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Apostila Didática de Saúde e
         Cidadania
Brasil
2011




  3
2011 by Michelly Abdalla Farah
         Todos os direitos reservados




           Direção Editorial: Aline Alves
         Produção Editorial: Camila Santos
        Revisão Bibliográfica: Ivan Espinosa




Apostila Didática de Saúde e Cidadania




                    Realização:

          WCP – World Corp Peace



                        4
SUMÁRIO

1. Introdução..................................................................................05

2. Os 10 mandamentos do Socorrista........................................... 06

3. Quais são as Prioridades no Atendimento à Vitima...................07

4. Análise Primária..........................................................................07

5. Análise Secundária.....................................................................11

6. Estado de choque...................................................................... 13

7. Hemorragia..................................................................................13

8. Fraturas........................................................................................14

9. Queimaduras................................................................................15

10. Ferimentos...................................................................................16

11. Desmaio e Epilepsia....................................................................16

12. Evisceração e Objeto Incluso......................................................17

13. Alimentação Saudável.................................................................18

14. Diabetes.......................................................................................19

15. Hepatite........................................................................................22

16. Tuberculose..................................................................................25

17. Dengue.........................................................................................27

18. H1N1............................................................................................32

19. O que é AIDS?.............................................................................34

20. O que é DST?..............................................................................37

21. Sintomas......................................................................................38

22. Sífilis............................................................................................38

23. Cancro Mole................................................................................39

24. Gonorréia....................................................................................39

25. Candidiase..................................................................................39

                                                                       5
26. Herpes Genital............................................................................39

27. Condiloma...................................................................................39

28. Pediculose do Púbis (chato)........................................................40

29. Álcool...........................................................................................41

     30. Tabaco.........................................................................................43

     31. Maconha......................................................................................45

     32. Cocaína.......................................................................................47

     33. Alucinógenos..............................................................................49

     34. Esteróides...................................................................................50

          35. Solventes....................................................................................52

     36. Anfetamina.................................................................................54

          37.Créditos finais..............................................................................56




                                                                      6
INTRODUÇÃO



         Justifica-se a importância desse projeto, uma perspectiva educacional, que visa

atenuar o impacto e o agravamento das ocorrências, apresentando em todas as

regiões um conteúdo didático dinâmico para evolução do conhecimento na área da

saúde.

         Esta apostila foi pesquisada e desenvolvida, totalmente baseada na atualidade,

com protocolos novos e corretos, para cada situação existe um protocolo a ser

executado, diferindo então todas as prioridades no atendimento, assim melhor

realizando a qualidade e prevenção da vida.

         O objetivo maior deste conteúdo, além de informativo sobre questões de

cidadania, é fazer com que qualquer leitor tenha a capacidade de identificar situações

que demandem atenção imediata e se possível siga os passos do protocolo

correspondente aquela situação.

         Devemos ser rápidos, organizados e eficientes, de forma que consigamos

tomar decisões quanto ao atendimento e o transporte adequados, sempre seguindo

um protocolo seguro e atualizado, assegurando a vitima maiores chances de

sobrevivência e menos seqüelas e lesões.

         Além de fazermos esta importante abordagem nos conteúdos de primeiros

socorros, falaremos também sobre diversos problemas relacionados a saúde pública

no nosso país, que envolvem a todas as populações e faixas etárias, mas daremos

um enfoque especial nos problemas relacionados a juventude entre os 14 e 29 anos,

como drogas e doenças sexualmente transmissíveis.




                                             7
Os 10 mandamentos de todo Socorrista




      1.        Mantenha sempre a calma.

      2.     Mantenha sempre uma ordem de segurança quando estiver prestando

socorro:


      - Primeiro: “eu” – o socorrista


      - Segundo: a equipe de socorro e as pessoas que estão transitando no local.


      - Terceiro: a vitima. (isto não a torna menos importante).


      ** Parece ser contraditório a primeira vista, mas o intuito básico desta ordem de

segurança é de NÃO gerar novas vitimas.


      3.     É fundamental que antes de iniciar qualquer tipo de socorro ligar para um

atendimento móvel de socorro. (192 – samu e 193 – corpo de bombeiros).

      4.     Antes de agir no acidente sempre verificar se há riscos no local.


      5.     Sempre mantenha o bom senso.


      6.     Peça ajuda, afaste os curiosos e mantenha o espírito de liderança.


      7.     Distribua tarefas, assim quem poderia lhe atrapalhar irá ajudar.


      8.     Evite   realizar   manobras   de   forma    incorreta.   (com   pressa   ou

imprudência).


      9.     Em situações com múltiplas vitimas dê preferência sempre a quem corre

risco iminente de vida. (se tiver como use cartões coloridos de identificação)

                                            8
10.   Seja socorrista e não herói. Lembre sempre do segundo mandamento!




                                 9
Quais são as Prioridades no Atendimento à Vitima




      Para que o socorrista preste de maneira prudente o atendimento à vitima,

dividimos em três níveis de prioridades. Primária, Secundária e Terciária.



      Prioridades primárias

      •      PCR - parada cardiorrespiratória

      •      PR – parada respiratória

      •      OR – obstrução respiratória

      •      TCE – trauma crânio encefálico

      •      TT – trauma de tórax

      •      TA – trauma de abdome

      •      GH – grandes hemorragias

      Prioridades secundárias

      •      TC – trauma de coluna

      •      TB – trauma de bacia

      •      GQ – grandes queimados

      •      FF – fratura de fêmur

      Prioridades terciárias

      •      F – ferimentos

      •      FE – fraturas de extremidades

      •      QL – queimados leves


                                           10
Análise primaria



      Visa identificar e manejar situações de ameaça à vida, A abordagem inicial é

realizada sem mobilizar a vítima de sua posição inicial, salvo em situações especiais

que possam comprometer a segurança ou agravar o quadro da vítima, tais como:



      Situações climáticas extremas: Geada, chuva, frio, calor, etc.;

      Risco de explosão ou incêndio;

      Risco de choque elétrico;

      Risco de desabamento.



      A abordagem primária é realizada em duas fases:

      1) Análise primária rápida;

      2) Análise primária completa.



      Abordagem rápida:

      É a avaliação sucinta da respiração, circulação e nível de consciência. Deve ser

completada em no máximo 30 segundos. Tem por finalidade a rápida identificação de

condições de risco de morte.



      Devemos manter a seguinte cronologia:

      1) Aproximar-se da vítima pelo lado para o qual a face da mesma está volta,

garantindo-lhe o controle cervical.

      2) Observar se a vítima está consciente e respirando. Tocando o ombro da

vítima do lado oposto ao da abordagem, apresente-se, acalme-a e pergunte o que

aconteceu com ela: “Eu sou o XXX, e estou aqui para te ajudar. O que aconteceu
                                          11
contigo?”. Uma resposta adequada permite esclarecer que a vítima está consciente,

que as vias aéreas estão permeáveis e que respira. Caso não haja resposta,

examinar a respiração. Se ausente a respiração, iniciar as manobras de controle de

vias aéreas e a ventilação artificial.

       3) Simultaneamente palpar pulso radial (em vítima inconsciente palpar direto o

pulso carotídeo) e definir se está presente, muito rápido ou lento. Se ausente, palpar

pulso de artéria carótida ou femoral (maior calibre) e, caso confirmado que a vítima

está sem pulso, iniciar manobras de reanimação cardio pulmonar (MRCP).

       4) Verificar temperatura, umidade e coloração da pele e enchimento capilar.

       Palidez, pele fria e úmida e tempo de enchimento capilar acima de dois

segundos são sinais de comprometimento da perfusão oxigenação dos tecidos

(choque hipovolêmico por hemorragia interna ou externa, por exemplo), que exigem

intervenção imediata.

       5) Observar rapidamente da cabeça aos pés procurando por hemorragias ou

grandes deformidades.

       6) Repassar as informações para Central de Emergência.



       Análise completa:

       Na análise primária completa segue-se uma seqüência fixa de passos

estabelecida cientificamente. Para facilitar, convencionou-se o “ABCD do trauma” para

designar essa seqüência fica de passos, utilizando-se as primeiras letras das palavras

(do inglês) que definem cada um dos passos:



       1) Passo “A” (Airway) – Vias aéreas com controle cervical;

       2) Passo “B” (Breathing) – Respiração (existente e qualidade);

       3) Passo “C” (Circulation) – Circulação com controle de hemorragias;

                                          12
4) Passo “D” (Disability) – Estado neurológico;

       5) Passo “E” (Exposure) – Exposição da vítima (para abordagem

secundária).

       Lembre-se de somente passar para próximo passo após ter completado o

passo anterior. Durante toda a abordagem da vítima o controle cervical deve ser

mantido.

       Suspeitar de lesão de coluna cervical em toda vítima de trauma.



       A – Via Aéreas com Controle Cervical

       Após o controle cervical e a identificação, pergunte à vítima o que aconteceu.

Uma pessoa só consegue falar se tiver ar nos pulmões e se ele passar pelas cordas

vocais. Portanto, se a vítima responder normalmente, é porque as vias aéreas estão

permeáveis (passo "A" resolvido) e respiração espontânea (passo "B" resolvido).

Seguir para o passo "C".

       Se a vítima não responder normalmente, examinar as vias aéreas. Desobstruir

vias aéreas de sangue, vômito, corpos estranhos ou queda da língua.



       B – Respiração

       Checar se a respiração está presente e efetiva (ver, ouvir e sentir). Se a

respiração     estiver   ausente,   iniciar   respiração       artificial   (passo "B"   resolvido

temporariamente). Estando presente a respiração, analisar sua qualidade: lenta ou

rápida, superficial ou profunda, de ritmo regular ou irregular, silenciosa ou ruidosa.

       Se observar sinais de respiração difícil (rápida, profunda, ruidosa), reavaliar

vias aéreas (passo "A"). A necessidade de intervenção médica é muito provável. Se

observar sinais que antecedam a parada respiratória (respiração superficial, lenta ou

irregular), ficar atento para iniciar respiração artificial.


                                                13
C – Circulação com Controle de Hemorragias

       O objetivo principal do passo "C" é estimar as condições do sistema circulatório

e controlar grandes hemorragias. Para tanto devem ser avaliados: pulso; perfusão

periférica; coloração, temperatura e umidade da pele. Neste passo também devem ser

controladas as hemorragias que levem o risco de vida eminente.



       Pulso - A avaliação do pulso dá uma estimativa da pressão arterial. Se o pulso

radial não estiver palpável, possivelmente a vítima apresenta um estado de choque

hipovolêmico descompensado, situação grave que demanda intervenção imediata.

       Se o pulso femoral ou carotídeo estiver ausente, iniciar manobras de

reanimação cardio pulmonar. Estando presente o pulso, analisar sua qualidade: lento

ou rápido, forte ou fraco, regular ou irregular.



       Perfusão Periférica - A perfusão periférica é avaliada através da técnica do

enchimento capilar. É realizada fazendo-se uma pressão na base da unha, de modo

que a coloração passe de rosada para pálida. Retirando-se a pressão a coloração

rosada deve retomar num tempo inferior a dois segundos. Se o tempo ultrapassar dois

segundos     é    sinal   de    que    a    perfusão   periférica   está   comprometida

(oxigenação/perfusão inadequadas). Lembre-se que à noite e com frio essa avaliação

é prejudicada.



       Coloração, Temperatura e Umidade da Pele - Cianose e palidez são sinais

de comprometimento da oxigenação/perfusão dos tecidos. Pele fria e úmida indica

choque hipovolêmico (hemorrágico).



       Controle de Hemorragias - Se o socorrista verificar hemorragia externa deve

utilizar métodos de controle. Observando sinais que sugerem hemorragia interna,
                                             14
deve se agilizar o atendimento e transportar a vítima o mais brevemente possível ao

hospital, seguindo sempre as orientações da Central de Emergências.



      D – Estado Neurológico - Tomadas as medidas possíveis para garantir o

“ABC”, importa conhecer o estado neurológico da vítima (passo "D"), para melhor

avaliar a gravidade e a estabilidade do quadro.

      O registro evolutivo do estado neurológico tem grande valor. A vítima que não

apresente alterações neurológicas em uma analise rápida, pode vim a apresentar

certas alterações até o socorro chegar, para não alterarmos o quadro, deveu realizar

a avaliação do nível de consciência e o exame das pupilas.



      Nível de Consciência - Deve sempre ser avaliado o nível de consciência

porque, se alterado, indica maior necessidade de vigilância da vítima no que se refere

às funções vitais, principalmente à respiração. A análise do nível de consciência é

feita pelo método “AVDI”, de acordo com o nível de resposta que a vítima tem dá aos

estímulos:



A – Vítima acordada com resposta adequada ao ambiente.

V – Vítima adormecida. Os olhos se abrem mediante estímulo verbal.

D – Vítima com os olhos fechados que só se abrem mediante estímulo

doloroso. O estímulo doloroso deve ser aplicado sob a forma de

compressão intensa na borda do músculo trapézio, na região póstero-

lateral do pescoço.

I – Vítima não reage a qualquer estímulo.



      A alteração do nível de consciência pode ocorrer pelos seguintes motivos:
                                          15
Diminuição da oxigenação cerebral (hipóxia ou hipoperfusão);

Traumatismo cranioencefálico (hipertensão intracraniana);

Intoxicação por álcool ou droga;

Problema clínico metabólico.



      Pupilas - Em condições normais as pupilas reagem à luz, diminuindo seu

diâmetro conforme a intensidade da iluminação do ambiente. O aumento do diâmetro,

ou midríase, ocorre na presença de pouca luz, enquanto a diminuição, ou miose,

ocorre em presença de luz intensa.

      Quanto à simetria, as pupilas são classificadas em isocóricas (pupilas normais

ou simétricas), que possuem diâmetros iguais, e anisocóricas (pupilas anormais ou

assimétricas), de diâmetros desiguais.



      O socorrista deve avaliar as pupilas da vítima com uma Lanterna em relação

ao tamanho, simetria e reação à luz. Pupilas anisocóricas sugerem traumatismo

ocular ou cranioencefálico. Neste caso a midríase em uma das pupilas pode ser

conseqüência da compressão do nervo oculomotor no nível do tronco encefálico,

sugerindo um quadro de gravidade.

      Pupilas normais se contraem quando submetidas à luz, diminuindo seu

diâmetro. Se a pupila permanece dilatada quando submetida à luz, encontra-se em

midríase paralítica, normalmente observada em pessoas inconscientes ou em óbito.

Pupilas contraídas (miose) em presença de pouca luz podem indicar intoxicação por

drogas ou doença do sistema nervoso central.




                                          16
Análise secundária


      Minucioso exame realizado da cabeça aos pés da vitima, para determinar a

presença de outras lesões, que embora possam ser graves não colocam em risco

iminente a vida da vitima.

      Examinar todos os segmentos do corpo, sempre na mesma ordem (exame

segmentar): crânio, face, pescoço, tórax, abdômen, quadril, membros inferiores,

membros superiores e dorso. Nesta fase, realizar de cabeça ao pé:

      •      Inspeção: cor da pele, sudorese, simetria, alinhamento, deformidade e

ferimento;

      •      Palpação: deformidade, crepitação, rigidez, flacidez, temperatura e

sudorese;

      •      Ausculta: tórax (campos pleuropulmonares e precordial) procedimento

exclusivo do médico.



      Durante todo o exame segmentar, manter-se atento a sinais de dor ou a

modificações das condições constatadas na abordagem primária da vítima.



      Exame segmentar:


      1.     Alinhamento da coluna cervical com a traquéia e coluna vertebral

      2.     Osso frontal para o occipital e estruturas da face

      3.      Pupilas

      4.     Ouvidos

      5.     Cavidade nasal e cavidade oral

      6.     Maxilar e mandíbulas
                                           17
7.     Clavículas

      8.     Caixa toráxica

      9.     Quadrantes abdominais

      10.    Cintura pelves

      11.    Membros inferiores – mmii

      12.    Perfusão periférica deficitária e sensibilidade – mie/mid

      13.    Membros superiores – mmss

      14.    Perfusão periférica deficitária e sensibilidade – mse/msd

      15.    Sinais vitais



      Após completar o exame segmentar, fazer curativos, imobilizações e outros

procedimentos necessários.

      Fazem também parte da abordagem secundária os seguintes procedimentos,

que são realizados por médicos no ambiente hospitalar: radiografias, sonda gástrica,

toque retal, cateterismo vesical e lavagem peritonial.

      Durante a abordagem secundária, o socorrista deva reavaliar o ABCD quantas

vezes forem necessárias, principalmente em vítimas inconscientes.

      Após a abordagem secundária, realizar a verificação de dados vitais e escalas

de coma e trauma.

      A diferença entre emergência clinica e emergência traumática se da através do

fato de doenças já presentes no organismo ou ao algum trauma direto que a vitima

venha a sofrer.

             Uma emergência clinica pode se transformar em traumática a partir do

ponto que um infartado caia e bata o crânio, tendo não só um infarte do miocárdio,

mas também um traumatismo crânio encefálico TCE.




                                            18
Estados de choque



       •    Choque hipotêmico – diminuição da temperatura do corpo
       •    Choque     anafilático   –    hipersensibilidade   a     medicamentos,
alimentos,síndrome.
       •    Choque cardiogênico – alterações cardíacas
       •    Choque hipovolêmico – perda de mais de 15% do volume sanguíneo
       •    Choque neurogênico – não funcionamento pleno do sistema nervoso
       •    Choque séptico – infecções graves




       Hemorragias


       O volume sanguíneo pode ser calculado em 07% do peso corporal no adulto e
09% do peso corporal de uma criança. Então, todo o extravasamento de sangue é
perigoso e pode se tornar uma hemorragia, sendo ela divida em duas condições,
interna e externa, podendo ser essa hemorragia de três tipos: arterial, venosa ou
capilar.


       Quando perdemos mais de 15% do nosso volume sanguíneo, produzimos
alterações hemodinâmicas.


Procedimentos de contenção
       •    Compressão digital
       •    Elevação do membro
       •    Compressão arterial
       •    Tamponamento
       •    Bandagem




                                         19
Fraturas


         É a lesão óssea de origem traumática. O osso é o único tecido do nosso

organismo que cicatriza com o mesmo tecido anterior à lesão e esse processo

denomina-se consolidação.

         Existe uma doença que é corrosiva nesse tecido, esta doença é conhecida por

osteoporose. Doença geralmente comum em pessoas acima de 65 anos, por

influencia dos hormônios é mais comum entre as mulheres, os homens também

sofrem da doença, porém a relação com os hormônios não é tão evidente.

    A fratura pode ser fechada quando não existe o rompimento do tecido ou aberta

(externa), quando existe o rompimento de tecido. Quando a fratura é interna somente

o raio-x confirma a presença da existência dessa fratura, sendo ela dividida em alguns

tipos:



         •     Galho verde – fratura incompleta.

         •     Obliqua – o traço da fratura cruza o osso fazendo um ângulo obliquo

         •     Espiralada – a linha de fratura se encontra ao redor e através do osso

fazendo um espiral

         •     Cominutiva - existem dois ou mais fragmentos na mesma fratura

         •     Impactada – o osso encontra-se comprimido entre si

         •     Fratura exposta



Procedimentos

         Não movimente uma vitima com fratura sem antes ter imobilizado corretamente

a mesma.

         Sempre imobilize uma articulação acima e uma abaixo da fratura.
                                            20
Queimaduras




       Toda e qualquer lesão decorrente da ação do calor sobre o organismo é uma

queimadura. (fogo “vapor, chama ou brasa”, substancias químicas, radioativas,

vapores, elétricas)...


       Quanto maior a extensão da queimadura, maior o risco. Uma pessoa com 25%

do corpo queimado esta prestes a entrar em estado de Choque e pode morrer se não

receber imediatamente os primeiros socorros.


       1º GRAU – vermelhidão, ardor e febre local.


       2º GRAU – vermelhidão, ardor, febre local e bolhas.


       3º GRAU – necrose


       Não passe nenhum tipo de medicamento sem antes consultar o médico, não

fure as bolhas, evite tocar na região aonde se encontra a queimadura, lave com soro

ou água e proteja com um plástico esterilizado próprio para queimaduras e procure o

mais rápido a ajuda médica.


       NUNCA:


       APLIQUE UNGUENTOS, GRAXAS, BICARBONATO DE SODIO, PASTA DE

DENTE E OU OUTRAS SUBSTANCIAS EM QUEIMADURAS.


