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A arquitetura brutalista é uma das mais marcantes tendências do
panorama arquitetônico moderno, brasileiro e internacional, do período pós 2ª
Guerra Mundial até pelo menos fins da década de 1970. As obras com ela
identificadas caracterizam-se principalmente pela a utilização do concreto
armado deixado aparente, ressaltando o desenho impresso pelas fôrmas de
madeira natural, técnica que passou a ser empregada com mais freqüência na
arquitetura civil naquele momento, tanto como recurso tecnológico como em
busca de maior expressividade plástica.
No Brasil a tendência brutalista comparece a partir de início dos anos
1950 em obras no Rio de Janeiro e São Paulo, ganhando certo destaque na
obra de uma nova geração de talentosos arquitetos paulistas que despontava
naquela década. O início da tendência brutalista no Brasil é
concomitantemente, e não posterior, ao concurso e construção de Brasília,
embora ganhe mais notoriedade e se consolide nos anos 1960 quando passa
a repercutir nacionalmente.
Várias de suas obras já podem ser consideradas como parte
importante do patrimônio moderno, e nessa condição, vem merecendo vários
estudos e pesquisas por parte de vários estudiosos. A arquitetura brutalista
paulista pode ser entendida a partir de seus próprios valores arquitetônicos,
que são universais e atemporais, e que lhe garantem seu status como um
importante aspecto da arquitetura moderna brasileira.
Oswaldo Arthur Bratke
Botucatu - SP 1907
São Paulo - SP 1997

Arquiteto urbanista. Ingressou no curso de engenharia
da Universidade Presbiteriana Mackenzie em 1926.
É um dos mais discretos entre os grandes arquitetos
modernos brasileiros. Obteve destaque sobretudo
pelos seus projetos residenciais - que, através de
pesquisas sobre novos tipos de cobertura, esquadria,
material e técnica não convencional, se tornam
exemplos máximos na área .
O arquiteto consolida também, a partir de
uma experiência ímpar no coração da Amazônia, com
os projetos das vilas Serra do Navio e Amazonas, de
1955 a 1960 - uma referência na busca de soluções
urbanas e construtivas adequadas a uma situação
específica.
Em 1933, abre escritório com o colega
Carlos Botti, a sociedade com lhe rende quase 500
projetos de casas nos bairros-jardim de São Paulo.
Essa experiência, se não chega a lhe proporcionar o
desenvolvimento de uma linguagem moderna, lhe
fornece uma experiência fundamental no campo da
construção. Bratke começa a despertar seu trabalho
para a linguagem moderna ainda nos anos 1940.
Após a morte de seu sócio, Carlos Botti,
deixa de lado o acompanhamento da obra e se dedica
aos projetos. Desenha alguns edifícios que prenunciam
o vocabulário moderno que incorpora e reelabora com
maestria a partir dos anos 1950, sobretudo depois de
sua visita aos Estados Unidos, onde conhece as obras
1930 - Recebe a medalha de ouro na Seção
Universitária do 4º Congresso Pan-Americano de
Arquitetura do Rio de Janeiro, e ganha o concurso
para o Viaduto Boa Vista, em São Paulo.

Bairro de Perdizes - 1932

Higienópolis - 1942

Jardim Europa - 1942
A partir de 1940, Bratke se envolve na urbanização do Jardim do Embaixador, em Campos do Jordão, São Paulo,
onde projeta um bar e restaurante, algumas residências e o Grande Hotel Campos do Jordão. Trabalha em São
Vicente, São Paulo, na urbanização da Ilha Porchat, em 1942.
Jardim Embaixador

Croqui bar e restaurante – Campos do Jordão SP

Croqui de estudos da Ilha Porchat
A partir da década de 40, projeta alguns edifícios em São Paulo, entre os quais o Edifício Jaçatuba,
1942, o Edifício ABC, 1949 (um dos primeiros prédios em altura a adotar a curtain-wall, fachada
envidraçada orientada para a face menos exposta ao sol).
Em 1956, projeta o Edifício Renata Sampaio Ferreira, um embasamento para comércio e serviços, e
um volume vertical para escritórios, solução difundida desde então, com fachadas revestidas de
elementos vazados que garantem a proteção às esquadrias.

Edifício Jaçatuba

O Jaçatuba é um edifício de esquina e sua
forma está estritamente vinculada à formação
de uma quadra. Sua volumetria atendia a duas
legislações de época, decorrentes do “Plano
de Avenidas” e de legislações anteriores
vinculadas à largura das ruas. Além das
questões estéticas, ele é tanto fruto da
legislação quanto da geometria do lote.
Ed. Renata Sampaio Correia - 1956

Edifício Lineu Gomes - 1950

Edifício ABC - 1950
Edifício Avanhandava - 1953
RESIDÊNCIA DO ARQUITETO – 1947
RUA AVANHANDAVA
1951 - É eleito presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil - IAB-SP por duas gestões, até 1954,
ano em que participa do júri de arquitetura da 2ª Bienal Internacional de São Paulo, e do 4º
Congresso Brasileiro de Arquitetos.

