SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 13
Downloaden Sie, um offline zu lesen
Capítulo 4
Funções de duas variáveis
4.1 Funções de varias variáveis - Definição e exemplos
Definição 1: Chamamos de função real com n variáveis a uma função do tipo
f : D → R com D ⊂ Rn
= R × · · · × R.
Ou seja, uma função cujo domínio D (ou D(f)) é um subconjunto de Rn
e seu contra-
domínio é R.
Exemplo:
1. f : R2
→ R, (x, y) → 2x + 3y
D = R, é uma função real de duas variáveis (é também uma função linear).
2. f : R3
→ R, (x, y, z) → x2
+ 3y + z
D = R3
, é uma função real de três variáveis (é também uma função polinomial)
3. f : R3
− {(0, 0, 0)} → R, (x, y, z) →
2x
x2 + y2 + z2
D = R3
−{(0, 0, 0)} ⊂ R3
é uma função real de três variáveis (é também uma função
racional, isto é, quociente de duas funções polinomiais).
Usamos, também, a notação ( mais resumida) para representar funções reais de n variáveis;
y = f(x1, · · · , xn)
Neste caso D(f) é o conjunto D(f) = {(x1, · · · , xn) ∈ Rn
; f(x1, · · · , xn) ∈ R}
40
4.2 Domínio - Representação Gráfica
Exemplo : Determine e represente geometricamente os domínios das funções
1. f(x, y) = 3x2
+ 1
D(f) = R2
O x
y
Representação gráfica
Figura 1
2. f(x, y) =
3x2
− 1
x2 + y2 + 1
x2
+ y2
+ 1 = 0, não tem solução, logo D(f) = R2
.
Representação gráfica: Figura 1
3. f(x, y) =
3x2
+ y
x2 + y2
x2
+ y2
= 0. Como x2
≥ 0 e y2
≥ 0 então
x2
+ y2
= 0 ⇔ x2
= 0 e y2
= 0
⇔ x = 0 e y = 0.
Logo D(f) = R2
− {(0, 0)}.
x
y
O
Representação gráfica
4. f(x, y) =
x3
x − y
D(f) = {(x, y) ∈ R2
; x − y = 0},
ou seja, todo o plano exceto a 1a
bissetriz.
x
y
O
Representação gráfica
y
=
x
Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 41
5. f(x, y) =
2x + y
√
x2 − y
D(f) = {(x, y) ∈ R2
; x2
> y}
x
y
O
Representação gráfica
y=x2
6. f(x, y) = ln
x − y
y − 1
D(f) = (x, y) ∈ R2
;
x − y
y − 1
> 0
equivalente a x − y > 0 e y − 1 > 0
ou x − y < 0 ou y − 1 < 0.
x
y
O
Representação gráfica
y
=
x
y = 1
7. f(x, y) = arcsec(x2
+ y2
)
D(f) = {(x, y) ∈ R2
; x2
+y2
≤ −1 ou x2
+y2
≥ 1},
ou melhor, como x2
+ y2
≤ −1 não ocorre para
nenhum (x, y) ∈ R2
,
D(f) = {(x, y) ∈ R2
; x2
+ y2
≥ 1}.
x
y
O
Representação gráfica
8. f(x, y) = arccos x2
+
y2
4
D(f) = {(x, y) ∈ R2
; −1 ≤ x2
+
y2
4
≤ 1}, ou
melhor, como −1 ≤ x2
+
y2
4
para todo (x, y) ∈ R2
D(f) = {(x, y) ∈ R2
; x2
+
y2
4
≤ 1}
x
y
Representação gráfica
Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 42
4.3 Construção de gráficos e curvas de nível
Gráfico
Definição: Dado uma função f : D → B seu gráfico é o conjunto {(a, f(a); a ∈ D}.
No caso de funções reais de uma variável temos:
f : D → R; D ⊂ R seu gráfico é uma curva do R2
.
Para uma função de duas variáveis
f : D → R, D ⊂ R2
(x, y) → f(x, y)
O gráfico da função f é uma superfície de R3
.
Exemplo: A esfera x2
+ y2
+ z2
= 1 é uma superfície de R3
que não é gráfico de função
z = f(x, y).
Da equação da esfera tem-se,
z = ± 1 − x2 − y2
Sejam as funções f(x, y) =
√
1 − x2 − y2 e
g(x, y) = −
√
1 − x2 − y2
D(f) = D(g) = {(x, y) ∈ R2
; x2
+ y2
≤ 1}
(O círculo x2
+ y2
= 1 e seu interior)
O gráfico de f é a semi-esfera superior (z ≥ 0)
e o gráfico de g é a semi-esfera inferior (z ≤ 0).
Curvas de nível
Um recurso auxiliar para esboçar gráficos são as curvas de nível da função.
Definição: Dados uma função z = f(x, y) e k ∈ R, a curva de nível de f em z = k é o
conjunto {(x, y) ∈ R2
; f(x, y) = k}. Ou seja, é o conjunto dos elementos do domínio de
f que possuem imagens igual a k. É também a intersecção do gráfico de f com o plano
(paralelo a XOY ) de equação z = k
Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 43
Exemplo 1: Determine e esboce a curva de nível de f(x, y) =
y
x
em z = 2.
A curva de nível é o conjunto dos pontos (x, y) ∈ R2
que satisfazem a
2 =
y
x
⇔ y = 2x com x = 0. Ou seja, trata-se da reta
de equação y = 2x exceto o ponto (0, 0) x
y
Representação gráfica
Exemplo 2: Dada a função
f(x, y) =
x
y2 − 1
determine e represente seu domínio e as suas curvas de nível.
D(f) = {(x, y) ∈ R2
; y = −1 e y = 1} (ou seja, todo
o plano exceto as retas y = 1 e y = −1).
x
y
Representação gráfica
Curvas de nível
Seja a equação
x
y2 − 1
= k que é equivalente a x = k(y2
− 1) com y = 1 e y = −1.
Para k = 0, temos a parábola x = k(y2
− 1) com exceção dos pontos (0, −1) e (0, 1)
Para k = 0 temos x = 0 com y = 1 e y = −1, ou seja, o eixo OY exceto os pontos
(0, 1) e (0, −1).
x
y
Representação gráfica
k ≥ 0
x
y
k < 0
Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 44
Exemplo 3:
I) Determine e represente graficamente.
i) Domínio de f.
ii) Curvas de nível.
iii) Interseções com os planos coordenados.
II) Esboce o gráfico de f usando os itens de I).
Exemplo 3.1 f(x, y) = x2
+ y2
i) D(f) = R2
O x
y
Representação gráfica
Figura 1
ii) Curvas de nível
Seja a equação x2
+ y2
= k. Como x2
≥ 0 e y2
≥ 0 então
– se k < 0 a equação não tem solução. Ou seja, para qualquer k < 0 (abaixo do
plano XOY ) a curva de nível correspondente é o ∅.
– Fazendo k = 0 (intersecção com o plano XOY ), a equação x2
+ y2
= 0 tem
solução x = 0 e y = 0. A curva de nível em z = 0 é (0, 0).
– Fazendo k > 0, a equação x2
+ y2
= k pode ser escrita como
x2
+ y2
= (
√
k)2
Portanto para qualquer k > 0 a curva de nível correspondente é um círculo de
raio
√
