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Anita
Malfatti
Anita Malfatti nasceu em São
Paulo em 1889, filha do engenheiro
italiano Samuel Malfatti e Eleonora
Elizabeth
Krug,
norte-americana
descendente de alemães. Recebeu o
nome de Anita Catharina Malfatti, a
família já tinha um filho: Alexandre.
Samuel estava no Brasil trabalhando
primeira pela
na construção de
ferrovias e o avô Guilherme trabalhava
como empreiteiro.
Ela nasceu com uma atrofia
congênita no braço direito, a obrigando
desde cedo a desenvolver as atividades
com o mão esquerda. Em 1901 ela
perde o pai e vai morar com a mãe e os
irmãos na casa dos avós, aos 19 anos
começa a lecionar e tem aulas de
pintura com a mãe, que era professora
e em 1909 pinta “O burrinho
correndo”, que é considerado sua.
Seu talento para a pintura sensibilizou o tio e o padrinho de
tal forma que eles juntaram dinheiro para mandá-la estudar na
Academia de Belas-Artes de Berlim, na Alemanha. Lá, ela conhece
obras de Van Gogh, Picasso e fica muito impressionada com os
movimentos vanguardistas. Ganhou muita experiência e estudou com
professores bem conhecidos na Europa.

A pintora voltou ao Brasil e
realizou sua primeira exposição
individual, em 1914. Em seguida foi
para os Estados Unidos estudar com
Homer Boss, tendo a liberdade de
pintar o que desejasse, livre de
imposições. Foi esse período que
marcou a fase mais brilhante de sua
criação. Anita produziu telas como "O
homem amarelo", "Mulher de cabelos
verdes", “O Farol”, “A onda”, “A boba”
"O Japonês“, consideradas umas das
suas melhores obras até hoje.
Anita resolve, através do apoio de amigos jornalistas e artistas, organizar
uma exposição em 1917. Essa mostra foi considerada o início do modernismo e
contou com os trabalhos trazidos dos Estados Unidos, mas o resultado não foi
bem aceito. Um dos principais nomes da crítica da época, Monteiro Lobato, que
era nacionalista, resolveu criticá-la em um jornal. Na edição ele dizia que os
trabalhos mais pareciam com macaquice e caricatura e lamentava o fato de uma
artista tão talentosa fazer pinturas deste tipo.
Ela recebeu mal a crítica, entrou em depressão e parou de pintar. Um
ano depois, decidida a ser mais convencional, foi tomar aulas de natureza-morta e
se tornou amiga da pintora Tarsila do Amaral. Alguns anos depois, junto com os
amigos, idealizou a Semana de 22. Seus trabalhos foram expostos em várias
exposições por todo o país e em 1933 Anita ganhou a grande medalha de prata do
Salão de Belas-Artes em São Paulo.
Porém ela nunca se recuperou
totalmente das críticas e, com idade
mais avançada, ela se mudou, com a
irmã, para uma chácara em Diadema,
onde morreu em 1964 isolada do
mundo.
Obras
Paisagem, 1915-1917 (EUA, Costa
do Maine)
Um dos períodos de maior produção
artística de Anita Malfatti foi durante
sua estadia nos Estados Unidos, quando
a artista se isolou numa ilha de
pescadores na Costa do
Maine chamada Monhegan
Island (nome que serve de subtítulo a
um dos quadros da época: Rochedos).
Anita vivia com outros pintores que
trabalhavam sob a orientação do pintor
e filósofo Homer Boss, da Independent
School of Art.
O Homem Amarelo (1915-1916):
Esta tela expressionista foi exibida na
exposição individual de Anita
Malfatti no Brasil, datada de 1917.
Atraiu a repulsa de críticos como
Monteiro Lobato e a simpatia de
jovens intelectuais e artistas, como Di
Cavalcanti, Menotti Del Picchia,
Oswald e Mário de Andrade. Com
eles, organizaria a Semana de Arte
Moderna de 1922.
A Boba (1915-1916):
Anita Malfatti possuía uma
predileção pelos retratos, onde
exaltava a expressão de seus
modelos. Em “A Boba”, a artista
compõe no primeiro plano uma
figura angulosa e assimétrica,
elaborada com pinceladas gestuais
e cores irregulares.
