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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
UNIVERSIDADE ABERTA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
I CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA, A DISTÂNCIA
Mario Pereira Coutinho Junior
Estratégias para otimizar o uso de medicamentos entre os idosos do HIPERDIA e
monitoramento ativo destas ações.
Recife
2014
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Mario Pereira Coutinho Junior
Estratégias para otimizar o uso de medicamentos entre os idosos do HIPERDIA e
monitoramento ativo destas ações.
Trabalho de Conclusão de Curso
submetido à disciplina Pesquisa e Uso da
Informação em Saúde do I Curso de
Pós-Graduação (Especialização) em
Saúde da Família, a distância da
Universidade Federal de Pernambuco |
Universidade Aberta do Sistema Único
de Saúde como requisito básico para a
obtenção do título de especialista em
Saúde da Família.
Orientador(a): Patrícia Pereira da Silva
Recife
2014
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Mario Pereira Coutinho Junior
Estratégias para otimizar o uso de medicamentos entre os idosos do HIPERDIA e
monitoramento ativo destas ações.
Trabalho de Conclusão de Curso submetido a disciplina Pesquisa e Uso da Informação
em Saúde do I Curso de Pós-Graduação (Especialização) em Saúde da Família, a
distância da Universidade Federal de Pernambuco | Universidade Aberta do Sistema
Único de Saúde como requisito básico para obtenção do título de especialista em Saúde
da Família.
DATA DE APROVAÇÃO: ___/___/____
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________________________
Orientador
Instituição vinculada
_________________________________________________________________
Membro da Banca
Instituição vinculada
_________________________________________________________________
Membro da Banca
Instituição vinculada
4
RESUMO
Proposta baseada no diagnostico do uso irregular dos medicamentos observados pela
equipe da USF CIDADANIA,Sanharó-PE durante as visitas domiciliares,referentes a:
dificuldade de entendimento sobre uso correto de tomada dos medicamentos,erros nos
horários e quantidade da ingesta, automedicação e armazenamento inapropriado.
Sugere-se como formas de intervenções capacitar os ACS´s juntamente com a família
para uso racional dos medicamentos,através de palestras , formação e reuniões de
grupos de apoio e do HIPERDIA ,educação continuada entre médico(a) e enfermeiro(a)
para os agentes comunitários de saúde.Dos 645 pacientes cadastrados no HIPERDIA,
417 pacientes são representados por pacientes idosos acima de 60 anos,e deste cerca de
45 % (187) demonstraram dificuldade no entendimento de suas prescrições,tomada de
medicamentos de forma incorreta,esquecimento de posologias ou mesmo que não
entendiam a própria doença.Esta intervenção tem base na atuação multidisciplinar da
equipe de saúde,integrando os profissionais e a comunidade em ações de cunha prático
e efetivo para melhoria da saúde e do bem estar geral.O que se pretende é a realização
de atividades educativas e monitoramento destas ações sobre a saúde , diminuindo os
erros de administração e a baixa adesão medicamentosa entre os idosos do
programa.Estas medidas devem ser iniciadas com o adequado cadastramento de
hipertensos e diabéticos na área adscrita da unidade , classifica-los em risco baseado em
numero de medicamentos diários,comorbidades e grau de adesão terapêutico testado
pelo teste de Moriski-Green.A avaliação da gravidade de risco do paciente orientará a
demanda por urgência,agendamento das consultas,visita domiciliar e menor tempo de
reavaliação do paciente.A capacitação dos agentes comunitários de saúde (ACS´s) e
formação de cuidador familiar de idosos em informações de cunho farmacologico
básico e manejo de cuidados,integrará uma base de confiança mais segura ao paciente
idoso com dificuldade de lembranças de horários e dependência física.
Palavras-chave: Medicamentos. Idosos. Hipertensão.
5
SUMÁRIO
1 CONTEXTO ..................................................................................................6
2 JUSTIFICATIVA ..........................................................................................8
3 OBJETIVOS ..................................................................................................10
3.1 Geral ...............................................................................................................10
3.2 Específicos .....................................................................................................10
4 METODOLOGIA ..........................................................................................11
5 CRONOGRAMA ...........................................................................................15
6 ORÇAMENTO E FINANCIAMENTO.........................................................17
7 VIABILIDADE .............................................................................................18
8 RESULTADOS PRETENDIDOS ................................................................19
REFERÊNCIAS ............................................................................................20
6
CONTEXTO
A hipertensão arterial sistêmica(HAS) e o diabetes mellitus(DM) na população idosa
representam situações consideradas como epidemias e refletem consequências de um
novo padrão de industrialização e desenvolvimento econômico, envelhecimento
populacional, crescente prevalência de obesidade, sedentarismo e maior sobrevida
destes pacientes. O HIPERDIA foi criado para permitir o monitoramento dos pacientes
atendidos e cadastrados na rede ambulatorial do Sistema Único de Saúde (SUS) e desta
forma, gerar informações para aquisição e dispensação de medicamentos ao pacientes.
Além de planejamento de ações de prevenção e controle de complicações nos pacientes
já acompanhados pelo programa (FERREIRA,C.,2009);(FERREIRA,M.,2009).
Segundo o Ministério da saúde, dos 16,8 milhões de brasileiros que sofrem de
hipertensão arterial, somente 7,7 milhões estão cadastrados no Sistema Único de Saúde
(SUS).Em relação ao diabetes,de aproximadamente 5 milhões acometidos pela doença,
apenas 2,6 milhões são pacientes do sistema. Estas doenças representam um perfil de
morbimortalidade representativa em todo o mundo,além do elevado custo médico e
social associado a seu tratamento,conduzindo a altas taxa de óbito,internações e
aposentadorias precoces,podendo gerar outras complicações como o acidente vascular
cerebral(AVC),doenças renais crônicas (DRC) e doenças cardiovasculares(DCV)
(PAULA,2011).
A população idosa representa um setor especial da população brasileira caracterizada
por uma crescente participação na sociedade e que necessita de uma melhor inserção
nas atividades de atenção básica com suporte de apoio da equipe de saúde da família e
de seus cuidadores domiciliares. Esta preocupação refere-se a características da própria
população idosa e geralmente portadoras de doenças crônicas degenerativas
(Hipertensão arterial, diabetes, demências, acidente vascular cerebral, neoplasias) e
refletindo maior o numero de sequelas, quedas e invariável incapacidade funcional,
exigindo cuidados e acompanhamento adequado por longos períodos (DEL
DUCA,2011).
Ainda segundo Del Duca,o suporte ao idoso caracteriza-se por uma conformação ao
redor da família interagindo com serviços de saúde e uma rede social prestada por
parentes,vizinhos,amigos e instituições comunitárias. Sendo a família,representada por
cerca de 80 % a 90 % do apoio ao idoso.
