra de Atimã.

         Ampliação: x2,0 - UFMT MP178a

I-H Morfotipo B-B1, valva pedicular. Aforamento Serra de Atimã.

         Ampliação: xl,61 - UFMT MP 179a

1-1      Morfotipo B-B3, valva braquial. Aforamento Serra de Atima. Ampliação: xl,56 - UFMT MP184


l-J      Morfotipo B-B3, valva braquial. Afloramento Serra de Atima. Ampliação: xl ,67 - UFMT MP2751


I-K      Língula sagittalis, valva braquial. Aforamento Serra de Atimã. Ampliação: xl,7 - UFMT MPI85a


I-L      Morfotipo B-B2, valva braquial. Aforamento lndependê ncia. Ampliação: x2,68 - UFMT MP193


l-M      Morfotipo B-B3, valva pedicular. Aforamento Serra de Atimã. Ampliação: xl,75 - UFMT MPI83b


I-N      Morfotipo B-B3, valva braquial. Aforamento Lagoinha. Ampliação: x3,0 - UFMT 109


1-O      Morfotipo C-C3, valva pedicular. Aforamento Lagoinha. Ampliação: x2,93 - UFMT 96




l-P      Morfotipo B-B3, valva braquial. Aforamento Lagoinha. Ampliação: x3,0 - UFMT 57


l-Q      Morfotipo B-B3, valva braquial. Afloramento Lagoinha. Ampliação: x2,0 - UFMT 89


li-A Exemplar fragmentado com sulco mediano, valva pedicular. Aforramento Serrade Atimã.
         Ampliação: xl,94

ll-B Valva pedicular fragmentada. Aforamento Serra de Atimã.
Ampliação:xl,93

Il-C     Amostra fragmentada apresentando a concha substituída. Aforamento Lagoinha.


         Ampliação: x2,76
II-D     Amostra apresentando mascaramento da ornamentação. Aforamento Lagoinha. Ampliação: x2,6


lI-E Valva fragmentada. Aforamento Serra de Atimã.

          Ampliação: x 1,61
Il-F Valva fragmentada. Aforamento Serra de Atimã.

         Ampliação: xl,66

il-G Valva fragmentada. Aforamento Independência.

          Ampliação: x2,0
iI-H Valva mal preservada. Aforamento Serra de Atimã.

         Ampliação: x3,0

11-1     Amostra apresentando linhas de crescimento truncadas.


         Ampliação: xl,7

lI-J     Espécime encontrado em concreção. Aforamento Serra de Atimã. Ampliação: xl,0


ll-k     Valva apresentando bico bem pronunciado. Aforamento Independência. Ampliação: xl,6


Il-L Formas jovens. Aforamento Lagoinha.

         Ampliação: x3,5

lI-M Formas jovens. Aforamento Lagoinha.

         Ampliação: x3,62

111-A    Valva braquial apresentando impressão muscular mal preservada. Aforamento Serra de Atimã.


         Ampliação: x2,0

lll-B    Valva braquial apresentando fragmento da concha substituída. Aforamento Serra de Atimã.
         Ampliação: xl ,92


lll-C    Valva braquial apresentando concha substituída. Aforamento Lagoinha. Ampliação: x2,2


llI-D Valva mal preservada. Aforamento Serra de Atimã. Ampliação: xl ,88


111-E Valva mal preservada. Aforamento Lagoinha.

         Ampliação: x2,6

lll-F    Valva apresentando substituição da concha. Aforamento Serra de Atimã. Ampliação: xl,87
lll-G Valvas sobrepostas. Aforamento Lagoinha.

        Ampliação: x2,45

III-H Valvas sobrepostas. Aforamento Lagoinha. ~,

        Ampliação: x3,O

111-1   Valva fragmentada. Aforamento Serra de Atimã. Ampliação: xl ,66


1V-A Forma jovem. Aforamento Lagoinha.

        Ampliação: x5,2

IV-B Forma jovem. Aforamento Lagoinha.

        Ampliação: x2,53

IV-C Fragmentos de concha substituidos. Aforamento Lagoinha.

        Ampliação: xl ,84

IV-D    Valva fossilizada fora do plano de acamadamento. Aforamento Lagoinha. Ampliação: x3,23


