O documento descreve os principais tecidos vegetais e sua estrutura nos órgãos das plantas. Apresenta os tecidos dérmicos, fundamentais e de transporte, bem como a estrutura primária da raiz, caule e folha em monocotiledóneas e dicotiledóneas.
5. Tecidos dérmicos
Epiderme
Tecido primário, Câmara estomática
Célula da epiderme
Células vivas, pouco
especializadas;
Presença de cutina;
Estomas
Presença de Cutícula
estruturas
especializadas nas
trocas gasosas;
Função: protecção
mecânica, minimiza
as perdas de água
(cutícula), trocas
gasosas.
6. Tecidos dérmicos Células da
Epiderme Epiderme
Visto ao MOC
Células-guarda
Visto ao ME
Células-guarda
Ostíolo
7. Tecidos dérmicos
Súber Epiderme
morta
Tecido secundário;
Células mortas;
Paredes espessas
impregnadas de suberina;
Súber
Funções: substitui a
epiderme como tecido
protector nas raízes e
caules, permite as trocas
gasosas;
Importância económica:
extracção da cortiça.
8. Tecidos fundamentais
Parênquima
Tecido primário;
Células vivas pouco
diferenciadas, o que permite Tipos de parênquima (1)
conservar a capacidade de
divisão;
Formas variadas;
Podem apresentar espaços
entre as células (meatos e Parênquima
lacunas)
Paredes celulósicas finas;
Parênquima
Parênquima Parênquima
Núcleo pequeno, vacúolos de de
clorofilino secretor
grandes dimensões, citoplasma reserva
reduzido.
Funções: fotossíntese, reserva, (1) – Classificação de acordo com a sua
regeneração entre outras. função (Meyer (1962)).
Constitui grande parte de todos
os órgãos da planta.
9. Tecidos fundamentais
Colênquima
Tecido primário simples; Colênquima
visto ao MOC
Células vivas, alongadas
segundo o eixo de
crescimento do órgão;
Espessamentos de
Extensíveis e com elevado
grau de elasticidade; celulose
Paredes espessadas
desigualmente;
Capacidade de se
desdiferenciarem;
Função de suporte de
órgãos em crescimento;
Posição periférica nos
caules, pecíolos e nervuras
das folha;
Esquema
Não é habitual em raízes. do
colênquim
a
10. Tecidos fundamentais
Esclerênquima
Células mortas, com espessamentos na parede de
lenhina;
Presença
de pontuações (onde se encontravam os
plasmodesmos);
Função de suporte nos órgãos de plantas adultas;
Distinguem-se
em escleritos e fibras de acordo com
a forma e tamanho.
11. Esclerênquima
Fibras e Escleritos
Fibras Escleritos
Células alongadas; Células curtas;
Afiladas nas extremidades; Com numerosas
Pequeno número de pontuações;
pontuações; Podem resultar da
Formam cordões ou mesmo diferenciação de células de
bainhas mais ou menos parênquima;
continuas, normalmente Podem encontrar-se
junto ao sistema condutor isoladas ou em massa
principalmente nos
“caroços” dos frutos.
12. Tecidos de Transporte
Xilema
Tecido complexo;
Funções: transporte
de água e
substâncias nela
dissolvidos, suporte e
reserva;
Curiosidade: a
velocidade da água
no xilema pode ir de
1 a 40 m/h;
Constituído pelos
seguintes tipos de
células: Xilema de Quercus robur
Elementos de vasos; a – vaso lenhoso; b – traqueído; c – fibras;
Traqueídos; d – parênquima lenhoso.
Fibras lenhosas;
Parênquima
lenhoso.
13. Xilema
Elementos de vasos
Células mortas,
alongadas
longitudinalmente, de
paredes lenhificadas;
As paredes do topo
desaparecem totalmente
ou são perfuradas;
Alinhadas
longitudinalmente
constituem tubos, os vasos
traqueanos;
Presença de pontuações;
A disposição da lenhina
permite distinguir diversos
tipos de elementos dos
vasos.
14. Xilema
Traqueídos ou tracóides
Células mortas,
alongadas com as
extremidades
pontiagudas;
Paredes laterais
lenhificadas em anel ou Traqueído
espiral;
Pontuação
Filogeneticamente os
traqueídos são mais
primitivos que os
elementos de vasos;
Passagem da água pelas
extremidades das células
pelas pontuações.
15. Xilema
Fibras lenhosas
Células mortas semelhantes
às fibras esclerenquimatosas;
Funções de suporte.
17. Tecidos de transporte
Floema
Líber ou tecido Transporte
crivoso; floémico
Tecidos
Tecido complexo; fotossíntéticos
Função: transporte
das substâncias
orgânicas (seiva
elaborada); Todas as partes da Centros de reserva
planta não verdes nas folhas e eixos.
Células constituintes:
Células dos tubos
crivosos;
Células de
companhia;
Fibras liberinas;
Parênquima liberino.
