SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 33
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA 
DEDC – CAMPUS VII 
FISIOLOGIA ANIMAL 
PROF. CRISTIANA SANTANA 
DISCENTES: 
EDNA SOUZA , KELLY FIGUEIREDO, PEDRO ISABEL, SANDRA ARAUJO
NUTRIÇÃO 
Propriedades mecânica do alimento – aparelho de 
tomada alimentar 
Natureza química do alimento – mecanismos 
digestivos disponíveis. 
Quantidade e qualidade do alimento 
O organismo precisa de: 
• Energia para a atividade externa e manutenção interna 
•Suprimento de substâncias especificas para 
conservação e crescimento.
Suprimento energético, combustível 
 Parte principal da matéria orgânica 
 Principais produtos da digestão – 
aminoácidos, açúcares simples, ácidos 
graxos. 
 Consistem de: C, H, e O; aminoácidos N 
• Humanos (cérebro, glicose, ácidos 
graxos) 
• Drosophila (carboidrato para o voo) 
• Gafanhoto (lipídio para o voo)
Suprimento energético, combustível 
 Manutenção do equilíbrio 
• Gasto energético total = ingestão alimentar 
alimento = consumo de substancias corpóreas ( gordura 
armazenada). 
• Se exceder = excesso de gordura 
Regulação da ingestão alimentar 
 Ingestão alimentar ajustada ao gasto energético. 
• Necessidades energética – regulada de acordo.
Regulação da ingestão alimentar 
 Mecanismos regulatórios: 
• Mamíferos – hipotálamo 
 Influencias periféricas: nível de açúcar sanguíneo, grau 
de enchimento do estômago. 
 Lesões hipotamalicas: reduzem ao aumentam a 
ingestão alimentar. 
 Peixe dourado – diluição calórica de sua dieta.
Necessidades nutricionais específicas 
 A dieta adequada a energia pode ser completamente 
inadequada no tocante ás matérias primas para o 
crescimento, desenvolvimento e manutenção dos 
mecanismos celular e metabólico. 
 Animais – energia = glicose 
Proteínas e aminoácidos 
 Animal cresce – proteína continuamente sintetizada 
e adicionada ao organismo. 
 Organismo adulto – ptn mantém a quantidade por 
toda vida.
Proteínas e aminoácidos 
 Um suprimento protéico inadequado leva a desnutrição 
grave. 
 Proteínas são constantemente decompostas e 
ressintetizadas. 
 Proteína nova sintetizada de aminoácidos. 
 Homem adulto: sintetiza e degrada 400g de ptn/dia.
Proteínas e aminoácidos 
 Aminoácidos essenciais e não essenciais (importantes) 
 Aminoácidos essenciais devem ser supridos na dieta. 
 Arginina pode ser sintetizada. 
 Peixes, insetos e protozoários – mesmos AA. 
 Vegetais sintetizam ptn a partir do nitrogênio inorgânico 
(NO3).
Proteínas e aminoácidos 
• Micróbios usam nitrogênio molecular (N2). 
• Bactérias fixadoras de nitrogênio – nódulo de raízes. 
• Cupins e outros insetos perfuradores: bactérias 
fixadoras de N no intestino. 
• Recifes de corais: alga verde 
 Ruminantes não precisam denegrir AA essenciais, pois 
são sintetizados por microrganismos no rúmen.
Alimentos acessórios: vitaminas 
 Quantidades necessárias – miligramas ou microgramas. 
 Necessidades diferente nos animais. 
Ex: acido ascórbico (vitamina C) – sintetizado pela > aos 
mamíferos, exceto o homem, muitos invertebrados, 
peixes teleósteos e algumas aves. 
 Diferenças associadas a implicações evolutivas. 
 Diferença na síntese de colesterol.
Alimentos acessórios: vitaminas 
• Vertebrados – sintetizam facilmente. 
• Inseto – sintetizam utilizando esteróis. 
 Organismos simbiônticos são importantes fontes de 
vitaminas. 
Ex: vitamina K sintetizada por bactéria no trato digestivo 
dos mamíferos. 
 Importante para os ruminantes.
Minerais e microelementos 
 Peso corpóreo total de um mamífero 
• 96% = O, C, H e N 
