O futuro do consumo colaborativo no Brasil: cenários para 2022
1. UM OLHAR DA INVENTTA E DO HUB SÃO PAULO:
CENÁRIOS DO CONSUMO COLABORATIVO NO BRASIL PARA 2022
Lívia Fioravanti
1. INTRODUÇÃO
O consumo colaborativo é uma tendência global, que
vem crescendo cada vez mais na Europa e nos Estados
Unidos, alavancado, principalmente, pelo aumento da
conscientização ambiental, pelo acesso à tecnologia
que permite maior conexão entre as pessoas, e pela
crise mundial.
De acordo com o livro referência neste tema, “What’s
Mine is Yours: The Rise of Collaborative Consumption”,
de Rachel Botsman e Roo Rogers, o Consumo
Colaborativo (CC) “refere-se à expansão das práticas
de compartilhamento, troca, empréstimo, intercâmbio,
aluguel e doação, reinventados por meio da tecnologia
de rede em uma escala e de uma maneira sem
precedentes”.
Apesar de ser uma iniciativa tímida no Brasil, novos negócios de consumo
colaborativo vêm surgindo com frequência. Isto nos fez perguntar: “Será
que o consumo colaborativo ganhará força no país? Será que o brasileiro
adotará esta nova forma de consumo, ou ele continuará sendo praticado
por um grupo pequeno de pessoas?”
Para tentar responder a estas questões, a Inventta – empresa de
consultoria em Gestão da Inovação – e o Hub São Paulo realizaram um
exercício de cenários prospectivos. Através da construção de cenários,
foram desenhados alguns caminhos possíveis de desenvolvimento do
consumo colaborativo no Brasil para 2022. O objetivo é que estas imagens
do futuro possam gerar uma reflexão, e ser o primeiro mapa do amanhã
para reduzir as incertezas e orientar ações do governo, de empresas e de
empreendedores simpatizantes do modelo de consumo colaborativo. É
importante dizer que neste artigo não trazemos uma única resposta, e
nem pretendemos que estas respostas sejam exatas e precisas em sua
totalidade.
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2. 2. METODOLOGIA ADOTADA PARA A CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS
PROSPECTIVOS
Hoje, o ambiente de negócios está extremamente volátil e em constante
Para saber mais, leia: transição, e a antecipação do futuro pode ser um diferencial entre o
Cenários Prospectivos, como
construir um futuro melhor, sucesso e o fracasso de uma empresa. Cenários prospectivos são visões
Elaine Coutinho Marcial e de futuro, e são considerados umas das ferramentas de análise mais
Raul José dos Santos Grumbach,
4ª edição.
importantes para a definição de estratégias em ambientes turbulentos
e incertos.
É importante destacar que cenários não são predições do que irá
acontecer, mas descrições, obtidas de forma sistemática, de como o futuro
pode se desenvolver. Eles devem ser baseados em hipóteses plausíveis,
consistentes e interessantes para que as pessoas possam compreender
os problemas, desafios e oportunidades que o futuro pode trazer.
Para a construção dos cenários propostos neste artigo, foi definido
primeiramente o tema, Consumo Colaborativo no Brasil, e a janela de
tempo de 10 anos. Em seguida, foi utilizada a seguinte metodologia de
construção de cenários prospectivos:
Metodologia para construção de cenários
Preparação
Base para início das atividades
Identificação do problema, definição do tema e espaço temporal,
Análise do ambiente busca por referências bibliogáficas e material suporte.
Identificação dos drivers
Estabelecimentos das forças que podem afetar as mudanças
Prognóstico (população, crescimento econômico, desenvolvimento tecnológico,
estilos de vida, etc).
Desenvolvimento das trajetórias
Detecção das tendências/possibilidades dentro de cada
Desenvolvimento dos cenários driver que determinarão o futuro do tema em estudo.