k e centro na origem do R2
.
Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 45
x
y
√
kk
k > 0
Representação gráfica das curvas de nível
Como todas as curvas de nível são círculos com centros em (0, 0) concluí-
mos que o gráfico de f(x, y) é uma superfície de revolução em torno de
OZ.
iii) Interseções com os planos coordenados.
–
Ì
XOY : Já foi obtido, corresponde à curva no nível z = 0.
–
Ì
XOZ : Fazendo y = 0 na equação z = x2
+ y2
. obtém-se z = x2
, equação de
uma parábola
–
Ì
Y OZ : Fazendo x = 0 na equação z = x2
+ y2
. obtém-se z = y2
, a parábola
obtida em XOZ.
Concluímos que o gráfico é um parabolóide de revolução
II) Gráfico de f
Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 46
Exemplo 1.2 f(x, y) = 1 − y2
i) D(f) = R2
Representação gráfica de D(f) : Figura 1
ii) Curvas de nível
Seja a equação 1 − y2
= k. Extraindo o valor de y temos y = ±
√
1 − k
– Logo, para k > 1 (isto é, 1 − k < 0 ) a curva de nível correspondente é o vazio.
– Para k = 1 temos y = 0 e x é qualquer. Então a curva de nível é o eixo OX.
– Para k < 1, y assume os dois valores de (∗) e x é qualquer. Então a curva de
nível é constituída das duas retas paralelas a OX, y = −
√
1 − k e y =
√
1 − k.
x
y
√
1 − k
−
√
1 − k
Representação gráfica das curvas de nível
iii) Intersecções com os eixos coordenados
–
Ì
XOY : z = 0 ⇒ 1 − y2
= 0 ⇒ y = ±1. Ou seja, as duas retas y = 1 e
y = −1.
–
Ì
XOZ : y = 0 ⇒ 1 − 02
= z ⇒ z = 1. Ou seja, a reta z = 1.
–
Ì
Y OZ : x = 0 ⇒ 1−y2
= z. Neste caso, no plano Y OZ, temos uma parábola.
II) Gráfico: Trata-se de uma superfície cilíndrica de geratrizes paralelas ao eixo OX
tal que a parábola do plano Y OZ de equação z = 1 − y2
é uma diretriz (é o que
acontece com funções que independem de uma das variáveis x ou y )
Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 47
Exemplo 1.3 f(x, y) = y2
− x2
i) D(f) = R2
Representação gráfica : Figura 1
ii) Curvas de nível
Seja a equação y2
− x2
= k.(∗)
– Se k = 0, temos x2
= y2
⇒ x = y ou x = −y, ou seja, as retas 1a
e 2a
bissetrizes.
– Se k > 0, podemos escrever a equação (∗) como
y2
(
√
k)2
−
x2
(
√
k)2
= 1
Neste caso temos uma hipérbole com focos sobre o eixo OY
– Se k < 0 então −k > 0, podemos escrever a equação (∗) como
x2
(
√
−k)2
−
y2
(
√
−k)2
= 1
Neste caso temos também uma hipérbole com focos sobre o eixo OX
Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 48
x
y
√
k
−
√
k
k > 0
k > 0
√
−k−
√
−k
k < 0k < 0
Representação gráfica das curvas de nível
iii) Intersecções com os planos coordenados
–
Ì
XOY : Já foi obtido, corresponde à curva no nível z = 0.
–
Ì
XOZ : Fazendo y = 0 na equação z = y2
− x2
. obtém-se z = −x2
, equação
de uma parábola
–
Ì
Y OZ : Fazendo x = 0 na equação z = y2
− x2
. obtém-se z = y2
, equação de
uma parábola
II) Gráfico: Trata-se do parabolóide hiperbólico
Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 49
Exemplo 1. 4 f(x, y) = ln
x2
9
+ y2
i) D(f) = {(x, y) ∈ R2
;
x2
9
+ y2
> 0} =
R2
− {(0, 0)}.
O x
y
Representação gráfica
Figura 1
ii) Curvas de nível
Seja a equação
ln
x2
9
+ y2
⇔
x2
9
+ y2
= ek
Como ek
é maior que zero para todo k, então a curva de nível em z = k é a elipse
de equação
x2
(3ek/2)2
+
y2
(ek/2)2
= 1
cujo semi-eixo no eixo OX é sempre três vezes maior que e o semi-eixo no eixo OY .
Representação gráfica
(Ou seja, "quase"uma superfície de revolução)
iii) Intersecções com os planos coordenados
–
Ì
XOY : Significa a curva de nível em z = 0, ou seja a elipse de equação
x2
(3)2
+ y2
= 1
Representação gráfica: Veja figura anterior
–
Ì
XOZ : Fazendo y = 0 na equação z = ln
x2
9
+ y2
= 1
obtém-se z = ln
x2
9
= 2ln |x| − ln 9
Representação gráfica
Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 50
–
Ì
Y OZ : Fazendo x = 0 na equação z = ln
x2
9
+ y2
= 1
obtém-se z = ln (y2
) = 2ln |y|
Representação gráfica
II) Gráfico
OBS: Dada a função z = f(x1, · · · , xn) a superfície de nível de f em z = k é definida de
modo análogo às curvas de nível para n = 2.
Exemplo : Determine e represente graficamente as superfícies de nível da função
f(x, y, z) = x2
+ y2
+ z2
Seja a equação
x2
+ y2
+ z2
= k
• Se k > 0 então temos
x2
+ y2
+ z2
= (
√
k)2
a equação de uma esfera de centro em (0, 0, 0) e raio
√
k.
• Se k = 0 então temos o ponto (0, 0, 0).
• Para Se k < 0 a superfície de nível é o vazio.
Representação gráfica das superfícies de nível
Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 51
4.3.1 Exercícios
[1] Determine o domínio de cada uma das funções abaixo e represente-o graficamente:
(1.1) f(x, y) =
1
x2 − 1
+ y − x2 (1.2) f(x, y) =
√
y2 − 4 ln (x − y)
(1.3) f(x, y) = ln (x2
− y2
) (1.4) f(x, y) = ln
å
x2
+ y2
− 1
x
è
(1.5) f(x, y) = arccos(x − y) (1.6) f(x, y) = arcsec
x2
4
+ y2
[2] Determine o domínio; determine e trace as interseções do gráfico com os planos coor-
denados; determine e trace as curvas de nível; e esboce o gráfico das funções:
(2.1) f(x, y) = 16 − x2
− y2
(2.2) f(x, y) = 9x2
+ 4y2
(2.3) f(x, y) = x2
(2.4) f(x, y) =
1
1 + y2
(2.5) f(x, y) = 8 − 2x − 4y (2.6) f(x, y) =
4
x2 + 4y2
(2.7) f(x, y) = 4
√
x2 + y2
[3] Descreva as curvas/superfícies de nível da cada função:
(3.1) f(x, y) = e−4x2−y2
(3.2) F(x, y, z) = 2x + 3y + 6z
(3.3) F(x, y, z) = x2
− y2
+ z2
Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 52

