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Saúde comunitária
Saúde
Conceito em movimento
Paradigma

Mágico - religioso

Biomédico

Holístico

Visão do mundo

Saúde

Doença

O controlo do mundo está sob o
controlo de forças sobrenaturais,
deus ou outra força sobrenatural
do bem ou do mal tem o
controlo; os humanos estão à
mercê destas forças

Dádiva ou recompensa
como sinal da vontade de
Deus, ou como uma bênção

Originada por um agente
sobrenatural, com ou sem
justificação, bruxaria.

A vida é controlada por
processos físicos e bioquímicos
que podem ser estudados e
manipulados pelo homem

A mente e o corpo são
entidades distintas. Existe
uma causa para a doença,
mesmo que desconhecida.

Harmonia, equilíbrio natural. A
vida humana é apenas um
aspecto da natureza e parte da
ordem natural do cosmos. Cada
coisa tem o seu lugar e
desempenha o seu papel de
acordo com as leis de
manutenção da ordem

Actividades para a
prevenção da doença;
recuperação através do
exercício, medicamentos,
tratamentos e outros meios.
Meio ambiente,
comportamentos e factores
socioculturais influenciam a
manutenção da saúde e a
prevenção da doença.
Manter e restaurar o
equilíbrio é importante para
a saúde.

A causa da doença não é orgânica,
é mística.
Causas: possessão por espíritos
malignos, quebra de um tabu,
forças sobrenaturais (bruxaria,
sacrilégio)
O desgaste, acidente, traumatismo,
elementos patogénicos e
desiquilíbrios bioquímicos e de
fluidos. Existe uma relação causaefeito para acontecimentos
naturais. A vida relaciona-se com
estruturas e as funções com as
máquinas
Doenças, desiquilíbrio e caos são
o resultado da alteração das leis do
universo

Adaptado Romper et al 1995
Adaptado de Garcia Martinez et al, 2000

Modelo Patogénico

Modelo Salutogénico

(Paradigma da doença)

(Paradigma da saúde)

Tratamento dos sintomas
Trabalho especializado, cuidado direccionado
para um determinado órgão
O profissional assume uma postura neutra nas
intervenções
As intervenções baseiam-se em actos cirúrgicos
e intervenções farmacológicas
O corpo é perspectivado como uma máquina em
bom ou mau estado

Procura as causas dos sintomas e implementa
tratamento; preocupa-se com a totalidade do
indivíduo
A atenção que o profissional dedica ao indivíduo
faz parte do processo do processo de
intervenção
Evitam intervenções invasivas, procuram
intervenções não agressivas (psicoterapia,
alimentação, exercício…)
O corpo é visto como um sistema dinâmico

A componente psíquica é secundária a um
problema orgânico

A componente psíquica é o factor principal em
todas as patologias

Procura eliminar os sintomas da doença

Procura obter um bem-estar óptimo, uma “metasaúde”

O indivíduo é dependente do profissional

O indivíduo é (ou deve ser) autónomo

O profissional é uma autoridade

O profissional é um interlocutor terapêutico

A prevenção é fundamentalmente individual:
vitaminas, exercício, não fumar…

A prevenção engloba todos os aspectos da vida
humana. Trabalho, relações humanas,
motivação…
“Saúde é uma qualidade da vida que envolve a aptidão
social, emocional, mental, espiritual e biológica por parte
do indivíduo, resultante das adaptações ao meio ambiente.”
Dubos, R. 1968. Man, medicine, and environment. New York: Praeger

René Dubos 1901-1982

“ Saúde é um estado de bem estar físico, mental e social e a
capacidade para funcionar, e não somente a ausência de se sentir
doente ou incapacitado” Milton Terris “APPROACHES TO AN EPIDEMIOLOGY
OF HEALTH “ American Journal of Public Health 65 (1975): 1037-1045

Milton Terris - 1915-2002
Saúde: Definições e conceitos
“…a saúde não é simplesmente a ausência de doença; é algo positivo,
uma atitude de alegria face à vida e a aceitação entusiasta das
responsabilidades que a vida impõe ao indivíduo. …
Uma pessoa saudável, é um ser humano com um equilíbrio físico e
mental bem balanceado, bem adaptado ao seu meio físico e social…
“Medicine and Human Welfare, New Haven:Yale University Press, 1941.
Henry Sigerist 1891-1957

“É um estado de completo bem estar
físico, mental e social e não meramente a
ausência de doença ou enfermidade”.
OMS (1948)

