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Multiplicidade da informação e do jornalismo na web 2.0 Carolina Mandú Leandro Melito
A primeira onda de democratização via web, nos anos 1990 ‘  A verdadeira democracia eletrônica consiste em encorajar,tanto quanto possível – graças as possibilidades de comunicação interativa e coletiva oferecidas pelo ciberespaço -, a expressão e a elaboração dos problemas da cidade pelos próprios cidadãos, a auto organização das comunidades locais, a participação nas deliberações por parte dos grupos diretamente afetados pelas decisões, a transparência das políticas publicas e sua avaliação pelos cidadãos.’ Pierre Lévy
‘ O grande impulso tecnológico para a popularização da Internet nos anos  90, viria com o desenvolvimento da rede multimídia World Wide Web, inventada em 1990 por Tim Berners – Lee, um pesquisador dos laboratórios do “CERN – European Laboratory for Particle Physics”, centro de pesquisas avançadas da Comunidade Européia, em Genebra .’ ‘ A chamada “revolução digital” possibilitou a “popularização” da tecnologia de telecomunicações no início dos anos 90 após décadas de pesquisas e inventos. O catalizador que popiciou a expansão acelerada das redes eletrônicas foi a internet e a Web massificou o acesso a esta mídia.’ (Pedro Ortiz)
BBS  – Bulletin Board System ou Quadros de Avisos Eletrônicos – sistemas de mensagens eletrônicas, trocas de informações, programas, dicas ediscussões temáticas. Ghoper  – poderoso sistema de informações bem organizadas por assuntos e de fácil consulta, mas não tem hipertextos ou recursos gráficos embutidos. WAIS  – uma das partes iniciais da Web, usada por grandes instituições para pesquisar e indexar grandes quantidades de dados. Newsgroups  – grupos de discussão eletrônicos onde informações e opiniões sobre diversos temas podem ser compartilhadas. Usenet  – foi uma das primeiras formas de “correio eletrônico de grupo”. Web  – recurso multimídia – navegação feita através de “hipertextos” que permitem interatividade na navegação online em tempo real. Os “hyperlinks” são como os fios de uma teia, as conexões capilares que formam a World Wide Web.
Multiplicação de fontes “ A internet pode vir a ser nossa primeira esfera pública global, um meio pelo qual a política pode tornar-se realmente participativa, tanto em âmbito regional quanto internacional. E é o primeiro veículo que oferece, aos indivíduos e coletivos independentes de todo o mundo, a chance de comunicar-se, com suas próprias vozes, com uma audiência internacional de milhões de pessoas. Portanto, as possibilidades técnicas são ilimitadas” (Downing, 2002)‏
A redução drástica de custos,estruturas e tempos, na web ‘ Sendo mais barata que outras formas de telecomunicação e propiciando acesso a enormes quantidades de informação, potencialmente a Internet pode diminuir a brecha e o desnível informativo entre muitos países do Norte e a maioria do Sul.’
Movimentos sociais chegam à rede ‏ Oportunidade para comunicação direta entre os países do Sul. Ativistas sociais, ambientalistas, ONGs, movimentos populares e sindicatos de trabalhadores criam redes dentro da rede, intercambiando informações e programando ações conjuntas em diversos países.  Entre 1982 e 1987 surgem várias redes sem fins lucrativos. 1987 – Green Net em Londres passa a colaborar com o Institute for Global Communications (IGC) em São Francisco, responsável pela operação das redes alternativas PeaceNet, EcoNet, ConflictNet e Labor Net. 1989 – NordNet na Suécia, Web no Canadá, AlterNex no Brasil, Nicarao na Nicarágua e Pega-sus na Austrália se unem à iniciativa do IGC e da Green Net. 1990 – APC – Association for Progressive Communications Rede de comunicações anti-NAFTA
Zapatistas “ As estratégicas políticas e de comunicação do ELZN são diferenciais importantes em relação a outras experiências guerrilheiras anteriores, em particular a habilidade que os zapatistas tiveram – e ainda têm – para conquistar espaço nos meios de comunicação convencionais e criar uma eficiente rede de solidariedade e comunicação, combinando as tradições seculares das comunidades indígenas, que são suas bases, aos recursos tecnológicos deste fim de século como a Internet e demais redes eletrônicas.” (Ortiz, 1997)‏
Janeiro de 1994 – guerra de Chiapas ganha espaço na mídia. Comunicados zapatistas do Comitê Clandestino Revolucionário Indígena (CCRI), instância máxima do Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) e outros escritos pelo subcomandante Marcos, começam a circular pelo mundo não só nas páginas dos jornais, revistas e algumas publicações independentes mas também na internet. Jornal “La Jornada” - primeiro a reproduzir a “Declaración de la Selva Lacandona”. Laneta – conexão mexicana via Internet com as redes eletrônicas alternativas ligadas à APC. Multiplicação dos endereços com notícias do conflito, análises, ações de solidariedade  e ensaios.  Relatórios das organizações humanitárias presentes na zona de conflito.