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Amii a complexa_2011
Amii a complexa_2011Amii a complexa_2011
Amii a complexa_2011Diogo Freire
 
Funcoes varias variaveis
Funcoes varias variaveisFuncoes varias variaveis
Funcoes varias variaveisFilomena Alves
 
Aula 21: Exercícios
Aula 21: ExercíciosAula 21: Exercícios
Aula 21: ExercíciosAdriano Silva
 
Exercícios Resolvidos: Equação da reta tangente
Exercícios Resolvidos: Equação da reta tangenteExercícios Resolvidos: Equação da reta tangente
Exercícios Resolvidos: Equação da reta tangenteDiego Oliveira
 
Tabela completa de derivadas e integrais
Tabela completa de derivadas e integraisTabela completa de derivadas e integrais
Tabela completa de derivadas e integraisDiego Rodrigues Vaz
 
Apost2 exresolvidos retas-planos
Apost2 exresolvidos retas-planosApost2 exresolvidos retas-planos
Apost2 exresolvidos retas-planoscon_seguir
 
Calculo vetorial
Calculo vetorialCalculo vetorial
Calculo vetorialtooonks
 
Curvas de nível
Curvas de nívelCurvas de nível
Curvas de nívelfernando-tn
 
Formulas geral para geometria analitica
Formulas geral para geometria analiticaFormulas geral para geometria analitica
Formulas geral para geometria analiticaElieser Júnio
 
Campo MagnéTico
Campo MagnéTicoCampo MagnéTico
Campo MagnéTicodalgo
 
Aula 14: O poço de potencial infinito
Aula 14: O poço de potencial infinitoAula 14: O poço de potencial infinito
Aula 14: O poço de potencial infinitoAdriano Silva
 