Saúde “ El logro del más alto nivel de bienestar físico,
mental y social y de capacidad de funcionamiento que
permitan los factores sociales en los que viven inmersos
el individuo y la colectividad.” 1985.
Salleras Sanmartí

OMS
Determinantes: Saúde/Doença

M Lalonde: New Perspectives for the health of Canadians, 1974

Biologia
Genes
Idade
Sexo

Ambiente
Físico

Água
Ar
Radiações
Agentes
infecciosos

Estilos
de vida

Álcool
Social
Económico Tabaco
Pobreza
Classe Social
Emprego
Educação
Desigualdades

Nutrição
H. Sexuais
Exercício
Drogas

Serviços
Saúde
Acesso
Equidade
Serviços
Saúde Pública
Medicamentos
Cuidados
Primários
Revoluções da saúde

Transmissíveis

Agente infeccioso
Século XIX

Foco na (promoção) da saúde

Doenças crónicas
Não transmissíveis

3ª revolução da saúde

Doenças infecciosas

2ª revolução da saúde

1ª revolução da saúde

Foco na (prevenção) da doença

Comportamentos
de risco
Meio séc.
XX
Transição epidemiológica

Milton Terris: revoluções epidemiológicas

Saúde
Recurso para
a vida

Bem - estar
Final sec XX
Determinantes: Saúde/Doença
Contribuição potencial
para a redução da mortalidade

Afectação de gastos para
a saúde nos EUA

100%
90%
80%

11
19

90

70%
60%
50%

43

40%
30%
20%

1,5
27

1,6

10%

7,9

0%
Biologia Humana

Ambiente

Estilos de Vida

Fonte: Dever, GEA, Soc. Ind. Res. 1976(2), 465
“ An epidemiological model for Health Policy Analysis”

Sistema de Saúde
Conferência Alma Ata (1978)
- cuidados de saúde primários -

•
•
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•
•
•

Um conjunto de actividades:
Educação para a Saúde
Alimentação e nutrição apropriadas
Água potável e saneamento básico
Cuidados à grávida e à criança
Vacinação
Prevenção e controlo das doenças endémicas
Tratamento Básico dos problemas de saúde
Provisão de medicamentos essenciais
30 anos de Promoção da saúde
• 1986 – I Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (Canadá)
Carta de Ottawa sobre Promoção da Saúde
• 1988 – II Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (Austrália)
Declaração de Adelaide sobre Políticas Públicas Saudáveis
• 1991 – III Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (Suécia)
Declaração de Sundsval sobre Ambientes Favoráveis à Saúde
• 1997 – IV Conferência Internacional sobre Promoção da saúde (Jakarta)
Declaração de Jakarta sobre Promoção da Saúde no Século XXI
2000 – V Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (México)
Declaração do México sobre a consecução do nível de saúde, como
elemento positivo para o aproveitamento da vida e necessário para o
desenvolvimento social e económico e para a equidade...
2005 – VI Conferência internacional sobre Promoção da Saúde (Bangkok)
Carta de Bangkok sobre determinantes da Saúde, num mundo
globalizado.
Carta de Ottawa 1986
É o processo de capacitação da
população para aumentar o
controlo sobre a sua própria saúde
e melhorá-la.
Carta de Otawa para a Promoção da
Saúde- 1986

• A Promoção da Saúde deve ter
•
•
•
•
•

cinco áreas:

Estabelecer políticas saudáveis;
Criar ambientes favoráveis à saúde;
Desenvolver as competências pessoais;
Reforçar a acção comunitária;
Reorientar os Serviços de saúde;
Promoção de Saúde/ Educação para a Saúde
(Mª Rosário Dias e al. 2004)

• A promoção da saúde é qualquer combinação de estratégias de

educação para a saúde e apoios de tipo organizativo, legislativo ou
normativo, económico e ambiental que facilitem as práticas de
comportamentos saudáveis. A promoção da saúde é um processo
amplo por meio do qual os indivíduos, os grupos e as comunidades
melhoram o seu controlo sobre os determinantes pessoais e
ambientais da saúde.

