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Aluno: Gilson Cesar Salla.
Professora: Estela
Modelagem De Vestuário
2
Dedicado á Ivair Leonel Sala,
que me apresentou ao fascinante universo da moda.
3
A razão de termos uma paixão universal por adornos...
é que desejamos ser, além de obras da natureza,
obras de arte.
Nancy Etcoff
4
Agradecimentos á:
Marcos Eduardo Diniz, Amaury Vitor da Silva e
aos Professores e Colegas do Curso
Técnico em Modelagem de Vestuário da
ETEC Carlos de Campos.
5
SUMÁRIO
SUMÁRIO.............................................................................................................................................................................. 6
A COMPOSIÇÃO DOS ELEMENTOS VISUAIS
O Artista manipula os elementos visuais, arranja , dispõe, organiza a linha, a forma, a cor, o
volume, etc. em um campo determinado para originar a obra de arte. A isto podemos denominar
composição.
Uma composição de elementos visuais pode ser obtida diretamente da natureza (mar, montanhas,
céu, nuvens, etc.) onde observamos os elementos (linha, forma, cor, textura,etc.) e sentimos essa idéia de
composição. Assim quando observamos uma composição cujos elementos visuais são obtidos diretamente
da natureza sem interferência do homem, podemos chamá-la de composição natural. E quando
observamos uma composição cujos elementos visuais são obtidos por um processo elaborado pelo
homem, podemos chamá-la de composição artística. Nesse sentido todo quadro ou pintura é uma
composição artística.
6
No entanto algumas dúvidas podem surgir na classificação da composição artística e natural,
quando em diferentes situações de observação de seus elementos como, por exemplo, uma fotografia, um
jardim, ou mesmo uma paisagem (arranha-céus, árvores, céu e nuvens).
No caso de uma fotografia, podemos classificá-la em composição artística, pois não vemos os
elementos visuais desta composição obtidos diretamente da natureza, e sim por um processo físico-
químico.
No caso do jardim, podemos classificá-la também como uma composição artística, porque mesmo
que seus elementos visuais sejam obtidos diretamente da natureza, eles passaram por um processo, para
serem visualizados, ou seja, foram arranjados.
Quanto à paisagem, podemos classificá-la em composição artística-natural, pois na observação
dos elementos visuais que se combinam, alguns são obtidos pela elaboração do homem e outros existem na
natureza, independentes da interferência do homem.
COMPOSIÇÃO
INTRODUÇÃO
Quando temos intenção de criar algo, o primeiro passo é a execução de um projeto. Podemos
entendê-lo, segundo Scott, como sendo toda a ação criadora que cumpre sua finalidade, isto é, a de criar. È
necessário saber que no projeto necessitamos tanto de compreensão intelectual como da sensibilidade.
A criação de algo que satisfaz nossas necessidades, pode se apresentar em dois aspectos: funcional e
expressivo.
Para um projeto cumprir sua finalidade, temos que ter primeiramente um motivo que nos estimule a
isto. Depois que visualizamos e imaginamos algo, precisamos passar para algum material. Quanto mais se
sabe sobre os materiais, melhor são as idéias.
Na organização de elementos visuais e táteis, portanto, pode-se criar conscientemente ou
inconscientemente, pode-se arranjá-los de forma a criar variedade e unidade.Trata-se de um sistema
cerrado que atinge sua dinâmica através de diversos níveis de integração, mediante: equilíbrio, ritmo,
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forma, cor, volume, harmonia... É importante entendermos melhor como funcionam estes conceitos para
que possamos desenvolver um bom projeto.
A composição pode ser natural ou artística, figurativa ou abstrata, bi ou tridimensional.
LINHAS
1-) Esta linha é rápida porque nossa vista a percorre de ponta a ponta sem parar.
2-) Quanto maiores forem os intervalos, mais lento se torna o percurso. Os intervalos funcionam
como pausas.
3-) Cruzando uma linha horizontal com pequenos traços verticais, verificamos um efeito similar ao
dos intervalos, pois somos obrigados a parar em cada um dos intervalos verticais, como se fosse uma
pequena barreira a ser transposta. Novamente o curso da linha se torna lento, só que desta vez a causa é a
mudança de direção, uma inversão de horizontal para vertical entrecortada por pequenos traços verticais.
A longa linha horizontal se tornou mais lenta e mais pesada.
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CONCLUSÃO
A linha (segmento linear) cria, essencialmente, uma dimensão no espaço. Ela é vista como
portadora de movimento direcional. Introduzindo-se intervalos, ou contrastes de direção, reduz-se a
velocidade do movimento.Quanto mais forem os contrastes, mais diminui a velocidade, e em contrapartida,
aumenta o peso visual da linha.
Então:
MAIOR VELOCIDADE ►MENOR PESO VISUAL
MENOR VELOCIDADE ►MAIOR PESO VISUAL
RELAÇÃO ENTRE A LINHA E A REAÇÃO EMOCIONAL
Ângulos: Agitação, confusão, choque. Verticais: Dignidade, força, permanência,
virilidade.
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Horizontais: Repouso, calma, paz, Radiação: Choque, atenção.
quietude, serenidade.
Raios: Glória, devoção, patriotismo, Espirais: Poder, movimento, excitação.
unidade.
Triângulos: Segurança, permanência. Onduladas: Movimento.
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Curvas: Graça, encanto, movimento. Inclinadas: Movimento.
Luz: Esperança. Formas Quebradas:
Instabilidade, insegurança.
Oblíquas: Combate, choque, confusão. Retângulos: Força,estabilidade, unidade.
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Círculos: Vastidão, eternidade. Ovais: Graça,feminilidade.
COMPOSIÇÃO NATURAL
É a própria natureza com seus diversos elementos, sem a interferência do homem. Ex.: Paisagens.
12
COMPOSIÇÃO ARTÍSTICA
Criação do Homem. Pintura, Arquitetura, Gravuras, Objetos do Cotidiano, etc.
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COMPOSIÇÃO ARTÍSTICA-NATURAL
Natureza e Arte estão mescladas/unidas. Por exemplo, um jardim trabalhado por um paisagista,
onde se encontram bancos, estátuas, lagos ou qualquer outro elemento que mostre a interferência humana
junto aos elementos da natureza.
LOOK COM MUITOS ELEMENTOS
É o excesso que você percebe no instante que vê. Que parece inadequado como se não houvesse
necessidade de todos os elementos que estão compondo o visual.
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LOOK COM POUCOS ELEMENTOS
É aquele que
apresenta
absolutamente só o
necessário e nada mais.
Não existe nada que
lembre excesso seja em
quantidade de
elementos, seja em
combinação de peças
ou cores, seja em
quantidade de
acessórios.
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LOOK COM PREDOMÍNIO DE LINHAS
RETAS NA ESTAMPA
As linhas retas podem ser horizontais ou verticais e apresentarem-se em qualquer peça: camiseta,
camisa, vestido, calça, saia, etc, (peças masculinas ou femininas).
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LOOK COM PREDOMÍNIO DE LINHAS
CURVAS NA ESTAMPA
As linhas curvas lembram ondulações e também podem se apresentar em qualquer peça.
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LOOK COM MODELAGEM GEOMÉTRICA
É aquele que apresenta recortes geométricos óbvios ou perceptíveis que aparecem no próprio corte
da roupa (um vestido trapezoidal, por exemplo) ou em partes como mangas e golas.
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ACESSÓRIOS COM FORMAS GEOMÉTRICAS
São brincos, pulseiras, relógios, colares, broches, etc., que apresentam configuração geométrica
(quadrados, retângulos, círculos (os mais usados) e outras formas).
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LOOK COM FORMAS GEOMÉTRICAS NA
ESTAMPA
Mostra formas geométricas e se apresenta em qualquer peça.
LOOK COM MODELAGEM ORGÂNICA
O visual da modelagem é orgânico, quando não apresenta formas geométricas, drapeados,
arredondados, formas de flores tridimensionais.
A Modelagem Orgânica que se adéqua ao corpo sem ser justa ou larga (sem excessos). Encaixa-se
perfeitamente, seja pelo tecido como pelo corte.
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LOOK COM FORMAS ORGÂNICAS NA
ESTAMPA
Estampa orgânica é aquela que apresenta formas arredondadas, porém, não definidas.
Também existem as representações orgânicas: estampas florais, estampas com imagens de animais
ou partes destes.
Ainda, hoje temos como orgânicos os próprios tecidos ou cores confeccionados com materiais que
não agridem o meio ambiente.
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ACESSÓRIOS COM FORMAS ORGÂNICAS
São os acessórios representativos desta formas, como: broches, brincos, pingentes e outro em
formas de borboletas, flores, gotas, abelhas, etc.
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LOOK COM RELEVOS
O Relevo se apresenta numa camada acima da superfície do tecido que pode se apresentar numa
camada a mais de tecidos trabalhada em pregas, ou ainda, costuras com tecidos diferentes ou mesmo
bordados espalhados sobre todo o tecido com linha diferenciada, fuxico, pedrarias, etc.
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TEXTURA
Toda figura tem uma superfície e toda superfície deve ter certas características, que podem ser
descritas como suave ou rugosa, lisa ou decorada, opaca ou brilhante, macia ou dura.
A natureza contém uma riqueza de texturas., por exemplo,qualquer tipo de pedra ou madeira tem
uma textura distinta, que um arquiteto ou um decorador podem usar para propósitos específicos. Podemos
representar pedra ou madeira de várias formas diferentes, observando as características destes materiais,
isto é, seus efeitos de textura.
A textura pode ser classificada em duas importantes categorias: Textura Visual e Textura Tátil.
TEXTURA VISUAL
A textura visual é estritamente bidimensional. Como já diz a palavra, ela pode ser vista pelo olho,
mas também pode evocar sensações táteis. A textura visual se distingue em 3 classes:
1-) TEXTURA DECORATIVA:
Quando os elementos se dispõem de forma “organizada”, sistemática. Pode ser desenhada a mão ou
obtida por recursos especiais, pode ser rigidamente regular ou irregular, mas geralmente mantém um grau
de uniformidade.
2-) TEXTURA ESPONTÂNEA:
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Figura e textura não podem ser separadas, porque as marcas da textura em uma superfície são ao
mesmo tempo as figuras. As formas desenhadas a mão e as acidentais contêm frequentemente uma textura
espontânea.
3-) TEXTURA MECÂNICA:
Não é aquela textura obtida com a ajuda de réguas e compassos, mas sim texturas obtidas por meios
mecânicos especiais e, em conseqüência a textura não está necessariamente subordinada a figura.
Um exemplo típico desse tipo de textura é o granulado fotográfico e o reticulado que encontramos
nos meios impressos (revistas, livros...). Podemos encontrar estas texturas em desenhos criados por
computador em tipografias.
FABRICAÇÃO DA TEXTURA VISUAL
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Pode ser produzida de várias maneiras. Exemplos:
A-) Desenho, pintura: São os métodos mais simples para se produzir uma textura visual. Pode ser
construída minuciosamente com módulos grandes ou pequenos, dentro de estruturas rígidas ou soltas,
espontâneas ou não.
B-) Frottage: Desenhado sobre uma superfície rugosa, ou pintar alguma superfície ou papel, depois
transferir para outra superfície ou outro papel.
C-) Vaporização ou pintura líquida: Exemplo: Pingar tinta sobre uma folha e depois assoprar, ou
usar um spray sobre o papel. Esta textura pode ser espontânea ou decorativa(se for rigidamente controlada.)
D-) Manchado: Uma superfície absorvente pode ser manchada.
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E-) Queimado: As vezes podemos utilizar as marcas de queimaduras para produzir texturas.
F-) Raspado: Uma superfície pintada pode ser raspada com um utensílio duro ou rugoso.
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G-) Processos fotográficos:
H-) Colagens: Podemos obter texturas através de colagens de revistas, jornais, etc; fazendo uma
montagem e depois tirando xerox ou não destas texturas. Estas texturas, podem ser ampliadas, reduzidas ou
deformadas através da xerografia.
TEXTURA TÁTIL
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A textura tátil é um tipo de textura que não
apenas é visível como pode ser sentida com as mãos.
A textura tátil se ergue acima da superfície de um
desenho bidimensional e se aproxima do relevo
tridimensional.
Em termos gerais, a textura tátil existe em
todos os tipos de superfícies, porque estas podem ser
sentidas. Isto significa que todos os tipos de papel, por
mais lisos que sejam, e todos os tipos de pintura e
tinta, por mais planos que sejam, têm características
específicas de superfície que podem ser percebidas
pelo tato. No desenho bidimensional, podemos dizer
que uma área vazia ou solidamente impressa ou
pintada não contém textura visual alguma, porém, há
sempre a textura tátil do papel e da tinta ou da pintura.
Podemos ter 3 tipos de textura tátil:
1-) Textura disponível na natureza: A textura natural dos materiais pode ser mantida. Os
materiais –papel,tecido,galhos, folhas,areia,barbantes,etc.- são cortados, rasgados ou deixados como são, e
então grudados, colados ou fixados em uma superfície. Não se busca esconder a identidade dos materiais.
2-) Textura natural modificada: Os materiais são modificados de tal maneira que não têm mais a
aparência habitual. Por exemplo,o papel não é grudado de maneira lisa, mas pregueado ou amassado, ou
pode ser pontilhado, rabiscado ou prensado em relevo. Um pedaço de folha de metal pode ser dobrado,
martelado ou vazado com pequenos furos, a madeira pode ser entalhada. Os materiais são levemente
transformados, mas sem perder sua identidade.
3-) Textura organizada: Os materiais, em geral em pequenos pedaços, lascas ou tiras, são
organizados em um padrão que forma uma nova superfície. As unidades de textura podem ser utilizadas
como estão ou modificadas, mas devem ser pequenas ou cortadas em pedaços pequenos. Alguns exemplos
são sementes, grãos de areia, lascas de madeira, folhas cortadas em tiras muito estreitas, papel torcido em
bolas minúsculas, alfinetes, contas, botões, fios ou barbante a serem torcidos etc. Os materiais podem às
vezes ser identificáveis, mas a nova sensação criada pela superfície é muito mais importante.
Todos os tipos de textura tátil podem ser transformados em textura visual pelo processo fotográfico.
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Bibliografia
Wong,Wucius. “Princípios de Forma e Desenho”. Martins Fontes, 1ª Edição. São Paul, 1998.
A ESCOLHA DO FEITIO
Para combinar o feitio e o tecido de modo a obter o efeito que mais a favorece, torna-se necessário
utilizar habilmente quatro elementos: a linha, o detalhe, a textura e a cor. Embora nada possua de
misteriosos, cada um deles tem o poder de criar ilusões. Em conjunto ou isoladamente, podem dar ou tirar
altura, aumentar ou reduzir aparentemente a figura.
Para tirar partido desses efeitos, há que proceder a uma análise realista da sua estatura e do seu tipo
de figura e decidir quais as características que pretende realçar ou, pelo contrário, disfarçar. Neste domínio
são poucas as regras; a decisão terá de ser, sobretudo pessoal.
De um modo geral o equilíbrio é sempre um objetivo a alcançar e que se consegue minimizando ou
neutralizando qualquer característica exagerada. Quadris largos podem ser compensados, numa peça de
vestuário, por uma maior largura na zona dos ombros. Basicamente, há duas formas de procura de
equilíbrio: uma formal, em que as duas metades de um dado feitio são idênticas, e outra, informal, em que
as duas partes referidas não são semelhantes, embora haja certo equilíbrio visual. As linhas verticais são
um exemplo de equilíbrio formal; as diagonais, de equilíbrio informal.
