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Pais e Filhos Bater ou dialogar:  qual é a melhor opção? (Grazielle Rocha França, psicóloga) Indiscutivelmente, nós sabemos que crianças e adoles-centes testam seus pais ou qualquer outra pessoa res-ponsável por sua educação. O primeiro importante teste ocorre quando o bebê, sem querer, dá uma mordidinha no seio da mãe. O que ele espera com isso? Que ela lhe dê um tapinha? Não! Que ela diga: “não, não pode! Machuca!”
E quanto aos adolescentes? Também não são diferentes: é a nota baixa na escola, aquele cheiro de cigarro na roupa, o horário para chegar que não foi cum-prido, o dinheiro da mesada torrado na mesma semana, dentre outros exemplos. Tanto as crianças quanto os adolescentes realizam essas pequenas experiências para perceberem se o terreno familiar é seguro ou se estão pisando em areia movediça. Na verdade, eles querem testar se os pais lhes dão os limites que tanto precisam e se a relação é enriquecida com carinho, amor e confiança. Sabemos que os pais são muito diferentes na forma de educar e que isto depende da forma que foram educados.
Deste jeito, alguns reagem aos “tes-tes” com paciência, conversam com seus filhos, questionam, dizem não e explicam o porquê, ou seja, preferem o diálogo como forma de aproximação, negociação e manutenção de uma re-lação bem bacana entre pais e filhos. No entanto, outros pais mais esquentadinhos, sem paciência para escutar, preferem dar um tapa a dialogar. O tapa é o caminho mais curto entre o que se pode ou não fazer, não porque educa e ensina o certo e o errado, mas porque amedronta. A criança que leva umas palmadas realmente fica quieta, obedece momentaneamente porque o tapa dói e aprende que, para conseguir alguma coisa, precisa bater. Então, na escola, passa a bater nos colegas, a exigir o que quer batendo nos outros.
Geralmente, seus pais não sabem por que seus filhos agem assim, não se dão conta que estão, de certa forma,  contribuindo  para tudo isso. Agora vamos imaginar a seguinte cena: na saída da escola, um pai de um adolescente o espera ansioso dentro do carro. Devido à demora do garoto, o pai vai até a sala de aula e o encontra conversando com seus amigos. Num ímpeto de raiva, começa a gritar com seu filho na frente de todos e lhe dá um tapa no rosto, para lhe dizer que estava com pressa. Parece assustador! Pois é! Mas histórias assim já fazem parte do cotidiano escolar.
Se existia uma relação de confiança entre pai e filho, ela ficou despedaçada.  Bater X Dialogar é uma discussão da nossa época. Quando meus avós eram crianças, o diálogo não existia da forma que existe hoje, mas ninguém precisava de um tapa para aprender alguma coisa. Na verdade, o que valia era uma cara feia, um olhar sisudo mandando obedecer, porque os pais, agindo dessa maneira, ensinavam respeito aos mais velhos, davam limites às crianças, afinal eram as autoridades da casa.
Contudo, nos nossos dias, os tapas até estão virando motivo de deboche. Quem nunca viu uma criança dizendo: “pode bater que não dói?” Com tal provocação os pais podem passar das contas, bater mais do que queriam. Há casos em que o descontrole emocional é tanto que “o tapinha” acaba em espancamento. Assim, os pais que batem e são revidados pelos filhos não são mais as autoridades da casa, mas sim os reais agressores.
Mais do que tudo, eles precisam de palavras as-sociadas às ações que lhes ensinem valores e atitudes, para que, a partir desta aprendizagem, possam sozi-nhos fazer suas próprias escolhas.  Crianças e adolescentes não precisam de um tapa. Precisam de um não, seguro e firme e de pais assertivos e carinhosos, que lhes dêem continência e limites, regras claras, que lhes digam pode, não pode, está certo, está errado...
Segundo a psicóloga Jan Hunt, há relação direta entre castigo corporal na infância e comportamentos agressivos  e violentos na ado-lescência e na fase adulta. O castigo físico passa a mensagem injusta e nociva de que “o mais forte sempre tem razão”, de que é permitido ferir alguém, desde que seja menor e menos poderoso que você. Uma vez que as crianças aprendem pelo exemplo dos pais, o castigo físico ensina que bater é um modo correto de exprimir sen-timentos e solucionar problemas. Se uma criança não vê seus pais resolverem dificuldades de um modo criativo, poderá utilizar a agressão como uma forma prática de superar os desafios cotidianos, uma vez que as crianças aprendem pelo exemplo dos pais.
PENSAMENTOS “ Cada criança, ao nascer, nos traz a mensagem de que Deus não perdeu ainda a esperança nos homens.” Rabindranath Tagore   “ Vamos dar às crianças um futuro de paz! É um direito delas ser acolhidas e viver tranquilamente.” João Paulo II   “ É difícil esperar que, um dia, as crianças saibam construir um mundo de paz sem que tenham sido educadas para a paz.” João Paulo II   “ Deixai vir a mim as criancinhas, e não as impeçais, porque delas é o Reino de Deus.” Jesus Cristo
Música: God Sent Me na Angel Imagens: WEB Texto: Grazielle Rocha França, Psicóloga, especialista em Educação Infantil E-mail:  [email_address]   Fonte: Mundo Jovem – um jornal de idéias www.mundojovem.com.br   Formatação: Luiz Carlos do Nascimento [email_address]   www.mensagensvirtuais.com.br

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  • 1. Pais e Filhos Bater ou dialogar: qual é a melhor opção? (Grazielle Rocha França, psicóloga) Indiscutivelmente, nós sabemos que crianças e adoles-centes testam seus pais ou qualquer outra pessoa res-ponsável por sua educação. O primeiro importante teste ocorre quando o bebê, sem querer, dá uma mordidinha no seio da mãe. O que ele espera com isso? Que ela lhe dê um tapinha? Não! Que ela diga: “não, não pode! Machuca!”