7
Franco (2010) observou a população idosa como uma classe vulnerável a tomada de
medicamentos por vezes sem orientação adequada e refletindo assim riscos para a
saúde,sujeitando se a reações adversas e interações medicamentosas secundários ao uso
da polifarmácia. A adesão medicamentosa fica prejudicada com o aumento das doenças
associadas,tratamento prolongado,alteração do estilo de vida,dificuldade de
entendimento,falhas de memória,diminuição da acuidade visual , destreza manual e alto
índice de analfabetismo em nosso meio,que contribuem para tomada errada dos
medicamentos.
No contexto da população idosa a depressão também merece atenção, pois representa
doença agravante da situação de saúde podendo ou não ser aparente e necessita de
acompanhamento, pois os pacientes deprimidos colaboram menos com o tratamento em
virtude da falta de energia, iniciativa, desesperança e do déficit cognitivo associado a
depressão. Caracterizando assim, como um agravo com dificuldade na adesão ao
tratamento com redução da tomada de medicamentos, menor número de consultas em
serviço de saúde e menor qualidade de vida. A atenção da equipe de saúde deve se
voltar a esta situação, pois representa um fator adicional de complicação a vida do
idoso, com visão especial aos pacientes com menor suporte social e emocional (Sass et
al.,2012)
O agente de saúde comunitário (ACS) representa papel fundamental na comunicação
entre pacientes idosos,familiares e entre equipes e serviços de saúde. O ministério da
saúde estimula a atuação dos ACS no acompanhamento do uso racional de
medicamentos em suas comunidades e desta forma, a distância verificada entre o
usuário e o profissional da saúde pode ser minimizada pela ação dos agentes de saúde,
pois são eles que estão em contato com a comunidade e conhecem seus hábitos, suas
crenças, sua linguagem, sua rotina e seu nível de entendimento sobre as informações
disponibilizadas. O treinamento dos ACS pode propiciar uma relação de confiança
entre todos os envolvidos e pode ser fundamental para a conscientização e a garantia de
uso racional de medicamentos (NUNES; AMADOR; HEINECK, 2008).
8
JUSTIFICATIVA
O município de Sanharó está localizado na mesorregião Agreste e na Microrregião Vale
do Ipojuca do Estado de Pernambuco, limitando-se a norte com Belo Jardim, a sul com
São Bento do Una, a leste com Belo Jardim, e a oeste com Pesqueira. Ocupa uma área
de 268,68 KM 2 e uma altitude aproximada de 653 m e distando 198,2 km da capital,
com acesso pela BR 232.
De acordo com o censo 2010 do IBGE, a população residente local é de 21.955
habitantes, sendo a população urbana representada por 57%(12.500) e 43%(9.455) em
área rural. Os habitantes do sexo masculino representam 49%(10.760) e mulheres 51%
(11.195) com uma densidade demográfica de 81,7 hab./km2.
A unidade de saúde da família (USF) Cidadania,localizada neste cidade integra um
cadastro de 1601 famílias,representando um total de 5024 moradores ,sendo 43,7 % do
masculino e 56% do sexo feminino,distribuídos na seguinte faixa etária: <1 ano:0,43%
1-4 anos:3,8% 5-6 anos:2,5% 7-9 anos:4,6% 10-14 anos:8,5% 15-19 anos:8,9% 20-39
anos : 33,2% 40-49 anos:12,68% 50-59 anos:9,89 % > 60 anos 15,4%.
No cadastro do HIPERDIA temos o registro de 520 pacientes com HAS
(prevalência=10,35%) 125 diabéticos (p=2,48%).A população idosa acima de 60 anos
representa 64,7%(417) deste cadastro,porém verificamos uma baixa adesão
medicamentosa por esta população durantes as consultas de rotina ,reuniões com a
equipe e nas visitas domiciliares. Sendo que cerca de 35% (146) destes idosos
mantinham um tratamento farmacológico irregular com erros de tomada das
medicações,sem horários fixos,dificuldade na identificação das droga e para qual
finalidade elas serviam,refletindo assim em instabilidade de suas condições clínicas.
Surgindo assim, a ideia e a necessidade de formular uma proposta de intervenção pela
equipe de saúde,para reorientar a prática do cuidado e um manejo mais claro e eficiente
para esta população.
Segundo Lyra júnior (2006), a deficiência da adesão, entre os idosos portadores de
hipertensão arterial, tem relação direta com diversos fatores associados à falta de
informação sobre o tratamento. A educação ao paciente pode proporcionar a
conscientização quanto ao seu estado de saúde e à necessidade do uso correto dos
medicamentos, tornando o tratamento mais efetivo e seguro e a maior interação entre os
profissionais de saúde poderá reduzir diversos problemas relacionados aos
9
medicamentos, da prescrição à administração e reduzir custos do sistema de saúde.
Spinato et al (2010) citado por Girotto (2011), afirma que os principais motivos
alegados por aqueles que não aderiam ao tratamento medicamentoso eram o
esquecimento e achar que a pressão arterial estava controlada,revelando a necessidade
de se estabelecer medidas que permitam ao paciente compreender sua doença e a
importância da adaptação a uma situação que exige mudanças comportamentais
contínuas e que favoreçam o cumprimento das medidas terapêuticas indicadas.
Além de todas as limitações físicas e emocionais do paciente idoso, a adesão
medicamentosa pode sofrer influencias na figura do cuidador,que num processo
multifatorial e indevidamente orientado pode provocar um transtorno ainda maior na
vida de um idoso com problemas de saúde (MARIN,2008).
Marin (2008), ainda afirma que condições como cronicidade de doenças,uso de
múltiplos medicamentos,efeitos adversos e a falta de uma adequada prescrição
médica,são fatores que podem contribuir negativamente no estado de saúde desta
população,tudo isso agravado pela não adesão ao tratamento correto.
10
OBJETIVOS
Geral
Propor atividades educativas a fim de esclarecer sobre a administração correta dos
medicamentos utilizados no HIPERDIA, tendo como público alvo os pacientes, os
cuidadores e os agentes comunitários de saúde.
Específicos
1.Fornecer educação continuada aos agentes comunitários de saúde.
2.Formar grupos de apoio ao HIPERDIA.
3.Agendar atendimento médico baseado no cadastro do HIPERDIA.
4.Capacitar os cuidadores familiares na atenção a saúde do idoso.
11
METODOLOGIA
Trata-se de um projeto de intervenção na USF-Cidadania, no município de
Sanharó-PE,realizado pela equipe de saúde com base em pesquisa e observação de
campo e revisão bibliográfica em banco de dados da BVS, Scielo e BIREME.
CENÁRIO DE INTERVENÇÃO:
O projeto se insere nas atividades diárias de atuação de médico(a),enfermeiro(a) e
ACSs na própria unidade de saúde, durante as visitas domiciliares,reuniões com a
equipe, em grupos de palestras e grupos de apoio formados em outros espaços
sociais(igrejas, escolas,associações de moradores e etc.).
CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS
A equipe de saúde composta por médico(a),enfermeiro(a),agentes comunitários de
saúde(ACSs),técnico(a) e/ou auxiliar de enfermagem compõem o grupo mínimo
responsáveis pelas ações desta intervenção. E o grupo alvo é representado pelo
pacientes acima de 60 anos cadastrados no programa do HIPERDIA e seus cuidadores
familiares. O Profissional de enfermagem é o responsável pela coordenação dos
cadastros realizados pelos ACSs, orientações técnicas aos auxiliares de enfermagem
,além de palestrante e ator ativo na educação permanente aos ACSs e à população.
Neste cenário, os agentes de saúde representam papel ímpar,pois realizam o cadastro de
uma população já conhecida por eles e que transmitem confiança e maior facilidade na
identificação de fatores que podem estar interferindo na administração correta dos
medicamentos em uso. Os técnicos e auxiliares de enfermagem integram o momento de
aferições de pressão arterial e níveis de glicemia capilar durante as visitas domiciliares
e durantes as avaliações na unidade de saúde. E estruturando a coordenação de cursos e
palestras,monitorização,controle e acompanhamento dos pacientes de maior risco em
potencial, o profissional médico integra uma equipe com responsabilidades de atingir
metas não muito irreais e factíveis ao universo da atenção básica.
ETAPAS DA INTERVENÇÃO:
12
A intervenção inicia-se com o cadastro e atualização de todos os pacientes do
HIPERDIA,realizados pelos ACSs em um período de 2 meses,realizadas por visitas
domiciliares. Concomitantemente ,realiza-se uma capacitação aos agentes de saúde com
intuito de explicar a utilização do teste de
Moriski-Green(BEN;NEUMANN;MENGUE,2012) a todos os pacientes com a
realização das perguntas orientadoras: Nos últimos dois meses:Esqueceu alguma vez de
tomar o medicamento para o problema de saúde? Toma os medicamentos nos horários
indicados?Quando se encontra bem, deixa de tomar o medicamento?Se alguma vez se
sente mal, deixa de tomar o medicamento? (3 ou 4 respostas :”sim”, classifica-se como
baixa adesão,1 ou 2 respostas positivas, como média adesão e nenhuma resposta como
alta adesão ao tratamento).
Com isto, seleciona se o publico alvo de idosos acima de 60 anos,seu nível de adesão à
terapêutica medicamentosa,número de medicamentos que toma por dia,presença de
outras comorbidades(Obesidade,sequela de AVC,doença coronariana,nefropatia
diabética ou hipertensiva) e classifica-se em baixo,médio ou alto risco de acordo com
estes dados associados.
Estas variáveis (nível de adesão ao tratamento, comorbidades e número de
medicamentos) podem ser agrupadas e formada uma breve classificação de risco a estes
pacientes:
Baixo risco: alto nível de adesão,sem comorbidades e doença compensada com
monoterapia.
Médio risco: média adesão, presença de 1 comorbidade e doença compensada com uso
de mais de 1 ou 2 drogas.
Alto risco: baixa adesão medicamentosa. Presença de mais de 1 comorbidade e doença
compensada com mais de 3 drogas ou descompensada.
Esta classificação serve para direcionar com ordem pela gravidade as novas consultas e
reavaliações, pacientes que não procuram o serviço de saúde e avaliação dos pacientes
com baixa adesão e com riscos de agravo.
O próximo passo deve haver um curso de capacitação aos ACSs e a formação de
cuidadores familiares de idosos , administrado por médico(a) e/ou enfermeiro (a),antes
do inicio das palestras e formação de grupos de apoio. Este mini curso deve incluir
aspectos de farmacologia básica,efeitos colaterais e interações medicamentosas sobre as
13
drogas disponíveis na UBS para o tratamento de hipertensão e diabetes com ênfase às
consequências da baixa adesão terapêutica,orientações sobre posologia e efeitos
adversos dos medicamentos e atenção aos pacientes com manejo mais difícil.
Com o perfil detalhado dos idosos já conhecido, iniciam se as atividades práticas de
consulta médica agendada com reavaliações a cada 2 ou 3 meses.Esta alta demanda de
consultas exige uma dedicação de pelo menos 2 dias da semana para estes
pacientes,além de visitas domiciliares ao acamados e espaço na agenda para os demais
atendimentos não agendados.Isto demanda uma boa gerência da agenda
clínica,lembrando das atividades educativas semanais,reuniões com a equipe e com a
comunidade,visando o respeito ao principio da equidade a estes pacientes.
A implementação de palestras semanais é fator essencial ao intuito de manter educação
continuada a comunidade e a própria equipe de saúde atualizada. Realizada por médico,
enfermeira e ACSs, as palestras podem ser conduzidas com a utilização de instrumentos
clássicos e expositivos ou de uma forma mais interativa,como uma “roda de conversa”
com idosos do HIPERDIA. Já neste momento,faz interesse ao estimulo da formação de
grupos de apoio aos paciente do grupo,não somente na USF,mas em outros ambientes a
depender da localização e facilidade de reunião dos pacientes.
Além de explanação sobre doenças, deve se lembrar das estratégias de intervenções
comportamentais para melhorar a adesão ao tratamento,durante estes encontros.
As intervenções comportamentais podem ser promovidas por meio do aumento da
comunicação e aconselhamento individual,por intervenção do profissional de saúde
durante a consulta,com seguimento direto por via telefônica,mensagens telefônicas
automáticas ou intervenção familiar. Incluindo simplificação do esquema
terapêutico,sempre que possível diminuindo doses e número total de
fármacos,envolvendo o paciente no seu tratamento, e estimulando a auto monitorização
da doença (glicemia e pressão arterial) .
Outras medidas referem se aos lembretes,incluindo construção de embalagens especiais
que criem um ambiente familiar e que diminuam as tomadas equivocadas por erro de
leitura ou esquecimento,incluindo dia da semana,turnos do dia esquematizados (sol e
lua),caixas de medicamentos especificadas para cada doença. Além da criação de
alertas em celulares para lembrança de consultas,realização de exames e troca de
receitas.
14
E finalmente como medidas avaliativas sobre a melhoria da adesão
medicamentosa,sugere se a repetição do teste de Moriski-Green com intervalo de 1
ano,novamente para todos os integrantes do HIPERDIA,ou no período avaliativo
parcial. Monitorar através de busca ativa e notificações mensais pelo ACS, dos
registros dos pacientes internados no hospital local por complicações de hipertensão ou
diabetes,esta medida é fundamental no acompanhamento aos pacientes mais críticos e
deve ser acordado os detalhes de quais pacientes notificar com a equipe de saúde e
administração do hospital,exemplificando os pacientes acima de 60 anos e moradores
incluídos na área adscrita da USF.
Medidas diretas de dosagem de glicemia e aferição da pressão arterial, também são
medidas uteis para verificar a adequação medicamentosa e adesão ao tratamento. Estas
medidas podem ser feitas nos dias de atendimento agendado,realizado na própria
unidade de saúde pelo profissional técnico. Além de repetição de exames laboratoriais
de acordo com os protocolos de HAS e DM do ministério da saúde.