       RETIRE CORPOS ESTRANHOS. FURE AS BOLHAS EXISTENTES OU

TOQUE COM AS MAOS A AREA AFETADA.


                                          21
Ferimentos




      Existem duas classificações para ferimentos:


      1-    Leve (superficial)

      2-    Profundo.


      Faça a limpeza do local com soro fisiológico ou água corrente, curativo com

mercúrio cromo ou iodo e cubra o ferimento com gaze ou pano limpo, encaminhando

a vitima ao pronto Socorro. Caso haja hemorragia, contenha primeiro o sangramento.


      Não retire objetos inclusos de nenhum ferimento, mesmo que superficial.


      Nos casos de ferimentos abdominais e no tórax, procure o mais rápido pessoas

especializadas, mantenha a calma e contenha o sangramento.


** Torniquetes não são recomendados.




Desmaio e Epilepsia




      SINAIS: Palidez, suor, pulso e respiração fracos.


      O desmaio é a perda repentina e passageira da consciência, normalmente com

recuperação rápida. É provocada por fortes emoções, ansiedade, tensão emocional,

                                          22
doenças cérebro-vascular, embolia pulmonar, hipertensão pulmonar, hipoglicemia,

intoxicação, hipotensão postural, infecções e causas desconhecidas que fazem com

que o nervo vago (responsável pela inervação do sistema nervoso autônomo cujos

neurônios permanecem no tronco cerebral e na medula sacral) dilate os vasos

sanguíneos diminuindo conseqüentemente a pressão sanguínea.

      Ao diminuir a pressão sanguínea, o fluxo não consegue subir ao cérebro que

sem tanta irrigação sanguínea e oxigênio reduz a consciência e se mantém num

estado de relaxamento completo, ocasionando a queda e a perda dos sentidos. Ao

cai, a posição deitada auxilia a passagem do sangue até o cérebro retomando suas

funções normais.




Convulsões




ATAQUE DE EPILEPSIA - Se durar mais de 15 minutos chame um medico.


ANTES DO SOCORRO: Proteja o corpo da vitima para que ela não se machuque

contra objetos, afastando-os. Não segure seus membros e aguarde socorro.




Existem alguns casos de convulsões em crianças com febre alta, que ocorre

subitamente quando a temperatura do corpo atinge 39º a 40º. De um banho frio e

mantenha uma toalha de água com álcool sobre o corpo, levando-a rapidamente ao

PS.




                                        23
Evisceração E objeto incluso



      EVISCERAÇÃO Trata-se da lesão que permite que a cavidade abdominal fique

em contato com o meio externo, e em virtude deste tipo de ferimento, as vísceras ou

parte delas podem ficar expostas.




      O tratamento consiste em: ° Não recolocar as vísceras no abdome.



      ° Cobrir o ferimento e as vísceras se estiverem expostas, com uma bandagem

triangular umedecida com soro fisiológico para que as vísceras não ressequem ,

sendo que nunca se deve jogar o soro diretamente nas vísceras.

      ° Cobrir com um saco plástico esterilizado ou limpo, fechá-lo com esparadrapo

em todos os lados, sem deixar nenhuma entrada de ar, para manter a temperatura.

Isso será possível observar, pois o plástico fica embaçado devido à temperatura.



      OBJETO INCLUSO Trata-se de algo que penetra a pele da vítima, como por

exemplo, uma faca, causando hemorragia e muitas vezes fraturas.



      O tratamento de objeto incluso consiste em:

      ° Não retirar o objeto.

      ° Efetuar a assepsia do local com soro fisiológico ou água.

      ° Estancar a hemorragia, sem movimentar o objeto.

      ° Imobilizar o objeto no local e na posição que estiver,

      ° Imobilizar o membro afetado.

      ° Transportar para um hospital.
                                           24
Alimentação Saudável para todos


      Siga os dez passos

      1-faça pelo menos três refeições (café da manha, almoço e jantar) e dois

lanches saudáveis por dia.

      Não pule as refeições.



      2-Inclua diariamente seis porções do grupo do cereal (arroz, milho, trigo, pães

e massas),

      Tubérculos como as batatas e raízes como a mandioca/macaxeira/aipim nas

refeições.

      De preferência aos grãos integrais e aos alimentos naturais.



      3-Coma diariamente pelo menos três porções de legumes e verduras como

parte das refeições

      E três porções ou mais de frutas nas sobremesas e lanches.



      4-Coma feijão com arroz todos os dias ou, pelo menos, cinco vezes por

semana. Esse prato

      Brasileiro é uma combinação completa de proteínas para a saúde.



      5-Consuma diariamente três porções de leite e derivados e uma porção de

carne, aves, peixes

      Ou ovos. Retirar a gordura aparente das carnes e a pele das aves antes da

preparação torna esses

      Alimentos mas saudáveis.


                                          25
6-Consuma no Maximo, uma porção por dia de óleos vegetais, azeite, manteiga

ou margarina.

      Fique atento aos rótulos dos alimentos e escolha aqueles com menores

quantidades de gorduras trans.



      7-Evite refrigerantes e sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e

recheados, sobremesas

      Doces e outras guloseimas como regra de alimentação.



      8-Diminua a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa. Evite

comer alimentos

      Industrializados com muito sal (sódio) como hambúrguer, salsicha, lingüiça,

presunto, salgadinhos

      Conservas de vegetais, sopas, molhos e temperos prontos.



      9-beba pelo menos 2 litros de água (6 a 8 copos) de água por dia. Dê

preferência ao consumo de

      Água nos intervalos das refeições.



      10-torne sua vida, mas saudável. Pratique pelo menos 30 minutos de

atividades físicas todos os Dias e evite as bebidas alcoólicas e o fumo. Mantenha o

peso dentro dos limites saudáveis.




                                           26
Diabetes


       A glicose presente em nossa corrente sanguínea não provém apenas do

açúcar que comemos, mas também de frutas e outros alimentos que, quando

digeridos, se transformam em glicose. Uma vez na corrente sanguínea, a glicose é

utilizada por nossas células como fonte de energia e crescimento. Existem dois

motivos principais, que causam diabetes. São eles:


       1º - Falta de insulina. Nestes casos, o pâncreas não produz insulina ou a

produz em quantidades muito baixas. Com a falta de insulina, a glicose não entra nas

células, permanecendo na circulação sanguínea em grandes quantidades. Para esta

situação, os médicos chamaram esse tipo de Diabetes de Diabetes Mellitus tipo 1 (DM

tipo 1).


       2º - Mau funcionamento ou diminuição dos receptores das células. Nestes

casos, a produção de insulina está normal. Mas como os receptores não estão

funcionando direito ou estão em pequenas quantidades, à insulina não consegue

promover a entrada de glicose necessária para dentro das células, aumentando

também as concentrações da glicose na corrente sanguínea. Para esse segundo tipo

de Diabetes, o médicos deram o nome de Diabetes Mellitus tipo 2 (DM tipo 2).


       Diabetes tipo 1:


       O diabetes Tipo 1 (DM1) é uma doença auto-imune caracterizada pela

destruição das células beta produtoras de insulina. Isso acontece por engano porque

o organismo as identifica como corpos estranhos. A sua ação é uma resposta auto-

imune. Este tipo de reação também ocorre em outras doenças, como esclerose

múltipla, Lúpus e doenças da tireóide.

                                         27
A DM1 surge quando o organismo deixa de produzir insulina (ou produz apenas

uma quantidade muito pequena. Quando isso acontece, é preciso tomar insulina para

viver e se manter saudável. As pessoas precisam de injeções diárias de insulina para

regularizar o metabolismo do açúcar. Pois, sem insulina, a glicose não consegue

chegar até as células, que precisam dela para queimar e transformá-la em energia. As

altas taxas de glicose acumulada no sangue, com o passar do tempo, podem afetar

os olhos, rins, nervos ou coração.


      A maioria das pessoas com DM1 desenvolve grandes quantidades de auto-

anticorpos, que circulam na corrente sanguínea algum tempo antes da doença ser

diagnosticada. Os anticorpos são proteínas geradas no organismo para destruir

germes ou vírus. Auto-anticorpos são anticorpos com “mau comportamento”, ou seja,

eles atacam os próprios tecidos do corpo de uma pessoa. Nos casos de DM1, os

auto-anticorpos podem atacar as células que a produzem.


      Não se sabe ao certo por que as pessoas desenvolvem o DM1. Sabe-se que

há casos em que algumas pessoas nascem com genes que as predispõem à doença.

Mas outras têm os mesmos genes e não têm diabetes. Pode ser algo próprio do

organismo, ou uma causa externa, como por exemplo, uma perda emocional. Ou

também alguma agressão por determinados tipos de vírus como o cocsaquie. Outro

dado é que, no geral, é mais freqüente em pessoas com menos de 35 anos, mas vale

lembrar que ela pode surgir em qualquer idade.


      Sintomas (DM1)


      Pessoas com níveis altos ou mal controlados de glicose no sangue podem

apresentar:




                                         28
• Vontade de urinar diversas vezes; • Fome freqüente; • Sede constante; •

Perda de peso; • Fraqueza; • Nervosismo; • Mudanças de humor; • Náusea; • Vômito

Diabetes tipo 2


      Sabe-se que o diabetes do tipo 2 possui um fator hereditário maior do que no

tipo 1. Além disso, há uma grande relação com a obesidade e o sedentarismo.

Estima-se que 60% a 90% dos portadores da doença sejam obesos. A incidência é

maior após os 40 anos.


      O diabetes tipo 2 é cerca de 8 a 10 vezes mais comum que o tipo 1 e pode

responder ao tratamento com dieta e exercício físico. Outras vezes vai necessitar de

medicamentos orais e, por fim, a combinação destes com a insulina.


      Principais Sintomas:


      •      Infecções freqüentes;

      •      Alteração visual (visão embaçada);

      •      Dificuldade na cicatrização de feridas;

      •      Formigamento nos pés;

      •      Furunculose.




                                           29
Hepatite

       Conceito: a hepatite viral ocorre quando um vírus causa infecção e inflamação

do fígado. Os vírus que causam hepatite viral são denominados de vírus da hepatite

A, B, C, D e E.

       Todos esses tipos de vírus causam uma hepatite viral aguda. Porém, os vírus

das hepatites B, C e D podem causar infecção crônica e prolongada, às vezes por

toda a vida. A Hepatite crônica (ou prolongada) pode causar cirrose, insuficiência

hepática (mau funcionamento do fígado) e também câncer hepático.


       Outros tipos de vírus que menos freqüentemente afetam o fígado e causam

hepatite são o citomegalovirus (CMV); Epstein-Barr vírus (EBV), herpes vírus;

parvovirus e adenovirus.




       Os sintomas mais comuns são:


       •       Icterícia: trata-se de uma coloração amarelada da pele e dos olhos. Mal-

estar, cansaço ou fadiga. Dor abdominal. Falta de apetite. Diarréia, náuseas ou

vômitos. Febre. Dores de cabeça ou dor no corpo. Pode haver urina de coloração

escura (cor de coca-cola). Fezes de coloração esbranquiçada (tipo massa de

vidraceiro).


       Os sintomas variam de acordo com o organismo de cada pessoa. Entretanto,

algumas pessoas podem não ter sintomas.




                                            30
Hepatite A

      O vírus da hepatite A é mais comumente transmitido através da ingestão de

água e alimentos contaminados pelas fezes de pessoas infectadas.

      Detecção da hepatite A se faz por exame de sangue e não há tratamento

específico,   esperando-se   que   o   paciente   reaja   sozinho   contra   a   doença.

Normalmente, a hepatite A não se torna crônica.




      Apesar de existir vacina contra o vírus da hepatite A (HAV), a melhor maneira

de evitá-la é pelo saneamento básico, tratamento adequado da água, alimentos bem

cozidos e pelo ato de lavar sempre as mãos antes das refeições.




      Hepatite B

      O vírus da hepatite tipo B (HBV) é transmitido principalmente por meio do

sangue. Usuários de drogas injetáveis e pacientes submetidos à material cirúrgico

contaminado e não-descartável estão entre as maiores vítimas, daí o cuidado que se

deve ter nas transfusões sangüíneas, no dentista, e em sessões de depilação ou

tatuagem.

      O vírus da hepatite B também pode ser passado pelo contato sexual. Outra

forma de contágio ocorre durante o nascimento, seja parto normal ou cesáreo, onde

pode haver passagem do vírus da hepatite B da mãe para o feto.

      Freqüentemente, os sinais e sintomas da hepatite B podem não aparecer

inicialmente, e grande parte dos infectados só acaba descobrindo que tem a doença

após anos e, muitas vezes, por acaso, em testes realizados de rotina para esse vírus.

      Ao contrário da hepatite A, a hepatite B evoluir para um quadro crônico e então

para uma cirrose ou até câncer de fígado.


                                            31
A prevenção da hepatite B inclui:


      •      Controle efetivo de bancos de sangue através da triagem sorológica

(exames feitos de rotina no sangue armazenado).

      •      Vacinação contra hepatite B (disponível no SUS).

      •      Uso de imunoglobulina humana antivírus da hepatite B (também

disponível no SUS).

      •      Uso de equipamentos de proteção individual pelos profissionais da área

da saúde.

      •      Não compartilhamento de alicates de unha, lâminas de barbear e

escovas de dente.

      •      Não compartilhamento de seringas e agulhas para uso de drogas.

      •      Como a hepatite B pode ser adquirida através do ato sexual, o uso de

preservativos também ajuda na prevenção desta doença.




      Hepatite C

      O vírus da hepatite tipo c (HCV) é transmitido principalmente por meio do

sangue. Raramente é transmitido por ato sexual ou durante o nascimento.

      As formas de contágio da hepatite C são muito similares às da hepatite B.




      O tratamento da hepatite C é feito através de uma medicação chamada de

interferon, junto com uma droga antiviral chamada de ribavirina.

      As formas de prevenção da hepatite C são similares à hepatite B. Porém, não

há vacina para a hepatite C.




                                           32
Hepatite D

      A hepatite D é transmitida através de sangue contaminado. Esta doença só

ocorre junto com a transmissão da hepatite B, ou em um indivíduo que já seja

portador da hepatite B. Ou seja, é preciso haver o vírus da hepatite B para que a

hepatite D também seja transmitida.

      O tratamento da hepatite D é feito com interferon peguilado.

      As formas de transmissão da hepatite D são similares às da hepatite B.



      Hepatite E

      O vírus da hepatite E é transmitido através da ingestão de água e alimentos

contaminados pelas fezes de pessoas infectadas.

      Não há tratamento específico para a hepatite E. Geralmente esta doença é

limitada, e espera-se que o organismo do paciente reaja sozinho e fique curado após

algumas semanas do contágio.

      A prevenção é feita com saneamento básico adequado, higiene pessoal,

higiene de alimentos e da água.



      Comparação entre as hepatites

      As hepatites A e E geralmente são transmitidas através de água e alimentos

contaminados. Já as hepatites B, C e D são transmitidas através de sangue

contaminado, ato sexual ou ao nascimento.

      As hepatites A e E geralmente são limitadas, esperando-se que o organismo

reaja sozinho contra a doença. Já as hepatites B, C e D são mais sérias e podem se

tornar crônicas. Existem remédios para tratamento de hepatites crônicas.

      As vacinas existem apenas para as hepatites A e B.


                                          33
Tuberculose


       O QUE É TUBERCULOSE (TB)?


       A tuberculose é uma doença infecciosa causada por um micróbio chamado
"bacilo de Koch". É uma doença contagiosa, que atinge principalmente os pulmões,
mas pode ocorrer em outras partes do nosso corpo, como nos gânglios, rins, ossos,
intestinos e meninges.
              Quando o doente tosse, fala ou espirra ele espalha no ar gotas
pequenas com o micróbio da Tuberculose. Sendo assim, uma pessoa com boa saúde,
que respire este ar, pode levar este micróbio para o seu pulmão, acontecendo o
contágio. Portanto, a tuberculose não se transmite pelo sexo, pelo sangue
contaminado, pelo beijo, pelo copo, pelos talheres, pela roupa, pelo colchão... A
Tuberculose SÓ SE TRANSMITE PELO AR.
              A maior fonte de transmissão da TB é o doente com a doença no
pulmão, porque ele elimina bacilos pela tosse, fala e espirro. Por isto as pessoas que
convivem com ele, principalmente na mesma casa, antes do início do tratamento
correto, são aquelas que têm maior risco de adquirir o bacilo. E os vizinhos? E os
colegas de trabalho? E dentro do ônibus? Na escola?
       As dúvidas são freqüentes e não dá para discutir todas as possibilidades, uma
a uma. O certo mesmo é entender como se pega a TB e, a partir daí, o que pode
facilitar ou dificultar o contágio. Para isto veja a seguir, 3 (três) situações que facilitam
o contágio e o que pode ser feito em cada uma delas, para dificultar que o contágio
aconteça.


       1ª. Situação: DOENTE BACILÍFERO (que elimina muitos bacilos pela tosse,
pelo espirro, pela fala)
       O QUE FAZER: Iniciar o tratamento o mais rapidamente possível e cobrir a
boca ao tossir ou espirrar.


       2ª. Situação: AMBIENTE (LOCAL) POUCO AREJADO
       O QUE FAZER: Abrir portas e janelas.




                                              34
3ª. Situação: MAIOR TEMPO DE CONTATO COM OS DOENTES. QUER
DIZER: CONVIVER COM O DOENTE MUITAS HORAS POR DIA ou POR NOITE,
DURANTE MUITOS DIAS SEGUIDOS.
      O QUE FAZER: Procurar orientação na unidade básica de saúde.


      Por isto, para prevenir a doença, é muito importante identificar rapidamente os
pacientes com tuberculose para tratá-los logo, reduzindo a chance de contaminação
do ar. Evitando assim, a transmissão do bacilo para outras pessoas.
      É importante melhorar as condições de habitação para diminuir a chance do
contágio. Se há muitas pessoas dormindo no mesmo quarto, em casas mal ventiladas
e onde não bate sol, o risco de contágio é muito maior.
      O sintoma mais freqüente da Tuberculose pulmonar no adulto é a TOSSE.
Toda pessoa que apresente tosse que dure 3 semanas ou mais é chamada de
SINTOMÁTICO RESPIRATÓRIO e deve ser encaminhada ao médico. Outros
sintomas são: febre ao entardecer, suores noturnos, falta de apetite, emagrecimento e
cansaço fácil. O doente pode apresentar todos esses sintomas, mas pode ter somente
uma tosse que às vezes até passa despercebida. Muitas vezes as pessoas pensam
que sua tosse é "comum", porque são fumantes, ou que é uma bronquite ou gripe mal
curada, e não dão importância.
      Todo paciente com tuberculose pode ser curado, desde que siga corretamente
as orientações do médico e dos demais profissionais de saúde responsáveis pelo
acompanhamento.
      Na maioria dos casos o tratamento deve ser ambulatorial. Mas, se o
diagnóstico não for realizado o mais rápido possível e demore muito tempo para
começar o tratamento, o quadro pode se agravar, ou seja, o pulmão pode ficar muito
prejudicado pelo bacilo obrigando o paciente a receber cuidados especiais. Uma
destas complicações é quando o paciente tosse com muito sangue e nesse caso tem
que internar.
      No caso de tuberculose em outras partes do corpo, é necessária a avaliação do
médico para saber se existem complicações ou outras condições que indiquem a
internação. Mas, no caso da meningite tuberculosa não tem dúvidas; o paciente
precisa ser internado.




                                           35
Dengue

     Denomina-se dengue a enfermidade causada por um arbovírus da família
Flaviviridae, gênero Flavivirus, que inclui quatro tipos imunológicos: DEN-1, DEN-2,
DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo
sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os outros três.

     Atualmente, a dengue é a arbovirose mais comum que atinge o homem, sendo
responsável por cerca de 100 milhões de casos/ano em população de risco de 2,5 a 3
bilhões de seres humanos. A febre hemorrágica da dengue (FHD) e síndrome de
choque da dengue (SCD) atingem pelo menos 500 mil pessoas/ano, apresentando
taxa de mortalidade de até 10% para pacientes hospitalizados e 30% para pacientes
não tratados. A dengue é transmitida através da picada de uma fêmea contaminada
do Aedes aegypti, pois o macho se alimenta apenas de seiva de plantas. Um único
mosquito desses em toda a sua vida (45 dias em média) pode contaminar até 300
pessoas.