TERMAS DE LINDÓIA - 1952
Mas é no programa residencial que Bratke se destaca. Ao lado do colega engenheiro Oscar
Americano, inicia a urbanização do bairro do Morumbi, onde constrói a própria residência, em 1951,
marco em sua trajetória profissional, menção especial na 1ª Bienal Internacional de São Paulo. Uma
estrutura simples e modulada de pilares esbeltos coberta por uma laje plana (a primeira utilizada pelo
arquiteto) constitui um volume prismático articulado por cheios e vazios que se alternam nas fachadas
através de fechamentos, elementos vazados e varandas. A planta admite reordenações, já que as
paredes internas são resolvidas com armários e fechamentos leves.
CASA DO ARQUITETO 1951
croqui

execução

planta
conclusão
Em seguida, projeta a residência Oscar Americano, 1954 (hoje Fundação Maria Luiza e Oscar
Americano), adotando o mesmo partido, porém em proporções maiores: dois níveis sobrepostos a
partir da topografia do terreno, no mesmo jogo entre cheios e vazios que garantem a leveza do
conjunto e a integração com a paisagem.
RESIDÊNCIA OSCAR AMERICANO
RESIDÊNCIA OSCAR
AMERICANO

Pelas dimensões, a casa possui peculiaridades.
Foi implantada no alto em relação ao acesso e um
tanto angulada, de forma que o visitante
percebesse, de inicio a massa construída. Para
não parecer muito densa, Bratke fez um truque. No
setor dos dormitórios, existe uma saliência mais
fina, deixando aparentemente mais leve a fachada
da lateral. Nesta casa permanecem os
testemunhos da capacidade de Bratke de criar
texturas, cheios e vazios, efeitos de luz e sombra.
Residência Joly - 1953

Residência Rua Sofia 1945
Residência Ceccillo Matarazzo - 1958
PROJETO CASA MÍNIMA - 1960
Vencendo uma concorrência promovida pela Indústria e Comércio de Minérios S.A. (Icomi), em 1955,
Bratke parte para o desafio de criar uma cidade nova no interior do Amapá. Condizente com seu
espírito inventivo e engenhoso, o projeto reúne todos os requisitos para que desenvolva plenamente
suas idéias. Dimensiona os núcleos urbanos e planeja o assentamento com base na polarização de
dois bairros (o operário e o de funcionários de médio e alto padrão), ligados pelo centro cívico,
formado de praça, administração e comércio, além da escola de 1º grau, o hospital (referência na
região), o posto de saúde e o centro esportivo.
Vila Serra do Navio
Vila Serra do Navio se estrutura segundo um núcleo linear e distendido que reúne e ordena
todas as edificações e atividades de interesse coletivo, além de associar, com áreas verdes
urbanizadas, dois afastados setores habitacionais. A concisão parece ter sido alcançada com
remanejamento posterior quando o setor esportivo faz a ligação dos dois grupos de moradia.

Croqui casa operário

Croqui casa funcionário médio
As residências seguem plantas padrão cujo tamanho varia de acordo com a atribuição do funcionário.
Construídas com blocos de concreto e cobertas com telhas de fibrocimento (materiais pouco
adequados ao isolamento térmico necessário em região tão quente), têm sistemas de ventilação
baseados em janelas venezianas com paletas móveis que garantem o conforto térmico desejado.

capela
DETALHAMENTO DE MÓVEIS E ESQUADRIAS
Rino Levi
São Paulo SP 1901 - Lençóis BA 1965.