Desenvolvimento dos cenários
Resumo de cada cenário em uma história ou narrativa, definindo os
Análise de pontos críticos impactos que terão no seu negócio ou no meio externo.
Fonte: Inventta
Etapa: Identificação dos drivers
As forças (ou drivers) que podem influenciar o futuro, com relação
ao tema escolhido, foram exploradas e definidas de acordo com uma
pesquisa prévia (revisão bibliográfica) e discussões em grupo. Estes
drivers foram definidos seguindo uma análise STEEPV, que ajuda a
identificar e a classificar os drivers que tem, ou podem possuir, um
impacto na evolução do tema em estudo. A análise STEEPV é baseada na
classificação dos drivers nas seguintes questões:
• Sociais; • Econômicos; • Políticos;
• Tecnológicos; • Environmental (ambientais); • Valores pessoais.
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3. Durante o processo, foram explorados 22 drivers que podem afetar o
Foram escolhidos os drivers consumo colaborativo no Brasil, mas somente 7 foram selecionados
mais impactantes, ou aqueles
em que os desdobramentos para serem estudados nas etapas posteriores. O processo de seleção
são mais incertos foi baseado na escolha dos drivers mais impactantes para o tema em
questão, ou aqueles em que os desdobramentos são mais incertos para
o tema em questão.
7 drivers
22 drivers que mais
que podem afetar o poderão
consumo colaborativo impactar
o consumo
colaborativo
Os 7 drivers principais
O comportamento virtual irá se transpor para nossas vidas reais?
Virtual x Real
O conceito da nuvem virtual fará parte também de nossas vidas reais?
Geração de novos negócios Teremos empreendimentos estruturados em torno do conceito
baseado no modelo colaborativo de consumo colaborativo?
Grau de adeptos ao
Como as classes A, B, C e D enxergarão o consumo colaborativo?
consumo colaborativo
Não se trata tanto de o que produzimos, mas de como produzimos.
Economia do Conhecimento x
Como a nossa econômia em 2022 se desenvolverá? Estará baseada em quê?
Economia de Produção
Somos trabalhadores do conhecimento?
O que a população brasileira valorizará?
Experiência x Posse
Será mais importante a posse ou o acesso?
Do EU para o NÓS O “nós” será coletivo; ou existirá só em tribos?
Consciência ambiental x A população brasileira terá consciência ambiental?
comportamento Se sim, ela estará agindo de forma coerente?
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4. Etapa: Desenvolvimento das trajetórias
Trajetórias são hipóteses As possíveis trajetórias para cada driver foram estabelecidas e
plausíveis de como o
futuro pode se desenvolver
descritas. Trajetórias são hipóteses plausíveis de como o futuro pode se
desenvolver em relação a cada um dos drivers selecionados. Para este
exercício foram descritos, em média, 4 hipóteses para cada um dos 7
drivers.
Após o estabelecimento das trajetórias, algumas mais críticas foram
validadas através de uma pesquisa online com experts no assunto. Esta
pesquisa foi feita através de um questionário estruturado, contendo 18
questões que sondavam os experts em consumo colaborativo em relação
a 3 elementos principais: a probabilidade de ocorrência; o impacto desta
trajetória para o consumo colaborativo; e a desejabilidade de ocorrência
destas trajetórias. O questionário foi respondido por 30 pessoas que
conhecem e se interessam pelo tema.
Exemplo ilustrativo:
xemplo
Driver: Geração de novos negócios baseado no modelo colaborativo
Teremos empreendimentos estruturados em torno do conceito de
consumo colaborativo?
Trajetória 1: Plataformas para nichos e pequenos segmentos
Sem encontrar ampla aderência, as plataformas de consumo colaborativo
Testadas em
pesquisa online com se especializam em atender pequenos grupos adeptos dessa prática.
experts em relação
à probabilidade
de ocorrência;
Trajetória 2: Reputação virtual altamente valorizada
ao impacto; e à Reputação online na web via plataformas de consumo colaborativo
desejabilidade de
ocorrência
passa a ser valorizada em diversos âmbitos na vida real. As plataformas
estão integradas e disseminadas em redes sociais fortes, com muitos
membros e alta capilaridade.