(Costa e López (1996)

• A educação para a saúde constitui-se como um instrumento, para
alcançar os objectivos da promoção da saúde, assumindo uma
função vanguardista na estratégia global da promoção da saúde.
(Tones, 1988)
Educação para a Saúde
(Mª Rosário Dias e al. 2004)

(…)“uma acção exercida sobre os indivíduos no sentido de
modificar os seus comportamentos, a fim de adquirirem
e conservarem hábitos de saúde saudáveis,
aprenderem a usar judiciosamente os serviços de
saúde que têm à sua disposição e estarem capacitados
para tomar, individual ou colectivamente,
as decisões que implicam a melhoria do seu estado
de saúde e o saneamento do meio em que
vivem” (OMS, 1969)
A educação para a saúde é, pois, uma estratégia
da promoção da saúde
Barreiras ao avanço da PS
• Incompreensão generalizada do alcance e dos
•
•
•
•
•
•
•

benefícios da PS
Importância excessiva do modelo médico – curativo
Necessidade de financiamento
Burocracia
Falta de capacitação e de formação de recursos
humanos
Necessidade de descentralização das acções
Mudanças nas políticas e nos programas
Necessidade de identificar evidências da eficácia das
acções.
A promoção da saúde e a prevenção da doença
- Calero, Miguel, y, Fernández, 2006-

Promoção da saúde
Os objectivos

Actuar sobe os determinantes da
saúde

Prevenção
Reduzir os factores de risco e as
doenças.
Proteger contra riscos específicos

A quem se
dirigem as
acções

À população em geral.
Aos grupos e às comunidades.
A processos sociais, condições de
vida e sistemas que requerem
alterações

A pessoas ou a grupos em risco
de adoecer por alguma causa
(prevenção primária).
A indivíduos e grupos em risco e
já doentes sem manifestações
obvias de doença (prevenção
secundária).
A doentes a quem se quer
prevenir complicações e morte
(prevenção terciária)
Modelos e marcos
conceptuais

Modelo de determinantes da
saúde.

Modelos de saúde pública e
epidemiologia

Modelos socio-políticos ecológicos
e sócio- culturais
Modelo de investimento em saúde
Tipo de actores

Promove a participação de novos
actores sociais; os políticos, os
representantes da sociedade civil,
a comunidade, etc.

Predominam os prestadores de
serviços e os profissionais das
ciências da saúde.

Métodos e estratégias

Utiliza métodos diversos e
complementares. A educação para
a saúde, a comunicação e o
mercado social.

A educação para a Saúde.

Desenvolvimento comunitário,
participação comunitária e
empoderamento.

Prevenção secundária; provas de
detecção, diagnóstico e tratamento

A formulação de políticas públicas
e legislação.
Medidas fiscais.
Alteração organizacional.
Promover ambientes físicos e
sociais favoráveis à saúde

Prevenção primária; identificar riscos,
reduzir susceptibilidade ou exposição
antes do surgimento da doença.

precoce para evitar o progresso ou
recorrência da doença.
Avaliar os efeitos da doença e dos
danos
Educação em saúde:
Conceitos essenciais
Promoção
É o processo de capacitação da
população para aumentar o controlo
sobre a sua própria saúde e melhorála. Ottawa, 1986

Dimensões:
Curricular
Psicossocial
Ecológica
Comunitária
Implicações:
-A quem atribuir a
responsabilidade da saúde?
-Quem são os alvos de
intervenção?

“ Fornecer os meios e as
oportunidades, tornar possível, prático,
simples, e dar poder legal, capacidade
ou autorização para”. Albuquerque , 1999

-Até onde devemos/podemos
promover a saúde?
Prevenção

Implica um conjunto de acções antecipatórias
que visam diminuir a probabilidade do
aparecimento de um acontecimento ou de
uma situação
- Antes que –

Consiste em ajudar o indivíduo dotando-o de
aptidões para dar respostas mais
funcionais e adequadas
- Junto de -

Primária
Secundária
Terciária
(Caplan 1964)

Universal
Selectiva
Precoce (indicativa)
(Gordon, 1987)
Concepção pedagógica de EPS

Educação

EPS

Sentido amplo: fenómeno social

Saúde

Produto social: Equilíbrio entre o bem estar
físico, mental e social

Sentido restrito: processo pedagógico

Executores

Alunos
Técnicos de Educação
Técnicos de Saúde
Família
Comunidade
Educação para a saúde
Saúde

Educação
Em sentido amplo

Produto social

Aprendizagem

Educação
em sentido restrito
Escola

Ensino

Instrução

Educação para a Saúde

Promoção da Saúde

+ Cooperação

+ Conhecimento

+ Participação

+ Compreensão

Desenvolvimento

+ Bem estar

+ Responsabilidade

Formação

-Doença

+ controlo sobre as
determinantes da saúde

Estilos de vida saudáveis
Projectar e avaliar em EPS

- Poderia dizer-me,
por favor, qual o
caminho para eu
sair daqui?