1V-E Valva fragmentada. Aforamento Lagoinha. Ampliação: x3,O



IV-F    Valva fragmentada apresentando nítidamente a impressão muscular do músculo oblíquo-lateral-
        mediano em forma de “seta’. Lin gula sagittalis BOSETTI 1989. Ampliação: x2,07
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  • 1. 167 CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DOS LINGULIDA (BRACHIOPODA :INARTICULATA) DA FORMAÇÃO PONTA GROSSA, DEVONIANO, BACIA DO PARANÁ, MUNICÍPIO DE CHAPADA DOS GUIMARAES, MATO GROSSO, BRASIL Elvio P. BOSETTI Raquel QUADROS RESUMO O presente trabalho aborda inícialmente considerações referentes à geologia da área em estudo bem como breve análise das condições bioestratígráficas da fauna Devoniana da Formação Ponta Grossa no Estado do Mato Grosso. Apresenta ainda estudos comparativos entre a posição taxonômica dos Lingulídeos aí ocorrentes bem como estudo comparativo entre as populações de Lin gula dos Estados do Paraná e Mato Grosso. ABSTRACT The present paper is initially about considerations referring to geology of study as well as a brief analysis of the conditions bioestratigraphics conditions of the Ponta Grossa Formation in the State of Mato Grosso. Presenting studies of taxonomic positions of the lingulids populations ocurring at the formation in the State of Mato Grosso as well as study of the comparing lingulids of the State of Paraná and Mato Grosso. GEOLOGIA LOCAL A área de estudo possui 292 km2 e situa-se no flanco noroeste da Bacia do Paraná, entre os paralelos 15~2O’12” 5 - 15%O’ 5 e os meridianos 55043’5Q” W -55~52’52” W. Nessa região foram reconhecidas 5 unidades estratigráficas: Subunidade 6 (Grupo Cuiabá), Formação Furnas e Ponta Grossa (Grupo Paraná), Formação Botucatu (Grupo São Bento) e a Formação Cachoeirinha (Coberturas Terciárias). (2) universidade Estadual de Ponta Grossa - Departamento de Geociências - Av. Gal. cados Cavalcanti s/n, Ponta Grossa, PR, Brasil. CEP: 84030-000. lei. (042)2239355. (3) universidade Federal de Mato Grosso - Instituto de Ciências Exatas e da lerra. RuaS. Paulo Quadra 01, Casa 15, Jardim Europa Cuiaba - Ml CEP: 78.050.000. 168
  • 2. O Grupo Paraná, por seu caráter fossilifero, constituiu-se no objeto de maior detalhamento da pesquisa. As demais são referidas por seu papel de embasamento ou cobertura do Grupo em questão. O Grupo Cuiabá, que está representado na região pela Subunidade 6 ocupa 86 Km2 da área pesquisada. Apresenta-se sob a forma de cristas e esporões ao longo da borda ocidental da área. A subunidade 6 é composta por fihitos conglomeráticos com clastos de quartzo, filitos e quartizitos, com intercalações subordinadas de metarenitos de idade Proterozóico Inferior. Essa Subunidade serve de embasamento para os sedimentitos do Grupo Paraná. O contato com a Formação Furnas é discordante. FORMAÇÃO FURNAS Esta unidade distribui-se numa superfície de 34 km2 e aparece principalmente sob a forma de paredões acinzentados de direção E - W na porção sul e N - 5 na porção oeste, contornando quase toda a área. Essa formação tem sua maior espessura estimada em 74 m nos morros São Jerônimo e Tope de Fita. Litologicamente pode ser dividida em duas seqüências distintas: a)- seqüência inferior, com espessura de aproximadamente 12 m, inicia por um conglomerado basal mal selecionado e de coloração branca amarelada. A matriz varia de areia grossa a silte, perfazendo 60 a 80% da rocha. O material grosso é composto por grânulos e seixos, principalmente de quartzo, na proporção de 20 a 40% do total. Sua espessura no morro São Jerônimo é de 1 m, em alguns pontos, pode atingir 1,5 m. Os 11 m restantes são constituídos por intercalações de arenitos conglomeráticos, grossos a finos, com esparsos grânulos e seixos (0 até 5 cm) e, em alguns locais, lentes de argila. Também são encontrados níveis pouco espessos de conglomerados, intercalados nos arenitos. Suas cores são branca, e amarela ou vermelha pela presença de óxido de ferro. As estruturas observadas consistem em estratificações cruzadas acanaladas, tabulares, e sigmoidais, ocorrendo também laminação plano-paralela e laminação cruzada (~cIimbing-rippIe crossIamination’); b)- seqüência superior - formada por espesso pacote de aproximadamente 62 m constituídos por intercalações de arenitos médios a finos, silticos e argilosos, freqüentemente micáceos. A cor varia de branca a amarela sendo comum as tonalidades roxas e vermelhas devido a grande ocorrência de óxido de ferro nessas rochas. Em direção ao topo aparecem níveis vermelhos caracterizados por sua constituição argiloferruginosa, que torna a seqüência mais resistente à erosão. Um outro tipo de ocorrência de óxido de ferro nessa porção são as concentrações em forma de nódulos. Os sedimentitos da seqüência superior mostram-se bastante bioturbados pela ação de organismos escavadores. A freqüência dessas bioturbações aumenta consideravelmente em direção ao topo por vezes destruindo completamente as estruturas dos arenitos. Como estruturas primárias tem- se a presença de estratificações cruzadas sigmoidais, tabulares, laminações plano paralelas e onduladas. Sanford e Lange (1960), Oliveira e Muhlmann (1965), Lange e Petri (1967),Gonçalves e