• ~4% = Ca, P, K, S, Na, Cl e Mg. 
• 0,01% = outros 15 elementos (microelementos) 
 Água, proteínas, ácidos nucléicos, lipídio e carboidratos: 
 > H, C e N + S e P. 
 Restante desses minerais => esqueleto + íons dissolvidos 
 Íons mais importantes => Na, K, Cl e bicarbonato 
Equilíbrio osmótico
Minerais e microelementos 
• Na -> principal cátion no sangue e fluidos extracelulares 
• K -> cátion dominante no espaço intracelular 
• Cl -> no fluido extracelular no intracelular 
• Íon bicarbonato -> respiração, transporte de CO2 - regulação do pH 
• Ca, Mg, P e sulfato: necessários a muitos processos fisiológicos 
• Alteração nas concentrações => deletéria ou fatal 
• Ex.: Ca -> função celular, condução nervosa, contração muscular, 
coagulação sanguínea e constituinte do esqueleto.
Microelementos 
• Constituem menos de 0,01% de um mamífero 
• Podem ser divididos em: 
1. Essenciais; 
2. Com efeitos metabólicos mas não indispensáveis; 
3. Bem distribuídos nos organismos vivos, mas parecem 
contaminantes acidentais. 
 Papel dos microelementos 
1. Fornecimento de dietas sintéticas compostas de componentes 
altamente purificados que não contenham o elemento em 
investigação e; 
2. O estudo de doenças, no homem e em outros animais, que sejam 
resultantes da deficiência de um microelemento.
Microelementos 
 Ferro (26) 
• Essencial 
• Elementos de transição 
• Compõe: hemoglobina (70%), mioglobina (3,2%), citocromos 
(0,1%), catalase (0,1%) e armazenados no fígado. 
• ~4g no homem adulto 
 Cobalto (27) 
• Essencial 
• Presente na forma de vitamina B12 – formação do sangue 
• Ruminantes -> vitamina B12 formada pela flora microbiana
Microelementos 
 Níquel (28) 
• Essencial 
• Penas das galinhas 
• Associado ao Fe 
• Essencial às leguminosas e vegetais superiores 
 Cobre (29) 
• Ocorre no solo 
• Deficiência: formação de hemoglobina 
• Anemia 
• Citocromo ovidase (Fe e Cu)
Microelementos 
 Zinco (30) 
• Compõe enzimas importantes 
• Anidrase carbônica e muitas peptidases 
 Vanádio (23) 
• Crescimento em ratos 
• Algumas espécies de tunicados vanádio no sangue 
• Função incerta 
 Cromo (24) 
• Essencial 
• Efeito máximo da insulina
Microelementos 
 Manganês (25) 
• Essencial 
• Ocorrência: solo, todas as plantas e animais vivos 
• Deficiência: desenvolvimento ósseo anormal 
• Importante: função dos ovários e testículos, ativador de certos 
sistemas enzimáticos. 
 Molibidênio (42) 
• Necessário: microrganismos fixadores de N, vegetais superiores e 
animais. 
• Compõe a xantina oxidase -> oxidação de purinas e ácido úrico
Microelementos 
 Silício (14) 
• Essencial às plantas 
• + abundante na crosta terrestre (+O) 
• Deficiência em pintos: anormalidades ósseas e cranianas 
 Estanho (50) 
• Essencial 
• Sais inorgânicos deste para crescimento normal em ratos 
 Arsênico (33) 
• Essencial aos ratos e outros animais 
• Deficiência: ratos crescem lentamente e com pelo áspero 
• Machos + afetados
Microelementos 
 Selênio (34) 
• Essencial 
• Ocorre no solo 
• Plantas tóxicas 
• Deficiência: necrose hepática e distrofia muscular 
• Relacionado à função da vitamina E 
 Flúor (9) 
• Essencial, principalmente aos ratos 
• Dentes e ossos (previne cáries) 
• Água potável -> “esmalte mosqueado” 
• ingestão -> deformação óssea e envenenamento
Microelementos 
 Iodo (53) 
• Componente dos hormônios da tireóide 
• Controle da taxa metabólica e crescimento normal dos 
vertebrados 
• Deficiência: aumento da glândula tireóide (bócio) 
 Outros elementos 
• Lítio, rubídio, berílio, estrôncio, alumínio, boro, 
germânio, bromo. 
• Amplamente presentes na matéria viva 
