Krzysztof Kieslowski foi um cineasta polonês que se destacou no cinema documental e de ficção. Começou sua carreira na Polônia nos anos 1960 e 1970, quando produziu documentários que exploravam a realidade política e social do país. Mais tarde, dirigiu filmes de ficção que influenciaram o cinema europeu, como a trilogia "As Três Cores", baseada nos ideais da Revolução Francesa. Kieslowski faleceu em 1996, deixando um legado de obras que abordavam temas filosó
1. KrzysztofKieslowski Nascido em 27 de Junho de 1941, em Varsóvia, Polónia, graduado na Universidade de LodzFilmAcademy, em 1969, começou a sua carreira filmando documentários e curtas-metragens principalmente focado na vida da cidade dos trabalhadores, dos soldados, e da sociedade, a sua notoriedade começou no inicio dos anos 70 em grande parte graças aos documentários e curtas sobre a realidade politica da Polónia. Mais tarde nos anos 70 explora a relação entre o pessoal e o politico com estilo, franqueza e objectivismo tornam-no numa figura chave no cinema de “inquietação moral”. Muitos dos seus trabalhos foram censurados (Workers 1970…) outros banidos (Przypadek/Blind Chance), tendo que trabalhar para o próprio governo (Curriculum Vitae), foi fortemente criticado entre seus colegas, por cooperar com o governo, causas que o levaram a desistir do cinema documental e focar-se em parte no cinema de Longas-metragens. A sua estreia em cinema de longa-metragem deu-se em 1976 com Blizna (A Cicatriz), um drama de realismo que mostrava a realidade de uma pequena cidade. Seguiu Amator (Amador), um drama caracterizado por possuir um certo nível filosófico, onde a arte e o papel do artista estão intrinsecamente demonstrados. Mais tarde produziu outra serie de filmes alguns mais manifestante mente políticos e ai encontramos o BezKnoca (Sem Fim) e depois Pryzypadek, um drama com o tema politico social. A narrativa do seus documentários influenciou directamente os seus primeiros filmes de ficção. Krzysztof ainda desenvolveu projectos para a televisão polonesa, uma serie de filmes baseados nos Dez Mandamentos, todos tratando os conflitos morais. Nesta fase a apresentação da historia muda, ele diminui a quantidade mínima o dialogo e concentra-se em transmitir todo o poder da imagem. “As palavras são substituídas por uma poesia imagética.” O cineasta aprimora o seu estilo ao realizar os seus próximos filmes. Os últimos filmes do Kieslowski são realizados na França. os filmes “a Dupla vida de Veronique” e a trilogia das Cores (A liberdade é azul, A igualdade é Branca e A fraternidade é Vermelha). A trilogia veio ser o ponto alto da carreira do realizador, apresentando a ideia que ainda era possível criar poesia, beleza e emoção no cinema, visto que nos anos 90 vemos que o cinema era dominado pelo descartável cinema americano, reabilitando assim o cinema europeu, e elevando-o, e provando que a sensibilidade do artista ainda podia falar mais alto que as megaproduções cheias de tecnologia. Depois do seu ultimo filme da trilogia, decide aposentar-se alegando estar cansado de fazer cinema. Porem inicia a escrita do roteiro para outra trilogia “Paraíso, Purgatório e Inferno” baseados na Divina comedia de Dante Alighieri. E que não chega a concluir antes da sua morte em 1996 com 56 anos. KrzystofKieslowski foi um marco no cinema europeu e inspiração para muitos mostrando um cinema único e digno, tornando-o num grande director da historia do cinema Mundial.
2. A Técnica de KrzysztofKieslowski Nos primórdios da sua carreira de cineasta, Kieslowski destacou-se no cinema documental, tendo como grande objectivo a apresentação da realidade social da Polónia nos períodos de 60, 70. Esse destaque notou-se nas suas primeiras linhas de produção de cinema de longas metragens, cativando de forma muito informativa todo o conteúdo dos seus filmes. Está fase é decorrida maioritariamente na Polónia. A sua forma de de narrar a sua historia muda completamente a partir da serie “Decalogo”, onde deixa de dar enfase ao dialogo e passa a narrar a historia através de imagem luz e cores, criando poesia através de imagem. Esta técnica foi aprimorada nos próximos filmes que realiza, elevando o cinema europeu a outro patamar.