- Oh, mas
isso
depende
muito,
minha cara
menina, do
lugar para
onde você
quer ir…

- Quero ir

para a
Cidade da
Saúde, na
rua da
Escola. É
lá a minha
casa nº1.

-Nesse
caso, vou
mostrar e
emprestarlhe um
mapa…
Tem aqui
um
caminho
…
Quem caminha?
. Agentes

Motivação e
formação dos
agentes
Mobilização
Participação
Envolvimento

- Educandos
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. Contextos Parcerias
- Escolar

Mudança

- Familiar
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Manutenção
dos ganhos

- Comunitário
Necessidade
de reforço
Para onde?
Prevenção
Primária
Secundária
Terciária
Universal
Selectiva
Indicada

Necessidades
Promoção da Saúde
Identificação e
hierarquização Capacitar os indivíduos
para Compreenderem
necessidades e problemas
Acesso ao grupo
destinatário

Facilitar a adopção de
comportamentos
de saúde

Específica
Inespecífica
Passiva
Activa

Utilizando recursos
Internos e externos

Objectivos a
atingir
Por onde?
Conteúdos
Necessidades

Grupo
destinatário

contexto

objectivos
Recursos
Parcerias
tempo

Metodologias
Dinâmica
da acção

Projecto
Fases e elementos
•Diagnosticar
•Planificar
•Aplicar
•Avaliar
•Divulgar

Actividades

Relação
educativa
Resultados
Projectar e avaliar
-fases e elementosPlanificação

Objectivos
Grupo
destinatário

Necessidades

Avaliação
inicial
(Adaptado de Lopez, 1993)

Conteúdos

Actividades
Recursos

Avaliação
processual

Dinâmica
da acção

contexto

Efeitos
Resultados
Resultados
previstos

Estrutura
dos conteúdos

Aplicação

Resultados
não previstos

Diagnóstico

Avaliação final
Planificar para melhora agir
Definir problemas
e prioridades
Executar o plano

Definir um
plano de acção

Criar um plano
de avaliação

Estabelecer metas
e objectivos

Escolher estratégia
Para atingir as metas

Identificar os recursos
necessários e
os existentes
Pilares da educação ao longo da vida

• Aprender a conhecer………….…….Saber
• Aprender a fazer………………..... Saber-

fazer
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Saúde comunitária: paradigmas, conceitos e determinantes