• Alguns muito tóxicos
DEFESA QUÍMICA 
 Proteção contra predadores 
 Vegetais -> compostos tóxicos 
Ex.: borboleta do repolho tolerante aos óleos de mostarda 
 Animais -> venenos e toxinas 
 Defesa e ataque (cobras, aranhas, escorpiões) 
Venenos de plantas 
•Afetam quase todos os sistemas fisiológicos 
•Pele, metabolismo, sangue, sistemas: digestório, nervoso, 
hormonais e reprodutivos
Venenos de plantas 
 ALCALÓIDES 
• Substâncias defensivas 
• Ex.: cocaína tem efeitos inseticidas-> neurotransmissão nos insetos 
• Folhas frescas e macias-> ++ alcalóide 
• Estricnina e curare -> usado em flechas indígenas 
• Nicotina -> protege as folhas do vegetal contra insetos
Venenos de plantas 
 GLICOSÍDEOS 
• Hidrolisado = açúcar e outros compostos 
• Digitalina (dedaleira) -> doenças cardíacas 
• Cianeto (HCN): 
• Amigdalina (tóxico) -> amêndoas amargas, sementes de damasco, 
ameixa seca, cerejas e sementes de maçã. 
• Tubérculos de mandioca-> cianeto letal 
• Odor forte para alguns indivíduos e inodoro para outros
Venenos de plantas 
 TANINO 
• Compostos polifenóicos com sabor amargo e adstringente 
• Tóxicos: precipitam proteínas e reduzem a digestibilidade da 
matéria vegetal das proteínas 
• Indica competição contínua entre vegetais e herbívoros 
• Ex.: salgueiro ++ tanino -> lebre ++ saliva que aglutina e 
desintoxica o tanino.
Venenos de plantas 
 ÓLEOS E RESINAS 
• Efeitos diferentes 
• Canábis -> princípio ativo na marijuana 
• atua no sist. nervoso central: alucinações 
• Óleos e resinas: 
• Irritantes à pele, ao nariz e à boca 
• Agem no trato gastrointestinal: vômito, diarreia,
Venenos de plantas 
 ÁCIDO OXÁLICO 
• Muito tóxico: precipita o Ca na forma de oxalato de Ca insolúvel 
• Envenenamento agudo: - Ca no sangue -> sintomas nervosos, 
cãibras musculares e lesão renal aguda. 
• Erva gên. Halogeton: ++ oxalato -> ++ tóxica aos animais 
• Chenopodicae: espinafre e ruibarbo 
• Ruibarbo: folhas ++ oxalato -> mortes 
• Espinafre: ++ por dia -> deficiência de Ca
Venenos de plantas 
 INIBIDORES ENZIMÁTICOS 
• Algumas plantas: subst. que inibem tripsina – proteolítica do pâncreas 
• (soja, vagem, amendoim, outras) 
• Inibidores de tripsina são sensíveis ao calor 
 COMPOSTOS COM EFEITOS HORMONAIS 
• Crucifereae: repolho, rabanete, mostarda, outras 
• Gosto picante = óleos de mostarda -> irritantes, fatal 
• Spp. com inibidores da glândula tireóide (bócio) 
• Subst. Antitireoidianas -> tioureia = feniltioureia (amargo ou não) 
• PTC – Feniltiocarbamida.
Venenos de plantas 
 COMPOSTOS QUE AFETAM A REPRODUÇÃO 
ANIMAL 
• Defesa vegetal -> interferir na reprodução de seus 
inimigos 
• Ex.: produção de hormônio juvenil (insetos) por sempre-verdes 
• Plantas com atividade hormonal antijuvenil 
• Plantas que afetam o sist. endócrino : reprodução dos 
vertebrados 
• Imitam efeitos estrogênicos (ervilha) 
• Diminui a fertilidade de ovelhas e reprodução de 
codornizes
Venenos de plantas 
 UTILIZAÇÃO ANIMAL DOS HORMÔNIOS 
VEGETAIS 
• Borboleta monarca ingere glicosídeos cardíacos 
produzidos pela serralha (Asclepiias) 
• Uso de subst . tóxicas obtidas pela alimentação 
– insetos 
• Lesmas ->nematocistos -> caravelas (Physalia) 
sem liberar veneno e o incorporam nos tecidos 
-> contra peixes predadores 
 UTILIZAÇÃO ANIMAL DE VENENOS 
PRÓPRIOS 
• Cobras, escorpiões, aranhas, abelhas e vespas 
• Milípedes -> cianeto de hidrogênio 
• Besouro bombardeiro -> jato químico de 100ºC
REFERÊNCIAS 
• SHIMIDT-NIELSEN, K. Fisiologia animal. Knut Shimidt-Nielsen 
et al. 5ª ed. Santos. São Paulo, 2002.
OBRIGADO!