Arquiteto, urbanista. Filho de imigrantes
italianos, ingressa na Escola Preparatória e de
Aplicação para os Arquitetos Civis em Milão, Itália, em
1921.
Em 1924, transfere-se para a Escola
Superior de Arquitetura de Roma. Ali, conhece os
arquitetos italianos Adalberto Libera (1903 - 1963) e
Marcello Piacentini (1881 - 1960), em cujo escritório faz
estágio. Em 1925, ainda estudante, envia ao jornal O
Estado de S. Paulo uma carta que é publicada com o
título Arquitetura e Estética das Cidades, considerada
uma das primeiras manifestações por uma arquitetura
moderna no Brasil. Em consonância com as posições
da escola romana, propõe uma modernização sem
rupturas com a tradição clássica. Retorna ao Brasil em
1926, e trabalha por um ano na Companhia
Construtora Santos. Inicia uma carreira independente
em 1927, construindo pequenas residências e
conjuntos de casa de aluguel para membros da
comunidade italiana paulista.
Em 1929, visita a Casa Modernista, de Gregori
Warchavchik, que influencia vivamente a sua produção.
Levi tem participação decisiva na constituição do Instituto de Arquitetos do Brasil IAB, em 1933. Vence, com outras duas equipes, o concurso promovido para a sede do IAB em
São Paulo, 1946, com o projeto desenvolvido em seu escritório.
Participa da criação do Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM, em 1948, e
torna-se diretor-executivo da instituição. Integra o 1º Congresso Brasileiro de Arquitetos,
realizado em São Paulo em 1945, ano em que se torna membro do Congresso Internacional
de Arquitetura Moderna - CIAM.
Em 1952 chefia a delegação brasileira no 8º Congresso Pan-Americano de
Arquitetos, no México, e é eleito diretor do IAB/SP, onde permanece por duas gestões, até
1955.
Em 1957, ao lado de Vilanova Artigas (1915 - 1985) e outros colegas, organiza uma
proposta de reelaboração do ensino na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da
Universidade de São Paulo - FAU/USP, onde leciona até 1959.
Sua arquitetura procurava integrar-se à paisagem e buscava uma relação interiorexterior com a mesma intensidade com que se preocupava em construir o espaço urbano.
Rino Levi destrinchava os programas de necessidades com precisão, mas ainda teve tempo e
disposição para lutar por uma regulamentação profissional. Por tudo isso, tornou-se um
arquiteto-modelo e seu estúdio, uma escola. Tem atuação destacada também na imprensa,
discutindo temas ligados à cidade e à arquitetura.
“Progetto di uma Banca” – trabalho do aluno Rino Levi na “Scuola Superiore di Architettura, Roma – 1925/26

Ante-projeto para sede do Automóvel Clube de São Paulo, concurso de 1927
Residência Ferrabino, SP -1931

1.ª versão
Edifício Columbus – 1930/34

A modernidade inicial de Levi
deve muito à estética déco. O Edifício
Columbus, (primeiro condomínio de
apartamentos da cidade de São Paulo ), é
exemplar quanto a esse momento. Levi
inicia uma série de edifícios residenciais,
todos com preocupações constantes na
sua trajetória: a construção do espaço
urbano, a integração com a paisagem e a
setorização da planta por função.
Cine Ufa-Palácio, 1936

A construção do Cine Ufa-Palácio, 1936, e o sucesso alcançado pela aplicação dos
princípios de acústica lhe abrem as portas para um novo programa. Refletindo na forma
do edifício as necessidades técnicas.
Hotel Excelsior
Cine Ipiranga - 1941

O hall das bilheterias constitui o
ponto nodal do projeto, além de
dividir os fluxos para os balcões e a
platéia, sua forma circular torna
imperceptível para o espectador a
inflexão da planta do cinema, que
gira alguns graus em relação à
perpendicular da rua, com o
objetivo de se acomodar ao
formato irregular do lote
Entre 1940 e 1942 projeta o Instituto de Educação Sedes Sapientiae, atual Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP, onde os volumes construídos se estruturam
em função de um pátio interno. A circulação se dá ao redor desse espaço, protegida por
marquises que levam à associação com as loggias e os pátios italianos. Entretanto, Levi
reelabora os elementos de modo a transformá-los numa arquitetura própria. Inverte a forma
das arcadas nas marquises onduladas, preenche o pátio com vegetação tropical, e constrói
seu primeiro "teto-jardim".
Maternidade Universitária – USP - 1944

Instituto Central do Câncer – SP – 1947/54

O projeto da Maternidade Universitária da Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo, 1944,
ainda que não tenha sido concretizado, obtém
enorme reconhecimento entre seus pares, rendendo
o Prêmio para Projeto de Edifício de Uso Público na
1ª Bienal Internacional de São Paulo, 1951. Após
detalhado estudo das necessidades do programa,
articulando usos complexos e conhecimentos
científicos por uma sistemática colaboração com
profissionais de outras áreas, Levi rompe com as
tipologias hospitalares preexistentes, propondo 3
blocos separados reunindo usos afins, circulação
hierarquizada e flexibilidade das plantas. O resultado
são dois volumes especializados conectados por um
longo volume horizontal de ligação. A partir daí, abrese a possibilidade de franca atuação nessa área, o
que Levi desempenha com brilhantismo, sempre

Hospital Geral Albert Einstein - 1958
Edifício Banco Sul Americano - 1960/63 - hoje Banco Itaú

Edifício sede FIESP – 1969/79
Rino Levi dedicou sua vida profissional à busca de uma arquitetura moderna adequada ao Brasil,
apesar da inspiração racionalista. O jardim, incorporado à casa, deixa de ser um complemento para
tornar-se parte integrante da habitação. Para a proteção solar, utiliza desde pequenas marquises ou
pérgulas para sombreamento, até fachadas internas compostas por elementos vazados de cerâmica,
brises de concreto ou alumínio. Esta variedade de dispositivos de proteção demonstrou a preocupação
de Rino Levi em adaptar a arquitetura ao clima local.