  • 2. Saúde Conceito em movimento Paradigma Mágico - religioso Biomédico Holístico Visão do mundo Saúde Doença O controlo do mundo está sob o controlo de forças sobrenaturais, deus ou outra força sobrenatural do bem ou do mal tem o controlo; os humanos estão à mercê destas forças Dádiva ou recompensa como sinal da vontade de Deus, ou como uma bênção Originada por um agente sobrenatural, com ou sem justificação, bruxaria. A vida é controlada por processos físicos e bioquímicos que podem ser estudados e manipulados pelo homem A mente e o corpo são entidades distintas. Existe uma causa para a doença, mesmo que desconhecida. Harmonia, equilíbrio natural. A vida humana é apenas um aspecto da natureza e parte da ordem natural do cosmos. Cada coisa tem o seu lugar e desempenha o seu papel de acordo com as leis de manutenção da ordem Actividades para a prevenção da doença; recuperação através do exercício, medicamentos, tratamentos e outros meios. Meio ambiente, comportamentos e factores socioculturais influenciam a manutenção da saúde e a prevenção da doença. Manter e restaurar o equilíbrio é importante para a saúde. A causa da doença não é orgânica, é mística. Causas: possessão por espíritos malignos, quebra de um tabu, forças sobrenaturais (bruxaria, sacrilégio) O desgaste, acidente, traumatismo, elementos patogénicos e desiquilíbrios bioquímicos e de fluidos. Existe uma relação causaefeito para acontecimentos naturais. A vida relaciona-se com estruturas e as funções com as máquinas Doenças, desiquilíbrio e caos são o resultado da alteração das leis do universo Adaptado Romper et al 1995
  • 3. Adaptado de Garcia Martinez et al, 2000 Modelo Patogénico Modelo Salutogénico (Paradigma da doença) (Paradigma da saúde) Tratamento dos sintomas Trabalho especializado, cuidado direccionado para um determinado órgão O profissional assume uma postura neutra nas intervenções As intervenções baseiam-se em actos cirúrgicos e intervenções farmacológicas O corpo é perspectivado como uma máquina em bom ou mau estado Procura as causas dos sintomas e implementa tratamento; preocupa-se com a totalidade do indivíduo A atenção que o profissional dedica ao indivíduo faz parte do processo do processo de intervenção Evitam intervenções invasivas, procuram intervenções não agressivas (psicoterapia, alimentação, exercício…) O corpo é visto como um sistema dinâmico A componente psíquica é secundária a um problema orgânico A componente psíquica é o factor principal em todas as patologias Procura eliminar os sintomas da doença Procura obter um bem-estar óptimo, uma “metasaúde” O indivíduo é dependente do profissional O indivíduo é (ou deve ser) autónomo O profissional é uma autoridade O profissional é um interlocutor terapêutico A prevenção é fundamentalmente individual: vitaminas, exercício, não fumar… A prevenção engloba todos os aspectos da vida humana. Trabalho, relações humanas, motivação…
  • 4. “Saúde é uma qualidade da vida que envolve a aptidão social, emocional, mental, espiritual e biológica por parte do indivíduo, resultante das adaptações ao meio ambiente.” Dubos, R. 1968. Man, medicine, and environment. New York: Praeger René Dubos 1901-1982 “ Saúde é um estado de bem estar físico, mental e social e a capacidade para funcionar, e não somente a ausência de se sentir doente ou incapacitado” Milton Terris “APPROACHES TO AN EPIDEMIOLOGY OF HEALTH “ American Journal of Public Health 65 (1975): 1037-1045 Milton Terris - 1915-2002
  • 5. Saúde: Definições e conceitos “…a saúde não é simplesmente a ausência de doença; é algo positivo, uma atitude de alegria face à vida e a aceitação entusiasta das responsabilidades que a vida impõe ao indivíduo. … Uma pessoa saudável, é um ser humano com um equilíbrio físico e mental bem balanceado, bem adaptado ao seu meio físico e social… “Medicine and Human Welfare, New Haven:Yale University Press, 1941. Henry Sigerist 1891-1957 “É um estado de completo bem estar físico, mental e social e não meramente a ausência de doença ou enfermidade”. OMS (1948) Saúde “ El logro del más alto nivel de bienestar físico, mental y social y de capacidad de funcionamiento que permitan los factores sociales en los que viven inmersos el individuo y la colectividad.” 1985. Salleras Sanmartí OMS
  • 6. Determinantes: Saúde/Doença M Lalonde: New Perspectives for the health of Canadians, 1974 Biologia Genes Idade Sexo Ambiente Físico Água Ar Radiações Agentes infecciosos Estilos de vida Álcool Social Económico Tabaco Pobreza Classe Social Emprego Educação Desigualdades Nutrição H. Sexuais Exercício Drogas Serviços Saúde Acesso Equidade Serviços Saúde Pública Medicamentos Cuidados Primários
