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ÉTICA CRISTÃ MEDIEVAL
Professora Késia
Email: kesiapassos@gmail.com
1 – RAZÃO E FÉ
- Paganismo e Cristianismo
* Toda a produção intelectual da
Antiguidade apresentava diferenças
profundas em ralação ao pensamento
cristão, pois a herança cultural greco-
romana era pagã, contrapondo-se ao
espiritualismo cristão.
Pagão: aquele que
não foi batizado.
Assim eram
chamados os não
cristãos.
As diferenças...
Religião Grega: politeísta
* Apesar de os filósofos clássicos terem refletido sobre um princípio
ordenador de todas as coisas, tratava-se de um reconhecimento
puramente intelectual.
Por exemplo, para:
Platão: é Demiurgo que ordenava o caos;
Aristóteles: é o Primeiro Motor Imóvel
Além disso...
A lei moral para os gregos derivava da
própria natureza, para os cristãos a lei é um
mandamento divino e a desobediência
constitui o pecado.
*Novidade inserida pelo cristianismo:
“ressurreição dos mortos”, pela qual, no
final dos tempos, corpo e alma terão vida
eterna no paraíso e no inferno.
2 - PATRÍSTICA
* Do século II ao V, sendo simultânea ao período de
declínio do Império Romano durante a Antiguidade.
- Os primeiros padres da Igreja, os
apologistas (combater as heresias e
justificar a fé);
- o auge da patrística, com Agostinho de
Hipona (séc. IV e V).
3 – AGOSTINHO, bispo de Hipona
O principal nome da
patrística foi Agostinho de
Tagaste (354 – 430), ou
Santo Agostinho, bispo de
Hipona (África).
3.1 – O “homem interior”
Em seu livro “Confissões”...
Agostinho relata a luta interna que
culminou com sua conversão ao
Cristianismo.
“homem interior” = subjetividade
3.2 – O “livre – arbítrio”
*Agostinho foi o primeiro a usar o conceito de livre-arbítrio.
Livre-arbítrio como faculdade da razão e
da vontade.
Exemplo:
Por mais que desejasse continuar desfrutando
os prazeres mundanos, a vontade de mudar
deveria prevalecer.
3.2 – O bem e o mal
*Agostinho pertenceu à seita dos maniqueus, uma religião
persa fundada por Mani (ou Mane).
Os maniqueístas afirmavam que o mundo
resulta de dois princípios antagônicos:
MAL
BEM
Para Agostinho...
O mal não tem uma existência real!
O mal seria uma carência ou ausência de
bem.
De maneira que, se vemos algo ou alguém que
se corrompe, é porque antes era bom, senão,
não poderia se corromper.
3.3 – Deus: a teoria da
iluminação
*Agostinho aceita a dicotomia platônica entre “mundo
sensível” e “mundo inteligível”, mas substitui esse último pelas
ideias divinas.
Segundo Agostinho, a alma é capaz de
intuir verdades absolutas e imutáveis.
Deus = perfeito e imutável
Homem = Imperfeito e inconstante
3.4 – Prova da existência de
Deus
Pois...
Se a mente, que é imperfeita, intui verdades
imutáveis, é porque existe a verdade
imutável, que é Deus.
Dessa forma...
TEORIA DA ILUMINAÇÃO
Segundo a qual, possuímos as
verdades eternas porque a recebemos de
Deus. Como o Sol, Deus ilumina a razão
e torna possível o pensar correto.
4 – TOMÁS DE AQUINO
- São Tomás (1225 – 1274), nasce na
cidade de Aquino;
- Aquino resgata a concepção política do
aristolelismo, onde:
Estado = ordenador das
necessidades humanas
Para justificar o poder do
Estado, juntou fé e razão,
portanto, Estado e Igreja.
Para Aquino...
- O Estado pode conduzir o
povo as noções de justiça e
de ordem, que vão ao
encontro da teologia
católica.
O poder político vem de
Deus!
Mas a lógica do poder, a
razão de ser, está atrelada
às necessidades do homem
de prover bem-estar e sua
realização terrena.
A lei é a orientação racional das ações
humanas, evitando excessos e as
desmedidas, base da felicidade do
homem.
Lei Eterna
Plano racional de
Deus
Ordem existente no
Universo
Lei Natural
Lei revelada pela
natureza.
Lei Divina
Lei eterna revelada
nas Escrituras
Sagradas.Lei Humana
Moral reguladora da
conduta humana. Lei
jurídica.
O poder temporal deve
então guiar o homem até
certo estado de bem-
estar!
- O homem terá condições de se
dedicar à dimensão espiritual e à
salvação de sua alma. (a cargo da
Igreja).
Desse modo...
A obediência à moralidade
cristã, a subserviência ao
sumo pontífice, o respeito
aos ditames e o seguimentos
deles e o magistério da
Igreja, eram condições de
possibilidade para o exercício
da ética.