Rede eletrônica de solidariedade Antes da primeira tentativa de negociações entre o EZLN e o governo emails do mundo todo em solidariedade aos defensores de uma saída negociada para o conflito, chegam aos endereços eletrônicos sobre Chiapas. Números de fax e email da presidência da República do México receberam uma avalanche de mensagens. Março de 94 – crescem o número de comunicados ao redor do mundo. Fevereiro de 1995 – governo Mexicano ordena a captura da comandância zapatista e tropas do exército federal invadem as comunidades indígenas. Para driblar o bloqueio militar os zapatistas combinam formas tradicionais de comunicação das comunidades indígenas, os “correios humanos” como os “chasquis” incaicos com a tecnologia de telecomunicações.
!Ya Basta! - primeira página na Web com informações de Chiapas criada pelo estudante de literatura da Universidade da Pennsylvania, Justin Paulson.
A estréia do cidadão comum como produtor da narrativa pública do presente ‘  Em particular a evolução contemporânea da informática constitui uma impressionante  realização do objetivo marxista de apropriação dos meio de produção  pelos próprios produtores. Hoje a ‘produção’ consiste essencialmente e, simular, em tratar a informação, em criar e difundir mensagens, em adquirir e transmitir conhecimentos, em se coordenar em tempo real.’ Pierre Lévy
Surgimento dos blog e blogosfera O blog traz a possibilidade de postagem de textos com alto índice de  Atualização e liberdade. Antes tratado como rede paralela hoje é inserido no  contexto do ‘quinto poder’.
Primeiras plataformas de comunicação compartilhada ,[object Object],[object Object],[object Object]
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A Rede Indymedia é um meio de comunicação referência para os movimentos antiglobalização, e possui sites permanentes e de conteúdo regional em diversos países, com total autonomia para expressar objetivos e temáticas de interesse próprio. Estrutura: Coluna central: artigos que passam por um processo de seleção e edição conjunta pelo coletivo editorial, para ser alçado a este local de maior destaque, trabalho feito quase que totalmente online, através de uma lista de emails. Coluna da direita: textos de publicação livre, onde é aceita qualquer contribuição que se relacione às temáticas listadas na política editorial Manutenção: grupos de trabalho (manutenção técnica, tradução, produção de vídeos, contato e deliberação com coletivos internacionais e o global).