Outro objetivo igualmente importante é a harmonia – a relação, esteticamente agradável, entre todos
os elementos. A harmonia é essencialmente uma questão do sentido do que é apropriado – um sentido de
quais as características que se combinam entre si e se integram ao conjunto. Alguns exemplos negativos
poderão tornar a idéia mais explicita. O efeito confuso, desagradável, que resulta, por exemplo, de um
modelo complicado, com muitas cores, confeccionado num tecido de padrão também complicado.
Por muito cuidadosa que seja sua escolha em relação àquilo que considera como os seus pontos
fortes e fracos, dois outros aspectos influirão, por certo, nas suas decisões. Um é a moda do momento,
outro as suas preferências pessoais. Há que saber julgá-los em seu próprio proveito.
Considere a cor e a textura, por exemplo. Se a cor da moda não favorece a sua figura, utilize-a para
acentuar um dos seus pontos fortes.
De entre as tendências da moda, escolha apenas aquelas que lhe agradam e a favorecem. Modifique
a largura ou comprimento da saia em função da sua figura e das suas preferências. Lembre-se de que aquilo
que a favorece produz sempre melhores resultados do que o que é simplesmente novidade. Sempre que
adotar um novo estilo, siga essa regra: antes de comprar uma peça de vestuário cujo feitio seja
acentuadamente diferente de tudo o que já usou ou experimentou, analise-a com espírito crítico.
Se um grande número de possibilidades de escolha a fazem sentir-se
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confusa, procure no seu guarda-roupa as peças de vestuário que sempre vestiu com prazer e que merecem
elogio. Analise as suas linhas, detalhes, cores e texturas e procure estilos semelhantes.
SILHUETA
As linhas principais de uma peça de
vestuário são aquelas que formam a sua
silhueta ou linha de contorno. Basicamente,
todas as silhuetas são variações de duas formas
bem conhecidas – o retângulo e o triângulo -,
resultantes em grande parte da forma como a
peça de vestuário se ajusta ao corpo. Podemos
distinguir quatro tipos: justo, semijusto,
ligeiramente solto e solto.
Uma peça de vestuário justa realça os
contornos da figura. Quanto menos ajustada
for uma peça de vestuário, mais despercebida passará a forma do corpo e mais dominante ficará a silhueta.
O mesmo acontece quando há poucas costuras ou pormenores que façam desviar a atenção – o indicado
quando pretende tirar o máximo partido de um tecido incomum. Também o tipo de tecido vai afetar a
silhueta; um tecido armado, por exemplo, molda a forma da peça de vestuário; um tecido maleável tende a
delinear e, portanto, a realçar a forma do corpo.
Também a moda tem influência sobre a silhueta. Épocas inteiras foram simbolizadas por uma
determinada forma de vestuário.
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SILHUETA EM RETÂNGULO:
A parte superior e a inferior apresentam sensivelmente a mesma largura. Um
retângulo estreito, à esquerda, torna a silhueta mais esguia do que um mais largo.
Ambas as formas podem ser modificadas por meio de costuras e detalhes.
Indivíduos com esse tipo físico são indivíduos cujos ombros, cintura e os quadris
estão na mesma medida, portanto, elas precisam necessariamente criar uma cintura.
O que ajuda?
- Casacos e jaquetas com pences, que deixam a roupa mais fina na cintura;
- Calças sem pregas, com cortes retos e afunilados, ou até com a boca um pouco mais
larga;
- Cinto ou Faixas sobre a roupa. Dê preferência para cores escuras, já que estas
emagrecem. Porém, se tiver um pouco de barriga, prefira não usá-los.
- Blazer: procure aqueles com cintos no mesmo tecido, ou também, aqueles que
tenham pences, de modo a ficarem acinturados.
- Procure chamar a atenção para o colo, desviando a atenção da cintura. Use e abuse
de decotes, brincos, colares. Os melhores decotes são os em formato “V”, “U” ou
canoa.
- Uma boa sugestão para quem gosta de saias, são as evasês ou saias.
- Para quem gosta, o corselete também é ótimo, já que ele ajuda a esculpir curvas, afinando a cintura.
Evite:
- Camisas ou Blazers de corte quadrado e largo;
- Gola alta, já que faz o colo ficar totalmente coberto, deixando a silhueta ainda mais
pesada;
- Jaquetas curtas;
- Vestido de corte reto;
- Saia justa e afunilada;
SILHUETA EM TRIÂNGULO:
A parte superior mais larga ajuda a compensar quadris largos, diminuindo também a
altura. Uma base larga disfarça ombros largos ou uma figura em que a parte superior
é volumosa. Quando exageradas, ambas se tornam deselegantes.
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Para o indivíduo com o tipo físico do triângulo, o truque é fazer com que os ombros se estendam
horizontalmente, chegando até a medida do quadril, ou diminuir visualmente o quadril. Este é um tipo
físico bastante comum entre os brasileiros.
O que ajuda?
- Camisas ou tricôs com a cava mais caída, devem ultrapassar a linha do ombro, produzindo um efeito de
alongamento;
- Calças ou saias de cores escuras, já que a cor escura emagrece; (não muito justas).
- Decote de ombro a ombro, ou seja, deixando os ombros de fora. Isso aumenta visivelmente os ombros;
- Tomara que caia é ótimo, para as que estão em forma;
- Mangas com volume;
- Blusas e camisetas coloridas;
- Saias e vestidos evasê;
- Camiseta com manga, sempre;
Importante: A altura de blazers, camisas, ou twin-set, deve ser sempre acima ou abaixo da parte mais larga
do seu quadril, nunca deve cair sobre ele, isso forma uma linha horizontal, que aumenta ainda mais o
quadril.
Evite:
- Calça ou saia de pregas, calça de cintura baixa, que aumenta o quadril, e calça corsário, que diminui a
perna e salienta o quadril anda mais. Calça muito justa também realça muito o quadril, dando a impressão
de aumentá-lo.
- Calça cigarette ou stretch;
- Frente Única ou cava americana, que diminuem ainda mais os ombros;
- Calça ou saia bufante, que também aumentam o quadril;
- Regatas de alças muito finas;
- Detalhes na altura dos quadris, como: bolsas, bordados, babados, e etc..
- Minissaia curtíssima
- Cintos largos ou muito fininhos jogados nos quadris;
- Parte de cima cor escura, sendo a parte de baixo de cor clara;
AMPULHETA
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Esse é o tipo físico que toda mulher gostaria de ter. É o que chamamos de corpo violão. Se a mulher for do
tipo físico da “Ampulheta” e for magrinha, melhor ainda, pois pode usar tudo! Mas se não for magrinha, é
necessário, diminuir visualmente os quadris e seios .
O que ajuda?
- Tops, Regatas, Frente Únicas, calças com prega ou sem prega, detalhes em qualquer parte do corpo;
- Caças de corte reto e cintura baixa;
- Saias fluidas evasê, ou justa
Importante: Se a pessoa for do tipo físico “Ampulheta”, mas estiver cheinha, é necessário atenção! Não
esquecer que a pessoa tem cintura, logo, aproveite para explorá-la. (Veja as dicas para o tipo físico do
retângulo).
Evite:
- Roupas retas e sem pence, que vão transformar a pessoa num triangulo;
- Vestidos em forma de trapézio, ficam soltos no corpo e dão a sensação de criar volume na cintura e mais
ainda no quadril.
- Camisas ou Blazers de ombros muito largos, pois vai deixar a pessoa com a forma do triângulo invertido;
- Gola alta, no caso das que tem muito busto, pois dá a ilusão de estarem acima do peso;
TRIÂNGULO INVERTIDO
As mulheres com o tipo físico do triângulo invertido, para chegarem ao equilíbrio,
precisam aumentar o quadril, chegando a uma medida proporcional ao ombro.
O que ajuda?
- Frente única ou vestido de cava americana, ajuda a diminuir os ombros, criando uma
ilusão de um quadril maior;
- Calças de cintura baixa, mas não justas;
- Saias evasê, rodadas ou retas;
- Cores escuras na parte de cima;
- Regatas de alça fina;
- Calças com volume, por meio de pregas ou tipo pantalona
Evite:
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- Calça muito sequinha, sem nenhum volume, prega ou pence;
- Ombreiras, blusas de decote canoa e tomara que caia;
- Blusas de tecido volumoso com muitos detalhes na altura do busto, ou de linhas horizontais;
- Saias e vestidos justos e afunilados;
OVAL/REDONDO
Para mulheres com esse tipo físico, é mais difícil transformá-las nas formas do tipo
físico “Ampulheta”. Podemos então, explorar as pernas, chamar a atenção para o
torso através de decotes, tentar estender os ombros e ainda tentar diminuir os
quadris.
O que ajuda?
- Abusar de tudo que chama a atenção para o colo e o pescoço, como decotes,
brincos, colares.
- Blazers, camisas ou tricôs que ultrapassem a linha da cintura. Nada pode parar na
altura da barriga ou no meio do quadril, pois criam uma ilusão de que o quadril é
ainda maior, e não menor como é o nosso objetivo.
- Calça e saias sem pregas, para não criar volume em lugar indesejado.
- Calça de cintura no lugar, com corte reto, de preferência, a barra tocando o peito do
pé (para dar a ilusão de alongar a pessoa).
- Decotes em “V” e em “U”.
Evite:
- Tudo o que chama a atenção para a cintura: camisetas curtas que mostram a barriga, calça com cintura
baixa e calças ou saias com pregas.
- Cinto ou faixas por cima da roupa, tanto claro, como escuro.
- Gola Alta.
- Calça muito justa ou tipo legging, que deixa a perna muito estreita e realça a barriga;
- Roupas claras e com brilho;
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- Listras horizontais;
- Colar tipo coleira ou com muitas voltas;
- Tecidos volumosos;
- Blusa por dentro da calça;
- Pregas, babados e drapeados;
- Vestido com recorte abaixo do busto;
LINHAS
ESTRUTURAIS
As linhas interiores do feitio de
uma peça de vestuário conferem uma nova
dimensão à silhueta.
Cada tipo de linha – horizontal, vertical,
diagonal ou curva – influência de modo
particular em figura. Por vezes, a
colocação de uma linha pode ser mais relevante que o seu tipo, pois os nossos olhos tendem a mover-se
numa certa direção – da esquerda para direita e de cima para baixo. Assim, se numa peça de vestuário
coexistir linhas verticais e horizontais, os olhos serão atraídos em primeiro lugar para as horizontais.
Existem alguns princípios gerais quanto à utilização das linhas:
1) quanto mais longa, maior será a sua influência no aspecto geral;
2) as dobras de tecido (pregas ou machos, por exemplo) criam linhas, mas simultaneamente aumentam
o volume;
3) quanto mais linhas existirem no padrão do tecido, menos linhas deverá apresentar o feitio.
LINHAS VERTICAIS
Criam geralmente ilusão de altura e aspecto esguio. Contudo, quando repetidas a intervalos regulares,
podem dar à figura um aspecto mais largo e mais baixo, pois os olhos são atraídos de um lado para o outro.
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LINHAS HORIZONTAIS
Têm tendência para cortar a altura,
especialmente quando dividem a figura
ao meio. Mas uma linha horizontal
colocada acima ou abaixo da linha média
realça a zona menor, parecendo alongar
visualmente a maior.
LINHAS EM DIAGONAL
Podem contribuir para aumentar a altura
ou largura, conforme o seu comprimento e ângulo. Uma diagonal longa cria uma ilusão de maior altura.
Uma diagonal pequena dá uma ilusão de maior largura.
LINHAS CURVAS
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Criam os mesmos efeitos que as linhas retas de localização semelhante, embora de uma forma mais sutil. O
efeito visual é mais suave. Uma linha curva produz sempre um efeito de arredondamento e de maior
corpulência.
DETALHES
Detalhes como mangas, decotes, golas e bolsos, embora subordinados à silhueta e ás linhas
estruturais, podem revestir-se de não menos importância, conforme a sua forma de localização.
Podem ter, entre outras, as seguintes finalidades:
1) acentuar uma silhueta, como no caso de mangas em forma de sino em relação a um vestido
trapézio;
2) dar uma nota de realce a uma peça de vestuário simples;
3) tornar prática uma peça de vestuário formal;
4) despertar a atenção para característica interessante, afastando-a
também de uma menos atraente.
Com freqüência, um detalhe pode criar simultaneamente efeitos
diversos, como demonstram as golas das gravuras embaixo.
A gola parece alongar o pescoço, ao mesmo tempo em que aumenta a
largura dos ombros e cria uma ilusão de maior volume na parte
superior do corpo.
A gola torna o rosto mais longo sem afetar a altura ou o comprimento do pescoço.
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Os bolsos sobre os quadris chamam sempre a atenção para esta zona, embora a impressão geral
varie em função do tamanho e localização daqueles. Seja qual for o objetivo dos detalhes, não os utilize em
excesso, já que nessas circunstâncias o efeito geral será confuso.
ASSENTAR BEM
Conforme explicado, o aspecto é um dos fatores importantes a considerar ao apreciar a forma como
uma peça de vestuário assenta. Esta não deve apresentar rugas ou papos. Os outros principais fatores, já
referidos, é conforto, feitio e tecido.
O conforto é, naturalmente, extremamente importante. A mais bela das peças de vestuário de seu
guarda-roupa ficará para sempre pendurada se você não se sentir confortável ao usá-la. Naturalmente,
algumas peças de vestuário são por definição mais confortáveis que outras todas deverão, porém, permitir-
lhe sentar-se, curvar-se, andar e estender os braços sem forçar as costuras ou sentir os movimentos presos.
Para isso contribui de forma decisiva a folga básica que a peça de vestuário tem ao produzir a modelagem e
o molde de corte.
O feitio de uma peça de vestuário pode basear-se numa forma justa, ou numa forma solta. Ao fazer
ajustamentos numa peça de vestuário, é importante considerar a linha pretendida pelo autor do modelo.
Para o efeito, são preciosos auxiliares, as fotografias e gravuras do figurino (crokis do look) ou da
embalagem do molde.
Além disso, uma peça de vestuário pode apresentar certas características que indicam tratar-se de
um modelo justo: uma silhueta que revela as formas do corpo e, dentro dela, detalhes como uma costura de
cintura; uma pence e costuras curvas; palas e também ocasionalmente, partes cortadas em viés.
Um modelo solto é com freqüência assinalada por uma silhueta que oculta detalhes da figura de
quem veste; no interior da silhueta, a roda é controlada por meio de franzidos ou pregas soltas, em vez de
pence e costuras a ajustar. Uma mesma peça de vestuário, no entanto, pode apresentar partes justas e soltas,
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como se verifica nos clássicos vestidos chemisier de saias franzidas ou pregueadas. Mesmo em modelos
soltos, algumas partes podem ser ajustadas ao corpo, como acontece com o cós numa saia franzida, com
muita roda ou com a costura do ombro num modelo com casas de abelha.
O tecido é decisivo para que uma peça de vestuário assente bem.