Residência Olivo Gomes em São José dos Campos,
SP - 1949

“Síntese das artes”, busca
em suas obras, integrar
arquitetura,
paisagismo,
mobiliário, afrescos e murais.
O projeto de Rino Levi e sua equipe de arquitetos pra a construção da nova
capital brasileira obteve terceiro lugar no concurso de 1956 e acabou por não
ser construído. No entanto, hoje representa um “manifesto” na carreira deste
arquiteto, cujos conceitos devem ser apreciados.
Para a habitação, grande protagonista do projeto, foram previstos dois setores distintos:
habitação intensiva e extensiva. A primeira localiza-se ao redor do centro urbano, devendo
comportar a maioria da população e é composta por seis conjuntos/núcleos de 48 mil
habitantes, abrigados em três superblocos, cada um com 16 mil habitantes. Este
superblocos, por sua vez, são subdivididos em quatro unidades de 4 mil habitantes e
demais serviços complementares, como escolas, serviços e comércio próprio, com ruas
internas e sistema integrado de circulação vertical para facilitar a movimentação dos
moradores.
O projeto piloto de Brasília é percebido de tal modo que enaltece a habitação,
colocando-a no mesmo patamar de importância do que a monumentalidade das
sedes de governo. Deste modo, tem-se de um lado a moradia do homem como
protagonista da cidade, sendo ainda capaz de criar um ambiente de destaque
para os órgãos importantes do governo.
Partindo dos conceitos de cidade funcional e planejada de Le Corbusier e da carta de
Atenas, foi idealizada uma cidade polinucleada, com unidades de dimensões ótimas e
com condições desejáveis de isolação e ventilação, ressaltando quatro funções humanas
essenciais: (1) habitação; (2) trabalho; (3) cultivação do corpo e espírito; e, (4) circulação
Para sustentar os superblocos, com 300m de altura, 400m de largura e 18 de
profundidade, o engenheiro Paulo Fragoso, elaborou um surpreendente projeto estrutural
em aço. A distribuição desta habitação no espaço resulta em uma densidade populacional
de 288 hab./há.
Super bloco
Seu último projeto, o Centro Cívico de Santo André, 1965, vencedor do concurso que propunha
o deslocamento do centro político-administrativo para uma área limítrofe ao centro antigo, Levi
retoma a concepção de cidade polinuclear, pretendendo, entretanto, que o novo núcleo assuma
a função do core existente no centro urbano contíguo. São três níveis escalonados e
relacionados pela torre administrativa, com três praças de caráter e uso diversos,
hierarquizadas em função desses usos: a Praça Cívica na cota superior, a Praça Cultural na
intermediária e uma praça inferior para serviços,articulando as esferas política e cultural.
Fonte: LEVI, Rino, ANELLI, Renato, GUERRA, Abílio & KON, Nelson. Arquitetura e Cidade. São Paulo: Romano Guerra
Editora, 2001.
TESE DE DOUTORADO, SP, 2008 A OBRA DE RINO LEVI E A TRAJETORIA DA ARQUITETURA NO BRASIL,
BEATRIZ, MARIA DE CAMARGO ARANHA
casa.abril.com.br/arquitetura/livre/edições/0225/casas/mt_114402.shtml
www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/02.014/3223
www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/07.074/335
www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/10.120/3437
www.arquiteturabrutalista.com.br
LEVI, Rino. Arquitetura e estética das cidades. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 15 out. 1925. In: XAVIER, Alberto (org.).
Depoimento de uma
geração: arquitetura moderna brasileira. São Paulo: Cosac & Naify, 2003. p. 38-39.

LEVI, Rino. Rino Levi: Arquitetura e cidade. São Paulo: Romano Guerra, 2001. p. 96-97.
LEVI, Rino. Rino Levi: Arquitetura e cidade. São Paulo: Romano Guerra, 2001. p. 144-145.