Outras ferramentas ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Delicious – Desenvolvido  por Joshua Schachter entrou no ar no final de 2003 e em 2005 foi adquirido pelo Yahoo!É um serviço online que permite ao usuário pesquisar e salvar bookmarks. Ferramenta para arquivar e catalogar seus sites favoritos que podem ser acessados e compartilhados de qualquer lugar. Podcasts
Redes Sociais – multiplicação das plataformas de produção em rede ‘ Porta Principal’ para a inserção do cidadão na rede como um todo Ferramentas excelentes para comunicação em massa Redes sociais para Marketing  Inserção de redes nas próprias redes Links para divulgação de noticias e textos nas redes sociais Web cidadania
'O ciberespaço converteu-se numa ágora eletrônica global onde a diversidade do descontentamento humano explode numa cacofonia de pronúncias.’ Manuel Castells

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  • 1. Multiplicidade da informação e do jornalismo na web 2.0 Carolina Mandú Leandro Melito
  • 2. A primeira onda de democratização via web, nos anos 1990 ‘ A verdadeira democracia eletrônica consiste em encorajar,tanto quanto possível – graças as possibilidades de comunicação interativa e coletiva oferecidas pelo ciberespaço -, a expressão e a elaboração dos problemas da cidade pelos próprios cidadãos, a auto organização das comunidades locais, a participação nas deliberações por parte dos grupos diretamente afetados pelas decisões, a transparência das políticas publicas e sua avaliação pelos cidadãos.’ Pierre Lévy
  • 3. ‘ O grande impulso tecnológico para a popularização da Internet nos anos 90, viria com o desenvolvimento da rede multimídia World Wide Web, inventada em 1990 por Tim Berners – Lee, um pesquisador dos laboratórios do “CERN – European Laboratory for Particle Physics”, centro de pesquisas avançadas da Comunidade Européia, em Genebra .’ ‘ A chamada “revolução digital” possibilitou a “popularização” da tecnologia de telecomunicações no início dos anos 90 após décadas de pesquisas e inventos. O catalizador que popiciou a expansão acelerada das redes eletrônicas foi a internet e a Web massificou o acesso a esta mídia.’ (Pedro Ortiz)
  • 4. BBS – Bulletin Board System ou Quadros de Avisos Eletrônicos – sistemas de mensagens eletrônicas, trocas de informações, programas, dicas ediscussões temáticas. Ghoper – poderoso sistema de informações bem organizadas por assuntos e de fácil consulta, mas não tem hipertextos ou recursos gráficos embutidos. WAIS – uma das partes iniciais da Web, usada por grandes instituições para pesquisar e indexar grandes quantidades de dados. Newsgroups – grupos de discussão eletrônicos onde informações e opiniões sobre diversos temas podem ser compartilhadas. Usenet – foi uma das primeiras formas de “correio eletrônico de grupo”. Web – recurso multimídia – navegação feita através de “hipertextos” que permitem interatividade na navegação online em tempo real. Os “hyperlinks” são como os fios de uma teia, as conexões capilares que formam a World Wide Web.
  • 5. Multiplicação de fontes “ A internet pode vir a ser nossa primeira esfera pública global, um meio pelo qual a política pode tornar-se realmente participativa, tanto em âmbito regional quanto internacional. E é o primeiro veículo que oferece, aos indivíduos e coletivos independentes de todo o mundo, a chance de comunicar-se, com suas próprias vozes, com uma audiência internacional de milhões de pessoas. Portanto, as possibilidades técnicas são ilimitadas” (Downing, 2002)‏
  • 6. A redução drástica de custos,estruturas e tempos, na web ‘ Sendo mais barata que outras formas de telecomunicação e propiciando acesso a enormes quantidades de informação, potencialmente a Internet pode diminuir a brecha e o desnível informativo entre muitos países do Norte e a maioria do Sul.’
  • 7. Movimentos sociais chegam à rede ‏ Oportunidade para comunicação direta entre os países do Sul. Ativistas sociais, ambientalistas, ONGs, movimentos populares e sindicatos de trabalhadores criam redes dentro da rede, intercambiando informações e programando ações conjuntas em diversos países. Entre 1982 e 1987 surgem várias redes sem fins lucrativos. 1987 – Green Net em Londres passa a colaborar com o Institute for Global Communications (IGC) em São Francisco, responsável pela operação das redes alternativas PeaceNet, EcoNet, ConflictNet e Labor Net. 1989 – NordNet na Suécia, Web no Canadá, AlterNex no Brasil, Nicarao na Nicarágua e Pega-sus na Austrália se unem à iniciativa do IGC e da Green Net. 1990 – APC – Association for Progressive Communications Rede de comunicações anti-NAFTA
  • 8. Zapatistas “ As estratégicas políticas e de comunicação do ELZN são diferenciais importantes em relação a outras experiências guerrilheiras anteriores, em particular a habilidade que os zapatistas tiveram – e ainda têm – para conquistar espaço nos meios de comunicação convencionais e criar uma eficiente rede de solidariedade e comunicação, combinando as tradições seculares das comunidades indígenas, que são suas bases, aos recursos tecnológicos deste fim de século como a Internet e demais redes eletrônicas.” (Ortiz, 1997)‏
  • 9. Janeiro de 1994 – guerra de Chiapas ganha espaço na mídia. Comunicados zapatistas do Comitê Clandestino Revolucionário Indígena (CCRI), instância máxima do Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) e outros escritos pelo subcomandante Marcos, começam a circular pelo mundo não só nas páginas dos jornais, revistas e algumas publicações independentes mas também na internet. Jornal “La Jornada” - primeiro a reproduzir a “Declaración de la Selva Lacandona”. Laneta – conexão mexicana via Internet com as redes eletrônicas alternativas ligadas à APC. Multiplicação dos endereços com notícias do conflito, análises, ações de solidariedade e ensaios. Relatórios das organizações humanitárias presentes na zona de conflito.