Quando possível utilizar indiferentemente um tipo de tecido ou outro – maleável ou rígido, por
exemplo -, lembre-se de que o aspecto variará bastante conforme o tecido escolhido. Considere também a
tendência de certos tecidos para aderir ao corpo, vincando-lhe as formas, ainda que utilizados num modelo
solto.
MODELOS JUSTOS
Tende a modelar a figura, por vezes ajustando-se um pouco mais ao corpo em alguns pontos. Neste
tipo de modelo é conveniente não ajustar demasiado para não forçar as costuras e provocar rugas.
O grau de ajustamento dependerá da figura, já que um corte muito justo favorece geralmente uma
figura esguia, enquanto um modelo menos ajustado beneficia uma figura mais cheia.
A presença da linha da cintura indica um corte relativamente justo.
A linha da cintura pode-se encontrar na posição natural (ao centro);
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Em cima, como no estilo império;
Embaixo;
À altura do quadril como no caso de blusões, ou quando se pretende um efeito de duas peças.
41
Com freqüência, as palas na cintura, já pelo seu próprio corte, modelam onde é necessário.
Pences e costuras curvas ajustam o vestuário ao corpo, como se vê nestes vestidos. Ambas as
silhuetas se ajustam ao corpo de forma semelhante.
42
MODELOS SOLTOS
Foram criados tendo em vista certa amplitude, como no caso de uma capa, um caftan ou um vestido
linha A, ou procurando efeitos que suavizem a figura – corpo blusado, manga fofa, saia muito ampla,
espelho de onde saem pregueados ou franzidos. No caso de uma figura volumosa, poderá ser necessário, a
fim de obter o efeito pretendido, aumentar a amplitude quando se trata de modelos muito folgados.
As pregas não vincadas ajustam em cima e caem em dobras suaves.
43
Tanto os franzidos como as pences soltas controlam a roda. Os primeiros afetam toda uma área; as
segundas fazem a transição de uma parte ajustada para uma mais ampla.
A inserção de godês permite obter um tipo de roda particularmente atraente em movimento.
44
A linha evasê pode ser utilizada para criar um efeito de amplitude acentuado ou apenas sugerido.
Esta linha é muito adotada para conferir graciosidade a uma saia ou um vestido.
CORES
DISCO DE CORES OU DISCO DE NEWTON
- Cores Primárias a partir das quais obtemos as
demais cores:
A – azul ciano
B – amarelo
C – vermelho magenta
As cores primárias são as únicas que não podem ser decompostas em outras e que, por outro lado,
não podem ser obtidas através da mistura de outras cores. No entanto, a mistura das cores primárias em
proporções variáveis produz todas as cores do espectro. Efetivamente, não existe um tom que não possa ser
obtido por intermédio da associação delas. Existe um número ilimitado de tons, tal como existe um número
ilimitado de possibilidades de associação ou mistura de cores primárias, em proporções desiguais.
Quando trabalhamos com o sistema de classificação da cor-luz, as cores primárias são o vermelho, o
verde e o azul violetado. O sistema de cores da televisão, por exemplo, trabalha com a cor-luz; logo, tem o
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vermelho, o verde e o azul - violetado como cores primárias. Se misturarmos essas três cores-luz,
obteremos o branco.
A essa altura, é possível que você esteja se perguntado: e as cores-pigmento, como é o caso das
tintas para impressão, dos corantes para tecidos ou para cabelos, da maquilagem (sombra, batom, base, pó
de arroz, etc...), será que elas têm o mesmo sistema de classificação da cor-luz? E as cores primárias, por
acaso, são as mesmas?
Não. Se você observar com atenção materiais tais como tintas ou corantes, certamente, irá concluir
que, por fazerem parte do sistema de classificação da cor-pigmento, como aquele dos homens da caverna
no período paleolítico, seu processo cromático é químico, e não físico como no sistema da cor-luz.
Desta forma, o ilustrador, o pintor, o maquiador, os profissionais que tingem, cabelos ou tecidos trabalham
com produtos químicos. A cor é, portanto, o resultado de mistura química. Assim, as cores primárias
do sistema da cor pigmento opaca são o vermelho, amarelo e o azul. A mistura dessas três cores
pigmento tem como resultado o cinza-neutro e não o branco, como no caso da mistura das cores-luz.
Há também o sistema da cor pigmento transparente, que pode ser exemplificado através da técnica
de pintura em aquarela ou do processo de impressão por retículas transparentes, utilizado pelas artes
gráficas. As cores primárias deste sistema físico-químico são o magenta, o amarelo, ciano. A síntese da
cor-pigmento transparente também é o cinza-neutro. Se colocarmos superpostos filtros coloridos magenta,
amarelo e ciano de modo a interceptar a luz branca, produzindo o cinza neutro.
Bibliografia :
Elementos da Cor
Luiz Fernando Perazzo, Ana Beatriz Fares Racy, Denise Alvarez. Senac.
46
47
- Cores Secundárias obtidas pela mistura de duas
cores primárias:
D – verde (A + B)
E - laranja (B + C)
F - roxo (C + A)
- Cores Terciárias, obtidas pela mistura de uma
Cor primária com uma secundária.
G – azul-esverdeado ou verde-azulado
H – verde-amarelado ou amarelo-esverdeado
I - amarelo-alaranjado ou laranja-amarelado
J - laranja-avermelhado ou vermelho-alaranjado
K - vermelho-arroxeado ou roxo-avermelhado
L - roxo-azulado ou azul-arroxeado
Toda superfície que recebe raios luminosos de várias cores, e um destes raios vem de encontro aos
nossos olhos, nós o identificamos como a cor da superfície iluminada.
Que nada mais é do que a luz refletida nessa superfície ou num objeto.
48
1) A COR ABRANGE TRÊS DIMENSÕES:
a) Coloração ou Tinta: Característica que estabelece a diferença entre elas.
Ex: Um vermelho= de um verde
b) Valor Tonal: Grau de luminosidade (claridade).
»Acrescentando-se branco a uma cor, aumenta-se o seu valor tonal.
»Acrescentando-se preto, abaixa-se o valor.
»Acrescentando-se um cinza contrastante aumenta-se ou abaixa-se o seu valor.
»Acrescentando-se um pigmento de valor diferente, aumenta-se ou abaixa-se o valor.
Ex: Vermelho claro e vermelho escuro.
É importante ressaltar que, acrescentando-se preto,branco,ou cinza,modificaremos o valor tonal e o
nível de intensidade.O tom resultante será mais claro ou mais escuro e mais neutro.
É provável que também se produzas alguma alteração no matiz, porque tanto o pigmento preto
como o branco tendem a esfriar a mistura.
49
c) Intensidade ou Valor Cromático: Característica que dá a pureza e a força da cor.
Ex: Vermelho vivo é mais intenso que vermelho claro.
2) TIPOS OU CLASSIFICAÇÃO:
a) Cores Primárias: São as cores puras –Vermelho,Amarelo e o Azul. Nas artes gráficas, pintura
em aquarela e para todos os que utilizam cor-pigmento transparente ou por transparência em retículas, as
primárias são o Magenta, o Amarelo e o Cian.
b) Cores Secundárias: São as cores que resultam da mistura de partes iguais de duas primárias.
São também as complementares das primárias. Laranja – Verde – Violeta
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c) Cores Terciárias: São as cores que resultam da mistura em partes iguais de uma cor primária
com uma cor secundária.
Azul + Violeta = Azul Violetado ou Violeta Azulado
Azul + Verde = Azul Esverdeado ou Verde Azulado
Amarelo + Laranja = Amarelo Alaranjado ou Laranja Amarelado
Amarelo + Verde = Amarelo Esverdeado ou Verde Amarelado
Vermelho + Laranja = Vermelho Alaranjado ou Laranja Avermelhado
Vermelho + Violeta = Vermelho Violetado ou Violeta Avermelhado
3) VALOR CALÓRICO DAS CORES:
As cores podem ser quentes e frias.
a) Cores Quentes: São o Vermelho e o Amarelo, e as demais cores em que elas predominem.
b) Cores Frias: São o Azul e o Verde, bem como as outras cores predominadas por eles. Os verdes,
violáceos, carmins e uma infinidade de tons poderão ser classificados como cores frias ou como cores
quentes, dependendo da porcentagem de azuis, vermelhos, e amarelos de suas composições. Além disso,
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uma cor tanto poderá parecer fria como quente, dependendo da relação estabelecida entre ela e as demais
cores de determinada gama cromática, um verde médio, numa escala de amarelos e vermelhos parecerá
frio. O mesmo verde, frente a vários azuis, parecerá quente.
4) DIMENSÃO DA COR:
Quando a cor é associada a determinadas formas geométricas, ou em diferentes planos, pode
conferir sensações de tamanho, peso e distância.
Ex: Uma cadeira pintada de vermelho dá-nos a impressão de maior tamanho do que outra igual, mas
pintada de verde.Um corredor com tapete claro parece-nos mais longo do que a realidade. Um outro em
cores escuras parecerá mais curto.
Portanto, podemos concluir que as cores fortes ou vivas aproximam e as cores claras ou
neutralizadas distanciam.
Outro exemplo, é quando um objeto ou elemento de tamanho “X” pintado de cor branca nos
parecerá maior, pois o branco tende a aumentar os objetos. Este mesmo objeto pintado de preto nos
parecerá maior que seu tamanho “X”.
Portanto, as cores claras tendem a aumentar e as escuras tendem a diminuir.
SIGNIFICADO PSICOLÓGICO DAS CORES
Em todas as épocas, as sociedades organizadas sempre tiveram seus códigos completos, ou certos
elementos de uma simbologia das cores, atribuindo-lhes frequentemente caráter mágico. A variedade de
significados de cada cor, ao longo dos tempos, está intimamente ligada ao nível de desenvolvimento social
e cultural das sociedades que os criam.
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BRANCO
Sugere pureza, delicadeza, simplicidade, otimismo, esperança, confiança, frescor e limpeza. Cria
impressões de vazio e infinito. Evoca ação refrescante e desinfetante, sobretudo quando utilizado junto com
o azul. Apropriado para tetos.
É o símbolo da entrega, é uma cor de status, da virtude e do altruísmo, traz sensação renovadora e
aberta a mudanças.
O branco transmite uma personalidade expressiva, artística, inocente, pura, fiel, fria, distante e
feminina.
PRETO
Transmite poder, mistério, dominação e dignidade. É uma das principais cores da moda
contemporânea pela sua versatilidade.
O preto transmite uma personalidade de pessoa autoritária, audaz, dramática, chic, forte, formal,
firme, elegante e masculina. Ideal para o primeiro encontro, pois transmite mistério e erotismo; e para
reunião de negócios, pois transmite poder; passa uma imagem de pessoa dinâmica ai falar em público.
Já foi o símbolo de infortúnio e da morte, encerra uma característica impenetrável. É a cor mais
desprovida de sentimento, mas confere nobreza, distinção e elegância. Tem um peso visual muito grande.
CINZA
É a mistura do preto e do branco; neutra, ligada a sabedoria; é a preferida por filósofos, artistas e
intelectuais.
Cor da eficiência, do refinamento; é uma cor incerta, a cor do medo, monotonia, desânimo, à
medida que é mais sombrio. O cinza escuro é a cor do sujo, desprezível.
O cinza transmite uma personalidade calma, conservadora, poderosa, autoritária, confiável,
modesta, controlada.
Ideal para ser usada em atividades criativas, pois desencadeia o desenvolvimento artístico; em
reuniões e almoços de negócios, traz sucesso e força.
53
VERMELHO
Significa força, alegria de viver, virilidade, dinamismo é a cor da paixão. Pode ser exaltante e até
enervante, estimula a pressão arterial. Impõe-se sem discrição, dando também a impressão de severidade e
dignidade, benevolência e charme, corajosa, dominadora, firme, dramática, sexy, ativa, extrovertida,
apaixonante, impulsiva e agressiva. É uma cor quente, transmitindo assim sensações de calor, por isso deve
ser usada com cautela. Quanto mais escuro, mais grave, profundo e psíquico se torna. Os tons claros
exprimem temperamento jovial e fantasioso.
O vermelho é ideal para ser usado em datas românticas ( cor da energia sexual, atrai paixão,
interage com homens, pois transmite confiança) e para falar em público, pois chama atenção.
VERDE
Cor relaxante, de comunicação, é a cor que rejuvenesce, representa paz e transmite estabilidade, é
também a cor da esperança. Com um ponto de amarelo, adquire força ativa, aspecto ensolarado. Se o azul
domina, torna-se séria e carregada de pensamentos. Os tons mais claros acentuam indiferença, os escuros a
calma.
O verde transmite uma personalidade receptiva, aberta, estável, equilibrada, prestativa, leal, doce,
responsável, amiga, tranqüila e simpática. É ideal para ser usado em datas românticas, especialmente o
verde-claro, que transmite docilidade.
AZUL
Cor profunda, feminina, preferida pelas pessoas adultas, despertando lembrança de infância. É a cor
do respeito, confiabilidade, fidelidade, serenidade, transmite elevado status social, civilidade, estabilidade,
dignidade. Transmite calma profunda interior é diferente da do verde. Azul escuro chama o homem até o
infinito. O claro provoca sensação de frescor e higiene, principalmente ao lado do branco. O azul turquesa
encerra grande força, exprime fogo interior e frio. Exteriormente, lembra os lagos no verão.
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O azul transmite uma personalidade sincera, pensativa, comunicativa, calma, pacífica, inventiva,
honesta, conservadora, atenciosa e paciente. Ideal para ser usado em atividades criativas, pois estimula a
fantasia.
AMARELO
Luminosa, gritante e vistosa,cor estimulante, quente, pode fazer aumentar o nível de ansiedade e
induzir inquietação.. Ao contrário do azul, não transmite profundidade.
Simboliza o otimismo e está associada ao intelecto; é a cor da iluminação, da expectativa, do
dinheiro. É uma cor ativa; mas esverdeada, assume tom doentio. Com a adição do vermelho, alegra o olhar,
trazendo um sentimento misto de alegria e satisfação.
O amarelo transmite uma personalidade receptiva, acessível, alegre, otimista, criativa, extrovertida e
ocupada. Ideal para ser usado para vender produtos, pois é alegre e estimulante.
LARANJA
Cor energética e audaciosa. Muito mais que o vermelho, transborda irradiação e expansão.Tem
característica acolhedora, quente e íntima.
O laranja transmite uma personalidade calorosa, prática, extrovertida e espontânea. Ideal para ser
usado em festas, pois transmite calor e amizade.
VIOLETA
Em geral, as pessoas atraídas pela cor púrpura são muito criativas, gostam de lidar particularmente
com arte ou filosofia, tem elevado senso de espiritualidade, são pessoas apaixonadas e sonhadoras.
Equivale a um pensamento meditativo e místico que encerra um mistério. Nos tons mais escuros, é triste,
melancólico, cheio de dignidade. Passando ao lilás, aclara-se, tornando-se mágico e místico, inspira
nostalgia e romance. Violeta avermelhado significa inteligência, tranqüilidade e paixão ao mesmo tempo.
O violeta lida com os sentidos e gera paixão.
55
ROSA
Cor que tem conotações positivas, é calmante e aconchegante, traz vitalidade juvenil; é a cor
universal do amor, mas projeta menos energia do que o vermelho.
