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INQUÉRITO POR
QUESTIONÁRIO
Carina Dias
Emília Pinto
Marco Pinto
Pedro Ferreira
Luís Silva
Métodos de Investigação em Educação
Doutora Clara Maria Gil Fernandes Pereira Coutinho
Universidade do Minho
Instituto de Educação e Psicologia
INVESTIGAÇÃO EDUCATIVA
“A investigação educativa é uma actividade
de natureza cognitiva que consiste num
processo sistemático, flexível e objectivo do
estudo e que contribui para explicar e
compreender os fenómenos educativos.”
(Coutinho, 2005, p.68).
Perspectiva quantitativa
 Debruçando essencialmente o nosso estudo
sobre a perspectiva quantitativa, esta é
inspirada no paradigma positivista ou também
chamado empírico-analítico ou racionalista.
Paradigma positivista
Pressupostos básicos
 Filosofia de Augusto Comte;
 Conhecimentos baseados na observação;
 O papel da teoria é crucial;
 Tem uma base epistemológica objectivista;
 O investigador tem que ser capaz de observar
objectivamente – realidade objectiva;
 Expressa-se por regularidades estatísticas observáveis;
 Defende as noções científicas de explicação, previsão e
controlo;
 realidade única independentemente de quem a estuda;
 Pouca relevância nos aspectos subjectivos dos
indivíduos.
Inquérito / Survey
“O Inquérito pode ser definido como uma
interrogação particular acerca de uma
situação englobando indivíduos, com o
objectivo de generalizar.” (Ghiglione &
Matalon, 2001, p.7 e 8).
Classificação do Inquérito/Survey
Survey descritivo
Survey explicativo
Survey exploratório
Em função dos objectivos
Survey transversal
Survey longitudinal
Em função do formato
Questionários e Entrevistas
 Os questionários diferenciam-se das
entrevistas:
- por serem auto-administrados, isto é,
dispensam a presença do entrevistador;
- podem ser entregues em mão, ou
enviados por correio;
- podem ter diferentes formatos –
formulários impressos, escalas de Likert,
diferencial semântico.
Etapas para a concretização de
um survey
Survey
Definição dos objectivos da investigação
Método de exploração
e recolha de dados
Tamanho da amostra
(representativa da população
a que pertence)
Construção do questionário
Estudo piloto
Adequação do questionário à amostra
Recolha de informação
Decidir a informação necessária
Organização e análise de informação
Interpretar os dados e redigir a informação científica
Bravo e Eisman (1998:179) baseado em Cohen e Monion (1980:95)
O questionário…
“ … é um instrumento para recolha de dados
constituido por um conjunto mais ou menos
amplo de perguntas e questões que se
consideram relevantes de acordo com as
características e dimensão do que se deseja
observar.” (Hoz, 1985:58).
“… tornou-se num dos mais usados e
abusados instrumentos de recolha de
informação. Se bem construído, permite a
recolha de dados fiáveis e razoavelmente
válidos de forma simples, barata e
atempadamente. (Anderson, 1998: 170).
Indicadores que o questionário é capaz
de medir (Coutinho, 2005:121):
 Background pessoal (idade, sexo, nível de
instrução)
 Classe social
 Tipo de organização
 Preferências
 Atitudes, percepções, opiniões e grau de
empenho.
Construção do questionário
Kornhauser e Sheatsley citado em Hoz (1985), propõe 3
passos para a construção de um questionário:
1ºPasso:
Determinar a informação relevante referente
ao problema de investigação;
Elaborar as questões, devem ser adequadas,
relevantes e devem encaminhar os sujeitos para
que dêem as respostas adequadas. Deve ser
definido o tipo de resposta:
Fixa (fechada), em que o sujeito elege uma das
alternativas que lhe oferecem, ou
Aberta, em que o sujeito goza de liberdade para
responder da forma que mais lhe convier.
2ºPasso:
3ºPasso
Aplicação de um questionário piloto,
principalmente no caso de questões abertas,
que permita detectar a informação relevante e
os tipos de resposta que são dadas , de modo
que a construção do questionário estruturado
não deixe nenhum aspecto importante sem ser
incluído.
Processos de amostragem Probabilística
(Tuckman,2000:337; Coutinho,2005:111):
 Amostragem aleatória;
 Amostragem aleatória estratificada;
 Definição da população/Clusters.
Como podem apresentar-se as
questões (Tuckman,2000):
 As questões directas versus indirectas
 Directas (ex.: Gosta ou não do seu trabalho?)