  • 3. Schneider (1970), Fúifaro et aIii (1980), e Meio (1985), propõem para a Formação Furnas (= Unidade 1 e 2 de Melo, 1985) aflorante no estado de Mato Grosso -Chapada dos Guimarães -, um período de deposição, contemporânea à Formação Furnas e Membro Jaguariaiva da Formação Ponta Grossa no centro da Bacia, de idade Emsiana. Em virtude da persistência temporal de sua sedimentação pode atingir níveis superiores na coluna como o D (Eifeliano). FORMAÇÃO PONTA GROSSA Essa unidade ocupa uma área de aproximadamente 75 km2 nas porções centro, sul e sudeste. Se apresenta sob a forma de colinas suaves com cotas oscilando entre 600 e 800 m. A sua espessura, observada em aforamentos próximos às escarpas da Formação Furnas, oscila entre 30 e 50 m. Em direção à cidade de Chapada dos Guimarães atinge espessuras superiores a 80 m. Na área em estudo, o contato inferior com a Formação Furnas é gradacionaí e arbitrado no ponto onde os pelitos passam a predominar sobre os arenitos. Esse contato pode ser observado no caminho que leva ao Salto Véu de Noiva e na subida do Morro Tope de Fita. A litologia da Formação Ponta Grossa é predominantemente constituída por pelitos e subordinadamente por arenitos finos, que ocorrem no meio e topo da seqüência. Óxidos de ferro acham- se disseminados em todo o pacote. Em alguns locais se concentram sob a forma de nódulos, crostas e nos tubos produzidos pelas bioturbações. Quando verticalizados esses tubos são cilíndricos e restritos aos arenitos finos, apresentam diâmetros não superior a 1 cm e comprimento máximo de 8 cm. Nos peiitos, esses tubos são achatados, sem orientação definida e paralelos a acamadamento. Nos níveis fossilíferos os óxidos de ferro participam no tipo de preservação dos fósseis. A cor dos sedimentitos varia entre cinza, azul, vermelha e amarela e, ocasionalmente, no topo do aforamento 6 ocorrem também em arenitos finos. Na base da seqüência as estruturas primárias mais freqüentes são: estratificação cruzada acanalada, tangencial e sigmoidai. Nas porções média e superior predominam a laminação piano- paralela, acamadamento lenticular e marcas de ondulações simétricas, sendo essas últimas pouco freqüentes. CONTEÚDO FOSSILÍFERO E DISTRIBUIÇÃO Na Formação Ponta Grossa, Chapada dos Guimarães - MT, os fósseis são numerosos porém escassamente distribuídos. Os seus níveis de ocorrência predominam em porções siItosas e estão limitados preferencialmente na base, por uma seqüência arenosa bioturbada e no topo por um seqüência de argilitos. O aforamento Buriti constitui a exceção, seus horizontes fossifíferos estão vinculado; a níveis argilosos e mais excepcionalmente no topo, a uma seqüência arenosa. Nos pacotes siltosos contendo fósseis, a laminação plano-paralela é a estrutura primária mais freqüente, marcas de onda e lentes de areia são de ocorrência mais rara. As seqüências argilosas com níveis fossilíferos, bem como o pacote arenoso são maciços. Por conseguinte, a probabilidade de
  • 4. obtenção de fósseis inteiros é maior nos níveis siltosos, onde eles ocorrem nos planos de laminação. Nos argilitos são freqüentes, fósseis (Lingula spp.) em disposição perpendicular aos acamadamento o que, facilita ainda mais, a fragmentação quando da extração. Este fato dificultou a análise sistemática do grupo. O óxido de ferro que se encontra disseminado na Formação Ponta Grossa teve grande participação na forma de preservação dos fósseis. Esses, constituíam pontos de descontinuidade na rocha retendo o óxido de ferro e, conseqüentemente, tornando-se mais litificados e individuaiizados da matriz. Essa retenção ocorreu de formas variadas, independente do tipo de organismo. A fossilização mais comumente encontrada é o molde (interno e/ou externo e contra molde). A substituição freqüente em alguns grupos específicos (mutationelidos e esperiferídeos). Por vezes é encontrado num mesmo espécimen dois ou mais tipos de preservação. No caso de Língula as impressões são mais comuns, ocorrendo ainda substituição da concha. De maneira geral, nos níveis de ocorrência os fósseis estão dispostos desordenadamente, a exceção de conchas de Tentaculites que ocasionalmente mostram uma orientação. Nos organismos bivaíves a maior freqüência é de conchas desarticuladas, no entanto, nas formas pequenas (até 1 cm), e nos pelecípodes predominam as valvas articuladas. Os braquiópodes, constituem a assembléia mais numerosa e característica. Pelecípodes, gastrópodes, Tentaculltes, trilobitas e crinóides são os outros organismos que ocorrem em proporções menores. Os braquiópodes estão representados por espécimens de: Língula BRUGUIËRE, 1797; Craniops tormbetana (CLARKE, 1889); Orbiculoidea baíní (SCHARPE, 1856); “Schurchertella’ Australostrophia mesembria (CLARKE, 1913); Chonostrophia andina sp.nov.; Notiochonetes falklandica (MORRIS e SCHARPE, 1846); Coelospira HALL, 1894; Australocoelia tourteloti BOUCOT e GILL, 1956; Australospirifer iheringi (KAYSER, 1900); Plicoplasia plano-convexa (7) (KNOD, 1908); Derbyina smith (DERBY, 1890); Derbyina whitiorum CLARKE, 1913; Derbyina (DERBY, 1890); Podolela KOZLOWSKI, 1929; Mutationellidaes Ind. Nesse conjunto se destacam, em termos numéricos, espécimens de Australocoella tourtelott Derbyina smith e D. whitiorum. Ocorrem ainda pelecípodes, gastrópodes, crinoides e trilobitas, no entanto, fracamente representados. Nos níveis superiores registrou-se uma assem6léia distinta constituída apenas por indivíduos do gênero Língula, em sedimento argiloso. Uns poucos espécimens de pelecípodes foram encontrados associados. De um nível arenoso foi possível obter uma pequena coleção de fragmentos de esperiferídeos indeterminados, junto com alguns outros indivíduos de Orbiculoidea sp.. O total de braquiópodes da assembléia de fósseis da Formação Ponta Grossa em Mato Grosso consiste de 12 gêneros, 10 espécies e 2 grupos de nomenclatura aberta. CONSIDERAÇÕES SOBRE OS LINGULÍDEOS DEVONIANOS DA BACIA DO PARANÁ Os Lingulídeos ocorrentes no Devoniano da Bacia do Paraná são conhecidos desde 1876,
