1) O seminário discutiu a construção da identidade profissional através do trabalho com base na teoria de Claude Dubar
2) As auxiliares de enfermagem têm uma identidade profissional descaracterizada e desvalorizada por serem vistas como intermediárias entre médicos e enfermeiras
3) Há uma continuidade entre "profissionais" e "não profissionais", e todos contribuem para o mesmo campo de atividade.
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
A Identidade do Professor (Estudos e Pesquisas em Didática)
1. SEMINÁRIO INTERNO DO GEPED/UERJ/FE/2012
TEMA : A CONSTRUÇÃO DE SI PELA ATIVIDADE DE
TRABALHO: A Socialização Profissional
(Claude Dubar) - Tradução: Fernanda Machado
Coordenadora:
Profª Drª Giseli
Barreto da Cruz
Relatoras:
Cristina Maria
Lúcia Heloiza
Alves Freitas
(UERJ)
(UAB/CAPES
)
3. I. A PROFISSIONALIZAÇÃO DAS
ATIVIDADES DE TRABALHO
NORMA COLETIVA IMPOSTA: ACESSO A UM VERDADEIRO OFÍCIO
RECONHECIDO.
Construir a própria identidade profissional mediante o percurso de
atividades
Aumento Injunção dos
Necessidade: do setor Dirigentes e Desafio aos
Profissionali-sar- Automaçã de Aspiração jovens.
se o serviços. dos
Mulheres assalariados
no
trabalho
4. O fato de muitos não conseguirem e não terem
acesso ao reconhecimento que esperavam
constitui um dos elementos mais preocupantes de
uma crise de identidade particularmente
dolorosa. (Dubar, 2011)
5. A CONSTRUÇÃO DO EU NO
TRABALHO
Teorias da construção do eu. Três correntes:
1) Filosofia: Cogito: “Penso logo existo”.
2) Psicologia: Consciência do EU através de:
Pensamentos/Estímulos/Percepções/
Motivações/ Objetos/Ações/Ambiente/
Grupos sociais/Status/Necessidades,etc.
Faz parte do EU as camadas centrais (o self)
e as camadas periféricas). O corpo: eu visível
3) Psicanálise. a. Freud – Eu é o Ich (alem), o
6. b. Lacan: O EU é Je consciente.. O eu se
estabelece na imagem do espelho onde a
criança se reconhece (o imaginário) e é
reconhecida pela mãe.
Estas concepções valorizam o eu como
percepção com uma história organizada de
crescimento e desenvolvimento.
A construção do eu e a construção da
profissionalidade acontecem paralelamente.
A ocupação é a autoconcepção básica, pois o
trabalho é a expressão do eu.
7.
8. II. A SOCIALIZAÇÃO
PROFISSIONAL COMO INICIAÇÃO E
CONVERSÃO IDENTITÁRIA
Especificações Da Identidade Profissional:
Cultura específica a partir da linguagem;
Visão do mundo na lógica cotidiana da função;
Prática e conduta de vida;
Valorização da experiência e não apenas
conhecimento;
Definição do indivíduo pelo seu trabalho.
9. ANÁLISE SOCIOLÓGICA DA
PROFISSÃO DAS AUXILIARES DE
ENFERMAGEM
.
Vista como função intermediária entre médicos e
enfermeiras;
Esta posição gera a descaracterização da identidade
profissional, por consequência a desvalorização;
Profissionais ligados aos cuidados estão mais sujeitos
à cultura do oficio;
Experiência prática, curiosidade cultural, autoestima e
o reconhecimento do outro são fatores geradores do
oficio de serviço.
10. PROFISSIONALIDADE
Não há ruptura entre
“profissionais” e “não profissionais”
E sim sistema de trabalho fundado em uma
continuidade, em um dado momento,
Entre todos aqueles que contribuem para
um mesmo campo de atividade.
(Hughes e sociólogos interacionistas
apud ABBOTT, 1988)
11. III. UMA TEORIA GERAL DA
SOCIALIZAÇÃO PROFISSIONAL
1ª • Todos os trabalhadores têm direito à qualificação
Tese profissional, desde que sejam organizados.
2ª • A formação profissional é a formação ao longo da vida
Tese
3ª Tese • Em certas condições o trabalho pode ser formador, fonte
de novas competências e aprendizagem para o futuro.
12. CONSIDERAÇÕES
O cenário mais sombrio: Serviços de alto valor agregado nos
países mais ricos. O cenário mais otimista: Escolarização e
profissionalização universal.
Expectativas para o futuro Imediato:
Dependerá das regularizações do trabalho e das instituições
de formação. Um objetivo para o futuro ainda continua sendo
a libertação do trabalho de suas correntes, afim de que todos
possam construir sua identidade fazendo aquilo que lhes dá
prazer.