 Indirectas(ex.: O que pensa do seu trabalho?)
A resposta indirecta tem mais probabilidades de produzir uma resposta franca, no
entanto, requer a elaboração de maior número de questões para recolher
informações relevantes.
 As questões específicas versus não específicas
 Específicas (ex.: Gosta de processar texto no Word?)-
 Não específica (ex.: Gosta de preparar o trabalho no computador ou prefere fazê-lo
manualmente?)
 Os factos versus opiniões
 Factos (ex.: Computador que possui)
 Opiniões (ex.:Tem preferência por um Tsunami ou Packard Bell?)
Em ambos os casos os sujeitos poderão ser levados a responder com base em
expectativas sociais.
 As questões versus afirmações
 Questões (ex.: pensa que o dia escolar devia ser mais extenso? R: Sim ou não)
 Afirmação (ex.: o dia escolar deveria ser diminuído. R: Concordo ou Não
concordo)
 As questões com resposta pré-determinada versus questões de
resposta-chave
 Pré-determinada (determina o número de respostas a dar pelo sujeito, deve
completar cada um dos itens)
 Resposta chave (As questões seguintes dependem do tipo de resposta dada,
por exemplo, ao questionar se domina as novas tecnologias, se a resposta for
negativa deve avançar para a próxima questão)
Como podem apresentar-se as
questões (Bell,2004):
 Abertas (open-ended)
(ex: O que o levou a ir para o Mestrado?;Qual a sua
opinião acerca da inserção de um acção de formação
sobre quadros interactivos no centro de formação a que
está ligado?
O sujeito responde livremente à questão
 Fechadas:
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Exemplo:
Utilização de computadores
A. Não tenho.
B. Pesquiso frequentemente na Internet.
C. Tenho computador em casa.
D. Uso para fazer trabalhos da escola.
E. Tenho Internet em casa
Categoria
Hierarquia
(ex.: colocar por ordem hierárquica certas qualidade
ou características)
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Nominal: estado civil, sexo, cor dos olhos.
Ordinal: escala social (miserável, pobre, classe média, rico),
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Escala de Likert
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2= Em desacordo
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5= Concordo Completamente
Intervalo: escalas de temperatura (Celsius, Kelvin,
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temperatura (X) é o dobro da temperatura (Y).
Relacional: distância, idade, salário, preço, volume de
vendas.
Quantidade (traduz a quantidade de determinada
característica - pode ser exacta ou aproximada)
Grelha (utiliza-se para registar respostas a uma ou
mais questões ao mesmo tempo)
Respostas abertas e fechadas
Perguntas Vantagens Desvantagens
Abertas O sujeito
goza de
liberdade
para
responder
Estimula o pensamento livre
Indispensável aos estudos exploratórios
Dificuldade no tratamento de informação
Análise dos dados mais subjectiva
Dificuldade em categorizar e interpretar
respostas
Possível distorção das respostas durante o
processo de codificação
Maior probabilidade de ocorrer vieses associados
ao entrevistador
Mais tempo para responder à questão
Dificuldade em detectar erros de omissão
Fechadas O sujeito fica
limitado à
opção de
resposta
Existe uniformidade, e por isso
simplifica a análise da resposta
Análise mas rápida e económica
A lista de respostas ajuda a clarificar o
significado da questão
Respostas mais fáceis de tabular
Ajuda a sintetizar a informação
Mais fácil e rápida de responder
 Não dá liberdade de expressão ao inquirido
Condiciona a resposta do inquirido
Difícil de elaborar
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padrões de resposta que interessam ao
seleccionador
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resposta do inquirido
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Dificuldade em determinar erros e omissões.
“As respostas abertas devem ser utilizadas na fase inicial da investigação,
de modo a que possa identificar categorias utilizáveis como opções de resposta nas
perguntas fechadas” (Lazarsfeld [1944] citado por Foddy,1996:142), opinião partilhada pela
maioria dos investigadores.
Estudo Piloto
 A execução do estudo piloto permite:
- avaliar o desempenho/funcionalidade do
questionário, para se necessário reformular;
- analisar rigorosamente os dados, para
detectar erros de lógica e de raciocínio.
 O questionário deverá ser bem concebido e com
boa apresentação, para isso é necessário que este
seja revisto antes de ser distribuído. É necessário
seleccionar uma amostra “teste” para que se possa
obter informação do tempo que o inquirido demora
a responder e identificar questões que não
conduzam a dados relevantes.