Etapa: Desenvolvimento dos cenários
As trajetórias de cada driver foram combinadas de forma coerente e dois
cenários foram montados e descritos. Após a descrição dos cenários
foram levantados os principais pontos críticos para que o cenário mais
otimista se torne realidade.
Para facilitar a visualização, os cenários foram representados
principalmente por dois drivers de alto impacto para o consumo
colaborativo no Brasil. Porém, é importante ressaltar que cada cenário
é baseado na interação destes dois drivers com os outros 5 drivers
(selecionados na primeira etapa da metodologia). Sendo assim, os
principais drivers utilizados para a representação dos cenários foram:
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5. • Grau de adeptos ao consumo colaborativo: Diz respeito ao quanto
o consumidor não somente terá conhecimento deste modelo como
também fará uso dele no seu cotidiano. O comportamento do
consumidor é uma questão chave neste ponto e pode ser influenciado
por vários fatores, tais como: confiabilidade em pessoas estranhas,
conscientização para a sustentabilidade, consciência do verdadeiro
valor dos objetos, a preferência à acessibilidade em detrimento a
posse, o espírito comunitário, questões econômicas, etc.
• Geração de novos negócios baseado no modelo colaborativo: É
relacionado ao número de negócios/empreendimentos que terão
como base e inspiração o modelo de consumo colaborativo, o que
pode depender do desenvolvimento econômico do Brasil, cultura
empreendedora e capacidade de inovação tecnológica.
3. CENÁRIOS
Como resultado do exercício, foram desenvolvidos dois cenários.
As visões de futuro aqui narradas, e representadas conforme a figura
acima, foram feitas a partir dos inputs da pesquisa online com os experts,
assim como do resultado do exercício de desenvolvimento dos cenários
e elas narram possíveis histórias do consumo colaborativo no Brasil.
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6. Cenário 1 – Brasil mais colaborativo
Brasil 2022: Com o crescimento econômico estável, às políticas de
incentivo à inovação e a maior conscientização dos empresários sobre
este tema, o Brasil está se tornando uma economia baseada em geração
de conhecimento, com especial destaque para a área de TI. Aliado a isso,
mais pessoas estão conectadas à internet, há maior disponibilidade
de plataformas digitais móveis e, com o aumento da capacidade
empreendedora e de inovação da nova força de trabalho, alguns
Crescimento, gestão do empreendimentos seguindo o modelo colaborativo foram criados e
conhecimento, TI, pessoas implantados por brasileiros recentemente.
conectadas, plataformas
digitais, soluções colaborativas,
empreendedores conscientes Motivada pelas questões ambientais e sociais mais presentes no
seu cotidiano, tais como: trânsito, problemas causados devido ao
aquecimento global, crescimento populacional (que acarreta aumento
de preços de commodities e moradia, uma vez que o espaço está se
tornando cada vez mais valorizado e escasso), maior consciência da
importância da sustentabilidade... cada vez mais pessoas buscam novas
soluções para resolver seus problemas. As iniciativas colaborativas,
vindas tanto da iniciativa privada como pública, estão sendo mais
demandadas.
Impulsionado também pelas novas gerações, que possuem um maior
desejo de experimentar de tudo, e que é maior do que a capacidade
de comprar, o modelo de consumo colaborativo é um mercado que não
pode mais ser ignorado tanto pelo setor privado como pelo público,
sendo que algumas prefeituras já estão incentivando e propondo
atividades comunitárias e colaborativas para solucionar problemas
sociais e urbanos.
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7. Além disso, o modelo colaborativo já está se tornando um mercado que
não pode mais ser ignorado pelas grandes empresas: elas também já
estão planejando e propondo negócios que contém este novo valor de
consumo.
