SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 16
UniEvangélica Centro Universitário
                 SCHOLA FÉRTILE
Especialização (Lato Sensu) em Reprodução Humana




                  Mauricio Blanco
                  Pós-graduando

     Orientador: Dr. Waldemar Naves do Amaral
Relatar dois casos de gastrosquise identificados
no pré-natal tardio pela ultrassonografia e seus
desfechos perinatais.
• 3% dos RN = malformação congênita (MFC);

• Indicadores sóciodemográficos e de saúde (Brasil, 2009);

• MFC =    importância relativa ;

•MFC =     importância em mortes não evitáveis em < 1 ano.




                                            (CASTILLA et al, 2008; IBGE, 2009)
• Incidência aproximada de 1:10.000 a 1:15.000 RN;

•Prevalência variável em países diferentes;
•Fatores de risco:
    •Idade materna < 20 anos;
    •Tabagismo;
    •Uso de drogas ilícitas;
    •Drogas vasoativas ;
    •      IMC;
    • nutrição inadequada.



                        (RASMUSSEN e FRÍAS, 2008; FELDKAMPe BOTTO, 2008; SANTOS, 2010; FROLOV et al, 2010).
•Fatores genéticos: ainda não está claro;
• Diagnóstico cirúrgico neonatal mais comun = emergência neonatal +
comum;
•Grande   número    de   complicações       pós-operatórias,       mas      com      bom
prognóstico;
•Taxa de sobrevida em países desenvolvidos > 90%
•Hoyme e cols. (1981): hipótese     =disrupção da porção distal da artéria
onfalomesentérica direita;




                                                  (FELDKAMP e BOTO, 2008; KOHL et al, 2010).
•2cm de extensão;
•Mais comum à direita;
•Associado a outras anomalias em 10 a 20%;
•40 % dos RN com gastrosquise : prematuros e/ou PIG;
•Diagnóstico USG:
    •18 a 22 semanas (ideal);
    •Conteúdo abdominal         flutuando no líquido amniótico (LA), sem
    membrana recobrindo as estruturas;
    •Visualização de conteúdo abdominal >          as   alças intestinais
    (intestino delgado e/ou grosso);
    •Diagnóstico diferencial: onfalocele
Relatar dois casos de gastrosquise identificados

no pré-natal e seus desfechos perinatais.
Caso 1:

AAA, casada, 15anos, G1P0A0, sem antecedentes

pessoais, primeira USG foi realizada em 12/09/2012, e defeito

detectado em 06/01/2013, IG=38 sem, ILA 3, RN fem., 07/02

ces, PN=2095g; PIG assimétrico, APGAR=7 e 8; score CRIB

46,2%. Correção do defeito no mesmo dia, fechamento 1º.
Caso 1:

  UTI , sepse neo precoce, tratada com ampicilina e amicacina
  (3d), cefepine   13d, 08/02   e 17/02 transfusão   de   [ ] de
  hemáceas, laringite pós-extubação, 18/02 re-entubada por
  PNM, apresentando no momento           distensão abdominal
  importante, com edema de alças. Prognóstico no momento é
  ruim.
Caso 2:

NEO, solteira, procedente do interior de Goiás, 15 anos, G01P0A0, sem
antecedentes pessoais, nega vícios e alergias. Diagnóstico USG 25ª
sem, parto cesariana em 07/02/13, RN masc, PN=2500g, APGAR 7 e
8,   não     chorou,     necessitou      reanimação,    AIG     com
criptorquidia, transfundido um        [ ] de hemáceas em 09/02, ATB
terapia amicacina + ampilicina de 07 a 18/02/2013.      Operado no
mesmo dia com a mesma técnica do caso anterior. RN com boa
evolução, segue em berço aquecido,           ferida operatória ok.
Prognóstico bom.
•Idade materna de ambas < 20 anos;
•Anomalia associada no RN masc = criptorquidia;
•Acurácia do USG: 60 a 90%;
•Rastreamento USG de rotina: 18 a sem;
•Estruturadas evisceradas: ID e IG;
•Oligoâmnio=36% dos casos;
•> índice de complicações = diagnóstico tardio;
•Cesariana: < compressão mesentérica.
• Ainda que a mortalidade associada à gastrosquise tenha
diminuído de modo marcante nos últimos anos, a morbidade
pós-operatória e a incidência de complicações permanecem
elevadas.


• A ultrassonografia morfológica de rotina, devido à elevada
acurácia do método, pode detectar precocemente os casos de
gastrosquise melhorando consideravelmente o prognóstico.


