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Relat´rio de F´
                                  o        ısica Experimental 1 -
              Davidson de Faria, Mariano E. Chaves, Otavio Raposo, Rafael S. Pereira
                                  ICEX - F´ısica Computacional
                                            22 de fevereiro de 2013


1    Resumo
    Este relat´rio, realizado no laborat´rio de f´
              o                         o        ısica experimental do ICEX, teve como objetivo apresentar, sob forma
gr´fica, os dados experimentais obtidos na observa¸˜o da extens˜o de uma mola por diversas massas sob a¸˜o da
  a                                                    ca            a                                         ca
gravidade, e comparar os resultados finais com a teoria da lei de Hooke, o modelo padr˜o que explica a dinˆmica
                                                                                           a                    a
de um corpo el´stico. Utilizamos a t´cnica matem´tica dos m´
                 a                      e               a          ınimos quadrados para encontrar o melhor modelo
que se aproximasse dos dados experimentais. Os resultados finais da compara¸˜o foram bastante satisfat´rios, com
                                                                                ca                         o
uma discrepˆncia relativa de 1, 8%.
             a


2    Introdu¸˜o
            ca
    A lei de Hooke foi formulada em 1678 pelo cientista inglˆs Robert Hooke, no qual ele preve a intensidade de uma
                                                            e
for¸a restauradora para materiais el´sticos. Este relat´rio, cujos experimentos foram realizados no dia (DATA) de
   c                                  a                 o
janeiro de 2013 no laborat´rio de F´
                            o       ısica experimental 1, no ICEx-UFF, teve como foco o estudo do comportamento
dessa for¸a restauradora a partir da lei de Hooke. Realizamos a observa¸˜o de como o peso do objeto deformava uma
          c                                                             ca
certa mola e realizando certas medi¸˜es identificamos a constate el´stica da mola. O objetivo final era apresentar os
                                    co                              a
dados obtidos experimentalmente atrav´s de um gr´fico utilizando a t´cnica matem´tica dos m´
                                          e         a                  e            a           ınimos quadrados, e
comparar a constante el´stica com o modelo te´rico de Hooke.
                          a                      o


3    Teoria
    A teoria utilizada para a comparar a qualidade dos dados experimentais foi a Lei de Hook, descrita a seguir:
dada uma deforma¸˜o ∆x sobre o comprimento de uma certa mola existir´ ent˜o uma for¸a de rea¸˜o F realizada
                    ca                                                  a    a          c       ca
pela mola de intensidade diretamente proporcional a deforma¸˜o, desde que tal deforma¸˜o n˜o seja muito grande,
                                                           ca                        ca a
isto ´:
     e
                                                  F = −µ∆x                                                  (1)


Um esquema te´rico do nosso experimento pode ser observado abaixo:
             o

(DESENHO)

Chamaremos de m a massa que deforma a mola, F a for¸a de rea¸˜o da mola, P o peso da massa m e g a
                                                           c        ca
acelera¸˜o da gravidade, que tomamos como 9, 81m/s2 . Analiticamente, a partir da mecˆnica newtoniana, pode-
       ca                                                                            a
mos deduzir o c´lculo da constante el´stica da mola, como se segue:
               a                     a
                                                                  m.g     P
                                  F = P ⇒ µ.∆x = m.g ⇒ µ =            ⇒µ=                                         (2)
                                                                  ∆x      ∆x
A incerteza da constante el´stica ´ dada por:
                           a      e

                                                       δP.∆x + δ(∆x).P
                                                δµ =                                                              (3)
                                                            (∆x)2




                                                           1
4     Experimento
    O experimento foi realizado utilizando um suporte com haste (NOME DO EQUIPAMENTO) no qual era presa
uma mola. Na haste ficava presa um medidor (r´gua) de incerteza aproximada de 0,2 cm. Numeramos as seis
                                                  e
massas de 1 ` 6. As massas foram medidas em uma balan¸a digital da marca Marte (modelo AS1000C) de precis˜o
            a                                           c                                                  a
instrumental 0,00001 Kg cuidadosamente calibrada. As massas medidas na balan¸a se encontram na tabela abaixo:
                                                                            c

(TABELA 1)

Agrupamos as massas em conjuntos e somamos a massa total de cada conjunto, dados na tabela abaixo:

(TABELA 2)