“Exercício piloto”(Bell,2004,129)
É fundamental que as “cobaias”, que poderão ser amigos
e/ou familiares, respondam às seguintes questões:
1. Quanto tempo levou a completar o questionário?
2. As instruções eram claras?
3. Achou alguma questão pouco clara ou ambígua? Se sim,
qual(ais) e porquê?
4. Opôs-se a responder a alguma questão?
5. Na sua opinião foi omitido algum tópico importante?
6. Considerou o formato do questionário claro/atraente?
7. Tem algum comentário a fazer?
Recolha de
informação(Tuckman,2000:343):
 Objectivo da investigação;
 A protecção a conceder ao sujeito;
 O endosso e aprovação do estudo;
 A legitimidade do investigador;
 A oportunidade para o esclarecimento;
 O pedido de cooperação;
 As orientações especiais.
Na administração do questionário, pessoalmente ou
expedição por correio, o inquirido deve ser informado do(a):
Ameaças à validade de um
Inquérito (Hoz,1985:59):
 O seu grande problema é a validade, uma vez
que a sua medição é indirecta e esta pode não
corresponder à realidade, porque o sujeito
pode:
1. Desconhecer o tema;
2. Pretender esconder informações;
3. Não interpretar as perguntas de forma
adequada.
 Outro problema é, muitas vezes, a exigência
de um nível cultural ou experiência para
compreensão das questões, que acaba por
influenciar o desempenho dos sujeitos.
 A representatividade é também afectada, pela
dificuldade de recolher os inquéritos, já que
nem sempre são devolvidos mais de 50%.
Cuidados a ter na elaboração de um
questionário (Ghiglione e Matalon, 2001:139)
 Controlar a estrutura lógica da questão
(ex.: evitar as frases na negação).
 Evitar que uma resposta possa ser dada por
razões muito diferentes
 Em caso algum, introduzir duas ideias na
mesma questão
(ex.: É pena que os quadros interactivos ainda não
estejam a ser utilizados por causa da falta de formação
dos docentes)
 Certos termos carregados de afectividade, de
juízo de valor e de conotações diversas
modificam o sentido da questão e, portanto da
resposta
(ex.: em vez de “deve autorizar-se…?” optar por “deve
permitir-se…?)
 Garantir antecipadamente que a lista das
propostas de escolha entre várias respostas,
cubra efectivamente todas as respostas
Sujeitos que não devolvem os
questionários:
 Fazer novas tentativas para garantir a
obtenção de dados dos sujeitos que não
responderam.
 Caso tenham ignorado duas ou três
tentativas, selecciona-se aleatoriamente 5
a 10% da população de sujeitos que não
responderam e tenta-se um contacto mais
directo (ex.: telefone).
Distribuição e Análise de Surveys
via Internet
 Surveymonkey
http://www.surveymonkey.com/
 QuestionPro
http://www.questionpro.com
Bibliografia:
Anderson, Gary; Arsenault, Nancy (1999) Fundamentals of Educational Research. London: Falmer Press Teachers
Library.
Bell, Judith (2004) Como Realizar um Projecto de Investigação. Lisboa: Gradiva.
Bravo, Mº Pilar; Eisman,Leonor (1998). Investigación Educativa. 3ª Ed. Sevilha:Ediciones Alfa.177-357
Clough, Peter; Nutbrown, Cathy (2002) Astudent`s Guide to Methodology. 1ª Ed. London: Sage Publications. 101-129
Coutinho, Clara (2005) Percurso da Investigação em Tecnologias Educativas em Portugal. Braga: Universidade do
Minho.
Estrela, Mº Teresa; Estrela, Albano (1978) A técnica dos incidentes críticos no ensino. Lisboa: Editora Estampa.
Foddy, (1996) Como Perguntar: Teoria e Prática da Construção de Perguntas em Entrevistas e Inquéritos. Oeiras:
Celta Editora.
Ghiglione, Rodolphe; Matalon, Benjamin (2001, [1977]). O Inquérito: Teoria e Prática.4ª Ed. (Trad. Portuguesa).
Oeiras: Celta Editora.
Hoz, Arturo (1985) Investigacion Educativa: Dicionário Ciências da Educação, Madrid:Ediciones Anaya, S.A.
Tuckman, Bruce W.(2000) Manual de Investigação em Educação. (Trad. Portuguesa). Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian.

