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Relat´rio de F´
                 o        ısica Experimental 1
 Davidson de Faria, Mariano E. Chaves, Otavio Raposo, Rafael S. Pereira
                     ICEX - F´ısica Computacional
                             2 de janeiro de 2013


1     Resumo
O experimento realizado no laborat´rio teve como objetivo calcular a densidade
                                    o
de trˆs s´lidos. A densidade de cada objeto ´ a rela¸˜o entre a sua massa e o
      e o                                      e       ca
seu volume. Devido a falta de precis˜o dos instrumentos utilizados, paqu´
                                     a                                    ımetro
e balan¸a, tivemos que calcular o erro propagado nas medidas indiretas. En-
        c
contramos resultados suficientemente confi´veis, como se segue: paralelep´
                                           a                               ıpedo
- (2, 68 ± 0, 02).10−3 g/mm3 ; cilindro - (1, 41 ± 0, 01).10−3 g/mm3 ; e esfera -
(1, 188 ± 0, 008).10−3 g/mm3 .


2     Introdu¸˜o
             ca
Desde tempos antigos existe v´rios estudos sobre caracter´
                                a                             ısticas dos materiais.
O ser humano vem evoluindo o que pode criar e chegou o tempo em que este
criou a habilidade da forja, mas a partir deste ponto surgia um grande poblema.
”Como saber se um objeto ´ realmente feito de material puro?”Um rei poderia
                             e
querer sua pr´pria coroa de ouro, mas como saber que esta n˜o conteria prata ou
               o                                                a
at´ mesmo bronze em sua composi¸˜o? Derreter o material n˜o seria aplic´vel,
   e                                ca                             a            a
pois n˜o haveria como recuper´-lo, ent˜o se criou a ideia da densidade. Sendo
       a                        a        a
que cada material teria sua pr´pria caracter´
                                o              ıstica, este tamb´m teria uma den-
                                                                  e
sidade pr´pria e logo um objeto constru´ de material puro deveria conter as
           o                               ıdo
caracter´ısticas do material puro.
Este trabalho, cujos experimentos foram realizados no laborat´rio de f´
                                                                    o       ısica ex-
perimental 1 do ICEX-UFF no dia 18 de dezembro de 2012, tem como objetivo
calcular a densidade de trˆs s´lidos distintos, sendo eles: um paralelep´
                           e o                                            ıpedo, um
cilindro e uma esfera.


3     Teoria
    • Propaga¸˜o de Erro: Como sabemos, n˜o existe instrumento ideal, e por-
              ca                             a
      tanto qualquer medida realizada cont´m um erro m´
                                           e             ınimo. O erro de me-
      didas diretas ´ determinado pelo instrumento utilizado, pelo operador e
                    e