SEGAWA, Hugo. Oswaldo Arthur Bratke. São Paulo: Pro Editores, 1997. p. 110.
THOMAZ, Dalva. Documento Oswaldo Bratke - Entre a idealização e a realidade. Revista AU, São Paulo, ano 8, n. 43,
ago-set, 1992, pp. 70-82.
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Arquitetura brutalismo

  • 1.
  • 2. A arquitetura brutalista é uma das mais marcantes tendências do panorama arquitetônico moderno, brasileiro e internacional, do período pós 2ª Guerra Mundial até pelo menos fins da década de 1970. As obras com ela identificadas caracterizam-se principalmente pela a utilização do concreto armado deixado aparente, ressaltando o desenho impresso pelas fôrmas de madeira natural, técnica que passou a ser empregada com mais freqüência na arquitetura civil naquele momento, tanto como recurso tecnológico como em busca de maior expressividade plástica. No Brasil a tendência brutalista comparece a partir de início dos anos 1950 em obras no Rio de Janeiro e São Paulo, ganhando certo destaque na obra de uma nova geração de talentosos arquitetos paulistas que despontava naquela década. O início da tendência brutalista no Brasil é concomitantemente, e não posterior, ao concurso e construção de Brasília, embora ganhe mais notoriedade e se consolide nos anos 1960 quando passa a repercutir nacionalmente. Várias de suas obras já podem ser consideradas como parte importante do patrimônio moderno, e nessa condição, vem merecendo vários estudos e pesquisas por parte de vários estudiosos. A arquitetura brutalista paulista pode ser entendida a partir de seus próprios valores arquitetônicos, que são universais e atemporais, e que lhe garantem seu status como um importante aspecto da arquitetura moderna brasileira.
  • 3. Oswaldo Arthur Bratke Botucatu - SP 1907 São Paulo - SP 1997 Arquiteto urbanista. Ingressou no curso de engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie em 1926. É um dos mais discretos entre os grandes arquitetos modernos brasileiros. Obteve destaque sobretudo pelos seus projetos residenciais - que, através de pesquisas sobre novos tipos de cobertura, esquadria, material e técnica não convencional, se tornam exemplos máximos na área . O arquiteto consolida também, a partir de uma experiência ímpar no coração da Amazônia, com os projetos das vilas Serra do Navio e Amazonas, de 1955 a 1960 - uma referência na busca de soluções urbanas e construtivas adequadas a uma situação específica. Em 1933, abre escritório com o colega Carlos Botti, a sociedade com lhe rende quase 500 projetos de casas nos bairros-jardim de São Paulo. Essa experiência, se não chega a lhe proporcionar o desenvolvimento de uma linguagem moderna, lhe fornece uma experiência fundamental no campo da construção. Bratke começa a despertar seu trabalho para a linguagem moderna ainda nos anos 1940. Após a morte de seu sócio, Carlos Botti, deixa de lado o acompanhamento da obra e se dedica aos projetos. Desenha alguns edifícios que prenunciam o vocabulário moderno que incorpora e reelabora com maestria a partir dos anos 1950, sobretudo depois de sua visita aos Estados Unidos, onde conhece as obras
  • 4. 1930 - Recebe a medalha de ouro na Seção Universitária do 4º Congresso Pan-Americano de Arquitetura do Rio de Janeiro, e ganha o concurso para o Viaduto Boa Vista, em São Paulo. Bairro de Perdizes - 1932 Higienópolis - 1942 Jardim Europa - 1942
  • 5. A partir de 1940, Bratke se envolve na urbanização do Jardim do Embaixador, em Campos do Jordão, São Paulo, onde projeta um bar e restaurante, algumas residências e o Grande Hotel Campos do Jordão. Trabalha em São Vicente, São Paulo, na urbanização da Ilha Porchat, em 1942. Jardim Embaixador Croqui bar e restaurante – Campos do Jordão SP Croqui de estudos da Ilha Porchat
  • 6. A partir da década de 40, projeta alguns edifícios em São Paulo, entre os quais o Edifício Jaçatuba, 1942, o Edifício ABC, 1949 (um dos primeiros prédios em altura a adotar a curtain-wall, fachada envidraçada orientada para a face menos exposta ao sol). Em 1956, projeta o Edifício Renata Sampaio Ferreira, um embasamento para comércio e serviços, e um volume vertical para escritórios, solução difundida desde então, com fachadas revestidas de elementos vazados que garantem a proteção às esquadrias. Edifício Jaçatuba O Jaçatuba é um edifício de esquina e sua forma está estritamente vinculada à formação de uma quadra. Sua volumetria atendia a duas legislações de época, decorrentes do “Plano de Avenidas” e de legislações anteriores vinculadas à largura das ruas. Além das questões estéticas, ele é tanto fruto da legislação quanto da geometria do lote.