18. Floema
Células dos tubos crivosos
Células vivas; alongadas;
Perda de alguns organelos;
Constituem tubos (tubos
crivosos) sendo a ligação
feita através das placas
crivosas;
Deposição variável de Placa
calose. crivosa
19. Floema
Células de companhia
Placas
Células vivas, com todos os crivosas
organelos;
Acompanham as células dos
tubos crivosos;
Células
dos
Comunicam com os tubos tubos
crivosos através das crivosos
pontuações; Células de
companhia
Não sofrem degenerescência
protoplásmica; Fibras
Essenciais para o movimento
de açucares do parênquima
clorofilino para os tubos
crivosos.
20. Floema
Fibras liberinas Placas
crivosas
Células mortas, longas;
Células
Função: suporte. dos
tubos
crivosos
Células de
Importância económica: companhia
fibras de linho
Fibras
21. Floema
Parênquima liberino
Células vivas; Parênquima
liberino
Pouco Células de
especializadas; companhia
Área
Função de reserva; crivosa
Placas
Podem armazenar crivosas
diversas substâncias,
tais como:
Amido;
Tanino;
Fibras
Cristais.
22. Estrutura dos órgãos das plantas
Estrutura primária da raiz - Monocotiledóneas
Cilindro
central
Zona
Cortical
23. Estrutura dos órgãos das plantas
Estrutura primária da raiz - Monocotiledóneas
Cilindro
central
Zona
Cortical
24. Estrutura dos órgãos das plantas
Estrutura primária da raiz - Monocotiledóneas
Endoderme
25. Estrutura dos órgãos das plantas
Estrutura primária da raiz - Dicotiledóneas
Cilindro
central
Zona
cortical
26. Estrutura dos órgãos das plantas
Estrutura primária da raiz - Dicotiledóneas
central
Cilindro
Zona
cortical
28. Estrutura dos órgãos das plantas
Estrutura primária da raiz
Metaxilema em
fase inicial de
Endoderme Protoxilema Floema Periciclo desenvolvimento
Cilindro central da
raiz de uma
Monocotiledónea
Metaxilema
29. Estrutura dos órgãos das plantas
Estrutura primária da raiz
Periciclo
Floema
Endoderme
Metaxilema
Protoxilema
Cilindro central da raiz
de uma Dicotiledónea
30. Estrutura primária da raiz
Características gerais:
Zona cortical geralmente mais desenvolvida que o
cilindro central;
Endoderme bem diferenciada;
Feixes condutores simples e alternos;
Xilema primário com crescimento centrípeto.
Características específicas das
Monocotiledóneas:
Endoderme com espessamentos em U;
Número elevado de feixes condutores;
Características específicas das Dicotiledóneas:
Endoderme com bandas de Caspary;
Número reduzido de feixes.
31. Estrutura dos órgãos das plantas
Estrutura primária do caule - Monocotiledóneas
Tecido
fundamental
Feixes
condutores
Epiderme
32. Estrutura dos órgãos das plantas
Estrutura primária do caule - Monocotiledóneas
Parênquima
Feixe condutor
34. Estrutura dos órgãos das plantas
Estrutura primária do caule - Dicotiledóneas
Parênquima
35. Estrutura dos órgãos das Floema Colênquima
Estoma Parênquima
Epiderme
Estrutura primária do caule - Floema primário
Dicotiledóneas
plantas
Cambio Xilema Cambio
interfascicular intrafascicular
36. Estrutura primária do caule
Características gerais:
Zona cortical geralmente menos desenvolvida que o cilindro
central;
Endoderme e pericíclo de dificil distinção;
Feixes condutores duplos e colaterais;
Xilema primário com crescimento centrífugo.
Características específicas das Monocotiledóneas:
Feixes condutores fechados;
Feixes dispostos de forma irregular
Características específicas das Dicotiledóneas:
Feixes condutores abertos, presença de câmbio intrafascicular;
Presença de câmbio interfascicular;
Feixes dipostos de forma regular formando um anel.
37. Estrutura dos órgãos das plantas
Estrutura da folha - Monocotiledóneas
Estoma -Estomas
igualmente
distribuídos pelas
Epiderme
duas páginas;
Xilema -Mésofilo
simétrico;
-Feixes
condutores
colaterais e
Floema
fechados.
Parênquima
clorofilino
38. Estrutura dos órgãos das plantas
Estrutura da folha - Dicotiledóneas
-Estomas
essencialmente
na página
inferior;
-Mésofilo
assimétrico;
-Feixes
condutores
colaterais;
-Câmbio
intrafascicular ao
nível da nervura
principal.
Estoma
39. Estrutura primária da folha
Características específicas das
Monocotiledóneas:
Epiderme cutinizada com distribuição equitativa de
estomas pelas duas páginas;
Mesófilo simétrico;
Feixes condutores duplos, colaterais e fechados.