     Vetores e transmissão- A transmissão se faz pela picada do mosquito fêmea
do Aedes aegypti/albopictus (no Brasil, ocorre com maior frequencia o primeiro) .
Após um repasto de sangue infectado, o mosquito está apto a transmitir o vírus,
depois de 8 a 12 dias de incubação extrínseca. A transmissão mecânica também é
possível, quando o repasto é interrompido e o mosquito, imediatamente, se alimenta
num hospedeiro susceptível próximo. Não há transmissão por contato direto de um
doente ou de suas secreções com uma pessoa sadia, nem de fontes de água ou
alimento.

     Entre 1º de janeiro e 13 de fevereiro de 2010, foram notificados 108.640
pacientes com a doença, 109% a mais que no mesmo período de 2009. Os estados
Mato Grosso do Sul, Acre, Rondônia, Goiás e Mato Grosso respondem por 71%
desses casos. As altas temperaturas, grande volume de chuvas e o retorno do tipo 1
do vírus explicam parte da epidemia .

     Como se pôde observar, a doença foi reconhecida há aproximadamente 200
anos e tem apresentado caráter epidêmico e endêmico variado, tendendo a agravar
nos últimos anos. As mudanças na dinâmica de transmissão da dengue podem ser
explicadas pela baixa prevalência do vírus até recentemente, quando houve maior
disponibilidade de hospedeiros humanos. O aumento da concentração humana em
                                       36
ambiente urbano propiciou crescimento substancial da população viral. As linhagens,
que surgiram antes das aglomerações e movimentações humanas terem início,
tinham poucas chances de causar grandes epidemias e terminavam por falta de
hospedeiros susceptíveis . Entretanto, as alterações ambientais de natureza antrópica
têm propiciado o deslocamento e/ou dano à fauna e flora, bem como o acúmulo de
detritos e de recipientes descartáveis. Paralelamente, as mudanças nas paisagens
têm promovido alterações microclimáticas que parecem ter favorecido algumas
espécies vetoras, em detrimento de outras, oferecendo abrigos e criadouros, bem
como a disponibilidade de hospedeiros.

      Epidemiologia- O impacto dessa doença sobre a população humana é notado,
não só pelo desconforto que causa, como pela perda de vidas, principalmente entre
crianças. Na Ásia, é a segunda causa de internamentos hospitalares de crianças. Há,
também, prejuízos econômicos expressos em gastos com tratamento, hospitalização,
controle dos vetores, absentismo no trabalho e perdas com turismo .O ressurgimento
da dengue, em escala global, é atribuído a diversos fatores, ainda não bem
conhecidos. Os mais importantes estão relacionados a seguir:

     1.      as medidas de controle dos vetores de dengue, nos países onde são
endêmicos, são poucas ou inexistentes;
     2.      o   crescimento   da   população   humana    com    grandes   mudanças
demográficas;
     3.      a expansão e alteração desordenadas do ambiente urbano, com
infraestrutura sanitária deficiente, propiciando o aumento da densidade da população
vetora;
     4.      o aumento acentuado no intercâmbio comercial entre múltiplos países e
conseqüente aumento no número de viagens aéreas, marítimas e fluviais,
favorecendo a dispersão dos vetores e dos agentes infecciosos.

     Qualquer que seja a causa, o aumento da variabilidade genética do vírus da
dengue é observação que se reveste de extrema importância porque as populações
humanas estão sendo expostas a diversas cepas virais, e algumas podem escapar da
proteção imunológica obtida com a exposição prévia ao sorotipo. Acresce considerar
que podem surgir cepas com patogenicidade e infectividade aumentadas e que
populações



                                          37
silvestres do vírus dengue, geneticamente diferentes, quando introduzidas em
populações de hospedeiros, podem desencadear epidemias. Embora as populações
de vírus com seqüências de nucleotídeos conhecidas sejam esparsas, especialmente
das populações africanas, encontraram-se quatro genótipos para o DEN-2 e DEN-3 e
dois para o DEN-1 e DEN-4, com diversidade máxima de aminoácidos, de
aproximadamente 10% para o gene E. Mesmo não se dispondo de amostras
históricas para se avaliarem as possíveis alterações genéticas através do tempo, as
observações mostram que a variabilidade genética está aumentando.

     No entanto, o fator de maior preocupação é que a diversidade genética dos
quatro subtipos de vírus dengue está provavelmente ligada ao crescimento da
população humana, podendo aumentar no futuro. A alta variabilidade genética do
vírus pode estar relacionada com o surgimento de casos graves da doença, causados,
possivelmente, pelo efeito anticorpo-dependente em resposta a populações virais
geneticamente Imunologia

     Quando uma pessoa é contaminada por um dos 4 vírus torna-se imune a todos
os tipos de vírus durante alguns meses e posteriormente mantém-se imune, pelo resto
da vida, ao tipo pelo qual foi contaminado. Se voltar a ter dengue, dessa vez um dos
outros 3 tipos do vírus, há uma probabilidade maior que a doença seja mais grave que
a anterior, mas não é obrigatório que aconteça.A classificação 1, 2, 3 ou 4 não tem
qualquer relação com a gravidade da doença, diz respeito à ordem da descoberta dos
vírus. Cerca de 90% dos casos de dengue hemorrágica ocorrem em pessoas
anteriormente contaminadas por um dos quatro tipos de vírus.

     Progressão e sintomas-O período de incubação é de três a quinze dias após a
picada. Dissemina-se pelo sangue (viremia). Os sintomas iniciais são inespecíficos
como febre alta (normalmente entre 38° e 40 °C) de início abrupto, mal-estar, anorexia
(pouco apetite), cefaleias, dores musculares e nos olhos. No caso da hemorrágica,
após a febre baixar pode provocar gengivorragias e epistáxis (sangramento do nariz),
hemorragias internas e coagulação intravascular disseminada, com danos e enfartes
em vários órgãos, que são potencialmente mortais. Ocorre freqüentemente também
hepatite e por vezes choque mortal devido às hemorragias abundantes para
cavidades internas do corpo. Há ainda petéquias (manchas vermelhas na pele), e
dores agudas das costas (origem do nome, doença “quebra-ossos”).



                                          38
A síndrome de choque hemorrágico da dengue ocorre quando pessoas imunes a
um sorotipo devido a infecção passada já resolvida são infectadas por outro sorotipo.
Os anticorpos produzidos não são específicos suficientemente para neutralizar o novo
sorotipo, mas ligam-se aos virions formando complexos que causam danos
endoteliais, produzindo hemorragias mais perigosas que as da infecção inicial. A febre
é o principal sintoma.

     Sinais de Alerta da Dengue Hemorrágica

     •Dor abdominal contínua

     •Vômitos persistentes

     •Hipotensão postural e arterial

     •Extremidades frias, cianose

     •Pulso rápido e fino

     •Agitação e/ou letargia

     •Diminuição da diurese

     •Diminuição repentina da temperatura corpórea ou hipotermia

     •Desconforto respiratório


     Pacientes que apresentarem um ou mais dos sinais de alerta, acompanhados de
evidências As pessoas em áreas endêmicas que têm sintomas como febre alta devem
consultar um médico para fazer análises sendo que o diagnóstico normalmente é feito
por isolamento viral através de inoculação de soro sanguíneo (IVIS) em culturas
celulares ou por sorologia esse procedimento é essencial para saber se o paciente é
portador do vírus da dengue.

     Tratamento-O paciente é aconselhado pelo médico a ficar em repouso e beber
líquidos. É importante então evitar a automedicação, porque pode ser perigosa, já que
a prescrição médica desaconselha usar remédios à base de ácido acetilsalicílico
(AAS),     como   aspirina     ou   outros   Antinflamatórios   não-esteróides   (AINEs)
normalmente usados para febre, porque eles facilitam a hemorragia. Contudo, caso o
nível de plaquetas desça abaixo do nivel funcional mínimo (trombocitopenia) justifica-
se a transfusão desses elementos e quanto a outros remédios para a cura, ainda não
existem.

     Prevenção-Controle do mosquito


                                             39
O controle é feito basicamente através do combate ao mosquito vetor,
principalmente na fase larvar do inseto. Deve-se evitar o acúmulo de água em
possíveis locais de desova dos mosquitos. Quanto à prevenção individual da doença,
aconselha-se o uso de janelas teladas, além do uso de repelentes.É importante tratar
de todos os lugares onde se encontram as fases imaturas do inseto, neste caso, a
água. O mosquito da dengue coloca seus ovos em lugares com água parada limpa.
Embora na fase larval os insetos estejam na água, os ovos são depositados pela mãe
na parede dos recipientes, aguardando a subida do nível da água para
eclodirem.Pesquisas recentes mostraram que o uso de borra de café nos locais de
potencial proliferação de larvas é extremamente eficiente na aniquilação do mosquito.
Cientistas da UNESP de São José do Rio Preto - Estado de São Paulo, descobriram
que a larva do Mosquito da Dengue pode ser combatido através de borra de café, já
utilizada. Apenas 500 microgramas são necessários para matar a larva do mosquito
transmissor, sendo sugerida a utilização de 2 colheres dessa borra para cada meio
copo d'água.Um dos principais problemas no combate ao mosquito é localizá-lo.
Atualmente, o Ministério da Saúde Brasileiro utiliza o Índice Larvário, um método
antigo, do início do século XX, cujas informações são pouco confiáveis e
demoradas.O Ministério da Saúde indica que em algumas regiões brasileiras foi
detectada resistência do mosquito a larvicidas e inseticidas. Por isso, tem crescido a
ideia de utilizar mosquitos transgênicos. A estratégia possui vantagens ecológicas
pela diminuição do uso de inseticidas que costumam afetar outras espécies e
prejudicar o ambiente .

     Recentemente,        cientistas   da   Universidade   Federal   de   Minas   Gerais
desenvolveram um método de monitoramento do mosquito utilizando armadilhas,
produto atraente, computadores de mão e mapas georeferenciados. O sistema,
chamado M.I. Dengue], permite localizar rapidamente mosquitos nas áreas urbanas,
permitindo ações de combate apenas nas áreas afetadas, com aumento da eficiência
e economia de recursos.




                                              40
Gripe H1n1



      A Influenza A H1N1 (comumente conhecida como Gripe Suína) é uma gripe
pandêmica que atualmente está acometendo a população de inúmeros países. A
doença é causada pelo vírus influenza A H1N1, o qual representa o rearranjo
quádruplo de cepas de influenza (02 suínas, 01 aviária e 01 humana).A gripe foi
inicialmente detectada no México no final de março de 2009 e desde então se alastrou
por diversos países. Desde junho de 2009 a OMS elevou o nível de alerta de
pandemia para fase 06, indicando ampla transmissão em pelo menos 02 continentes.

      Os sinais e sintomas da gripe suína são semelhantes aos da gripe comum, tais
como febre, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dor na garganta e fraqueza.
Entretanto, diferentemente da gripe comum, ela costuma apresentar complicações em
pessoas jovens.

      Progressão, sintomas e tratamento
      Diagrama dos sintomas da gripe A (H1N1) no ser humano.
      1-      Corpo em geral - febre
      2-      Psicológico - letargia, falta de apetite
      3-      Nasofaringe - rinorreia, dor de garganta
      4-      Sistema Respiratório - tosse
      5-      Gástrico - náuseas, vómitos
      6- Intestino - diarréia.

           Assim como a gripe humana comum, a influenza A (H1N1) apresenta como
sintomas febre repentina, fadiga, dores pelo corpo, tosse, coriza, dores de garganta e
dificuldades respiratórias. Esse novo surto, aparentemente, também causa mais
diarreia e vômitos que a gripe convencional. De acordo com a OMS, os medicamentos
antivirais oseltamivir e zanamivir, em testes iniciais mostraram-se efetivos contra o
vírus H1N1.

      Ter hábitos de higiene regulares, como lavar as mãos, é uma das formas de
prevenir a transmissão da doença. Além disto, deve-se evitar o contato das mãos com
olhos, nariz e boca depois de tocar em superfícies, usar lenços descartáveis ao tossir
                                         41
ou espirrar, evitar aglomerações e ambientes fechados e ter hábitos saudáveis como
hidratação corporal, alimentação equilibrada e atividade física. Caso ocorra a
contaminação, o paciente deve evitar sair de casa até cinco dias após o início dos
sintomas, pois este é o período de transmissão da gripe A.

      Algumas organizações religiosas também orientaram aos fiéis evitar abraços,
apertos de mãos ou qualquer outro tipo de contato físico para impedir a dispersão do
vírus durante os cultos religiosos.

       Grupos de risco-Desde que as mortes em decorrência da gripe suína foram
identificadas, alguns grupos de risco foram observados. São eles:

      •      Gestantes
      •      Idosos (maiores de 65 anos) - neste grupo existe uma situação especial
pois os idosos tem sistema imunológico baixo.
      •      Crianças (menores de 2 anos)
      •      Doentes crônicos
      •      Problemas cardiovasculares, exceto hipertensos
      •      Asmáticos
      •      Portadores de doença obstrutiva crônica
      •      Problemas hepáticos e renais
      •      Doenças metabólicas
      •      Doenças que afetam o sistema imunológic
      •      Obesos



       Formas de contágio

      A contaminação se dá da mesma forma que a gripe comum, por via aérea,
contato direto com o infectado, ou indireto (através das mãos) com objetos
contaminados. Não há contaminação pelo consumo de carne ou produtos suínos.
Cozinhar a carne de porco a 70 graus Celsius destrói quaisquer microorganismos
patogênicos. Não foram identificados animais (porcos) doentes no local da epidemia
(México). Trata-se, possivelmente, de um vírus mutante, com material genético das
gripes humana, aviária e suína.




                                            42
O Que é AIDS?

      A AIDS, (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma doença causada pelo
HIV (Vírus Da Imunodeficiência Humana), que age destruindo os linfócitos, célula do
sangue responsável pela defesa imunológica, tornando organismo menos resistente a
uma serie de infecções, as chamadas infecções oportunistas, que debilitam
progressivamente a saúde, podendo levar a morte.
      AIDS é uma DST (Doença Sexualmente Transmissível), já que sua forma
principal de transmissão é pela relação sexual, mas pode também ser transmitida de
outras formas.
      Com a progressão da doença e com o comprometimento do sistema
imunológico, começam a surgir doenças oportunistas, tais como: turbeculose,
pneumonia, alguns tipos de câncer, candidiase e infecções do sistema nervoso.


      Como uma Pessoa Sabe se é Portadora de HIV?


      Por meio do teste do HIV. Se a pessoa manteve uma relação sexual sem uso
de preservativo com alguém de quem não tem certeza de não ser portador de HIV,
deverá fazer o teste três meses após essa relação, pois, caso tenha sido
contaminado, há um tempo entre a contaminação e o aparecimento de anticorpos
ainda são detectados.


      Esse teste deve ser feito:


      Quando a pessoa passou por alguma situação de risco:
      •      Relação sexual sem uso de preservativos com pessoa de quem não
tenha absoluta certeza de não ser portadora do vírus.
      •      Compartilhamento de seringas e agulhas, principalmente no uso de
drogas injetáveis.
      •      Transfusão de sangue contaminado pelo HIV
      •      Acidentes ocupacionais com objetivo pérfuro-cortantes contaminados
com material biológico de origem humana
      •      Toda gestante no pré-natal



                                          43
•     Filho nascido de mãe portadora do HIV e/ou neném que tenha sido
amamentado por mulher portadora do vírus HIV.


       No inicio da era AIDS, os grupos que mais se infectavam com o vírus eram
chamados “grupo de Risco”:os homossexuais masculinos,as pessoas que tinham
recebido transfusão de sangue e os usuários de drogas injetáveis.Posteriormente
,quando a AIDS começou a se espalhar em outros grupos de pessoas,passou-se a
falar em “situação de risco”A AIDS deixou de ser doença de algumas minorias e
passou a ser uma ameaça para qualquer pessoa,desde que essa não adotasse as
praticas de prevenção.atualmente,com a AIDS atingindo toda a População
             E também de forma crescente entre as mulheres, fala-se de
“feminilização” da AIDS, ou seja,a infecção pelo vírus HIV está se tornando igual entre
homens e mulheres.isto porque as relações heterossexuais também se tornaram uma
forma importante de transmissão.
       Não adianta saber, por exemplo, quais são os meios de evitar a contaminação
com o vírus, se a pessoa não transforma esse conhecimento em comportamento,
colocando em pratica essas medidas.
       A falta de acesso ao preservativo, por falta de dinheiro para comprá-lo ou por
dificuldades de obtê-lo no serviço público, também aumenta a vulnerabilidade.
Também fatores sociais como a pobreza, as desigualdades de gênero, raça e outras,
a falta de oportunidade de participar nas decisões políticas da comunidade podem
interferir na vulnerabilidade das pessoas a AIDS e outras DST’S.


       Como se pega AIDS:
       •     Pela relação sexual com pessoa contaminada, já que o vírus pode ser
transmitido pelo esperma, liquido seminal e liquido vaginal. O sexo anal tem um risco
maior, pelo fato de que pode causar pequenos ferimentos, permitindo o contato com o
sangue. A presença de mestruação também favorece a transmissão, bem como de
algumas DST’S que causam ferimentos nos órgãos genitais, como a sífilis e a herpes
genital;
       •     Por meio da transfusão de sangue contaminado. Felizmente hoje em dia,
com a realização dos testes sorológicos e controle rigoroso nos bancos de sangue,
esta forma de transmissão ta controlada. Doando sangue não se pega AIDS;
       •     Da mãe soro positivo para o bebe, durante a gravidez, parto ou
amamentação. É chamada transmissão vertical;

                                           44
•         Por meio do compartilhamento de seringas, agulhas contaminadas. Essa
forma de transmissão ocorre, geralmente entre usuários de drogas injetáveis, que
compartilham o uso de seringas.


       Como não se pega AIDS:
       •   Pelo contato ou convivência social com pessoas portadoras do vírus: morar
junto compartilha piscina, sauna, creche, escola, trabalho, abraçando, beijando,
apertando a mão, usando o mesmo copo ou objetos usados por pessoas portadoras
do vírus como: roupas, objetos de escritório, cadeira, telefone, sabonete, toalha de
banho, etc.
       •   Usando copos, pratos, talheres mesmo usados por pessoas soro positivam.
       •   Por picada de pernilongos ou outros insetos;
       •   Na masturbação a dois.


       Como se prevenir da contaminação:
       •         Use camisinhas nas relações sexuais. A camisinha é a melhor forma de
prevenir AIDS e DST’S nas relações sexuais. No caso de relação anal é
recomendável também o uso de lubrificante para facilitar a penetração não romper o
preservativo. Cada um tem o direito de decidir sobre suas preferências sexuais e
freqüência com que terá a relação, mas quanto maior o numero de parceiros, maior a
chance de contração dessas doenças.
       •         Não compartilhe objetos pessoas que possam ter contato com mucosas
ou com sangue: escova de dente, aparelhos de barbear, material de manicure,
piercing, etc.
       •         Exija matérias descartáveis ou adequada esterilização de alguns
materiais, caso tenha que usá-los.


       Usuários de drogas injetáveis


       Os dependentes de drogas devem procurar apoio nos serviços especializados.
Enquanto não se livram do uso de drogas, principalmente a de drogas injetáveis, tome
precauções para evitar contaminar-se.




                                            45
O que São DST’s?

          São as doenças sexualmente transmissíveis, ou seja, que se tramitem

principalmente por meio das relações sexuais.



                Como saber se tenho uma DST:



                Ao contrario da AIDS, em que o vírus pode permanecer silencioso

durante algum tempo no organismo, as DST’S normalmente se manifestam por sinais

e sintomas que incomodam. “Sinais” são fatores que podem ser vistas, “sintomas” são

coisas que as pessoas sentem, mas muitas vezes as pessoas podem ter uma DST e

não sentir nada, podendo, entretanto, transmiti-lo para seus parceiros sexuais.

                Toda mulher que já tem vida sexual ativa, deve fazer o exame

ginecológico pelo menos uma vez por ano, para fazer o exame de prevenção de

câncer de colo de



          útero “exame de papa Nicolau” e será uma oportunidade de descobrir se tem

ou não alguma DST.



          Corrimentos

          São secreções amarelas com pus, ou esbranquiçadas ou mesmo esverdeadas.

Alguns corrimentos podem apresentar cheiro ruim. Pode não ser percebido pela

pessoa,



          principalmente pelas mulheres. Neste caso, o corrimento só será descoberto no

exame ginecológico. No homem pode ser visto com mais facilidade, pois sai pela

uretra.