                                         1
pelas condi¸˜es gerais do ambiente. O erro de medidas indiretas ´ de-
               co                                                        e
  terminado matematicamente atrav´s de uma teoria de propaga¸˜o de er-
                                          e                         ca
  ros. Seja z = f (x1 , x2 , ..., xn ) uma grandeza indireta, onde δz ´ o erro
                                                                      e
  desta grandeza, dependente das grandezas x1 , x2 , ..., xn de erros respec-
  tivos δx1 , δx2 , ..., δxn . Temos ent˜o que:
                                        a
                       ∂z        ∂z               ∂z
                δz =       δx1 +     δx2 + ... +     δxn                  (1)
                       ∂x1       ∂x2             ∂xn
• Densidade: Cada objeto possui associado a si uma densidade espec´   ıfica.
  Densidade ´ uma grandeza f´
            e                  ısica definida pela rela¸˜o entre a massa e o
                                                      ca
  volume de um objeto. Sendo m a densidade associada a um objeto e V o
  seu volume, ent˜o a densidade ρ desse objeto ´ dada por:
                 a                              e
                                        m
                                    ρ=                                  (2)
                                        V
  Pela equa¸˜o (1) o erro correspondente ` densidade ´ dado por:
           ca                             a            e
                                   (δm)V + m(δV )
                            δρ =                                          (3)
                                        V2
• Volume dos S´lidos: Para calcularmos a densidade, precisamos encontrar
                o
  a massa e o volume de um objeto. Embora a massa seja uma medida
  direta, o volume ´ uma medida indireta e por isso precisamos de uma
                    e
  f´rmula geral para encontr´-lo em cada s´lido al´m da propaga¸˜o de erro
   o                        a             o       e            ca
  correspondente.
    – Paralelep´
               ıpedo: O volume de um paralelep´ ıpedo ´ dado pelo produto
                                                      e
      pelo comprimento a, pela altura b e pela largura c.
                                        Vp = abc                          (4)
       Pela equa¸˜o (1) o erro correspondente ´ dado abaixo:
                ca                            e
                          δVp = (δa)bc + a(δb)c + ab(δc)                  (5)
    – Cilindro: O volume de um cilindro ´ dado pelo produto da ´rea da
                                         e                     a
      base e sua altura h. Sendo D o seu diˆmetro, temos que:
                                           a
                                       π
                                   Vc = D 2 h                      (6)
                                       4
      Pela equa¸˜o (1) o erro correspondente ´ dado abaixo:
                ca                           e
                                π            π 2
                          δVc = D(δD)h + D (δh)                    (7)
                                 2           4
    – Esfera: O volume de uma esfera de diˆmetro D ´ dado por:
                                           a         e
                                         π 3
                                   Ve = D                                 (8)
                                         6
      Pela equa¸˜o (1) o erro correspondente ´ dado abaixo:
               ca                            e
                                      π 2
                                δVe = D (δD)                              (9)
                                       2


                                    2
4     Experimento
Foram realizadas algumas medidas diretas com seus respectivos erros instrumen-
tais dos trˆs s´lidos: um paralelep´
           e o                     ıpedo de alum´
                                                ınio, um cilindro de borracha e
uma esfera de acrilico.
    • Paralelep´
               ıpedo:
        –   Massa: mp = 39, 40 ± 0, 01 g
        –   Comprimento: a = 59, 90 ± 0, 05 mm
        –   Altura: b = 12, 85 ± 0, 05 mm
        –   Largura: c = 19, 10 ± 0, 05 mm
    • Cilindro:
        – Massa: mc = 15, 77 ± 0, 01 g
        – Altura: hc = 28, 60 ± 0, 05 mm
        – Diˆmetro: Dc = 22, 30 ± 0, 05 mm
            a
    • Esfera:
        – Massa: me = 10, 07 ± 0, 01 g
        – Diˆmetro: De = 25, 30 ± 0, 05 mm
            a
Tais medidas foram realizadas utilizando um paqu´  ımetro universal anal´gico
                                                                        o
da marca Digimess (c´d:100.001A) de precis˜o instrumental 0,05 mm e uma
                       o                    a
balan¸a digital da marca Marte (modelo AS1000C) de precis˜o instrumental 0,01
      c                                                  a
g, cuidadosamente manipulados. Tivemos cuidado especial com o nivelamento
da balan¸a em rela¸˜o ao plano horizontal da mesa.
         c          ca


5     Resultados
Combinando a teoria com os dados obtidos atrav´s das medidas encontramos
                                              e
os seguintes resultados:
    • Paralelep´
               ıpedo:
                 Vp = (59, 90)(12, 85)(19, 10)mm3 = 14701, 5565mm3

                δVp = (0, 05)(12, 85)(19, 10) + (59, 90)(0, 05)(19, 10) +
                           +(59, 90)(12, 85)(0, 05)mm3 = 107, 962mm3
      Podemos ent˜o calcular a densidade respectiva:
                 a
                            39, 40
                  ρp =               g/mm3 = 0, 00267998834g/mm3
                         14701, 5565

              (0, 01)(14701, 5565) + (39, 40)(107, 962)
      δρp =                                             g/mm3 = 0, 0000203608986g/mm3
                           (14701, 5565)2