Características específicas das Dicotiledóneas:
Epiderme cutinizada com distribuição desigual de
estomas pelas duas páginas;
Mesófilo assimétrico;
Feixes condutores duplos, colaterais e abertos.
40. Translocação nas plantas
Seiva
elaborada
Seiva
bruta
1 – Absorção de água e minerais ao nível da raiz; 2 – Troca de gases ao nível
da raiz; 3 – Translocação no xilema; 4 – Transpiração; 5 – Trocas gasosas ao
nível das folhas; 6 – Fotossíntese; 7 – Translocação no floema.
41. Translocação nas plantas
Processos em que o sistema condutor
está envolvido:
Captação da água e de solutos do meio;
Transporte, a pequena distância, de
substâncias de célula a célula;
Transporte, a longa distância, dos materiais
ao nível do xilema e do floema.
44. Transporte nas plantas
Absorção da água e de solutos pelas plantas
Célula Célula
flácida flácida
Solução de
sacarose
Água
destilada
a) Condições iniciais: Ψ celular > Ψ b) Condições iniciais: Ψ celular <
da solução Ψ da solução
45. Transporte nas plantas
Absorção da água e de solutos pelas plantas
Epiderme
Via
apoplasto
Via
simplasto
Endoderme
Pêlo Periciclo
Córte Elementos de
x vasos
51. Transporte nas plantas
Teoria Tensão-Coesão
A elevada polaridade da molécula de água é responsável por duas
propriedades muito importantes: Coesão e a Adesão
53. Teoria Tensão-Coesão
Adesão
- Contraria a
força
gravítica
Coesão
- Responsável pela
formação de uma
coluna de água
contínua desde a
raiz até às folhas.
54. Funcionamento dos estomas
Ocupam 1-2% da superfície foliar;
Células reniformes;
Cloroplastos presentes;
Paredes
Paredes desigualmente espessadas; celulares
Variação no diâmetro do ostiolo;
Mudança de forma das células devido ao grau
de turgescência.
Factores do grau turgescência:
Concentração de iões;
Intensidade luminosa;
Concentração de CO2;
pH.
55. Funcionamento dos estomas
Paredes
celulares
Estoma Estoma fechado:
aberto:
-Células-guarda
-Células- plasmolisada;
guarda
turgidas; -Transporte
activo de iões
-Transporte cessa;
activo de
iões; - Saída de água
nas células-
- Entrada de guarda
água nas
células-
guarda
57. Transporte nas plantas
Factores que influenciam a transpiração
Factores Efeitos
Radiação solar Influência a abertura dos estomas e
a temperatura das folhas.
Temperatura Com o aumento de temperatura a
tendência para a evaporação da
água aumenta.
Com o aumento de humidade na
atmosfera a taxa de transpiração
Humidade diminui.
Vento moderado aumenta a taxa
Vento de transpiração, rajadas de vento
fortes diminui a taxa de
transpiração
58. Transporte nas plantas
Factores que influenciam a transpiração
Factores Efeitos
Conteúdo de água no solo.
Quantidades reduzidas
de água no solo podem
não ser suficientes para
compensar a
transpiração.
Concentração de CO2 interno Relacionado com a
actividade das
fosforilases.
Factores intrinsecos como por
exemplo forma da folha,
localização dos estomas.
59. Transporte no floema
Estudos feitos através de incisões nas
plantas
a) Remoção de b) Acumulação
um anel de de seiva
tecido elaborada na
exterior ao parte
xilema. superior da
incisão.
60. Transporte no floema
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Hemiptera
Subordem: Sternorrhyncha
Superfamilia: Aphidoidea
Familia: Aphididae
Género: Aphis
Aphis sp.
Afídio, também conhecido como Pulgões
62. Seiva elaborada
Com os estudos anteriores foi possível verificar
que a seixa flui em todos as direcções e que
se encontra sobre pressão.
Foi ainda concluir em que vasos condutores
circula esta seiva e a sua constituição:
10 a 20% de sacarose;
Outros açucares;
Aminoácidos;
Nucleótidos;
Hormonas;
Iões inorgânicos.
63. Transporte no floema
Experiência de Münch
A – Fonte – Balão com solução
concentrada (Órgãos
produtores);
B – Local de consumo – Balão com
soulção diluída (Locais de
consumo e reserva);
C – Tubo de ligação (Floema).
65. Transporte no floema
Hipótese do Fluxo em Massa
- Glicose convertida em
sacarose;
- Transporte activo da
sacarose pelas células de
companhia
66. Transporte no floema Hipótese do Fluxo em Massa
-Aumento da concentração de
sacarose nas células do tubo crivoso;
-Entrada de água por osmose;
-Aumento da pressão de turgescência;
-Deslocamentoda seiva para outra
célula;
-Remoção da seiva por transporte
activo para as células de consumo;
-Saída de água das células do tubo
crivoso.
Xilema Floema