  • 5. quando Luthero Wagner percorreu parte do estado homônimo, com o intuito de coletar material geológico para a expedição científica patrocinada pela primeira Comissão Geológica do Império do Brasil. No Paraná, o grupo é o mais abundante dentre os braquiópodes, que por sua vez são os predominantes dentre a fauna Devoniana do Estado. Para a região em estudo no presente trabalho, tal afirmativa não pode ser feita, visto as pesquisas estarem apenas iniciando. A fossilização é similar em amostras provenientes de vários aforamentos Devonianos da bacia. E a disposição das valvas, ora nos planos de acamadamento, ora em posição perpendicular à este também já foi registrada pêlos autores em diversos níveis do Devoniano do Paraná. Outra característica do grupo, em ambas as regiões é de sua fraca presença quando ocorrentes nas assembléias típicas da Província Maivinokáfríca e sua total predominância em níveis siltosos e argilosos onde associam-se quase que exclusivamente com moluscos peIecípodes constituintes da endofauna. Aí caracterizam a típica comunidade de Língula (BOUCOT,1971), constituídas pôr uma grande quantidade de espécimens, em vários estágios ontogenéticos, e apresentando as diversas formas e espécies já sistematizadas por BOSETTI, 1989. CONSIDERAÇÕES SOBRE O MATERIAL ESTUDADO Os exemplares pertencentes à coleção estudada procedem de três localidades do Município de Chapada dos Guimarães (MT), quais sejam: aforamento Serra de Atimã, aforamento Lagoinha e aforamento Véu de Noiva. Constam de aproximadamente 150 exemplares, a grande maioria fragmentados devido à friabiiidade do sedimento, mal preservados em suas características internas devido ao tipo de fossilização, sendo que os da localidade de Serra de Atimã, apresentam melhor grau de preservação. O tamanho das valvas varia de pequeno (menores que lSmm de comprimento) a grandes (maiores que 25mm de comprimento). De maneira muito semelhante aos Iingulídeos do centro da bacia, sempre ocorre um padrão de predominância de dimensões em cada comunidade observada. O aforamento Serra de Atimã registra formas grandes, o aforamento Véu de Noiva, formas médias e o aforamento Lagoinha, formas pequenas, todos apresentando indivíduos em vários estágios de crescimento, inclusive formas jovens, de tamanho bastante reduzido em comparação com os indivíduos adultos. A fossilização observada é a de impressões internas, externas e compostas, e ainda substituição da concha. Nas impressões internas, em poucos exemplares, identifica-se a linha perimeal da impressão muscular do músculo-oblíquo-lateral-mediano preservada. Este fato permitiu identificação específica de pequena parte do material. Nas amostras onde o grau de preservação foi menor aplicou-se a para- sistemática proposta por Bosetti (1989).
  • 6. SISTEMÁTICA Phylum: Brachiopoda DUMÉRIL, 1806 Classis: Inarticulata HUXLEY, 1869 Ordo: LingulidaWAAGEN, 1885 Superfamilia: Lingulãceae MENKE, 1828 Familia: Lingulidae MENKE, 1828 Genus: Lingula BRUGUIÉRE, 1797 173 Diagnose: Valvas alongadas, margens laterais suavemente convexas a sub pararelas, ornamentadas apenas pôr linhas de crescimento concêntricas e finas estrias. Concha fina, fracamente espessa nas áreas de aderência muscular. Internamente sem septo, baixa crista mediana pode estar presente na valva braquíal, estendendo-se da impressão muscular central às impressões musculares laterais anteriores (modif. de MOORE, 1965). Espécie tipo: Lingula anatina LAMARCK, 1801 Língula sagittalis BOSETTI, 1989 A Estl-Fig.-G e K 1913 Língula lepta CLARKE, Mon. Srv. Geol. Miner. Brasil, 1:308, est. 26, figs. 3 e 5 (non figs. 4, 6 e 7) 1987 Língula sp. QUADROS, Tese Doutor. lnst. Geoc. Univ. Fed. Rio Grande do Sul (inédito), est 1, figs. 7,10,14 e 15 (non figs. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9,11,12,13,16,17, 18, 19) Diagnose: Concha linguloide, bordo anterior sub-quadrangular com os ângulos anterolaterais arredondados; bordo posterior ovalado. Impressões do músculo oblíquo- lateral-mediano em forma de «seta”, com o vértice voltado em direção ao bordo anterior. Descrição: O contorno geral da concha é longitudinalmente longo e lateralmente estreito, espatulado. O coeficiente comprimento/largura é grande, aproximadamente 1,7 vezes mais longas que largas. O
  • 7. tamanho da concha varia de pequeno (menores que lSmm de comprimento) a grande (maiores que 25mm de comprimento), a maior largura da concha situa-se sempre na margem anterior do terço mediano. O bordo anterior é de contorno sub-quadrangular com ângulos antero-laterais arredondados, idêntico em ambas as valvas. O bordo posterior é ovalado na valva braquial e pouco mais agudo na valva pedicular, devido à presença do bico, mais pronunciado nesta valva; no entanto essa divergência é muito pequena e pouco visível. As margens laterais são sub-paralelas, pouco convexas, quase retas, divergindo suavemente em direção ao bordo posterior do terço mediano em direção ao bordo posterior. A abertura angular das margens laterais é de 940 em média. A valva pedicular apresenta a fenda deltidial bem definida, situada no centro e ápice do bordo posterior. O umbo é bem marcado e de forma triangular. Na valva braquial pode ocorrer um sulco mediano - quando se tem moldes ou impressões internas - ou ainda uma crista mediana - quando se tem moldes ou impressões externas -, de