•Com o acompanhamento ultrassonográfico pode-se prever as
complicações e, dessa forma, programar o melhor momento
para a interrupção da gravidez de forma a minimizar as
intercorrências pós-operatórias.
Gastrosquise - relato de dois casos

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Prolapso de Órgãos Pélvicos - Manejo Videolaparoscópico
Prolapso de Órgãos Pélvicos - Manejo VideolaparoscópicoProlapso de Órgãos Pélvicos - Manejo Videolaparoscópico
Prolapso de Órgãos Pélvicos - Manejo VideolaparoscópicoGuilherme Behrend Silva Ribeiro
 
Refluxo vesicoureteral
Refluxo vesicoureteralRefluxo vesicoureteral
Refluxo vesicoureteralUrovideo.org
 
Ultrassom - emergências em ginecologia e obstetrícia
Ultrassom  - emergências em ginecologia e obstetríciaUltrassom  - emergências em ginecologia e obstetrícia
Ultrassom - emergências em ginecologia e obstetríciaFernanda Hiebra Gonçalves
 
Prolapso pelvico
Prolapso pelvicoProlapso pelvico
Prolapso pelvicoKetinlly
 
Abdome agudo em ginecologia 3
Abdome agudo em ginecologia 3Abdome agudo em ginecologia 3
Abdome agudo em ginecologia 3Vicente Santos
 
Aplicações práticas dos conceitos anátomo-funcionais : Prolapso Vaginal
Aplicações práticas dos  conceitos anátomo-funcionais : Prolapso VaginalAplicações práticas dos  conceitos anátomo-funcionais : Prolapso Vaginal
Aplicações práticas dos conceitos anátomo-funcionais : Prolapso VaginalUrovideo.org
 
Artigo defeitos de parede abdominal 2
Artigo   defeitos de parede abdominal 2Artigo   defeitos de parede abdominal 2
Artigo defeitos de parede abdominal 2nipeal
 

Mais procurados (20)

Malformações gastrointestinais no recém-nascido
Malformações gastrointestinais no recém-nascidoMalformações gastrointestinais no recém-nascido
Malformações gastrointestinais no recém-nascido
 
Folder gastrosquise
Folder gastrosquiseFolder gastrosquise
Folder gastrosquise
 
Ultrassonografia no primeiro trimestre
Ultrassonografia no primeiro trimestreUltrassonografia no primeiro trimestre
Ultrassonografia no primeiro trimestre
 
Prolapso de Órgãos Pélvicos - Manejo Videolaparoscópico
Prolapso de Órgãos Pélvicos - Manejo VideolaparoscópicoProlapso de Órgãos Pélvicos - Manejo Videolaparoscópico
Prolapso de Órgãos Pélvicos - Manejo Videolaparoscópico
 
Desordens do desenvolvimento sexual
Desordens do desenvolvimento sexualDesordens do desenvolvimento sexual
Desordens do desenvolvimento sexual
 
Refluxo vesicoureteral
Refluxo vesicoureteralRefluxo vesicoureteral
Refluxo vesicoureteral
 
Ultrassom - emergências em ginecologia e obstetrícia
Ultrassom  - emergências em ginecologia e obstetríciaUltrassom  - emergências em ginecologia e obstetrícia
Ultrassom - emergências em ginecologia e obstetrícia
 
Prolapso pelvico
Prolapso pelvicoProlapso pelvico
Prolapso pelvico
 
Onfalocele e gastrosquise
Onfalocele e gastrosquiseOnfalocele e gastrosquise
Onfalocele e gastrosquise
 
Patologias gestacionais
Patologias gestacionaisPatologias gestacionais
Patologias gestacionais
 
Criptorquidia
CriptorquidiaCriptorquidia
Criptorquidia
 
Megacolon ufba.
Megacolon ufba.Megacolon ufba.
Megacolon ufba.
 
Fimose e hipospádia
Fimose e hipospádiaFimose e hipospádia
Fimose e hipospádia
 
Abdome agudo em ginecologia 3
Abdome agudo em ginecologia 3Abdome agudo em ginecologia 3
Abdome agudo em ginecologia 3
 
Aplicações práticas dos conceitos anátomo-funcionais : Prolapso Vaginal
Aplicações práticas dos  conceitos anátomo-funcionais : Prolapso VaginalAplicações práticas dos  conceitos anátomo-funcionais : Prolapso Vaginal
Aplicações práticas dos conceitos anátomo-funcionais : Prolapso Vaginal
 
Refluxo vesicoureteral na criança
Refluxo vesicoureteral na criançaRefluxo vesicoureteral na criança
Refluxo vesicoureteral na criança
 