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Inquérito por Questionário sobre Investigação Educativa

  • 1. INQUÉRITO POR QUESTIONÁRIO Carina Dias Emília Pinto Marco Pinto Pedro Ferreira Luís Silva Métodos de Investigação em Educação Doutora Clara Maria Gil Fernandes Pereira Coutinho Universidade do Minho Instituto de Educação e Psicologia
  • 2. INVESTIGAÇÃO EDUCATIVA “A investigação educativa é uma actividade de natureza cognitiva que consiste num processo sistemático, flexível e objectivo do estudo e que contribui para explicar e compreender os fenómenos educativos.” (Coutinho, 2005, p.68).
  • 3.
  • 4. Perspectiva quantitativa  Debruçando essencialmente o nosso estudo sobre a perspectiva quantitativa, esta é inspirada no paradigma positivista ou também chamado empírico-analítico ou racionalista.
  • 5. Paradigma positivista Pressupostos básicos  Filosofia de Augusto Comte;  Conhecimentos baseados na observação;  O papel da teoria é crucial;  Tem uma base epistemológica objectivista;  O investigador tem que ser capaz de observar objectivamente – realidade objectiva;  Expressa-se por regularidades estatísticas observáveis;  Defende as noções científicas de explicação, previsão e controlo;  realidade única independentemente de quem a estuda;  Pouca relevância nos aspectos subjectivos dos indivíduos.
  • 6. Inquérito / Survey “O Inquérito pode ser definido como uma interrogação particular acerca de uma situação englobando indivíduos, com o objectivo de generalizar.” (Ghiglione & Matalon, 2001, p.7 e 8).
  • 7.
  • 8. Classificação do Inquérito/Survey Survey descritivo Survey explicativo Survey exploratório Em função dos objectivos Survey transversal Survey longitudinal Em função do formato
  • 9. Questionários e Entrevistas  Os questionários diferenciam-se das entrevistas: - por serem auto-administrados, isto é, dispensam a presença do entrevistador; - podem ser entregues em mão, ou enviados por correio; - podem ter diferentes formatos – formulários impressos, escalas de Likert, diferencial semântico.
  • 10. Etapas para a concretização de um survey
  • 11. Survey Definição dos objectivos da investigação Método de exploração e recolha de dados Tamanho da amostra (representativa da população a que pertence) Construção do questionário Estudo piloto Adequação do questionário à amostra Recolha de informação Decidir a informação necessária Organização e análise de informação Interpretar os dados e redigir a informação científica Bravo e Eisman (1998:179) baseado em Cohen e Monion (1980:95)
  • 12. O questionário… “ … é um instrumento para recolha de dados constituido por um conjunto mais ou menos amplo de perguntas e questões que se consideram relevantes de acordo com as características e dimensão do que se deseja observar.” (Hoz, 1985:58).
  • 13. “… tornou-se num dos mais usados e abusados instrumentos de recolha de informação. Se bem construído, permite a recolha de dados fiáveis e razoavelmente válidos de forma simples, barata e atempadamente. (Anderson, 1998: 170).
  • 14. Indicadores que o questionário é capaz de medir (Coutinho, 2005:121):  Background pessoal (idade, sexo, nível de instrução)  Classe social  Tipo de organização  Preferências  Atitudes, percepções, opiniões e grau de empenho.
  • 15. Construção do questionário Kornhauser e Sheatsley citado em Hoz (1985), propõe 3 passos para a construção de um questionário: 1ºPasso: Determinar a informação relevante referente ao problema de investigação;
  • 16. Elaborar as questões, devem ser adequadas, relevantes e devem encaminhar os sujeitos para que dêem as respostas adequadas. Deve ser definido o tipo de resposta: Fixa (fechada), em que o sujeito elege uma das alternativas que lhe oferecem, ou Aberta, em que o sujeito goza de liberdade para responder da forma que mais lhe convier. 2ºPasso:
  • 17. 3ºPasso Aplicação de um questionário piloto, principalmente no caso de questões abertas, que permita detectar a informação relevante e os tipos de resposta que são dadas , de modo que a construção do questionário estruturado não deixe nenhum aspecto importante sem ser incluído.
  • 18. Processos de amostragem Probabilística (Tuckman,2000:337; Coutinho,2005:111):  Amostragem aleatória;  Amostragem aleatória estratificada;  Definição da população/Clusters.