15
CRONOGRAMA
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
2013 2014
Ação Nov Dez Jan fev Mar Abr Mai Jun
Elaboração
do Projeto
de
Intervenção
Diagnóstico
de área e
atualização
cadastral do
HIPERDIA
Procedimentos
- Passo 1:
Capacitação
dos ACSs
Passo 2:
Aplicação do
teste de
Moriski-Green
1. Busca ativa de pacientes com
baixa adesão medicamentosa. 2.
Monitoramento de internação
hospitalar de pacientes do
HIPERDIA. 3. Realização de
consultas agendadas.
16
Passo 3:
1. Formação
de grupos de
apoio ao
HIPERDIA.
2. Curso de
capacitação
para
cuidadores
de idosos.
Passo 4:
Inicio de
palestras
semanais
Avaliação
Relatório
parcial
Relatório
final
17
ORÇAMENTO E FINANCIAMENTO
Quadro. Orçamento
Item Quantidade
Valor unitário
(R$)
Valor Total
(R$)
Materiais
Resma de papel A4 03 R$=14,60 R$=43,8
Cartucho preto–impressora Epson 02 R$=26,00 R$=52,0
Caixa de caneta-50 unidades 01 R$= 32,00 R$=32,0
Esfigmomamômetro 03 R$= 50,00 R$=150
Glicosímetro 02 R$= 50,00 R$=100
Fita para glicemia-50 unidades 03 R$ =60,00 R$=120
Materias de consumo-higiene. Diversos
R$=300
Total R$=797,8
18
VIABILIDADE
A implementação do projeto,mostra se viável no objetivo principal que é um
monitoramento mais fidedigno do uso correto dos medicamentos, segundo sua
prescrição aos pacientes idosos do HIPERDIA.Essa nova forma de gerenciar e
organizar estes dados,beneficiará principalmente, os pacientes com maiores
comorbidades e dificuldades técnicas e sociais na tomada de seus medicamentos.Com a
equipe unida,estimulada na implementação das ações e apoiada por movimentos sociais
e políticos locais,o intuito de prevenção de agravos relacionados à hipertensão arterial e
ao diabetes podem ser minimizados com tal iniciativa.O baixo custo operacional,a
disponibilidade de recursos humanos , as instalações e os insumos da própria unidade
de saúde já presentes, facilitam a implantação das ações.Com um cronograma flexível,
ao longo de quase 1 ano, e realizadas durante a própria atividade do profissional, o
projeto estimula uma atitude de motivação e desafios,que associados a resultados
favoráveis,facilitará a concepção da saúde do idoso,como uma atenção especial e um
cuidado contínuo a estes pacientes.
19
RESULTADOS PRETENDIDOS
Pretende se como intuito maior, criar uma conscientização por parte dos ACSs,
pacientes e cuidadores de idosos, sobre a importância de administração correta dos
medicamentos, atentos a horários, formas de administração, efeitos colaterais e
interações medicamentosas. Com isto, refletindo em bem estar e diminuição de
complicações e internações hospitalares por descompensações clínicas por mau
monitoramento e erros de administração. Pretende-se ao final do ano de atuação,
conhecer detalhadamente o perfil dos idosos do HIPERDIA, os pacientes mais graves,
quantos internamentos, óbitos e sequelas relacionadas a HAS e/ou DM,conhecendo e
definindo as seguintes metas e resultados:
1.Cadastro e atualização semestral dos idosos do HIPERDIA(417).
2.Consulta médica agendada de 100% dos idosos do cadastro.
4.Reduzir em pelo menos 40% a baixa adesão e os erros de tomada medicamentosa.
5.Reduzir em pelo menos 30% o numero de internações anuais por efeitos adversos dos
medicamentos e sequelas por HAS e DM.
6.Capacitar todos os ACSs e cuidadores de idosos na identificação de erros de
administração,efeitos colaterais,interações medicamentosas e baixa adesão aos
medicamentos do HIPERDIA.
20
REFERÊNCIAS
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Teste de Morisky-Green e Brief Medication Questionnaire para avaliar adesão a
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<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102012000200010
&lng=en&nrm=iso>. access on 10 Dec. 2013. Epub Feb 14, 2012.
http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102012005000013.
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Geografia e Estatística. Cidades. Disponivel em:
<http://cidades.ibge.gov.br/painel/painel.php?codmun=261240>. Acesso em 10 Dez.
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1885-1892. ISSN 1413-8123.
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access on 10 Nov. 2013. Epub Oct 29, 2010.
http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102010005000047.
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Características epidemiológicas de pacientes diabéticos da rede pública de saúde:
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script=sci_arttext&pid=S0004-27302009000100012 &lng=en&nrm=iso>. access on 10
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Nov. 2013. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672010000600009.
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saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 18, n. 6, jun. 2013 . Disponível em
<http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-8123201300140002
7&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 10 dez. 2013.
http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232013001400027.
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idosos de uma unidade do Programa Saúde da Família. Cad. Saúde Pública, Rio de
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<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2008000700009&
lng=en&nrm=iso>. access on 10 Nov. 2013. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-
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medicamento na rotina de trabalho dos agentes comunitários de saúde da unidade
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17, n. 1, Mar. 2008 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?
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informais sobre a qualidade de vida de idosos com déficit de autocuidado. Ciênc. saúde
coletiva, Rio de Janeiro , v. 16, n. 7, July 2011 . Available from
<http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-8123201100080001
3&lng=en&nrm=iso>. access on 10 Dec. 2013.
http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232011000800013
11. SASS, Arethuza et al . Depressão em idosos inscritos no Programa de Controle de
hipertensão arterial e diabetes mellitus. Acta paul. enferm., São Paulo , v. 25, n. 1,
2012 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=
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12. SILVA, Carla Silvana Oliveira et al . Avaliação do uso de medicamentos pela
população idosa em Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. Esc. Anna Nery, Rio de
Janeiro , v. 14, n. 4, Dec. 2010 . Available from
22
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-81452010000400022&
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Estratégias para otimizar o uso de medicamentos entre os idosos do HIPERDIA e monitoramento ativo destas ações.