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Aula 02-alimentacao-e-alteracoes-em-alimentos (1)
Aula 02-alimentacao-e-alteracoes-em-alimentos (1)Aula 02-alimentacao-e-alteracoes-em-alimentos (1)
Aula 02-alimentacao-e-alteracoes-em-alimentos (1)Rossana Martins
 
Bactérias utilizadas na produção de alimentos
Bactérias utilizadas na produção de alimentosBactérias utilizadas na produção de alimentos
Bactérias utilizadas na produção de alimentosLuan Queiroz
 
42.prod.alim.fermentação2013
42.prod.alim.fermentação201342.prod.alim.fermentação2013
42.prod.alim.fermentação2013Leonor Vaz Pereira
 
Ne fatores antinutricionais de ocorrência natural nos alimentos
Ne   fatores antinutricionais de ocorrência natural nos alimentosNe   fatores antinutricionais de ocorrência natural nos alimentos
Ne fatores antinutricionais de ocorrência natural nos alimentosEric Liberato
 
09. deterioração microbiana de alimentos
09. deterioração microbiana de alimentos09. deterioração microbiana de alimentos
09. deterioração microbiana de alimentosIgor Reis
 
Conservar para sustentar
Conservar para sustentarConservar para sustentar
Conservar para sustentarTurma EFA
 
Aula 2 e_3_-_carboidratos,_glicólise, _ciclo_de_krebs_e_via_das_pentoses (1)
Aula 2 e_3_-_carboidratos,_glicólise, _ciclo_de_krebs_e_via_das_pentoses (1)Aula 2 e_3_-_carboidratos,_glicólise, _ciclo_de_krebs_e_via_das_pentoses (1)
Aula 2 e_3_-_carboidratos,_glicólise, _ciclo_de_krebs_e_via_das_pentoses (1)Marcialila
 
Composição química da célula
Composição química da célulaComposição química da célula
Composição química da célulaMarcia M Pedroso
 
Inibidores de proteases e amilase, glicosideos cianogenicos, alcaloides e sap...
Inibidores de proteases e amilase, glicosideos cianogenicos, alcaloides e sap...Inibidores de proteases e amilase, glicosideos cianogenicos, alcaloides e sap...
Inibidores de proteases e amilase, glicosideos cianogenicos, alcaloides e sap...Anderson Formiga
 
Conservação de alimentos
Conservação de alimentosConservação de alimentos
Conservação de alimentosGlaucia Perez
 

Was ist angesagt? (13)

Aula 02-alimentacao-e-alteracoes-em-alimentos (1)
Aula 02-alimentacao-e-alteracoes-em-alimentos (1)Aula 02-alimentacao-e-alteracoes-em-alimentos (1)
Aula 02-alimentacao-e-alteracoes-em-alimentos (1)
 
Taurina final(1)
Taurina final(1)Taurina final(1)
Taurina final(1)
 
Bactérias utilizadas na produção de alimentos
Bactérias utilizadas na produção de alimentosBactérias utilizadas na produção de alimentos
Bactérias utilizadas na produção de alimentos
 
Metabolismo microbiano
Metabolismo microbianoMetabolismo microbiano
Metabolismo microbiano
 
42.prod.alim.fermentação2013
42.prod.alim.fermentação201342.prod.alim.fermentação2013
42.prod.alim.fermentação2013
 
Ne fatores antinutricionais de ocorrência natural nos alimentos
Ne   fatores antinutricionais de ocorrência natural nos alimentosNe   fatores antinutricionais de ocorrência natural nos alimentos
Ne fatores antinutricionais de ocorrência natural nos alimentos
 