                                            46
Feridas

      São arredondadas e avermelhadas. A pessoa pode ter uma ou mais feridas de

tamanhos diferentes, que podem doer ou não. Algumas feridas se iniciam como

pequenas bolhas. Nos homens as feridas são mais visíveis, claro, pois aparecem no

pênis. Já nas mulheres podem ficar escondidas na vagina.

      As feridas causadas por DST’S podem aparecer também nos anus e boca, nos

casos em que foi praticado sexo anal ou oral.



      Verrugas

      São caroços na pele. Não são doloridos, mais podem causar irritação e coceira.

São causados por um vírus chamado HPV.

      Ardência, coceira,



      Podem ocorrer tanto no homem quanto na mulher. São mais intensos ao urinar

ou nas relações sexuais.



      Desconforto, dor

      Geralmente sentido um pouco abaixo do umbigo, agravando-se durante as

relações sexuais e ao urinar.



      Principais DST’S



      Sífilis – causada por uma bactéria, começa com uma ferida “chamada de

cancro duro” em geral pouco dolorosa, no pênis, vulva, vagina, colo do útero, anus ou

boca, que desaparece espontaneamente após alguns dias, mesmo sem tratamento.

Mas o micróbio continua no organismo e volta a se manifestar após alguns meses
                                          47
com manchas em varias partes do corpo, inclusive nas palmas das mãos e plantas

dos pés. Que também desaparecem após algum tempo. Por fim, se não tratada, pode

causar coceira, paralisia, doenças neurológicas e problemas no coração. Pode passar

da mãe para o bebe durante a gravidez, causando problemas graves no bebe, por

isso toda gestante deve fazer o teste para saber se tem sífilis.



      Cancro mole – é também chamado de cancro venéreo. Causado por uma

bactéria, inicia-se com feridas dolorosas nos órgãos genitais acompanhadas de

ínguas (caroços) na virilha, que podem se romper soltando pus. Essas feridas podem

aparecer também no anus e mais raramente nos lábios, boca, língua e garganta. É

mais comum nos homens.



      Gonorréia – causada por bactéria, manifesta-se pela saída de pus pelo pênis e

dificuldade para urinar, além de coceiras na uretra e mesmo febre. A maioria das

mulheres infectadas não apresenta muitos sintomas, podendo ter um corrimento

vaginal sem cheiro e sem coceira. Se não for tratada durante o pré -natal, pode ser

transmitida ao bebe causando diversos problemas. Na hora do parto pode passar para

os olhos do bebe.



      Candidíase – causada por um fungo, é uma das causas mais comuns de

infecção genital. A candidíase causa um corrimento, mas não é doença de

transmissão exclusivamente sexual. Causa coceira, ardor ou dor ao urinar e um

corrimento branco, com aspecto de leite qualhado, podendo também causar fissuras

na vagina. A vagina pode ficar inchada e avermelhada. Algumas situações pré

dispõem as pessoas a terem candidíase, como a diabetes, a gravidez, o uso de anti

concepcionais, o uso de antibióticos, a obesidade e o uso de roupas muito justas.



                                            48
Herpes genital

        – é causada por um vírus. Apresenta dor, coceira, ardência ou formigamento no

órgão genital, seguido do aparecimento de pequenas bolhas que se rompem e dão

origem a pequenas feridas dolorosas que saram espontaneamente depois de 3

semanas, porém o vírus continua no organismo voltando a se manifestar

periodicamente, principalmente quando o organismo esta debilitado por algum motivo,

como stress físico e emocional, exposição excessivo ao sol ou ao uso prolongado de

antibióticos. Quando acomete a mulher grávida, pode causar problemas sérios para o

bebe.



        Condiloma acuminado

        – também chamado de verruga genital. Causada por um vírus (o vírus HPV),

forma berrugas que vão se juntando, dando um aspecto de couve flor. Aparece

principalmente na glande (a cabeça do pênis), o prepúcio “a pele que cobre a cabeça

do pênis” e o orifício da uretra, no homem. Na mulher aparece uma vulva, no períneo,

na vagina, e no colo do útero, mais um motivo para as mulheres não deixarem de

fazer os exames ginecológicos periódicos. Em ambos os sexos podem aparecer

também no anus e no reto, mesmo que não tenha praticado sexo anal. A complicação

mais importante, caso essa doença não seja tratada, é que pode proporcionar um

aparecimento de câncer do colo de útero e vulva e também do pênis. Pode ser

transmitida para o bebe durante o parto.



        Pediculose do púbis, (chato)

        – é um piolho que se instala nos pelos dos genitais, e também da região da

barriga, anus e coxa, causando coceira. Aproveito o contato das pessoas durante o

ato sexual para passar de uma pessoa para outra. A melhor forma de eliminar o chato

é raspar os pelos pubianos. Se não resolver dessa forma procure orientação médica.
                                           49
Em caso de suspeita de DST:



      1-    Procure o serviço de saude para passar por consulta médica;

      2-    Após confirmada a DST pelo médico, procure as pessoas com que teve

relações sexuais, pois elas também podem estar contaminadas. Aconselhe essas

pessoas a passarem por uma consulta médica;

      3-     Enquanto estiver com uma DST evite ter relações sexuais, no caso de

tê-las use sempre preservativos;

      4-    Faca o tratamento sempre da forma que o médico indicou;

      5-    Uma DST que não for tratada ou for tratada de forma errada, poderá

causar complicações no futuro, como esterilidade (não poder ter filhos), alguns tipos

de câncer, transmissão da doença da mãe para um bebe, etc.

      6-    Não procure farmácias para resolver o problema, pois o uso de

medicamentos sem orientação médica, poderá não curar adequadamente a doença,

tornando-a crônica, dando uma falsa impressão de cura.




                                          50
Álcool

       Efeitos

       A ingestão de álcool provoca diversos efeitos, que aparecem em duas fases

distintas: uma estimulante e outra depressora.

       Nos primeiros momentos após a ingestão de álcool, podem aparecer os efeitos

estimulantes, como euforia, desinibição e loquacidade (maior facilidade para falar).

       Com o passar do tempo, começam a surgir os efeitos depressores, como falta



       de coordenação motora, descontrole e sono. Quando o consumo é muito

exagerado, o efeito depressor fica exacerbado, podendo até mesmo provocar o

estado de coma.

       Os efeitos do álcool variam de intensidade de acordo com as características

físicas de cada pessoa.

       Os indivíduos dependentes do álcool podem desenvolver várias doenças. As

mais freqüentes são as relacionadas ao fígado (esteatose hepática, hepatite alcoólica

e cirrose).

       Também são freqüentes problemas do aparelho digestivo (gastrite, síndrome

de má absorção e pancreatite) e do sistema cardiovascular (hipertensão e problemas

cardíacos). Há, ainda, casos de polineurite alcoólica, caracterizada por dor,

formigamento e cãibras nos membros inferiores.

       A ingestão de álcool, mesmo em pequenas quantidades, diminui a

coordenação motora e os reflexos, comprometendo a capacidade de dirigir veículos

ou operar outras máquinas. Pesquisas revelam que grande parte dos acidentes é

provocada por motoristas que haviam bebido antes de dirigir.




                                           51
Alcoolismo

      Os fatores que podem levar ao alcoolismo são variados, envolvendo aspectos

de origem biológica, psicológica e sociocultural. A dependência do álcool é condição

freqüente, atingindo cerca de 10% da população adulta brasileira.

      A transição do beber moderado ao beber problemático ocorre de forma lenta,

tendo uma interface que, em geral, leva vários anos. Alguns sinais da dependência do

álcool são: desenvolvimento da tolerância, ou seja, a necessidade de beber maiores

quantidades de álcool para obter os mesmos efeitos; aumento da importância do

álcool na vida da pessoa; percepção do “grande desejo” de beber e da falta de

controle em relação a quando parar; síndrome de abstinência (aparecimento de

sintomas desagradáveis após ter ficado algumas horas sem beber) e aumento da

ingestão de álcool para aliviar essa síndrome.

      A síndrome de abstinência tem início 6 a 8 horas após a parada da ingestão

de álcool, sendo caracterizada por tremor das mãos, acompanhado de distúrbios

gastrintestinais, distúrbios do sono e estado de inquietação geral (abstinência leve).

Cerca de 5% dos que entram em abstinência leve evoluem para a síndrome de

abstinência grave ou delirium tremens que, além da acentuação dos sinais e sintomas

anteriormente referidos, se caracteriza por tremores generalizados, agitação intensa e

desorientação no tempo e no espaço.




                                           52
Tabaco

Efeitos
      Os principais efeitos da nicotina no sistema nervoso central consistem em:
elevação leve no humor e diminuição do apetite, considerada um estimulante.
      Quando uma pessoa fuma um cigarro, a nicotina é imediatamente distribuída
pelos tecidos. No sistema digestivo, provoca diminuição da contração do estômago,
dificultando a digestão. Há, ainda, aumento da vasoconstrição e da força dos
batimentos cardíacos.
      Alguns fumantes, quando suspendem repentinamente o consumo de cigarros,
podem sentir um desejo incontrolável de fumar, irritabilidade, agitação, prisão de
ventre, dificuldade de concentração, sudorese, tontura, insônia e dor de cabeça.
Esses sintomas caracterizam a síndrome de abstinência, desaparecendo dentro de
uma ou duas semanas.
      A fumaça do cigarro contém um número muito grande de substâncias tóxicas
ao organismo.
      Entre as principais, citamos a nicotina, o monóxido de carbono e o alcatrão.


Aspectos gerais
      O hábito de fumar é muito freqüente na população. A associação do cigarro
com imagens de pessoas bem-sucedidas, uma constante nos meios de comunicação.
Esse tipo de propaganda é um dos principais fatores que estimulam o uso do cigarro.
Por outro lado, os programas de controle do tabagismo vêm recebendo um destaque
cada vez maior em diversos países, ganhando apoio de grande parte da população.
      O INCA (Instituto Nacional de Câncer) é o órgão do Ministério da Saúde
responsável pelas ações de controle do tabagismo e prevenção primária de câncer no
Brasil, por meio da Coordenação Nacional de Controle do Tabagismo e Prevenção
Primária de Câncer (Contapp).
      O uso intenso e constante de cigarros aumenta a probabilidade de ocorrência
de algumas doenças, como, por exemplo, pneumonia, câncer (pulmão, laringe,
faringe, esôfago, boca, estômago etc.), infarto de miocárdio, bronquite crônica,
enfisema pulmonar, derrame cerebral, úlcera digestiva etc. Entre outros efeitos tóxicos
provocados pela nicotina, podemos destacar, ainda, náuseas, dores abdominais,
diarréia, vômitos, cefaléia, tontura, braquicardia e fraqueza.


                                            53
Maconha

      Efeitos

      Os efeitos que a maconha produz sobre o homem, são físicos (ação sobre o

próprio corpo ou partes dele) e psíquicos (ação sobre a mente). Esses efeitos

sofrerão mudanças de acordo com o tempo de uso que se Consume ou seja, os

efeitos são agudos (isto é, quando decorrem apenas algumas horas após fumar) e

crônicos (conseqüências que aparecem após o uso continuado por semanas, ou

meses ou mesmo anos).

      Os efeitos físicos agudos são muito poucos: os olhos ficam meio

avermelhados e o coração dispara, de 60 a 80 batimentos por minuto pode chegar a

120 a 140 ou até mesmo mais (taquicardia). Dependerão da qualidade da maconha

fumada e da sensibilidade de quem fuma. Para uma parte das pessoas, os efeitos são

uma sensação de bem-estar acompanhada de calma e relaxamento, sentir-se menos

fatigado, vontade de rir   Para outras pessoas, os efeitos são mais para o lado

desagradável: sentem angústia, ficam aturdidas, temerosas de perder o controle

mental, trêmulas, perturbação na capacidade da pessoa em calcular tempo e espaço

e um prejuízo de memória e atenção.

      Quanto aos efeitos na memória, eles se manifestam principalmente na

chamada memória a curto prazo,

      Aumentando-se a dose e/ou dependendo da sensibilidade, os efeitos psíquicos

agudos podem chegar até a alterações mais evidentes, com predominância de delírios

e alucinações. Os efeitos físicos crônicos da maconha já são de maior gravidade.

De fato, com o uso continuado, vários órgãos do corpo são afetados. Os pulmões são

um exemplo disso. Não é difícil imaginar como ficarão esses órgãos quando passam a

receber cronicamente uma fumaça que é muito irritante, dado ser proveniente de um

vegetal que nem chega a ser tratado como o tabaco comum. Essa irritação constante

                                        54
leva a problemas respiratórios (bronquites), aliás, como ocorre também com o cigarro

comum. Mas o pior é que a fumaça da maconha contém alto teor de alcatrão (maior

mesmo que na do cigarro comum) e nele existe uma substância chamada

benzopireno, conhecido agente cancerígeno; ainda não está provado cientificamente

que o fumante crônico de maconha está sujeito a adquirir câncer dos pulmões com

maior facilidade, mas os indícios, em animais de laboratório, de que assim pode ser

são cada vez mais fortes.

       É importante dizer que o homem não fica impotente ou perde o desejo sexual,

mas apresenta esterilidade, isto é, fica incapacitado de engravidar sua companheira.

Há ainda a considerar os efeitos psíquicos crônicos produzidos pela maconha.

Sabe-se que seu uso continuado interfere na capacidade de aprendizagem e

memorização e pode induzir a um estado de amotivação, isto é, não sentir vontade de

fazer mais nada,



       Pois tudo fica sem graça e sem importância. Esse efeito crônico da maconha é

chamado de síndrome amotivacional. Além disso, a maconha pode levar algumas

pessoas a um estado de dependência, isto é, elas passam a organizar sua vida de

maneira a facilitar seu vício, e tudo o mais perde seu real valor.




                                            55
Pasta de Coca – Crack - Merla

      Efeitos

      Os efeitos provocados pela cocaína ocorrem por todas as vias (aspirada,

inalada, endovenosa). Assim, o crack e a merla podem produzir aumento das pupilas,

que prejudica a visão; é a chamada “visão borrada”. Ainda pode provocar dor no peito,

contrações musculares, convulsões e até coma. Mas é sobre o sistema cardiovascular

que os efeitos são mais intensos. A pressão arterial pode elevar-se e o coração pode

bater muito mais rapidamente. Em casos extremos, chega a produzir parada cardíaca

por fibrilação ventricular. A morte também pode ocorrer devido à diminuição de

atividade de centros cerebrais que controlam a respiração.

      O uso crônico da cocaína pode levar a degeneração irreversível dos músculos

esqueléticos, conhecida como rabdomiólise.

      A tendência do usuário é aumentar a dose da droga na tentativa de sentir

efeitos mais intensos. Porém, essas quantidades maiores acabam por levar o usuário

a comportamento violento, irritabilidade, tremores e atitudes bizarras devido ao

aparecimento de paranóia (chamada entre eles de “nóia”). Eventualmente, podem ter

alucinações e delírios. A esse conjunto de sintomas dá-se o nome de “psicose

cocaínica”. Além dos sintomas descritos, o craquero e o usuário de merla perdem de

forma muito marcante o interesse sexual.



      Aspectos gerais

      Como ocorre com as anfetaminas (cujos efeitos são semelhantes aos da

cocaína), as pessoas que abusam no consumo, relatam a necessidade de aumentar a

dose para sentir os mesmos efeitos iniciais de prazer, ou seja, a cocaína induz

tolerância.



                                           56
É como se o cérebro se “acomodasse” àquela quantidade de droga,

necessitando de uma dose maior para produzir os mesmos efeitos prazerosos.

      Não há descrição convincente de uma síndrome de abstinência quando a

pessoa pára de usar cocaína de uma hora para outra: não sente dores pelo corpo,

cólicas, náuseas etc. Às vezes pode ocorrer de essa pessoa ficar tomada de grande

“fissura”, desejar usar novamente a droga para sentir seus efeitos agradáveis e não

para diminuir ou abolir o sofrimento que ocorreria se realmente houvesse uma

síndrome de abstinência.

      No Brasil, a cocaína é a substância mais utilizada pelos usuários de drogas

injetáveis (UDIs). Muitas dessas pessoas compartilham agulhas e seringas e expõem-

se ao contágio de várias doenças, entre estas hepatites, malária, dengue e Aids.




                                          57
Alucinógeno – LSD – Ácido

Efeitos

      O LSD atua produzindo uma série de distorções no funcionamento do cérebro,

trazendo como conseqüência uma variada gama de alterações psíquicas.

      A experiência depende da personalidade do usuário, de suas expectativas

quanto ao uso da droga e do ambiente onde esta é ingerida. Enquanto alguns

indivíduos experimentam um estado de excitação e atividade, outros se tornam

quietos e passivos.

      O LSD é capaz de produzir distorções na percepção do ambiente – cores,

formas e contornos alterados, além de estímulos olfativos e táteis.

      Logo de início, 10 a 20 minutos após tomá-lo, o pulso pode ficar mais rápido, as

pupilas podem ficar dilatadas, além de ocorrer sudoração, e a pessoa pode sentir-se

com certa euforia.



Aspectos gerais

      O LSD não leva comumente a estados de dependência e não há descrição de

síndrome de abstinência se um usuário crônico pára de consumir a droga. Todavia,

assim como outras drogas alucinógenas, pode provocar dependência psíquica ou

psicológica, uma vez que a pessoa que habitualmente usa essas substâncias como

“remédio para todos os males da vida” acaba por se alienar da realidade do dia-a-dia,

aprisionando-se na ilusão do “paraíso na Terra”.



      O consumo no Brasil, é principalmente por pessoas das classes mais

favorecidas. Embora raramente, a polícia apreende, vez por outra, parte das drogas

trazidas do Exterior.



                                           58
Esteróides e Anabolizantes


Efeitos
      Alguns dos principais efeitos do abuso dos esteróides anabolizantes são:
nervosismo, irritação, agressividade, problemas hepáticos, acne, problemas sexuais e
cardiovasculares, aumento do HDL (forma boa do colesterol), diminuição da
imunidade.
      Além disso, aqueles que se injetam ainda correm o risco contaminar-se com o
vírus da Aids ou da hepatite.
      Além dos efeitos mencionados, outros também graves podem ocorrer:
      _ No homem: os testículos diminuem de tamanho, a contagem de
espermatozóides é reduzida, impotência, infertilidade, calvície, dificuldade ou dor para
urinar e aumento da próstata.
      _ Na mulher: crescimento de pêlos faciais, alterações ou ausência de ciclo
menstrual, aumento do clitóris, voz grossa, diminuição de seios. Alguns desses efeitos
são irreversíveis, ou seja, mesmo na ausência do anabolizante não há retorno da
condição normal.
      Usuários, freqüentemente, tornam-se clinicamente deprimidos quando param
de tomar a droga, até porque perdem a massa muscular que adquiriram; um sintoma
que pode contribuir para a dependência.
      Os usuários podem experimentar ainda, um ciúme doentio, ilusões, podendo
apresentar distorção de juízo em relação a sentimentos de invencibilidade, distração,
confusão mental e esquecimentos. Podem desenvolver também distorção de
julgamento do próprio corpo (dismorfia corporal), tendo a falsa sensação de que estão
com a musculatura pouco desenvolvida.
      Atletas, treinadores físicos e mesmo médicos relatam que os anabolizantes
aumentam significantemente massa muscular, força e resistência.
      Devido a todos esses efeitos, o Comitê Olímpico Internacional – COI colocou
vinte esteróides anabolizantes e compostos relacionados a eles como drogas banidas,
ficando o atleta que fizer uso delas sujeito a duras sanções.
      Os principais esteróides anabolizantes, em sua grande maioria com uso
injetável, são: estanozolol, nandrolona, metenolona, oximetolona, nesterolona,
oxandrolona, sais de testosterona e boldenona (uso veterinário). Os mais utilizados no
Brasil são: estanozolol (Winstrol®) e nandrolona (Deca-Durabolin®).