                                           3
• Cilindro:
                         π
                  Vc =     (22, 30)2 (28, 60)mm3 = 11170, 32067mm3
                         4
           π                          π
      δVc =  (22, 30)(0, 05)(28, 60) + (22, 30)2 (0, 05)mm3 = 69, 6196567mm3
           2                          4
      Podemos ent˜o calcular a densidade respectiva:
                  a
                          15, 77
                ρc =                 g/mm3 = 0, 001411776838g/mm3
                       111170, 32067

              (0, 01)(111170, 32067) + (15, 77)(69, 619656)
      δρc =                                                 g/mm3 = 0, 000009694208611g/mm3
                            (111170, 32067)2

    • Esfera:
                              π
                       Ve =     (25, 30)3 mm3 = 8479, 303609mm3
                              6
                     π
                  δVe =(25, 30)2 (0, 05)mm3 = 50, 27255104mm3
                     2
      Podemos ent˜o calcular a densidade respectiva:
                 a
                          10, 07
                ρe =                g/mm3 = 0, 001187597527g/mm3
                       8479, 303605

              (0, 01)(8479, 303605) + (10, 07)m(50, 27255104)
      δρe =                                                   g/mm3 = 0, 000008220434199g/mm3
                               (8479, 303605)2

Os resultados finais encontrados ent˜o foram:
                                   a
     Densidade do P aralelepipedo : ρp        = (2, 68 ± 0, 02).10−3 g/mm3
          Densidade do Cilindro : ρc          = (1, 41 ± 0, 01).10−3 g/mm3
           Densidade da Esf era : ρe          = (1, 188 ± 0, 008).10−3 g/mm3


6     Conclus˜o
             a
Foi observado a partir das densidades obtidas em nosso experimento que sendo
a densidade do paralelep´ ıpido ∼ (2, 68 x 10−3 )g/mm3 observa-se que ´ uma
                                =                                         e
densidade aproximada do alum´   ınio laminado (2, 7 x 10−3 )g/mm3 , j´ o cilindro
                                                                     a
possui uma densidade de ∼ (1, 41 x 10−3 )g/mm3 o que bate com o de uma
                           =
borracha epicloridrina (1, 40 x 10−3 )g/m3 enquanto a esfera tem de ∼ (1, 188
                                                                       =
x 10−3 )g/mm3 , o qual se aproxima do acrilico (1, 18 x 10−3 )g/mm3 . Para
melhorar os resultados temos 2 vias:
    • Utilizarmos estat´
                       ıstica utilizando v´rias medidas do mesmo objeto.
                                          a
    • Utilizarmos instrumentos de maior precis˜o.
                                              a
Portanto podemos verificar que os dados sao de confiabilidade suficiente.