comprimento variado e largura de 0,Smm em média. O sulco ou crista podem estender-se pôr todo o comprimento da valva ou apenas na região mediana, onde sempre são mais acentuados. Podem encontrar-se parcial ou totalmente mascarados. A ornamentação consta de linhas de crescimento concêntricas e finas estrias. as linhas de crescimento são presentes em toda a extensão das valvas, podendo encontrar-se parcial ou totalmente erodidas e mascaradas. Podem ser de espaçamento fino e contínuo e ou ainda de espaçamento largo e descontínuo; estas duas características podem estar associadas na mesma valva, podendo também ocorrer o truncamento das linhas. Essas linhas possuem contorno idêntico tanto na concha adulta quanto nos estágios ontogenéticos observáveis, com exceção do protegulum. As estrias partem do umbo e irradiam-se até os limites do bordo anterior, são de traço muito leve e fino, quase imperceptíveis a olho nu, portanto bastante susceptíveis à erosão, podendo encontrar-se mascaradas nos espécimens mal preservados. Impressões musculares são visíveis principalmente nas valvas braquiais, embora neste caso estejam muito mal preservadas. Obteve-se a distinção nesta valva em amostras do Paraná, impressões dos seguintes músculos: adutor-posterior, oblíquo-interno-anterior, obl íquios-laterais-longitudinais e obliquo-lateral-mediano. Esta última impressão sempre é a mais bem preservada e de mais fácil distinção, possui forma de “seta” com o vértice voltado para o bordo anterior, e é a única diagnosticável no material descrito neste trabalho. Discussão: Língula sagítalis Bosetti (1 989)é proposta com base na identificação da linha perimeal das impressões musculares do músculo oblíquo-lateral-mediano. Este critério avaliador de espécies de Língula, tem sido utilizado com sucesso na identificação de formas atuais (Emig, 1977 e foi aplicado em formas fósseis por Plaziat, 1978 e 1986).
  • 8. Língula liliata Bosetti, 1989. Estampa III fig. C Diagnose: Concha lingulóide, bordo anterior sub-oval, bordo posterior ovalado. Impressões do músculo obliquo-lateral-mediano em forma de “flor-de-lis”. Descrição: O contorno geral da concha é longitudinalmente longo e lateralmente alargado. O coeficiente comprimento/largura é médio, aproximadamente 1,55 vezes mais longas que largas. O tamanho da concha é médio (entre 15 e 25mm de comprimento). A maior largura da concha situa-se sempre na margem anterior do terço mediano. O bordo anterior é de contôrno sub-oval na valva braquial. O bordo posterior é ovalado. As margens laterais são sub-paralelas, pouco infiadas na região mediana, divergindo suavemente em direção ao bordo anterior e convergindo acentuadamente a partir da margem posterior do terço mediano. A abertura angular das margens laterais é de 95O · A ornamentação consta de linhas de crescimento concentricas, presentes em toda a extensão das valvas. São de espaçamento fino e contínuo. As linhas possuem contorno idêntico. As linhas possuem contôrno idêntico ao da concha adulta em todos os estágios ontogenéticos visíveis, com exceção do Protegulum. Impressões do músculo obliquo-lateral-mediano são visíveis na região mediana. Estas impressões possuem contorno idêntico à flor-de-lis. Discussão: Língula líliata Bosettt 1989 é proposta com base na forma da linha perimeal da impressão do músculo oblíquo-lateral-mediano. Essa impressão possui forma idêntica à flor de lis, o que a difere L. liliata Bosettt 1989 de L. sagittalis Bosetti, 1989 e L. sagíttalis var. quadrata Bosetti, 1989 que possuem impressão do mesmo músculo em forma de “seta”. A amostragem de L. liliata Bosetti, 1989 também pequena, na região em estudo. No estado do Paraná L. lilíata é espécie rara, ocorrendo em proporções bastante menores do que L. sagittalis o mesmo não acontecendo no Mato Grosso, devido ao pequeno número de amostras disponíveis neste estado em comparação com as amostras do estado do Paraná. PARA-SISTEMÁTICA Lingulóides quadrangulares - Morfotipos B Tipo B1 - sub-quadrado Estampa 1 fig. H Diagnose: Concha Iingulóide, o bordo anterior apresenta contorno sub-quadrangular e o
  • 9. coeficiente comprimento/largura é pequeno, (1,3), conferindo à concha aspecto curto e largo. Descrição: O contorno geral da concha lhe confere uma forma longitudinalmente curta e lateralmente alargada. O coeficiente comprimento/largura é pequeno, aproximadamente 1,3 vezes mais longas que largas. O tamanho varia de médio (entre 15 e 25mm de comprimento) a grande(maiores que 25mm de comprimento). A maior largura da concha situa-se sempre na margem anterior da região mediana. O bordo anterior é de contorno sub-quadrangular com ângulos antero-laterais arredondados. o bordo posterior é de contorno ovalado na valva braquial e pouco mais agudo na valva pedicular, devido à presença do bico; no entanto esta divergência é muito pequena e pouco visível. As margens laterais são abauladas, com maior inflagem na região mediana, devido àtrma alargada da concha; essas margens estreitam-se visivelmente a partir da região posterior. A abertura angular das margens laterais, tomando-se o bordo posterior em relação ao bordo anterior é de 940 a 96O . A valva pedicular contém a fenda deltidial, bem definida, situada no centro e ápice do bordo posterior, na valva braquial é possível observar um sulco mediano de comprimento variado e largura de aproximadamente 0,5 a 1,Smm, que pode percorrer todo o comprimento da valva ou apenas a região mediana, onde sempre é mais acentuado. Em alguns exemplares o sulco pode estar