Realizamos os experimento da seguinte forma: calibramos o medidor preso a haste do suporte de forma que o
ponto zero coincidisse com a extremidade de baixo da mola quando essa estivesse em seu tamanho natural, isto ´, e
sem estar sob o efeito de nenhuma fora de distens˜o. A partir da´ para cada conjunto de massas (descrito na tabela
                                                 a              ı,
anterior), medimos a distens˜o da mola (∆x) quando esta estava sob o efeito de cada peso respectivo (P = m.g,
                             a
com g = 9, 81m/s2 ). Os dados encontrados est˜o relacionados na tabela abaixo:
                                               a

(TABELA 3)


5     Resultados
   A partir da nossa teoria e dos dados obtidos, pudemos calcular a constante el´stica para cada experimento dado,
                                                                                a
com seus respectivos erros:

(TABELA 4)

Portanto, a constante el´stica te´rica ´ dada pela m´dia das constantes obtidas em cada experimento. A in-
                         a       o     e              e
certeza ´ dada pelo desvio padr˜o da medida. Ou seja:
        e                      a

µ = (7, 5 ± 0, 3) N/m

Plotamos os pontos da forma (∆x, P ) em um papel quadriculado utilizando as seguintes escalas:
                            (0,089−0,014)       0,075
    • Escala Horizontal:         180        =    180     = 4, 166.10−4 ⇒ 5.10−4 : 1mm
                         (0,6849−0,0982)        0,5867
    • Escala Vertical:         280          =    280     = 2, 095.10−3 ⇒ 3.10−3 : 1mm

Com a tabela obtida atrav´s das observa¸˜es experimentais, utilizamos a t´cnica matem´tica dos m´
                         e             co                                e           a          ınimos quadrados
para tra¸ar a reta que melhor descreve a posi¸˜o dos pontos em nosso gr´fico. Os coeficientes obtidos pelo m´todo
        c                                    ca                          a                                 e
dos m´ınimos quadrados, considerando uma reta Y = A + BX, s˜o dados abaixo com suas respectivas incertezas:
                                                                 a
    • Coeficiente Linear: A = −0.00102 ± 0, 00004
    • Coeficiente Angular: B = 7.633 ± 0.001

Como a constante el´stica da mola ´ dada pela inclina¸˜o da reta tangente ` curva da for¸a pela varia¸˜o de com-
                     a               e                 ca                 a             c            ca
primento da mola, e o gr´fico neste caso ´ uma reta, ent˜o a constante el´stica da mola ´ o coeficiente angular de
                         a                e               a             a              e
tal reta. Logo, a constante el´stica obtida experiementalmente ´:
                              a                                e

µ = (7, 633 ± 0, 001) N/m

Observa¸˜o: o erro m´
        ca             ınimo da escala horizontal do gr´fico ´ da ordem de 0,0005, enquanto que o incerteza do
                                                       a     e
da varia¸˜o de comprimento da mola ´ da ordem de 0,002. Portanto, a barra de erro tomada na escala horizontal
        ca                            e
foi de 4 mm para esquerda e direita em cada ponto. O erro m´    ınimo da escala vertical do gr´fico ´ da ordem de
                                                                                              a    e
0,003, enquanto que a incerteza do peso varia, mas em geral ´ bem menor (da ordem de 0,0001) que o erro m´
                                                            e                                               ınimo
da escala (de 0,003). Portanto, a barra de erro tomada na escala vertical foi de 1 mm para cima e para baixo (erro


                                                                   2
m´
 ınimo da escala).

O gr´fico resultante pode ser visto em seguida:
    a

   ´
(GRAFICO)


6     Conclus˜o
             a
    • Constante El´stica Te´rica: µ = (7, 5 ± 0, 3) N/m
                  a        o
    • Constante El´stica Experimental: µ = (7, 633 ± 0, 001) N/m
                  a

    • Discrepˆncia: 0, 133 N/m
             a
    • Discrepˆncia relativa: 1, 8%
             a

Conclu´ ımos, ao final da an´lise dos dados, que a constante el´stica obtida experimentalmente coincide, dentro da
                           a                                  a
margem de erro, com a constante el´stica te´rica. Isto sugere que o modelo da lei de Hooke descreve de forma
                                      a       o
acurada o fenˆmeno da distens˜o das molas. Sugerimos, para melhorar a qualidade dos dados obtidos, que sejam
               o                a
realizadas observa¸˜es em maior quantidade, assim como a aplica¸˜o de t´cnicas estat´
                   co                                              ca      e          ısticas, a fim de melhorar a
precis˜o das medidas, especialmente a medida das varia¸˜es de comprimento na mola, que apresentaram incertezas
      a                                                co
consideravelmente maiores.