Ponto crítico de uma função derivável
Ponto crítico de uma função derivávelPonto crítico de uma função derivável
Ponto crítico de uma função derivávelAdrianne Mendonça
 

Was ist angesagt? (20)

Calculo a diva fleming solucionário
Calculo a   diva fleming solucionárioCalculo a   diva fleming solucionário
Calculo a diva fleming solucionário
 
Amii a complexa_2011
Amii a complexa_2011Amii a complexa_2011
Amii a complexa_2011
 
Variaveis complexas
Variaveis complexasVariaveis complexas
Variaveis complexas
 
Exercicios resolvidos
Exercicios resolvidosExercicios resolvidos
Exercicios resolvidos
 
Funcoes varias variaveis
Funcoes varias variaveisFuncoes varias variaveis
Funcoes varias variaveis
 
Aula 21: Exercícios
Aula 21: ExercíciosAula 21: Exercícios
Aula 21: Exercícios
 
Aula 01 limites e continuidade
Aula 01   limites e continuidadeAula 01   limites e continuidade
Aula 01 limites e continuidade
 
Exercícios Resolvidos: Equação da reta tangente
Exercícios Resolvidos: Equação da reta tangenteExercícios Resolvidos: Equação da reta tangente
Exercícios Resolvidos: Equação da reta tangente
 
Tabela completa de derivadas e integrais
Tabela completa de derivadas e integraisTabela completa de derivadas e integrais
Tabela completa de derivadas e integrais
 
Apost2 exresolvidos retas-planos
Apost2 exresolvidos retas-planosApost2 exresolvidos retas-planos
Apost2 exresolvidos retas-planos
 
Funções
FunçõesFunções
Funções
 
Equações diferenciais ordinárias
Equações diferenciais ordináriasEquações diferenciais ordinárias
Equações diferenciais ordinárias
 
Calculo vetorial
Calculo vetorialCalculo vetorial
Calculo vetorial
 
Curvas de nível
Curvas de nívelCurvas de nível
Curvas de nível
 
Formulas geral para geometria analitica
Formulas geral para geometria analiticaFormulas geral para geometria analitica
Formulas geral para geometria analitica
 
Campo MagnéTico
Campo MagnéTicoCampo MagnéTico
Campo MagnéTico
 
Aula 14: O poço de potencial infinito
Aula 14: O poço de potencial infinitoAula 14: O poço de potencial infinito
Aula 14: O poço de potencial infinito
 
Derivadas direcionais
Derivadas direcionaisDerivadas direcionais
Derivadas direcionais
 
Ponto crítico de uma função derivável
Ponto crítico de uma função derivávelPonto crítico de uma função derivável
Ponto crítico de uma função derivável
 
Tópico 08 - Derivadas
Tópico 08 - DerivadasTópico 08 - Derivadas
Tópico 08 - Derivadas
 

Ähnlich wie Funções de Duas Variáveis

ApostilaCalcIII.pdf
ApostilaCalcIII.pdfApostilaCalcIII.pdf
ApostilaCalcIII.pdfdaniel167907
 
www.AulasDeMatematicaApoio.com - Matemática - Função Afim
www.AulasDeMatematicaApoio.com  - Matemática - Função Afimwww.AulasDeMatematicaApoio.com  - Matemática - Função Afim
www.AulasDeMatematicaApoio.com - Matemática - Função AfimAulas De Matemática Apoio
 
Função do 2º Grau
Função do 2º GrauFunção do 2º Grau
Função do 2º Grauprofmribeiro
 
www.aulaparticularonline.net.br - Matemática - Função Afim
www.aulaparticularonline.net.br - Matemática -  Função Afimwww.aulaparticularonline.net.br - Matemática -  Função Afim
www.aulaparticularonline.net.br - Matemática - Função AfimLucia Silveira
 
www.AulasDeMatematicaApoio.com.br - Matemática - Função Afim
 www.AulasDeMatematicaApoio.com.br  - Matemática - Função Afim www.AulasDeMatematicaApoio.com.br  - Matemática - Função Afim
www.AulasDeMatematicaApoio.com.br - Matemática - Função AfimBeatriz Góes
 
www.AulasDeMatematicanoRJ.Com.Br -Matemática - Função Afim
 www.AulasDeMatematicanoRJ.Com.Br  -Matemática -  Função Afim www.AulasDeMatematicanoRJ.Com.Br  -Matemática -  Função Afim
www.AulasDeMatematicanoRJ.Com.Br -Matemática - Função AfimClarice Leclaire
 
Aplicações da integração
Aplicações da integraçãoAplicações da integração
Aplicações da integraçãoCarlos Campani
 
FunçãO Do 1º E 2º Grau Autor Antonio Carlos Carneiro Barroso
FunçãO Do 1º  E 2º Grau Autor Antonio Carlos Carneiro BarrosoFunçãO Do 1º  E 2º Grau Autor Antonio Carlos Carneiro Barroso
FunçãO Do 1º E 2º Grau Autor Antonio Carlos Carneiro BarrosoAntonio Carneiro
 
Lista de exercícios 7 - Mat Elem
Lista de exercícios 7 - Mat ElemLista de exercícios 7 - Mat Elem
Lista de exercícios 7 - Mat ElemCarlos Campani
 