3. Portefolio 1966 - O escritório (Urzad) Curta que mostra a burocracia do serviço público polonês (e possivelmente mundial). 1968 - A fotografia (Zdjecie) (TV) 1968 - Da cidade de Lódz (Z miastaLodzi) 1967 - Concerto de pedidos (Koncertzyczen) 1966 - O trem (Tramwaj)
4. 1974 - Passagemsubterrânea (Przejsciepodziemme) (TV) 1974 - Primeiro amor (Pierwszamilosc) (TV) 1974 - Raio X (Przeswietlenie) 1973 - Pedreiro (Murarz) 1972 - Entre Wroclawiem e Zielona Gora (MiedzyWroclawiem a Zielona Gora) 1972 - Princípios de segurança e higiene numa mina (Podstawy BHP w kopalnimiedzi) 1972 - Refrão (Refren) 1971 - Fabryka 1971 - Antes da reunião (Przedrajdem) 1971 - Trabalhadores nada sobre nóssemnós (Robotnicy 1971 - Nic o nasbeznas) 1970 - Eu era um soldado (Bylemzolnierzem
5. 1979 – Amator 1978 - Sete mulheres de idades diferentes (Siedemkobiet w róznymwieku) 1978 - O ponto de vista do porteironoturno (Z punktuwidzenianocnegoportiera) 1977 - Eu nãosei (Niewiem) 1976 - A cicatriz (Blizna) 1976 - Pessoal (Personel) (TV) 1976 – Klaps 1976 - Hospital (Szpital) 1975 - Curriculum vitae (Zyciorys)
6. 1985 - Sem fim (Bezkonca) 1981 - Dia curto de trabalho (Krótkidzienpracy) (TV) 1980 - A calma (Spokój) (TV) 1980 - Estação de trens (Dworzec) 1980 - Pessoas que falam (Gadajaceglowy)
7. 1990 - City life1989 - Decálogo (Dekalog) (TV) 1989 - Dekalog, dziesiec (TV) 1988 - Não amarás (Krótki film o milosci) 1988 - Não matarás (Krótki film o zabijaniu) 1988 - Siedemdni w tygodniu 1987 - Sortecega (Przypadek)
8. 1993 - A liberdade é azul (Troiscouleurs: Bleu) Sinopse Após um trágico acidente em que morrem o marido e a filha de uma famosa modelo (JulietteBinoche), ela decide por renunciar sua própria vida. Após uma tentativa fracassada de suicídio, ela volta a se interessar pela vida ao se envolver com uma obra inacabada de seu marido, que era um músico de fama internacional. "A Liberdade é Azul" é o primeiro filme de uma trilogia realizada por Kieslowski em homenagem à França, inspirada nos princípios da revolução francesa (Liberdade, Igualdade e Fraternidade) e representada pelas cores da bandeira desse País: Azul, Branco e Vermelho. Os dois outros filmes que completam a trilogia são "A Igualdade é Branca" e "A Fraternidade é Vermelha".Como o título indica, o filme exalta a liberdade, o que é feito com extrema sensibilidade e com grandes atuações do elenco. JulietteBinoche está perfeita no papel de JulieVignon, numa das maiores interpretações de sua carreira. Do restante do elenco, destaco as atuações de HélèneVincent e de FlorencePernel. Vale ainda a pena ressaltar a música de ZbigniewPreisner e a fotografia de SlavomirIdziak.
9. 1994 - A igualdade é branca (Trzykolory: Bialy) Sinopse KarolKarol, um cabeleireiro polonês expatriado, recebe uma intimação para comparecer ao Palácio de Justiça de Paris e se surpreende ao saber que Dominique, sua esposa, quer o divórcio após seis meses de casamento, alegando impotência de sua parte. Sem falar absolutamente uma palavra em francês e por não conseguir deixar de amá-la, ele sente na pele a rejeição, a miséria e a falta de incentivo à vida.Sem dinheiro e destituído de seu passaporte, KarolKarol consegue voltar para a Polônia como clandestino. Uma vez lá, aos poucos ele vai reconstruindo sua vida e, com o tempo, consegue amealhar uma considerável fortuna. As dores amorosas, entretanto, continuam ainda a serem sentidas.Não suportando mais essa situação, ele bola um diabólico plano para se vingar de sua amada, mesmo continuando a amá-la loucamente.