  • 7. Revoluções da saúde Transmissíveis Agente infeccioso Século XIX Foco na (promoção) da saúde Doenças crónicas Não transmissíveis 3ª revolução da saúde Doenças infecciosas 2ª revolução da saúde 1ª revolução da saúde Foco na (prevenção) da doença Comportamentos de risco Meio séc. XX Transição epidemiológica Milton Terris: revoluções epidemiológicas Saúde Recurso para a vida Bem - estar Final sec XX
  • 9. Contribuição potencial para a redução da mortalidade Afectação de gastos para a saúde nos EUA 100% 90% 80% 11 19 90 70% 60% 50% 43 40% 30% 20% 1,5 27 1,6 10% 7,9 0% Biologia Humana Ambiente Estilos de Vida Fonte: Dever, GEA, Soc. Ind. Res. 1976(2), 465 “ An epidemiological model for Health Policy Analysis” Sistema de Saúde
  • 10.
  • 11. Conferência Alma Ata (1978) - cuidados de saúde primários - • • • • • • • • • Um conjunto de actividades: Educação para a Saúde Alimentação e nutrição apropriadas Água potável e saneamento básico Cuidados à grávida e à criança Vacinação Prevenção e controlo das doenças endémicas Tratamento Básico dos problemas de saúde Provisão de medicamentos essenciais
  • 12. 30 anos de Promoção da saúde • 1986 – I Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (Canadá) Carta de Ottawa sobre Promoção da Saúde • 1988 – II Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (Austrália) Declaração de Adelaide sobre Políticas Públicas Saudáveis • 1991 – III Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (Suécia) Declaração de Sundsval sobre Ambientes Favoráveis à Saúde • 1997 – IV Conferência Internacional sobre Promoção da saúde (Jakarta) Declaração de Jakarta sobre Promoção da Saúde no Século XXI 2000 – V Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (México) Declaração do México sobre a consecução do nível de saúde, como elemento positivo para o aproveitamento da vida e necessário para o desenvolvimento social e económico e para a equidade... 2005 – VI Conferência internacional sobre Promoção da Saúde (Bangkok) Carta de Bangkok sobre determinantes da Saúde, num mundo globalizado.
  • 13. Carta de Ottawa 1986 É o processo de capacitação da população para aumentar o controlo sobre a sua própria saúde e melhorá-la. Carta de Otawa para a Promoção da Saúde- 1986 • A Promoção da Saúde deve ter • • • • • cinco áreas: Estabelecer políticas saudáveis; Criar ambientes favoráveis à saúde; Desenvolver as competências pessoais; Reforçar a acção comunitária; Reorientar os Serviços de saúde;
  • 14. Promoção de Saúde/ Educação para a Saúde (Mª Rosário Dias e al. 2004) • A promoção da saúde é qualquer combinação de estratégias de educação para a saúde e apoios de tipo organizativo, legislativo ou normativo, económico e ambiental que facilitem as práticas de comportamentos saudáveis. A promoção da saúde é um processo amplo por meio do qual os indivíduos, os grupos e as comunidades melhoram o seu controlo sobre os determinantes pessoais e ambientais da saúde. (Costa e López (1996) • A educação para a saúde constitui-se como um instrumento, para alcançar os objectivos da promoção da saúde, assumindo uma função vanguardista na estratégia global da promoção da saúde. (Tones, 1988)
  • 15. Educação para a Saúde (Mª Rosário Dias e al. 2004) (…)“uma acção exercida sobre os indivíduos no sentido de modificar os seus comportamentos, a fim de adquirirem e conservarem hábitos de saúde saudáveis, aprenderem a usar judiciosamente os serviços de saúde que têm à sua disposição e estarem capacitados para tomar, individual ou colectivamente, as decisões que implicam a melhoria do seu estado de saúde e o saneamento do meio em que vivem” (OMS, 1969) A educação para a saúde é, pois, uma estratégia da promoção da saúde
  • 16. Barreiras ao avanço da PS • Incompreensão generalizada do alcance e dos • • • • • • • benefícios da PS Importância excessiva do modelo médico – curativo Necessidade de financiamento Burocracia Falta de capacitação e de formação de recursos humanos Necessidade de descentralização das acções Mudanças nas políticas e nos programas Necessidade de identificar evidências da eficácia das acções.
  • 17. A promoção da saúde e a prevenção da doença - Calero, Miguel, y, Fernández, 2006- Promoção da saúde Os objectivos Actuar sobe os determinantes da saúde Prevenção Reduzir os factores de risco e as doenças. Proteger contra riscos específicos A quem se dirigem as acções À população em geral. Aos grupos e às comunidades. A processos sociais, condições de vida e sistemas que requerem alterações A pessoas ou a grupos em risco de adoecer por alguma causa (prevenção primária). A indivíduos e grupos em risco e já doentes sem manifestações obvias de doença (prevenção secundária). A doentes a quem se quer prevenir complicações e morte (prevenção terciária)
