O poema descreve crisântemos amarelos vibrantes que iluminam como lâmpadas de ouro. Embora sem perfume, os crisântemos parecem ter o perfume do mel enterrado ou de frutas viscosas. Colocados em um caixão, os crisântemos dão um ar de glória e iluminam o caminho para os Campos Elísios.
2. Os crisântemos são flores
de um amarelo tão vivo,
Tão forte,
Que acendem a casa
Como lâmpadas de ouro
3. Van Gogh aprisionou crisântemos em suas telas,
Deu-lhes contornos de tempestade,
De ondas,
Tentáculos e pistilos;
A tinta amarela escorreu pela sua boca
Como gema de ovo.
4. Os crisântemos não têm perfume
Mas se tivessem
Seria o perfume do mel enterrado nas tumbas,
Dos gomos de uma fruta viscosa,
Dos solos que desprendem pequeninas
chamas de fogo.
5. Os crisântemos parecem de veludo,
Repolhudos feixes de pétalas,
De escamas,
De unhas mortas;
Se os desfolhamos
Cai uma chuva amarela,
Pasto para algum animal de chifres
E olhos doces.
6. Crisântemos no caixão
Dão um ar de glória,
Iluminam o caminho
Que leva aos Campos Elísios.