                                          4
7   Bibliografia




                  5

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  • 1. Relat´rio de F´ o ısica Experimental 1 Davidson de Faria, Mariano E. Chaves, Otavio Raposo, Rafael S. Pereira ICEX - F´ısica Computacional 2 de janeiro de 2013 1 Resumo O experimento realizado no laborat´rio teve como objetivo calcular a densidade o de trˆs s´lidos. A densidade de cada objeto ´ a rela¸˜o entre a sua massa e o e o e ca seu volume. Devido a falta de precis˜o dos instrumentos utilizados, paqu´ a ımetro e balan¸a, tivemos que calcular o erro propagado nas medidas indiretas. En- c contramos resultados suficientemente confi´veis, como se segue: paralelep´ a ıpedo - (2, 68 ± 0, 02).10−3 g/mm3 ; cilindro - (1, 41 ± 0, 01).10−3 g/mm3 ; e esfera - (1, 188 ± 0, 008).10−3 g/mm3 . 2 Introdu¸˜o ca Desde tempos antigos existe v´rios estudos sobre caracter´ a ısticas dos materiais. O ser humano vem evoluindo o que pode criar e chegou o tempo em que este criou a habilidade da forja, mas a partir deste ponto surgia um grande poblema. ”Como saber se um objeto ´ realmente feito de material puro?”Um rei poderia e querer sua pr´pria coroa de ouro, mas como saber que esta n˜o conteria prata ou o a at´ mesmo bronze em sua composi¸˜o? Derreter o material n˜o seria aplic´vel, e ca a a pois n˜o haveria como recuper´-lo, ent˜o se criou a ideia da densidade. Sendo a a a que cada material teria sua pr´pria caracter´ o ıstica, este tamb´m teria uma den- e sidade pr´pria e logo um objeto constru´ de material puro deveria conter as o ıdo caracter´ısticas do material puro. Este trabalho, cujos experimentos foram realizados no laborat´rio de f´ o ısica ex- perimental 1 do ICEX-UFF no dia 18 de dezembro de 2012, tem como objetivo calcular a densidade de trˆs s´lidos distintos, sendo eles: um paralelep´ e o ıpedo, um cilindro e uma esfera. 3 Teoria • Propaga¸˜o de Erro: Como sabemos, n˜o existe instrumento ideal, e por- ca a tanto qualquer medida realizada cont´m um erro m´ e ınimo. O erro de me- didas diretas ´ determinado pelo instrumento utilizado, pelo operador e e 1
  • 2. pelas condi¸˜es gerais do ambiente. O erro de medidas indiretas ´ de- co e terminado matematicamente atrav´s de uma teoria de propaga¸˜o de er- e ca ros. Seja z = f (x1 , x2 , ..., xn ) uma grandeza indireta, onde δz ´ o erro e desta grandeza, dependente das grandezas x1 , x2 , ..., xn de erros respec- tivos δx1 , δx2 , ..., δxn . Temos ent˜o que: a ∂z ∂z ∂z δz = δx1 + δx2 + ... + δxn (1) ∂x1 ∂x2 ∂xn • Densidade: Cada objeto possui associado a si uma densidade espec´ ıfica. Densidade ´ uma grandeza f´ e ısica definida pela rela¸˜o entre a massa e o ca volume de um objeto. Sendo m a densidade associada a um objeto e V o seu volume, ent˜o a densidade ρ desse objeto ´ dada por: a e m ρ= (2) V Pela equa¸˜o (1) o erro correspondente ` densidade ´ dado por: ca a e (δm)V + m(δV ) δρ = (3) V2 • Volume dos S´lidos: Para calcularmos a densidade, precisamos encontrar o a massa e o volume de um objeto. Embora a massa seja uma medida direta, o volume ´ uma medida indireta e por isso precisamos de uma e f´rmula geral para encontr´-lo em cada s´lido al´m da propaga¸˜o de erro o a o e ca correspondente. – Paralelep´ ıpedo: O volume de um paralelep´ ıpedo ´ dado pelo produto e pelo comprimento a, pela altura b e pela largura c. Vp = abc (4) Pela equa¸˜o (1) o erro correspondente ´ dado abaixo: ca e δVp = (δa)bc + a(δb)c + ab(δc) (5) – Cilindro: O volume de um cilindro ´ dado pelo produto da ´rea da e a base e sua altura h. Sendo D o seu diˆmetro, temos que: a π Vc = D 2 h (6) 4 Pela equa¸˜o (1) o erro correspondente ´ dado abaixo: ca e π π 2 δVc = D(δD)h + D (δh) (7) 2 4 – Esfera: O volume de uma esfera de diˆmetro D ´ dado por: a e π 3 Ve = D (8) 6 Pela equa¸˜o (1) o erro correspondente ´ dado abaixo: ca e π 2 δVe = D (δD) (9) 2 2