  • 1. 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO UNIVERSIDADE ABERTA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE I CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA, A DISTÂNCIA Mario Pereira Coutinho Junior Estratégias para otimizar o uso de medicamentos entre os idosos do HIPERDIA e monitoramento ativo destas ações. Recife 2014
  • 2. 2 Mario Pereira Coutinho Junior Estratégias para otimizar o uso de medicamentos entre os idosos do HIPERDIA e monitoramento ativo destas ações. Trabalho de Conclusão de Curso submetido à disciplina Pesquisa e Uso da Informação em Saúde do I Curso de Pós-Graduação (Especialização) em Saúde da Família, a distância da Universidade Federal de Pernambuco | Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde como requisito básico para a obtenção do título de especialista em Saúde da Família. Orientador(a): Patrícia Pereira da Silva Recife 2014
  • 3. 3 Mario Pereira Coutinho Junior Estratégias para otimizar o uso de medicamentos entre os idosos do HIPERDIA e monitoramento ativo destas ações. Trabalho de Conclusão de Curso submetido a disciplina Pesquisa e Uso da Informação em Saúde do I Curso de Pós-Graduação (Especialização) em Saúde da Família, a distância da Universidade Federal de Pernambuco | Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde como requisito básico para obtenção do título de especialista em Saúde da Família. DATA DE APROVAÇÃO: ___/___/____ BANCA EXAMINADORA _________________________________________________________________ Orientador Instituição vinculada _________________________________________________________________ Membro da Banca Instituição vinculada _________________________________________________________________ Membro da Banca Instituição vinculada
  • 4. 4 RESUMO Proposta baseada no diagnostico do uso irregular dos medicamentos observados pela equipe da USF CIDADANIA,Sanharó-PE durante as visitas domiciliares,referentes a: dificuldade de entendimento sobre uso correto de tomada dos medicamentos,erros nos horários e quantidade da ingesta, automedicação e armazenamento inapropriado. Sugere-se como formas de intervenções capacitar os ACS´s juntamente com a família para uso racional dos medicamentos,através de palestras , formação e reuniões de grupos de apoio e do HIPERDIA ,educação continuada entre médico(a) e enfermeiro(a) para os agentes comunitários de saúde.Dos 645 pacientes cadastrados no HIPERDIA, 417 pacientes são representados por pacientes idosos acima de 60 anos,e deste cerca de 45 % (187) demonstraram dificuldade no entendimento de suas prescrições,tomada de medicamentos de forma incorreta,esquecimento de posologias ou mesmo que não entendiam a própria doença.Esta intervenção tem base na atuação multidisciplinar da equipe de saúde,integrando os profissionais e a comunidade em ações de cunha prático e efetivo para melhoria da saúde e do bem estar geral.O que se pretende é a realização de atividades educativas e monitoramento destas ações sobre a saúde , diminuindo os erros de administração e a baixa adesão medicamentosa entre os idosos do programa.Estas medidas devem ser iniciadas com o adequado cadastramento de hipertensos e diabéticos na área adscrita da unidade , classifica-los em risco baseado em numero de medicamentos diários,comorbidades e grau de adesão terapêutico testado pelo teste de Moriski-Green.A avaliação da gravidade de risco do paciente orientará a demanda por urgência,agendamento das consultas,visita domiciliar e menor tempo de reavaliação do paciente.A capacitação dos agentes comunitários de saúde (ACS´s) e formação de cuidador familiar de idosos em informações de cunho farmacologico básico e manejo de cuidados,integrará uma base de confiança mais segura ao paciente idoso com dificuldade de lembranças de horários e dependência física. Palavras-chave: Medicamentos. Idosos. Hipertensão.
  • 5. 5 SUMÁRIO 1 CONTEXTO ..................................................................................................6 2 JUSTIFICATIVA ..........................................................................................8 3 OBJETIVOS ..................................................................................................10 3.1 Geral ...............................................................................................................10 3.2 Específicos .....................................................................................................10 4 METODOLOGIA ..........................................................................................11 5 CRONOGRAMA ...........................................................................................15 6 ORÇAMENTO E FINANCIAMENTO.........................................................17 7 VIABILIDADE .............................................................................................18 8 RESULTADOS PRETENDIDOS ................................................................19 REFERÊNCIAS ............................................................................................20
  • 6. 6 CONTEXTO A hipertensão arterial sistêmica(HAS) e o diabetes mellitus(DM) na população idosa representam situações consideradas como epidemias e refletem consequências de um novo padrão de industrialização e desenvolvimento econômico, envelhecimento populacional, crescente prevalência de obesidade, sedentarismo e maior sobrevida destes pacientes. O HIPERDIA foi criado para permitir o monitoramento dos pacientes atendidos e cadastrados na rede ambulatorial do Sistema Único de Saúde (SUS) e desta forma, gerar informações para aquisição e dispensação de medicamentos ao pacientes. Além de planejamento de ações de prevenção e controle de complicações nos pacientes já acompanhados pelo programa (FERREIRA,C.,2009);(FERREIRA,M.,2009). Segundo o Ministério da saúde, dos 16,8 milhões de brasileiros que sofrem de hipertensão arterial, somente 7,7 milhões estão cadastrados no Sistema Único de Saúde (SUS).Em relação ao diabetes,de aproximadamente 5 milhões acometidos pela doença, apenas 2,6 milhões são pacientes do sistema. Estas doenças representam um perfil de morbimortalidade representativa em todo o mundo,além do elevado custo médico e social associado a seu tratamento,conduzindo a altas taxa de óbito,internações e aposentadorias precoces,podendo gerar outras complicações como o acidente vascular cerebral(AVC),doenças renais crônicas (DRC) e doenças cardiovasculares(DCV) (PAULA,2011). A população idosa representa um setor especial da população brasileira caracterizada por uma crescente participação na sociedade e que necessita de uma melhor inserção nas atividades de atenção básica com suporte de apoio da equipe de saúde da família e de seus cuidadores domiciliares. Esta preocupação refere-se a características da própria população idosa e geralmente portadoras de doenças crônicas degenerativas (Hipertensão arterial, diabetes, demências, acidente vascular cerebral, neoplasias) e refletindo maior o numero de sequelas, quedas e invariável incapacidade funcional, exigindo cuidados e acompanhamento adequado por longos períodos (DEL DUCA,2011). Ainda segundo Del Duca,o suporte ao idoso caracteriza-se por uma conformação ao redor da família interagindo com serviços de saúde e uma rede social prestada por parentes,vizinhos,amigos e instituições comunitárias. Sendo a família,representada por cerca de 80 % a 90 % do apoio ao idoso.
  • 7. 7 Franco (2010) observou a população idosa como uma classe vulnerável a tomada de medicamentos por vezes sem orientação adequada e refletindo assim riscos para a saúde,sujeitando se a reações adversas e interações medicamentosas secundários ao uso da polifarmácia. A adesão medicamentosa fica prejudicada com o aumento das doenças associadas,tratamento prolongado,alteração do estilo de vida,dificuldade de entendimento,falhas de memória,diminuição da acuidade visual , destreza manual e alto índice de analfabetismo em nosso meio,que contribuem para tomada errada dos medicamentos. No contexto da população idosa a depressão também merece atenção, pois representa doença agravante da situação de saúde podendo ou não ser aparente e necessita de acompanhamento, pois os pacientes deprimidos colaboram menos com o tratamento em virtude da falta de energia, iniciativa, desesperança e do déficit cognitivo associado a depressão. Caracterizando assim, como um agravo com dificuldade na adesão ao tratamento com redução da tomada de medicamentos, menor número de consultas em serviço de saúde e menor qualidade de vida. A atenção da equipe de saúde deve se voltar a esta situação, pois representa um fator adicional de complicação a vida do idoso, com visão especial aos pacientes com menor suporte social e emocional (Sass et al.,2012) O agente de saúde comunitário (ACS) representa papel fundamental na comunicação entre pacientes idosos,familiares e entre equipes e serviços de saúde. O ministério da saúde estimula a atuação dos ACS no acompanhamento do uso racional de medicamentos em suas comunidades e desta forma, a distância verificada entre o usuário e o profissional da saúde pode ser minimizada pela ação dos agentes de saúde, pois são eles que estão em contato com a comunidade e conhecem seus hábitos, suas crenças, sua linguagem, sua rotina e seu nível de entendimento sobre as informações disponibilizadas. O treinamento dos ACS pode propiciar uma relação de confiança entre todos os envolvidos e pode ser fundamental para a conscientização e a garantia de uso racional de medicamentos (NUNES; AMADOR; HEINECK, 2008).