                                           59
Solventes

Efeitos
      O início dos efeitos, após a aspiração, é bastante rápido – de segundos a
minutos no máximo – e em 15 a 40 segundos já desaparecem; assim, o usuário
repete as aspirações várias vezes para que as sensações durem mais tempo.
      Os efeitos dos solventes vão desde uma estimulação inicial até depressão,
podendo também surgir processos alucinatórios. Entre os efeitos, o predominante é a
depressão, principalmente a do funcionamento cerebral.
      Sabe-se que a aspiração repetida, crônica, dos solventes pode levar à
destruição de neurônios, causando lesões irreversíveis no cérebro. Além disso,
pessoas que usam solventes cronicamente apresentam-se apáticas, têm dificuldade
de concentração e déficit de memória.
      Quando inalados cronicamente podem levar a lesões da medula óssea, dos
rins, do fígado e dos nervos periféricos que controlam os músculos. Estes tornam o
coração humano mais sensível a uma substância que o nosso corpo fabrica, a
adrenalina, que faz o número de batimentos cardíacos aumentar. Essa adrenalina é
liberada toda vez que temos de exercer um esforço extra, como, por exemplo, correr,
praticar certos esportes etc. A literatura médica já cita vários casos de morte por
arritmia cardíaca, principalmente de adolescentes. Um dos solventes bastante usados
nas nossas colas é o n-hexano. Essa substância é muito tóxica para os nervos
periféricos, produzindo degeneração progressiva, a ponto de causar transtornos
quando andamos, podendo até chegar à paralisia. Há casos de usuários crônicos que,
após alguns anos, só podiam se locomover em cadeira de rodas.


Aspectos gerais
      A dependência entre aqueles que abusam cronicamente de solventes é
comum, sendo os componentes psíquicos da dependência os mais evidentes. A
síndrome de abstinência, embora de pouca intensidade, está presente na interrupção
do uso dessas drogas, sendo comum ansiedade, agitação, tremores, cãibras nas
pernas e insônia.
      Pode surgir tolerância à substância, embora não tão dramática em relação a
outras drogas (como as anfetaminas, que os dependentes passam a tomar dosem 50-
70 vezes maiores que as iniciais).


                                         60
Créditos finais


Agradecimentos:

Aline Alves
Andre Fruchi
Ivan Espinosa
Luciana Soares
Marilena Abdalla
Mario Ramos
Michelly Abdalla
Paula Corina
Sarah Diesner




Referencias bibliografia:

Ministério da saúde;
Ministério da saúde- departamento -DST-AIDS e Hepatites Virais;
CEBRID- Centro Brasileiro de informações sobre drogas psicotrópicas;
Secretaria nacional antidrogas;
Secretaria de vigilância em saúde;




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Apostila de Primeiros Socorros