  • 18. Modelos e marcos conceptuais Modelo de determinantes da saúde. Modelos de saúde pública e epidemiologia Modelos socio-políticos ecológicos e sócio- culturais Modelo de investimento em saúde Tipo de actores Promove a participação de novos actores sociais; os políticos, os representantes da sociedade civil, a comunidade, etc. Predominam os prestadores de serviços e os profissionais das ciências da saúde. Métodos e estratégias Utiliza métodos diversos e complementares. A educação para a saúde, a comunicação e o mercado social. A educação para a Saúde. Desenvolvimento comunitário, participação comunitária e empoderamento. Prevenção secundária; provas de detecção, diagnóstico e tratamento A formulação de políticas públicas e legislação. Medidas fiscais. Alteração organizacional. Promover ambientes físicos e sociais favoráveis à saúde Prevenção primária; identificar riscos, reduzir susceptibilidade ou exposição antes do surgimento da doença. precoce para evitar o progresso ou recorrência da doença. Avaliar os efeitos da doença e dos danos
  • 19. Educação em saúde: Conceitos essenciais Promoção É o processo de capacitação da população para aumentar o controlo sobre a sua própria saúde e melhorála. Ottawa, 1986 Dimensões: Curricular Psicossocial Ecológica Comunitária Implicações: -A quem atribuir a responsabilidade da saúde? -Quem são os alvos de intervenção? “ Fornecer os meios e as oportunidades, tornar possível, prático, simples, e dar poder legal, capacidade ou autorização para”. Albuquerque , 1999 -Até onde devemos/podemos promover a saúde?
  • 20. Prevenção Implica um conjunto de acções antecipatórias que visam diminuir a probabilidade do aparecimento de um acontecimento ou de uma situação - Antes que – Consiste em ajudar o indivíduo dotando-o de aptidões para dar respostas mais funcionais e adequadas - Junto de - Primária Secundária Terciária (Caplan 1964) Universal Selectiva Precoce (indicativa) (Gordon, 1987)
  • 21. Concepção pedagógica de EPS Educação EPS Sentido amplo: fenómeno social Saúde Produto social: Equilíbrio entre o bem estar físico, mental e social Sentido restrito: processo pedagógico Executores Alunos Técnicos de Educação Técnicos de Saúde Família Comunidade
  • 22. Educação para a saúde Saúde Educação Em sentido amplo Produto social Aprendizagem Educação em sentido restrito Escola Ensino Instrução Educação para a Saúde Promoção da Saúde + Cooperação + Conhecimento + Participação + Compreensão Desenvolvimento + Bem estar + Responsabilidade Formação -Doença + controlo sobre as determinantes da saúde Estilos de vida saudáveis
  • 23. Projectar e avaliar em EPS - Poderia dizer-me, por favor, qual o caminho para eu sair daqui? - Oh, mas isso depende muito, minha cara menina, do lugar para onde você quer ir… - Quero ir para a Cidade da Saúde, na rua da Escola. É lá a minha casa nº1. -Nesse caso, vou mostrar e emprestarlhe um mapa… Tem aqui um caminho …
  • 24. Quem caminha? . Agentes Motivação e formação dos agentes Mobilização Participação Envolvimento - Educandos - Educadores . Contextos Parcerias - Escolar Mudança - Familiar - Sanitário Manutenção dos ganhos - Comunitário Necessidade de reforço
  • 25. Para onde? Prevenção Primária Secundária Terciária Universal Selectiva Indicada Necessidades Promoção da Saúde Identificação e hierarquização Capacitar os indivíduos para Compreenderem necessidades e problemas Acesso ao grupo destinatário Facilitar a adopção de comportamentos de saúde Específica Inespecífica Passiva Activa Utilizando recursos Internos e externos Objectivos a atingir
  • 26. Por onde? Conteúdos Necessidades Grupo destinatário contexto objectivos Recursos Parcerias tempo Metodologias Dinâmica da acção Projecto Fases e elementos •Diagnosticar •Planificar •Aplicar •Avaliar •Divulgar Actividades Relação educativa Resultados
  • 27. Projectar e avaliar -fases e elementosPlanificação Objectivos Grupo destinatário Necessidades Avaliação inicial (Adaptado de Lopez, 1993) Conteúdos Actividades Recursos Avaliação processual Dinâmica da acção contexto Efeitos Resultados Resultados previstos Estrutura dos conteúdos Aplicação Resultados não previstos Diagnóstico Avaliação final
  • 28. Planificar para melhora agir Definir problemas e prioridades Executar o plano Definir um plano de acção Criar um plano de avaliação Estabelecer metas e objectivos Escolher estratégia Para atingir as metas Identificar os recursos necessários e os existentes
  • 29. Pilares da educação ao longo da vida • Aprender a conhecer………….…….Saber • Aprender a fazer………………..... Saber- fazer • Aprender a viver juntos, aprender a viver com os outros……………Saber – estar • Aprender a ser………………………Saber ser