  • 7. Ed. Renata Sampaio Correia - 1956 Edifício Lineu Gomes - 1950 Edifício ABC - 1950 Edifício Avanhandava - 1953
  • 8. RESIDÊNCIA DO ARQUITETO – 1947 RUA AVANHANDAVA
  • 9. 1951 - É eleito presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil - IAB-SP por duas gestões, até 1954, ano em que participa do júri de arquitetura da 2ª Bienal Internacional de São Paulo, e do 4º Congresso Brasileiro de Arquitetos. TERMAS DE LINDÓIA - 1952
  • 10. Mas é no programa residencial que Bratke se destaca. Ao lado do colega engenheiro Oscar Americano, inicia a urbanização do bairro do Morumbi, onde constrói a própria residência, em 1951, marco em sua trajetória profissional, menção especial na 1ª Bienal Internacional de São Paulo. Uma estrutura simples e modulada de pilares esbeltos coberta por uma laje plana (a primeira utilizada pelo arquiteto) constitui um volume prismático articulado por cheios e vazios que se alternam nas fachadas através de fechamentos, elementos vazados e varandas. A planta admite reordenações, já que as paredes internas são resolvidas com armários e fechamentos leves. CASA DO ARQUITETO 1951 croqui execução planta conclusão
  • 11. Em seguida, projeta a residência Oscar Americano, 1954 (hoje Fundação Maria Luiza e Oscar Americano), adotando o mesmo partido, porém em proporções maiores: dois níveis sobrepostos a partir da topografia do terreno, no mesmo jogo entre cheios e vazios que garantem a leveza do conjunto e a integração com a paisagem. RESIDÊNCIA OSCAR AMERICANO
  • 12. RESIDÊNCIA OSCAR AMERICANO Pelas dimensões, a casa possui peculiaridades. Foi implantada no alto em relação ao acesso e um tanto angulada, de forma que o visitante percebesse, de inicio a massa construída. Para não parecer muito densa, Bratke fez um truque. No setor dos dormitórios, existe uma saliência mais fina, deixando aparentemente mais leve a fachada da lateral. Nesta casa permanecem os testemunhos da capacidade de Bratke de criar texturas, cheios e vazios, efeitos de luz e sombra.
  • 13. Residência Joly - 1953 Residência Rua Sofia 1945
  • 16. Vencendo uma concorrência promovida pela Indústria e Comércio de Minérios S.A. (Icomi), em 1955, Bratke parte para o desafio de criar uma cidade nova no interior do Amapá. Condizente com seu espírito inventivo e engenhoso, o projeto reúne todos os requisitos para que desenvolva plenamente suas idéias. Dimensiona os núcleos urbanos e planeja o assentamento com base na polarização de dois bairros (o operário e o de funcionários de médio e alto padrão), ligados pelo centro cívico, formado de praça, administração e comércio, além da escola de 1º grau, o hospital (referência na região), o posto de saúde e o centro esportivo. Vila Serra do Navio
  • 17.
  • 18. Vila Serra do Navio se estrutura segundo um núcleo linear e distendido que reúne e ordena todas as edificações e atividades de interesse coletivo, além de associar, com áreas verdes urbanizadas, dois afastados setores habitacionais. A concisão parece ter sido alcançada com remanejamento posterior quando o setor esportivo faz a ligação dos dois grupos de moradia. Croqui casa operário Croqui casa funcionário médio
  • 19.
  • 20.
  • 21. As residências seguem plantas padrão cujo tamanho varia de acordo com a atribuição do funcionário. Construídas com blocos de concreto e cobertas com telhas de fibrocimento (materiais pouco adequados ao isolamento térmico necessário em região tão quente), têm sistemas de ventilação baseados em janelas venezianas com paletas móveis que garantem o conforto térmico desejado. capela
  • 22. DETALHAMENTO DE MÓVEIS E ESQUADRIAS
  • 23. Rino Levi São Paulo SP 1901 - Lençóis BA 1965. Arquiteto, urbanista. Filho de imigrantes italianos, ingressa na Escola Preparatória e de Aplicação para os Arquitetos Civis em Milão, Itália, em 1921. Em 1924, transfere-se para a Escola Superior de Arquitetura de Roma. Ali, conhece os arquitetos italianos Adalberto Libera (1903 - 1963) e Marcello Piacentini (1881 - 1960), em cujo escritório faz estágio. Em 1925, ainda estudante, envia ao jornal O Estado de S. Paulo uma carta que é publicada com o título Arquitetura e Estética das Cidades, considerada uma das primeiras manifestações por uma arquitetura moderna no Brasil. Em consonância com as posições da escola romana, propõe uma modernização sem rupturas com a tradição clássica. Retorna ao Brasil em 1926, e trabalha por um ano na Companhia Construtora Santos. Inicia uma carreira independente em 1927, construindo pequenas residências e conjuntos de casa de aluguel para membros da comunidade italiana paulista. Em 1929, visita a Casa Modernista, de Gregori Warchavchik, que influencia vivamente a sua produção.