  • 1. Apostila Didática de Saúde e Cidadania
  • 3. 2011 by Michelly Abdalla Farah Todos os direitos reservados Direção Editorial: Aline Alves Produção Editorial: Camila Santos Revisão Bibliográfica: Ivan Espinosa Apostila Didática de Saúde e Cidadania Realização: WCP – World Corp Peace 4
  • 4. SUMÁRIO 1. Introdução..................................................................................05 2. Os 10 mandamentos do Socorrista........................................... 06 3. Quais são as Prioridades no Atendimento à Vitima...................07 4. Análise Primária..........................................................................07 5. Análise Secundária.....................................................................11 6. Estado de choque...................................................................... 13 7. Hemorragia..................................................................................13 8. Fraturas........................................................................................14 9. Queimaduras................................................................................15 10. Ferimentos...................................................................................16 11. Desmaio e Epilepsia....................................................................16 12. Evisceração e Objeto Incluso......................................................17 13. Alimentação Saudável.................................................................18 14. Diabetes.......................................................................................19 15. Hepatite........................................................................................22 16. Tuberculose..................................................................................25 17. Dengue.........................................................................................27 18. H1N1............................................................................................32 19. O que é AIDS?.............................................................................34 20. O que é DST?..............................................................................37 21. Sintomas......................................................................................38 22. Sífilis............................................................................................38 23. Cancro Mole................................................................................39 24. Gonorréia....................................................................................39 25. Candidiase..................................................................................39 5
  • 5. 26. Herpes Genital............................................................................39 27. Condiloma...................................................................................39 28. Pediculose do Púbis (chato)........................................................40 29. Álcool...........................................................................................41 30. Tabaco.........................................................................................43 31. Maconha......................................................................................45 32. Cocaína.......................................................................................47 33. Alucinógenos..............................................................................49 34. Esteróides...................................................................................50 35. Solventes....................................................................................52 36. Anfetamina.................................................................................54 37.Créditos finais..............................................................................56 6
  • 6. INTRODUÇÃO Justifica-se a importância desse projeto, uma perspectiva educacional, que visa atenuar o impacto e o agravamento das ocorrências, apresentando em todas as regiões um conteúdo didático dinâmico para evolução do conhecimento na área da saúde. Esta apostila foi pesquisada e desenvolvida, totalmente baseada na atualidade, com protocolos novos e corretos, para cada situação existe um protocolo a ser executado, diferindo então todas as prioridades no atendimento, assim melhor realizando a qualidade e prevenção da vida. O objetivo maior deste conteúdo, além de informativo sobre questões de cidadania, é fazer com que qualquer leitor tenha a capacidade de identificar situações que demandem atenção imediata e se possível siga os passos do protocolo correspondente aquela situação. Devemos ser rápidos, organizados e eficientes, de forma que consigamos tomar decisões quanto ao atendimento e o transporte adequados, sempre seguindo um protocolo seguro e atualizado, assegurando a vitima maiores chances de sobrevivência e menos seqüelas e lesões. Além de fazermos esta importante abordagem nos conteúdos de primeiros socorros, falaremos também sobre diversos problemas relacionados a saúde pública no nosso país, que envolvem a todas as populações e faixas etárias, mas daremos um enfoque especial nos problemas relacionados a juventude entre os 14 e 29 anos, como drogas e doenças sexualmente transmissíveis. 7
  • 7. Os 10 mandamentos de todo Socorrista 1. Mantenha sempre a calma. 2. Mantenha sempre uma ordem de segurança quando estiver prestando socorro: - Primeiro: “eu” – o socorrista - Segundo: a equipe de socorro e as pessoas que estão transitando no local. - Terceiro: a vitima. (isto não a torna menos importante). ** Parece ser contraditório a primeira vista, mas o intuito básico desta ordem de segurança é de NÃO gerar novas vitimas. 3. É fundamental que antes de iniciar qualquer tipo de socorro ligar para um atendimento móvel de socorro. (192 – samu e 193 – corpo de bombeiros). 4. Antes de agir no acidente sempre verificar se há riscos no local. 5. Sempre mantenha o bom senso. 6. Peça ajuda, afaste os curiosos e mantenha o espírito de liderança. 7. Distribua tarefas, assim quem poderia lhe atrapalhar irá ajudar. 8. Evite realizar manobras de forma incorreta. (com pressa ou imprudência). 9. Em situações com múltiplas vitimas dê preferência sempre a quem corre risco iminente de vida. (se tiver como use cartões coloridos de identificação) 8
  • 8. 10. Seja socorrista e não herói. Lembre sempre do segundo mandamento! 9
  • 9. Quais são as Prioridades no Atendimento à Vitima Para que o socorrista preste de maneira prudente o atendimento à vitima, dividimos em três níveis de prioridades. Primária, Secundária e Terciária. Prioridades primárias • PCR - parada cardiorrespiratória • PR – parada respiratória • OR – obstrução respiratória • TCE – trauma crânio encefálico • TT – trauma de tórax • TA – trauma de abdome • GH – grandes hemorragias Prioridades secundárias • TC – trauma de coluna • TB – trauma de bacia • GQ – grandes queimados • FF – fratura de fêmur Prioridades terciárias • F – ferimentos • FE – fraturas de extremidades • QL – queimados leves 10
  • 10. Análise primaria Visa identificar e manejar situações de ameaça à vida, A abordagem inicial é realizada sem mobilizar a vítima de sua posição inicial, salvo em situações especiais que possam comprometer a segurança ou agravar o quadro da vítima, tais como: Situações climáticas extremas: Geada, chuva, frio, calor, etc.; Risco de explosão ou incêndio; Risco de choque elétrico; Risco de desabamento. A abordagem primária é realizada em duas fases: 1) Análise primária rápida; 2) Análise primária completa. Abordagem rápida: É a avaliação sucinta da respiração, circulação e nível de consciência. Deve ser completada em no máximo 30 segundos. Tem por finalidade a rápida identificação de condições de risco de morte. Devemos manter a seguinte cronologia: 1) Aproximar-se da vítima pelo lado para o qual a face da mesma está volta, garantindo-lhe o controle cervical. 2) Observar se a vítima está consciente e respirando. Tocando o ombro da vítima do lado oposto ao da abordagem, apresente-se, acalme-a e pergunte o que aconteceu com ela: “Eu sou o XXX, e estou aqui para te ajudar. O que aconteceu 11
  • 11. contigo?”. Uma resposta adequada permite esclarecer que a vítima está consciente, que as vias aéreas estão permeáveis e que respira. Caso não haja resposta, examinar a respiração. Se ausente a respiração, iniciar as manobras de controle de vias aéreas e a ventilação artificial. 3) Simultaneamente palpar pulso radial (em vítima inconsciente palpar direto o pulso carotídeo) e definir se está presente, muito rápido ou lento. Se ausente, palpar pulso de artéria carótida ou femoral (maior calibre) e, caso confirmado que a vítima está sem pulso, iniciar manobras de reanimação cardio pulmonar (MRCP). 4) Verificar temperatura, umidade e coloração da pele e enchimento capilar. Palidez, pele fria e úmida e tempo de enchimento capilar acima de dois segundos são sinais de comprometimento da perfusão oxigenação dos tecidos (choque hipovolêmico por hemorragia interna ou externa, por exemplo), que exigem intervenção imediata. 5) Observar rapidamente da cabeça aos pés procurando por hemorragias ou grandes deformidades. 6) Repassar as informações para Central de Emergência. Análise completa: Na análise primária completa segue-se uma seqüência fixa de passos estabelecida cientificamente. Para facilitar, convencionou-se o “ABCD do trauma” para designar essa seqüência fica de passos, utilizando-se as primeiras letras das palavras (do inglês) que definem cada um dos passos: 1) Passo “A” (Airway) – Vias aéreas com controle cervical; 2) Passo “B” (Breathing) – Respiração (existente e qualidade); 3) Passo “C” (Circulation) – Circulação com controle de hemorragias; 12
  • 12. 4) Passo “D” (Disability) – Estado neurológico; 5) Passo “E” (Exposure) – Exposição da vítima (para abordagem secundária). Lembre-se de somente passar para próximo passo após ter completado o passo anterior. Durante toda a abordagem da vítima o controle cervical deve ser mantido. Suspeitar de lesão de coluna cervical em toda vítima de trauma. A – Via Aéreas com Controle Cervical Após o controle cervical e a identificação, pergunte à vítima o que aconteceu. Uma pessoa só consegue falar se tiver ar nos pulmões e se ele passar pelas cordas vocais. Portanto, se a vítima responder normalmente, é porque as vias aéreas estão permeáveis (passo "A" resolvido) e respiração espontânea (passo "B" resolvido). Seguir para o passo "C". Se a vítima não responder normalmente, examinar as vias aéreas. Desobstruir vias aéreas de sangue, vômito, corpos estranhos ou queda da língua. B – Respiração Checar se a respiração está presente e efetiva (ver, ouvir e sentir). Se a respiração estiver ausente, iniciar respiração artificial (passo "B" resolvido temporariamente). Estando presente a respiração, analisar sua qualidade: lenta ou rápida, superficial ou profunda, de ritmo regular ou irregular, silenciosa ou ruidosa. Se observar sinais de respiração difícil (rápida, profunda, ruidosa), reavaliar vias aéreas (passo "A"). A necessidade de intervenção médica é muito provável. Se observar sinais que antecedam a parada respiratória (respiração superficial, lenta ou irregular), ficar atento para iniciar respiração artificial. 13
  • 13. C – Circulação com Controle de Hemorragias O objetivo principal do passo "C" é estimar as condições do sistema circulatório e controlar grandes hemorragias. Para tanto devem ser avaliados: pulso; perfusão periférica; coloração, temperatura e umidade da pele. Neste passo também devem ser controladas as hemorragias que levem o risco de vida eminente. Pulso - A avaliação do pulso dá uma estimativa da pressão arterial. Se o pulso radial não estiver palpável, possivelmente a vítima apresenta um estado de choque hipovolêmico descompensado, situação grave que demanda intervenção imediata. Se o pulso femoral ou carotídeo estiver ausente, iniciar manobras de reanimação cardio pulmonar. Estando presente o pulso, analisar sua qualidade: lento ou rápido, forte ou fraco, regular ou irregular. Perfusão Periférica - A perfusão periférica é avaliada através da técnica do enchimento capilar. É realizada fazendo-se uma pressão na base da unha, de modo que a coloração passe de rosada para pálida. Retirando-se a pressão a coloração rosada deve retomar num tempo inferior a dois segundos. Se o tempo ultrapassar dois segundos é sinal de que a perfusão periférica está comprometida (oxigenação/perfusão inadequadas). Lembre-se que à noite e com frio essa avaliação é prejudicada. Coloração, Temperatura e Umidade da Pele - Cianose e palidez são sinais de comprometimento da oxigenação/perfusão dos tecidos. Pele fria e úmida indica choque hipovolêmico (hemorrágico). Controle de Hemorragias - Se o socorrista verificar hemorragia externa deve utilizar métodos de controle. Observando sinais que sugerem hemorragia interna, 14
  • 14. deve se agilizar o atendimento e transportar a vítima o mais brevemente possível ao hospital, seguindo sempre as orientações da Central de Emergências. D – Estado Neurológico - Tomadas as medidas possíveis para garantir o “ABC”, importa conhecer o estado neurológico da vítima (passo "D"), para melhor avaliar a gravidade e a estabilidade do quadro. O registro evolutivo do estado neurológico tem grande valor. A vítima que não apresente alterações neurológicas em uma analise rápida, pode vim a apresentar certas alterações até o socorro chegar, para não alterarmos o quadro, deveu realizar a avaliação do nível de consciência e o exame das pupilas. Nível de Consciência - Deve sempre ser avaliado o nível de consciência porque, se alterado, indica maior necessidade de vigilância da vítima no que se refere às funções vitais, principalmente à respiração. A análise do nível de consciência é feita pelo método “AVDI”, de acordo com o nível de resposta que a vítima tem dá aos estímulos: A – Vítima acordada com resposta adequada ao ambiente. V – Vítima adormecida. Os olhos se abrem mediante estímulo verbal. D – Vítima com os olhos fechados que só se abrem mediante estímulo doloroso. O estímulo doloroso deve ser aplicado sob a forma de compressão intensa na borda do músculo trapézio, na região póstero- lateral do pescoço. I – Vítima não reage a qualquer estímulo. A alteração do nível de consciência pode ocorrer pelos seguintes motivos: 15
  • 15. Diminuição da oxigenação cerebral (hipóxia ou hipoperfusão); Traumatismo cranioencefálico (hipertensão intracraniana); Intoxicação por álcool ou droga; Problema clínico metabólico. Pupilas - Em condições normais as pupilas reagem à luz, diminuindo seu diâmetro conforme a intensidade da iluminação do ambiente. O aumento do diâmetro, ou midríase, ocorre na presença de pouca luz, enquanto a diminuição, ou miose, ocorre em presença de luz intensa. Quanto à simetria, as pupilas são classificadas em isocóricas (pupilas normais ou simétricas), que possuem diâmetros iguais, e anisocóricas (pupilas anormais ou assimétricas), de diâmetros desiguais. O socorrista deve avaliar as pupilas da vítima com uma Lanterna em relação ao tamanho, simetria e reação à luz. Pupilas anisocóricas sugerem traumatismo ocular ou cranioencefálico. Neste caso a midríase em uma das pupilas pode ser conseqüência da compressão do nervo oculomotor no nível do tronco encefálico, sugerindo um quadro de gravidade. Pupilas normais se contraem quando submetidas à luz, diminuindo seu diâmetro. Se a pupila permanece dilatada quando submetida à luz, encontra-se em midríase paralítica, normalmente observada em pessoas inconscientes ou em óbito. Pupilas contraídas (miose) em presença de pouca luz podem indicar intoxicação por drogas ou doença do sistema nervoso central. 16
  • 16. Análise secundária Minucioso exame realizado da cabeça aos pés da vitima, para determinar a presença de outras lesões, que embora possam ser graves não colocam em risco iminente a vida da vitima. Examinar todos os segmentos do corpo, sempre na mesma ordem (exame segmentar): crânio, face, pescoço, tórax, abdômen, quadril, membros inferiores, membros superiores e dorso. Nesta fase, realizar de cabeça ao pé: • Inspeção: cor da pele, sudorese, simetria, alinhamento, deformidade e ferimento; • Palpação: deformidade, crepitação, rigidez, flacidez, temperatura e sudorese; • Ausculta: tórax (campos pleuropulmonares e precordial) procedimento exclusivo do médico. Durante todo o exame segmentar, manter-se atento a sinais de dor ou a modificações das condições constatadas na abordagem primária da vítima. Exame segmentar: 1. Alinhamento da coluna cervical com a traquéia e coluna vertebral 2. Osso frontal para o occipital e estruturas da face 3. Pupilas 4. Ouvidos 5. Cavidade nasal e cavidade oral 6. Maxilar e mandíbulas 17
  • 17. 7. Clavículas 8. Caixa toráxica 9. Quadrantes abdominais 10. Cintura pelves 11. Membros inferiores – mmii 12. Perfusão periférica deficitária e sensibilidade – mie/mid 13. Membros superiores – mmss 14. Perfusão periférica deficitária e sensibilidade – mse/msd 15. Sinais vitais Após completar o exame segmentar, fazer curativos, imobilizações e outros procedimentos necessários. Fazem também parte da abordagem secundária os seguintes procedimentos, que são realizados por médicos no ambiente hospitalar: radiografias, sonda gástrica, toque retal, cateterismo vesical e lavagem peritonial. Durante a abordagem secundária, o socorrista deva reavaliar o ABCD quantas vezes forem necessárias, principalmente em vítimas inconscientes. Após a abordagem secundária, realizar a verificação de dados vitais e escalas de coma e trauma. A diferença entre emergência clinica e emergência traumática se da através do fato de doenças já presentes no organismo ou ao algum trauma direto que a vitima venha a sofrer. Uma emergência clinica pode se transformar em traumática a partir do ponto que um infartado caia e bata o crânio, tendo não só um infarte do miocárdio, mas também um traumatismo crânio encefálico TCE. 18
  • 18. Estados de choque • Choque hipotêmico – diminuição da temperatura do corpo • Choque anafilático – hipersensibilidade a medicamentos, alimentos,síndrome. • Choque cardiogênico – alterações cardíacas • Choque hipovolêmico – perda de mais de 15% do volume sanguíneo • Choque neurogênico – não funcionamento pleno do sistema nervoso • Choque séptico – infecções graves Hemorragias O volume sanguíneo pode ser calculado em 07% do peso corporal no adulto e 09% do peso corporal de uma criança. Então, todo o extravasamento de sangue é perigoso e pode se tornar uma hemorragia, sendo ela divida em duas condições, interna e externa, podendo ser essa hemorragia de três tipos: arterial, venosa ou capilar. Quando perdemos mais de 15% do nosso volume sanguíneo, produzimos alterações hemodinâmicas. Procedimentos de contenção • Compressão digital • Elevação do membro • Compressão arterial • Tamponamento • Bandagem 19
  • 19. Fraturas É a lesão óssea de origem traumática. O osso é o único tecido do nosso organismo que cicatriza com o mesmo tecido anterior à lesão e esse processo denomina-se consolidação. Existe uma doença que é corrosiva nesse tecido, esta doença é conhecida por osteoporose. Doença geralmente comum em pessoas acima de 65 anos, por influencia dos hormônios é mais comum entre as mulheres, os homens também sofrem da doença, porém a relação com os hormônios não é tão evidente. A fratura pode ser fechada quando não existe o rompimento do tecido ou aberta (externa), quando existe o rompimento de tecido. Quando a fratura é interna somente o raio-x confirma a presença da existência dessa fratura, sendo ela dividida em alguns tipos: • Galho verde – fratura incompleta. • Obliqua – o traço da fratura cruza o osso fazendo um ângulo obliquo • Espiralada – a linha de fratura se encontra ao redor e através do osso fazendo um espiral • Cominutiva - existem dois ou mais fragmentos na mesma fratura • Impactada – o osso encontra-se comprimido entre si • Fratura exposta Procedimentos Não movimente uma vitima com fratura sem antes ter imobilizado corretamente a mesma. Sempre imobilize uma articulação acima e uma abaixo da fratura. 20
  • 20. Queimaduras Toda e qualquer lesão decorrente da ação do calor sobre o organismo é uma queimadura. (fogo “vapor, chama ou brasa”, substancias químicas, radioativas, vapores, elétricas)... Quanto maior a extensão da queimadura, maior o risco. Uma pessoa com 25% do corpo queimado esta prestes a entrar em estado de Choque e pode morrer se não receber imediatamente os primeiros socorros. 1º GRAU – vermelhidão, ardor e febre local. 2º GRAU – vermelhidão, ardor, febre local e bolhas. 3º GRAU – necrose Não passe nenhum tipo de medicamento sem antes consultar o médico, não fure as bolhas, evite tocar na região aonde se encontra a queimadura, lave com soro ou água e proteja com um plástico esterilizado próprio para queimaduras e procure o mais rápido a ajuda médica. NUNCA: APLIQUE UNGUENTOS, GRAXAS, BICARBONATO DE SODIO, PASTA DE DENTE E OU OUTRAS SUBSTANCIAS EM QUEIMADURAS. RETIRE CORPOS ESTRANHOS. FURE AS BOLHAS EXISTENTES OU TOQUE COM AS MAOS A AREA AFETADA. 21
  • 21. Ferimentos Existem duas classificações para ferimentos: 1- Leve (superficial) 2- Profundo. Faça a limpeza do local com soro fisiológico ou água corrente, curativo com mercúrio cromo ou iodo e cubra o ferimento com gaze ou pano limpo, encaminhando a vitima ao pronto Socorro. Caso haja hemorragia, contenha primeiro o sangramento. Não retire objetos inclusos de nenhum ferimento, mesmo que superficial. Nos casos de ferimentos abdominais e no tórax, procure o mais rápido pessoas especializadas, mantenha a calma e contenha o sangramento. ** Torniquetes não são recomendados. Desmaio e Epilepsia SINAIS: Palidez, suor, pulso e respiração fracos. O desmaio é a perda repentina e passageira da consciência, normalmente com recuperação rápida. É provocada por fortes emoções, ansiedade, tensão emocional, 22
  • 22. doenças cérebro-vascular, embolia pulmonar, hipertensão pulmonar, hipoglicemia, intoxicação, hipotensão postural, infecções e causas desconhecidas que fazem com que o nervo vago (responsável pela inervação do sistema nervoso autônomo cujos neurônios permanecem no tronco cerebral e na medula sacral) dilate os vasos sanguíneos diminuindo conseqüentemente a pressão sanguínea. Ao diminuir a pressão sanguínea, o fluxo não consegue subir ao cérebro que sem tanta irrigação sanguínea e oxigênio reduz a consciência e se mantém num estado de relaxamento completo, ocasionando a queda e a perda dos sentidos. Ao cai, a posição deitada auxilia a passagem do sangue até o cérebro retomando suas funções normais. Convulsões ATAQUE DE EPILEPSIA - Se durar mais de 15 minutos chame um medico. ANTES DO SOCORRO: Proteja o corpo da vitima para que ela não se machuque contra objetos, afastando-os. Não segure seus membros e aguarde socorro. Existem alguns casos de convulsões em crianças com febre alta, que ocorre subitamente quando a temperatura do corpo atinge 39º a 40º. De um banho frio e mantenha uma toalha de água com álcool sobre o corpo, levando-a rapidamente ao PS. 23
  • 23. Evisceração E objeto incluso EVISCERAÇÃO Trata-se da lesão que permite que a cavidade abdominal fique em contato com o meio externo, e em virtude deste tipo de ferimento, as vísceras ou parte delas podem ficar expostas. O tratamento consiste em: ° Não recolocar as vísceras no abdome. ° Cobrir o ferimento e as vísceras se estiverem expostas, com uma bandagem triangular umedecida com soro fisiológico para que as vísceras não ressequem , sendo que nunca se deve jogar o soro diretamente nas vísceras. ° Cobrir com um saco plástico esterilizado ou limpo, fechá-lo com esparadrapo em todos os lados, sem deixar nenhuma entrada de ar, para manter a temperatura. Isso será possível observar, pois o plástico fica embaçado devido à temperatura. OBJETO INCLUSO Trata-se de algo que penetra a pele da vítima, como por exemplo, uma faca, causando hemorragia e muitas vezes fraturas. O tratamento de objeto incluso consiste em: ° Não retirar o objeto. ° Efetuar a assepsia do local com soro fisiológico ou água. ° Estancar a hemorragia, sem movimentar o objeto. ° Imobilizar o objeto no local e na posição que estiver, ° Imobilizar o membro afetado. ° Transportar para um hospital. 24
  • 24. Alimentação Saudável para todos Siga os dez passos 1-faça pelo menos três refeições (café da manha, almoço e jantar) e dois lanches saudáveis por dia. Não pule as refeições. 2-Inclua diariamente seis porções do grupo do cereal (arroz, milho, trigo, pães e massas), Tubérculos como as batatas e raízes como a mandioca/macaxeira/aipim nas refeições. De preferência aos grãos integrais e aos alimentos naturais. 3-Coma diariamente pelo menos três porções de legumes e verduras como parte das refeições E três porções ou mais de frutas nas sobremesas e lanches. 4-Coma feijão com arroz todos os dias ou, pelo menos, cinco vezes por semana. Esse prato Brasileiro é uma combinação completa de proteínas para a saúde. 5-Consuma diariamente três porções de leite e derivados e uma porção de carne, aves, peixes Ou ovos. Retirar a gordura aparente das carnes e a pele das aves antes da preparação torna esses Alimentos mas saudáveis. 25
  • 25. 6-Consuma no Maximo, uma porção por dia de óleos vegetais, azeite, manteiga ou margarina. Fique atento aos rótulos dos alimentos e escolha aqueles com menores quantidades de gorduras trans. 7-Evite refrigerantes e sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e recheados, sobremesas Doces e outras guloseimas como regra de alimentação. 8-Diminua a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa. Evite comer alimentos Industrializados com muito sal (sódio) como hambúrguer, salsicha, lingüiça, presunto, salgadinhos Conservas de vegetais, sopas, molhos e temperos prontos. 9-beba pelo menos 2 litros de água (6 a 8 copos) de água por dia. Dê preferência ao consumo de Água nos intervalos das refeições. 10-torne sua vida, mas saudável. Pratique pelo menos 30 minutos de atividades físicas todos os Dias e evite as bebidas alcoólicas e o fumo. Mantenha o peso dentro dos limites saudáveis. 26
  • 26. Diabetes A glicose presente em nossa corrente sanguínea não provém apenas do açúcar que comemos, mas também de frutas e outros alimentos que, quando digeridos, se transformam em glicose. Uma vez na corrente sanguínea, a glicose é utilizada por nossas células como fonte de energia e crescimento. Existem dois motivos principais, que causam diabetes. São eles: 1º - Falta de insulina. Nestes casos, o pâncreas não produz insulina ou a produz em quantidades muito baixas. Com a falta de insulina, a glicose não entra nas células, permanecendo na circulação sanguínea em grandes quantidades. Para esta situação, os médicos chamaram esse tipo de Diabetes de Diabetes Mellitus tipo 1 (DM tipo 1). 2º - Mau funcionamento ou diminuição dos receptores das células. Nestes casos, a produção de insulina está normal. Mas como os receptores não estão funcionando direito ou estão em pequenas quantidades, à insulina não consegue promover a entrada de glicose necessária para dentro das células, aumentando também as concentrações da glicose na corrente sanguínea. Para esse segundo tipo de Diabetes, o médicos deram o nome de Diabetes Mellitus tipo 2 (DM tipo 2). Diabetes tipo 1: O diabetes Tipo 1 (DM1) é uma doença auto-imune caracterizada pela destruição das células beta produtoras de insulina. Isso acontece por engano porque o organismo as identifica como corpos estranhos. A sua ação é uma resposta auto- imune. Este tipo de reação também ocorre em outras doenças, como esclerose múltipla, Lúpus e doenças da tireóide. 27
