O documento fornece informações sobre a geologia, geomorfologia e mineração no Brasil. Resume o seguinte:
1) Apresenta as camadas terrestres e teorias sobre a deriva continental e tectônica de placas.
2) Descreve as principais formas de relevo no Brasil, incluindo planaltos, planícies e depressões.
3) Discutem a estrutura geológica do território brasileiro, incluindo crátons, bacias sedimentares e os recursos minerais.
1. Geologia,
geomorfologia e
mineração no Brasil
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2. Camadas Terrestres, a Partir da Superfície:
Crosta: (de 0 a 60 km) A crosta forma a maior parte da litosfera, tem
uma extensão variável de acordo com a posição geográfica
Manto: (de 60 a 2900 km) É composto por substâncias ricas em ferro e
magnésio. Também apresenta características físicas diferentes da crosta.
O material de que é composto o manto pode apresentar-se no estado
sólido ou como uma pasta viscosa, em virtude das pressões elevadas
Núcleo (de 2900 a 5100 km) Também chamado de Nife, Centrosfera
Barisfera ou Metalosfera. O núcleo é dividido em duas partes: o
núcleo sólido, interno e o núcleo líquido, que envolve o primeiro. O
núcleo sólido é composto, segundo se acredita, primariamente por ferro
e um pouco de níquel. Já o núcleo líquido é composto de ferro líquido e
níquel líquido (a combinação é chamada NiFe), com traços de outros
elementos.
3. Teoria da Deriva Continental
Segundo Alfred Wegener:
Há cerca de 300 milhões de anos os continentes
estiveram unidos numa única grande massa de
terra firme (supercontinente) que denominou de
Pangeia, rodeado por um único oceano – a
Pantalassa.
A Pangeia fragmentou-se dando origem a novos
continentes sujeitos a deformação e deriva que
ainda perdura.
Alfred Wegener não soube explicar
qual a causa do movimento dos
continentes
4. Teoria da Tectônica de Placas
A teoria da Tectônica de Placas afirma que o planeta Terra é
dividido em várias placas tectônicas que se movimentam,
pois estão flutuando sobre o magma . Ao se movimentarem,
formam as montanhas mais recentes (dobramentos
modernos), fossas oceânicas, atividade
vulcânica, terremotos, cordilheiras meso-oceânicas,
tsunamis, etc.
5. Relevo
Trata-se do conjunto das formas da crosta terrestre,
manifestando-se desde o fundo dos oceanos até as terras
emersas. Encontramos formas diversas de relevo:
montanhas, planaltos, planícies, depressões,
cordilheiras, morros, serras, inselbergs, vulcões,
vales, escarpas, abismos, Cuestas, etc.
O relevo é o resultante da ação de dois agentes:os
internos e externos.
6. O Relevo e Seus Agentes
A formação do relevo e a constante transformação de
suas formas ocorrem devido à ação de:
Agentes internos ou endógenos Agentes externos ou exógenos
São as forças internas do planeta, Existem agentes externos, na
causadas pelas pressão e altas superfície terrestre, que modificam o
temperaturas das camadas mais relevo, não tão rapidamente como os
profundas. Geralmente essas vulcões ou terremotos, mas sua ação
manifestações são violentas e contínua transforma lenta e
rápidas, como é o caso dos ininterruptamente todas as
terremotos e vulcões. Esses paisagens da Terra. A ação dos
movimentos são construtores e ventos, do intemperismo e da água
modificadores do relevo terrestre, sobre a crosta terrestre determinam
podendo levar milhões de anos ou a erosão.
apenas um dia.
7. Estrutura geológica do território brasileiro
Estrutura geológica: embasamento rochoso que sustenta
determinada forma de relevo.
Geologia e geomorfologia reconhecem três domínios estruturais:
plataformas ou crátons; bacias
sedimentares e cadeias orogênicas ou cinturões orogênicos.
No Brasil, existem apenas as plataformas e as bacias sedimentares.
8. Crátons
• Um Cráton pode ser definido com uma região geologicamente
estável sobre a qual se assentam outras estruturas como bacias.
Geralmente tem raízes profundas no manto da terra e têm formação em
eras pré-cambrianas.Apresentam-se sob duas formas:
• Quando expostos e submetidos aos agentes de erosão (água, oscilações de
temperatura, vento etc.), chamam-se escudos ou escudos cristalinos.