  • 24. Levi tem participação decisiva na constituição do Instituto de Arquitetos do Brasil IAB, em 1933. Vence, com outras duas equipes, o concurso promovido para a sede do IAB em São Paulo, 1946, com o projeto desenvolvido em seu escritório. Participa da criação do Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM, em 1948, e torna-se diretor-executivo da instituição. Integra o 1º Congresso Brasileiro de Arquitetos, realizado em São Paulo em 1945, ano em que se torna membro do Congresso Internacional de Arquitetura Moderna - CIAM. Em 1952 chefia a delegação brasileira no 8º Congresso Pan-Americano de Arquitetos, no México, e é eleito diretor do IAB/SP, onde permanece por duas gestões, até 1955. Em 1957, ao lado de Vilanova Artigas (1915 - 1985) e outros colegas, organiza uma proposta de reelaboração do ensino na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo - FAU/USP, onde leciona até 1959. Sua arquitetura procurava integrar-se à paisagem e buscava uma relação interiorexterior com a mesma intensidade com que se preocupava em construir o espaço urbano. Rino Levi destrinchava os programas de necessidades com precisão, mas ainda teve tempo e disposição para lutar por uma regulamentação profissional. Por tudo isso, tornou-se um arquiteto-modelo e seu estúdio, uma escola. Tem atuação destacada também na imprensa, discutindo temas ligados à cidade e à arquitetura.
  • 25. “Progetto di uma Banca” – trabalho do aluno Rino Levi na “Scuola Superiore di Architettura, Roma – 1925/26 Ante-projeto para sede do Automóvel Clube de São Paulo, concurso de 1927
  • 26. Residência Ferrabino, SP -1931 1.ª versão
  • 27. Edifício Columbus – 1930/34 A modernidade inicial de Levi deve muito à estética déco. O Edifício Columbus, (primeiro condomínio de apartamentos da cidade de São Paulo ), é exemplar quanto a esse momento. Levi inicia uma série de edifícios residenciais, todos com preocupações constantes na sua trajetória: a construção do espaço urbano, a integração com a paisagem e a setorização da planta por função.
  • 28. Cine Ufa-Palácio, 1936 A construção do Cine Ufa-Palácio, 1936, e o sucesso alcançado pela aplicação dos princípios de acústica lhe abrem as portas para um novo programa. Refletindo na forma do edifício as necessidades técnicas.
  • 29. Hotel Excelsior Cine Ipiranga - 1941 O hall das bilheterias constitui o ponto nodal do projeto, além de dividir os fluxos para os balcões e a platéia, sua forma circular torna imperceptível para o espectador a inflexão da planta do cinema, que gira alguns graus em relação à perpendicular da rua, com o objetivo de se acomodar ao formato irregular do lote
  • 30. Entre 1940 e 1942 projeta o Instituto de Educação Sedes Sapientiae, atual Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP, onde os volumes construídos se estruturam em função de um pátio interno. A circulação se dá ao redor desse espaço, protegida por marquises que levam à associação com as loggias e os pátios italianos. Entretanto, Levi reelabora os elementos de modo a transformá-los numa arquitetura própria. Inverte a forma das arcadas nas marquises onduladas, preenche o pátio com vegetação tropical, e constrói seu primeiro "teto-jardim".
  • 31. Maternidade Universitária – USP - 1944 Instituto Central do Câncer – SP – 1947/54 O projeto da Maternidade Universitária da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 1944, ainda que não tenha sido concretizado, obtém enorme reconhecimento entre seus pares, rendendo o Prêmio para Projeto de Edifício de Uso Público na 1ª Bienal Internacional de São Paulo, 1951. Após detalhado estudo das necessidades do programa, articulando usos complexos e conhecimentos científicos por uma sistemática colaboração com profissionais de outras áreas, Levi rompe com as tipologias hospitalares preexistentes, propondo 3 blocos separados reunindo usos afins, circulação hierarquizada e flexibilidade das plantas. O resultado são dois volumes especializados conectados por um longo volume horizontal de ligação. A partir daí, abrese a possibilidade de franca atuação nessa área, o que Levi desempenha com brilhantismo, sempre Hospital Geral Albert Einstein - 1958