O rosa transmite uma personalidade gentil, afetuoso, romântica, feminina, quieta, artística,
apaixonada, acessível, sensitiva, refinada, delicada, doce ; sugere intimidade.
Ideal para ser usada em data romântica, pois sugere beleza celestial; e em entrevista de primeiro
emprego, pois acalma.
MARROM
Cor informal, que está associada à humildade e pessoas sem arrogância.
É uma cor agradável, neutra, que não transmite muita emoção; cor realista, não sendo brutal ou
vulgar, encarna a vida sã e o trabalho cotidiano. A medida que se torna sombrio, adquire as características
do preto.
O marrom transmite uma personalidade confiável, educada, bem-sucedida, estável, perseverante,
segura, resistente a mudanças.
Cor que tem o apela da classe alta.
HARMONIA
A harmonia é essencial no sentido de relacionar entre si todas as cores de uma composição,
ajustando-as a um todo unificado. Uma cor depende grandemente do contexto no espaço e no tempo. Cada
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cor se altera pela colocação de outras de modo que o que era quente pode se tornar frio, colocando uma cor
mais quente mais próxima, e o que estava em harmonia de faz discordante aproximando-se novas cores.
As cores parecem mais escuras sobre o branco, mais claras sobre o preto e sobre um cinza de igual
valor se fundem com este e têm pouco destaque. Os valores claros parecem aumentar o tamanho dos
objetos, o preto e os valores escuros dão impressão que os diminuem. O branco e os valores claros refletem
a cor e parece que intensificam as cores que estão sobre elas e o preto e as cores escuras absorvem e
reduzem a potência das cores que são superpostas. O branco e as cores claras sugerem distância, as mais
escuras, aproximação. O preto serve para unificar e harmonizar as cores mais intensas.
Além disto, existem outros fenômenos visuais interessantes. Quando fixamos nossos olhos numa
cor durante certo tempo, substituindo a cor por um campo branco veremos sua cor complementar. Um
cinza médio rodeado de uma cor quente nos parecerá azulado e frio, enquanto que o mesmo cinza
circundando uma cor fria dará a impressão de rosado e quente. Isto evidencia que o homem
fisiologicamente sente necessidade de neutralizar as cores, procurando maior repouso visual. Não se pode,
portanto, formular princípios rígidos para a obtenção da harmonia das cores, mas há alguns processos
utilizados que já se tornaram regras consagradas. Mas não podemos nos esquecer que cabe à expressão a
escolha das cores que mais se combinam.
As cores neutras podem ser usadas em todas as harmonias sem nenhum prejuízo.
HARMONIA MONOCROMÁTICA
Consiste em combinar vários valores de uma cor. Numa escala monocromática, a cor, ao ser
misturada gradativamente com branco, perde a sua intensidade, sendo dominada de valores altos, isto é,
presença de luz (chave alta). Nesta mesma cor, ao adicionarmos o preto, a sua intensidade diminui com a
ausência da luz, e são denominadas de valores baixos (chave baixa). A faixa intermediária da escala
corresponde à chave média.
57
Esta harmonia permite sempre um resultado agradável e calmo. È, porém, um pouco monótona
quando aplicada sobre grandes áreas. Podemos resolver este problema colocando algum elemento com a
cor complementar que, por contraste, dará mais vivacidade ao esquema.
As tonalidades podem mudar, mas todas ficam no mesmo matiz da roda das cores.
O esquema ou harmonia monocromática utiliza variações de luminosidade e saturação de uma
mesma cor.
Estas harmonias luzem simples e elegantes, de fácil percepção ao observador especialmente quando se trata
de tons azuis e verdes.
A cor principal pode ser combinada com cores neutras, preto e branco, no entanto pode ser difícil quando
se utiliza esta harmonia, ressaltar os elementos mais importantes.
Prós:
A harmonia monocromática, é simples de utilizar e sempre luz balançada e visualmente apelativa.
Contras:
Este esquema carece de contraste. Não é uma harmonia tão vibrante como a harmonia de complementares.
Dicas:
• Quando realizar um trabalho com harmonia monocromática, utilize as luzes, sombras e tonalidades
da cor principal para tornar mais interessante o trabalho.
• Experimente o esquema análogo; ele oferece certas nuances ainda mantendo a simplicidade e
elegância da harmonia monocromática.
HARMONIA DE CORES ANÁLOGAS.
58
É a harmonia em que se utilizam as cores
vizinhas no círculo cromático.
Harmonia de cores análogas da cor base laranja:
amarelo, amarelo alaranjado, laranja, laranja
avermelhado, vermelho. Isto permite um resultado
agradável e calmo sem o problema da monotonia.
É a harmonia formada de uma cor primária combinada com duas cores vizinhas na roda das cores.
Uma cor é utilizada como a dominante enquanto que as adjacentes são utilizadas para enriquecer a
harmonia.
Prós:
As harmonias análogas são tão fáceis de criar quanto as monocromáticas, no entanto são mais ricas.
Contras:
Um esquema de cores análogas carece de cor de contraste. Não é uma harmonia tão vibrante como a
harmonia de complementares.
Dicas:
• Evitar a utilização de muitos tons numa harmonia análoga, porque poderia destruir a harmonia.
• Evitar a combinação de cores frias e quentes na mesma harmonia.
HARMONIA POR TRÍADE.
Consiste no emprego de três cores que tenham a mesma relação entre si, isto é, que estejam situadas
eqüidistantes uma da outra no círculo cromático (usa-se o triângulo equilátero). Os vértices indicarão as
cores componentes do trio, ex: amarelo-vermelho-
azul, roxo-verde-laranja.
É a harmonia onde usamos três cores
equidistantes no circulo cromático. Por exemplo
azul, amarelo e vermelho. Esse tipo de combinação
consegue dar um efeito visual muito atraente.
59
Esta harmonia é muito popular entre os artistas porque oferece um alto contraste visual, ao mesmo
tempo que conserva o balanço e a riqueza das cores. Esta harmonia não é tão contrastante como o
esquema de complementares, mas aparece mais balançado e harmonioso.
Prós:
Esta harmonia triádico oferece alto contraste mantendo a harmonia.
Contras:
Não é um esquema de tanto contraste como o esquema complementar.
Dicas:
• Escolher uma cor para ser utilizada em maiores áreas que as restantes
• Se a combinação tem aspecto de mau gosto, tente dominá-las.
HARMONIA POR TEMPERATURA DOMINANTE.
Aplicam-se na composição diversas cores, com dominância ou de cores quentes ou cores frias.
Cores Quentes são cores mais vivas, alegres e com luminosidade. Exemplos: vermelho, amarelo, laranja.
Cores Frias são cores escuras e tristes. Exemplos: azul, verde, violeta, marrom.
HARMONIA POR CONTRASTE.
Nesta harmonia utilizamos cores quentes e frias, conseguindo efeito de contraste. Tanto podemos
usar cores complementares (vermelho-verde, azul-laranja, amarelo-violeta) como criar novas uniões como:
vermelho-azul, amarelo-azul, verde amarelado-roxo, etc.
60
Contraste ocorre todo o tempo, embora sua presença possa passar despercebida. Há contraste
quando uma forma é circundada por um espaço vazio. Há contraste quando uma linha reta encontra uma
linha curva. Há contraste quando as direções verticais e horizontais coexistem.
Vivenciamos todos os tipos de contraste em nosso cotidiano. O dia contrasta com a noite, um
pássaro voando contrasta com o céu; uma cadeira antiga contrasta com um sofá moderno.
O contraste é apenas um tipo de comparação, na qual as diferenças se tornam claras. Duas formas
podem ser consideradas similares em determinados aspectos e diferentes em outro. Suas diferenças se
tornam enfatizadas quando ocorre contraste. Uma forma pode não parecer grande quando é vista isolada,
mas pode parecer imensa comparada com formas minúsculas próximas a ela.
Podemos ter vários tipos de contraste: de FORMATO, TAMANHO, COR, TEXTURA E
DIREÇÃO.
FORMATO : Orgânico/ Geométrico
Ângular/ Não ângular
TAMANHO : Grande/ Pequeno
Comprido/ Curto
COR : Claro/ Escuro
Brilhante/ Opaco
Quente/ Frio
TEXTURA : Liso/ Áspero
61
Fino/ Grosseiro
Regular/ Irregular
Fosco/ Polido
DIREÇÃO : Direita/ Esquerda
Em cima/ Em baixo
HARMONIA DE CORES COMPLEMENTARES.
O uso de cores complementares cria uma harmonia de contraste violento, que pode ser usado com
grande êxito, desde que quem as empregue saiba usá-las.
Quando usamos esta harmonia com cores mais apasteladas, ou saturadas, conseguimos efeitos
menos agressivos. É o caso, por exemplo, do vermelho e verde que juntas parecem chocantes, mas ficam
sumamente delicadas nos tons de rosa e verde musgo ou verde-claro e rosa escuro.
É a harmonia que ocorre quando
combinamos cores opostas na roda das cores. Em
outras palavras, são cores que se encontram
simétricas com respeito ao centro da roda. O Matiz
varia em 180 º entre um e outro.
Esta harmonia funciona ainda melhor se são
combinadas cores frias e cores quentes, como por
exemplo vermelho com verde-azul ou azul com
amarelo. Uma harmonia complementar é
intrinsecamente uma harmonia de contraste.
É importante quando utilizar esta harmonia, escolher uma cor dominante, e utilizar a complementar
para acentos e toques de destaque. Como por exemplo utilizar uma cor para fundo e a outra para destacar
os elementos de importância.
Prós:
A harmonia de contraste oferece uma combinação de alto contraste ideal para atrair a máxima
atenção do espectador.
Contras:
62
Este esquema é mais difícil de balançar que os esquemas análogos ou monocromáticos,
especialmente quando são utilizados coreis quentes não saturadas.
Dicas:
• Para melhores resultados, é aconselhável escolher cores frias e cores quentes, como por exemplo
azul e laranja.
• Se se estiver a utilizar uma cor quente (vermelho ou amarelo) para ressaltar, é aconselhável utilizar
uma cor fria não saturada para dar mais ênfase á cor quentes.
• Evitar para esta harmonia a utilização de cores não saturadas quentes, como castanhos e ocres.
• Utilizar o esquema duplo complementaria já que oferece mais variedade.
HARMONIA DO COMPLEMENTO DIVIDIDO
É a harmonia conseguida através da mistura de uma
tonalidade da escala com as duas vizinhas da cor
diretamente oposta a primeira.
Esta é uma variante da combinação de harmonia de
complementares. Que utiliza uma cor como
principal e as duas cores adjacentes ao seu
complementar.
Esta é uma harmonia que oferece um grande
contraste sem a tensão do esquema complementar.
Prós:
Esta harmonia oferece mais nuances que o esquema
complementar ao tempo que retém a força e
contraste visual.
Contras:
Esta harmonia é mais difícil de balançar que as harmonias análogas ou monocromáticas
Dicas:
• Utilizar uma cor quente como dominante e uma gama de cores frias para ajudar a dar mais ênfases á
cor quente como por exemplo vermelhos contra azuis ou azuis-verdes ou laranjas contra azuis ou
azuis-violetas.
• Evite utilizar cores quentes não saturadas como os castanhos ou ocres porque poderia arruinar o
esquema.
63
HARMONIA DUPLA COMPLEMENTAR
Como o nome indica, refere-se a harmonia conseguida por dois pares de cores complementares
entre si.
Denominado por alguns como tetradas, estas
combinações são as mais ricas de todas as harmonias,
porque utiliza quarto cores sendo elas
complementares em pares.
É no entanto uma harmonia muito difícil de
trabalhar. Se as quatro cores são utilizadas em iguais
proporções, a harmonia parecerá desequilibrada, pelo
qual deverá sempre ser escolhida uma cor como a
dominante e com esta dominar as restantes.
Prós:
Este esquema oferece uma maior variedade na sua
combinação que qualquer das harmonias
mencionadas.
Contras:
E a harmonia mais difícil de trabalhar.
Dicas:
• Se o esquema parece desequilibrado, deverão ser dominadas ou subjugadas uma ou mais coes.
• Evitar a utilização de coes puras em iguais proporções.
HARMONIA ACROMÁTICA
É a harmonia conseguida pela utilização de cores neutras, ou seja as cores situadas na zona central
do círculo cromático, próximos ao centro deste, que perderam tanta saturação que não se aprecia nelas o
matiz original.
Curiosidade:
64
Por que o branco e o preto não são cores?
De acordo com Farina (1990) o branco e o preto não existem no espectro solar. O branco é, pois,
a síntese aditiva de todas as cores, ou seja, a mistura de todas as cores, e o preto, o resultado da síntese
subtrativa, isto é, a superposição de pigmentos coloridos, ou seja, se misturarmos pigmentos de todas as
cores a cor que se forma é o preto.
As sensações visuais cromáticas compreendem todas as cores do espectro solar . Elas são
experiências visuais.
Exemplo de Look Acromático
EQUILÍBRIO
Temos três tipos de equilíbrio:
1-) Equilíbrio Axial – Simetria Rigorosa
– Simetria na Forma – Assimetria na Cor
– Simetria Aproximada
65
2-) Equilíbrio Radial
3-) Equilíbrio Oculto
1-) Equilíbrio Axial:
Significa o controle de atrações opostas por meio de um eixo central explícito, que pode ser
vertical, horizontal ou ambos.
– Simetria Rigorosa: é a forma mais simples deste tipo de organização do equilíbrio. Num
esquema exatamente simétrico, os elementos se repetem como imagens refletidas num espelho em ambos
os lados do eixo ou dos eixos.
É o tipo mais óbvio de equilíbrio e, conseqüentemente, o mais pobre quanto à variedade. Resulta
especialmente útil em esquemas decorativos ou em composições muito formais.
– Forma Simétrica – Cor Assimétrica: O padrão pode ser simétrico quanto à forma, porém assimétrico
com respeito a cor. Constitui um recurso eficaz para suavizar a severidade da simetria e emprega-se
principalmente com fins decorativos.
66
– Simetria Aproximada: Os dois lados podem realmente ser diferentes em sua forma, porém,
apesar disto, bastante semelhantes, de modo que o eixo possa ser sentido positivamente.
Geralmente o equilíbrio axial em pintura é deste tipo. Ex: A “Virgem e o Menino” de Giovanni Belline
(séc. XV) constitui um bom exemplo.
67
2-) Equilíbrio Radial:
É o controle de atrações opostas pela rotação ao redor de um ponto central. O qual pode ser uma
área positiva do esquema ou um espaça vazio. Para visualizar claramente este princípio, convém contrastar
o esquema radial com um simétrico equilibrado, tanto no eixo vertical como sobre o horizontal.
Existem semelhanças superficiais. A diferença está em que um esquema radial deve ter movimento
giratório, ao passo que o simétrico é estático. Consegue-se uma variedade muito interessante de
organização radial, usando somente duas repetições do motivo. O equilíbrio radial aplica-se especialmente
em padrões decorativos, aparecendo, às vezes, também nos projetos arquitetônicos.
3-) Equilíbrio Oculto:
Não utiliza eixos explícitos nem pontos centrais. Difere em princípio do equilíbrio Axial e Radial
em dois aspectos. Primeiro, a ausência de eixos reais ou centros focais. Segundo, implica elementos
opostos cujas diferenças são mais acentuadas que as semelhanças. Por exemplo, equilibramos uma área
pequena de cor forte numa parte do campo., com uma extensa zona de espaço vazio em outra. Não há
regras para o equilíbrio oculto. É uma questão de sensibilidade.