09. deterioração microbiana de alimentos
09. deterioração microbiana de alimentos09. deterioração microbiana de alimentos
09. deterioração microbiana de alimentos
 
Conservar para sustentar
Conservar para sustentarConservar para sustentar
Conservar para sustentar
 
Aula 2 e_3_-_carboidratos,_glicólise, _ciclo_de_krebs_e_via_das_pentoses (1)
Aula 2 e_3_-_carboidratos,_glicólise, _ciclo_de_krebs_e_via_das_pentoses (1)Aula 2 e_3_-_carboidratos,_glicólise, _ciclo_de_krebs_e_via_das_pentoses (1)
Aula 2 e_3_-_carboidratos,_glicólise, _ciclo_de_krebs_e_via_das_pentoses (1)
 
Composição química da célula
Composição química da célulaComposição química da célula
Composição química da célula
 
Inibidores de proteases e amilase, glicosideos cianogenicos, alcaloides e sap...
Inibidores de proteases e amilase, glicosideos cianogenicos, alcaloides e sap...Inibidores de proteases e amilase, glicosideos cianogenicos, alcaloides e sap...
Inibidores de proteases e amilase, glicosideos cianogenicos, alcaloides e sap...
 
Conservação de alimentos
Conservação de alimentosConservação de alimentos
Conservação de alimentos
 
Aula 1 introdução tpoa
Aula 1   introdução tpoaAula 1   introdução tpoa
Aula 1 introdução tpoa
 

Ähnlich wie Nutrição animal e defesa química de plantas

Ähnlich wie Nutrição animal e defesa química de plantas (20)

Bio01
Bio01Bio01
Bio01
 
Nh aula 3.3 - minerais
Nh   aula 3.3 - mineraisNh   aula 3.3 - minerais
Nh aula 3.3 - minerais
 
1 água sais carboidratos e lipídeos
1 água sais carboidratos e lipídeos1 água sais carboidratos e lipídeos
1 água sais carboidratos e lipídeos
 
Componentes químicos da célula
Componentes químicos da célulaComponentes químicos da célula
Componentes químicos da célula
 
Componentes biologia molecular
Componentes biologia molecularComponentes biologia molecular
Componentes biologia molecular
 
Bioquimica-Composicao Quimica da Celula.pdf
Bioquimica-Composicao Quimica  da Celula.pdfBioquimica-Composicao Quimica  da Celula.pdf
Bioquimica-Composicao Quimica da Celula.pdf
 
Minerais.pptx
Minerais.pptxMinerais.pptx
Minerais.pptx
 
Sistema digestório
Sistema digestórioSistema digestório
Sistema digestório
 
slide44466666.pptx
slide44466666.pptxslide44466666.pptx
slide44466666.pptx
 
Slide biologia na ponta da lingua
Slide biologia na ponta da linguaSlide biologia na ponta da lingua
Slide biologia na ponta da lingua
 
A composição química dos seres vivos[1]
A composição química dos seres vivos[1]A composição química dos seres vivos[1]
A composição química dos seres vivos[1]
 
Biologia molecular
Biologia molecularBiologia molecular
Biologia molecular
 
Biologia aula 01 bioquímica
Biologia aula 01 bioquímicaBiologia aula 01 bioquímica
Biologia aula 01 bioquímica
 
Biologia aula 01 bioquímica
Biologia aula 01   bioquímica Biologia aula 01   bioquímica
Biologia aula 01 bioquímica
 
Microbiologia aplicada aula08 fisiologia
Microbiologia aplicada aula08 fisiologiaMicrobiologia aplicada aula08 fisiologia
Microbiologia aplicada aula08 fisiologia
 
Nutrição
NutriçãoNutrição
Nutrição
 
QuíM. De Alim. I Minerais
QuíM. De Alim. I   MineraisQuíM. De Alim. I   Minerais
QuíM. De Alim. I Minerais
 
Aula Bioquímica Celular
Aula Bioquímica CelularAula Bioquímica Celular
Aula Bioquímica Celular
 
Aula Bioquímica Celular.ppt
Aula Bioquímica Celular.pptAula Bioquímica Celular.ppt
Aula Bioquímica Celular.ppt
 
