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Filariose ou Elefantíase
- Brasil, a filariose permanecia de forma endêmica em
apenas três capitais: Belém, Manaus (redução) e Recife.
-- Recife, cidade com o maior número de casos do país
Microfilárias
FILARIOSE LINFÁTICA (elefantíase)
Wuchereria bancrofti
MORFOLOGIA DO PARASITO
• Macho e fêmea longos e delgados, opalino,
translúcidos e revestidos por cutícula lisa
• Fêmea – 8 a 10cm e macho – 4cm
• Larvas – microfilárias
• Vermes adultos vivem nos:
– vasos linfáticos
– linfonodos – enrolados
CICLO VITAL DAS FILÁRIAS NOS INSETOS
Filárias HumanasWuchereria bancroftiMorfologiamicrofiláriaCiclo Biológico* adaptado do Centers for Disease Control and Prevention (CDC)
http://www.dpd.cdc.gov/DPDx/HTML/Image_Library.htm
Onchocerca volvulusMorfologiamicrofiláriafonte: http://www.dpd.cdc.gov/DPDx/HTML/Image_Library.htm
Ciclo Biológico* adaptado do Centers for Disease Control and Prevention (CDC)
http://www.dpd.cdc.gov/DPDx/HTML/Image_Library.htm
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L3
L2
L1
DESENVOLVIMENTO NO HOMEM
PATOLOGIA DA FILARIOSE
 Casos assintomáticos
pacientes com número elevado de vermes
instalados nos linfonodos ou vasos linfáticos
e completamente assintomáticos.
PROCESSOS INFLAMATÓRIOS
(desencadeados pela morte dos vermes)
Adenites: linfonodos mais atingidos são inguinais,
axilares,epitrocleares (caroço no pescoço),
raramente cervicais (virilha);
Linfonodos hiperatrofiados tornam-se
dolorosos;
Em torno das filárias desenvolvem-se
granulomas (eosinófilos e histócitos) que
envolvem os vermes calcificando-os.
• Linfangite:
– inflamação e dilatação dos vasos linfáticos que
formam varizes;
• Lesões Genitais: Funiculite filariana – é uma
linfangite do cordão espermático acompanhada
de inflamação do tecido conjuntivo.
– Epidídimo hiperatrofia ;
– Hidrocele – mais freqüente manifestação da filariose
genital – caracteriza-se por distensão e espessamento
da túnica vaginal, desorganização da camada
muscular;
• PROCESSOS OBSTRUTIVOS: LINFOEDEMA
• Interior dos linfonodos filárias formam as►
vezes novelos envolvidos pela reação►
inflamatória e fibrose (tec conjuntivo fibroso)
que pode causar a obstrução da circulação
linfática.
• Quando a dificuldade circulatória é maior pode
acumular linfa nos tecidos formando o EDEMA
LINFÁTICO OU LINFOEDEMA
Filárias tem preferência em se localizar nas regiões abdominal
e pélvica – por isso os fenômenos obstrutivos (elefantíase) é
mais evidentes nos membros inferiores e nos órgãos genitais.
• Elefantíase na bolsa escrotal
DIAGNÓSTICO
• Verifica-se o quadro clínico;
• Biópsia do linfonodo;
• Análise do sangue para verificar a presença de
filarias;
• Ultra-sonografia – movimento dos vermes
adultos
• TRATAMENTO
• Droga dietilcarbamazina;
• Em países em que a doença coexiste com a
oncocercose, usa-se a ivermectina.
• a ultra-sonografia:
– capta movimentos do parasita nos vasos linfáticos, a
chamada dança da filária determinando a
localização do verme , sendo possível, quando
indicado, a sua retirada através de cirurgia.
– determinar a efetividade do tratamento
medicamentoso, ou seja, a morte do verme sugerida
pela ausência dos movimentos nos exames de
controle.