  • 10. Rede eletrônica de solidariedade Antes da primeira tentativa de negociações entre o EZLN e o governo emails do mundo todo em solidariedade aos defensores de uma saída negociada para o conflito, chegam aos endereços eletrônicos sobre Chiapas. Números de fax e email da presidência da República do México receberam uma avalanche de mensagens. Março de 94 – crescem o número de comunicados ao redor do mundo. Fevereiro de 1995 – governo Mexicano ordena a captura da comandância zapatista e tropas do exército federal invadem as comunidades indígenas. Para driblar o bloqueio militar os zapatistas combinam formas tradicionais de comunicação das comunidades indígenas, os “correios humanos” como os “chasquis” incaicos com a tecnologia de telecomunicações.
  • 11. !Ya Basta! - primeira página na Web com informações de Chiapas criada pelo estudante de literatura da Universidade da Pennsylvania, Justin Paulson.
  • 12. A estréia do cidadão comum como produtor da narrativa pública do presente ‘ Em particular a evolução contemporânea da informática constitui uma impressionante realização do objetivo marxista de apropriação dos meio de produção pelos próprios produtores. Hoje a ‘produção’ consiste essencialmente e, simular, em tratar a informação, em criar e difundir mensagens, em adquirir e transmitir conhecimentos, em se coordenar em tempo real.’ Pierre Lévy
  • 13. Surgimento dos blog e blogosfera O blog traz a possibilidade de postagem de textos com alto índice de Atualização e liberdade. Antes tratado como rede paralela hoje é inserido no contexto do ‘quinto poder’.
  • 14.
  • 15.
  • 16. A Rede Indymedia é um meio de comunicação referência para os movimentos antiglobalização, e possui sites permanentes e de conteúdo regional em diversos países, com total autonomia para expressar objetivos e temáticas de interesse próprio. Estrutura: Coluna central: artigos que passam por um processo de seleção e edição conjunta pelo coletivo editorial, para ser alçado a este local de maior destaque, trabalho feito quase que totalmente online, através de uma lista de emails. Coluna da direita: textos de publicação livre, onde é aceita qualquer contribuição que se relacione às temáticas listadas na política editorial Manutenção: grupos de trabalho (manutenção técnica, tradução, produção de vídeos, contato e deliberação com coletivos internacionais e o global).
  • 17.
  • 18. Delicious – Desenvolvido por Joshua Schachter entrou no ar no final de 2003 e em 2005 foi adquirido pelo Yahoo!É um serviço online que permite ao usuário pesquisar e salvar bookmarks. Ferramenta para arquivar e catalogar seus sites favoritos que podem ser acessados e compartilhados de qualquer lugar. Podcasts
  • 19. Redes Sociais – multiplicação das plataformas de produção em rede ‘ Porta Principal’ para a inserção do cidadão na rede como um todo Ferramentas excelentes para comunicação em massa Redes sociais para Marketing Inserção de redes nas próprias redes Links para divulgação de noticias e textos nas redes sociais Web cidadania
  • 20. 'O ciberespaço converteu-se numa ágora eletrônica global onde a diversidade do descontentamento humano explode numa cacofonia de pronúncias.’ Manuel Castells