Lipídeos, proteínas, dna e rna
Lipídeos, proteínas, dna e rnaLipídeos, proteínas, dna e rna
Lipídeos, proteínas, dna e rna
 

Nutrição animal e defesa química de plantas

  • 1. UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA DEDC – CAMPUS VII FISIOLOGIA ANIMAL PROF. CRISTIANA SANTANA DISCENTES: EDNA SOUZA , KELLY FIGUEIREDO, PEDRO ISABEL, SANDRA ARAUJO
  • 2. NUTRIÇÃO Propriedades mecânica do alimento – aparelho de tomada alimentar Natureza química do alimento – mecanismos digestivos disponíveis. Quantidade e qualidade do alimento O organismo precisa de: • Energia para a atividade externa e manutenção interna •Suprimento de substâncias especificas para conservação e crescimento.
  • 3. Suprimento energético, combustível  Parte principal da matéria orgânica  Principais produtos da digestão – aminoácidos, açúcares simples, ácidos graxos.  Consistem de: C, H, e O; aminoácidos N • Humanos (cérebro, glicose, ácidos graxos) • Drosophila (carboidrato para o voo) • Gafanhoto (lipídio para o voo)
  • 4. Suprimento energético, combustível  Manutenção do equilíbrio • Gasto energético total = ingestão alimentar alimento = consumo de substancias corpóreas ( gordura armazenada). • Se exceder = excesso de gordura Regulação da ingestão alimentar  Ingestão alimentar ajustada ao gasto energético. • Necessidades energética – regulada de acordo.
  • 5. Regulação da ingestão alimentar  Mecanismos regulatórios: • Mamíferos – hipotálamo  Influencias periféricas: nível de açúcar sanguíneo, grau de enchimento do estômago.  Lesões hipotamalicas: reduzem ao aumentam a ingestão alimentar.  Peixe dourado – diluição calórica de sua dieta.
  • 6. Necessidades nutricionais específicas  A dieta adequada a energia pode ser completamente inadequada no tocante ás matérias primas para o crescimento, desenvolvimento e manutenção dos mecanismos celular e metabólico.  Animais – energia = glicose Proteínas e aminoácidos  Animal cresce – proteína continuamente sintetizada e adicionada ao organismo.  Organismo adulto – ptn mantém a quantidade por toda vida.
  • 7. Proteínas e aminoácidos  Um suprimento protéico inadequado leva a desnutrição grave.  Proteínas são constantemente decompostas e ressintetizadas.  Proteína nova sintetizada de aminoácidos.  Homem adulto: sintetiza e degrada 400g de ptn/dia.
  • 8. Proteínas e aminoácidos  Aminoácidos essenciais e não essenciais (importantes)  Aminoácidos essenciais devem ser supridos na dieta.  Arginina pode ser sintetizada.  Peixes, insetos e protozoários – mesmos AA.  Vegetais sintetizam ptn a partir do nitrogênio inorgânico (NO3).
  • 9. Proteínas e aminoácidos • Micróbios usam nitrogênio molecular (N2). • Bactérias fixadoras de nitrogênio – nódulo de raízes. • Cupins e outros insetos perfuradores: bactérias fixadoras de N no intestino. • Recifes de corais: alga verde  Ruminantes não precisam denegrir AA essenciais, pois são sintetizados por microrganismos no rúmen.
  • 10. Alimentos acessórios: vitaminas  Quantidades necessárias – miligramas ou microgramas.  Necessidades diferente nos animais. Ex: acido ascórbico (vitamina C) – sintetizado pela > aos mamíferos, exceto o homem, muitos invertebrados, peixes teleósteos e algumas aves.  Diferenças associadas a implicações evolutivas.  Diferença na síntese de colesterol.
  • 11. Alimentos acessórios: vitaminas • Vertebrados – sintetizam facilmente. • Inseto – sintetizam utilizando esteróis.  Organismos simbiônticos são importantes fontes de vitaminas. Ex: vitamina K sintetizada por bactéria no trato digestivo dos mamíferos.  Importante para os ruminantes.