ANÁLISE COMPLETA DE UMA FUNÇÃO
ANÁLISE COMPLETA DE UMA FUNÇÃOANÁLISE COMPLETA DE UMA FUNÇÃO
ANÁLISE COMPLETA DE UMA FUNÇÃOCarlos Campani
 
matematica e midias
matematica e midiasmatematica e midias
matematica e midiasiraciva
 

Ähnlich wie Funções de Duas Variáveis (20)

SLIDEScal2 (3).pdf
SLIDEScal2 (3).pdfSLIDEScal2 (3).pdf
SLIDEScal2 (3).pdf
 
ApostilaCalcIII.pdf
ApostilaCalcIII.pdfApostilaCalcIII.pdf
ApostilaCalcIII.pdf
 
Apostila calciii
Apostila calciiiApostila calciii
Apostila calciii
 
Lista 1 fvv1
Lista 1 fvv1Lista 1 fvv1
Lista 1 fvv1
 
Derivadas
DerivadasDerivadas
Derivadas
 
www.AulasDeMatematicaApoio.com - Matemática - Função Afim
www.AulasDeMatematicaApoio.com  - Matemática - Função Afimwww.AulasDeMatematicaApoio.com  - Matemática - Função Afim
www.AulasDeMatematicaApoio.com - Matemática - Função Afim
 
Função do 2º Grau
Função do 2º GrauFunção do 2º Grau
Função do 2º Grau
 
www.aulaparticularonline.net.br - Matemática - Função Afim
www.aulaparticularonline.net.br - Matemática -  Função Afimwww.aulaparticularonline.net.br - Matemática -  Função Afim
www.aulaparticularonline.net.br - Matemática - Função Afim
 
www.AulasDeMatematicaApoio.com.br - Matemática - Função Afim
 www.AulasDeMatematicaApoio.com.br  - Matemática - Função Afim www.AulasDeMatematicaApoio.com.br  - Matemática - Função Afim
www.AulasDeMatematicaApoio.com.br - Matemática - Função Afim
 
www.AulasDeMatematicanoRJ.Com.Br -Matemática - Função Afim
 www.AulasDeMatematicanoRJ.Com.Br  -Matemática -  Função Afim www.AulasDeMatematicanoRJ.Com.Br  -Matemática -  Função Afim
www.AulasDeMatematicanoRJ.Com.Br -Matemática - Função Afim
 
Aplicações da integração
Aplicações da integraçãoAplicações da integração
Aplicações da integração
 
FunçãO Do 1º E 2º Grau Autor Antonio Carlos Carneiro Barroso
FunçãO Do 1º  E 2º Grau Autor Antonio Carlos Carneiro BarrosoFunçãO Do 1º  E 2º Grau Autor Antonio Carlos Carneiro Barroso
FunçãO Do 1º E 2º Grau Autor Antonio Carlos Carneiro Barroso
 
Lista de exercícios 7 - Mat Elem
Lista de exercícios 7 - Mat ElemLista de exercícios 7 - Mat Elem
Lista de exercícios 7 - Mat Elem
 
ANÁLISE COMPLETA DE UMA FUNÇÃO
ANÁLISE COMPLETA DE UMA FUNÇÃOANÁLISE COMPLETA DE UMA FUNÇÃO
ANÁLISE COMPLETA DE UMA FUNÇÃO
 
Derivadas
DerivadasDerivadas
Derivadas
 
Apostila de cálculo 3
Apostila de cálculo 3Apostila de cálculo 3
Apostila de cálculo 3
 
matematica e midias
matematica e midiasmatematica e midias
matematica e midias
 
Funções.saa
Funções.saaFunções.saa
Funções.saa
 
Função do 1º grau
Função do 1º grauFunção do 1º grau
Função do 1º grau
 
Funções
Funções Funções
Funções
 

Mehr von Mércia Regina da Silva

Mercia regina portfólio-interdisciplinar-individual - analise-de-sistemas-1º-...
Mercia regina portfólio-interdisciplinar-individual - analise-de-sistemas-1º-...Mercia regina portfólio-interdisciplinar-individual - analise-de-sistemas-1º-...
Mercia regina portfólio-interdisciplinar-individual - analise-de-sistemas-1º-...Mércia Regina da Silva
 
Confira manual escrever bom texto dissertativo argumentativo.
Confira manual escrever bom texto dissertativo argumentativo.Confira manual escrever bom texto dissertativo argumentativo.
Confira manual escrever bom texto dissertativo argumentativo.Mércia Regina da Silva
 
Separamos 5 aplicativos para melhorar a escrita.
Separamos 5 aplicativos para melhorar a escrita.Separamos 5 aplicativos para melhorar a escrita.
Separamos 5 aplicativos para melhorar a escrita.Mércia Regina da Silva
 

Mehr von Mércia Regina da Silva (20)

Vicmetro
VicmetroVicmetro
Vicmetro
 
Revista piclistbr maio2009
Revista piclistbr maio2009Revista piclistbr maio2009
Revista piclistbr maio2009
 
Revista piclistbr dez2009
Revista piclistbr dez2009Revista piclistbr dez2009
Revista piclistbr dez2009
 
Histerese e indut ncia m-tua
Histerese e indut ncia m-tuaHisterese e indut ncia m-tua
Histerese e indut ncia m-tua
 
Geogebra
GeogebraGeogebra
Geogebra
 
WEG Transformadores.
WEG Transformadores.WEG Transformadores.
WEG Transformadores.
 