• Quando recobertos por formações sedimentares (rochas sedimentares),
chamam-se plataformas cobertas ou embasamento cristalino.
9. Bacias sedimentares
As bacias sedimentares correspondem às depressões preenchidas com
detritos ou sedimentos carreados das áreas circunjacentes.
No Brasil existem bacias sedimentares de grande e de pequena extensão:
10. Relevo Brasileiro
64% de rochas sedimentares (podem apresentar ocorrência
de combustíveis fósseis);
36% de escudos cristalinos (rochas metamórficas e
magmáticas), onde encontramos jazidas de minérios;
11. Escudos Cristalinos
• Nos escudos cristalinos encontramos reservas
minerais metálicas e não metálicas.
• Dois tipos de afloramentos:
• 32% do território é constituído por formações
arqueozóicas - embasamento cristalino.
• 4% é composto por formações proterozóicas ricas em
minerais estratégicos.
• Dois escudos principais: Guianas e Brasileiro.
12. Bacias Sedimentares
• Importantes reservas de hidrocarbonetos (petróleo,
gás natural e carvão mineral).
• Dois grandes grupos:
• Bacias de Grande Extensão: Amazônica, do Meio
Norte, do Paraná, Sanfranciscana ou do São
Francisco e a do Pantanal Matogrossense.
• Bacia de Pequena Extensão: do Recôncavo-Tucano,
as costeiras e as de compartimento de planalto
(Bacia Sedimentar de Curitiba).
15. Formas de Relevo Continentais
Montanhas: formadas pela ação de forças tectônicas
Jovens: formadas em épocas Velhas: formadas em eras mais remotas.
geológicas recentes. Apresentam Tendo sido afetadas pela erosão, apresentam
maiores altitudes. altitudes mais moderadas.
Montanhas jovens
no Parque Nacional
Los Glaciares, na região
patagônica
(Argentina, 2000)
16. Formas de relevo continentais
Planalto: superfícies onde predomina intenso
processo de erosão.
Situam-se entre 200 metros Apresentam forma aplainada
e 2 mil metros de altitude. ou morros, serras ou
elevações íngremes de topo
plano (chapadas).
Morro do Pai Inácio, na Chapada
Diamantina (Bahia, 2008)
17. Formas de Relevo Continentais
Planícies: poucas irregularidades e forma quase plana
Baixas altitudes Sedimentação constante devido
(até 100 metros) aos movimentos das águas do
mar, de rios, de lagos etc.
Planícies Planícies fluviais Planícies lacustres
litorâneas
18. Depressões
Relativa: Partes mais baixas em relação
às formas de relevo que as circundam.
Apresentam uma leve inclinação e são
também caracterizadas por um processo
de erosão, que é um aspecto
determinante na sua formação.
Quando as depressões se encontram
abaixo do nível do mar, recebem o
nome de depressões absolutas.
O mar Morto, na Ásia,
é um exemplo de
depressão absoluta. Depressão Sertaneja /São
Ele está metros Francisco
abaixo do nível do
mar.
19. As Diferentes Classificações do Relevo Brasileiro
Professor Aziz Ab’Saber / anos 60
Professor Aroldo
de Azevedo Anos
40/50
Professor Jurandyr Ross Anos 90
20. Classificação de Aroldo de Azevedo:
elaborada na déc. De 40, levou em consideração as cotas altimétricas (altitude)
do relevo. Planalto: superfície levemente ondulada com mais de 200 m de
altitude. Planície: superfície aplainada com menos de 200 m de altitude.
21. Classificação de Aziz AB Sáber:
Classificação publicada em 1958, onde se definia: Planalto : superfície
suavemente ondulada, onde se verifica o domínio do processo
erosivo(desgaste). Planície: superfície onde o processo de sedimentação é
mais atuante e independe do nível altimétrico.
22. Classificação de Ross
Proposta pelo professor Jurandyr Ross, divulgada em 1989.
Utiliza os processos geomorfológicos para elaborar a sua classificação,
porem diferente das classificações anteriores, Ross, usa recursos mais
modernos como a aerofotogrametria , (fotos aéreas, projeto Radam Brasil) e
reformulou a classificação do relevo brasileiro, elevando para 28 o número
de grandes unidades de relevo.
Além disso, ao invés de se prender às divisões anteriores entre planaltos e
planícies, introduziu um novo conceito, o de depressão.