parcial ou totalmente mascarado. Como ornamentação apresenta linhas concêntricas de crescimento e finas estrias. As linhas de crescimento estão presentes em toda a extensão das valvas e podem ser de espaçamento fino e constante ou ainda de espaçamento largo e inconstante. Essas características podem eMar associadas na mesma valva, podendo ainda ocorrer o truncamento das linhas, principalmente nas margens laterais medianas. As linhas de crescimento mostram contorno idêntico em todos os estágios ontogenéticos visíveis, com exceção do protegulum. As estrias partem do umbo e irradiam-se até o início da região mediana, são de traço leve e fino, quase imperceptíveis a olho nu. No interior do plano das valvas ocorrem impressões musculares, mal preservadas, parcial ou totalmente mascaradas, dos músculos oblíquo-lateral-mediano (na região mediana) e oblíquo-anterior (na região anterior), as impressões musculares são incompletas e de difícil observação e distinção. Lingulóides quadrangulares - Morfotipos B Tipo B2 - oblongo Est. 1 Fig. B e L 1987 Língula sp. QUADROS, Tese Doutor. lnst. Geoc. UFRGS (inédito), est. 1 figs. 6 e 8, non figs. 1, 2, 3,4, 5, 7, 9,10,11,12,13,14,15,16,17,18,19.
  • 10. Diagnose: Concha lingulóide, o coeficiente comprimento/largura é grande (1,8), conferindo à concha uma forma longa e estreita. Descrição: O contorno geral da concha lhe confere uma forma longitudinalmente longa e lateralmente estreita. O coeficiente comprimento/largura é grande, aproximadamente 1,8 vezes mais longas que largas. O tamanho varia de médio (entre 15 e 25mm de comprimento) a grande (maiores de 25mm de comprimento). O bordo anterior é de contorno sub-quadrangular, com os ângulos antero-laterais arredondados. O bordo posterior é de contorno ovalado na valva braquial, As margens laterais são sub pararelas, pouco abauladas, devido à forma estreita da concha; estas margens estreitam-se visivelmente a parte da região posterior. A aventura angular das margens laterais, tomando-se o bordo posterior, em relação ao bordo anterior é de 940 Na valva braquial é possível observar um sulco mediano, de comprimento variado e largura de 0,5 a 1,Smm, que pode estar presente em toda a extensão das valvas ou apenas na região mediana, onde sempre é mais acentuado. Em alguns exemplares o sulco é parcial ou totalmente mascarado. Como ornamentação apresenta linhas concêntricas de crescimento e finas estrias. As linhas de crescimento estão presentes em toda a extensão das valvas e podem ser de espaçamento fino e constante ou ainda de espaçamento largo e inconstante. Essas duas características podem estar associadas na mesma valva, as linhas mostram contorno idêntico ao da concha adulta em todos os estágios ontogenéticos visíveis, com exceção do protegulum, que se encontra mascarado em todas as valvas estudadas. As estrias partem do umbo e irradiam-se até o final da região mediana, são de traco leve e fino, quase imperceptíveis a olho nu. Lingulóides quadrangulares - Morfotipos B Tipo B3 - espatulado Estampa 1 figs. D, E, F, 1, J, M, N, P, Q. 1913 Língula lepta CLARKE, Mon. Serv. Geol. Miner. do Br. est 26 fig. 4, non figs. 3, 5, 6,7. 1913 Língula cf. manni HALL (KOZLOWSKI), Ann. PaI. Mus. Hist. Nat. Paris, est. 1 fig. 1, nonfig. 2. Diagnose: Concha lingulóide, o bordo anterior é sub-quadrangular com ângulos anterolaterais arredondados, o bordo posterior é ovalado. as margens laterais divergem suavemente em direção ao bordo anterior. O coeficiente comprimento/largura é grande (1,6). Concha alongada, estreita e espatulada. Descrição: O contorno geral da concha lhe confere uma forma longitudinalmente longa e lateralmente estreita. O coeficiente comprimento/largura é grande, aproximadamente 1,6 vexes mais longas que largas. O tamanho varia de médio (entre 15 e 25mm de comprimento) a grande (maiores que 25mm de comprimento). A maior largura situa-se sempre na margem anterior da região mediana. O bordo anterior é de contorno sub-quadrangular, com ângulos antero-laterais arredondados. O
  • 11. bordo posterior é ovalado na valva braquial e pouco mais agudo na valva peduncular, devido a presença do bico; no entanto esta divergência é muito pequena e pouco visível. As margens laterais são sub- paralelas, quase retas divergindo suavemente em direção ao bordo anterior e convergindo acentuadamente a parte da região posterior. A abertura angular das margens laterais, tomando o bordo posterior em relação ao bordo anterior é de 94o . A valva pedicular contém a fenda deltidial bem definida, situada no centro e ápice do bordo posterior. O umbo nesta valva é bem desenvolvido e de forma triangular. Na valva braquial pode ocorrer um sulco mediano, de comprimento variado e largura de 0,5 a lmm. O sulco pode estar presente em todo o comprimento ou apenas a região mediana, onde sempre é mais acentuado; pode encontrar-se parcial ou totalmente mascarado. Como ornamentação apresenta linhas concêntricas de crescimento e finas estrias. As linhas de crescimento estão presentes em toda a extensão das valvas, podem ser de espaçamento fino e constante ou ainda de espaçamento largo e inconstante. Estas duas características podem estar associadas na mesma valva. As linhas possuem contorno idêntico em todos os estágios ontogenéticos visíveis, com exceção do protegulum. As estrias partem do umbo e irradiam-se até os limites do bordo anterior, são de traço leve e fino, quase imperceptíveis a olho nu. No interior do plano das valvas é possível observar impressões musculares, mal preservadas, dos