Desta maneira, o equilíbrio oculto constitui o tipo mais importante, bem como o mais difícil, já que
proporciona mais liberdade, porém exige maior controle. O equilíbrio oculto possui uma escala infinita de
variedade e expressão. Pode-se fazer com ele o que a imaginação e a sensibilidade sugerirem.
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Modelagem de vestuário: elementos visuais e composição

  • 1.
  • 2. Aluno: Gilson Cesar Salla. Professora: Estela Modelagem De Vestuário 2
  • 3. Dedicado á Ivair Leonel Sala, que me apresentou ao fascinante universo da moda. 3
  • 4. A razão de termos uma paixão universal por adornos... é que desejamos ser, além de obras da natureza, obras de arte. Nancy Etcoff 4
  • 5. Agradecimentos á: Marcos Eduardo Diniz, Amaury Vitor da Silva e aos Professores e Colegas do Curso Técnico em Modelagem de Vestuário da ETEC Carlos de Campos. 5
  • 6. SUMÁRIO SUMÁRIO.............................................................................................................................................................................. 6 A COMPOSIÇÃO DOS ELEMENTOS VISUAIS O Artista manipula os elementos visuais, arranja , dispõe, organiza a linha, a forma, a cor, o volume, etc. em um campo determinado para originar a obra de arte. A isto podemos denominar composição. Uma composição de elementos visuais pode ser obtida diretamente da natureza (mar, montanhas, céu, nuvens, etc.) onde observamos os elementos (linha, forma, cor, textura,etc.) e sentimos essa idéia de composição. Assim quando observamos uma composição cujos elementos visuais são obtidos diretamente da natureza sem interferência do homem, podemos chamá-la de composição natural. E quando observamos uma composição cujos elementos visuais são obtidos por um processo elaborado pelo homem, podemos chamá-la de composição artística. Nesse sentido todo quadro ou pintura é uma composição artística. 6
  • 7. No entanto algumas dúvidas podem surgir na classificação da composição artística e natural, quando em diferentes situações de observação de seus elementos como, por exemplo, uma fotografia, um jardim, ou mesmo uma paisagem (arranha-céus, árvores, céu e nuvens). No caso de uma fotografia, podemos classificá-la em composição artística, pois não vemos os elementos visuais desta composição obtidos diretamente da natureza, e sim por um processo físico- químico. No caso do jardim, podemos classificá-la também como uma composição artística, porque mesmo que seus elementos visuais sejam obtidos diretamente da natureza, eles passaram por um processo, para serem visualizados, ou seja, foram arranjados. Quanto à paisagem, podemos classificá-la em composição artística-natural, pois na observação dos elementos visuais que se combinam, alguns são obtidos pela elaboração do homem e outros existem na natureza, independentes da interferência do homem. COMPOSIÇÃO INTRODUÇÃO Quando temos intenção de criar algo, o primeiro passo é a execução de um projeto. Podemos entendê-lo, segundo Scott, como sendo toda a ação criadora que cumpre sua finalidade, isto é, a de criar. È necessário saber que no projeto necessitamos tanto de compreensão intelectual como da sensibilidade. A criação de algo que satisfaz nossas necessidades, pode se apresentar em dois aspectos: funcional e expressivo. Para um projeto cumprir sua finalidade, temos que ter primeiramente um motivo que nos estimule a isto. Depois que visualizamos e imaginamos algo, precisamos passar para algum material. Quanto mais se sabe sobre os materiais, melhor são as idéias. Na organização de elementos visuais e táteis, portanto, pode-se criar conscientemente ou inconscientemente, pode-se arranjá-los de forma a criar variedade e unidade.Trata-se de um sistema cerrado que atinge sua dinâmica através de diversos níveis de integração, mediante: equilíbrio, ritmo, 7
  • 8. forma, cor, volume, harmonia... É importante entendermos melhor como funcionam estes conceitos para que possamos desenvolver um bom projeto. A composição pode ser natural ou artística, figurativa ou abstrata, bi ou tridimensional. LINHAS 1-) Esta linha é rápida porque nossa vista a percorre de ponta a ponta sem parar. 2-) Quanto maiores forem os intervalos, mais lento se torna o percurso. Os intervalos funcionam como pausas. 3-) Cruzando uma linha horizontal com pequenos traços verticais, verificamos um efeito similar ao dos intervalos, pois somos obrigados a parar em cada um dos intervalos verticais, como se fosse uma pequena barreira a ser transposta. Novamente o curso da linha se torna lento, só que desta vez a causa é a mudança de direção, uma inversão de horizontal para vertical entrecortada por pequenos traços verticais. A longa linha horizontal se tornou mais lenta e mais pesada. 8 _________________________________ ____________________________________ ------------------------------------- .............................................................. - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . | | | | | | | | | | | | | |
  • 9. CONCLUSÃO A linha (segmento linear) cria, essencialmente, uma dimensão no espaço. Ela é vista como portadora de movimento direcional. Introduzindo-se intervalos, ou contrastes de direção, reduz-se a velocidade do movimento.Quanto mais forem os contrastes, mais diminui a velocidade, e em contrapartida, aumenta o peso visual da linha. Então: MAIOR VELOCIDADE ►MENOR PESO VISUAL MENOR VELOCIDADE ►MAIOR PESO VISUAL RELAÇÃO ENTRE A LINHA E A REAÇÃO EMOCIONAL Ângulos: Agitação, confusão, choque. Verticais: Dignidade, força, permanência, virilidade. 9
  • 10. Horizontais: Repouso, calma, paz, Radiação: Choque, atenção. quietude, serenidade. Raios: Glória, devoção, patriotismo, Espirais: Poder, movimento, excitação. unidade. Triângulos: Segurança, permanência. Onduladas: Movimento. 10
  • 11. Curvas: Graça, encanto, movimento. Inclinadas: Movimento. Luz: Esperança. Formas Quebradas: Instabilidade, insegurança. Oblíquas: Combate, choque, confusão. Retângulos: Força,estabilidade, unidade. 11
  • 12. Círculos: Vastidão, eternidade. Ovais: Graça,feminilidade. COMPOSIÇÃO NATURAL É a própria natureza com seus diversos elementos, sem a interferência do homem. Ex.: Paisagens. 12
  • 13. COMPOSIÇÃO ARTÍSTICA Criação do Homem. Pintura, Arquitetura, Gravuras, Objetos do Cotidiano, etc. 13
  • 14. COMPOSIÇÃO ARTÍSTICA-NATURAL Natureza e Arte estão mescladas/unidas. Por exemplo, um jardim trabalhado por um paisagista, onde se encontram bancos, estátuas, lagos ou qualquer outro elemento que mostre a interferência humana junto aos elementos da natureza. LOOK COM MUITOS ELEMENTOS É o excesso que você percebe no instante que vê. Que parece inadequado como se não houvesse necessidade de todos os elementos que estão compondo o visual. 14
  • 15. LOOK COM POUCOS ELEMENTOS É aquele que apresenta absolutamente só o necessário e nada mais. Não existe nada que lembre excesso seja em quantidade de elementos, seja em combinação de peças ou cores, seja em quantidade de acessórios. 15
  • 16. LOOK COM PREDOMÍNIO DE LINHAS RETAS NA ESTAMPA As linhas retas podem ser horizontais ou verticais e apresentarem-se em qualquer peça: camiseta, camisa, vestido, calça, saia, etc, (peças masculinas ou femininas). 16
  • 17. LOOK COM PREDOMÍNIO DE LINHAS CURVAS NA ESTAMPA As linhas curvas lembram ondulações e também podem se apresentar em qualquer peça. 17
  • 18. LOOK COM MODELAGEM GEOMÉTRICA É aquele que apresenta recortes geométricos óbvios ou perceptíveis que aparecem no próprio corte da roupa (um vestido trapezoidal, por exemplo) ou em partes como mangas e golas. 18
  • 19. ACESSÓRIOS COM FORMAS GEOMÉTRICAS São brincos, pulseiras, relógios, colares, broches, etc., que apresentam configuração geométrica (quadrados, retângulos, círculos (os mais usados) e outras formas). 19
  • 20. LOOK COM FORMAS GEOMÉTRICAS NA ESTAMPA Mostra formas geométricas e se apresenta em qualquer peça. LOOK COM MODELAGEM ORGÂNICA O visual da modelagem é orgânico, quando não apresenta formas geométricas, drapeados, arredondados, formas de flores tridimensionais. A Modelagem Orgânica que se adéqua ao corpo sem ser justa ou larga (sem excessos). Encaixa-se perfeitamente, seja pelo tecido como pelo corte. 20
  • 21. LOOK COM FORMAS ORGÂNICAS NA ESTAMPA Estampa orgânica é aquela que apresenta formas arredondadas, porém, não definidas. Também existem as representações orgânicas: estampas florais, estampas com imagens de animais ou partes destes. Ainda, hoje temos como orgânicos os próprios tecidos ou cores confeccionados com materiais que não agridem o meio ambiente. 21
  • 22. ACESSÓRIOS COM FORMAS ORGÂNICAS São os acessórios representativos desta formas, como: broches, brincos, pingentes e outro em formas de borboletas, flores, gotas, abelhas, etc. 22
  • 23. LOOK COM RELEVOS O Relevo se apresenta numa camada acima da superfície do tecido que pode se apresentar numa camada a mais de tecidos trabalhada em pregas, ou ainda, costuras com tecidos diferentes ou mesmo bordados espalhados sobre todo o tecido com linha diferenciada, fuxico, pedrarias, etc. 23
  • 24. TEXTURA Toda figura tem uma superfície e toda superfície deve ter certas características, que podem ser descritas como suave ou rugosa, lisa ou decorada, opaca ou brilhante, macia ou dura. A natureza contém uma riqueza de texturas., por exemplo,qualquer tipo de pedra ou madeira tem uma textura distinta, que um arquiteto ou um decorador podem usar para propósitos específicos. Podemos representar pedra ou madeira de várias formas diferentes, observando as características destes materiais, isto é, seus efeitos de textura. A textura pode ser classificada em duas importantes categorias: Textura Visual e Textura Tátil. TEXTURA VISUAL A textura visual é estritamente bidimensional. Como já diz a palavra, ela pode ser vista pelo olho, mas também pode evocar sensações táteis. A textura visual se distingue em 3 classes: 1-) TEXTURA DECORATIVA: Quando os elementos se dispõem de forma “organizada”, sistemática. Pode ser desenhada a mão ou obtida por recursos especiais, pode ser rigidamente regular ou irregular, mas geralmente mantém um grau de uniformidade. 2-) TEXTURA ESPONTÂNEA: 24
  • 25. Figura e textura não podem ser separadas, porque as marcas da textura em uma superfície são ao mesmo tempo as figuras. As formas desenhadas a mão e as acidentais contêm frequentemente uma textura espontânea. 3-) TEXTURA MECÂNICA: Não é aquela textura obtida com a ajuda de réguas e compassos, mas sim texturas obtidas por meios mecânicos especiais e, em conseqüência a textura não está necessariamente subordinada a figura. Um exemplo típico desse tipo de textura é o granulado fotográfico e o reticulado que encontramos nos meios impressos (revistas, livros...). Podemos encontrar estas texturas em desenhos criados por computador em tipografias. FABRICAÇÃO DA TEXTURA VISUAL 25
  • 26. Pode ser produzida de várias maneiras. Exemplos: A-) Desenho, pintura: São os métodos mais simples para se produzir uma textura visual. Pode ser construída minuciosamente com módulos grandes ou pequenos, dentro de estruturas rígidas ou soltas, espontâneas ou não. B-) Frottage: Desenhado sobre uma superfície rugosa, ou pintar alguma superfície ou papel, depois transferir para outra superfície ou outro papel. C-) Vaporização ou pintura líquida: Exemplo: Pingar tinta sobre uma folha e depois assoprar, ou usar um spray sobre o papel. Esta textura pode ser espontânea ou decorativa(se for rigidamente controlada.) D-) Manchado: Uma superfície absorvente pode ser manchada. 26
  • 27. E-) Queimado: As vezes podemos utilizar as marcas de queimaduras para produzir texturas. F-) Raspado: Uma superfície pintada pode ser raspada com um utensílio duro ou rugoso. 27
  • 28. G-) Processos fotográficos: H-) Colagens: Podemos obter texturas através de colagens de revistas, jornais, etc; fazendo uma montagem e depois tirando xerox ou não destas texturas. Estas texturas, podem ser ampliadas, reduzidas ou deformadas através da xerografia. TEXTURA TÁTIL 28
  • 29. A textura tátil é um tipo de textura que não apenas é visível como pode ser sentida com as mãos. A textura tátil se ergue acima da superfície de um desenho bidimensional e se aproxima do relevo tridimensional. Em termos gerais, a textura tátil existe em todos os tipos de superfícies, porque estas podem ser sentidas. Isto significa que todos os tipos de papel, por mais lisos que sejam, e todos os tipos de pintura e tinta, por mais planos que sejam, têm características específicas de superfície que podem ser percebidas pelo tato. No desenho bidimensional, podemos dizer que uma área vazia ou solidamente impressa ou pintada não contém textura visual alguma, porém, há sempre a textura tátil do papel e da tinta ou da pintura. Podemos ter 3 tipos de textura tátil: 1-) Textura disponível na natureza: A textura natural dos materiais pode ser mantida. Os materiais –papel,tecido,galhos, folhas,areia,barbantes,etc.- são cortados, rasgados ou deixados como são, e então grudados, colados ou fixados em uma superfície. Não se busca esconder a identidade dos materiais. 2-) Textura natural modificada: Os materiais são modificados de tal maneira que não têm mais a aparência habitual. Por exemplo,o papel não é grudado de maneira lisa, mas pregueado ou amassado, ou pode ser pontilhado, rabiscado ou prensado em relevo. Um pedaço de folha de metal pode ser dobrado, martelado ou vazado com pequenos furos, a madeira pode ser entalhada. Os materiais são levemente transformados, mas sem perder sua identidade. 3-) Textura organizada: Os materiais, em geral em pequenos pedaços, lascas ou tiras, são organizados em um padrão que forma uma nova superfície. As unidades de textura podem ser utilizadas como estão ou modificadas, mas devem ser pequenas ou cortadas em pedaços pequenos. Alguns exemplos são sementes, grãos de areia, lascas de madeira, folhas cortadas em tiras muito estreitas, papel torcido em bolas minúsculas, alfinetes, contas, botões, fios ou barbante a serem torcidos etc. Os materiais podem às vezes ser identificáveis, mas a nova sensação criada pela superfície é muito mais importante. Todos os tipos de textura tátil podem ser transformados em textura visual pelo processo fotográfico. 29