  • 2. E quanto aos adolescentes? Também não são diferentes: é a nota baixa na escola, aquele cheiro de cigarro na roupa, o horário para chegar que não foi cum-prido, o dinheiro da mesada torrado na mesma semana, dentre outros exemplos. Tanto as crianças quanto os adolescentes realizam essas pequenas experiências para perceberem se o terreno familiar é seguro ou se estão pisando em areia movediça. Na verdade, eles querem testar se os pais lhes dão os limites que tanto precisam e se a relação é enriquecida com carinho, amor e confiança. Sabemos que os pais são muito diferentes na forma de educar e que isto depende da forma que foram educados.
  • 3. Deste jeito, alguns reagem aos “tes-tes” com paciência, conversam com seus filhos, questionam, dizem não e explicam o porquê, ou seja, preferem o diálogo como forma de aproximação, negociação e manutenção de uma re-lação bem bacana entre pais e filhos. No entanto, outros pais mais esquentadinhos, sem paciência para escutar, preferem dar um tapa a dialogar. O tapa é o caminho mais curto entre o que se pode ou não fazer, não porque educa e ensina o certo e o errado, mas porque amedronta. A criança que leva umas palmadas realmente fica quieta, obedece momentaneamente porque o tapa dói e aprende que, para conseguir alguma coisa, precisa bater. Então, na escola, passa a bater nos colegas, a exigir o que quer batendo nos outros.
  • 4. Geralmente, seus pais não sabem por que seus filhos agem assim, não se dão conta que estão, de certa forma, contribuindo para tudo isso. Agora vamos imaginar a seguinte cena: na saída da escola, um pai de um adolescente o espera ansioso dentro do carro. Devido à demora do garoto, o pai vai até a sala de aula e o encontra conversando com seus amigos. Num ímpeto de raiva, começa a gritar com seu filho na frente de todos e lhe dá um tapa no rosto, para lhe dizer que estava com pressa. Parece assustador! Pois é! Mas histórias assim já fazem parte do cotidiano escolar.
  • 5. Se existia uma relação de confiança entre pai e filho, ela ficou despedaçada. Bater X Dialogar é uma discussão da nossa época. Quando meus avós eram crianças, o diálogo não existia da forma que existe hoje, mas ninguém precisava de um tapa para aprender alguma coisa. Na verdade, o que valia era uma cara feia, um olhar sisudo mandando obedecer, porque os pais, agindo dessa maneira, ensinavam respeito aos mais velhos, davam limites às crianças, afinal eram as autoridades da casa.
  • 6. Contudo, nos nossos dias, os tapas até estão virando motivo de deboche. Quem nunca viu uma criança dizendo: “pode bater que não dói?” Com tal provocação os pais podem passar das contas, bater mais do que queriam. Há casos em que o descontrole emocional é tanto que “o tapinha” acaba em espancamento. Assim, os pais que batem e são revidados pelos filhos não são mais as autoridades da casa, mas sim os reais agressores.
  • 7. Mais do que tudo, eles precisam de palavras as-sociadas às ações que lhes ensinem valores e atitudes, para que, a partir desta aprendizagem, possam sozi-nhos fazer suas próprias escolhas. Crianças e adolescentes não precisam de um tapa. Precisam de um não, seguro e firme e de pais assertivos e carinhosos, que lhes dêem continência e limites, regras claras, que lhes digam pode, não pode, está certo, está errado...
  • 8. Segundo a psicóloga Jan Hunt, há relação direta entre castigo corporal na infância e comportamentos agressivos e violentos na ado-lescência e na fase adulta. O castigo físico passa a mensagem injusta e nociva de que “o mais forte sempre tem razão”, de que é permitido ferir alguém, desde que seja menor e menos poderoso que você. Uma vez que as crianças aprendem pelo exemplo dos pais, o castigo físico ensina que bater é um modo correto de exprimir sen-timentos e solucionar problemas. Se uma criança não vê seus pais resolverem dificuldades de um modo criativo, poderá utilizar a agressão como uma forma prática de superar os desafios cotidianos, uma vez que as crianças aprendem pelo exemplo dos pais.
  • 9. PENSAMENTOS “ Cada criança, ao nascer, nos traz a mensagem de que Deus não perdeu ainda a esperança nos homens.” Rabindranath Tagore “ Vamos dar às crianças um futuro de paz! É um direito delas ser acolhidas e viver tranquilamente.” João Paulo II   “ É difícil esperar que, um dia, as crianças saibam construir um mundo de paz sem que tenham sido educadas para a paz.” João Paulo II   “ Deixai vir a mim as criancinhas, e não as impeçais, porque delas é o Reino de Deus.” Jesus Cristo
  • 10. Música: God Sent Me na Angel Imagens: WEB Texto: Grazielle Rocha França, Psicóloga, especialista em Educação Infantil E-mail: [email_address] Fonte: Mundo Jovem – um jornal de idéias www.mundojovem.com.br Formatação: Luiz Carlos do Nascimento [email_address] www.mensagensvirtuais.com.br