músculos adutor-posterior (na região posterior), oblíquo-lateral-mediano (na região mediana), oblíquo- interno-anterior (na região mediana), obliquos-lateraisanteriores (na região anterior), adutores-anteriores (na região anterior), oblíquo-anterior (na região anterior) e laterais-longitudinais (nas margens laterais). Estas impressões musculares apresentam-se incompletas, mal preservadas e de difícil observação e distinção. Em algumas valvas ocorrem a concha ou fragmentos da concha original, substituídos pôr óxido de ferro. Como ornamentação apresenta linhas concêntricas de crescimento, presentes em toda a extensão das valvas; podem ser de espaçamento fino e constante ou de espaçamento largo e inconstante. As linhas mostram contorno idêntico ao da concha adulta em todos os estágios ontogenéticos, com exceção do protegulum. No interior do plano das valvas ocorrem impressões musculares, mal preservadas, parcial ou totalmente mascaradas, do músculo oblíquo-lateral-mediano (na região mediana). As impressões musculares são incompletas e de difícil distinção. Lingulóides triangulares - Morfotipos C Tipo C3 - agudo Estampa 1 fig. O 1913 Língula keideli CLARKE, Mon. Serv. Geol. Miner. do Br. est. 26 fig. 10,, non fig. 8 e 9. Diagnose: Concha Iingulóide, bordo anterior de contorno sub-oval com ângulos anterolaterais mal definidos, bordo posterior triangular agudo. Coeficiente comprimento/largura grande (1,6). Concha longa,
  • 12. estreita e aguda. Descrição: O contorno geral da concha lhe confere uma forma longitudinalmente longa e lateralmente estreita. O coeficiente comprimento/largura é grande, aproximadamente 1,6 vezes mais longas que largas. O tamanho varia de médio (entre 15 e 25mm de comprimento) a grande (maiores que 25mm de comprimento). A maior largura da concha situa-se na margem anterior da região mediana. O bordo anterior é de contorno sub-oval, com ângulos antero-laterais mal definidos. O bordo posterior é agudo. As margens laterais são abauladas devido à convergência angular; estreitam-se suavemente a partir da região anterior até atingir o ápice do bordo posterior. A abertura angular das margens laterais é de 94O a 96O . Na valva braquial é possível observar na porção mediana um sulco ou uma crista medianos. Dependendo se se trata de moldes internos ou moldes externos. O sulco é de comprimento variado e largura d 0,5 a 1 ,Smm. Inicia no umbo e pode atingir toda a região ou ainda todo o comprimento da valva, sendo mais acentuado na região posterior. A crista mediana é também de comprimento variado e largura de 0,5 a lmm. Pode percorrer apenas a região posterior ou ainda até o limite da região anterior. Tanto o sulco como a crista medianos podem encontrar-se parcial ou totalmente mascarados. Como ornamentação apresenta linhas concêntricas de crescimento e finas estrias. As linhas de crescimento estão presentes em toda a extensão das valvas e podem ser de espaçamento fino e constante ou de espaçamento largo e inconstante. estas duas características podem estar associadas na mesma valva. As linhas mostram contorno idêntico ao da concha adulta em todos os estágios ontogenéticos visíveis; com exceção do protegulum. As estrias são de traço leve e fino, podem apresentar-se bem marcados ou não. Irradiam-se a partir do umbo e prolongam-se pôr toda a extensão das valvas, podendo atingir os limites da região anterior. No interior do plano das valvas =e possível observar impressões musculares, mal preservadas, parcial ou totalmente mascaradas dos músculos adutor-posterior (na região posterior), oblíquo-interno- anterior (na região mediana), obliquo-lateral-mediano (na região mediana), oblíquo-lateral-anterior (na região anterior), adutores-anteriores (na região anterior) e obliquo-anterior (na região anterior), as impressões musculares são incompletas e de difícil observação e distinção. Em algumas valvas é possível observar fragmentos da concha original, substituídos pôr óxido de ferro. CONSIDERAÇÕES FINAIS Da análise dos dados pode-se inferir: ( a) que a resposta comportamental das “comunidades de Língula” é bastante semelhante nos jazigos devonianos do Paraná e Mato Grosso, ( b) similaridade nas condições ambientais durante a deposição do nível sedimentar em estudo, ( c) o tipo de fossilização é a mesma, diferindo na qualidade, sendo melhor naquelas amostras provenientes do Estado do Paraná. Com o prosseguimento das pesquisas, espera-se obter um maior refinamento dos dados que permitam uma mais segura reconstrução paleoambiental.
  • 13. AGRADECIMENTOS A equipe do Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOSETTI, E. P. de 1989. Paleontologia dos Lingulida (Brachiopoda: Inarticulada) da Formação Ponta Grossa, Devoniano, Bacia do Paraná, Brasil. Disert. Mestr. Inst. de Geo. UFRGS. 