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DISCRIMINAÇÃO  Clique para seguir José Sebastião Martins
Um dia, indo para o meu trabalho, numa esquina, com alguns veículos à minha frente observei que tinha uma pessoa do sexo feminino, aparentando uns 40 anos pedindo auxilio.
Era um dia ensolarado, um calor insuportável e aquela mulher toda coberta, somente com o rosto de fora.
Quanto me aproximei o sinal fechou exatamente com o meu carro na primeira fila. Ao olhar para aquela pedinte fiquei com o coração partido e ele falou mais alto, não hesitei e encostei o carro e desci para falar com ela.
É de ficar indignado como uma pessoa pode sofrer tanto, ter um destino tão marcado assim, sem nada reclamar, enquanto outras vivem, e, dentre elas eu me incluo, num mar de rosas, como se diz popularmente.
Indaguei-lhe, inicialmente, porque do seu corpo todo coberto com aquele calor escaldante, tendo ela me dito: “é porque, meu senhor, eu sou aidética, além de estar muito magra, debilitada, muitas pessoas têm receio de chegar perto de mim”.
E continuou dizendo, “já pedi ajuda em vários lugares e nada consegui, sequer para fazer o tratamento, porque os remédios são caros e nos hospitais públicos nunca há vagas, então, entre uma esquina e outra eu peço auxílio e devo reconhecer que ao contrário do que dizem, existem muitas pessoas de bom coração”.
Sinceramente, aquela cena me comoveu tanto que não pensei duas vezes em convidá-la a entrar no meu carro porque eu iria lhe ajudar.
Como tenho conhecimento em um hospital de minha cidade, não tive dúvida, a levei para lá e pedi que lhe desse todo o tratamento que necessitasse nem que eu tivesse que pagar as despesas.
Imediatamente ela foi internada e lá ficou por mais de 60 dias, sendo que as informações me eram passadas por telefone.
Um dia ao chegar ao meu escritório, logo pela manhãzinha, que é minha rotina, deparei de cara com uma linda moça, ao natural, sem pintura, roupa simples dizendo que queria falar comigo.
Convidei-a para entrar e pedi para sentar, ela foi logo dizendo, não, eu só vim aqui para lhe agradecer. Por um momento fiquei surpreso, imaginando agradecer o que, tendo ela dito, eu sou aquela moça que o senhor me internou no hospital lembra-se!
Confesso que fiquei por uns segundos perplexo, não acreditava no que estava vendo, ou seja, naquela obra de Deus, mas assimilei a situação e perguntei-lhe: o que você pretende fazer de agora em diante, ela me disse, vou procurar um emprego, pois, apesar de saber que minha doença, por enquanto não tem   cura, eu quero viver a vida.
Instantaneamente eu lhe disse, então você está empregada. Hoje ela faz parte do quadro de meus funcionários e é uma das mais eficientes, provando que a DISCRIMINAÇÃO ou o desprezo não podem habitar nosso coração.
Créditos: José Sebastião Martins Texto: José Sebastião Martins  Formatação: José Sebastião Martins Música: Caro Mio Ben - Andre Rieu Imagens: do Autor Data: Julho 2006 e-mail do autor:  [email_address] www.mensagensvirtuais.com.br Clique aqui para sair

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  • 12. Convidei-a para entrar e pedi para sentar, ela foi logo dizendo, não, eu só vim aqui para lhe agradecer. Por um momento fiquei surpreso, imaginando agradecer o que, tendo ela dito, eu sou aquela moça que o senhor me internou no hospital lembra-se!
  • 13. Confesso que fiquei por uns segundos perplexo, não acreditava no que estava vendo, ou seja, naquela obra de Deus, mas assimilei a situação e perguntei-lhe: o que você pretende fazer de agora em diante, ela me disse, vou procurar um emprego, pois, apesar de saber que minha doença, por enquanto não tem cura, eu quero viver a vida.
  • 14. Instantaneamente eu lhe disse, então você está empregada. Hoje ela faz parte do quadro de meus funcionários e é uma das mais eficientes, provando que a DISCRIMINAÇÃO ou o desprezo não podem habitar nosso coração.
  • 15. Créditos: José Sebastião Martins Texto: José Sebastião Martins Formatação: José Sebastião Martins Música: Caro Mio Ben - Andre Rieu Imagens: do Autor Data: Julho 2006 e-mail do autor: [email_address] www.mensagensvirtuais.com.br Clique aqui para sair