  • 30. Bibliografia Wong,Wucius. “Princípios de Forma e Desenho”. Martins Fontes, 1ª Edição. São Paul, 1998. A ESCOLHA DO FEITIO Para combinar o feitio e o tecido de modo a obter o efeito que mais a favorece, torna-se necessário utilizar habilmente quatro elementos: a linha, o detalhe, a textura e a cor. Embora nada possua de misteriosos, cada um deles tem o poder de criar ilusões. Em conjunto ou isoladamente, podem dar ou tirar altura, aumentar ou reduzir aparentemente a figura. Para tirar partido desses efeitos, há que proceder a uma análise realista da sua estatura e do seu tipo de figura e decidir quais as características que pretende realçar ou, pelo contrário, disfarçar. Neste domínio são poucas as regras; a decisão terá de ser, sobretudo pessoal. De um modo geral o equilíbrio é sempre um objetivo a alcançar e que se consegue minimizando ou neutralizando qualquer característica exagerada. Quadris largos podem ser compensados, numa peça de vestuário, por uma maior largura na zona dos ombros. Basicamente, há duas formas de procura de equilíbrio: uma formal, em que as duas metades de um dado feitio são idênticas, e outra, informal, em que as duas partes referidas não são semelhantes, embora haja certo equilíbrio visual. As linhas verticais são um exemplo de equilíbrio formal; as diagonais, de equilíbrio informal. Outro objetivo igualmente importante é a harmonia – a relação, esteticamente agradável, entre todos os elementos. A harmonia é essencialmente uma questão do sentido do que é apropriado – um sentido de quais as características que se combinam entre si e se integram ao conjunto. Alguns exemplos negativos poderão tornar a idéia mais explicita. O efeito confuso, desagradável, que resulta, por exemplo, de um modelo complicado, com muitas cores, confeccionado num tecido de padrão também complicado. Por muito cuidadosa que seja sua escolha em relação àquilo que considera como os seus pontos fortes e fracos, dois outros aspectos influirão, por certo, nas suas decisões. Um é a moda do momento, outro as suas preferências pessoais. Há que saber julgá-los em seu próprio proveito. Considere a cor e a textura, por exemplo. Se a cor da moda não favorece a sua figura, utilize-a para acentuar um dos seus pontos fortes. De entre as tendências da moda, escolha apenas aquelas que lhe agradam e a favorecem. Modifique a largura ou comprimento da saia em função da sua figura e das suas preferências. Lembre-se de que aquilo que a favorece produz sempre melhores resultados do que o que é simplesmente novidade. Sempre que adotar um novo estilo, siga essa regra: antes de comprar uma peça de vestuário cujo feitio seja acentuadamente diferente de tudo o que já usou ou experimentou, analise-a com espírito crítico. Se um grande número de possibilidades de escolha a fazem sentir-se 30
  • 31. confusa, procure no seu guarda-roupa as peças de vestuário que sempre vestiu com prazer e que merecem elogio. Analise as suas linhas, detalhes, cores e texturas e procure estilos semelhantes. SILHUETA As linhas principais de uma peça de vestuário são aquelas que formam a sua silhueta ou linha de contorno. Basicamente, todas as silhuetas são variações de duas formas bem conhecidas – o retângulo e o triângulo -, resultantes em grande parte da forma como a peça de vestuário se ajusta ao corpo. Podemos distinguir quatro tipos: justo, semijusto, ligeiramente solto e solto. Uma peça de vestuário justa realça os contornos da figura. Quanto menos ajustada for uma peça de vestuário, mais despercebida passará a forma do corpo e mais dominante ficará a silhueta. O mesmo acontece quando há poucas costuras ou pormenores que façam desviar a atenção – o indicado quando pretende tirar o máximo partido de um tecido incomum. Também o tipo de tecido vai afetar a silhueta; um tecido armado, por exemplo, molda a forma da peça de vestuário; um tecido maleável tende a delinear e, portanto, a realçar a forma do corpo. Também a moda tem influência sobre a silhueta. Épocas inteiras foram simbolizadas por uma determinada forma de vestuário. 31
  • 32. SILHUETA EM RETÂNGULO: A parte superior e a inferior apresentam sensivelmente a mesma largura. Um retângulo estreito, à esquerda, torna a silhueta mais esguia do que um mais largo. Ambas as formas podem ser modificadas por meio de costuras e detalhes. Indivíduos com esse tipo físico são indivíduos cujos ombros, cintura e os quadris estão na mesma medida, portanto, elas precisam necessariamente criar uma cintura. O que ajuda? - Casacos e jaquetas com pences, que deixam a roupa mais fina na cintura; - Calças sem pregas, com cortes retos e afunilados, ou até com a boca um pouco mais larga; - Cinto ou Faixas sobre a roupa. Dê preferência para cores escuras, já que estas emagrecem. Porém, se tiver um pouco de barriga, prefira não usá-los. - Blazer: procure aqueles com cintos no mesmo tecido, ou também, aqueles que tenham pences, de modo a ficarem acinturados. - Procure chamar a atenção para o colo, desviando a atenção da cintura. Use e abuse de decotes, brincos, colares. Os melhores decotes são os em formato “V”, “U” ou canoa. - Uma boa sugestão para quem gosta de saias, são as evasês ou saias. - Para quem gosta, o corselete também é ótimo, já que ele ajuda a esculpir curvas, afinando a cintura. Evite: - Camisas ou Blazers de corte quadrado e largo; - Gola alta, já que faz o colo ficar totalmente coberto, deixando a silhueta ainda mais pesada; - Jaquetas curtas; - Vestido de corte reto; - Saia justa e afunilada; SILHUETA EM TRIÂNGULO: A parte superior mais larga ajuda a compensar quadris largos, diminuindo também a altura. Uma base larga disfarça ombros largos ou uma figura em que a parte superior é volumosa. Quando exageradas, ambas se tornam deselegantes. 32
  • 33. Para o indivíduo com o tipo físico do triângulo, o truque é fazer com que os ombros se estendam horizontalmente, chegando até a medida do quadril, ou diminuir visualmente o quadril. Este é um tipo físico bastante comum entre os brasileiros. O que ajuda? - Camisas ou tricôs com a cava mais caída, devem ultrapassar a linha do ombro, produzindo um efeito de alongamento; - Calças ou saias de cores escuras, já que a cor escura emagrece; (não muito justas). - Decote de ombro a ombro, ou seja, deixando os ombros de fora. Isso aumenta visivelmente os ombros; - Tomara que caia é ótimo, para as que estão em forma; - Mangas com volume; - Blusas e camisetas coloridas; - Saias e vestidos evasê; - Camiseta com manga, sempre; Importante: A altura de blazers, camisas, ou twin-set, deve ser sempre acima ou abaixo da parte mais larga do seu quadril, nunca deve cair sobre ele, isso forma uma linha horizontal, que aumenta ainda mais o quadril. Evite: - Calça ou saia de pregas, calça de cintura baixa, que aumenta o quadril, e calça corsário, que diminui a perna e salienta o quadril anda mais. Calça muito justa também realça muito o quadril, dando a impressão de aumentá-lo. - Calça cigarette ou stretch; - Frente Única ou cava americana, que diminuem ainda mais os ombros; - Calça ou saia bufante, que também aumentam o quadril; - Regatas de alças muito finas; - Detalhes na altura dos quadris, como: bolsas, bordados, babados, e etc.. - Minissaia curtíssima - Cintos largos ou muito fininhos jogados nos quadris; - Parte de cima cor escura, sendo a parte de baixo de cor clara; AMPULHETA 33
  • 34. Esse é o tipo físico que toda mulher gostaria de ter. É o que chamamos de corpo violão. Se a mulher for do tipo físico da “Ampulheta” e for magrinha, melhor ainda, pois pode usar tudo! Mas se não for magrinha, é necessário, diminuir visualmente os quadris e seios . O que ajuda? - Tops, Regatas, Frente Únicas, calças com prega ou sem prega, detalhes em qualquer parte do corpo; - Caças de corte reto e cintura baixa; - Saias fluidas evasê, ou justa Importante: Se a pessoa for do tipo físico “Ampulheta”, mas estiver cheinha, é necessário atenção! Não esquecer que a pessoa tem cintura, logo, aproveite para explorá-la. (Veja as dicas para o tipo físico do retângulo). Evite: - Roupas retas e sem pence, que vão transformar a pessoa num triangulo; - Vestidos em forma de trapézio, ficam soltos no corpo e dão a sensação de criar volume na cintura e mais ainda no quadril. - Camisas ou Blazers de ombros muito largos, pois vai deixar a pessoa com a forma do triângulo invertido; - Gola alta, no caso das que tem muito busto, pois dá a ilusão de estarem acima do peso; TRIÂNGULO INVERTIDO As mulheres com o tipo físico do triângulo invertido, para chegarem ao equilíbrio, precisam aumentar o quadril, chegando a uma medida proporcional ao ombro. O que ajuda? - Frente única ou vestido de cava americana, ajuda a diminuir os ombros, criando uma ilusão de um quadril maior; - Calças de cintura baixa, mas não justas; - Saias evasê, rodadas ou retas; - Cores escuras na parte de cima; - Regatas de alça fina; - Calças com volume, por meio de pregas ou tipo pantalona Evite: 34
  • 35. - Calça muito sequinha, sem nenhum volume, prega ou pence; - Ombreiras, blusas de decote canoa e tomara que caia; - Blusas de tecido volumoso com muitos detalhes na altura do busto, ou de linhas horizontais; - Saias e vestidos justos e afunilados; OVAL/REDONDO Para mulheres com esse tipo físico, é mais difícil transformá-las nas formas do tipo físico “Ampulheta”. Podemos então, explorar as pernas, chamar a atenção para o torso através de decotes, tentar estender os ombros e ainda tentar diminuir os quadris. O que ajuda? - Abusar de tudo que chama a atenção para o colo e o pescoço, como decotes, brincos, colares. - Blazers, camisas ou tricôs que ultrapassem a linha da cintura. Nada pode parar na altura da barriga ou no meio do quadril, pois criam uma ilusão de que o quadril é ainda maior, e não menor como é o nosso objetivo. - Calça e saias sem pregas, para não criar volume em lugar indesejado. - Calça de cintura no lugar, com corte reto, de preferência, a barra tocando o peito do pé (para dar a ilusão de alongar a pessoa). - Decotes em “V” e em “U”. Evite: - Tudo o que chama a atenção para a cintura: camisetas curtas que mostram a barriga, calça com cintura baixa e calças ou saias com pregas. - Cinto ou faixas por cima da roupa, tanto claro, como escuro. - Gola Alta. - Calça muito justa ou tipo legging, que deixa a perna muito estreita e realça a barriga; - Roupas claras e com brilho; 35
  • 36. - Listras horizontais; - Colar tipo coleira ou com muitas voltas; - Tecidos volumosos; - Blusa por dentro da calça; - Pregas, babados e drapeados; - Vestido com recorte abaixo do busto; LINHAS ESTRUTURAIS As linhas interiores do feitio de uma peça de vestuário conferem uma nova dimensão à silhueta. Cada tipo de linha – horizontal, vertical, diagonal ou curva – influência de modo particular em figura. Por vezes, a colocação de uma linha pode ser mais relevante que o seu tipo, pois os nossos olhos tendem a mover-se numa certa direção – da esquerda para direita e de cima para baixo. Assim, se numa peça de vestuário coexistir linhas verticais e horizontais, os olhos serão atraídos em primeiro lugar para as horizontais. Existem alguns princípios gerais quanto à utilização das linhas: 1) quanto mais longa, maior será a sua influência no aspecto geral; 2) as dobras de tecido (pregas ou machos, por exemplo) criam linhas, mas simultaneamente aumentam o volume; 3) quanto mais linhas existirem no padrão do tecido, menos linhas deverá apresentar o feitio. LINHAS VERTICAIS Criam geralmente ilusão de altura e aspecto esguio. Contudo, quando repetidas a intervalos regulares, podem dar à figura um aspecto mais largo e mais baixo, pois os olhos são atraídos de um lado para o outro. 36
  • 37. LINHAS HORIZONTAIS Têm tendência para cortar a altura, especialmente quando dividem a figura ao meio. Mas uma linha horizontal colocada acima ou abaixo da linha média realça a zona menor, parecendo alongar visualmente a maior. LINHAS EM DIAGONAL Podem contribuir para aumentar a altura ou largura, conforme o seu comprimento e ângulo. Uma diagonal longa cria uma ilusão de maior altura. Uma diagonal pequena dá uma ilusão de maior largura. LINHAS CURVAS 37
  • 38. Criam os mesmos efeitos que as linhas retas de localização semelhante, embora de uma forma mais sutil. O efeito visual é mais suave. Uma linha curva produz sempre um efeito de arredondamento e de maior corpulência. DETALHES Detalhes como mangas, decotes, golas e bolsos, embora subordinados à silhueta e ás linhas estruturais, podem revestir-se de não menos importância, conforme a sua forma de localização. Podem ter, entre outras, as seguintes finalidades: 1) acentuar uma silhueta, como no caso de mangas em forma de sino em relação a um vestido trapézio; 2) dar uma nota de realce a uma peça de vestuário simples; 3) tornar prática uma peça de vestuário formal; 4) despertar a atenção para característica interessante, afastando-a também de uma menos atraente. Com freqüência, um detalhe pode criar simultaneamente efeitos diversos, como demonstram as golas das gravuras embaixo. A gola parece alongar o pescoço, ao mesmo tempo em que aumenta a largura dos ombros e cria uma ilusão de maior volume na parte superior do corpo. A gola torna o rosto mais longo sem afetar a altura ou o comprimento do pescoço. 38
  • 39. Os bolsos sobre os quadris chamam sempre a atenção para esta zona, embora a impressão geral varie em função do tamanho e localização daqueles. Seja qual for o objetivo dos detalhes, não os utilize em excesso, já que nessas circunstâncias o efeito geral será confuso. ASSENTAR BEM Conforme explicado, o aspecto é um dos fatores importantes a considerar ao apreciar a forma como uma peça de vestuário assenta. Esta não deve apresentar rugas ou papos. Os outros principais fatores, já referidos, é conforto, feitio e tecido. O conforto é, naturalmente, extremamente importante. A mais bela das peças de vestuário de seu guarda-roupa ficará para sempre pendurada se você não se sentir confortável ao usá-la. Naturalmente, algumas peças de vestuário são por definição mais confortáveis que outras todas deverão, porém, permitir- lhe sentar-se, curvar-se, andar e estender os braços sem forçar as costuras ou sentir os movimentos presos. Para isso contribui de forma decisiva a folga básica que a peça de vestuário tem ao produzir a modelagem e o molde de corte. O feitio de uma peça de vestuário pode basear-se numa forma justa, ou numa forma solta. Ao fazer ajustamentos numa peça de vestuário, é importante considerar a linha pretendida pelo autor do modelo. Para o efeito, são preciosos auxiliares, as fotografias e gravuras do figurino (crokis do look) ou da embalagem do molde. Além disso, uma peça de vestuário pode apresentar certas características que indicam tratar-se de um modelo justo: uma silhueta que revela as formas do corpo e, dentro dela, detalhes como uma costura de cintura; uma pence e costuras curvas; palas e também ocasionalmente, partes cortadas em viés. Um modelo solto é com freqüência assinalada por uma silhueta que oculta detalhes da figura de quem veste; no interior da silhueta, a roda é controlada por meio de franzidos ou pregas soltas, em vez de pence e costuras a ajustar. Uma mesma peça de vestuário, no entanto, pode apresentar partes justas e soltas, 39