Hinweis der Redaktion

  1. Definição positiva Alusão ao físico, mental e social Utópica Subjectiva Estática A saúde como um fim
  2. Cólera Paludismo Diarreias infantis Doenças crónicas cardio vasculares Cancros Doenças “do progresso” Sida Alcoolismo Toxicodependência Stress Os problemas de saúde das populações transcendem o tradicional compo da medicina e requerem para a sua prevenção tratamento educativo Compressão da morbilidade: Não fumar; beber álcool moderadamente ou não beber, exercício físico regular,, sono regular, peso moderado, alimentação equilibrada
  3. Jakarta cinco áreas prioritárias para el desarrollo de la promoción de la salud: 1. Promover la responsabilidad social de la salud. 2. Incrementar la inversión para el desarrollo de la salud. 3. Expandir y consolidar alianças por la salud. 4. Incrementar la capacidade comunitária y el empoderamiento individual y 5. Abogar y assegurar una infra-estrutura para la promoción de la salud. México creación de una aliança global que assegure la sustentabilidade de la promoción a través de associados y estruturas apropriadas.
  4. 1- Políticas públicas saudáveis. Não se refere ao sistema de saúde apenas. Tem o propósito de ordenar e conjugar a acção dos diferentes sectores sociais com o objectivo comum de produzir saúde; requer mediação e concertação entre sectores e organismosreponsáveis na formulação de políticas, que muitas vezes não são benícas para a saúde. A transcendência desta estratégia infere-se ao reconhecer que a saúde está mais relacionada com processos políticos e sociais do que com o desenvolvimento de serviços médicos curativos. As políticas saudáveis traduzem-se em legislados, programas, normas, decretos e regulamentos dirigidos a facilitar e favorecer a escolha das opções que propiciem saúde. Os benefícios dependerão, em boa medida da sua aplicação real, pelo que é necessário eliminar os obstáculos que impedem a sua adopção. A própria política do sector da saúde deve ser consequente com os princípios da promoção da saúde, evitando contradições interiores, no estabelecimento de prioridades, financiamento, formas de trabalho e de associação. 2- Ambientes favoráveis. Melhor ambiente foi prioridade no século passado (XIX). A estreita relação entre a saúde das populações e o meio envolvente constitui a base para a concepção socio-económica da saúde. É insuficiente o esforço para melhorar saúde só com a transformação dos comportamentos individuais, sem considerar o ambiente total, em que esses individuaos se condicionam e desenvolvem A melhoria da saúde requer um meio que a promova e dê possibilidade para realização de acções saudáveis Ambiente total. Todos os aspectos identificáveis do meio físico, químico, psicossociais económico que influenciam a saúde.
  5. Um componente básico na promoção da saúde é a educação para a saúde, definida já em 1969 pela Organização Mundial da Saúde como
  6. Primária. Esforço para reduzir a incidência de novas perturbações – antes que ocorra Secundária. Esforço para reduzir a prevalência das perturbações através da identificação precoce dos casos estabelecidos. Terciária. Esforço para reduzir a duração e grau de incapacidade associada a uma perturbação, através do tratamento e prevenção da recaída Crítica – Secundária e terciária mais ligadas ao tratamento do que à prevenção. M.G. Matos Comunicação, gestão de conflitos e saúde na escola. FmH, 2004 Universal. Providenciada a populações inteiras. Selectiva. Indivíduos membros de grupos, a cuja pertença está associado um risco de desenvolvimento de uma perturbação. Precoce (indicativa). Indivíduos assintomáticos mas de alto risco, a quem foi detectado um factor de risco, condição ou desvio que os identificou como sendo de alto risco (Gordon 1987)
  7. 5- Reorientação dos serviços. Tradicionalmente, os serviços de saúde, tinham uma clara orientação curativa; reconhece-se que muitas destas acções curativas são de escasso impacto e outras pouco efectivas quando comparadas com outras acções. A prevenção primária (universal) recebe pouca atenção dos técnicos provedores de serviços médicos, o que reflecte em parte a orientação nitidamente curativa da educação médica. Os aspectos psicossociais dos cuidados não recebem ainda a devida importância, a pesar do conhecimento que muitos dos condicionantes da acessibilidade aos serviços repousam em aspectos desta natureza, como por exemplo as redes sociais de apoio. A pesar da advocacia em favor dos cuidados primários e da participação cidadã na organização dos serviços assistenciais, não verificamos um progresso significativo. Conferencias internacionais sobre o tema: Adelaide – área fundamental das políticas públicas saudáveis, Sudsvall – Exemplos de êxito sobre metodologia e programas aplicados, que fazem viável a criação de ambientes saudáveis