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A Lenda do Loureiro
Vamos contar-vos uma história que se passou há muitos anos atrás, na Grécia.
Na montanha mais alta deste país, o Olimpo, viviam doze deuses.
Apolo – Eu sou o mais belo dos deuses do Olimpo. Sou o senhor da Arte, da Música e da Medicina.  Além de ser muito belo, manejo muito bem o meu arco de prata. E sabem o que vou fazer com ele? Vou matar a terrível serpente Píton, porque ela, da sua caverna, no Monte Parnaso, assusta todas as pessoas desta terra.
Mas Cupido, o deus do Amor, irritado com toda esta vaidade, decidiu fazer-lhe uma partida.
Cupido – Vou mostrar-lhe como eu sou superior a ele. Para lhe mostrar a superioridade das minhas flechas, vou atirar duas. Uma, a de ouro, vou atirá-la a Apolo e vou fazer com que ele fique apaixonado. A outra, de chumbo, que afasta o amor, vou atirá-la sobre a bela ninfa Dafne. Assim, ele ficará apaixonado por ela e ela não o vai querer.
Apolo – Ai, fui ferido por uma flecha! E estou a sentir-me apaixonado! Sinto...sinto-me apaixonado por Dafne! Vou conquistá-la, estou tão apaixonado!
Dafne – Que horror, não quero saber dele! Eu não quero namorados!
Narrador –Dafne corria tanto que até parecia que tinha asas nos pés.
Apolo – Não me fujas, Dafne Querida. Deixa-me tocar-te, deixa-me beijar-te. Amo-te muito.
Narrador - Apolo corria imenso e Dafne fugia, cada vez mais desesperada.
Dafne - Ele está quase a apanhar-me. Já me sinto sem forças.
Narrador – De repente, Dafne viu o pai entre as árvores
Narrador – De repente, Dafne viu o pai entre as árvores.
Dafne – Pai, salva-me, muda-me a forma do meu corpo para que ele me deixe em paz.
Narrador – O pai fez o que a filha pediu.
Pneu – Está bem, minha filha. Vou ajudar-te.
Narrador - Quando Apolo estava quase a tocar-lhe os cabelos...
Dafne – Estou a sentir-me estranha. Ah! Os meus membros e o meu corpo estão a revestir-se de casca! Os meus cabelos transformaram-se em folhas, os meus braços mudaram-se em ramos e galhos, os meus pés cravaram-se na terra, como raízes.
Apolo – Minha amada, estás a transformar-te em arbusto. Estás a transformar-te ...em loureiro!
Narrador - Apolo abraçou-se aos ramos e beijou ardentemente a casca.
Apolo - Já que não podes ser minha esposa, serás a minha planta preferida e eternamente me acompanharás. Usarei as tuas folhas sempre verdes como coroa e participarás em todos os meus triunfos, consagrando com a tua verdura perfumada todos os heróis
Narrador - Foi assim que o loureiro ficou associado ao belo e luminoso deus, símbolo do seu amor pela ninfa Dafne.

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  • 1. A Lenda do Loureiro
  • 2. Vamos contar-vos uma história que se passou há muitos anos atrás, na Grécia.
  • 3. Na montanha mais alta deste país, o Olimpo, viviam doze deuses.
  • 4. Apolo – Eu sou o mais belo dos deuses do Olimpo. Sou o senhor da Arte, da Música e da Medicina. Além de ser muito belo, manejo muito bem o meu arco de prata. E sabem o que vou fazer com ele? Vou matar a terrível serpente Píton, porque ela, da sua caverna, no Monte Parnaso, assusta todas as pessoas desta terra.
  • 5. Mas Cupido, o deus do Amor, irritado com toda esta vaidade, decidiu fazer-lhe uma partida.
  • 6. Cupido – Vou mostrar-lhe como eu sou superior a ele. Para lhe mostrar a superioridade das minhas flechas, vou atirar duas. Uma, a de ouro, vou atirá-la a Apolo e vou fazer com que ele fique apaixonado. A outra, de chumbo, que afasta o amor, vou atirá-la sobre a bela ninfa Dafne. Assim, ele ficará apaixonado por ela e ela não o vai querer.
  • 7. Apolo – Ai, fui ferido por uma flecha! E estou a sentir-me apaixonado! Sinto...sinto-me apaixonado por Dafne! Vou conquistá-la, estou tão apaixonado!
  • 8. Dafne – Que horror, não quero saber dele! Eu não quero namorados!
  • 9. Narrador –Dafne corria tanto que até parecia que tinha asas nos pés.
  • 10. Apolo – Não me fujas, Dafne Querida. Deixa-me tocar-te, deixa-me beijar-te. Amo-te muito.
  • 11. Narrador - Apolo corria imenso e Dafne fugia, cada vez mais desesperada.
  • 12. Dafne - Ele está quase a apanhar-me. Já me sinto sem forças.
  • 13. Narrador – De repente, Dafne viu o pai entre as árvores
  • 14. Narrador – De repente, Dafne viu o pai entre as árvores.
  • 15. Dafne – Pai, salva-me, muda-me a forma do meu corpo para que ele me deixe em paz.
  • 16. Narrador – O pai fez o que a filha pediu.
  • 17. Pneu – Está bem, minha filha. Vou ajudar-te.
  • 18. Narrador - Quando Apolo estava quase a tocar-lhe os cabelos...
  • 19. Dafne – Estou a sentir-me estranha. Ah! Os meus membros e o meu corpo estão a revestir-se de casca! Os meus cabelos transformaram-se em folhas, os meus braços mudaram-se em ramos e galhos, os meus pés cravaram-se na terra, como raízes.
  • 20. Apolo – Minha amada, estás a transformar-te em arbusto. Estás a transformar-te ...em loureiro!
  • 21. Narrador - Apolo abraçou-se aos ramos e beijou ardentemente a casca.
  • 22. Apolo - Já que não podes ser minha esposa, serás a minha planta preferida e eternamente me acompanharás. Usarei as tuas folhas sempre verdes como coroa e participarás em todos os meus triunfos, consagrando com a tua verdura perfumada todos os heróis
  • 23. Narrador - Foi assim que o loureiro ficou associado ao belo e luminoso deus, símbolo do seu amor pela ninfa Dafne.