  • 8. 8 JUSTIFICATIVA O município de Sanharó está localizado na mesorregião Agreste e na Microrregião Vale do Ipojuca do Estado de Pernambuco, limitando-se a norte com Belo Jardim, a sul com São Bento do Una, a leste com Belo Jardim, e a oeste com Pesqueira. Ocupa uma área de 268,68 KM 2 e uma altitude aproximada de 653 m e distando 198,2 km da capital, com acesso pela BR 232. De acordo com o censo 2010 do IBGE, a população residente local é de 21.955 habitantes, sendo a população urbana representada por 57%(12.500) e 43%(9.455) em área rural. Os habitantes do sexo masculino representam 49%(10.760) e mulheres 51% (11.195) com uma densidade demográfica de 81,7 hab./km2. A unidade de saúde da família (USF) Cidadania,localizada neste cidade integra um cadastro de 1601 famílias,representando um total de 5024 moradores ,sendo 43,7 % do masculino e 56% do sexo feminino,distribuídos na seguinte faixa etária: <1 ano:0,43% 1-4 anos:3,8% 5-6 anos:2,5% 7-9 anos:4,6% 10-14 anos:8,5% 15-19 anos:8,9% 20-39 anos : 33,2% 40-49 anos:12,68% 50-59 anos:9,89 % > 60 anos 15,4%. No cadastro do HIPERDIA temos o registro de 520 pacientes com HAS (prevalência=10,35%) 125 diabéticos (p=2,48%).A população idosa acima de 60 anos representa 64,7%(417) deste cadastro,porém verificamos uma baixa adesão medicamentosa por esta população durantes as consultas de rotina ,reuniões com a equipe e nas visitas domiciliares. Sendo que cerca de 35% (146) destes idosos mantinham um tratamento farmacológico irregular com erros de tomada das medicações,sem horários fixos,dificuldade na identificação das droga e para qual finalidade elas serviam,refletindo assim em instabilidade de suas condições clínicas. Surgindo assim, a ideia e a necessidade de formular uma proposta de intervenção pela equipe de saúde,para reorientar a prática do cuidado e um manejo mais claro e eficiente para esta população. Segundo Lyra júnior (2006), a deficiência da adesão, entre os idosos portadores de hipertensão arterial, tem relação direta com diversos fatores associados à falta de informação sobre o tratamento. A educação ao paciente pode proporcionar a conscientização quanto ao seu estado de saúde e à necessidade do uso correto dos medicamentos, tornando o tratamento mais efetivo e seguro e a maior interação entre os profissionais de saúde poderá reduzir diversos problemas relacionados aos
  • 9. 9 medicamentos, da prescrição à administração e reduzir custos do sistema de saúde. Spinato et al (2010) citado por Girotto (2011), afirma que os principais motivos alegados por aqueles que não aderiam ao tratamento medicamentoso eram o esquecimento e achar que a pressão arterial estava controlada,revelando a necessidade de se estabelecer medidas que permitam ao paciente compreender sua doença e a importância da adaptação a uma situação que exige mudanças comportamentais contínuas e que favoreçam o cumprimento das medidas terapêuticas indicadas. Além de todas as limitações físicas e emocionais do paciente idoso, a adesão medicamentosa pode sofrer influencias na figura do cuidador,que num processo multifatorial e indevidamente orientado pode provocar um transtorno ainda maior na vida de um idoso com problemas de saúde (MARIN,2008). Marin (2008), ainda afirma que condições como cronicidade de doenças,uso de múltiplos medicamentos,efeitos adversos e a falta de uma adequada prescrição médica,são fatores que podem contribuir negativamente no estado de saúde desta população,tudo isso agravado pela não adesão ao tratamento correto.
  • 10. 10 OBJETIVOS Geral Propor atividades educativas a fim de esclarecer sobre a administração correta dos medicamentos utilizados no HIPERDIA, tendo como público alvo os pacientes, os cuidadores e os agentes comunitários de saúde. Específicos 1.Fornecer educação continuada aos agentes comunitários de saúde. 2.Formar grupos de apoio ao HIPERDIA. 3.Agendar atendimento médico baseado no cadastro do HIPERDIA. 4.Capacitar os cuidadores familiares na atenção a saúde do idoso.
