1. A
ESTRUTURA
DA TERRA
http://prof-paulo-geografia.blogspot.com.br/ Prof. Paulo
2. Camadas Terrestres, a Partir da Superfície:
Crosta: (de 0 a 60 km) A crosta forma a maior parte da litosfera, tem
uma extensão variável de acordo com a posição geográfica
Manto: (de 60 a 2900 km) É composto por substâncias ricas em ferro e
magnésio. Também apresenta características físicas diferentes da crosta.
O material de que é composto o manto pode apresentar-se no estado
sólido ou como uma pasta viscosa, em virtude das pressões elevadas
Núcleo (de 2900 a 5100 km) Também chamado de Nife, Centrosfera
Barisfera ou Metalosfera. O núcleo é dividido em duas partes: o
núcleo sólido, interno e o núcleo líquido, que envolve o primeiro. O
núcleo sólido é composto, segundo se acredita, primariamente por ferro
e um pouco de níquel. Já o núcleo líquido é composto de ferro líquido e
níquel líquido (a combinação é chamada NiFe), com traços de outros
elementos.
3. Teoria da Deriva Continental
Segundo Alfred Wegener:
Há cerca de 300 milhões de anos os continentes
estiveram unidos numa única grande massa de
terra firme (supercontinente) que denominou de
Pangeia, rodeado por um único oceano – a
Pantalassa.
A Pangeia fragmentou-se dando origem a novos
continentes sujeitos a deformação e deriva que
ainda perdura.
Alfred Wegener não soube explicar
qual a causa do movimento dos
continentes
4. O Que Fez Wegener Pensar na sua Teoria?
1. Razões Morfológicas: Coincidência dos
litorais de África e América do sul.
“Não encaixariam as costas de África e da
América do Sul como duas peças de um puzzle se
as aproximarmos, fechando o oceano Atlântico?”
2. Razões Geológicas: Segundo
Wegener, existem “rochas antigas”
que existem em África e na América
do Sul, hoje separadas pelo Atlântico.
Existe também continuidade entre as cadeias
montanhosas da América (Apalaches) e da Europa
(Caledoniana).
5. 3. Razões Paleontológicas: Coincidência de fósseis de um e outro lado do Atlântico.
Lystrosaurus: réptil parecido com
um mamífero. Viveu no Triásico.
Cynognathus: réptil
parecido com um
mamífero. Viveu no
Triásico, media 1 m.
Glossopteris:
planta fóssil do
Paleozoico.
Mesosaurus: pequeno
réptil fluvial do
Carbónico e Pérmico.
4. Razões Paleoclimáticas: Indícios da mesma
glaciação em lugares muito distantes como
África, América do Sul, Austrália, Índia e
Antárctida.
6. Teoria da Tectônica de Placas
A teoria da Tectônica de Placas afirma que o planeta Terra é
dividido em várias placas tectônicas que se
movimentam, pois estão flutuando sobre o magma . Ao se
movimentarem, formam as montanhas mais recentes
(dobramentos modernos), fossas oceânicas, atividade
vulcânica, terremotos, cordilheiras meso-
oceânicas, tsunamis, etc.
8. Teoria da Tectônica de Placas
•Integrada a partir de vários ramos das geociências (geofisica, geologia
histórica, paleogeografia, paleontologia)
• Inicialmente sugerida a partir da geologia e paleontologia
• Conceito que revolucionou as Geociências – década de 50
• Mapeamentos (sonares) e sondagens submarinas durante a Segunda
Guerra Mundial – relevo submarino e tipo de rochas
• Teoria da expansão do assoalho oceânico – Harry Hess (1962)
• A ascensão do material proveniente do manto ao atingir a superfície, se
movimentaria lateralmente provocando a afastamento continuo do
assoalho oceânico.
10. Tipos de Bordas de Placas
Limites divergentes
Limites convergentes ou destrutivos
Limites transformantes ou conservativos
11. Construtiva ou divergente: quando duas placas estão se
movendo separadamente uma da outra e em sentido
contrário, a partir da cadeia meso-oceânica, onde nova
crosta é formada;
Limite divergente
12. Destrutiva ou convergente: quando duas placas estão se
movendo mutuamente uma em direção à outra. Fossas
oceânicas são formadas, originando uma zona de
subducção, onde a placa mais densa mergulha sob a outra
para ser consumida no manto, e nova cadeia montanhosa é
formada;
Limite Convergente
do tipo Oceano -Oceano
Limite Convergente
do tipo Oceano-Continente
14. Conservativa: formada ao longo de uma falha
transformante, onde o movimento relativo da placa é
horizontal e paralelo ao seu limite, como, por exemplo, a
falha de San Andreas, na Califórnia, onde o lado do Pacífico
desloca-se para o norte, com relação ao bloco continental.
Falha de San Andreas
16. Estrutura Geológica do Território
Brasileiro
Estrutura geológica: embasamento rochoso que sustenta
determinada forma de relevo.