  • 19. Como podem apresentar-se as questões (Tuckman,2000):  As questões directas versus indirectas  Directas (ex.: Gosta ou não do seu trabalho?)  Indirectas(ex.: O que pensa do seu trabalho?) A resposta indirecta tem mais probabilidades de produzir uma resposta franca, no entanto, requer a elaboração de maior número de questões para recolher informações relevantes.  As questões específicas versus não específicas  Específicas (ex.: Gosta de processar texto no Word?)-  Não específica (ex.: Gosta de preparar o trabalho no computador ou prefere fazê-lo manualmente?)  Os factos versus opiniões  Factos (ex.: Computador que possui)  Opiniões (ex.:Tem preferência por um Tsunami ou Packard Bell?) Em ambos os casos os sujeitos poderão ser levados a responder com base em expectativas sociais.
  • 20.  As questões versus afirmações  Questões (ex.: pensa que o dia escolar devia ser mais extenso? R: Sim ou não)  Afirmação (ex.: o dia escolar deveria ser diminuído. R: Concordo ou Não concordo)  As questões com resposta pré-determinada versus questões de resposta-chave  Pré-determinada (determina o número de respostas a dar pelo sujeito, deve completar cada um dos itens)  Resposta chave (As questões seguintes dependem do tipo de resposta dada, por exemplo, ao questionar se domina as novas tecnologias, se a resposta for negativa deve avançar para a próxima questão)
  • 21. Como podem apresentar-se as questões (Bell,2004):  Abertas (open-ended) (ex: O que o levou a ir para o Mestrado?;Qual a sua opinião acerca da inserção de um acção de formação sobre quadros interactivos no centro de formação a que está ligado? O sujeito responde livremente à questão
  • 22.  Fechadas: Lista Exemplo: Utilização de computadores A. Não tenho. B. Pesquiso frequentemente na Internet. C. Tenho computador em casa. D. Uso para fazer trabalhos da escola. E. Tenho Internet em casa
  • 23. Categoria Hierarquia (ex.: colocar por ordem hierárquica certas qualidade ou características)
  • 24. Escala (nominal, ordinal, intervalo, relacional) Exemplos: Nominal: estado civil, sexo, cor dos olhos. Ordinal: escala social (miserável, pobre, classe média, rico), escalas usadas na medida de opiniões. Escala de Likert 1= Completamente em desacordo 2= Em desacordo 3= Nem concordo nem discordo 4= Concordo 5= Concordo Completamente
  • 25. Intervalo: escalas de temperatura (Celsius, Kelvin, Farenheit) , em que não se pode assumir um ponto 0 (ponto de nulidade) ou dizer que uma dada temperatura (X) é o dobro da temperatura (Y). Relacional: distância, idade, salário, preço, volume de vendas. Quantidade (traduz a quantidade de determinada característica - pode ser exacta ou aproximada) Grelha (utiliza-se para registar respostas a uma ou mais questões ao mesmo tempo)
  • 26. Respostas abertas e fechadas Perguntas Vantagens Desvantagens Abertas O sujeito goza de liberdade para responder Estimula o pensamento livre Indispensável aos estudos exploratórios Dificuldade no tratamento de informação Análise dos dados mais subjectiva Dificuldade em categorizar e interpretar respostas Possível distorção das respostas durante o processo de codificação Maior probabilidade de ocorrer vieses associados ao entrevistador Mais tempo para responder à questão Dificuldade em detectar erros de omissão Fechadas O sujeito fica limitado à opção de resposta Existe uniformidade, e por isso simplifica a análise da resposta Análise mas rápida e económica A lista de respostas ajuda a clarificar o significado da questão Respostas mais fáceis de tabular Ajuda a sintetizar a informação Mais fácil e rápida de responder  Não dá liberdade de expressão ao inquirido Condiciona a resposta do inquirido Difícil de elaborar Pode levar a erros quando são seleccionados padrões de resposta que interessam ao seleccionador Diminui o índice de reflexão sobre o tipo de resposta do inquirido Falha pela falta de variáveis e profundidade Dificuldade em determinar erros e omissões. “As respostas abertas devem ser utilizadas na fase inicial da investigação, de modo a que possa identificar categorias utilizáveis como opções de resposta nas perguntas fechadas” (Lazarsfeld [1944] citado por Foddy,1996:142), opinião partilhada pela maioria dos investigadores.
  • 27. Estudo Piloto  A execução do estudo piloto permite: - avaliar o desempenho/funcionalidade do questionário, para se necessário reformular; - analisar rigorosamente os dados, para detectar erros de lógica e de raciocínio.
  • 28.  O questionário deverá ser bem concebido e com boa apresentação, para isso é necessário que este seja revisto antes de ser distribuído. É necessário seleccionar uma amostra “teste” para que se possa obter informação do tempo que o inquirido demora a responder e identificar questões que não conduzam a dados relevantes.