136 p, 2 map, 10 est. Porto Alegre, RS. BOUCOT, A. J. de 1971. Malvinokaffric Devonian marine comunity distribuition an implications for Gondwana. Anais da Academia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro, 43 (suplemento): 23 - 49, fig. 1,2. CLARKE, J. M. de 1913. Fósseis Devonianos do Paraná. Mono graphias do Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil, Rio de Janeiro, 1:1-353, pI. 1-27. EMIG, C. C. de 1977. Refléxions sur la taxonomie des especes Língula (Brachiopodes, lnarticulés). C. r. hebd. Séanc. Acad. Sci., París, 285: 523-525. EMIG, C. C. de 1982. Taxonomie du genre Língula (Brachiopodes, Inarticulés). Bull. Mus. natn. Hist. Nat., París, 40 sér., 4 section A, n0s 3-4: 337-367. FÚLFARO, V. J.; GAMA JÚNIOR, E. G. & SOARES, P. C. de 1980. Revisão estratigrá fica da Bacia do Paraná. São Paulo, PAU LIPETRO, 1 55p. Relatório BP008/80, interno. GONÇALVES, A. & SCHNEIDER, R. L. de 1970. Geologia do Centro Leste de Mato Grosso. Ponta Grossa, PETROBRÃS, DESUL n0 394 DEPEX - SEDOC, 2v. Relatório Técnico Interno. KOZLOWSKI, R. de 1913. Fóssiles Dévoniens de I’état de Paraná (Brésil). Annales de Paléontologíe, Paris, 8 (3): 1-19, est. 1-3. LANGE, F. W. & PETRI, 5. de 1967. The Devonian of the Paraná Basin. Boletim Paranaense de Geociências, Curitiba, 21/22: 5-55, fig. 1-5. MELO, J. H. G. de 1985. A Província Malvinocáfrica no Devoniano do BrasiL Univ. Fed. Rio de Janeiro - Inst. de Geoc. v.1 880p., v.2 467p. v.3 182 fig. Dissertação de Mestrado em Ciências. OLIVEIRA, M. A. M. & MUHLMANN, H. de 1965. Geologia de Semi-Detalhe da Região de Mutum, Jaciara, São Vicente e Chapada dos Guimarães. Ponta Grossa, PETROBRÃS, DEBESP 300/DEPEX-SEDOC, 63p., anexo 1-25. Relatório interno. PLAZIAT, J. C. ; PAJAUD, D.; EMIG, C. C. & GALL, J. C. de 197& Environement et distribution bathymétrique des Lingules Conséquences dans les intérpretations páleogeographiques. BuIl. Soc. GéoI. Fr., 20 (3): 309-314. QUADROS, R. de 1987. Paleontologia dos Brachiopoda - Lingulida, Strophomenida, Spiriferida, Terebratulida - Devonianos, da Serra de Atimã e Arredores, Mato Grosso - BrasiL Porto Alegre, Univ. Fed. R. Gde. Sul, Inst. Geoc., 73p. est. 1-13. Tese de Doutorado Geociências. SANFORD, R. M. & LANGE, F. W. de 1960. Basin study approach to oil evaluation of Paraná Miogeosyncle of South Brazil. Bull. Am. Assoc. of Petr. Geoii, Tulsa, 44 (8): 1316-70, aug. ESTAMPAS 1-A Morfotipo B-B1, valva braquial. Afloramento Serra de Atima. Ampliação: xl,69 - UFMT MPI9I l-B Morfotipo B-B2, valva pedicular. Afloramento Serra de Atimã. Ampliação: xl,9 - FMT MPI83a I-C Língula lílíata, valva braquial. Aforamento Serra de Atimã. Ampliação: xl,5 - UFMT MP192
  • 14. l-D Morfotipo B-B3, valva braquial. Aforamento Serra de Atima. Ampliação: xl ,87 - UFMT MP275m 1-E Morfotipo B-B3, valva braquial. Aforamento Serra de Atima. Ampliação: x2,14 - UFMT MP187 l-F Morfotipo B-B3, valva braquial. Afloramento Serra de Atima. Ampliação: xl,87 - UFMT MP19Oa I-G Língula sagittalís, valva braquial. Aforamento Serra de Atimã. Ampliação: x2,0 - UFMT MP178a I-H Morfotipo B-B1, valva pedicular. Aforamento Serra de Atimã. Ampliação: xl,61 - UFMT MP 179a 1-1 Morfotipo B-B3, valva braquial. Aforamento Serra de Atima. Ampliação: xl,56 - UFMT MP184 l-J Morfotipo B-B3, valva braquial. Afloramento Serra de Atima. Ampliação: xl ,67 - UFMT MP2751 I-K Língula sagittalis, valva braquial. Aforamento Serra de Atimã. Ampliação: xl,7 - UFMT MPI85a I-L Morfotipo B-B2, valva braquial. Aforamento lndependê ncia. Ampliação: x2,68 - UFMT MP193 l-M Morfotipo B-B3, valva pedicular. Aforamento Serra de Atimã. Ampliação: xl,75 - UFMT MPI83b I-N Morfotipo B-B3, valva braquial. Aforamento Lagoinha. Ampliação: x3,0 - UFMT 109 1-O Morfotipo C-C3, valva pedicular. Aforamento Lagoinha. Ampliação: x2,93 - UFMT 96 l-P Morfotipo B-B3, valva braquial. Aforamento Lagoinha. Ampliação: x3,0 - UFMT 57 l-Q Morfotipo B-B3, valva braquial. Afloramento Lagoinha. Ampliação: x2,0 - UFMT 89 li-A Exemplar fragmentado com sulco mediano, valva pedicular. Aforramento Serrade Atimã. Ampliação: xl,94 ll-B Valva pedicular fragmentada. Aforamento Serra de Atimã. Ampliação:xl,93 Il-C Amostra fragmentada apresentando a concha substituída. Aforamento Lagoinha. Ampliação: x2,76
  • 15. II-D Amostra apresentando mascaramento da ornamentação. Aforamento Lagoinha. Ampliação: x2,6 lI-E Valva fragmentada. Aforamento Serra de Atimã. Ampliação: x 1,61 Il-F Valva fragmentada. Aforamento Serra de Atimã. Ampliação: xl,66 il-G Valva fragmentada. Aforamento Independência. Ampliação: x2,0 iI-H Valva mal preservada. Aforamento Serra de Atimã. Ampliação: x3,0 11-1 Amostra apresentando linhas de crescimento truncadas. Ampliação: xl,7 lI-J Espécime encontrado em concreção. Aforamento Serra de Atimã. Ampliação: xl,0 ll-k Valva apresentando bico bem pronunciado. Aforamento Independência. Ampliação: xl,6 Il-L Formas jovens. Aforamento Lagoinha. Ampliação: x3,5 lI-M Formas jovens. Aforamento Lagoinha. Ampliação: x3,62 111-A Valva braquial apresentando impressão muscular mal preservada. Aforamento Serra de Atimã. Ampliação: x2,0 lll-B Valva braquial apresentando fragmento da concha substituída. Aforamento Serra de Atimã. Ampliação: xl ,92 lll-C Valva braquial apresentando concha substituída. Aforamento Lagoinha. Ampliação: x2,2 llI-D Valva mal preservada. Aforamento Serra de Atimã. Ampliação: xl ,88 111-E Valva mal preservada. Aforamento Lagoinha. Ampliação: x2,6 lll-F Valva apresentando substituição da concha. Aforamento Serra de Atimã. Ampliação: xl,87
  • 16. lll-G Valvas sobrepostas. Aforamento Lagoinha. Ampliação: x2,45 III-H Valvas sobrepostas. Aforamento Lagoinha. ~, Ampliação: x3,O 111-1 Valva fragmentada. Aforamento Serra de Atimã. Ampliação: xl ,66 1V-A Forma jovem. Aforamento Lagoinha. Ampliação: x5,2 IV-B Forma jovem. Aforamento Lagoinha. Ampliação: x2,53 IV-C Fragmentos de concha substituidos. Aforamento Lagoinha. Ampliação: xl ,84 IV-D Valva fossilizada fora do plano de acamadamento. Aforamento Lagoinha. Ampliação: x3,23 1V-E Valva fragmentada. Aforamento Lagoinha. Ampliação: x3,O IV-F Valva fragmentada apresentando nítidamente a impressão muscular do músculo oblíquo-lateral- mediano em forma de “seta’. Lin gula sagittalis BOSETTI 1989. Ampliação: x2,07