Cenário 2 – Eterno seguidor
Brasil 2022: A economia brasileira ainda é caracterizada por possuir
seus altos e baixos: após apresentar crescimentos consideráveis, entra
em momentos de baixo desempenho. A inovação ainda é vista como
atividade de alto risco por parte da indústria nacional, e grande parte
dos novos empreendimentos é copiado de outros países.
O consumo colaborativo no Brasil ainda é pouco difundido e é
caracterizado por ser um nicho de mercado, alimentado por grupos de
pessoas que possuem o espírito de compartilhamento (geração que
compartilha desde cedo: música, fotos, a vida social, etc.) ou por grupos
Oscilação da economia, inovação que vêem o consumo colaborativo como forma de economizar dinheiro.
ainda é vista como risco, consumo
colaborativo como nicho de
mercado, baixa confiabilidade A característica comum dos modelos de negócio é a segmentação, ou
seja, as plataformas estão preparadas para servir determinadas regiões,
como bairros, condomínios, locais de trabalho, ou pessoas com alguns
interesses em comum (principalmente alavancadas pelas redes sociais),
pois os consumidores ainda possuem dúvidas com relação à segurança
das plataformas, e possuem baixo grau de confiabilidade em pessoas
fora do seu meio.
Porém, é importante destacar que alguns modelos de consumo
colaborativo, como os HUBs (espaço de cowork), compartilhamento de
7
8. carros (principalmente do tipo B2C) e alguns sites de trocas ou vendas
de produtos usados são bem populares.
4. CONCLUSÕES
Através do exercício aqui proposto, foram obtidos dois cenários com
o objetivo de causar um reflexão sobre as possibilidades de como o
desenvolvimento do futuro pode ocorrer. Assim, tomadores de decisão
podem analisar e refletir se seu plano estratégico é capaz de interferir
o desenvolvimento de futuro ou lidar com as consequências que cada
cenário pode trazer.
É importante destacar que embora se estejam sendo propostas diferentes
imagens de futuro, não é possível saber exatamente o que irá acontecer;
mas, com certeza, é possível influenciar elementos para que o cenário
que queremos que ocorra se concretize efetivamente. Com isso, alguns
pontos críticos, determinantes para a ocorrência do primeiro cenário –
Brasil mais colaborativo, mais otimista – foram discutidos e listados neste
artigo.
Pontos críticos do cenário 1 – Brasil mais colaborativo, que são mais
influenciados pela iniciativa privada e população de forma geral:
• Incentivar a inovação e a geração de conhecimento, para que novos
serviços e tecnologias surjam;
• Dar maior importância à sustentabilidade, mudando hábitos que
favoreçam o meio ambiente;
• Ser mais comunitário, e não tentar resolver os problemas de forma
isolada;
• Implantar algumas medidas públicas que estimulem a colaboração
e o espírito comunitário para a solução de alguns problemas sociais
e urbanos, como violência, trânsito, pobreza, etc.
Pontos críticos do cenário 2 – Eterno seguidor, que são mais influenciados
pela iniciativa pública:
• Incentivar a inovação e a geração de conhecimento, para que novos
serviços e produtos surjam;
• Incentivar a cultura empreendedora e facilitar a geração de
empreendimentos inovadores;
• Adotar políticas públicas para conscientização da população sobre
sustentabilidade e incentivar atividades desta natureza;
• Implantar algumas medidas públicas que estimulem a colaboração
e o espírito comunitário para a solução de alguns problemas sociais
e urbanos, como violência, trânsito, pobreza, etc.
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9. O Consumo Colaborativo está na sua fase nascente tanto no mundo como
no Brasil e não temos uma visão pronta de como irá se desenvolver no
futuro. Mas sabemos que todas as pessoas (consumidores, empresários,
líderes, políticos, etc.) possuem um importante papel na definição desta
trajetória e que só o trabalho conjunto de todos estes atores fazerá com
que este modelo atinja outro nível de maturidade no Brasil.