• Prevenção e controle
• Tratamento dos infectados para eliminar a microfilária do
sangue, interrompendo a transmissão ;
• A OMS recomenda o tratamento em massa para populações
em risco, pela administração de uma dose anual de
dietilcarbamazina, em áreas de alta prevalência;
• Tratamento dos doentes;
• Promoção, através de educação comunitária, de técnicas
simples de higiene para pacientes que apresentam
linfoedema, evitando infecções bacterianas e o
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  • 2. FILARIOSE LINFÁTICA (elefantíase) Wuchereria bancrofti MORFOLOGIA DO PARASITO • Macho e fêmea longos e delgados, opalino, translúcidos e revestidos por cutícula lisa • Fêmea – 8 a 10cm e macho – 4cm • Larvas – microfilárias • Vermes adultos vivem nos: – vasos linfáticos – linfonodos – enrolados
  • 3. CICLO VITAL DAS FILÁRIAS NOS INSETOS
  • 4. Filárias HumanasWuchereria bancroftiMorfologiamicrofiláriaCiclo Biológico* adaptado do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) http://www.dpd.cdc.gov/DPDx/HTML/Image_Library.htm Onchocerca volvulusMorfologiamicrofiláriafonte: http://www.dpd.cdc.gov/DPDx/HTML/Image_Library.htm Ciclo Biológico* adaptado do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) http://www.dpd.cdc.gov/DPDx/HTML/Image_Library.htm Voltar L3 L2 L1
  • 6. PATOLOGIA DA FILARIOSE  Casos assintomáticos pacientes com número elevado de vermes instalados nos linfonodos ou vasos linfáticos e completamente assintomáticos.
  • 7. PROCESSOS INFLAMATÓRIOS (desencadeados pela morte dos vermes) Adenites: linfonodos mais atingidos são inguinais, axilares,epitrocleares (caroço no pescoço), raramente cervicais (virilha); Linfonodos hiperatrofiados tornam-se dolorosos; Em torno das filárias desenvolvem-se granulomas (eosinófilos e histócitos) que envolvem os vermes calcificando-os.
  • 8. • Linfangite: – inflamação e dilatação dos vasos linfáticos que formam varizes; • Lesões Genitais: Funiculite filariana – é uma linfangite do cordão espermático acompanhada de inflamação do tecido conjuntivo. – Epidídimo hiperatrofia ; – Hidrocele – mais freqüente manifestação da filariose genital – caracteriza-se por distensão e espessamento da túnica vaginal, desorganização da camada muscular;
  • 9. • PROCESSOS OBSTRUTIVOS: LINFOEDEMA • Interior dos linfonodos filárias formam as► vezes novelos envolvidos pela reação► inflamatória e fibrose (tec conjuntivo fibroso) que pode causar a obstrução da circulação linfática. • Quando a dificuldade circulatória é maior pode acumular linfa nos tecidos formando o EDEMA LINFÁTICO OU LINFOEDEMA
  • 10. Filárias tem preferência em se localizar nas regiões abdominal e pélvica – por isso os fenômenos obstrutivos (elefantíase) é mais evidentes nos membros inferiores e nos órgãos genitais.
  • 11. • Elefantíase na bolsa escrotal
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15. DIAGNÓSTICO • Verifica-se o quadro clínico; • Biópsia do linfonodo; • Análise do sangue para verificar a presença de filarias; • Ultra-sonografia – movimento dos vermes adultos
  • 16. • TRATAMENTO • Droga dietilcarbamazina; • Em países em que a doença coexiste com a oncocercose, usa-se a ivermectina. • a ultra-sonografia: – capta movimentos do parasita nos vasos linfáticos, a chamada dança da filária determinando a localização do verme , sendo possível, quando indicado, a sua retirada através de cirurgia. – determinar a efetividade do tratamento medicamentoso, ou seja, a morte do verme sugerida pela ausência dos movimentos nos exames de controle.
  • 17. • Prevenção e controle • Tratamento dos infectados para eliminar a microfilária do sangue, interrompendo a transmissão ; • A OMS recomenda o tratamento em massa para populações em risco, pela administração de uma dose anual de dietilcarbamazina, em áreas de alta prevalência; • Tratamento dos doentes; • Promoção, através de educação comunitária, de técnicas simples de higiene para pacientes que apresentam linfoedema, evitando infecções bacterianas e o desenvolvimento de formas mais graves da moléstia; • Combate ao inseto transmissor.