7     Bibliografia
   HALLIDAY, David, Resnik Robert, Krane, Denneth S. F´   ısica 2, volume 1, 5 Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004.
384 p.
Lei de Hooke. In Infop´dia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-02-22]. Dispon´
                      e                                                                               ıvel na
www: URL: http://www.infopedia.pt/$lei-de-hooke.




                                                          3

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Relatorio lei de_hooke

  • 1. Relat´rio de F´ o ısica Experimental 1 - Davidson de Faria, Mariano E. Chaves, Otavio Raposo, Rafael S. Pereira ICEX - F´ısica Computacional 22 de fevereiro de 2013 1 Resumo Este relat´rio, realizado no laborat´rio de f´ o o ısica experimental do ICEX, teve como objetivo apresentar, sob forma gr´fica, os dados experimentais obtidos na observa¸˜o da extens˜o de uma mola por diversas massas sob a¸˜o da a ca a ca gravidade, e comparar os resultados finais com a teoria da lei de Hooke, o modelo padr˜o que explica a dinˆmica a a de um corpo el´stico. Utilizamos a t´cnica matem´tica dos m´ a e a ınimos quadrados para encontrar o melhor modelo que se aproximasse dos dados experimentais. Os resultados finais da compara¸˜o foram bastante satisfat´rios, com ca o uma discrepˆncia relativa de 1, 8%. a 2 Introdu¸˜o ca A lei de Hooke foi formulada em 1678 pelo cientista inglˆs Robert Hooke, no qual ele preve a intensidade de uma e for¸a restauradora para materiais el´sticos. Este relat´rio, cujos experimentos foram realizados no dia (DATA) de c a o janeiro de 2013 no laborat´rio de F´ o ısica experimental 1, no ICEx-UFF, teve como foco o estudo do comportamento dessa for¸a restauradora a partir da lei de Hooke. Realizamos a observa¸˜o de como o peso do objeto deformava uma c ca certa mola e realizando certas medi¸˜es identificamos a constate el´stica da mola. O objetivo final era apresentar os co a dados obtidos experimentalmente atrav´s de um gr´fico utilizando a t´cnica matem´tica dos m´ e a e a ınimos quadrados, e comparar a constante el´stica com o modelo te´rico de Hooke. a o 3 Teoria A teoria utilizada para a comparar a qualidade dos dados experimentais foi a Lei de Hook, descrita a seguir: dada uma deforma¸˜o ∆x sobre o comprimento de uma certa mola existir´ ent˜o uma for¸a de rea¸˜o F realizada ca a a c ca pela mola de intensidade diretamente proporcional a deforma¸˜o, desde que tal deforma¸˜o n˜o seja muito grande, ca ca a isto ´: e F = −µ∆x (1) Um esquema te´rico do nosso experimento pode ser observado abaixo: o (DESENHO) Chamaremos de m a massa que deforma a mola, F a for¸a de rea¸˜o da mola, P o peso da massa m e g a c ca acelera¸˜o da gravidade, que tomamos como 9, 81m/s2 . Analiticamente, a partir da mecˆnica newtoniana, pode- ca a mos deduzir o c´lculo da constante el´stica da mola, como se segue: a a m.g P F = P ⇒ µ.∆x = m.g ⇒ µ = ⇒µ= (2) ∆x ∆x A incerteza da constante el´stica ´ dada por: a e δP.∆x + δ(∆x).P δµ = (3) (∆x)2 1
  • 2. 4 Experimento O experimento foi realizado utilizando um suporte com haste (NOME DO EQUIPAMENTO) no qual era presa uma mola. Na haste ficava presa um medidor (r´gua) de incerteza aproximada de 0,2 cm. Numeramos as seis e massas de 1 ` 6. As massas foram medidas em uma balan¸a digital da marca Marte (modelo AS1000C) de precis˜o a c a instrumental 0,00001 Kg cuidadosamente calibrada. As massas medidas na balan¸a se encontram na tabela abaixo: c (TABELA 1) Agrupamos as massas em conjuntos e somamos a massa total de cada conjunto, dados na tabela abaixo: (TABELA 2) Realizamos os experimento da seguinte forma: calibramos o medidor