  • 3. 4 Experimento Foram realizadas algumas medidas diretas com seus respectivos erros instrumen- tais dos trˆs s´lidos: um paralelep´ e o ıpedo de alum´ ınio, um cilindro de borracha e uma esfera de acrilico. • Paralelep´ ıpedo: – Massa: mp = 39, 40 ± 0, 01 g – Comprimento: a = 59, 90 ± 0, 05 mm – Altura: b = 12, 85 ± 0, 05 mm – Largura: c = 19, 10 ± 0, 05 mm • Cilindro: – Massa: mc = 15, 77 ± 0, 01 g – Altura: hc = 28, 60 ± 0, 05 mm – Diˆmetro: Dc = 22, 30 ± 0, 05 mm a • Esfera: – Massa: me = 10, 07 ± 0, 01 g – Diˆmetro: De = 25, 30 ± 0, 05 mm a Tais medidas foram realizadas utilizando um paqu´ ımetro universal anal´gico o da marca Digimess (c´d:100.001A) de precis˜o instrumental 0,05 mm e uma o a balan¸a digital da marca Marte (modelo AS1000C) de precis˜o instrumental 0,01 c a g, cuidadosamente manipulados. Tivemos cuidado especial com o nivelamento da balan¸a em rela¸˜o ao plano horizontal da mesa. c ca 5 Resultados Combinando a teoria com os dados obtidos atrav´s das medidas encontramos e os seguintes resultados: • Paralelep´ ıpedo: Vp = (59, 90)(12, 85)(19, 10)mm3 = 14701, 5565mm3 δVp = (0, 05)(12, 85)(19, 10) + (59, 90)(0, 05)(19, 10) + +(59, 90)(12, 85)(0, 05)mm3 = 107, 962mm3 Podemos ent˜o calcular a densidade respectiva: a 39, 40 ρp = g/mm3 = 0, 00267998834g/mm3 14701, 5565 (0, 01)(14701, 5565) + (39, 40)(107, 962) δρp = g/mm3 = 0, 0000203608986g/mm3 (14701, 5565)2 3
  • 4. • Cilindro: π Vc = (22, 30)2 (28, 60)mm3 = 11170, 32067mm3 4 π π δVc = (22, 30)(0, 05)(28, 60) + (22, 30)2 (0, 05)mm3 = 69, 6196567mm3 2 4 Podemos ent˜o calcular a densidade respectiva: a 15, 77 ρc = g/mm3 = 0, 001411776838g/mm3 111170, 32067 (0, 01)(111170, 32067) + (15, 77)(69, 619656) δρc = g/mm3 = 0, 000009694208611g/mm3 (111170, 32067)2 • Esfera: π Ve = (25, 30)3 mm3 = 8479, 303609mm3 6 π δVe =(25, 30)2 (0, 05)mm3 = 50, 27255104mm3 2 Podemos ent˜o calcular a densidade respectiva: a 10, 07 ρe = g/mm3 = 0, 001187597527g/mm3 8479, 303605 (0, 01)(8479, 303605) + (10, 07)m(50, 27255104) δρe = g/mm3 = 0, 000008220434199g/mm3 (8479, 303605)2 Os resultados finais encontrados ent˜o foram: a Densidade do P aralelepipedo : ρp = (2, 68 ± 0, 02).10−3 g/mm3 Densidade do Cilindro : ρc = (1, 41 ± 0, 01).10−3 g/mm3 Densidade da Esf era : ρe = (1, 188 ± 0, 008).10−3 g/mm3 6 Conclus˜o a Foi observado a partir das densidades obtidas em nosso experimento que sendo a densidade do paralelep´ ıpido ∼ (2, 68 x 10−3 )g/mm3 observa-se que ´ uma = e densidade aproximada do alum´ ınio laminado (2, 7 x 10−3 )g/mm3 , j´ o cilindro a possui uma densidade de ∼ (1, 41 x 10−3 )g/mm3 o que bate com o de uma = borracha epicloridrina (1, 40 x 10−3 )g/m3 enquanto a esfera tem de ∼ (1, 188 = x 10−3 )g/mm3 , o qual se aproxima do acrilico (1, 18 x 10−3 )g/mm3 . Para melhorar os resultados temos 2 vias: • Utilizarmos estat´ ıstica utilizando v´rias medidas do mesmo objeto. a • Utilizarmos instrumentos de maior precis˜o. a Portanto podemos verificar que os dados sao de confiabilidade suficiente. 4
  • 5. 7 Bibliografia 5