  • 40. como se verifica nos clássicos vestidos chemisier de saias franzidas ou pregueadas. Mesmo em modelos soltos, algumas partes podem ser ajustadas ao corpo, como acontece com o cós numa saia franzida, com muita roda ou com a costura do ombro num modelo com casas de abelha. O tecido é decisivo para que uma peça de vestuário assente bem. Quando possível utilizar indiferentemente um tipo de tecido ou outro – maleável ou rígido, por exemplo -, lembre-se de que o aspecto variará bastante conforme o tecido escolhido. Considere também a tendência de certos tecidos para aderir ao corpo, vincando-lhe as formas, ainda que utilizados num modelo solto. MODELOS JUSTOS Tende a modelar a figura, por vezes ajustando-se um pouco mais ao corpo em alguns pontos. Neste tipo de modelo é conveniente não ajustar demasiado para não forçar as costuras e provocar rugas. O grau de ajustamento dependerá da figura, já que um corte muito justo favorece geralmente uma figura esguia, enquanto um modelo menos ajustado beneficia uma figura mais cheia. A presença da linha da cintura indica um corte relativamente justo. A linha da cintura pode-se encontrar na posição natural (ao centro); 40
  • 41. Em cima, como no estilo império; Embaixo; À altura do quadril como no caso de blusões, ou quando se pretende um efeito de duas peças. 41
  • 42. Com freqüência, as palas na cintura, já pelo seu próprio corte, modelam onde é necessário. Pences e costuras curvas ajustam o vestuário ao corpo, como se vê nestes vestidos. Ambas as silhuetas se ajustam ao corpo de forma semelhante. 42
  • 43. MODELOS SOLTOS Foram criados tendo em vista certa amplitude, como no caso de uma capa, um caftan ou um vestido linha A, ou procurando efeitos que suavizem a figura – corpo blusado, manga fofa, saia muito ampla, espelho de onde saem pregueados ou franzidos. No caso de uma figura volumosa, poderá ser necessário, a fim de obter o efeito pretendido, aumentar a amplitude quando se trata de modelos muito folgados. As pregas não vincadas ajustam em cima e caem em dobras suaves. 43
  • 44. Tanto os franzidos como as pences soltas controlam a roda. Os primeiros afetam toda uma área; as segundas fazem a transição de uma parte ajustada para uma mais ampla. A inserção de godês permite obter um tipo de roda particularmente atraente em movimento. 44
  • 45. A linha evasê pode ser utilizada para criar um efeito de amplitude acentuado ou apenas sugerido. Esta linha é muito adotada para conferir graciosidade a uma saia ou um vestido. CORES DISCO DE CORES OU DISCO DE NEWTON - Cores Primárias a partir das quais obtemos as demais cores: A – azul ciano B – amarelo C – vermelho magenta As cores primárias são as únicas que não podem ser decompostas em outras e que, por outro lado, não podem ser obtidas através da mistura de outras cores. No entanto, a mistura das cores primárias em proporções variáveis produz todas as cores do espectro. Efetivamente, não existe um tom que não possa ser obtido por intermédio da associação delas. Existe um número ilimitado de tons, tal como existe um número ilimitado de possibilidades de associação ou mistura de cores primárias, em proporções desiguais. Quando trabalhamos com o sistema de classificação da cor-luz, as cores primárias são o vermelho, o verde e o azul violetado. O sistema de cores da televisão, por exemplo, trabalha com a cor-luz; logo, tem o 45
  • 46. vermelho, o verde e o azul - violetado como cores primárias. Se misturarmos essas três cores-luz, obteremos o branco. A essa altura, é possível que você esteja se perguntado: e as cores-pigmento, como é o caso das tintas para impressão, dos corantes para tecidos ou para cabelos, da maquilagem (sombra, batom, base, pó de arroz, etc...), será que elas têm o mesmo sistema de classificação da cor-luz? E as cores primárias, por acaso, são as mesmas? Não. Se você observar com atenção materiais tais como tintas ou corantes, certamente, irá concluir que, por fazerem parte do sistema de classificação da cor-pigmento, como aquele dos homens da caverna no período paleolítico, seu processo cromático é químico, e não físico como no sistema da cor-luz. Desta forma, o ilustrador, o pintor, o maquiador, os profissionais que tingem, cabelos ou tecidos trabalham com produtos químicos. A cor é, portanto, o resultado de mistura química. Assim, as cores primárias do sistema da cor pigmento opaca são o vermelho, amarelo e o azul. A mistura dessas três cores pigmento tem como resultado o cinza-neutro e não o branco, como no caso da mistura das cores-luz. Há também o sistema da cor pigmento transparente, que pode ser exemplificado através da técnica de pintura em aquarela ou do processo de impressão por retículas transparentes, utilizado pelas artes gráficas. As cores primárias deste sistema físico-químico são o magenta, o amarelo, ciano. A síntese da cor-pigmento transparente também é o cinza-neutro. Se colocarmos superpostos filtros coloridos magenta, amarelo e ciano de modo a interceptar a luz branca, produzindo o cinza neutro. Bibliografia : Elementos da Cor Luiz Fernando Perazzo, Ana Beatriz Fares Racy, Denise Alvarez. Senac. 46
  • 47. 47
  • 48. - Cores Secundárias obtidas pela mistura de duas cores primárias: D – verde (A + B) E - laranja (B + C) F - roxo (C + A) - Cores Terciárias, obtidas pela mistura de uma Cor primária com uma secundária. G – azul-esverdeado ou verde-azulado H – verde-amarelado ou amarelo-esverdeado I - amarelo-alaranjado ou laranja-amarelado J - laranja-avermelhado ou vermelho-alaranjado K - vermelho-arroxeado ou roxo-avermelhado L - roxo-azulado ou azul-arroxeado Toda superfície que recebe raios luminosos de várias cores, e um destes raios vem de encontro aos nossos olhos, nós o identificamos como a cor da superfície iluminada. Que nada mais é do que a luz refletida nessa superfície ou num objeto. 48
  • 49. 1) A COR ABRANGE TRÊS DIMENSÕES: a) Coloração ou Tinta: Característica que estabelece a diferença entre elas. Ex: Um vermelho= de um verde b) Valor Tonal: Grau de luminosidade (claridade). »Acrescentando-se branco a uma cor, aumenta-se o seu valor tonal. »Acrescentando-se preto, abaixa-se o valor. »Acrescentando-se um cinza contrastante aumenta-se ou abaixa-se o seu valor. »Acrescentando-se um pigmento de valor diferente, aumenta-se ou abaixa-se o valor. Ex: Vermelho claro e vermelho escuro. É importante ressaltar que, acrescentando-se preto,branco,ou cinza,modificaremos o valor tonal e o nível de intensidade.O tom resultante será mais claro ou mais escuro e mais neutro. É provável que também se produzas alguma alteração no matiz, porque tanto o pigmento preto como o branco tendem a esfriar a mistura. 49
  • 50. c) Intensidade ou Valor Cromático: Característica que dá a pureza e a força da cor. Ex: Vermelho vivo é mais intenso que vermelho claro. 2) TIPOS OU CLASSIFICAÇÃO: a) Cores Primárias: São as cores puras –Vermelho,Amarelo e o Azul. Nas artes gráficas, pintura em aquarela e para todos os que utilizam cor-pigmento transparente ou por transparência em retículas, as primárias são o Magenta, o Amarelo e o Cian. b) Cores Secundárias: São as cores que resultam da mistura de partes iguais de duas primárias. São também as complementares das primárias. Laranja – Verde – Violeta 50
  • 51. c) Cores Terciárias: São as cores que resultam da mistura em partes iguais de uma cor primária com uma cor secundária. Azul + Violeta = Azul Violetado ou Violeta Azulado Azul + Verde = Azul Esverdeado ou Verde Azulado Amarelo + Laranja = Amarelo Alaranjado ou Laranja Amarelado Amarelo + Verde = Amarelo Esverdeado ou Verde Amarelado Vermelho + Laranja = Vermelho Alaranjado ou Laranja Avermelhado Vermelho + Violeta = Vermelho Violetado ou Violeta Avermelhado 3) VALOR CALÓRICO DAS CORES: As cores podem ser quentes e frias. a) Cores Quentes: São o Vermelho e o Amarelo, e as demais cores em que elas predominem. b) Cores Frias: São o Azul e o Verde, bem como as outras cores predominadas por eles. Os verdes, violáceos, carmins e uma infinidade de tons poderão ser classificados como cores frias ou como cores quentes, dependendo da porcentagem de azuis, vermelhos, e amarelos de suas composições. Além disso, 51
  • 52. uma cor tanto poderá parecer fria como quente, dependendo da relação estabelecida entre ela e as demais cores de determinada gama cromática, um verde médio, numa escala de amarelos e vermelhos parecerá frio. O mesmo verde, frente a vários azuis, parecerá quente. 4) DIMENSÃO DA COR: Quando a cor é associada a determinadas formas geométricas, ou em diferentes planos, pode conferir sensações de tamanho, peso e distância. Ex: Uma cadeira pintada de vermelho dá-nos a impressão de maior tamanho do que outra igual, mas pintada de verde.Um corredor com tapete claro parece-nos mais longo do que a realidade. Um outro em cores escuras parecerá mais curto. Portanto, podemos concluir que as cores fortes ou vivas aproximam e as cores claras ou neutralizadas distanciam. Outro exemplo, é quando um objeto ou elemento de tamanho “X” pintado de cor branca nos parecerá maior, pois o branco tende a aumentar os objetos. Este mesmo objeto pintado de preto nos parecerá maior que seu tamanho “X”. Portanto, as cores claras tendem a aumentar e as escuras tendem a diminuir. SIGNIFICADO PSICOLÓGICO DAS CORES Em todas as épocas, as sociedades organizadas sempre tiveram seus códigos completos, ou certos elementos de uma simbologia das cores, atribuindo-lhes frequentemente caráter mágico. A variedade de significados de cada cor, ao longo dos tempos, está intimamente ligada ao nível de desenvolvimento social e cultural das sociedades que os criam. 52
  • 53. BRANCO Sugere pureza, delicadeza, simplicidade, otimismo, esperança, confiança, frescor e limpeza. Cria impressões de vazio e infinito. Evoca ação refrescante e desinfetante, sobretudo quando utilizado junto com o azul. Apropriado para tetos. É o símbolo da entrega, é uma cor de status, da virtude e do altruísmo, traz sensação renovadora e aberta a mudanças. O branco transmite uma personalidade expressiva, artística, inocente, pura, fiel, fria, distante e feminina. PRETO Transmite poder, mistério, dominação e dignidade. É uma das principais cores da moda contemporânea pela sua versatilidade. O preto transmite uma personalidade de pessoa autoritária, audaz, dramática, chic, forte, formal, firme, elegante e masculina. Ideal para o primeiro encontro, pois transmite mistério e erotismo; e para reunião de negócios, pois transmite poder; passa uma imagem de pessoa dinâmica ai falar em público. Já foi o símbolo de infortúnio e da morte, encerra uma característica impenetrável. É a cor mais desprovida de sentimento, mas confere nobreza, distinção e elegância. Tem um peso visual muito grande. CINZA É a mistura do preto e do branco; neutra, ligada a sabedoria; é a preferida por filósofos, artistas e intelectuais. Cor da eficiência, do refinamento; é uma cor incerta, a cor do medo, monotonia, desânimo, à medida que é mais sombrio. O cinza escuro é a cor do sujo, desprezível. O cinza transmite uma personalidade calma, conservadora, poderosa, autoritária, confiável, modesta, controlada. Ideal para ser usada em atividades criativas, pois desencadeia o desenvolvimento artístico; em reuniões e almoços de negócios, traz sucesso e força. 53
  • 54. VERMELHO Significa força, alegria de viver, virilidade, dinamismo é a cor da paixão. Pode ser exaltante e até enervante, estimula a pressão arterial. Impõe-se sem discrição, dando também a impressão de severidade e dignidade, benevolência e charme, corajosa, dominadora, firme, dramática, sexy, ativa, extrovertida, apaixonante, impulsiva e agressiva. É uma cor quente, transmitindo assim sensações de calor, por isso deve ser usada com cautela. Quanto mais escuro, mais grave, profundo e psíquico se torna. Os tons claros exprimem temperamento jovial e fantasioso. O vermelho é ideal para ser usado em datas românticas ( cor da energia sexual, atrai paixão, interage com homens, pois transmite confiança) e para falar em público, pois chama atenção. VERDE Cor relaxante, de comunicação, é a cor que rejuvenesce, representa paz e transmite estabilidade, é também a cor da esperança. Com um ponto de amarelo, adquire força ativa, aspecto ensolarado. Se o azul domina, torna-se séria e carregada de pensamentos. Os tons mais claros acentuam indiferença, os escuros a calma. O verde transmite uma personalidade receptiva, aberta, estável, equilibrada, prestativa, leal, doce, responsável, amiga, tranqüila e simpática. É ideal para ser usado em datas românticas, especialmente o verde-claro, que transmite docilidade. AZUL Cor profunda, feminina, preferida pelas pessoas adultas, despertando lembrança de infância. É a cor do respeito, confiabilidade, fidelidade, serenidade, transmite elevado status social, civilidade, estabilidade, dignidade. Transmite calma profunda interior é diferente da do verde. Azul escuro chama o homem até o infinito. O claro provoca sensação de frescor e higiene, principalmente ao lado do branco. O azul turquesa encerra grande força, exprime fogo interior e frio. Exteriormente, lembra os lagos no verão. 54
  • 55. O azul transmite uma personalidade sincera, pensativa, comunicativa, calma, pacífica, inventiva, honesta, conservadora, atenciosa e paciente. Ideal para ser usado em atividades criativas, pois estimula a fantasia. AMARELO Luminosa, gritante e vistosa,cor estimulante, quente, pode fazer aumentar o nível de ansiedade e induzir inquietação.. Ao contrário do azul, não transmite profundidade. Simboliza o otimismo e está associada ao intelecto; é a cor da iluminação, da expectativa, do dinheiro. É uma cor ativa; mas esverdeada, assume tom doentio. Com a adição do vermelho, alegra o olhar, trazendo um sentimento misto de alegria e satisfação. O amarelo transmite uma personalidade receptiva, acessível, alegre, otimista, criativa, extrovertida e ocupada. Ideal para ser usado para vender produtos, pois é alegre e estimulante. LARANJA Cor energética e audaciosa. Muito mais que o vermelho, transborda irradiação e expansão.Tem característica acolhedora, quente e íntima. O laranja transmite uma personalidade calorosa, prática, extrovertida e espontânea. Ideal para ser usado em festas, pois transmite calor e amizade. VIOLETA Em geral, as pessoas atraídas pela cor púrpura são muito criativas, gostam de lidar particularmente com arte ou filosofia, tem elevado senso de espiritualidade, são pessoas apaixonadas e sonhadoras. Equivale a um pensamento meditativo e místico que encerra um mistério. Nos tons mais escuros, é triste, melancólico, cheio de dignidade. Passando ao lilás, aclara-se, tornando-se mágico e místico, inspira nostalgia e romance. Violeta avermelhado significa inteligência, tranqüilidade e paixão ao mesmo tempo. O violeta lida com os sentidos e gera paixão. 55