  • 12. Minerais e microelementos  Peso corpóreo total de um mamífero • 96% = O, C, H e N • ~4% = Ca, P, K, S, Na, Cl e Mg. • 0,01% = outros 15 elementos (microelementos)  Água, proteínas, ácidos nucléicos, lipídio e carboidratos:  > H, C e N + S e P.  Restante desses minerais => esqueleto + íons dissolvidos  Íons mais importantes => Na, K, Cl e bicarbonato Equilíbrio osmótico
  • 13. Minerais e microelementos • Na -> principal cátion no sangue e fluidos extracelulares • K -> cátion dominante no espaço intracelular • Cl -> no fluido extracelular no intracelular • Íon bicarbonato -> respiração, transporte de CO2 - regulação do pH • Ca, Mg, P e sulfato: necessários a muitos processos fisiológicos • Alteração nas concentrações => deletéria ou fatal • Ex.: Ca -> função celular, condução nervosa, contração muscular, coagulação sanguínea e constituinte do esqueleto.
  • 14. Microelementos • Constituem menos de 0,01% de um mamífero • Podem ser divididos em: 1. Essenciais; 2. Com efeitos metabólicos mas não indispensáveis; 3. Bem distribuídos nos organismos vivos, mas parecem contaminantes acidentais.  Papel dos microelementos 1. Fornecimento de dietas sintéticas compostas de componentes altamente purificados que não contenham o elemento em investigação e; 2. O estudo de doenças, no homem e em outros animais, que sejam resultantes da deficiência de um microelemento.
  • 15.
  • 16. Microelementos  Ferro (26) • Essencial • Elementos de transição • Compõe: hemoglobina (70%), mioglobina (3,2%), citocromos (0,1%), catalase (0,1%) e armazenados no fígado. • ~4g no homem adulto  Cobalto (27) • Essencial • Presente na forma de vitamina B12 – formação do sangue • Ruminantes -> vitamina B12 formada pela flora microbiana
  • 17. Microelementos  Níquel (28) • Essencial • Penas das galinhas • Associado ao Fe • Essencial às leguminosas e vegetais superiores  Cobre (29) • Ocorre no solo • Deficiência: formação de hemoglobina • Anemia • Citocromo ovidase (Fe e Cu)
  • 18. Microelementos  Zinco (30) • Compõe enzimas importantes • Anidrase carbônica e muitas peptidases  Vanádio (23) • Crescimento em ratos • Algumas espécies de tunicados vanádio no sangue • Função incerta  Cromo (24) • Essencial • Efeito máximo da insulina
  • 19. Microelementos  Manganês (25) • Essencial • Ocorrência: solo, todas as plantas e animais vivos • Deficiência: desenvolvimento ósseo anormal • Importante: função dos ovários e testículos, ativador de certos sistemas enzimáticos.  Molibidênio (42) • Necessário: microrganismos fixadores de N, vegetais superiores e animais. • Compõe a xantina oxidase -> oxidação de purinas e ácido úrico
  • 20. Microelementos  Silício (14) • Essencial às plantas • + abundante na crosta terrestre (+O) • Deficiência em pintos: anormalidades ósseas e cranianas  Estanho (50) • Essencial • Sais inorgânicos deste para crescimento normal em ratos  Arsênico (33) • Essencial aos ratos e outros animais • Deficiência: ratos crescem lentamente e com pelo áspero • Machos + afetados
  • 21. Microelementos  Selênio (34) • Essencial • Ocorre no solo • Plantas tóxicas • Deficiência: necrose hepática e distrofia muscular • Relacionado à função da vitamina E  Flúor (9) • Essencial, principalmente aos ratos • Dentes e ossos (previne cáries) • Água potável -> “esmalte mosqueado” • ingestão -> deformação óssea e envenenamento
  • 22. Microelementos  Iodo (53) • Componente dos hormônios da tireóide • Controle da taxa metabólica e crescimento normal dos vertebrados • Deficiência: aumento da glândula tireóide (bócio)  Outros elementos • Lítio, rubídio, berílio, estrôncio, alumínio, boro, germânio, bromo. • Amplamente presentes na matéria viva • Alguns muito tóxicos