Mulheres de Argel em seus
Aposentos (after Delacroix)
(1928):
Em 1923, Anita Malfatti ganha
uma bolsa do Governo do
Estado de São Paulo para
estudar artes na França.
Segundo a Lei do Pensionato, os
artistas deveriam enviar a São
Paulo, como prova de seu
aperfeiçoamento técnico, duas
cópias de mestres reconhecidos,
além de uma obra original.
Uma das obras enviadas
por Anita Malfatti foi esta cópia
da obra de Eugène Delacroix
La Chambre Bleue:
Após a viagem para a França,
verifica-se na obra de Anita
Malfatti um retorno à ordem,
em quadros mais tradicionais
se comparados aos vigorosos
trabalhos realizados na
década de 1910. A busca por
uma arte mais pura e clássica
decepciona os
amigos modernistas,
especialmente Mário de
Andrade.
Festa de São João com
Guirlandas:
No final de sua trajetória
artística, Anita Malfatti dedica-se
as paisagens do interior do Brasil
e as telas que retratam tradições
culturais do povo brasileiro.
Gjdjdtdtujdtyuj
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“O farol” (1915) faz parte de uma série de obras produzidas por
Anita Malfatti no período em que morou nos Estados Unidos, quando a artista
se isolou numa ilha de pescadores na Costa do Maine chamada Monhegan
Island, na qual Anita passava os dias pintando ao ar livre. Nesse ambiente de
liberdade e inspiração, a artista explorou as influências expressionistas
adquiridas durante seus estudos na Alemanha.
Nesse quadro a pintora se inspirou e procurou representar o farol da
ilha em que estava. E como nos quadros em que representava edificações, nele
há poucas deformações e também há a principal característica do seu
expressionismo: as cores abundantes e vivas.

O barco

A ventania
Fontes de pesquisa:
http://www.institutoanitamalfatti.com/
http://obrasanitamalfatti.wordpress.com/
http://educacao.uol.com.br/biografias/anita-malfatti.jhtm
http://www.pinturabrasileira.com/artistas_bio.asp?cod=95&in=1
Professor Manoel Ferraz
Bom Jesus dos Perdões, 25 de fevereiro de 2014
Disciplina: Língua Portuguesa
Prof: Viviane Maria
Alunas: Ângela Seixas
Bruna Frech
Gislene
Natalia Pinheiro

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  • 2. Anita Malfatti nasceu em São Paulo em 1889, filha do engenheiro italiano Samuel Malfatti e Eleonora Elizabeth Krug, norte-americana descendente de alemães. Recebeu o nome de Anita Catharina Malfatti, a família já tinha um filho: Alexandre. Samuel estava no Brasil trabalhando primeira pela na construção de ferrovias e o avô Guilherme trabalhava como empreiteiro. Ela nasceu com uma atrofia congênita no braço direito, a obrigando desde cedo a desenvolver as atividades com o mão esquerda. Em 1901 ela perde o pai e vai morar com a mãe e os irmãos na casa dos avós, aos 19 anos começa a lecionar e tem aulas de pintura com a mãe, que era professora e em 1909 pinta “O burrinho correndo”, que é considerado sua.
  • 3. Seu talento para a pintura sensibilizou o tio e o padrinho de tal forma que eles juntaram dinheiro para mandá-la estudar na Academia de Belas-Artes de Berlim, na Alemanha. Lá, ela conhece obras de Van Gogh, Picasso e fica muito impressionada com os movimentos vanguardistas. Ganhou muita experiência e estudou com professores bem conhecidos na Europa. A pintora voltou ao Brasil e realizou sua primeira exposição individual, em 1914. Em seguida foi para os Estados Unidos estudar com Homer Boss, tendo a liberdade de pintar o que desejasse, livre de imposições. Foi esse período que marcou a fase mais brilhante de sua criação. Anita produziu telas como "O homem amarelo", "Mulher de cabelos verdes", “O Farol”, “A onda”, “A boba” "O Japonês“, consideradas umas das suas melhores obras até hoje.