  • 56. ROSA Cor que tem conotações positivas, é calmante e aconchegante, traz vitalidade juvenil; é a cor universal do amor, mas projeta menos energia do que o vermelho. O rosa transmite uma personalidade gentil, afetuoso, romântica, feminina, quieta, artística, apaixonada, acessível, sensitiva, refinada, delicada, doce ; sugere intimidade. Ideal para ser usada em data romântica, pois sugere beleza celestial; e em entrevista de primeiro emprego, pois acalma. MARROM Cor informal, que está associada à humildade e pessoas sem arrogância. É uma cor agradável, neutra, que não transmite muita emoção; cor realista, não sendo brutal ou vulgar, encarna a vida sã e o trabalho cotidiano. A medida que se torna sombrio, adquire as características do preto. O marrom transmite uma personalidade confiável, educada, bem-sucedida, estável, perseverante, segura, resistente a mudanças. Cor que tem o apela da classe alta. HARMONIA A harmonia é essencial no sentido de relacionar entre si todas as cores de uma composição, ajustando-as a um todo unificado. Uma cor depende grandemente do contexto no espaço e no tempo. Cada 56
  • 57. cor se altera pela colocação de outras de modo que o que era quente pode se tornar frio, colocando uma cor mais quente mais próxima, e o que estava em harmonia de faz discordante aproximando-se novas cores. As cores parecem mais escuras sobre o branco, mais claras sobre o preto e sobre um cinza de igual valor se fundem com este e têm pouco destaque. Os valores claros parecem aumentar o tamanho dos objetos, o preto e os valores escuros dão impressão que os diminuem. O branco e os valores claros refletem a cor e parece que intensificam as cores que estão sobre elas e o preto e as cores escuras absorvem e reduzem a potência das cores que são superpostas. O branco e as cores claras sugerem distância, as mais escuras, aproximação. O preto serve para unificar e harmonizar as cores mais intensas. Além disto, existem outros fenômenos visuais interessantes. Quando fixamos nossos olhos numa cor durante certo tempo, substituindo a cor por um campo branco veremos sua cor complementar. Um cinza médio rodeado de uma cor quente nos parecerá azulado e frio, enquanto que o mesmo cinza circundando uma cor fria dará a impressão de rosado e quente. Isto evidencia que o homem fisiologicamente sente necessidade de neutralizar as cores, procurando maior repouso visual. Não se pode, portanto, formular princípios rígidos para a obtenção da harmonia das cores, mas há alguns processos utilizados que já se tornaram regras consagradas. Mas não podemos nos esquecer que cabe à expressão a escolha das cores que mais se combinam. As cores neutras podem ser usadas em todas as harmonias sem nenhum prejuízo. HARMONIA MONOCROMÁTICA Consiste em combinar vários valores de uma cor. Numa escala monocromática, a cor, ao ser misturada gradativamente com branco, perde a sua intensidade, sendo dominada de valores altos, isto é, presença de luz (chave alta). Nesta mesma cor, ao adicionarmos o preto, a sua intensidade diminui com a ausência da luz, e são denominadas de valores baixos (chave baixa). A faixa intermediária da escala corresponde à chave média. 57
  • 58. Esta harmonia permite sempre um resultado agradável e calmo. È, porém, um pouco monótona quando aplicada sobre grandes áreas. Podemos resolver este problema colocando algum elemento com a cor complementar que, por contraste, dará mais vivacidade ao esquema. As tonalidades podem mudar, mas todas ficam no mesmo matiz da roda das cores. O esquema ou harmonia monocromática utiliza variações de luminosidade e saturação de uma mesma cor. Estas harmonias luzem simples e elegantes, de fácil percepção ao observador especialmente quando se trata de tons azuis e verdes. A cor principal pode ser combinada com cores neutras, preto e branco, no entanto pode ser difícil quando se utiliza esta harmonia, ressaltar os elementos mais importantes. Prós: A harmonia monocromática, é simples de utilizar e sempre luz balançada e visualmente apelativa. Contras: Este esquema carece de contraste. Não é uma harmonia tão vibrante como a harmonia de complementares. Dicas: • Quando realizar um trabalho com harmonia monocromática, utilize as luzes, sombras e tonalidades da cor principal para tornar mais interessante o trabalho. • Experimente o esquema análogo; ele oferece certas nuances ainda mantendo a simplicidade e elegância da harmonia monocromática. HARMONIA DE CORES ANÁLOGAS. 58
  • 59. É a harmonia em que se utilizam as cores vizinhas no círculo cromático. Harmonia de cores análogas da cor base laranja: amarelo, amarelo alaranjado, laranja, laranja avermelhado, vermelho. Isto permite um resultado agradável e calmo sem o problema da monotonia. É a harmonia formada de uma cor primária combinada com duas cores vizinhas na roda das cores. Uma cor é utilizada como a dominante enquanto que as adjacentes são utilizadas para enriquecer a harmonia. Prós: As harmonias análogas são tão fáceis de criar quanto as monocromáticas, no entanto são mais ricas. Contras: Um esquema de cores análogas carece de cor de contraste. Não é uma harmonia tão vibrante como a harmonia de complementares. Dicas: • Evitar a utilização de muitos tons numa harmonia análoga, porque poderia destruir a harmonia. • Evitar a combinação de cores frias e quentes na mesma harmonia. HARMONIA POR TRÍADE. Consiste no emprego de três cores que tenham a mesma relação entre si, isto é, que estejam situadas eqüidistantes uma da outra no círculo cromático (usa-se o triângulo equilátero). Os vértices indicarão as cores componentes do trio, ex: amarelo-vermelho- azul, roxo-verde-laranja. É a harmonia onde usamos três cores equidistantes no circulo cromático. Por exemplo azul, amarelo e vermelho. Esse tipo de combinação consegue dar um efeito visual muito atraente. 59
  • 60. Esta harmonia é muito popular entre os artistas porque oferece um alto contraste visual, ao mesmo tempo que conserva o balanço e a riqueza das cores. Esta harmonia não é tão contrastante como o esquema de complementares, mas aparece mais balançado e harmonioso. Prós: Esta harmonia triádico oferece alto contraste mantendo a harmonia. Contras: Não é um esquema de tanto contraste como o esquema complementar. Dicas: • Escolher uma cor para ser utilizada em maiores áreas que as restantes • Se a combinação tem aspecto de mau gosto, tente dominá-las. HARMONIA POR TEMPERATURA DOMINANTE. Aplicam-se na composição diversas cores, com dominância ou de cores quentes ou cores frias. Cores Quentes são cores mais vivas, alegres e com luminosidade. Exemplos: vermelho, amarelo, laranja. Cores Frias são cores escuras e tristes. Exemplos: azul, verde, violeta, marrom. HARMONIA POR CONTRASTE. Nesta harmonia utilizamos cores quentes e frias, conseguindo efeito de contraste. Tanto podemos usar cores complementares (vermelho-verde, azul-laranja, amarelo-violeta) como criar novas uniões como: vermelho-azul, amarelo-azul, verde amarelado-roxo, etc. 60
  • 61. Contraste ocorre todo o tempo, embora sua presença possa passar despercebida. Há contraste quando uma forma é circundada por um espaço vazio. Há contraste quando uma linha reta encontra uma linha curva. Há contraste quando as direções verticais e horizontais coexistem. Vivenciamos todos os tipos de contraste em nosso cotidiano. O dia contrasta com a noite, um pássaro voando contrasta com o céu; uma cadeira antiga contrasta com um sofá moderno. O contraste é apenas um tipo de comparação, na qual as diferenças se tornam claras. Duas formas podem ser consideradas similares em determinados aspectos e diferentes em outro. Suas diferenças se tornam enfatizadas quando ocorre contraste. Uma forma pode não parecer grande quando é vista isolada, mas pode parecer imensa comparada com formas minúsculas próximas a ela. Podemos ter vários tipos de contraste: de FORMATO, TAMANHO, COR, TEXTURA E DIREÇÃO. FORMATO : Orgânico/ Geométrico Ângular/ Não ângular TAMANHO : Grande/ Pequeno Comprido/ Curto COR : Claro/ Escuro Brilhante/ Opaco Quente/ Frio TEXTURA : Liso/ Áspero 61
  • 62. Fino/ Grosseiro Regular/ Irregular Fosco/ Polido DIREÇÃO : Direita/ Esquerda Em cima/ Em baixo HARMONIA DE CORES COMPLEMENTARES. O uso de cores complementares cria uma harmonia de contraste violento, que pode ser usado com grande êxito, desde que quem as empregue saiba usá-las. Quando usamos esta harmonia com cores mais apasteladas, ou saturadas, conseguimos efeitos menos agressivos. É o caso, por exemplo, do vermelho e verde que juntas parecem chocantes, mas ficam sumamente delicadas nos tons de rosa e verde musgo ou verde-claro e rosa escuro. É a harmonia que ocorre quando combinamos cores opostas na roda das cores. Em outras palavras, são cores que se encontram simétricas com respeito ao centro da roda. O Matiz varia em 180 º entre um e outro. Esta harmonia funciona ainda melhor se são combinadas cores frias e cores quentes, como por exemplo vermelho com verde-azul ou azul com amarelo. Uma harmonia complementar é intrinsecamente uma harmonia de contraste. É importante quando utilizar esta harmonia, escolher uma cor dominante, e utilizar a complementar para acentos e toques de destaque. Como por exemplo utilizar uma cor para fundo e a outra para destacar os elementos de importância. Prós: A harmonia de contraste oferece uma combinação de alto contraste ideal para atrair a máxima atenção do espectador. Contras: 62
  • 63. Este esquema é mais difícil de balançar que os esquemas análogos ou monocromáticos, especialmente quando são utilizados coreis quentes não saturadas. Dicas: • Para melhores resultados, é aconselhável escolher cores frias e cores quentes, como por exemplo azul e laranja. • Se se estiver a utilizar uma cor quente (vermelho ou amarelo) para ressaltar, é aconselhável utilizar uma cor fria não saturada para dar mais ênfase á cor quentes. • Evitar para esta harmonia a utilização de cores não saturadas quentes, como castanhos e ocres. • Utilizar o esquema duplo complementaria já que oferece mais variedade. HARMONIA DO COMPLEMENTO DIVIDIDO É a harmonia conseguida através da mistura de uma tonalidade da escala com as duas vizinhas da cor diretamente oposta a primeira. Esta é uma variante da combinação de harmonia de complementares. Que utiliza uma cor como principal e as duas cores adjacentes ao seu complementar. Esta é uma harmonia que oferece um grande contraste sem a tensão do esquema complementar. Prós: Esta harmonia oferece mais nuances que o esquema complementar ao tempo que retém a força e contraste visual. Contras: Esta harmonia é mais difícil de balançar que as harmonias análogas ou monocromáticas Dicas: • Utilizar uma cor quente como dominante e uma gama de cores frias para ajudar a dar mais ênfases á cor quente como por exemplo vermelhos contra azuis ou azuis-verdes ou laranjas contra azuis ou azuis-violetas. • Evite utilizar cores quentes não saturadas como os castanhos ou ocres porque poderia arruinar o esquema. 63
  • 64. HARMONIA DUPLA COMPLEMENTAR Como o nome indica, refere-se a harmonia conseguida por dois pares de cores complementares entre si. Denominado por alguns como tetradas, estas combinações são as mais ricas de todas as harmonias, porque utiliza quarto cores sendo elas complementares em pares. É no entanto uma harmonia muito difícil de trabalhar. Se as quatro cores são utilizadas em iguais proporções, a harmonia parecerá desequilibrada, pelo qual deverá sempre ser escolhida uma cor como a dominante e com esta dominar as restantes. Prós: Este esquema oferece uma maior variedade na sua combinação que qualquer das harmonias mencionadas. Contras: E a harmonia mais difícil de trabalhar. Dicas: • Se o esquema parece desequilibrado, deverão ser dominadas ou subjugadas uma ou mais coes. • Evitar a utilização de coes puras em iguais proporções. HARMONIA ACROMÁTICA É a harmonia conseguida pela utilização de cores neutras, ou seja as cores situadas na zona central do círculo cromático, próximos ao centro deste, que perderam tanta saturação que não se aprecia nelas o matiz original. Curiosidade: 64
  • 65. Por que o branco e o preto não são cores? De acordo com Farina (1990) o branco e o preto não existem no espectro solar. O branco é, pois, a síntese aditiva de todas as cores, ou seja, a mistura de todas as cores, e o preto, o resultado da síntese subtrativa, isto é, a superposição de pigmentos coloridos, ou seja, se misturarmos pigmentos de todas as cores a cor que se forma é o preto. As sensações visuais cromáticas compreendem todas as cores do espectro solar . Elas são experiências visuais. Exemplo de Look Acromático EQUILÍBRIO Temos três tipos de equilíbrio: 1-) Equilíbrio Axial – Simetria Rigorosa – Simetria na Forma – Assimetria na Cor – Simetria Aproximada 65
  • 66. 2-) Equilíbrio Radial 3-) Equilíbrio Oculto 1-) Equilíbrio Axial: Significa o controle de atrações opostas por meio de um eixo central explícito, que pode ser vertical, horizontal ou ambos. – Simetria Rigorosa: é a forma mais simples deste tipo de organização do equilíbrio. Num esquema exatamente simétrico, os elementos se repetem como imagens refletidas num espelho em ambos os lados do eixo ou dos eixos. É o tipo mais óbvio de equilíbrio e, conseqüentemente, o mais pobre quanto à variedade. Resulta especialmente útil em esquemas decorativos ou em composições muito formais. – Forma Simétrica – Cor Assimétrica: O padrão pode ser simétrico quanto à forma, porém assimétrico com respeito a cor. Constitui um recurso eficaz para suavizar a severidade da simetria e emprega-se principalmente com fins decorativos. 66
  • 67. – Simetria Aproximada: Os dois lados podem realmente ser diferentes em sua forma, porém, apesar disto, bastante semelhantes, de modo que o eixo possa ser sentido positivamente. Geralmente o equilíbrio axial em pintura é deste tipo. Ex: A “Virgem e o Menino” de Giovanni Belline (séc. XV) constitui um bom exemplo. 67
  • 68. 2-) Equilíbrio Radial: É o controle de atrações opostas pela rotação ao redor de um ponto central. O qual pode ser uma área positiva do esquema ou um espaça vazio. Para visualizar claramente este princípio, convém contrastar o esquema radial com um simétrico equilibrado, tanto no eixo vertical como sobre o horizontal. Existem semelhanças superficiais. A diferença está em que um esquema radial deve ter movimento giratório, ao passo que o simétrico é estático. Consegue-se uma variedade muito interessante de organização radial, usando somente duas repetições do motivo. O equilíbrio radial aplica-se especialmente em padrões decorativos, aparecendo, às vezes, também nos projetos arquitetônicos. 3-) Equilíbrio Oculto: Não utiliza eixos explícitos nem pontos centrais. Difere em princípio do equilíbrio Axial e Radial em dois aspectos. Primeiro, a ausência de eixos reais ou centros focais. Segundo, implica elementos opostos cujas diferenças são mais acentuadas que as semelhanças. Por exemplo, equilibramos uma área pequena de cor forte numa parte do campo., com uma extensa zona de espaço vazio em outra. Não há regras para o equilíbrio oculto. É uma questão de sensibilidade. Desta maneira, o equilíbrio oculto constitui o tipo mais importante, bem como o mais difícil, já que proporciona mais liberdade, porém exige maior controle. O equilíbrio oculto possui uma escala infinita de variedade e expressão. Pode-se fazer com ele o que a imaginação e a sensibilidade sugerirem. 68