  • 11. 11 METODOLOGIA Trata-se de um projeto de intervenção na USF-Cidadania, no município de Sanharó-PE,realizado pela equipe de saúde com base em pesquisa e observação de campo e revisão bibliográfica em banco de dados da BVS, Scielo e BIREME. CENÁRIO DE INTERVENÇÃO: O projeto se insere nas atividades diárias de atuação de médico(a),enfermeiro(a) e ACSs na própria unidade de saúde, durante as visitas domiciliares,reuniões com a equipe, em grupos de palestras e grupos de apoio formados em outros espaços sociais(igrejas, escolas,associações de moradores e etc.). CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS A equipe de saúde composta por médico(a),enfermeiro(a),agentes comunitários de saúde(ACSs),técnico(a) e/ou auxiliar de enfermagem compõem o grupo mínimo responsáveis pelas ações desta intervenção. E o grupo alvo é representado pelo pacientes acima de 60 anos cadastrados no programa do HIPERDIA e seus cuidadores familiares. O Profissional de enfermagem é o responsável pela coordenação dos cadastros realizados pelos ACSs, orientações técnicas aos auxiliares de enfermagem ,além de palestrante e ator ativo na educação permanente aos ACSs e à população. Neste cenário, os agentes de saúde representam papel ímpar,pois realizam o cadastro de uma população já conhecida por eles e que transmitem confiança e maior facilidade na identificação de fatores que podem estar interferindo na administração correta dos medicamentos em uso. Os técnicos e auxiliares de enfermagem integram o momento de aferições de pressão arterial e níveis de glicemia capilar durante as visitas domiciliares e durantes as avaliações na unidade de saúde. E estruturando a coordenação de cursos e palestras,monitorização,controle e acompanhamento dos pacientes de maior risco em potencial, o profissional médico integra uma equipe com responsabilidades de atingir metas não muito irreais e factíveis ao universo da atenção básica. ETAPAS DA INTERVENÇÃO:
  • 12. 12 A intervenção inicia-se com o cadastro e atualização de todos os pacientes do HIPERDIA,realizados pelos ACSs em um período de 2 meses,realizadas por visitas domiciliares. Concomitantemente ,realiza-se uma capacitação aos agentes de saúde com intuito de explicar a utilização do teste de Moriski-Green(BEN;NEUMANN;MENGUE,2012) a todos os pacientes com a realização das perguntas orientadoras: Nos últimos dois meses:Esqueceu alguma vez de tomar o medicamento para o problema de saúde? Toma os medicamentos nos horários indicados?Quando se encontra bem, deixa de tomar o medicamento?Se alguma vez se sente mal, deixa de tomar o medicamento? (3 ou 4 respostas :”sim”, classifica-se como baixa adesão,1 ou 2 respostas positivas, como média adesão e nenhuma resposta como alta adesão ao tratamento). Com isto, seleciona se o publico alvo de idosos acima de 60 anos,seu nível de adesão à terapêutica medicamentosa,número de medicamentos que toma por dia,presença de outras comorbidades(Obesidade,sequela de AVC,doença coronariana,nefropatia diabética ou hipertensiva) e classifica-se em baixo,médio ou alto risco de acordo com estes dados associados. Estas variáveis (nível de adesão ao tratamento, comorbidades e número de medicamentos) podem ser agrupadas e formada uma breve classificação de risco a estes pacientes: Baixo risco: alto nível de adesão,sem comorbidades e doença compensada com monoterapia. Médio risco: média adesão, presença de 1 comorbidade e doença compensada com uso de mais de 1 ou 2 drogas. Alto risco: baixa adesão medicamentosa. Presença de mais de 1 comorbidade e doença compensada com mais de 3 drogas ou descompensada. Esta classificação serve para direcionar com ordem pela gravidade as novas consultas e reavaliações, pacientes que não procuram o serviço de saúde e avaliação dos pacientes com baixa adesão e com riscos de agravo. O próximo passo deve haver um curso de capacitação aos ACSs e a formação de cuidadores familiares de idosos , administrado por médico(a) e/ou enfermeiro (a),antes do inicio das palestras e formação de grupos de apoio. Este mini curso deve incluir aspectos de farmacologia básica,efeitos colaterais e interações medicamentosas sobre as
  • 13. 13 drogas disponíveis na UBS para o tratamento de hipertensão e diabetes com ênfase às consequências da baixa adesão terapêutica,orientações sobre posologia e efeitos adversos dos medicamentos e atenção aos pacientes com manejo mais difícil. Com o perfil detalhado dos idosos já conhecido, iniciam se as atividades práticas de consulta médica agendada com reavaliações a cada 2 ou 3 meses.Esta alta demanda de consultas exige uma dedicação de pelo menos 2 dias da semana para estes pacientes,além de visitas domiciliares ao acamados e espaço na agenda para os demais atendimentos não agendados.Isto demanda uma boa gerência da agenda clínica,lembrando das atividades educativas semanais,reuniões com a equipe e com a comunidade,visando o respeito ao principio da equidade a estes pacientes. A implementação de palestras semanais é fator essencial ao intuito de manter educação continuada a comunidade e a própria equipe de saúde atualizada. Realizada por médico, enfermeira e ACSs, as palestras podem ser conduzidas com a utilização de instrumentos clássicos e expositivos ou de uma forma mais interativa,como uma “roda de conversa” com idosos do HIPERDIA. Já neste momento,faz interesse ao estimulo da formação de grupos de apoio aos paciente do grupo,não somente na USF,mas em outros ambientes a depender da localização e facilidade de reunião dos pacientes. Além de explanação sobre doenças, deve se lembrar das estratégias de intervenções comportamentais para melhorar a adesão ao tratamento,durante estes encontros. As intervenções comportamentais podem ser promovidas por meio do aumento da comunicação e aconselhamento individual,por intervenção do profissional de saúde durante a consulta,com seguimento direto por via telefônica,mensagens telefônicas automáticas ou intervenção familiar. Incluindo simplificação do esquema terapêutico,sempre que possível diminuindo doses e número total de fármacos,envolvendo o paciente no seu tratamento, e estimulando a auto monitorização da doença (glicemia e pressão arterial) . Outras medidas referem se aos lembretes,incluindo construção de embalagens especiais que criem um ambiente familiar e que diminuam as tomadas equivocadas por erro de leitura ou esquecimento,incluindo dia da semana,turnos do dia esquematizados (sol e lua),caixas de medicamentos especificadas para cada doença. Além da criação de alertas em celulares para lembrança de consultas,realização de exames e troca de receitas.
  • 14. 14 E finalmente como medidas avaliativas sobre a melhoria da adesão medicamentosa,sugere se a repetição do teste de Moriski-Green com intervalo de 1 ano,novamente para todos os integrantes do HIPERDIA,ou no período avaliativo parcial. Monitorar através de busca ativa e notificações mensais pelo ACS, dos registros dos pacientes internados no hospital local por complicações de hipertensão ou diabetes,esta medida é fundamental no acompanhamento aos pacientes mais críticos e deve ser acordado os detalhes de quais pacientes notificar com a equipe de saúde e administração do hospital,exemplificando os pacientes acima de 60 anos e moradores incluídos na área adscrita da USF. Medidas diretas de dosagem de glicemia e aferição da pressão arterial, também são medidas uteis para verificar a adequação medicamentosa e adesão ao tratamento. Estas medidas podem ser feitas nos dias de atendimento agendado,realizado na própria unidade de saúde pelo profissional técnico. Além de repetição de exames laboratoriais de acordo com os protocolos de HAS e DM do ministério da saúde.
  • 15. 15 CRONOGRAMA PERÍODO DE REALIZAÇÃO 2013 2014 Ação Nov Dez Jan fev Mar Abr Mai Jun Elaboração do Projeto de Intervenção Diagnóstico de área e atualização cadastral do HIPERDIA Procedimentos - Passo 1: Capacitação dos ACSs Passo 2: Aplicação do teste de Moriski-Green 1. Busca ativa de pacientes com baixa adesão medicamentosa. 2. Monitoramento de internação hospitalar de pacientes do HIPERDIA. 3. Realização de consultas agendadas.