  • 4. Anita resolve, através do apoio de amigos jornalistas e artistas, organizar uma exposição em 1917. Essa mostra foi considerada o início do modernismo e contou com os trabalhos trazidos dos Estados Unidos, mas o resultado não foi bem aceito. Um dos principais nomes da crítica da época, Monteiro Lobato, que era nacionalista, resolveu criticá-la em um jornal. Na edição ele dizia que os trabalhos mais pareciam com macaquice e caricatura e lamentava o fato de uma artista tão talentosa fazer pinturas deste tipo. Ela recebeu mal a crítica, entrou em depressão e parou de pintar. Um ano depois, decidida a ser mais convencional, foi tomar aulas de natureza-morta e se tornou amiga da pintora Tarsila do Amaral. Alguns anos depois, junto com os amigos, idealizou a Semana de 22. Seus trabalhos foram expostos em várias exposições por todo o país e em 1933 Anita ganhou a grande medalha de prata do Salão de Belas-Artes em São Paulo. Porém ela nunca se recuperou totalmente das críticas e, com idade mais avançada, ela se mudou, com a irmã, para uma chácara em Diadema, onde morreu em 1964 isolada do mundo.
  • 6. Paisagem, 1915-1917 (EUA, Costa do Maine) Um dos períodos de maior produção artística de Anita Malfatti foi durante sua estadia nos Estados Unidos, quando a artista se isolou numa ilha de pescadores na Costa do Maine chamada Monhegan Island (nome que serve de subtítulo a um dos quadros da época: Rochedos). Anita vivia com outros pintores que trabalhavam sob a orientação do pintor e filósofo Homer Boss, da Independent School of Art.
  • 7. O Homem Amarelo (1915-1916): Esta tela expressionista foi exibida na exposição individual de Anita Malfatti no Brasil, datada de 1917. Atraiu a repulsa de críticos como Monteiro Lobato e a simpatia de jovens intelectuais e artistas, como Di Cavalcanti, Menotti Del Picchia, Oswald e Mário de Andrade. Com eles, organizaria a Semana de Arte Moderna de 1922.
  • 8. A Boba (1915-1916): Anita Malfatti possuía uma predileção pelos retratos, onde exaltava a expressão de seus modelos. Em “A Boba”, a artista compõe no primeiro plano uma figura angulosa e assimétrica, elaborada com pinceladas gestuais e cores irregulares.
  • 9. Mulheres de Argel em seus Aposentos (after Delacroix) (1928): Em 1923, Anita Malfatti ganha uma bolsa do Governo do Estado de São Paulo para estudar artes na França. Segundo a Lei do Pensionato, os artistas deveriam enviar a São Paulo, como prova de seu aperfeiçoamento técnico, duas cópias de mestres reconhecidos, além de uma obra original. Uma das obras enviadas por Anita Malfatti foi esta cópia da obra de Eugène Delacroix
  • 10. La Chambre Bleue: Após a viagem para a França, verifica-se na obra de Anita Malfatti um retorno à ordem, em quadros mais tradicionais se comparados aos vigorosos trabalhos realizados na década de 1910. A busca por uma arte mais pura e clássica decepciona os amigos modernistas, especialmente Mário de Andrade.
  • 11. Festa de São João com Guirlandas: No final de sua trajetória artística, Anita Malfatti dedica-se as paisagens do interior do Brasil e as telas que retratam tradições culturais do povo brasileiro.
  • 14. “O farol” (1915) faz parte de uma série de obras produzidas por Anita Malfatti no período em que morou nos Estados Unidos, quando a artista se isolou numa ilha de pescadores na Costa do Maine chamada Monhegan Island, na qual Anita passava os dias pintando ao ar livre. Nesse ambiente de liberdade e inspiração, a artista explorou as influências expressionistas adquiridas durante seus estudos na Alemanha. Nesse quadro a pintora se inspirou e procurou representar o farol da ilha em que estava. E como nos quadros em que representava edificações, nele há poucas deformações e também há a principal característica do seu expressionismo: as cores abundantes e vivas. O barco A ventania
  • 16. Professor Manoel Ferraz Bom Jesus dos Perdões, 25 de fevereiro de 2014 Disciplina: Língua Portuguesa Prof: Viviane Maria Alunas: Ângela Seixas Bruna Frech Gislene Natalia Pinheiro