  • 27. A DM1 surge quando o organismo deixa de produzir insulina (ou produz apenas uma quantidade muito pequena. Quando isso acontece, é preciso tomar insulina para viver e se manter saudável. As pessoas precisam de injeções diárias de insulina para regularizar o metabolismo do açúcar. Pois, sem insulina, a glicose não consegue chegar até as células, que precisam dela para queimar e transformá-la em energia. As altas taxas de glicose acumulada no sangue, com o passar do tempo, podem afetar os olhos, rins, nervos ou coração. A maioria das pessoas com DM1 desenvolve grandes quantidades de auto- anticorpos, que circulam na corrente sanguínea algum tempo antes da doença ser diagnosticada. Os anticorpos são proteínas geradas no organismo para destruir germes ou vírus. Auto-anticorpos são anticorpos com “mau comportamento”, ou seja, eles atacam os próprios tecidos do corpo de uma pessoa. Nos casos de DM1, os auto-anticorpos podem atacar as células que a produzem. Não se sabe ao certo por que as pessoas desenvolvem o DM1. Sabe-se que há casos em que algumas pessoas nascem com genes que as predispõem à doença. Mas outras têm os mesmos genes e não têm diabetes. Pode ser algo próprio do organismo, ou uma causa externa, como por exemplo, uma perda emocional. Ou também alguma agressão por determinados tipos de vírus como o cocsaquie. Outro dado é que, no geral, é mais freqüente em pessoas com menos de 35 anos, mas vale lembrar que ela pode surgir em qualquer idade. Sintomas (DM1) Pessoas com níveis altos ou mal controlados de glicose no sangue podem apresentar: 28
  • 28. • Vontade de urinar diversas vezes; • Fome freqüente; • Sede constante; • Perda de peso; • Fraqueza; • Nervosismo; • Mudanças de humor; • Náusea; • Vômito Diabetes tipo 2 Sabe-se que o diabetes do tipo 2 possui um fator hereditário maior do que no tipo 1. Além disso, há uma grande relação com a obesidade e o sedentarismo. Estima-se que 60% a 90% dos portadores da doença sejam obesos. A incidência é maior após os 40 anos. O diabetes tipo 2 é cerca de 8 a 10 vezes mais comum que o tipo 1 e pode responder ao tratamento com dieta e exercício físico. Outras vezes vai necessitar de medicamentos orais e, por fim, a combinação destes com a insulina. Principais Sintomas: • Infecções freqüentes; • Alteração visual (visão embaçada); • Dificuldade na cicatrização de feridas; • Formigamento nos pés; • Furunculose. 29
  • 29. Hepatite Conceito: a hepatite viral ocorre quando um vírus causa infecção e inflamação do fígado. Os vírus que causam hepatite viral são denominados de vírus da hepatite A, B, C, D e E. Todos esses tipos de vírus causam uma hepatite viral aguda. Porém, os vírus das hepatites B, C e D podem causar infecção crônica e prolongada, às vezes por toda a vida. A Hepatite crônica (ou prolongada) pode causar cirrose, insuficiência hepática (mau funcionamento do fígado) e também câncer hepático. Outros tipos de vírus que menos freqüentemente afetam o fígado e causam hepatite são o citomegalovirus (CMV); Epstein-Barr vírus (EBV), herpes vírus; parvovirus e adenovirus. Os sintomas mais comuns são: • Icterícia: trata-se de uma coloração amarelada da pele e dos olhos. Mal- estar, cansaço ou fadiga. Dor abdominal. Falta de apetite. Diarréia, náuseas ou vômitos. Febre. Dores de cabeça ou dor no corpo. Pode haver urina de coloração escura (cor de coca-cola). Fezes de coloração esbranquiçada (tipo massa de vidraceiro). Os sintomas variam de acordo com o organismo de cada pessoa. Entretanto, algumas pessoas podem não ter sintomas. 30
  • 30. Hepatite A O vírus da hepatite A é mais comumente transmitido através da ingestão de água e alimentos contaminados pelas fezes de pessoas infectadas. Detecção da hepatite A se faz por exame de sangue e não há tratamento específico, esperando-se que o paciente reaja sozinho contra a doença. Normalmente, a hepatite A não se torna crônica. Apesar de existir vacina contra o vírus da hepatite A (HAV), a melhor maneira de evitá-la é pelo saneamento básico, tratamento adequado da água, alimentos bem cozidos e pelo ato de lavar sempre as mãos antes das refeições. Hepatite B O vírus da hepatite tipo B (HBV) é transmitido principalmente por meio do sangue. Usuários de drogas injetáveis e pacientes submetidos à material cirúrgico contaminado e não-descartável estão entre as maiores vítimas, daí o cuidado que se deve ter nas transfusões sangüíneas, no dentista, e em sessões de depilação ou tatuagem. O vírus da hepatite B também pode ser passado pelo contato sexual. Outra forma de contágio ocorre durante o nascimento, seja parto normal ou cesáreo, onde pode haver passagem do vírus da hepatite B da mãe para o feto. Freqüentemente, os sinais e sintomas da hepatite B podem não aparecer inicialmente, e grande parte dos infectados só acaba descobrindo que tem a doença após anos e, muitas vezes, por acaso, em testes realizados de rotina para esse vírus. Ao contrário da hepatite A, a hepatite B evoluir para um quadro crônico e então para uma cirrose ou até câncer de fígado. 31
  • 31. A prevenção da hepatite B inclui: • Controle efetivo de bancos de sangue através da triagem sorológica (exames feitos de rotina no sangue armazenado). • Vacinação contra hepatite B (disponível no SUS). • Uso de imunoglobulina humana antivírus da hepatite B (também disponível no SUS). • Uso de equipamentos de proteção individual pelos profissionais da área da saúde. • Não compartilhamento de alicates de unha, lâminas de barbear e escovas de dente. • Não compartilhamento de seringas e agulhas para uso de drogas. • Como a hepatite B pode ser adquirida através do ato sexual, o uso de preservativos também ajuda na prevenção desta doença. Hepatite C O vírus da hepatite tipo c (HCV) é transmitido principalmente por meio do sangue. Raramente é transmitido por ato sexual ou durante o nascimento. As formas de contágio da hepatite C são muito similares às da hepatite B. O tratamento da hepatite C é feito através de uma medicação chamada de interferon, junto com uma droga antiviral chamada de ribavirina. As formas de prevenção da hepatite C são similares à hepatite B. Porém, não há vacina para a hepatite C. 32
  • 32. Hepatite D A hepatite D é transmitida através de sangue contaminado. Esta doença só ocorre junto com a transmissão da hepatite B, ou em um indivíduo que já seja portador da hepatite B. Ou seja, é preciso haver o vírus da hepatite B para que a hepatite D também seja transmitida. O tratamento da hepatite D é feito com interferon peguilado. As formas de transmissão da hepatite D são similares às da hepatite B. Hepatite E O vírus da hepatite E é transmitido através da ingestão de água e alimentos contaminados pelas fezes de pessoas infectadas. Não há tratamento específico para a hepatite E. Geralmente esta doença é limitada, e espera-se que o organismo do paciente reaja sozinho e fique curado após algumas semanas do contágio. A prevenção é feita com saneamento básico adequado, higiene pessoal, higiene de alimentos e da água. Comparação entre as hepatites As hepatites A e E geralmente são transmitidas através de água e alimentos contaminados. Já as hepatites B, C e D são transmitidas através de sangue contaminado, ato sexual ou ao nascimento. As hepatites A e E geralmente são limitadas, esperando-se que o organismo reaja sozinho contra a doença. Já as hepatites B, C e D são mais sérias e podem se tornar crônicas. Existem remédios para tratamento de hepatites crônicas. As vacinas existem apenas para as hepatites A e B. 33
  • 33. Tuberculose O QUE É TUBERCULOSE (TB)? A tuberculose é uma doença infecciosa causada por um micróbio chamado "bacilo de Koch". É uma doença contagiosa, que atinge principalmente os pulmões, mas pode ocorrer em outras partes do nosso corpo, como nos gânglios, rins, ossos, intestinos e meninges. Quando o doente tosse, fala ou espirra ele espalha no ar gotas pequenas com o micróbio da Tuberculose. Sendo assim, uma pessoa com boa saúde, que respire este ar, pode levar este micróbio para o seu pulmão, acontecendo o contágio. Portanto, a tuberculose não se transmite pelo sexo, pelo sangue contaminado, pelo beijo, pelo copo, pelos talheres, pela roupa, pelo colchão... A Tuberculose SÓ SE TRANSMITE PELO AR. A maior fonte de transmissão da TB é o doente com a doença no pulmão, porque ele elimina bacilos pela tosse, fala e espirro. Por isto as pessoas que convivem com ele, principalmente na mesma casa, antes do início do tratamento correto, são aquelas que têm maior risco de adquirir o bacilo. E os vizinhos? E os colegas de trabalho? E dentro do ônibus? Na escola? As dúvidas são freqüentes e não dá para discutir todas as possibilidades, uma a uma. O certo mesmo é entender como se pega a TB e, a partir daí, o que pode facilitar ou dificultar o contágio. Para isto veja a seguir, 3 (três) situações que facilitam o contágio e o que pode ser feito em cada uma delas, para dificultar que o contágio aconteça. 1ª. Situação: DOENTE BACILÍFERO (que elimina muitos bacilos pela tosse, pelo espirro, pela fala) O QUE FAZER: Iniciar o tratamento o mais rapidamente possível e cobrir a boca ao tossir ou espirrar. 2ª. Situação: AMBIENTE (LOCAL) POUCO AREJADO O QUE FAZER: Abrir portas e janelas. 34
  • 34. 3ª. Situação: MAIOR TEMPO DE CONTATO COM OS DOENTES. QUER DIZER: CONVIVER COM O DOENTE MUITAS HORAS POR DIA ou POR NOITE, DURANTE MUITOS DIAS SEGUIDOS. O QUE FAZER: Procurar orientação na unidade básica de saúde. Por isto, para prevenir a doença, é muito importante identificar rapidamente os pacientes com tuberculose para tratá-los logo, reduzindo a chance de contaminação do ar. Evitando assim, a transmissão do bacilo para outras pessoas. É importante melhorar as condições de habitação para diminuir a chance do contágio. Se há muitas pessoas dormindo no mesmo quarto, em casas mal ventiladas e onde não bate sol, o risco de contágio é muito maior. O sintoma mais freqüente da Tuberculose pulmonar no adulto é a TOSSE. Toda pessoa que apresente tosse que dure 3 semanas ou mais é chamada de SINTOMÁTICO RESPIRATÓRIO e deve ser encaminhada ao médico. Outros sintomas são: febre ao entardecer, suores noturnos, falta de apetite, emagrecimento e cansaço fácil. O doente pode apresentar todos esses sintomas, mas pode ter somente uma tosse que às vezes até passa despercebida. Muitas vezes as pessoas pensam que sua tosse é "comum", porque são fumantes, ou que é uma bronquite ou gripe mal curada, e não dão importância. Todo paciente com tuberculose pode ser curado, desde que siga corretamente as orientações do médico e dos demais profissionais de saúde responsáveis pelo acompanhamento. Na maioria dos casos o tratamento deve ser ambulatorial. Mas, se o diagnóstico não for realizado o mais rápido possível e demore muito tempo para começar o tratamento, o quadro pode se agravar, ou seja, o pulmão pode ficar muito prejudicado pelo bacilo obrigando o paciente a receber cuidados especiais. Uma destas complicações é quando o paciente tosse com muito sangue e nesse caso tem que internar. No caso de tuberculose em outras partes do corpo, é necessária a avaliação do médico para saber se existem complicações ou outras condições que indiquem a internação. Mas, no caso da meningite tuberculosa não tem dúvidas; o paciente precisa ser internado. 35
  • 35. Dengue Denomina-se dengue a enfermidade causada por um arbovírus da família Flaviviridae, gênero Flavivirus, que inclui quatro tipos imunológicos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os outros três. Atualmente, a dengue é a arbovirose mais comum que atinge o homem, sendo responsável por cerca de 100 milhões de casos/ano em população de risco de 2,5 a 3 bilhões de seres humanos. A febre hemorrágica da dengue (FHD) e síndrome de choque da dengue (SCD) atingem pelo menos 500 mil pessoas/ano, apresentando taxa de mortalidade de até 10% para pacientes hospitalizados e 30% para pacientes não tratados. A dengue é transmitida através da picada de uma fêmea contaminada do Aedes aegypti, pois o macho se alimenta apenas de seiva de plantas. Um único mosquito desses em toda a sua vida (45 dias em média) pode contaminar até 300 pessoas. Vetores e transmissão- A transmissão se faz pela picada do mosquito fêmea do Aedes aegypti/albopictus (no Brasil, ocorre com maior frequencia o primeiro) . Após um repasto de sangue infectado, o mosquito está apto a transmitir o vírus, depois de 8 a 12 dias de incubação extrínseca. A transmissão mecânica também é possível, quando o repasto é interrompido e o mosquito, imediatamente, se alimenta num hospedeiro susceptível próximo. Não há transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções com uma pessoa sadia, nem de fontes de água ou alimento. Entre 1º de janeiro e 13 de fevereiro de 2010, foram notificados 108.640 pacientes com a doença, 109% a mais que no mesmo período de 2009. Os estados Mato Grosso do Sul, Acre, Rondônia, Goiás e Mato Grosso respondem por 71% desses casos. As altas temperaturas, grande volume de chuvas e o retorno do tipo 1 do vírus explicam parte da epidemia . Como se pôde observar, a doença foi reconhecida há aproximadamente 200 anos e tem apresentado caráter epidêmico e endêmico variado, tendendo a agravar nos últimos anos. As mudanças na dinâmica de transmissão da dengue podem ser explicadas pela baixa prevalência do vírus até recentemente, quando houve maior disponibilidade de hospedeiros humanos. O aumento da concentração humana em 36
  • 36. ambiente urbano propiciou crescimento substancial da população viral. As linhagens, que surgiram antes das aglomerações e movimentações humanas terem início, tinham poucas chances de causar grandes epidemias e terminavam por falta de hospedeiros susceptíveis . Entretanto, as alterações ambientais de natureza antrópica têm propiciado o deslocamento e/ou dano à fauna e flora, bem como o acúmulo de detritos e de recipientes descartáveis. Paralelamente, as mudanças nas paisagens têm promovido alterações microclimáticas que parecem ter favorecido algumas espécies vetoras, em detrimento de outras, oferecendo abrigos e criadouros, bem como a disponibilidade de hospedeiros. Epidemiologia- O impacto dessa doença sobre a população humana é notado, não só pelo desconforto que causa, como pela perda de vidas, principalmente entre crianças. Na Ásia, é a segunda causa de internamentos hospitalares de crianças. Há, também, prejuízos econômicos expressos em gastos com tratamento, hospitalização, controle dos vetores, absentismo no trabalho e perdas com turismo .O ressurgimento da dengue, em escala global, é atribuído a diversos fatores, ainda não bem conhecidos. Os mais importantes estão relacionados a seguir: 1. as medidas de controle dos vetores de dengue, nos países onde são endêmicos, são poucas ou inexistentes; 2. o crescimento da população humana com grandes mudanças demográficas; 3. a expansão e alteração desordenadas do ambiente urbano, com infraestrutura sanitária deficiente, propiciando o aumento da densidade da população vetora; 4. o aumento acentuado no intercâmbio comercial entre múltiplos países e conseqüente aumento no número de viagens aéreas, marítimas e fluviais, favorecendo a dispersão dos vetores e dos agentes infecciosos. Qualquer que seja a causa, o aumento da variabilidade genética do vírus da dengue é observação que se reveste de extrema importância porque as populações humanas estão sendo expostas a diversas cepas virais, e algumas podem escapar da proteção imunológica obtida com a exposição prévia ao sorotipo. Acresce considerar que podem surgir cepas com patogenicidade e infectividade aumentadas e que populações 37
  • 37. silvestres do vírus dengue, geneticamente diferentes, quando introduzidas em populações de hospedeiros, podem desencadear epidemias. Embora as populações de vírus com seqüências de nucleotídeos conhecidas sejam esparsas, especialmente das populações africanas, encontraram-se quatro genótipos para o DEN-2 e DEN-3 e dois para o DEN-1 e DEN-4, com diversidade máxima de aminoácidos, de aproximadamente 10% para o gene E. Mesmo não se dispondo de amostras históricas para se avaliarem as possíveis alterações genéticas através do tempo, as observações mostram que a variabilidade genética está aumentando. No entanto, o fator de maior preocupação é que a diversidade genética dos quatro subtipos de vírus dengue está provavelmente ligada ao crescimento da população humana, podendo aumentar no futuro. A alta variabilidade genética do vírus pode estar relacionada com o surgimento de casos graves da doença, causados, possivelmente, pelo efeito anticorpo-dependente em resposta a populações virais geneticamente Imunologia Quando uma pessoa é contaminada por um dos 4 vírus torna-se imune a todos os tipos de vírus durante alguns meses e posteriormente mantém-se imune, pelo resto da vida, ao tipo pelo qual foi contaminado. Se voltar a ter dengue, dessa vez um dos outros 3 tipos do vírus, há uma probabilidade maior que a doença seja mais grave que a anterior, mas não é obrigatório que aconteça.A classificação 1, 2, 3 ou 4 não tem qualquer relação com a gravidade da doença, diz respeito à ordem da descoberta dos vírus. Cerca de 90% dos casos de dengue hemorrágica ocorrem em pessoas anteriormente contaminadas por um dos quatro tipos de vírus. Progressão e sintomas-O período de incubação é de três a quinze dias após a picada. Dissemina-se pelo sangue (viremia). Os sintomas iniciais são inespecíficos como febre alta (normalmente entre 38° e 40 °C) de início abrupto, mal-estar, anorexia (pouco apetite), cefaleias, dores musculares e nos olhos. No caso da hemorrágica, após a febre baixar pode provocar gengivorragias e epistáxis (sangramento do nariz), hemorragias internas e coagulação intravascular disseminada, com danos e enfartes em vários órgãos, que são potencialmente mortais. Ocorre freqüentemente também hepatite e por vezes choque mortal devido às hemorragias abundantes para cavidades internas do corpo. Há ainda petéquias (manchas vermelhas na pele), e dores agudas das costas (origem do nome, doença “quebra-ossos”). 38
  • 38. A síndrome de choque hemorrágico da dengue ocorre quando pessoas imunes a um sorotipo devido a infecção passada já resolvida são infectadas por outro sorotipo. Os anticorpos produzidos não são específicos suficientemente para neutralizar o novo sorotipo, mas ligam-se aos virions formando complexos que causam danos endoteliais, produzindo hemorragias mais perigosas que as da infecção inicial. A febre é o principal sintoma. Sinais de Alerta da Dengue Hemorrágica •Dor abdominal contínua •Vômitos persistentes •Hipotensão postural e arterial •Extremidades frias, cianose •Pulso rápido e fino •Agitação e/ou letargia •Diminuição da diurese •Diminuição repentina da temperatura corpórea ou hipotermia •Desconforto respiratório Pacientes que apresentarem um ou mais dos sinais de alerta, acompanhados de evidências As pessoas em áreas endêmicas que têm sintomas como febre alta devem consultar um médico para fazer análises sendo que o diagnóstico normalmente é feito por isolamento viral através de inoculação de soro sanguíneo (IVIS) em culturas celulares ou por sorologia esse procedimento é essencial para saber se o paciente é portador do vírus da dengue. Tratamento-O paciente é aconselhado pelo médico a ficar em repouso e beber líquidos. É importante então evitar a automedicação, porque pode ser perigosa, já que a prescrição médica desaconselha usar remédios à base de ácido acetilsalicílico (AAS), como aspirina ou outros Antinflamatórios não-esteróides (AINEs) normalmente usados para febre, porque eles facilitam a hemorragia. Contudo, caso o nível de plaquetas desça abaixo do nivel funcional mínimo (trombocitopenia) justifica- se a transfusão desses elementos e quanto a outros remédios para a cura, ainda não existem. Prevenção-Controle do mosquito 39
  • 39. O controle é feito basicamente através do combate ao mosquito vetor, principalmente na fase larvar do inseto. Deve-se evitar o acúmulo de água em possíveis locais de desova dos mosquitos. Quanto à prevenção individual da doença, aconselha-se o uso de janelas teladas, além do uso de repelentes.É importante tratar de todos os lugares onde se encontram as fases imaturas do inseto, neste caso, a água. O mosquito da dengue coloca seus ovos em lugares com água parada limpa. Embora na fase larval os insetos estejam na água, os ovos são depositados pela mãe na parede dos recipientes, aguardando a subida do nível da água para eclodirem.Pesquisas recentes mostraram que o uso de borra de café nos locais de potencial proliferação de larvas é extremamente eficiente na aniquilação do mosquito. Cientistas da UNESP de São José do Rio Preto - Estado de São Paulo, descobriram que a larva do Mosquito da Dengue pode ser combatido através de borra de café, já utilizada. Apenas 500 microgramas são necessários para matar a larva do mosquito transmissor, sendo sugerida a utilização de 2 colheres dessa borra para cada meio copo d'água.Um dos principais problemas no combate ao mosquito é localizá-lo. Atualmente, o Ministério da Saúde Brasileiro utiliza o Índice Larvário, um método antigo, do início do século XX, cujas informações são pouco confiáveis e demoradas.O Ministério da Saúde indica que em algumas regiões brasileiras foi detectada resistência do mosquito a larvicidas e inseticidas. Por isso, tem crescido a ideia de utilizar mosquitos transgênicos. A estratégia possui vantagens ecológicas pela diminuição do uso de inseticidas que costumam afetar outras espécies e prejudicar o ambiente . Recentemente, cientistas da Universidade Federal de Minas Gerais desenvolveram um método de monitoramento do mosquito utilizando armadilhas, produto atraente, computadores de mão e mapas georeferenciados. O sistema, chamado M.I. Dengue], permite localizar rapidamente mosquitos nas áreas urbanas, permitindo ações de combate apenas nas áreas afetadas, com aumento da eficiência e economia de recursos. 40
  • 40. Gripe H1n1 A Influenza A H1N1 (comumente conhecida como Gripe Suína) é uma gripe pandêmica que atualmente está acometendo a população de inúmeros países. A doença é causada pelo vírus influenza A H1N1, o qual representa o rearranjo quádruplo de cepas de influenza (02 suínas, 01 aviária e 01 humana).A gripe foi inicialmente detectada no México no final de março de 2009 e desde então se alastrou por diversos países. Desde junho de 2009 a OMS elevou o nível de alerta de pandemia para fase 06, indicando ampla transmissão em pelo menos 02 continentes. Os sinais e sintomas da gripe suína são semelhantes aos da gripe comum, tais como febre, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dor na garganta e fraqueza. Entretanto, diferentemente da gripe comum, ela costuma apresentar complicações em pessoas jovens. Progressão, sintomas e tratamento Diagrama dos sintomas da gripe A (H1N1) no ser humano. 1- Corpo em geral - febre 2- Psicológico - letargia, falta de apetite 3- Nasofaringe - rinorreia, dor de garganta 4- Sistema Respiratório - tosse 5- Gástrico - náuseas, vómitos 6- Intestino - diarréia. Assim como a gripe humana comum, a influenza A (H1N1) apresenta como sintomas febre repentina, fadiga, dores pelo corpo, tosse, coriza, dores de garganta e dificuldades respiratórias. Esse novo surto, aparentemente, também causa mais diarreia e vômitos que a gripe convencional. De acordo com a OMS, os medicamentos antivirais oseltamivir e zanamivir, em testes iniciais mostraram-se efetivos contra o vírus H1N1. Ter hábitos de higiene regulares, como lavar as mãos, é uma das formas de prevenir a transmissão da doença. Além disto, deve-se evitar o contato das mãos com olhos, nariz e boca depois de tocar em superfícies, usar lenços descartáveis ao tossir 41
  • 41. ou espirrar, evitar aglomerações e ambientes fechados e ter hábitos saudáveis como hidratação corporal, alimentação equilibrada e atividade física. Caso ocorra a contaminação, o paciente deve evitar sair de casa até cinco dias após o início dos sintomas, pois este é o período de transmissão da gripe A. Algumas organizações religiosas também orientaram aos fiéis evitar abraços, apertos de mãos ou qualquer outro tipo de contato físico para impedir a dispersão do vírus durante os cultos religiosos. Grupos de risco-Desde que as mortes em decorrência da gripe suína foram identificadas, alguns grupos de risco foram observados. São eles: • Gestantes • Idosos (maiores de 65 anos) - neste grupo existe uma situação especial pois os idosos tem sistema imunológico baixo. • Crianças (menores de 2 anos) • Doentes crônicos • Problemas cardiovasculares, exceto hipertensos • Asmáticos • Portadores de doença obstrutiva crônica • Problemas hepáticos e renais • Doenças metabólicas • Doenças que afetam o sistema imunológic • Obesos Formas de contágio A contaminação se dá da mesma forma que a gripe comum, por via aérea, contato direto com o infectado, ou indireto (através das mãos) com objetos contaminados. Não há contaminação pelo consumo de carne ou produtos suínos. Cozinhar a carne de porco a 70 graus Celsius destrói quaisquer microorganismos patogênicos. Não foram identificados animais (porcos) doentes no local da epidemia (México). Trata-se, possivelmente, de um vírus mutante, com material genético das gripes humana, aviária e suína. 42
  • 42. O Que é AIDS? A AIDS, (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma doença causada pelo HIV (Vírus Da Imunodeficiência Humana), que age destruindo os linfócitos, célula do sangue responsável pela defesa imunológica, tornando organismo menos resistente a uma serie de infecções, as chamadas infecções oportunistas, que debilitam progressivamente a saúde, podendo levar a morte. AIDS é uma DST (Doença Sexualmente Transmissível), já que sua forma principal de transmissão é pela relação sexual, mas pode também ser transmitida de outras formas. Com a progressão da doença e com o comprometimento do sistema imunológico, começam a surgir doenças oportunistas, tais como: turbeculose, pneumonia, alguns tipos de câncer, candidiase e infecções do sistema nervoso. Como uma Pessoa Sabe se é Portadora de HIV? Por meio do teste do HIV. Se a pessoa manteve uma relação sexual sem uso de preservativo com alguém de quem não tem certeza de não ser portador de HIV, deverá fazer o teste três meses após essa relação, pois, caso tenha sido contaminado, há um tempo entre a contaminação e o aparecimento de anticorpos ainda são detectados. Esse teste deve ser feito: Quando a pessoa passou por alguma situação de risco: • Relação sexual sem uso de preservativos com pessoa de quem não tenha absoluta certeza de não ser portadora do vírus. • Compartilhamento de seringas e agulhas, principalmente no uso de drogas injetáveis. • Transfusão de sangue contaminado pelo HIV • Acidentes ocupacionais com objetivo pérfuro-cortantes contaminados com material biológico de origem humana • Toda gestante no pré-natal 43