Circuitos Resistivos
Circuitos ResistivosCircuitos Resistivos
Circuitos Resistivos
 
Fontes de corrente
Fontes de correnteFontes de corrente
Fontes de corrente
 
Estatística Descritiva
Estatística DescritivaEstatística Descritiva
Estatística Descritiva
 
Mercia regina portfólio-interdisciplinar-individual - analise-de-sistemas-1º-...
Mercia regina portfólio-interdisciplinar-individual - analise-de-sistemas-1º-...Mercia regina portfólio-interdisciplinar-individual - analise-de-sistemas-1º-...
Mercia regina portfólio-interdisciplinar-individual - analise-de-sistemas-1º-...
 
Html manual
Html manualHtml manual
Html manual
 
Apostila html1
Apostila html1Apostila html1
Apostila html1
 
Apresentando o HTML
Apresentando o HTMLApresentando o HTML
Apresentando o HTML
 
Confira manual escrever bom texto dissertativo argumentativo.
Confira manual escrever bom texto dissertativo argumentativo.Confira manual escrever bom texto dissertativo argumentativo.
Confira manual escrever bom texto dissertativo argumentativo.
 
Aplicativos para Escrita.
Aplicativos para Escrita.Aplicativos para Escrita.
Aplicativos para Escrita.
 
Separamos 5 aplicativos para melhorar a escrita.
Separamos 5 aplicativos para melhorar a escrita.Separamos 5 aplicativos para melhorar a escrita.
Separamos 5 aplicativos para melhorar a escrita.
 
Redes
RedesRedes
Redes
 
Redes industriais - Marcelo
Redes industriais - MarceloRedes industriais - Marcelo
Redes industriais - Marcelo
 
Aula pid analogico_interfaces_processo
Aula pid analogico_interfaces_processoAula pid analogico_interfaces_processo
Aula pid analogico_interfaces_processo
 