Relato de caso
Relato de casoRelato de caso
Relato de caso
 
Amniorexe Prematura
Amniorexe PrematuraAmniorexe Prematura
Amniorexe Prematura
 
Artigo defeitos de parede abdominal 2
Artigo   defeitos de parede abdominal 2Artigo   defeitos de parede abdominal 2
Artigo defeitos de parede abdominal 2
 
Criptorquídia
CriptorquídiaCriptorquídia
Criptorquídia
 

Destaque (10)

Embriologia da parede abdominal
Embriologia da parede abdominalEmbriologia da parede abdominal
Embriologia da parede abdominal
 
EmbriologíA Cc
EmbriologíA CcEmbriologíA Cc
EmbriologíA Cc
 
Pompuarismo
PompuarismoPompuarismo
Pompuarismo
 
Prevalência de pacientes tabagistas em uso de psicotrópicos
Prevalência de pacientes tabagistas em uso de psicotrópicosPrevalência de pacientes tabagistas em uso de psicotrópicos
Prevalência de pacientes tabagistas em uso de psicotrópicos
 
Patologias embriologicas de digestivo
Patologias embriologicas de digestivoPatologias embriologicas de digestivo
Patologias embriologicas de digestivo
 
Doenças do trato intestinal
Doenças do trato intestinalDoenças do trato intestinal
Doenças do trato intestinal
 
Puericultura
PuericulturaPuericultura
Puericultura
 
Aneurisma de Aorta
Aneurisma de AortaAneurisma de Aorta
Aneurisma de Aorta
 
Diagnósticos de enfermagem
Diagnósticos de enfermagemDiagnósticos de enfermagem
Diagnósticos de enfermagem
 
Estudo de Caso - Diagnóstico de Enfermagem
Estudo de Caso - Diagnóstico de EnfermagemEstudo de Caso - Diagnóstico de Enfermagem
Estudo de Caso - Diagnóstico de Enfermagem
 

Semelhante a Gastrosquise - relato de dois casos

Prevenção do câncer de colo uterino e mama e prevenção dos excessos de preven...
Prevenção do câncer de colo uterino e mama e prevenção dos excessos de preven...Prevenção do câncer de colo uterino e mama e prevenção dos excessos de preven...
Prevenção do câncer de colo uterino e mama e prevenção dos excessos de preven...Eno Filho
 
Tratamento clínico dos gliomas de baixo grau em pacientes pediátricos
Tratamento clínico dos gliomas de baixo grau em pacientes pediátricosTratamento clínico dos gliomas de baixo grau em pacientes pediátricos
Tratamento clínico dos gliomas de baixo grau em pacientes pediátricosFrancisco H C Felix
 
3 interpretação e conduta dos resultados citologicos
3 interpretação e conduta dos resultados citologicos3 interpretação e conduta dos resultados citologicos
3 interpretação e conduta dos resultados citologicosCinthia13Lima
 
Prevalência de cc ao nascimento
Prevalência de cc ao nascimentoPrevalência de cc ao nascimento
Prevalência de cc ao nascimentogisa_legal
 
Apresentação das cc diagnosticadas ao nascimento 2008
Apresentação das cc diagnosticadas ao nascimento   2008Apresentação das cc diagnosticadas ao nascimento   2008
Apresentação das cc diagnosticadas ao nascimento 2008gisa_legal
 
Defeitos congenitos no rs
Defeitos congenitos no rsDefeitos congenitos no rs
Defeitos congenitos no rsgisa_legal
 
Defeitos congenitos no rs
Defeitos congenitos no rsDefeitos congenitos no rs
Defeitos congenitos no rsgisa_legal
 
palestra prevenção cancer de colo de utero e mama
palestra prevenção cancer de colo de utero e mamapalestra prevenção cancer de colo de utero e mama
palestra prevenção cancer de colo de utero e mamaMirianSouzaRibeiro
 
Aula 6 - câncer de mama associado à gestação
Aula 6 - câncer de mama associado à gestaçãoAula 6 - câncer de mama associado à gestação
Aula 6 - câncer de mama associado à gestaçãoGuilherme Novita Garcia
 
Aula 6 câncer de mama associado à gestação
Aula 6   câncer de mama associado à gestaçãoAula 6   câncer de mama associado à gestação
Aula 6 câncer de mama associado à gestaçãoGuilherme Novita Garcia
 
Neoplasias em Transplante Renal: uma atualização
Neoplasias em Transplante Renal: uma atualizaçãoNeoplasias em Transplante Renal: uma atualização
Neoplasias em Transplante Renal: uma atualizaçãoJoseAlbertoPedroso1
 