BIBLIOGRAFIA
BOTSMAN, Rachel; ROGERS, Roo. What’s Mine Is Yours: The Rise of Collaborative Consumption. HarperCollins: 2010
GRUMBACH, Raul José dos Santos; MARCIAL, Elaine Coutinho. Cenários Prospectivos: como construir um futuro melhor. 4 ed. FGV:
2008
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10. AUTORA
Lívia Fioravanti é formada em Química e possui mestrado na área de Química Analítica pela Universidade Estadual de Campinas
(UNICAMP). Durante um ano realizou uma especialização em gestão tecnológica e de inovação como bolsista da GIZ (Deutsche
Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit). É consultora na Inventta desde 2007, aonde vem atuando na área de gestão de
inovação e transferência tecnológica para empresas e ICTs. Atuou em projetos relacionados a inteligência tecnológica, incentivos
fiscais à inovação tecnológica, realizou treinamentos sobre processos de inovação e prestou consultoria em técnicas de foresight
(projeção de cenários).
Participaram deste exercício de construção de cenários:
André Mainart é graduado em Farmácia com habilitação em indústria pela UFMG e está em curso na pós-graduação em marketing
na FDC. Trabalha na Inventta desde 2010 onde atuou em projetos de avaliação e caracterização de oportunidades de negócio,
planejamento tecnológico, implementação de BSC, definição de estratégia de propriedade intelectual e análise de oportunidades
em fomento internacional (FP7).
Daniel Saad é graduado em Engenharia Elétrica pela UNICAMP, com um ano de estudos em Engenharia de Produção na ENSAM,
na França. Atuou como consultor no Monitor Group, consultoria internacional especializada em estratégia e gestão. Atualmente é
diretor da Inventta, sendo responsável pela condução de projetos relacionados a gestão da inovação, com foco em inteligência
tecnológica, processos de inovação aberta e estruturação de centros de P&D.
Igor Mascarenhas é aluno de graduação de Engenharia Mecânica da Unicamp, realizou pesquisas na área de planejamento
estratégico e foi instrutor do curso de plano de negócios da BI Social Quaresma na FGV. Desde 2010, como consultor da Inventta, atua
em projetos de estratégia e processos visando potencializar a inovação em empresas de grande porte. Além disso, desenvolveu
metodologias de transferência de tecnologia para as principais Instituições de Ciência e Tecnologia do País.
Renato Silva é graduado em Física com enfoque em Ciência dos Materiais pela UFMG. É consultor da Inventta e desde 2007 atuou
em diversos projetos tais como: gestão de empresas e análise de mercado de nascentes de Base Tecnológica, mapeamento de
novas tecnologias para geração de novos negócios, transferência e comercialização de novas tecnologias, projetos de redes de
inovação, estruturação de Centros de P&D e projetos de parceria, e planejamento de Parques Tecnológicos.
Tiara Bicalho é graduada em Engenharia de Produção com mestrado em administração estratégica com ênfase em gestão da
inovação e empreendedorismo acadêmico. Atua como consultora da Inventta na área de recursos para inovação. Acumula
conhecimento em incentivos fiscais à inovação, captação de recursos junto a órgãos de fomento, gestão e reprojeto de processos,
gestão da qualidade, gestão do pipeline e portfólio de projetos, condução e facilitação de workshops. Executou e coordenou
projetos de incentivos fiscais à inovação tecnológica e captação de recursos em empresas de grande porte de diferentes setores.
Agradecimentos:
Foi essencial, para a realização deste exercício de Cenários, a rede do Hub São Paulo. Agradecemos a estes especialistas e
conhecedores do tema “consumo colaborativo” que prontamente se dispuseram a responder os questionários com seriedade
e comprometimento.
www.inventta.net
inst_inovacao
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