Geologia e geomorfologia reconhecem três domínios estruturais:
plataformas ou crátons; bacias
sedimentares e cadeias orogênicas ou cinturões orogênicos.
No Brasil, existem apenas as plataformas e as bacias sedimentares.
17. Cadeias Orogênicas ou Cinturões
Orogênicos.
Montanhas: formadas pela ação de forças tectônicas
Jovens: formadas em épocas Velhas: formadas em eras mais remotas.
geológicas recentes. Apresentam Tendo sido afetadas pela erosão, apresentam
maiores altitudes. altitudes mais moderadas.
Montanhas jovens
no Parque Nacional
Los Glaciares, na região
patagônica
(Argentina, 2000)
18. Crátons
• Um Cráton pode ser definido com uma região geologicamente
estável sobre a qual se assentam outras estruturas como bacias.
Geralmente tem raízes profundas no manto da terra e têm formação em
eras pré-cambrianas.Apresentam-se sob duas formas:
• Quando expostos e submetidos aos agentes de erosão (água, oscilações de
temperatura, vento etc.), chamam-se escudos ou escudos cristalinos.
• Quando recobertos por formações sedimentares (rochas
sedimentares), chamam-se plataformas cobertas ou embasamento
cristalino.
19. Escudos Cristalinos
• Nos escudos cristalinos encontramos reservas
minerais metálicas e não metálicas.
• Dois tipos de afloramentos:
• 32% do território brasileiro é constituído por
formações arqueozóicas - embasamento cristalino.
• 4% é composto por formações proterozóicas ricas em
minerais estratégicos.
• Dois escudos principais: Guianas e Brasileiro.
20. Bacias sedimentares
As bacias sedimentares correspondem às depressões preenchidas com
detritos ou sedimentos carreados das áreas circunjacentes.
No Brasil existem bacias sedimentares de grande e de pequena extensão:
21. Bacias Sedimentares
• Importantes reservas de hidrocarbonetos
(petróleo, gás natural e carvão mineral).
• Dois grandes grupos no Brasil:
• Bacias de Grande Extensão: Amazônica, do Meio
Norte, do Paraná, Sanfranciscana ou do São
Francisco e a do Pantanal Matogrossense.
• Bacia de Pequena Extensão: do Recôncavo-
Tucano, as costeiras e as de compartimento de
planalto (Bacia Sedimentar de Curitiba).
22. Tipos de Rochas
De acordo com a sua génese (modo de formação) as rochas
podem ser classificadas em TRÊS grandes grupos:
• Resultam da • Formam-se a partir de • Formam-se a partir
solidificação outras no interior da do desgaste de
do magma, no Terra, por vezes a outras e à superfície
interior ou à profundidades da Terra onde as
superfície da consideráveis, onde as condições de
Terra. condições de pressão e pressão e
temperatura são temperatura são
elevadas. diminutas.
ROCHAS
MAGMÁTICAS ROCHAS
ROCHAS SEDIMENTARES
METAMÓRFICAS
Basalto, granito, … Areias, calcário, …
Xisto, mármore, …
23. Rochas Magmáticas ou Ígneas
ignis = fogo
Mistura complexa de material rochoso fundido
(“derretido”); apresenta uma componente gasosa.
O magma pode ainda conter material sólido (se o ponto
de fusão desses materiais forem superiores à
temperatura desse magma)! Quando o magma ascende à
superfície durante uma erupção passa a designar-se por
lava (esta contém menor teor em gases).
ROCHAS INTRUSIVAS OU PLUTÓNICAS
• Resultam do arrefecimento e solidificação do magma em profundidade.
ROCHAS EXTRUSIVAS OU VULCÂNICAS
• Resultam do arrefecimento e solidificação do magma à superfície.
24. Rochas Metamórficas
Quando uma rocha fica sujeita a pressões e temperaturas
elevadas, torna-se instável e sofrerá profundas transformações
físicas e químicas (mas sempre com a manutenção do estado
sólido!!!!)
Metamorfismo
Este processo pode ocorrer a profundidades
variáveis na crosta da Terra e implica um
rearranjo da forma e orientação dos minerais
constituintes das rochas e, muitas vezes, a sua
alteração! Podem formar-se novos minerais
(recristalização)
Gnaisse
25. Rochas Sedimentares
As Rochas Sedimentares são as mais
comuns e são essencialmente formadas à
superfície terrestre (baixas pressões e
temperaturas) a partir de outras pré-
existentes.
Os sedimentos são os precursores das
rochas sedimentares e encontram-se na
natureza sob a forma de pequenas
partículas, como areias, fragmentos de
carapaças de seres vivos, etc…
Resultam do desgaste das rochas
26. Rochas Sedimentares
Fases de formação das rochas sedimentares
deposição de sedimentos)
SEDIMENTOGÉNESE
(processo de formação e
Desgaste das rochas
(inclui fenómenos de meteorização e
erosão)
Transporte
Sedimentação
Diagénese ou Litificação
(inclui fenómenos de compacção e
cimentação e permite converter sedimentos
soltos em rochas consolidadas)!