1. Dados sobre as Carnes Ovina e Caprina no Mundo
Osler Desouzart
osler@odconsulting.com.br
Em 2011, as carnes ovina e caprina foram produzidas em 196 países e territórios e
responderam por 4,4% da produção mundial de carnes. O Planeta China com 25,9% da
produção mundial de carnes de ovinos e 36,9% da de caprinos é a grande potência nessas
espécies.
Tabela I
1
Os ovinos representaram 60,74% do total de 13.025.999 (cf. Gráfico I) e caprinos 39,26%.
Os rebanhos ovinos alcançavam 1.043.712.633 cabeças e os caprinos 875.530.1842
.
1
Elaborado por ODConsulting a partir de dados da FAOSTAT. Mundo Carnes
2
Os dados do rebanho são da FAOSTAT e correspondem ao ano de 2011.
3. Gráfico II
5
Verifiquem na Tabela III que o Brasil surge como o maior produtor de carne ovina do Continente
Americano, mas mesmo assim nossa produção ocupa o 23º lugar e representa apenas 1,06%
do total mundial
Tabela III
5
Idem # 3
4. 6
Identicamente, o Gráfico III apresenta os quinze maiores países produtores de carne caprina em
2011 e nenhum país das Américas entra nessa classificação. O melhor colocado é o México que é o
18º maior produtor mundial, com 0,86%. O Brasil ocupa a 28ª colocação com 0,57% da produção
mundial. Duas grandes potências pecuárias mundiais, Estados Unidos e Canadá não registram
qualquer produção de carne caprina.
6
Idem #3
6. As principais produções de carnes de ovinos e caprinos estão na Ásia e África, seguidas pela
Europa. A Oceania tem expressão na carne ovina, assim como a Europa, ambas as regiões com
participações de dois dígitos. Na carne caprina, Ásia concentra acima de 70% e África supera os
22%.
Tabela V – Evolução da Produção Mundial de Carne de Ovinos em 000 tm e Participação % por Regiões
9
Tabela VI – Evolução da Produção Mundial de Carne de Caprinos em 000 tm e Participação % por Regiões
Os prognósticos indicam um crescimento continuado das carnes ovina e caprina na próxima
década, crescimento esse que se acelerará de 1,54% de média anual no período 2002-2011 para
1,79% entre 2012-2021.
8
Idem #3
9
7. Gráfico IV – BALANÇO MUNDIAL DAS CARNES OVINA E CAPRINA
10
Nas Tabelas VII a XI são apresentados os prognóstico por categoria de países e por regiões
do mundo para a produção, importação, exportação, consumo total e per capita das
carnes ovina e caprina. Comparam-se em todas elas os valores médios obtidos entre 2009-
2011 e projeta-se 2021, apresentando em seguido a taxa de crescimento médio anual
entre o decênio 2002-2011 e 2012-2021.
É interessante observar a continuada prevalência do dinamismo dos países em
desenvolvimento, onde fica nítido que os próximos dez anos Ásia e África serão os vetores
do crescimento das carnes ovina e caprina.
Tabela VII
10
Idem #3
13. 15
Os últimos cinco anos foram marcados por um vigoroso aumento dos preços dos grãos
usados em rações. Tal se reflete e seguirá se refletindo nos preços maiores das carnes,
que deverão ficar em elevação nos próximos dez anos. Projeções indicam que os preços
da carne bovina ficarão 11% mais elevadas que a média de preços de 2009-11, enquanto o
da carne suína aumentará 17% e o da carne ovino-caprina em 4%. Os preços das carnes de
aves ajustam-se mais prontamente graças a seu ciclo mais curto e, portanto os níveis de
correção que experimentaram em 2009-2011 representarão o patamar até 2021.
Os preços reais das carnes até 2021 deverão ser os mais elevados dos últimos 15 a 20
anos. A menos que haja uma reversão nas tendências altistas dos preços dos grãos e da
energia não é possível prognosticar maior moderação nos preços das carnes.
A Tabela XII apresenta os prognósticos de aumento dos preços nominais e reais das carnes
e o Gráfico V apresenta os preços neozelandeses, nominal e real, da carne de cordeiro,
dados históricos de 1990 a 2011 e projeções da Agro-Food Trade and Markets Division da
OECD e da Trade and Markets Division da FAO para o período 2012-2021.
15
Idem #11
15. Gráfico V
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Finalizaríamos essa rápida visão mundial das carnes ovina e caprina com os prognósticos da OECD-
FAO para o balanço brasileiro dessas carnes entre 2012 e 2021. Segundo essas entidades
internacionais, permaneceremos como importadores para complementar um consumo que
prognosticam de crescimento vegetativo, já que o consumo per capita brasileiro permaneceria em
0,37 kg.
A nós de mostrarmos que esses prognósticos ficarão aquém da realidade da produção e do
consumo brasileiros. Mãos à obra na FEINCO.
Tabela XIII
17
Idem