Controladores - PID
Controladores - PIDControladores - PID
Controladores - PID
 

Funções de Duas Variáveis

  • 1. Capítulo 4 Funções de duas variáveis 4.1 Funções de varias variáveis - Definição e exemplos Definição 1: Chamamos de função real com n variáveis a uma função do tipo f : D → R com D ⊂ Rn = R × · · · × R. Ou seja, uma função cujo domínio D (ou D(f)) é um subconjunto de Rn e seu contra- domínio é R. Exemplo: 1. f : R2 → R, (x, y) → 2x + 3y D = R, é uma função real de duas variáveis (é também uma função linear). 2. f : R3 → R, (x, y, z) → x2 + 3y + z D = R3 , é uma função real de três variáveis (é também uma função polinomial) 3. f : R3 − {(0, 0, 0)} → R, (x, y, z) → 2x x2 + y2 + z2 D = R3 −{(0, 0, 0)} ⊂ R3 é uma função real de três variáveis (é também uma função racional, isto é, quociente de duas funções polinomiais). Usamos, também, a notação ( mais resumida) para representar funções reais de n variáveis; y = f(x1, · · · , xn) Neste caso D(f) é o conjunto D(f) = {(x1, · · · , xn) ∈ Rn ; f(x1, · · · , xn) ∈ R} 40
  • 2. 4.2 Domínio - Representação Gráfica Exemplo : Determine e represente geometricamente os domínios das funções 1. f(x, y) = 3x2 + 1 D(f) = R2 O x y Representação gráfica Figura 1 2. f(x, y) = 3x2 − 1 x2 + y2 + 1 x2 + y2 + 1 = 0, não tem solução, logo D(f) = R2 . Representação gráfica: Figura 1 3. f(x, y) = 3x2 + y x2 + y2 x2 + y2 = 0. Como x2 ≥ 0 e y2 ≥ 0 então x2 + y2 = 0 ⇔ x2 = 0 e y2 = 0 ⇔ x = 0 e y = 0. Logo D(f) = R2 − {(0, 0)}. x y O Representação gráfica 4. f(x, y) = x3 x − y D(f) = {(x, y) ∈ R2 ; x − y = 0}, ou seja, todo o plano exceto a 1a bissetriz. x y O Representação gráfica y = x Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 41
  • 3. 5. f(x, y) = 2x + y √ x2 − y D(f) = {(x, y) ∈ R2 ; x2 > y} x y O Representação gráfica y=x2 6. f(x, y) = ln x − y y − 1 D(f) = (x, y) ∈ R2 ; x − y y − 1 > 0 equivalente a x − y > 0 e y − 1 > 0 ou x − y < 0 ou y − 1 < 0. x y O Representação gráfica y = x y = 1 7. f(x, y) = arcsec(x2 + y2 ) D(f) = {(x, y) ∈ R2 ; x2 +y2 ≤ −1 ou x2 +y2 ≥ 1}, ou melhor, como x2 + y2 ≤ −1 não ocorre para nenhum (x, y) ∈ R2 , D(f) = {(x, y) ∈ R2 ; x2 + y2 ≥ 1}. x y O Representação gráfica 8. f(x, y) = arccos x2 + y2 4 D(f) = {(x, y) ∈ R2 ; −1 ≤ x2 + y2 4 ≤ 1}, ou melhor, como −1 ≤ x2 + y2 4 para todo (x, y) ∈ R2 D(f) = {(x, y) ∈ R2 ; x2 + y2 4 ≤ 1} x y Representação gráfica Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 42
  • 4. 4.3 Construção de gráficos e curvas de nível Gráfico Definição: Dado uma função f : D → B seu gráfico é o conjunto {(a, f(a); a ∈ D}. No caso de funções reais de uma variável temos: f : D → R; D ⊂ R seu gráfico é uma curva do R2 . Para uma função de duas variáveis f : D → R, D ⊂ R2 (x, y) → f(x, y) O gráfico da função f é uma superfície de R3 . Exemplo: A esfera x2 + y2 + z2 = 1 é uma superfície de R3 que não é gráfico de função z = f(x, y). Da equação da esfera tem-se, z = ± 1 − x2 − y2 Sejam as funções f(x, y) = √ 1 − x2 − y2 e g(x, y) = − √ 1 − x2 − y2 D(f) = D(g) = {(x, y) ∈ R2 ; x2 + y2 ≤ 1} (O círculo x2 + y2 = 1 e seu interior) O gráfico de f é a semi-esfera superior (z ≥ 0) e o gráfico de g é a semi-esfera inferior (z ≤ 0). Curvas de nível Um recurso auxiliar para esboçar gráficos são as curvas de nível da função. Definição: Dados uma função z = f(x, y) e k ∈ R, a curva de nível de f em z = k é o conjunto {(x, y) ∈ R2 ; f(x, y) = k}. Ou seja, é o conjunto dos elementos do domínio de f que possuem imagens igual a k. É também a intersecção do gráfico de f com o plano (paralelo a XOY ) de equação z = k Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 43
  • 5. Exemplo 1: Determine e esboce a curva de nível de f(x, y) = y x em z = 2. A curva de nível é o conjunto dos pontos (x, y) ∈ R2 que satisfazem a 2 = y x ⇔ y = 2x com x = 0. Ou seja, trata-se da reta de equação y = 2x exceto o ponto (0, 0) x y Representação gráfica Exemplo 2: Dada a função f(x, y) = x y2 − 1 determine e represente seu domínio e as suas curvas de nível. D(f) = {(x, y) ∈ R2 ; y = −1 e y = 1} (ou seja, todo o plano exceto as retas y = 1 e y = −1). x y Representação gráfica Curvas de nível Seja a equação x y2 − 1 = k que é equivalente a x = k(y2 − 1) com y = 1 e y = −1. Para k = 0, temos a parábola x = k(y2 − 1) com exceção dos pontos (0, −1) e (0, 1) Para k = 0 temos x = 0 com y = 1 e y = −1, ou seja, o eixo OY exceto os pontos (0, 1) e (0, −1). x y Representação gráfica k ≥ 0 x y k < 0 Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 44
  • 6. Exemplo 3: I) Determine e represente graficamente. i) Domínio de f. ii) Curvas de nível. iii) Interseções com os planos coordenados. II) Esboce o gráfico de f usando os itens de I). Exemplo 3.1 f(x, y) = x2 + y2 i) D(f) = R2 O x y Representação gráfica Figura 1 ii) Curvas de nível Seja a equação x2 + y2 = k. Como x2 ≥ 0 e y2 ≥ 0 então – se k < 0 a equação não tem solução. Ou seja, para qualquer k < 0 (abaixo do plano XOY ) a curva de nível correspondente é o ∅. – Fazendo k = 0 (intersecção com o plano XOY ), a equação x2 + y2 = 0 tem solução x = 0 e y = 0. A curva de nível em z = 0 é (0, 0). – Fazendo k > 0, a equação x2 + y2 = k pode ser escrita como x2 + y2 = ( √ k)2 Portanto para qualquer k > 0 a curva de nível correspondente é um círculo de raio √ k e centro na origem do R2 . Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 45