Púrpura Trobocitopênica Imunológica (PTI)
Púrpura Trobocitopênica Imunológica (PTI)Púrpura Trobocitopênica Imunológica (PTI)
Púrpura Trobocitopênica Imunológica (PTI)blogped1
 
PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES TIREOIDIANAS EM PACIENTES COM SÍNDROME DE DOWN NO H...
PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES TIREOIDIANAS EM PACIENTES COM SÍNDROME DE DOWN NO H...PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES TIREOIDIANAS EM PACIENTES COM SÍNDROME DE DOWN NO H...
PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES TIREOIDIANAS EM PACIENTES COM SÍNDROME DE DOWN NO H...Laped Ufrn
 

Semelhante a Gastrosquise - relato de dois casos (20)

Prevenção do câncer de colo uterino e mama e prevenção dos excessos de preven...
Prevenção do câncer de colo uterino e mama e prevenção dos excessos de preven...Prevenção do câncer de colo uterino e mama e prevenção dos excessos de preven...
Prevenção do câncer de colo uterino e mama e prevenção dos excessos de preven...
 
Tratamento clínico dos gliomas de baixo grau em pacientes pediátricos
Tratamento clínico dos gliomas de baixo grau em pacientes pediátricosTratamento clínico dos gliomas de baixo grau em pacientes pediátricos
Tratamento clínico dos gliomas de baixo grau em pacientes pediátricos
 
3 interpretação e conduta dos resultados citologicos
3 interpretação e conduta dos resultados citologicos3 interpretação e conduta dos resultados citologicos
3 interpretação e conduta dos resultados citologicos
 
Cep e cbp
Cep e cbp Cep e cbp
Cep e cbp
 
Icterícia Neonatal
Icterícia NeonatalIcterícia Neonatal
Icterícia Neonatal
 
Tu snc bruna
Tu snc  brunaTu snc  bruna
Tu snc bruna
 
Prevalência de cc ao nascimento
Prevalência de cc ao nascimentoPrevalência de cc ao nascimento
Prevalência de cc ao nascimento
 
Apresentação das cc diagnosticadas ao nascimento 2008
Apresentação das cc diagnosticadas ao nascimento   2008Apresentação das cc diagnosticadas ao nascimento   2008
Apresentação das cc diagnosticadas ao nascimento 2008
 
V33n5a12
V33n5a12V33n5a12
V33n5a12
 
Defeitos congenitos no rs
Defeitos congenitos no rsDefeitos congenitos no rs
Defeitos congenitos no rs
 
Defeitos congenitos no rs
Defeitos congenitos no rsDefeitos congenitos no rs
Defeitos congenitos no rs
 
Câncer colorretal.pptx
Câncer colorretal.pptxCâncer colorretal.pptx
Câncer colorretal.pptx
 
palestra prevenção cancer de colo de utero e mama
palestra prevenção cancer de colo de utero e mamapalestra prevenção cancer de colo de utero e mama
palestra prevenção cancer de colo de utero e mama
 
Aula 6 - câncer de mama associado à gestação
Aula 6 - câncer de mama associado à gestaçãoAula 6 - câncer de mama associado à gestação
Aula 6 - câncer de mama associado à gestação
 
Aula 6 câncer de mama associado à gestação
Aula 6   câncer de mama associado à gestaçãoAula 6   câncer de mama associado à gestação
Aula 6 câncer de mama associado à gestação
 
Neoplasias em Transplante Renal: uma atualização
Neoplasias em Transplante Renal: uma atualizaçãoNeoplasias em Transplante Renal: uma atualização
Neoplasias em Transplante Renal: uma atualização
 
Púrpura Trobocitopênica Imunológica (PTI)
Púrpura Trobocitopênica Imunológica (PTI)Púrpura Trobocitopênica Imunológica (PTI)
Púrpura Trobocitopênica Imunológica (PTI)
 
Manual conduta-pocket
Manual conduta-pocketManual conduta-pocket
Manual conduta-pocket
 
Doença de chagas
Doença de chagas   Doença de chagas
Doença de chagas
 
PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES TIREOIDIANAS EM PACIENTES COM SÍNDROME DE DOWN NO H...
PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES TIREOIDIANAS EM PACIENTES COM SÍNDROME DE DOWN NO H...PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES TIREOIDIANAS EM PACIENTES COM SÍNDROME DE DOWN NO H...
PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES TIREOIDIANAS EM PACIENTES COM SÍNDROME DE DOWN NO H...
 

