1. PREFEITURA – “A PRESSA É INIMIGA DA PERFEIÇÃO”
Temos notado que no afã de resolver todo imbróglio deixado pelo seu
antecessor, o prefeito Jabes Ribeiro, está se deixando envolver num
enxovalhado de desperdícios de dinheiro público, sem necessidade numa hora
tão difícil como esta.
Não é nenhuma novidade, que nós por algumas vezes fomos claro, e tornamos
público a nossa admiração pelas administrações anteriores do amigo Jabes
Ribeiro, principalmente na sua capacidade de administrar uma Ilhéus em meio
ao caos.
Num certo momento dizíamos que: “o bom administrador público é aquele que
gerencia sem verbas grandiosas, e sim aquele que administra com poucas
verbas, ou quase sem elas”. E isto foi o que aconteceu com o prefeito Jabes
Ribeiro no período de: 1997 a 2000 e 2001 a 2004.
Todo cidadão de boa memória irá lembrar, que neste período a nossa região foi
acometida de uma doença grave nos nossos cacauais – a Vassoura de Bruxa - e
Ilhéus, que era um município meramente monocultor (cacauicultura), se viu
embrenhado numa crise sem precedentes da nossa história. Não só pela falta de
circulação de dinheiro na nossa economia, como também na questão social,
onde boa parte da população da zona rural migrou para a zona urbana,
2. causando mais entraves de última hora, para se administrar uma cidade do porte
de Ilhéus.
Então, é aí que vem explodir a capacidade de um gestor público de lidar com
uma situação desta, para que não fosse o caos total.
Para sorte dos ilheenses, o Jabes com sua influência nas áreas estadual e
federal, soube buscar neste período, obras e mais obras, para a cidade, além de
outros recursos que pudessem minorar a situação. E como todo cidadão sabe,
que obras e mais obras, geram uma cadeia de serviços e empregos e não
somente a cidade numa selva de pedras.
Jabes, também administrou Ilhéus no período de 1983 a 1988, e ninguém
reclama deste período, pois se vocês atentarem, a Vassoura de Bruxa começa
exatamente em 1989. Todas as reclamações ou queixas se referem ao período
de total crise, onde acima já explicitamos o ocorrido.
Mas, temos também o DEVER de forma construtiva de sugerirmos e a até
mesmo indagarmos, o que é que está havendo?
Peguemos um caso aqui na nossa orla do Pontal. Percebam que a pressa é:
pintar de branco o “meio fio” da calçada. Ora, de que adianta fazer isto, se
primeiro teria que ser feito pelo menos a capina do próprio “meio fio”. Segundo: a
3. limpeza das “bocas de lobos”, que estão TODOS entupidos. Terceiro: a poda
dos coqueiros. Quarto: recomposição das pedras portuguesas da calçada.
Qualquer cidadão, por mais leigo que seja sabe que para desentupir as “bocas
de lobos”, basta apenas realizar uma abertura direto para a Baía do Pontal, pois
se tratam de águas pluviais. Podar os coqueiros será necessário apenas três
operários, uma escada adequada e um caminhão para levar os entulhos, como
as palhas e cocos. Capinar o mato do “meio fio”, apenas três operários com suas
ferramentas de trabalho. E nada mais.
Temos certeza que fica mais barato e inteligentemente correto, do que a
realização da pintura, pois é só cair às primeiras chuvas, o “meio fio”, de branco
se torna nem sei o quê? É lama mesmo, devido o acúmulo das águas pluviais
não terem saída para a Baía do Pontal.
Ver-se então, que jogam fora o dinheiro com a compra da cal, transporte para o
local, pagamento dos operários, etc., ou seja, vai tudo pelo raro do desperdício
do dinheiro público. Neste caso, começa tudo de novo, se quer que fique tudo
como era antes, pintadinho de branco. E haja CAL e paciência de quem
presencia um absurdo deste.
É bom lembrarmos, que muita coisa já foi feita e nota-se que a cidade já tem
outro aspecto, mas precisamos ser menos afoitos, para não comprometer uma
administração.
4. Senhor prefeito, já está na hora de sair do gabinete, dar uma olhada no que
estão fazendo na cidade. Este lema nos faz lembrar o ex- prefeito, Dr. Ariston
Cardozo, que reservava um tempo do seu dia, para verificar in loco o que
realmente estava acontecendo nos quatros cantos da cidade.
Por fim, lembre-se, agora no singular, que ainda te admiro como administrador
público, mas é preciso ficar atento, para que este conceito não vire pelo menos
para mim uma decepção. Ainda me restam muitas esperanças de uma Ilhéus
para todos, pois além de ainda dar tempo, e se assim não pensar, não serei um
verdadeiro filho desta terra.
Rezende