  • 7. x y √ kk k > 0 Representação gráfica das curvas de nível Como todas as curvas de nível são círculos com centros em (0, 0) concluí- mos que o gráfico de f(x, y) é uma superfície de revolução em torno de OZ. iii) Interseções com os planos coordenados. – Ì XOY : Já foi obtido, corresponde à curva no nível z = 0. – Ì XOZ : Fazendo y = 0 na equação z = x2 + y2 . obtém-se z = x2 , equação de uma parábola – Ì Y OZ : Fazendo x = 0 na equação z = x2 + y2 . obtém-se z = y2 , a parábola obtida em XOZ. Concluímos que o gráfico é um parabolóide de revolução II) Gráfico de f Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 46
  • 8. Exemplo 1.2 f(x, y) = 1 − y2 i) D(f) = R2 Representação gráfica de D(f) : Figura 1 ii) Curvas de nível Seja a equação 1 − y2 = k. Extraindo o valor de y temos y = ± √ 1 − k – Logo, para k > 1 (isto é, 1 − k < 0 ) a curva de nível correspondente é o vazio. – Para k = 1 temos y = 0 e x é qualquer. Então a curva de nível é o eixo OX. – Para k < 1, y assume os dois valores de (∗) e x é qualquer. Então a curva de nível é constituída das duas retas paralelas a OX, y = − √ 1 − k e y = √ 1 − k. x y √ 1 − k − √ 1 − k Representação gráfica das curvas de nível iii) Intersecções com os eixos coordenados – Ì XOY : z = 0 ⇒ 1 − y2 = 0 ⇒ y = ±1. Ou seja, as duas retas y = 1 e y = −1. – Ì XOZ : y = 0 ⇒ 1 − 02 = z ⇒ z = 1. Ou seja, a reta z = 1. – Ì Y OZ : x = 0 ⇒ 1−y2 = z. Neste caso, no plano Y OZ, temos uma parábola. II) Gráfico: Trata-se de uma superfície cilíndrica de geratrizes paralelas ao eixo OX tal que a parábola do plano Y OZ de equação z = 1 − y2 é uma diretriz (é o que acontece com funções que independem de uma das variáveis x ou y ) Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 47
  • 9. Exemplo 1.3 f(x, y) = y2 − x2 i) D(f) = R2 Representação gráfica : Figura 1 ii) Curvas de nível Seja a equação y2 − x2 = k.(∗) – Se k = 0, temos x2 = y2 ⇒ x = y ou x = −y, ou seja, as retas 1a e 2a bissetrizes. – Se k > 0, podemos escrever a equação (∗) como y2 ( √ k)2 − x2 ( √ k)2 = 1 Neste caso temos uma hipérbole com focos sobre o eixo OY – Se k < 0 então −k > 0, podemos escrever a equação (∗) como x2 ( √ −k)2 − y2 ( √ −k)2 = 1 Neste caso temos também uma hipérbole com focos sobre o eixo OX Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 48
  • 10. x y √ k − √ k k > 0 k > 0 √ −k− √ −k k < 0k < 0 Representação gráfica das curvas de nível iii) Intersecções com os planos coordenados – Ì XOY : Já foi obtido, corresponde à curva no nível z = 0. – Ì XOZ : Fazendo y = 0 na equação z = y2 − x2 . obtém-se z = −x2 , equação de uma parábola – Ì Y OZ : Fazendo x = 0 na equação z = y2 − x2 . obtém-se z = y2 , equação de uma parábola II) Gráfico: Trata-se do parabolóide hiperbólico Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 49
  • 11. Exemplo 1. 4 f(x, y) = ln x2 9 + y2 i) D(f) = {(x, y) ∈ R2 ; x2 9 + y2 > 0} = R2 − {(0, 0)}. O x y Representação gráfica Figura 1 ii) Curvas de nível Seja a equação ln x2 9 + y2 ⇔ x2 9 + y2 = ek Como ek é maior que zero para todo k, então a curva de nível em z = k é a elipse de equação x2 (3ek/2)2 + y2 (ek/2)2 = 1 cujo semi-eixo no eixo OX é sempre três vezes maior que e o semi-eixo no eixo OY . Representação gráfica (Ou seja, "quase"uma superfície de revolução) iii) Intersecções com os planos coordenados – Ì XOY : Significa a curva de nível em z = 0, ou seja a elipse de equação x2 (3)2 + y2 = 1 Representação gráfica: Veja figura anterior – Ì XOZ : Fazendo y = 0 na equação z = ln x2 9 + y2 = 1 obtém-se z = ln x2 9 = 2ln |x| − ln 9 Representação gráfica Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 50
  • 12. – Ì Y OZ : Fazendo x = 0 na equação z = ln x2 9 + y2 = 1 obtém-se z = ln (y2 ) = 2ln |y| Representação gráfica II) Gráfico OBS: Dada a função z = f(x1, · · · , xn) a superfície de nível de f em z = k é definida de modo análogo às curvas de nível para n = 2. Exemplo : Determine e represente graficamente as superfícies de nível da função f(x, y, z) = x2 + y2 + z2 Seja a equação x2 + y2 + z2 = k • Se k > 0 então temos x2 + y2 + z2 = ( √ k)2 a equação de uma esfera de centro em (0, 0, 0) e raio √ k. • Se k = 0 então temos o ponto (0, 0, 0). • Para Se k < 0 a superfície de nível é o vazio. Representação gráfica das superfícies de nível Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 51
  • 13. 4.3.1 Exercícios [1] Determine o domínio de cada uma das funções abaixo e represente-o graficamente: (1.1) f(x, y) = 1 x2 − 1 + y − x2 (1.2) f(x, y) = √ y2 − 4 ln (x − y) (1.3) f(x, y) = ln (x2 − y2 ) (1.4) f(x, y) = ln å x2 + y2 − 1 x è (1.5) f(x, y) = arccos(x − y) (1.6) f(x, y) = arcsec x2 4 + y2 [2] Determine o domínio; determine e trace as interseções do gráfico com os planos coor- denados; determine e trace as curvas de nível; e esboce o gráfico das funções: (2.1) f(x, y) = 16 − x2 − y2 (2.2) f(x, y) = 9x2 + 4y2 (2.3) f(x, y) = x2 (2.4) f(x, y) = 1 1 + y2 (2.5) f(x, y) = 8 − 2x − 4y (2.6) f(x, y) = 4 x2 + 4y2 (2.7) f(x, y) = 4 √ x2 + y2 [3] Descreva as curvas/superfícies de nível da cada função: (3.1) f(x, y) = e−4x2−y2 (3.2) F(x, y, z) = 2x + 3y + 6z (3.3) F(x, y, z) = x2 − y2 + z2 Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 52