preso a haste do suporte de forma que o ponto zero coincidisse com a extremidade de baixo da mola quando essa estivesse em seu tamanho natural, isto ´, e sem estar sob o efeito de nenhuma fora de distens˜o. A partir da´ para cada conjunto de massas (descrito na tabela a ı, anterior), medimos a distens˜o da mola (∆x) quando esta estava sob o efeito de cada peso respectivo (P = m.g, a com g = 9, 81m/s2 ). Os dados encontrados est˜o relacionados na tabela abaixo: a (TABELA 3) 5 Resultados A partir da nossa teoria e dos dados obtidos, pudemos calcular a constante el´stica para cada experimento dado, a com seus respectivos erros: (TABELA 4) Portanto, a constante el´stica te´rica ´ dada pela m´dia das constantes obtidas em cada experimento. A in- a o e e certeza ´ dada pelo desvio padr˜o da medida. Ou seja: e a µ = (7, 5 ± 0, 3) N/m Plotamos os pontos da forma (∆x, P ) em um papel quadriculado utilizando as seguintes escalas: (0,089−0,014) 0,075 • Escala Horizontal: 180 = 180 = 4, 166.10−4 ⇒ 5.10−4 : 1mm (0,6849−0,0982) 0,5867 • Escala Vertical: 280 = 280 = 2, 095.10−3 ⇒ 3.10−3 : 1mm Com a tabela obtida atrav´s das observa¸˜es experimentais, utilizamos a t´cnica matem´tica dos m´ e co e a ınimos quadrados para tra¸ar a reta que melhor descreve a posi¸˜o dos pontos em nosso gr´fico. Os coeficientes obtidos pelo m´todo c ca a e dos m´ınimos quadrados, considerando uma reta Y = A + BX, s˜o dados abaixo com suas respectivas incertezas: a • Coeficiente Linear: A = −0.00102 ± 0, 00004 • Coeficiente Angular: B = 7.633 ± 0.001 Como a constante el´stica da mola ´ dada pela inclina¸˜o da reta tangente ` curva da for¸a pela varia¸˜o de com- a e ca a c ca primento da mola, e o gr´fico neste caso ´ uma reta, ent˜o a constante el´stica da mola ´ o coeficiente angular de a e a a e tal reta. Logo, a constante el´stica obtida experiementalmente ´: a e µ = (7, 633 ± 0, 001) N/m Observa¸˜o: o erro m´ ca ınimo da escala horizontal do gr´fico ´ da ordem de 0,0005, enquanto que o incerteza do a e da varia¸˜o de comprimento da mola ´ da ordem de 0,002. Portanto, a barra de erro tomada na escala horizontal ca e foi de 4 mm para esquerda e direita em cada ponto. O erro m´ ınimo da escala vertical do gr´fico ´ da ordem de a e 0,003, enquanto que a incerteza do peso varia, mas em geral ´ bem menor (da ordem de 0,0001) que o erro m´ e ınimo da escala (de 0,003). Portanto, a barra de erro tomada na escala vertical foi de 1 mm para cima e para baixo (erro 2
  • 3. m´ ınimo da escala). O gr´fico resultante pode ser visto em seguida: a ´ (GRAFICO) 6 Conclus˜o a • Constante El´stica Te´rica: µ = (7, 5 ± 0, 3) N/m a o • Constante El´stica Experimental: µ = (7, 633 ± 0, 001) N/m a • Discrepˆncia: 0, 133 N/m a • Discrepˆncia relativa: 1, 8% a Conclu´ ımos, ao final da an´lise dos dados, que a constante el´stica obtida experimentalmente coincide, dentro da a a margem de erro, com a constante el´stica te´rica. Isto sugere que o modelo da lei de Hooke descreve de forma a o acurada o fenˆmeno da distens˜o das molas. Sugerimos, para melhorar a qualidade dos dados obtidos, que sejam o a realizadas observa¸˜es em maior quantidade, assim como a aplica¸˜o de t´cnicas estat´ co ca e ısticas, a fim de melhorar a precis˜o das medidas, especialmente a medida das varia¸˜es de comprimento na mola, que apresentaram incertezas a co consideravelmente maiores. 7 Bibliografia HALLIDAY, David, Resnik Robert, Krane, Denneth S. F´ ısica 2, volume 1, 5 Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004. 384 p. Lei de Hooke. In Infop´dia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-02-22]. Dispon´ e ıvel na www: URL: http://www.infopedia.pt/$lei-de-hooke. 3