  • 23. DEFESA QUÍMICA  Proteção contra predadores  Vegetais -> compostos tóxicos Ex.: borboleta do repolho tolerante aos óleos de mostarda  Animais -> venenos e toxinas  Defesa e ataque (cobras, aranhas, escorpiões) Venenos de plantas •Afetam quase todos os sistemas fisiológicos •Pele, metabolismo, sangue, sistemas: digestório, nervoso, hormonais e reprodutivos
  • 24. Venenos de plantas  ALCALÓIDES • Substâncias defensivas • Ex.: cocaína tem efeitos inseticidas-> neurotransmissão nos insetos • Folhas frescas e macias-> ++ alcalóide • Estricnina e curare -> usado em flechas indígenas • Nicotina -> protege as folhas do vegetal contra insetos
  • 25. Venenos de plantas  GLICOSÍDEOS • Hidrolisado = açúcar e outros compostos • Digitalina (dedaleira) -> doenças cardíacas • Cianeto (HCN): • Amigdalina (tóxico) -> amêndoas amargas, sementes de damasco, ameixa seca, cerejas e sementes de maçã. • Tubérculos de mandioca-> cianeto letal • Odor forte para alguns indivíduos e inodoro para outros
  • 26. Venenos de plantas  TANINO • Compostos polifenóicos com sabor amargo e adstringente • Tóxicos: precipitam proteínas e reduzem a digestibilidade da matéria vegetal das proteínas • Indica competição contínua entre vegetais e herbívoros • Ex.: salgueiro ++ tanino -> lebre ++ saliva que aglutina e desintoxica o tanino.
  • 27. Venenos de plantas  ÓLEOS E RESINAS • Efeitos diferentes • Canábis -> princípio ativo na marijuana • atua no sist. nervoso central: alucinações • Óleos e resinas: • Irritantes à pele, ao nariz e à boca • Agem no trato gastrointestinal: vômito, diarreia,
  • 28. Venenos de plantas  ÁCIDO OXÁLICO • Muito tóxico: precipita o Ca na forma de oxalato de Ca insolúvel • Envenenamento agudo: - Ca no sangue -> sintomas nervosos, cãibras musculares e lesão renal aguda. • Erva gên. Halogeton: ++ oxalato -> ++ tóxica aos animais • Chenopodicae: espinafre e ruibarbo • Ruibarbo: folhas ++ oxalato -> mortes • Espinafre: ++ por dia -> deficiência de Ca
  • 29. Venenos de plantas  INIBIDORES ENZIMÁTICOS • Algumas plantas: subst. que inibem tripsina – proteolítica do pâncreas • (soja, vagem, amendoim, outras) • Inibidores de tripsina são sensíveis ao calor  COMPOSTOS COM EFEITOS HORMONAIS • Crucifereae: repolho, rabanete, mostarda, outras • Gosto picante = óleos de mostarda -> irritantes, fatal • Spp. com inibidores da glândula tireóide (bócio) • Subst. Antitireoidianas -> tioureia = feniltioureia (amargo ou não) • PTC – Feniltiocarbamida.
  • 30. Venenos de plantas  COMPOSTOS QUE AFETAM A REPRODUÇÃO ANIMAL • Defesa vegetal -> interferir na reprodução de seus inimigos • Ex.: produção de hormônio juvenil (insetos) por sempre-verdes • Plantas com atividade hormonal antijuvenil • Plantas que afetam o sist. endócrino : reprodução dos vertebrados • Imitam efeitos estrogênicos (ervilha) • Diminui a fertilidade de ovelhas e reprodução de codornizes
  • 31. Venenos de plantas  UTILIZAÇÃO ANIMAL DOS HORMÔNIOS VEGETAIS • Borboleta monarca ingere glicosídeos cardíacos produzidos pela serralha (Asclepiias) • Uso de subst . tóxicas obtidas pela alimentação – insetos • Lesmas ->nematocistos -> caravelas (Physalia) sem liberar veneno e o incorporam nos tecidos -> contra peixes predadores  UTILIZAÇÃO ANIMAL DE VENENOS PRÓPRIOS • Cobras, escorpiões, aranhas, abelhas e vespas • Milípedes -> cianeto de hidrogênio • Besouro bombardeiro -> jato químico de 100ºC
  • 32. REFERÊNCIAS • SHIMIDT-NIELSEN, K. Fisiologia animal. Knut Shimidt-Nielsen et al. 5ª ed. Santos. São Paulo, 2002.