10. 1994 - A fraternidade é vermelha (Troiscouleurs: Rouge) É o terceiro filme da trilogia das cores, baseada nas três cores da bandeira francesa e nas três palavras do lema da Revolução Francesa - liberdade, igualdade e fraternidade. O filme completa completa a trilogia e trata do ideal da fraternidade. Sinopse Valentine está dirigindo seu carro de volta para casa quando atropela algo em seu caminho. Ao descer do veículo, encontra uma cachorrinha ferida, com o endereço de seu dono na coleira. Assim ela passa a conhecer a pessoa que iria alterar o curso de sua vida: um juiz aposentado, que termina seus dias espionando as conversas telefônicas de seus vizinhos. Por trás deste estranho comportamento, está o enigma de um homem cujo motivo vital é tomar posse da intimidade daquelas pessoas e acompanhar passo a passo o desenrolar de seus destinos.
11. Prémios e Nomeações Recebeu uma nomeação ao Óscar de Melhor Realizador, por "A Fraternidade é Vermelha" (1994). Recebeu uma nomeação ao Óscar de Melhor Argumento Original, por "A Fraternidade é Vermelha" (1994). Recebeu uma nomeação ao BAFTA de Melhor Realizador, por "A Fraternidade é Vermelha" (1994). Recebeu uma nomeação ao BAFTA de Melhor Filme Estrangeiro, por "A Fraternidade é Vermelha" (1994). Recebeu uma nomeação ao BAFTA de Melhor Argumento Original, por "A Fraternidade é Vermelha" (1994). Recebeu duas nomeações ao César de Melhor Filme, por "A Liberdade é Azul" (1993) e "A Fraternidade é Vermelha" (1994). Recebeu duas nomeações ao César de Melhor Realizador, por "A Liberdade é Azul" (1993) e "A Fraternidade é Vermelha" (1994). Recebeu duas nomeações ao César de Melhor Argumento Original, por "A Liberdade é Azul" (1993) e "A Fraternidade é Vermelha" (1994). Recebeu duas nomeações ao IndependentSpiritAwards de Melhor Filme Estrangeiro, por "A Dupla Vida de Veronique" (1991) e "A Fraternidade é Vermelha" (1994). Venceu por "A Fraternidade é Vermelha". Recebeu uma nomeação ao EuropeanFilmAwards de Melhor Argumento, por "Paraíso" (2002). Ganhou o Prémio do Júri no Festival de Cannes, por "Não Matarás" (1988). Ganhou o Prémio Ecuménico do Júri no Festival de Cannes, por "A Dupla Vida de Veronique" (1991). Ganhou duas vezes o Prémio FIPRESCI no Festival de Cannes, por "Não Matarás" (1988) e "A Dupla Vida de Veronique" (1991). Ganhou o Urso de Prata de Melhor Realizador no Festival de Berlim, por "A Igualdade é Branca" (1994). Ganhou o Leão de Ouro no Festival de Veneza, por "A Liberdade é Azul" (1993). Ganhou o Prémio FIPRESCI no Festival de Veneza, por "Decálogo" (1989). Ganhou o Prémio Especial do Júri no Festival de SanSebastian, por "Não Amarás" (1988). Ganhou duas vezes o Prémio OCIC no Festival de SanSebastian, por "Não Amarás" (1988) e "Decálogo" (1989). Ganhou o Prémio Bodil de Melhor Filme Não-Americano, por "A Fraternidade é Vermelha" (1994). Ganhou duas vezes o Prémio Bodil de Melhor Filme Europeu, por "Não Matarás" (1988) e "Decálogo" (1989). Ganhou o Prémio da Crítica na Mostra de Cinema de São Paulo, por "Decálogo" (1989). Ganhou o Prémio do Público na Mostra de Cinema de São Paulo, por "Não Amarás" (1988).
12. Bibliografia, Web grafia, Autoria Web Grafia http://subjectiva.blogspot.com http://cinebuli.blogspot.com http://pt.wikipedia.org/wiki/Trois_couleurs:_Bleu http://www.sensesofcinema.com/2003/great-directors/kieslowski/ http://www.petey.com/ http://www.filmref.com/directors/dirpages/kieslowski.html http://www.facebook.com/pages/Krzysztof-Kieslowski/8754868403?v=wall Blibografia Geoff Andrew, The ‘ThreeColours’ Trilogy, London, British Film Institute, 1998 Paul Coates (ed.), Lucid Dreams: The Films of KrzysztofKieslowski, Wiltshire, FlicksBooks, 1999 AnnetteInsdorf, DoubleLives, Second Chances, New York, Hyperion, 1999 Autor: Nelson Fernandes Nº: 41115 Comunicação e Multimédia