  • 43. Filho nascido de mãe portadora do HIV e/ou neném que tenha sido amamentado por mulher portadora do vírus HIV. No inicio da era AIDS, os grupos que mais se infectavam com o vírus eram chamados “grupo de Risco”:os homossexuais masculinos,as pessoas que tinham recebido transfusão de sangue e os usuários de drogas injetáveis.Posteriormente ,quando a AIDS começou a se espalhar em outros grupos de pessoas,passou-se a falar em “situação de risco”A AIDS deixou de ser doença de algumas minorias e passou a ser uma ameaça para qualquer pessoa,desde que essa não adotasse as praticas de prevenção.atualmente,com a AIDS atingindo toda a População E também de forma crescente entre as mulheres, fala-se de “feminilização” da AIDS, ou seja,a infecção pelo vírus HIV está se tornando igual entre homens e mulheres.isto porque as relações heterossexuais também se tornaram uma forma importante de transmissão. Não adianta saber, por exemplo, quais são os meios de evitar a contaminação com o vírus, se a pessoa não transforma esse conhecimento em comportamento, colocando em pratica essas medidas. A falta de acesso ao preservativo, por falta de dinheiro para comprá-lo ou por dificuldades de obtê-lo no serviço público, também aumenta a vulnerabilidade. Também fatores sociais como a pobreza, as desigualdades de gênero, raça e outras, a falta de oportunidade de participar nas decisões políticas da comunidade podem interferir na vulnerabilidade das pessoas a AIDS e outras DST’S. Como se pega AIDS: • Pela relação sexual com pessoa contaminada, já que o vírus pode ser transmitido pelo esperma, liquido seminal e liquido vaginal. O sexo anal tem um risco maior, pelo fato de que pode causar pequenos ferimentos, permitindo o contato com o sangue. A presença de mestruação também favorece a transmissão, bem como de algumas DST’S que causam ferimentos nos órgãos genitais, como a sífilis e a herpes genital; • Por meio da transfusão de sangue contaminado. Felizmente hoje em dia, com a realização dos testes sorológicos e controle rigoroso nos bancos de sangue, esta forma de transmissão ta controlada. Doando sangue não se pega AIDS; • Da mãe soro positivo para o bebe, durante a gravidez, parto ou amamentação. É chamada transmissão vertical; 44
  • 44. Por meio do compartilhamento de seringas, agulhas contaminadas. Essa forma de transmissão ocorre, geralmente entre usuários de drogas injetáveis, que compartilham o uso de seringas. Como não se pega AIDS: • Pelo contato ou convivência social com pessoas portadoras do vírus: morar junto compartilha piscina, sauna, creche, escola, trabalho, abraçando, beijando, apertando a mão, usando o mesmo copo ou objetos usados por pessoas portadoras do vírus como: roupas, objetos de escritório, cadeira, telefone, sabonete, toalha de banho, etc. • Usando copos, pratos, talheres mesmo usados por pessoas soro positivam. • Por picada de pernilongos ou outros insetos; • Na masturbação a dois. Como se prevenir da contaminação: • Use camisinhas nas relações sexuais. A camisinha é a melhor forma de prevenir AIDS e DST’S nas relações sexuais. No caso de relação anal é recomendável também o uso de lubrificante para facilitar a penetração não romper o preservativo. Cada um tem o direito de decidir sobre suas preferências sexuais e freqüência com que terá a relação, mas quanto maior o numero de parceiros, maior a chance de contração dessas doenças. • Não compartilhe objetos pessoas que possam ter contato com mucosas ou com sangue: escova de dente, aparelhos de barbear, material de manicure, piercing, etc. • Exija matérias descartáveis ou adequada esterilização de alguns materiais, caso tenha que usá-los. Usuários de drogas injetáveis Os dependentes de drogas devem procurar apoio nos serviços especializados. Enquanto não se livram do uso de drogas, principalmente a de drogas injetáveis, tome precauções para evitar contaminar-se. 45
  • 45. O que São DST’s? São as doenças sexualmente transmissíveis, ou seja, que se tramitem principalmente por meio das relações sexuais. Como saber se tenho uma DST: Ao contrario da AIDS, em que o vírus pode permanecer silencioso durante algum tempo no organismo, as DST’S normalmente se manifestam por sinais e sintomas que incomodam. “Sinais” são fatores que podem ser vistas, “sintomas” são coisas que as pessoas sentem, mas muitas vezes as pessoas podem ter uma DST e não sentir nada, podendo, entretanto, transmiti-lo para seus parceiros sexuais. Toda mulher que já tem vida sexual ativa, deve fazer o exame ginecológico pelo menos uma vez por ano, para fazer o exame de prevenção de câncer de colo de útero “exame de papa Nicolau” e será uma oportunidade de descobrir se tem ou não alguma DST. Corrimentos São secreções amarelas com pus, ou esbranquiçadas ou mesmo esverdeadas. Alguns corrimentos podem apresentar cheiro ruim. Pode não ser percebido pela pessoa, principalmente pelas mulheres. Neste caso, o corrimento só será descoberto no exame ginecológico. No homem pode ser visto com mais facilidade, pois sai pela uretra. 46
  • 46. Feridas São arredondadas e avermelhadas. A pessoa pode ter uma ou mais feridas de tamanhos diferentes, que podem doer ou não. Algumas feridas se iniciam como pequenas bolhas. Nos homens as feridas são mais visíveis, claro, pois aparecem no pênis. Já nas mulheres podem ficar escondidas na vagina. As feridas causadas por DST’S podem aparecer também nos anus e boca, nos casos em que foi praticado sexo anal ou oral. Verrugas São caroços na pele. Não são doloridos, mais podem causar irritação e coceira. São causados por um vírus chamado HPV. Ardência, coceira, Podem ocorrer tanto no homem quanto na mulher. São mais intensos ao urinar ou nas relações sexuais. Desconforto, dor Geralmente sentido um pouco abaixo do umbigo, agravando-se durante as relações sexuais e ao urinar. Principais DST’S Sífilis – causada por uma bactéria, começa com uma ferida “chamada de cancro duro” em geral pouco dolorosa, no pênis, vulva, vagina, colo do útero, anus ou boca, que desaparece espontaneamente após alguns dias, mesmo sem tratamento. Mas o micróbio continua no organismo e volta a se manifestar após alguns meses 47
  • 47. com manchas em varias partes do corpo, inclusive nas palmas das mãos e plantas dos pés. Que também desaparecem após algum tempo. Por fim, se não tratada, pode causar coceira, paralisia, doenças neurológicas e problemas no coração. Pode passar da mãe para o bebe durante a gravidez, causando problemas graves no bebe, por isso toda gestante deve fazer o teste para saber se tem sífilis. Cancro mole – é também chamado de cancro venéreo. Causado por uma bactéria, inicia-se com feridas dolorosas nos órgãos genitais acompanhadas de ínguas (caroços) na virilha, que podem se romper soltando pus. Essas feridas podem aparecer também no anus e mais raramente nos lábios, boca, língua e garganta. É mais comum nos homens. Gonorréia – causada por bactéria, manifesta-se pela saída de pus pelo pênis e dificuldade para urinar, além de coceiras na uretra e mesmo febre. A maioria das mulheres infectadas não apresenta muitos sintomas, podendo ter um corrimento vaginal sem cheiro e sem coceira. Se não for tratada durante o pré -natal, pode ser transmitida ao bebe causando diversos problemas. Na hora do parto pode passar para os olhos do bebe. Candidíase – causada por um fungo, é uma das causas mais comuns de infecção genital. A candidíase causa um corrimento, mas não é doença de transmissão exclusivamente sexual. Causa coceira, ardor ou dor ao urinar e um corrimento branco, com aspecto de leite qualhado, podendo também causar fissuras na vagina. A vagina pode ficar inchada e avermelhada. Algumas situações pré dispõem as pessoas a terem candidíase, como a diabetes, a gravidez, o uso de anti concepcionais, o uso de antibióticos, a obesidade e o uso de roupas muito justas. 48
  • 48. Herpes genital – é causada por um vírus. Apresenta dor, coceira, ardência ou formigamento no órgão genital, seguido do aparecimento de pequenas bolhas que se rompem e dão origem a pequenas feridas dolorosas que saram espontaneamente depois de 3 semanas, porém o vírus continua no organismo voltando a se manifestar periodicamente, principalmente quando o organismo esta debilitado por algum motivo, como stress físico e emocional, exposição excessivo ao sol ou ao uso prolongado de antibióticos. Quando acomete a mulher grávida, pode causar problemas sérios para o bebe. Condiloma acuminado – também chamado de verruga genital. Causada por um vírus (o vírus HPV), forma berrugas que vão se juntando, dando um aspecto de couve flor. Aparece principalmente na glande (a cabeça do pênis), o prepúcio “a pele que cobre a cabeça do pênis” e o orifício da uretra, no homem. Na mulher aparece uma vulva, no períneo, na vagina, e no colo do útero, mais um motivo para as mulheres não deixarem de fazer os exames ginecológicos periódicos. Em ambos os sexos podem aparecer também no anus e no reto, mesmo que não tenha praticado sexo anal. A complicação mais importante, caso essa doença não seja tratada, é que pode proporcionar um aparecimento de câncer do colo de útero e vulva e também do pênis. Pode ser transmitida para o bebe durante o parto. Pediculose do púbis, (chato) – é um piolho que se instala nos pelos dos genitais, e também da região da barriga, anus e coxa, causando coceira. Aproveito o contato das pessoas durante o ato sexual para passar de uma pessoa para outra. A melhor forma de eliminar o chato é raspar os pelos pubianos. Se não resolver dessa forma procure orientação médica. 49
  • 49. Em caso de suspeita de DST: 1- Procure o serviço de saude para passar por consulta médica; 2- Após confirmada a DST pelo médico, procure as pessoas com que teve relações sexuais, pois elas também podem estar contaminadas. Aconselhe essas pessoas a passarem por uma consulta médica; 3- Enquanto estiver com uma DST evite ter relações sexuais, no caso de tê-las use sempre preservativos; 4- Faca o tratamento sempre da forma que o médico indicou; 5- Uma DST que não for tratada ou for tratada de forma errada, poderá causar complicações no futuro, como esterilidade (não poder ter filhos), alguns tipos de câncer, transmissão da doença da mãe para um bebe, etc. 6- Não procure farmácias para resolver o problema, pois o uso de medicamentos sem orientação médica, poderá não curar adequadamente a doença, tornando-a crônica, dando uma falsa impressão de cura. 50
  • 50. Álcool Efeitos A ingestão de álcool provoca diversos efeitos, que aparecem em duas fases distintas: uma estimulante e outra depressora. Nos primeiros momentos após a ingestão de álcool, podem aparecer os efeitos estimulantes, como euforia, desinibição e loquacidade (maior facilidade para falar). Com o passar do tempo, começam a surgir os efeitos depressores, como falta de coordenação motora, descontrole e sono. Quando o consumo é muito exagerado, o efeito depressor fica exacerbado, podendo até mesmo provocar o estado de coma. Os efeitos do álcool variam de intensidade de acordo com as características físicas de cada pessoa. Os indivíduos dependentes do álcool podem desenvolver várias doenças. As mais freqüentes são as relacionadas ao fígado (esteatose hepática, hepatite alcoólica e cirrose). Também são freqüentes problemas do aparelho digestivo (gastrite, síndrome de má absorção e pancreatite) e do sistema cardiovascular (hipertensão e problemas cardíacos). Há, ainda, casos de polineurite alcoólica, caracterizada por dor, formigamento e cãibras nos membros inferiores. A ingestão de álcool, mesmo em pequenas quantidades, diminui a coordenação motora e os reflexos, comprometendo a capacidade de dirigir veículos ou operar outras máquinas. Pesquisas revelam que grande parte dos acidentes é provocada por motoristas que haviam bebido antes de dirigir. 51
  • 51. Alcoolismo Os fatores que podem levar ao alcoolismo são variados, envolvendo aspectos de origem biológica, psicológica e sociocultural. A dependência do álcool é condição freqüente, atingindo cerca de 10% da população adulta brasileira. A transição do beber moderado ao beber problemático ocorre de forma lenta, tendo uma interface que, em geral, leva vários anos. Alguns sinais da dependência do álcool são: desenvolvimento da tolerância, ou seja, a necessidade de beber maiores quantidades de álcool para obter os mesmos efeitos; aumento da importância do álcool na vida da pessoa; percepção do “grande desejo” de beber e da falta de controle em relação a quando parar; síndrome de abstinência (aparecimento de sintomas desagradáveis após ter ficado algumas horas sem beber) e aumento da ingestão de álcool para aliviar essa síndrome. A síndrome de abstinência tem início 6 a 8 horas após a parada da ingestão de álcool, sendo caracterizada por tremor das mãos, acompanhado de distúrbios gastrintestinais, distúrbios do sono e estado de inquietação geral (abstinência leve). Cerca de 5% dos que entram em abstinência leve evoluem para a síndrome de abstinência grave ou delirium tremens que, além da acentuação dos sinais e sintomas anteriormente referidos, se caracteriza por tremores generalizados, agitação intensa e desorientação no tempo e no espaço. 52
  • 52. Tabaco Efeitos Os principais efeitos da nicotina no sistema nervoso central consistem em: elevação leve no humor e diminuição do apetite, considerada um estimulante. Quando uma pessoa fuma um cigarro, a nicotina é imediatamente distribuída pelos tecidos. No sistema digestivo, provoca diminuição da contração do estômago, dificultando a digestão. Há, ainda, aumento da vasoconstrição e da força dos batimentos cardíacos. Alguns fumantes, quando suspendem repentinamente o consumo de cigarros, podem sentir um desejo incontrolável de fumar, irritabilidade, agitação, prisão de ventre, dificuldade de concentração, sudorese, tontura, insônia e dor de cabeça. Esses sintomas caracterizam a síndrome de abstinência, desaparecendo dentro de uma ou duas semanas. A fumaça do cigarro contém um número muito grande de substâncias tóxicas ao organismo. Entre as principais, citamos a nicotina, o monóxido de carbono e o alcatrão. Aspectos gerais O hábito de fumar é muito freqüente na população. A associação do cigarro com imagens de pessoas bem-sucedidas, uma constante nos meios de comunicação. Esse tipo de propaganda é um dos principais fatores que estimulam o uso do cigarro. Por outro lado, os programas de controle do tabagismo vêm recebendo um destaque cada vez maior em diversos países, ganhando apoio de grande parte da população. O INCA (Instituto Nacional de Câncer) é o órgão do Ministério da Saúde responsável pelas ações de controle do tabagismo e prevenção primária de câncer no Brasil, por meio da Coordenação Nacional de Controle do Tabagismo e Prevenção Primária de Câncer (Contapp). O uso intenso e constante de cigarros aumenta a probabilidade de ocorrência de algumas doenças, como, por exemplo, pneumonia, câncer (pulmão, laringe, faringe, esôfago, boca, estômago etc.), infarto de miocárdio, bronquite crônica, enfisema pulmonar, derrame cerebral, úlcera digestiva etc. Entre outros efeitos tóxicos provocados pela nicotina, podemos destacar, ainda, náuseas, dores abdominais, diarréia, vômitos, cefaléia, tontura, braquicardia e fraqueza. 53
  • 53. Maconha Efeitos Os efeitos que a maconha produz sobre o homem, são físicos (ação sobre o próprio corpo ou partes dele) e psíquicos (ação sobre a mente). Esses efeitos sofrerão mudanças de acordo com o tempo de uso que se Consume ou seja, os efeitos são agudos (isto é, quando decorrem apenas algumas horas após fumar) e crônicos (conseqüências que aparecem após o uso continuado por semanas, ou meses ou mesmo anos). Os efeitos físicos agudos são muito poucos: os olhos ficam meio avermelhados e o coração dispara, de 60 a 80 batimentos por minuto pode chegar a 120 a 140 ou até mesmo mais (taquicardia). Dependerão da qualidade da maconha fumada e da sensibilidade de quem fuma. Para uma parte das pessoas, os efeitos são uma sensação de bem-estar acompanhada de calma e relaxamento, sentir-se menos fatigado, vontade de rir Para outras pessoas, os efeitos são mais para o lado desagradável: sentem angústia, ficam aturdidas, temerosas de perder o controle mental, trêmulas, perturbação na capacidade da pessoa em calcular tempo e espaço e um prejuízo de memória e atenção. Quanto aos efeitos na memória, eles se manifestam principalmente na chamada memória a curto prazo, Aumentando-se a dose e/ou dependendo da sensibilidade, os efeitos psíquicos agudos podem chegar até a alterações mais evidentes, com predominância de delírios e alucinações. Os efeitos físicos crônicos da maconha já são de maior gravidade. De fato, com o uso continuado, vários órgãos do corpo são afetados. Os pulmões são um exemplo disso. Não é difícil imaginar como ficarão esses órgãos quando passam a receber cronicamente uma fumaça que é muito irritante, dado ser proveniente de um vegetal que nem chega a ser tratado como o tabaco comum. Essa irritação constante 54
  • 54. leva a problemas respiratórios (bronquites), aliás, como ocorre também com o cigarro comum. Mas o pior é que a fumaça da maconha contém alto teor de alcatrão (maior mesmo que na do cigarro comum) e nele existe uma substância chamada benzopireno, conhecido agente cancerígeno; ainda não está provado cientificamente que o fumante crônico de maconha está sujeito a adquirir câncer dos pulmões com maior facilidade, mas os indícios, em animais de laboratório, de que assim pode ser são cada vez mais fortes. É importante dizer que o homem não fica impotente ou perde o desejo sexual, mas apresenta esterilidade, isto é, fica incapacitado de engravidar sua companheira. Há ainda a considerar os efeitos psíquicos crônicos produzidos pela maconha. Sabe-se que seu uso continuado interfere na capacidade de aprendizagem e memorização e pode induzir a um estado de amotivação, isto é, não sentir vontade de fazer mais nada, Pois tudo fica sem graça e sem importância. Esse efeito crônico da maconha é chamado de síndrome amotivacional. Além disso, a maconha pode levar algumas pessoas a um estado de dependência, isto é, elas passam a organizar sua vida de maneira a facilitar seu vício, e tudo o mais perde seu real valor. 55
  • 55. Pasta de Coca – Crack - Merla Efeitos Os efeitos provocados pela cocaína ocorrem por todas as vias (aspirada, inalada, endovenosa). Assim, o crack e a merla podem produzir aumento das pupilas, que prejudica a visão; é a chamada “visão borrada”. Ainda pode provocar dor no peito, contrações musculares, convulsões e até coma. Mas é sobre o sistema cardiovascular que os efeitos são mais intensos. A pressão arterial pode elevar-se e o coração pode bater muito mais rapidamente. Em casos extremos, chega a produzir parada cardíaca por fibrilação ventricular. A morte também pode ocorrer devido à diminuição de atividade de centros cerebrais que controlam a respiração. O uso crônico da cocaína pode levar a degeneração irreversível dos músculos esqueléticos, conhecida como rabdomiólise. A tendência do usuário é aumentar a dose da droga na tentativa de sentir efeitos mais intensos. Porém, essas quantidades maiores acabam por levar o usuário a comportamento violento, irritabilidade, tremores e atitudes bizarras devido ao aparecimento de paranóia (chamada entre eles de “nóia”). Eventualmente, podem ter alucinações e delírios. A esse conjunto de sintomas dá-se o nome de “psicose cocaínica”. Além dos sintomas descritos, o craquero e o usuário de merla perdem de forma muito marcante o interesse sexual. Aspectos gerais Como ocorre com as anfetaminas (cujos efeitos são semelhantes aos da cocaína), as pessoas que abusam no consumo, relatam a necessidade de aumentar a dose para sentir os mesmos efeitos iniciais de prazer, ou seja, a cocaína induz tolerância. 56
  • 56. É como se o cérebro se “acomodasse” àquela quantidade de droga, necessitando de uma dose maior para produzir os mesmos efeitos prazerosos. Não há descrição convincente de uma síndrome de abstinência quando a pessoa pára de usar cocaína de uma hora para outra: não sente dores pelo corpo, cólicas, náuseas etc. Às vezes pode ocorrer de essa pessoa ficar tomada de grande “fissura”, desejar usar novamente a droga para sentir seus efeitos agradáveis e não para diminuir ou abolir o sofrimento que ocorreria se realmente houvesse uma síndrome de abstinência. No Brasil, a cocaína é a substância mais utilizada pelos usuários de drogas injetáveis (UDIs). Muitas dessas pessoas compartilham agulhas e seringas e expõem- se ao contágio de várias doenças, entre estas hepatites, malária, dengue e Aids. 57
  • 57. Alucinógeno – LSD – Ácido Efeitos O LSD atua produzindo uma série de distorções no funcionamento do cérebro, trazendo como conseqüência uma variada gama de alterações psíquicas. A experiência depende da personalidade do usuário, de suas expectativas quanto ao uso da droga e do ambiente onde esta é ingerida. Enquanto alguns indivíduos experimentam um estado de excitação e atividade, outros se tornam quietos e passivos. O LSD é capaz de produzir distorções na percepção do ambiente – cores, formas e contornos alterados, além de estímulos olfativos e táteis. Logo de início, 10 a 20 minutos após tomá-lo, o pulso pode ficar mais rápido, as pupilas podem ficar dilatadas, além de ocorrer sudoração, e a pessoa pode sentir-se com certa euforia. Aspectos gerais O LSD não leva comumente a estados de dependência e não há descrição de síndrome de abstinência se um usuário crônico pára de consumir a droga. Todavia, assim como outras drogas alucinógenas, pode provocar dependência psíquica ou psicológica, uma vez que a pessoa que habitualmente usa essas substâncias como “remédio para todos os males da vida” acaba por se alienar da realidade do dia-a-dia, aprisionando-se na ilusão do “paraíso na Terra”. O consumo no Brasil, é principalmente por pessoas das classes mais favorecidas. Embora raramente, a polícia apreende, vez por outra, parte das drogas trazidas do Exterior. 58
  • 58. Esteróides e Anabolizantes Efeitos Alguns dos principais efeitos do abuso dos esteróides anabolizantes são: nervosismo, irritação, agressividade, problemas hepáticos, acne, problemas sexuais e cardiovasculares, aumento do HDL (forma boa do colesterol), diminuição da imunidade. Além disso, aqueles que se injetam ainda correm o risco contaminar-se com o vírus da Aids ou da hepatite. Além dos efeitos mencionados, outros também graves podem ocorrer: _ No homem: os testículos diminuem de tamanho, a contagem de espermatozóides é reduzida, impotência, infertilidade, calvície, dificuldade ou dor para urinar e aumento da próstata. _ Na mulher: crescimento de pêlos faciais, alterações ou ausência de ciclo menstrual, aumento do clitóris, voz grossa, diminuição de seios. Alguns desses efeitos são irreversíveis, ou seja, mesmo na ausência do anabolizante não há retorno da condição normal. Usuários, freqüentemente, tornam-se clinicamente deprimidos quando param de tomar a droga, até porque perdem a massa muscular que adquiriram; um sintoma que pode contribuir para a dependência. Os usuários podem experimentar ainda, um ciúme doentio, ilusões, podendo apresentar distorção de juízo em relação a sentimentos de invencibilidade, distração, confusão mental e esquecimentos. Podem desenvolver também distorção de julgamento do próprio corpo (dismorfia corporal), tendo a falsa sensação de que estão com a musculatura pouco desenvolvida. Atletas, treinadores físicos e mesmo médicos relatam que os anabolizantes aumentam significantemente massa muscular, força e resistência. Devido a todos esses efeitos, o Comitê Olímpico Internacional – COI colocou vinte esteróides anabolizantes e compostos relacionados a eles como drogas banidas, ficando o atleta que fizer uso delas sujeito a duras sanções. Os principais esteróides anabolizantes, em sua grande maioria com uso injetável, são: estanozolol, nandrolona, metenolona, oximetolona, nesterolona, oxandrolona, sais de testosterona e boldenona (uso veterinário). Os mais utilizados no Brasil são: estanozolol (Winstrol®) e nandrolona (Deca-Durabolin®). 59
  • 59. Solventes Efeitos O início dos efeitos, após a aspiração, é bastante rápido – de segundos a minutos no máximo – e em 15 a 40 segundos já desaparecem; assim, o usuário repete as aspirações várias vezes para que as sensações durem mais tempo. Os efeitos dos solventes vão desde uma estimulação inicial até depressão, podendo também surgir processos alucinatórios. Entre os efeitos, o predominante é a depressão, principalmente a do funcionamento cerebral. Sabe-se que a aspiração repetida, crônica, dos solventes pode levar à destruição de neurônios, causando lesões irreversíveis no cérebro. Além disso, pessoas que usam solventes cronicamente apresentam-se apáticas, têm dificuldade de concentração e déficit de memória. Quando inalados cronicamente podem levar a lesões da medula óssea, dos rins, do fígado e dos nervos periféricos que controlam os músculos. Estes tornam o coração humano mais sensível a uma substância que o nosso corpo fabrica, a adrenalina, que faz o número de batimentos cardíacos aumentar. Essa adrenalina é liberada toda vez que temos de exercer um esforço extra, como, por exemplo, correr, praticar certos esportes etc. A literatura médica já cita vários casos de morte por arritmia cardíaca, principalmente de adolescentes. Um dos solventes bastante usados nas nossas colas é o n-hexano. Essa substância é muito tóxica para os nervos periféricos, produzindo degeneração progressiva, a ponto de causar transtornos quando andamos, podendo até chegar à paralisia. Há casos de usuários crônicos que, após alguns anos, só podiam se locomover em cadeira de rodas. Aspectos gerais A dependência entre aqueles que abusam cronicamente de solventes é comum, sendo os componentes psíquicos da dependência os mais evidentes. A síndrome de abstinência, embora de pouca intensidade, está presente na interrupção do uso dessas drogas, sendo comum ansiedade, agitação, tremores, cãibras nas pernas e insônia. Pode surgir tolerância à substância, embora não tão dramática em relação a outras drogas (como as anfetaminas, que os dependentes passam a tomar dosem 50- 70 vezes maiores que as iniciais). 60
  • 60. Créditos finais Agradecimentos: Aline Alves Andre Fruchi Ivan Espinosa Luciana Soares Marilena Abdalla Mario Ramos Michelly Abdalla Paula Corina Sarah Diesner Referencias bibliografia: Ministério da saúde; Ministério da saúde- departamento -DST-AIDS e Hepatites Virais; CEBRID- Centro Brasileiro de informações sobre drogas psicotrópicas; Secretaria nacional antidrogas; Secretaria de vigilância em saúde; 61