Último

Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannRegiane Spielmann
 
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivProfessorThialesDias
 
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxSESMTPLDF
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdfMichele Carvalho
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...DL assessoria 31
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfMedTechBiz
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 

Último (11)

Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
 
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 

Gastrosquise - relato de dois casos

  • 1. UniEvangélica Centro Universitário SCHOLA FÉRTILE Especialização (Lato Sensu) em Reprodução Humana Mauricio Blanco Pós-graduando Orientador: Dr. Waldemar Naves do Amaral
  • 2. Relatar dois casos de gastrosquise identificados no pré-natal tardio pela ultrassonografia e seus desfechos perinatais.
  • 3. • 3% dos RN = malformação congênita (MFC); • Indicadores sóciodemográficos e de saúde (Brasil, 2009); • MFC = importância relativa ; •MFC = importância em mortes não evitáveis em < 1 ano. (CASTILLA et al, 2008; IBGE, 2009)
  • 4. • Incidência aproximada de 1:10.000 a 1:15.000 RN; •Prevalência variável em países diferentes; •Fatores de risco: •Idade materna < 20 anos; •Tabagismo; •Uso de drogas ilícitas; •Drogas vasoativas ; • IMC; • nutrição inadequada. (RASMUSSEN e FRÍAS, 2008; FELDKAMPe BOTTO, 2008; SANTOS, 2010; FROLOV et al, 2010).
  • 5. •Fatores genéticos: ainda não está claro; • Diagnóstico cirúrgico neonatal mais comun = emergência neonatal + comum; •Grande número de complicações pós-operatórias, mas com bom prognóstico; •Taxa de sobrevida em países desenvolvidos > 90% •Hoyme e cols. (1981): hipótese =disrupção da porção distal da artéria onfalomesentérica direita; (FELDKAMP e BOTO, 2008; KOHL et al, 2010).
  • 6. •2cm de extensão; •Mais comum à direita; •Associado a outras anomalias em 10 a 20%; •40 % dos RN com gastrosquise : prematuros e/ou PIG; •Diagnóstico USG: •18 a 22 semanas (ideal); •Conteúdo abdominal flutuando no líquido amniótico (LA), sem membrana recobrindo as estruturas; •Visualização de conteúdo abdominal > as alças intestinais (intestino delgado e/ou grosso); •Diagnóstico diferencial: onfalocele
  • 7.
  • 8. Relatar dois casos de gastrosquise identificados no pré-natal e seus desfechos perinatais.
  • 9. Caso 1: AAA, casada, 15anos, G1P0A0, sem antecedentes pessoais, primeira USG foi realizada em 12/09/2012, e defeito detectado em 06/01/2013, IG=38 sem, ILA 3, RN fem., 07/02 ces, PN=2095g; PIG assimétrico, APGAR=7 e 8; score CRIB 46,2%. Correção do defeito no mesmo dia, fechamento 1º.
  • 10. Caso 1: UTI , sepse neo precoce, tratada com ampicilina e amicacina (3d), cefepine 13d, 08/02 e 17/02 transfusão de [ ] de hemáceas, laringite pós-extubação, 18/02 re-entubada por PNM, apresentando no momento distensão abdominal importante, com edema de alças. Prognóstico no momento é ruim.
  • 11.
  • 12. Caso 2: NEO, solteira, procedente do interior de Goiás, 15 anos, G01P0A0, sem antecedentes pessoais, nega vícios e alergias. Diagnóstico USG 25ª sem, parto cesariana em 07/02/13, RN masc, PN=2500g, APGAR 7 e 8, não chorou, necessitou reanimação, AIG com criptorquidia, transfundido um [ ] de hemáceas em 09/02, ATB terapia amicacina + ampilicina de 07 a 18/02/2013. Operado no mesmo dia com a mesma técnica do caso anterior. RN com boa evolução, segue em berço aquecido, ferida operatória ok. Prognóstico bom.
  • 13.
  • 14. •Idade materna de ambas < 20 anos; •Anomalia associada no RN masc = criptorquidia; •Acurácia do USG: 60 a 90%; •Rastreamento USG de rotina: 18 a sem; •Estruturadas evisceradas: ID e IG; •Oligoâmnio=36% dos casos; •> índice de complicações = diagnóstico tardio; •Cesariana: < compressão mesentérica.
  • 15. • Ainda que a mortalidade associada à gastrosquise tenha diminuído de modo marcante nos últimos anos, a morbidade pós-operatória e a incidência de complicações permanecem elevadas. • A ultrassonografia morfológica de rotina, devido à elevada acurácia do método, pode detectar precocemente os casos de gastrosquise melhorando consideravelmente o prognóstico. •Com o acompanhamento ultrassonográfico pode-se prever as complicações e, dessa forma, programar o melhor momento para a interrupção da gravidez de forma a minimizar as intercorrências pós-operatórias.