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Aquino e Agostinho

  • 1. ÉTICA CRISTÃ MEDIEVAL Professora Késia Email: kesiapassos@gmail.com
  • 2. 1 – RAZÃO E FÉ - Paganismo e Cristianismo * Toda a produção intelectual da Antiguidade apresentava diferenças profundas em ralação ao pensamento cristão, pois a herança cultural greco- romana era pagã, contrapondo-se ao espiritualismo cristão. Pagão: aquele que não foi batizado. Assim eram chamados os não cristãos.
  • 3. As diferenças... Religião Grega: politeísta * Apesar de os filósofos clássicos terem refletido sobre um princípio ordenador de todas as coisas, tratava-se de um reconhecimento puramente intelectual. Por exemplo, para: Platão: é Demiurgo que ordenava o caos; Aristóteles: é o Primeiro Motor Imóvel
  • 4. Além disso... A lei moral para os gregos derivava da própria natureza, para os cristãos a lei é um mandamento divino e a desobediência constitui o pecado. *Novidade inserida pelo cristianismo: “ressurreição dos mortos”, pela qual, no final dos tempos, corpo e alma terão vida eterna no paraíso e no inferno.
  • 5. 2 - PATRÍSTICA * Do século II ao V, sendo simultânea ao período de declínio do Império Romano durante a Antiguidade. - Os primeiros padres da Igreja, os apologistas (combater as heresias e justificar a fé); - o auge da patrística, com Agostinho de Hipona (séc. IV e V).
  • 6. 3 – AGOSTINHO, bispo de Hipona O principal nome da patrística foi Agostinho de Tagaste (354 – 430), ou Santo Agostinho, bispo de Hipona (África).
  • 7. 3.1 – O “homem interior” Em seu livro “Confissões”... Agostinho relata a luta interna que culminou com sua conversão ao Cristianismo. “homem interior” = subjetividade
  • 8. 3.2 – O “livre – arbítrio” *Agostinho foi o primeiro a usar o conceito de livre-arbítrio. Livre-arbítrio como faculdade da razão e da vontade. Exemplo: Por mais que desejasse continuar desfrutando os prazeres mundanos, a vontade de mudar deveria prevalecer.
  • 9. 3.2 – O bem e o mal *Agostinho pertenceu à seita dos maniqueus, uma religião persa fundada por Mani (ou Mane). Os maniqueístas afirmavam que o mundo resulta de dois princípios antagônicos: MAL BEM
  • 10. Para Agostinho... O mal não tem uma existência real! O mal seria uma carência ou ausência de bem. De maneira que, se vemos algo ou alguém que se corrompe, é porque antes era bom, senão, não poderia se corromper.
  • 11. 3.3 – Deus: a teoria da iluminação *Agostinho aceita a dicotomia platônica entre “mundo sensível” e “mundo inteligível”, mas substitui esse último pelas ideias divinas. Segundo Agostinho, a alma é capaz de intuir verdades absolutas e imutáveis. Deus = perfeito e imutável Homem = Imperfeito e inconstante
  • 12. 3.4 – Prova da existência de Deus Pois... Se a mente, que é imperfeita, intui verdades imutáveis, é porque existe a verdade imutável, que é Deus.
  • 13. Dessa forma... TEORIA DA ILUMINAÇÃO Segundo a qual, possuímos as verdades eternas porque a recebemos de Deus. Como o Sol, Deus ilumina a razão e torna possível o pensar correto.
  • 14. 4 – TOMÁS DE AQUINO - São Tomás (1225 – 1274), nasce na cidade de Aquino; - Aquino resgata a concepção política do aristolelismo, onde:
  • 15. Estado = ordenador das necessidades humanas Para justificar o poder do Estado, juntou fé e razão, portanto, Estado e Igreja.
  • 16. Para Aquino... - O Estado pode conduzir o povo as noções de justiça e de ordem, que vão ao encontro da teologia católica.
  • 17. O poder político vem de Deus! Mas a lógica do poder, a razão de ser, está atrelada às necessidades do homem de prover bem-estar e sua realização terrena.
  • 18. A lei é a orientação racional das ações humanas, evitando excessos e as desmedidas, base da felicidade do homem. Lei Eterna Plano racional de Deus Ordem existente no Universo Lei Natural Lei revelada pela natureza. Lei Divina Lei eterna revelada nas Escrituras Sagradas.Lei Humana Moral reguladora da conduta humana. Lei jurídica.
  • 19. O poder temporal deve então guiar o homem até certo estado de bem- estar! - O homem terá condições de se dedicar à dimensão espiritual e à salvação de sua alma. (a cargo da Igreja).
  • 20. Desse modo... A obediência à moralidade cristã, a subserviência ao sumo pontífice, o respeito aos ditames e o seguimentos deles e o magistério da Igreja, eram condições de possibilidade para o exercício da ética.