  • 16. 16 Passo 3: 1. Formação de grupos de apoio ao HIPERDIA. 2. Curso de capacitação para cuidadores de idosos. Passo 4: Inicio de palestras semanais Avaliação Relatório parcial Relatório final
  • 17. 17 ORÇAMENTO E FINANCIAMENTO Quadro. Orçamento Item Quantidade Valor unitário (R$) Valor Total (R$) Materiais Resma de papel A4 03 R$=14,60 R$=43,8 Cartucho preto–impressora Epson 02 R$=26,00 R$=52,0 Caixa de caneta-50 unidades 01 R$= 32,00 R$=32,0 Esfigmomamômetro 03 R$= 50,00 R$=150 Glicosímetro 02 R$= 50,00 R$=100 Fita para glicemia-50 unidades 03 R$ =60,00 R$=120 Materias de consumo-higiene. Diversos R$=300 Total R$=797,8
  • 18. 18 VIABILIDADE A implementação do projeto,mostra se viável no objetivo principal que é um monitoramento mais fidedigno do uso correto dos medicamentos, segundo sua prescrição aos pacientes idosos do HIPERDIA.Essa nova forma de gerenciar e organizar estes dados,beneficiará principalmente, os pacientes com maiores comorbidades e dificuldades técnicas e sociais na tomada de seus medicamentos.Com a equipe unida,estimulada na implementação das ações e apoiada por movimentos sociais e políticos locais,o intuito de prevenção de agravos relacionados à hipertensão arterial e ao diabetes podem ser minimizados com tal iniciativa.O baixo custo operacional,a disponibilidade de recursos humanos , as instalações e os insumos da própria unidade de saúde já presentes, facilitam a implantação das ações.Com um cronograma flexível, ao longo de quase 1 ano, e realizadas durante a própria atividade do profissional, o projeto estimula uma atitude de motivação e desafios,que associados a resultados favoráveis,facilitará a concepção da saúde do idoso,como uma atenção especial e um cuidado contínuo a estes pacientes.
  • 19. 19 RESULTADOS PRETENDIDOS Pretende se como intuito maior, criar uma conscientização por parte dos ACSs, pacientes e cuidadores de idosos, sobre a importância de administração correta dos medicamentos, atentos a horários, formas de administração, efeitos colaterais e interações medicamentosas. Com isto, refletindo em bem estar e diminuição de complicações e internações hospitalares por descompensações clínicas por mau monitoramento e erros de administração. Pretende-se ao final do ano de atuação, conhecer detalhadamente o perfil dos idosos do HIPERDIA, os pacientes mais graves, quantos internamentos, óbitos e sequelas relacionadas a HAS e/ou DM,conhecendo e definindo as seguintes metas e resultados: 1.Cadastro e atualização semestral dos idosos do HIPERDIA(417). 2.Consulta médica agendada de 100% dos idosos do cadastro. 4.Reduzir em pelo menos 40% a baixa adesão e os erros de tomada medicamentosa. 5.Reduzir em pelo menos 30% o numero de internações anuais por efeitos adversos dos medicamentos e sequelas por HAS e DM. 6.Capacitar todos os ACSs e cuidadores de idosos na identificação de erros de administração,efeitos colaterais,interações medicamentosas e baixa adesão aos medicamentos do HIPERDIA.
  • 20. 20 REFERÊNCIAS 1. BEN, Angela Jornada; NEUMANN, Cristina Rolim; MENGUE, Sotero Serrate. Teste de Morisky-Green e Brief Medication Questionnaire para avaliar adesão a medicamentos. Rev. Saúde Pública, São Paulo , v. 46, n. 2, Apr. 2012 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102012000200010 &lng=en&nrm=iso>. access on 10 Dec. 2013. Epub Feb 14, 2012. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102012005000013. 2. BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades. Disponivel em: <http://cidades.ibge.gov.br/painel/painel.php?codmun=261240>. Acesso em 10 Dez. 2013. 3. CARVALHO, Andre Luis Menezes; LEOPOLDINO, Ramon Weyler Duarte; SILVA, Jose Eduardo Gomes da and CUNHA, Clemilton Pereira da. Adesão ao tratamento medicamentoso em usuários cadastrados no Programa Hiperdia no município de Teresina (PI). Ciênc. saúde coletiva [online]. 2012, vol.17, n.7, pp. 1885-1892. ISSN 1413-8123. 4. DEL DUCA, Giovâni Firpo; THUME, Elaine; HALLAL, Pedro Curi. Prevalência e fatores associados ao cuidado domiciliar a idosos.Rev. Saúde Pública, São Paulo , v. 45, n. 1, Feb. 2011 . Available from <http://www.scielo.br /scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102011000100013&lng=en&nrm=iso>. access on 10 Nov. 2013. Epub Oct 29, 2010. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102010005000047. 5. FERREIRA, Celma Lúcia Rocha Alves; FERREIRA, Márcia Gonçalves. Características epidemiológicas de pacientes diabéticos da rede pública de saúde: análise a partir do sistema HiperDia. Arq Bras Endocrinol Metab, São Paulo , v. 53, n. 1, Feb. 2009 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0004-27302009000100012 &lng=en&nrm=iso>. access on 10 Nov. 2013. http://dx.doi.org/10.1590/S0004-27302009000100012. 6. FRANCO, Juliana Nogueira et al . Percepção da equipe de enfermagem sobre fatores causais de erros na administração de medicamentos. Rev. bras. enferm., Brasília , v. 63, n. 6, Dec. 2010 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0034-71672010000600009&lng=en&nrm=iso>. access on 10
  • 21. 21 Nov. 2013. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672010000600009. 7. GIROTTO, Edmarlon et al . Adesão ao tratamento farmacológico e não farmacológico e fatores associados na atenção primária da hipertensão arterial. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 18, n. 6, jun. 2013 . Disponível em <http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-8123201300140002 7&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 10 dez. 2013. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232013001400027. 8. MARIN, Maria José Sanches et al . Caracterização do uso de medicamentos entre idosos de uma unidade do Programa Saúde da Família. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 24, n. 7, July 2008 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2008000700009& lng=en&nrm=iso>. access on 10 Nov. 2013. http://dx.doi.org/10.1590/S0102- 311X2008000700009. 9. NUNES, Carla Cafarate; AMADOR, Tânia Alves; HEINECK, Isabela. O medicamento na rotina de trabalho dos agentes comunitários de saúde da unidade básica de saúde Santa Cecília, em Porto Alegre, RS, Brasil. Saude soc., São Paulo , v. 17, n. 1, Mar. 2008 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0104-12902008000100008&lng=en&nrm=iso>. access on 10 Nov. 2013. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902008000100008. 10. ROCHA JUNIOR, Paulo Roberto et al . Efeito da capacitação dos cuidadores informais sobre a qualidade de vida de idosos com déficit de autocuidado. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 16, n. 7, July 2011 . Available from <http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-8123201100080001 3&lng=en&nrm=iso>. access on 10 Dec. 2013. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232011000800013 11. SASS, Arethuza et al . Depressão em idosos inscritos no Programa de Controle de hipertensão arterial e diabetes mellitus. Acta paul. enferm., São Paulo , v. 25, n. 1, 2012 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid= S0103-21002012000100014&lng=en&nrm=iso>. access on 10 Nov. 2013. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-21002012000100014 12. SILVA, Carla Silvana Oliveira et al . Avaliação do uso de medicamentos pela população idosa em Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. Esc. Anna Nery, Rio de Janeiro , v. 14, n. 4, Dec. 2010 . Available from
  • 23. 23