  • 29. “Exercício piloto”(Bell,2004,129) É fundamental que as “cobaias”, que poderão ser amigos e/ou familiares, respondam às seguintes questões: 1. Quanto tempo levou a completar o questionário? 2. As instruções eram claras? 3. Achou alguma questão pouco clara ou ambígua? Se sim, qual(ais) e porquê? 4. Opôs-se a responder a alguma questão? 5. Na sua opinião foi omitido algum tópico importante? 6. Considerou o formato do questionário claro/atraente? 7. Tem algum comentário a fazer?
  • 30. Recolha de informação(Tuckman,2000:343):  Objectivo da investigação;  A protecção a conceder ao sujeito;  O endosso e aprovação do estudo;  A legitimidade do investigador;  A oportunidade para o esclarecimento;  O pedido de cooperação;  As orientações especiais. Na administração do questionário, pessoalmente ou expedição por correio, o inquirido deve ser informado do(a):
  • 31. Ameaças à validade de um Inquérito (Hoz,1985:59):  O seu grande problema é a validade, uma vez que a sua medição é indirecta e esta pode não corresponder à realidade, porque o sujeito pode: 1. Desconhecer o tema; 2. Pretender esconder informações; 3. Não interpretar as perguntas de forma adequada.
  • 32.  Outro problema é, muitas vezes, a exigência de um nível cultural ou experiência para compreensão das questões, que acaba por influenciar o desempenho dos sujeitos.  A representatividade é também afectada, pela dificuldade de recolher os inquéritos, já que nem sempre são devolvidos mais de 50%.
  • 33. Cuidados a ter na elaboração de um questionário (Ghiglione e Matalon, 2001:139)  Controlar a estrutura lógica da questão (ex.: evitar as frases na negação).  Evitar que uma resposta possa ser dada por razões muito diferentes  Em caso algum, introduzir duas ideias na mesma questão (ex.: É pena que os quadros interactivos ainda não estejam a ser utilizados por causa da falta de formação dos docentes)
  • 34.  Certos termos carregados de afectividade, de juízo de valor e de conotações diversas modificam o sentido da questão e, portanto da resposta (ex.: em vez de “deve autorizar-se…?” optar por “deve permitir-se…?)  Garantir antecipadamente que a lista das propostas de escolha entre várias respostas, cubra efectivamente todas as respostas
  • 35. Sujeitos que não devolvem os questionários:  Fazer novas tentativas para garantir a obtenção de dados dos sujeitos que não responderam.  Caso tenham ignorado duas ou três tentativas, selecciona-se aleatoriamente 5 a 10% da população de sujeitos que não responderam e tenta-se um contacto mais directo (ex.: telefone).
  • 36. Distribuição e Análise de Surveys via Internet  Surveymonkey http://www.surveymonkey.com/  QuestionPro http://www.questionpro.com
  • 37. Bibliografia: Anderson, Gary; Arsenault, Nancy (1999) Fundamentals of Educational Research. London: Falmer Press Teachers Library. Bell, Judith (2004) Como Realizar um Projecto de Investigação. Lisboa: Gradiva. Bravo, Mº Pilar; Eisman,Leonor (1998). Investigación Educativa. 3ª Ed. Sevilha:Ediciones Alfa.177-357 Clough, Peter; Nutbrown, Cathy (2002) Astudent`s Guide to Methodology. 1ª Ed. London: Sage Publications. 101-129 Coutinho, Clara (2005) Percurso da Investigação em Tecnologias Educativas em Portugal. Braga: Universidade do Minho. Estrela, Mº Teresa; Estrela, Albano (1978) A técnica dos incidentes críticos no ensino. Lisboa: Editora Estampa. Foddy, (1996) Como Perguntar: Teoria e Prática da Construção de Perguntas em Entrevistas e Inquéritos. Oeiras: Celta Editora. Ghiglione, Rodolphe; Matalon, Benjamin (2001, [1977]). O Inquérito: Teoria e Prática.4ª Ed. (Trad. Portuguesa). Oeiras: Celta Editora. Hoz, Arturo (1985) Investigacion Educativa: Dicionário Ciências da Educação, Madrid:Ediciones Anaya, S.A. Tuckman, Bruce W.(2000) Manual de Investigação em Educação. (Trad. Portuguesa). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Hinweis der Redaktion

  1. Semi-abertas (Coutinho)- itens para completar As abertas são questões não estruturada. Segundo tuckman, existem as respostas com espaço a preencher que são não-estruturadas e estruturadas.