Destaca três formas principais de relevo: planaltos, planícies e
depressões. Define cada macro unidade da seguinte forma:
PLANALTO, superfície irregular, com altitude acima de 300 metros e
produto de erosão;
PLANÍCIE, área plana, formada pelo acúmulo recente de sedimentos;
DEPRESSÃO, superfície entre 100 e 500 metros de altitude, com
inclinação suave, mais plana que o planalto e formada por processo de
erosão.
23.
24. O relevo brasileiro
Mapa Relevo brasileiro
Características
Predominam os planaltos de baixa
altitude ( até 1200m ) e as planícies.
O relevo brasileiro não possui grandes
altitudes . Este fato pode ser explicado
pela antiguidade de seus terrenos (em
geral, pré-cambrianos ) que vem
sofrendo o ataque dos agentes de
erosão há milhões de anos.
Planalto, Planícies e Depressões são as
principais formas de relevo . O Brasil
não apresenta cadeias de montanhas
ou dobramentos modernos .
As Cores variam de acordo com níveis de
altitude indo dos mais baixos ( verde) aos mais
elevados ( marrom)
25. Classificação de Aroldo de Azevedo
Primeira classificação.
Recursos limitados.
4 grandes planícies.
2 grandes planaltos.
Subdivide o planalto
brasileiro em 3 sub-
unidades.
26. Classificação de Aziz Ab’Saber
Feita por um discípulo de
Aroldo de Azevedo.
Número de planícies
permanece a mesma.
2 grandes planaltos.
Subdivide o planalto
brasileiro em 6 sub-
unidades.
27. Classificação de Jurandyr Ross
Realizada na déc. 80.
Resultado do Projeto
RADAM-Brasil.
Divide o país em 28
unidades de relevo.
Predomina planaltos
baixos e depressões.
Planícies com áreas
pequenas e limitadas.
28. Mineração no
Brasil
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29. O Que São Rochas?
Rochas são definidas como quaisquer agregados
naturais sólidos, compostos de um ou mais minerais,
e constituem parte essencial da crosta terrestre.
30. O Que São Minerais?
Mineral é um corpo natural sólido e cristalino formado
em resultado da integração de processos físico-
químicos em ambientes geológicos. Cada mineral é
classificado e denominado não apenas com base na
sua composição química, mas também na estrutura
cristalina dos materiais que o compõem.
Os minerais são
classificados em
metálicos (ferro,
manganês, alumínio
etc.) e não metálicos
(fosfatos, nitratos,
enxofre, cloreto de
sódio etc.).
Pirita: Conhecido como ''ouro dos tolos'', esse mineral metálico
amarelo é composto de ferro e enxofre.
31. O Que e Minério?
Minério, portanto, é uma rocha ou mineral dos quais
são extraídas substâncias valiosas, como o ouro, o
ferro, o cobre, o diamante.
Grafite – Serve para fazer minas de lápis
Quartzo – usado na fabricação de vidros
resistentes ao calor, células solares e
microchips.
32. 5 Países Com Maior Potencial de
Descobertas Minerais:
Austrália, Canadá, EUA, Rússia e Brasil
É o 8º em investimento
Chile, 20% do PIB
Brasil, 5% do PIB
33. Áreas Mineralógicas do Brasil
Reservas abundantes
Ferro, manganês, cassiterita, níquel, bauxita, cristal de rocha,
zircônio, berilo, Magnesita, calcário, sal-gema e tório
Reservas suficientes
Ouro, cobre, zinco, potássio, petróleo, fluorita e xisto
Reservas deficientes
Chumbo, prata, platina, antimônio, cromo, tungstênio,
enxofre, carvão e gás natural
35. Minério de Ferro
O Brasil apresenta grandes jazidas de minério de
ferro, localizadas em terrenos pré-cambrianos.
Calcula-se que existam cerca de 28 bilhões de
toneladas em reservas de minério de ferro em nosso
território.
Os principais produtores de minério de ferro (2007)
36. Minério de Ferro
Os principais minérios de ferro encontrados no
Brasil são:
Hematita e magnetita (óxidos de ferro), teor de
mais de 60%
Limonita, teor entre 50% e 60%
Siderita (carbonato ferroso), teor médio de cerca
de 48%
Pirita (bissulfeto de ferro), explorada para
aproveitamento do enxofre
37. Minas Gerais
A produção do Quadrilátero Ferrífero destina-se
às usinas siderúrgicas da região e ao mercado externo,
para o qual são exportados cerca de 50% da produção
obtida.
