O documento propõe um projeto de arte urbana para estreitar a relação entre cidadãos e o patrimônio público da cidade. O projeto reunirá três artistas para criarem obras em três abrigos de ônibus ao vivo e filmar o processo. Também convidará cidadãos a enviarem obras digitais para serem expostas em abrigos, com votação popular para escolher as melhores.
2. Objetivo
Criar um meio de interação com a sociedade através da
arte realizada nos espaços urbanos, de maneira a estreitar
a relação entre os cidadãos e o patrimônio público.
Assim, é gerada uma consciência de pertencimento ao meio
e, consequentemente, de conservação dos abrigos.
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4. A ideia principal é reunir três artistas com estilos
e técnicas diferentes, para realizarem uma
intervenção em três pontos de ônibus na cidade.
Estas intervenções acontecerão "ao vivo", ou seja:
transeuntes e indivíduos que estarão no abrigo
testemunharão pelo menos uma das obras, no exato
momento em que estarão sendo criadas.
5. Além de gerar reações e comentários espontâneos dos espectadores, a ação
será filmada em formato de documentário/making of, com depoimentos dos
artistas e da população.
O produto final deste vídeo circulará pela internet, mais precisamente, na
fanpage da Prefeitura no Facebook (E-Aju), com a possibilidade de ser editado
para formatos diversos - como televisão e jornal.
6.
7. Será realizada uma seleção para escolher os três participantes, tendo como
critérios, suas disponibilidades, obras anteriores e estilos. Os perfis ideais
serão dois artistas plásticos de técnicas mistas e um
grafiteiro.
O cuidado com esta escolha deve-se ao fato de que a população precisa
entender as intervenções urbanas como forma de arte, separando-as de atos
de vandalismo.
A presença de artistas mais "tradicionais" ajuda a criar esta nova percepção,
principalmente quando há um representante do graffiti junto a estes
exemplos: as pessoas começam a entender a diferença entre pichação e arte
urbana, e como todas estas manifestações podem coexistir, transformando
a cidade num lugar plural, com espaço suficiente para formas de expressão
distintas - desde que benéficas para todos.
8. FASE 01
Os artistas selecionados enviarão um croquí/esboço do que pretenderão
realizar no local, para uma pré-aprovação do conteúdo. Após aprovação, cada
artista receberá uma verba de R$ 1.000,00, com a qual poderá buscar também
a aquisição do material utilizado. No intervalo de uma semana, os três artistas
- em três dias diferentes, se possível, seguidos - realizarão sua intervenção em
um dos abrigos escolhidos. São eles os da Av. Beira Mar, Praça Camerino
e Av. Gasoduto.
A produção da agência estará presente nestes momentos, orientando a colagem de um papel
adesivo branco nos locais corretos dos abrigos.
Ao final da ação, os próprios artistas (ainda orientados pela produção), colarão um outro
adesivo menor em cima da arte, como se fosse uma tag de assinatura que deixa uma
mensagem, mas não prejudica em nada a visibilidade da obra final.
As obras originais ficarão expostas nos abrigos durante um tempo mínimo, que será
mensurado de acordo com o engajamento da população na FASE 02
e com a repercussão da ação em si.
9. FASE 02
No mesmo momento em que os artistas farão as intervenções,
os totens laterais do abrigo receberão cartazes convocando a
população a também fazer parte deste processo de reinvenção do
patrimônio público.
Estes cartazes comunicarão um concurso cultural onde todos
poderão participar, de maneira colaborativa. Dois motivos serão
criados: um, próprio para os pontos que estarão sofrendo a
intervenção, e outro mais didático para os que somente receberão
as obras desta fase.
10. Como funcionará
Os cartazes comunicarão o passo-a-
passo do concurso, que se dará da
seguinte maneira:
01) A fanpage da Prefeitura criará uma
aba "Ponto da Arte, contendo informações
básicas sobre este concurso, como o
regulamento, formatos, fichas de inscrição
e um endereço eletrônico para envio.
02) A agência criará um e-mail específico
para o recolhimento dos trabalhos. Estes,
por sua vez, passarão por uma triagem
realizada, também, pela própria agência.
03) Alguns trabalhos selecionados serão
postados na fanpage da Prefeitura e
passarão por uma votação, onde o público
decidirá o escolhido da semana.
04) Serão três "escolhidos da semana" e, no
fim do mês (quarta semana), os trabalhos
serão impressos e plotados nos abrigos de
maneira aleatória, porém, distribuídos por
toda a cidade durante um período de 02
(dois) meses. Estes trabalhos já levarão a
tag informativa contra o vandalismo; uma
formatação simples que será produzida na
agência.
11. Considerações e observações
- Na FASE 02, nenhuma obra será criada
"ao vivo": os materiais serão enviados
de acordo com o regulamento, de forma
digitalizada, para o e-mail sinalizado.
- As obras recebidas podem ter diversas
características e suportes: fotografia,
ilustração, colagem, graffiti etc; contanto
que sigam os formatos e especificações
estabelecidos.
- As obras das fases 01 e 02 não precisam
seguir um tema fechado, mas podem ser
baseadas em conceitos de preservação
e na pergunta utilizada pela SMTT na
Semana Nacional do Trânsito "Qual a cidade
que queremos?".
- Para a FASE 02, é interessante pensar em
uma verba adicional para manutenção das
obras impressas.
- A fanpage da Prefeitura será o meio
principal de engajamento e preparação
para a ação, primeiramente através de
posts mostrando os pontos depredados,
em seguida, mostrando exemplos de
intervenções e artes de rua e, já na fase
final, servindo como a plataforma que irá
expor a ação e as obras enviadas para
votação.