  • 32. Edifício Banco Sul Americano - 1960/63 - hoje Banco Itaú Edifício sede FIESP – 1969/79
  • 33. Rino Levi dedicou sua vida profissional à busca de uma arquitetura moderna adequada ao Brasil, apesar da inspiração racionalista. O jardim, incorporado à casa, deixa de ser um complemento para tornar-se parte integrante da habitação. Para a proteção solar, utiliza desde pequenas marquises ou pérgulas para sombreamento, até fachadas internas compostas por elementos vazados de cerâmica, brises de concreto ou alumínio. Esta variedade de dispositivos de proteção demonstrou a preocupação de Rino Levi em adaptar a arquitetura ao clima local. Residência Olivo Gomes em São José dos Campos, SP - 1949 “Síntese das artes”, busca em suas obras, integrar arquitetura, paisagismo, mobiliário, afrescos e murais.
  • 34. O projeto de Rino Levi e sua equipe de arquitetos pra a construção da nova capital brasileira obteve terceiro lugar no concurso de 1956 e acabou por não ser construído. No entanto, hoje representa um “manifesto” na carreira deste arquiteto, cujos conceitos devem ser apreciados.
  • 35. Para a habitação, grande protagonista do projeto, foram previstos dois setores distintos: habitação intensiva e extensiva. A primeira localiza-se ao redor do centro urbano, devendo comportar a maioria da população e é composta por seis conjuntos/núcleos de 48 mil habitantes, abrigados em três superblocos, cada um com 16 mil habitantes. Este superblocos, por sua vez, são subdivididos em quatro unidades de 4 mil habitantes e demais serviços complementares, como escolas, serviços e comércio próprio, com ruas internas e sistema integrado de circulação vertical para facilitar a movimentação dos moradores.
  • 36. O projeto piloto de Brasília é percebido de tal modo que enaltece a habitação, colocando-a no mesmo patamar de importância do que a monumentalidade das sedes de governo. Deste modo, tem-se de um lado a moradia do homem como protagonista da cidade, sendo ainda capaz de criar um ambiente de destaque para os órgãos importantes do governo.
  • 37. Partindo dos conceitos de cidade funcional e planejada de Le Corbusier e da carta de Atenas, foi idealizada uma cidade polinucleada, com unidades de dimensões ótimas e com condições desejáveis de isolação e ventilação, ressaltando quatro funções humanas essenciais: (1) habitação; (2) trabalho; (3) cultivação do corpo e espírito; e, (4) circulação
  • 38. Para sustentar os superblocos, com 300m de altura, 400m de largura e 18 de profundidade, o engenheiro Paulo Fragoso, elaborou um surpreendente projeto estrutural em aço. A distribuição desta habitação no espaço resulta em uma densidade populacional de 288 hab./há.
  • 40. Seu último projeto, o Centro Cívico de Santo André, 1965, vencedor do concurso que propunha o deslocamento do centro político-administrativo para uma área limítrofe ao centro antigo, Levi retoma a concepção de cidade polinuclear, pretendendo, entretanto, que o novo núcleo assuma a função do core existente no centro urbano contíguo. São três níveis escalonados e relacionados pela torre administrativa, com três praças de caráter e uso diversos, hierarquizadas em função desses usos: a Praça Cívica na cota superior, a Praça Cultural na intermediária e uma praça inferior para serviços,articulando as esferas política e cultural.
  • 41. Fonte: LEVI, Rino, ANELLI, Renato, GUERRA, Abílio & KON, Nelson. Arquitetura e Cidade. São Paulo: Romano Guerra Editora, 2001. TESE DE DOUTORADO, SP, 2008 A OBRA DE RINO LEVI E A TRAJETORIA DA ARQUITETURA NO BRASIL, BEATRIZ, MARIA DE CAMARGO ARANHA casa.abril.com.br/arquitetura/livre/edições/0225/casas/mt_114402.shtml www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/02.014/3223 www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/07.074/335 www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/10.120/3437 www.arquiteturabrutalista.com.br LEVI, Rino. Arquitetura e estética das cidades. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 15 out. 1925. In: XAVIER, Alberto (org.). Depoimento de uma geração: arquitetura moderna brasileira. São Paulo: Cosac & Naify, 2003. p. 38-39. LEVI, Rino. Rino Levi: Arquitetura e cidade. São Paulo: Romano Guerra, 2001. p. 96-97. LEVI, Rino. Rino Levi: Arquitetura e cidade. São Paulo: Romano Guerra, 2001. p. 144-145. SEGAWA, Hugo. Oswaldo Arthur Bratke. São Paulo: Pro Editores, 1997. p. 110. THOMAZ, Dalva. Documento Oswaldo Bratke - Entre a idealização e a realidade. Revista AU, São Paulo, ano 8, n. 43, ago-set, 1992, pp. 70-82.