Os principais compradores no exterior são países da
Europa ocidental e o Japão.
A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) é a maior
exportadora desse produto do mundo.
39. Mato Grosso do Sul
As jazidas de minério de ferro desse estado possuem teor
médio de 60% e localizam-se no Pantanal
mato-grossense, onde também existem jazidas de minério
de manganês.
Em virtude da distância e da falta de meios de transporte
para os principais centros consumidores, além da pequena
utilização in loco, a produção é modesta, sendo escoada em
chatas pelo rio Paraguai, para abastecer os países do
Mercosul.
Hidrovia do Rio Paraguai.
40. Pará
A Vale do Rio Doce explora o minério de ferro de
Carajás, destinado a abastecer um consórcio de
indústrias japonesas criado para a importação do
produto.
A companhia produz minério metalúrgico (manganês)
para ligas de ferro, dióxido de manganês para a
fabricação de baterias elétricas e minério para as
indústrias química, cerâmica, de fertilizantes e
de pesticidas.
O Projeto Grande Carajás faz o aproveitamento do
minério de manganês, do cobre e da bauxita.
41. O Projeto Grande Carajás
Projetos de
colonização e
incentivos aos
empreendime
ntos
agrominerais
na Amazônia
(1960)
Voltados para
mineração,
metalurgia,
agricultura,
reflorestament
o e pecuária
(1979)
42.
43. Bauxita
O Brasil ocupa o terceiro lugar entre os maiores produtores
de bauxita, respondendo por 12% do total mundial.
As principais jazidas de bauxita do Brasil são a de
Paragominas e a do vale do rio Trombetas (PA).
Mineração de bauxita no vale
do rio Trombetas, Pará
45. Minérios de Manganês
O Brasil possui a segunda maior reserva do minério e é o seu
segundo maior produtor, com 10% do total mundial.
As principais áreas de ocorrência e produção são: Minas
Gerais (Quadrilátero Ferrífero), Mato Grosso do Sul (maciço
do Urucum) e Pará (serra dos Carajás).
46. Manganês
Importante para a
industrialização de um país
Empregado na indústria
química, cerâmica, baterias
elétricas, fertilizantes
Rússia, África do Sul, Gabão,
Austrália, Índia, México, Gana,
Hungria e Marrocos O manganês é classificado como micronutriente
e exerce importantes funções dentro da planta,
como: participação na fotossíntese; participação
no metabolismo do nitrogênio; precursor de
aminoácidos, hormônios, fenóis e lignina
47. Cassiterita ou Minério de Estanho
Os estados produtores de cassiterita no Brasil,
Amazonas e Rondônia, produzem, respectivamente,
60% e 40% do minério.
Em 1971 o governo federal favoreceu a
transnacionalização dos recursos minerais, do espaço
geográfico e da economia de Rondônia, proibindo a
garimpagem da cassiterita no estado.
Deu a concessão de exploração a várias empresas
estrangeiras e nacionais, como a Brascan, a British
Petroleum, a Billiton-Grupo Shell, o Grupo Itaú, a
Paranapanema e a Patiño.
48. Estanho e Obtido da cassiterita
Brasil, 6,8% das reservas, 6,7 da produção e 3,2 de consumo
China, Malásia, Tailândia, Indonésia, Austrália, Bolívia e Peru
50. Ouro e Garimpo na Amazônia
A busca de ouro e pedras preciosas é realizada no Brasil desde a chegada
dos portugueses.
Com a expansão da fronteira econômica em direção à Amazônia
aumentou a migração de brasileiros para essa região, e o garimpo de ouro,
diamantes e outros recursos minerais tornou-se uma profissão para
milhares de pessoas durante as últimas décadas do século XX.
Existem muitos garimpos abandonados devido ao esgotamento dos
minérios ou da proibição governamental, como Serra Pelada, no Pará.
51. A Mineração e os Impactos Ambientais
O uso de recursos minerais é inevitável, mas a exploração não
pode ser mais uma causa de desastres ecológicos.
A exploração mineral a céu A mineração em larga escala,
aberto arrasa paisagens como na Amazônia,
inteiras, retira a cobertura causa danos ao
vegetal e destrói o relevo. ecossistema ainda não
convenientemente avaliados.