Este documento discute a evolução da ciência ao longo do tempo, desde os primeiros tempos em que a religião dominava até a era moderna da experimentação. Também aborda os limites éticos da ciência e a necessidade de uma "ciência com consciência".
1. Filosofia
Prof. Hélio Rodrigues
Trabalho realizado por:
Ana Marques nº2
Diogo Santos nº12
Joana Cunha nº15
Margarida Rodrigues nº19
Viseu, 23 Maio de 2012
2. Ciência
A ciência é uma forma de conhecimento sistemático, que pretende
criar e descobrir o que ainda não conhecemos. É uma procura,
sem fim, de conhecimento sobre o Universo e o seu
funcionamento.
Com a ciência o Homem passou a compreender o mundo que o
rodeia e a saber controlar certos fenómenos que acontecem nele,
como os fenómenos naturais, tornando assim o “mundo
humanizado”, servindo, o mais possível, as suas necessidades.
3. A cultura cientifico-tecnológica e a reflexão filosófica
A ciência deixou de ser um conjunto de
teorias explicativas, passou a ser um saber
que com a ajuda da técnica, fornece ao
Homem recursos com os quais pode
tomar decisões conscientes, melhorando a
sua qualidade de vida.
Tomar decisões, é optar e esta opção é feita
em função de valores. Assim, podemos
concluir que o recurso à ciência e à técnica
tem subjacente uma questão ética. (reflexão
filosófica)
4. Questão da ciência
Ao questionar o ponto de vista da ética cientifico-tecnológica faz-
se uma avaliação das consequências que, por exemplo, uma nova
descoberta terá na vida do Homem e do Mundo.
Para os optimistas as inovações
Os mais cépticos fazem uma científicas e tecnológicas são
avaliação negativa destas inovações. sinónimo de progresso da
Humanidade.
Uma posição menos radical é a que aponta para o
reconhecimento de aspectos negativos e positivos
resultantes do desenvolvimento da ciência e da
técnica. Para os defensores deste ponto de vista
intermédio, o importante é a consciência da
complexidade e do risco que estas inovações
implicam e, nesse sentido, fazer um uso prudente
desses recursos.
5. Classificação da ciência
Grande número de pessoas considera a
evolução cientifica como a única
responsável pela instabilidade vivida e
pelos problemas que actualmente se
colocam.
Posto isto, classificamos a ciência como
boa ou má, o que não está correcto, pois
qualificativas morais apenas podem ser
atribuídas a acções humanas.
Assim, a ciência não é boa nem má, a
forma como o ser humano a aplica é
que deve ter esta classificação.
6. Os limites materiais da ciência
Se o desenvolvimento da ciência depende
do desenvolvimento tecnológico, a
ciência poderá estar limitada porque a
criação e a aquisição de recursos
tecnológicos custa dinheiro.
Associada ao problema dos custos de
aquisição, está a questão político-
ideológica. Não só a organização política
pode limitar o financiamento dessas
aquisições, mas também dirigir esse
financiamento.
7. Tecnociência
A ciência “tecnizou-se” e a técnica
“cientificou-se”. Nesta perspectiva, a
ciência já não é um puro saber, mas uma
forma de poder. Com a ciência produz-se
mais, vende-se mais e ganha-se mais.
Hoje em dia, a ciência é valorizada pelas
suas consequências práticas, ou seja,
pelas realizações tecnológicas que
possibilita, apreciando-se mais o
conhecimento pela sua vertente
tecnológica.
A tecnociência dá ao Homem
um poder quase ilimitado.
8. Numa aula de Filosofia, professor e alunos
debatiam sobre a ciência, nomeadamente,
sobre o seu papel na sociedade. Até que, a
Carolina levantou uma questão…
Será que é diferente da ciência
actual?
Mas, afinal, o que é que se
está discutir quando
perguntamos se a ciência do
passado é diferente da
ciência actual?
Será que “fazemos
ciência” da mesma
maneira que os nossos
antepassados?
9. Como era a ciência no passado?
Nos primeiros tempos… Mais tarde…
“…desconsideraram o Iniciou-se o processo de
conhecimento científico, experimentação e, foi então
validando a religião, ou pelo que se percebeu que “(…)
contrário, reafirmando o muita coisa na ciência foge
conhecimento bíblico, à nossa compreensão mais
relativizam ou mesmo imediata das coisas.”
desprezam o conhecimento
científico.”
Aristóteles e Platão Copérnico, Galileu
10. Perante a explicação do
professor, o Rui levantou
uma questão: “Professor,
qual era a melhor forma de
fazer ciência?”
Galileu, seus contemporâneos e outros depois
dele, demonstraram que os conhecimentos
teóricos não chegavam para constituir ciência,
era necessário testar esses conhecimentos, pô-
los à prova! Neste sentido, foi algo bom que
permitiu a descoberta do mundo!
11. O professor respondeu: “Talvez não…”
Como assim
professor? Então eles
não garantiram o
progresso? Então o
progresso não é
bom?
Ao iniciar-se a experimentação
ocorreram 2 factos fulcrais!
Exploração de recursos naturais
Avanço científico – desenvolvimento tecnológico
12. Domínio da exploração de recursos
• Com o início das experiências, inicia-se
uma nova era de exploração e consumo
de recursos naturais, sobretudo, da
água. Motivados pela ideia de
progresso, sem saber, os cientistas
contrariavam a sustentabilidade.
• Promoveu o avanço tecnológico,
fomentou aquilo que, mais tarde, seria
chamado Revolução Industrial.
Permitiu o progresso, mas onde fica a
Natureza e os outros seres vivos neste
progresso?
13. “Nenhum recém-nascido deveria ser
reconhecido como ser humano antes de
ser submetido a um determinado
numero de testes sobre a sua carga
genética(…) Caso não supere esses
exames ele perde o seu direito à vida.”
Francis Crik, geneticista e Premio nobel de medicina em 1962
É medonha esta interpretação da ciência. E faz-nos
questionar os próprios valores que regem a nossa
sociedade .
14. Sera que existem limites alheios à ciência para a aplicação dos princípios
científicos?
Ciência e dever, quer dizer, saber e agir corretamente ( ciência e ética) não se
podem ignorar mutuamente, são conceitos intrínsecos. Cabe ao Homem e à
mulher decidir sobre a utilização correta da ciência e da técnica para o serviço
e bem estar da humanidade.
“A ética da medicina , da biologia, não pertencem somente aos biólogos, aos
médicos(…) Ela é apanágio de todos os cidadãos”J.Bernard
Há já muitos anos que o Homem age em prol da sua
riqueza, e luxo desprezando a vida Humana, e usando
MAS… irracionalmente os conhecimentos científicos matando e
dizimando populações.
Contudo, é o desejo desmedido do Homem de querer mais sem olhar a
limites manejando nefastamente os artifícios das ciências que leva aos
demais a formarem uma ideia negativa sobre a ciência. Mas quem na
realidade deveria acarretar este peso é o Homem, e não a Ciência. É o mau
uso desta que levou a tantas mortes, e estendeu este problema ao ramo da
ética.
15. Então quais são
os limites éticos
impostos para
salvar uma vida?
Morreram mais que 220mil
pessoas
Mas, não nos podemos esquecer do
bom uso da ciência e das suas
repercussões na qualidade de vida
dos seres humanos.
16. “As armas químicas
podem ser definidas
como substâncias
tóxicas, contidas em
bombas, granadas,
mísseis ou outros
meios de lançamento
que as conduzirão
para um alvo onde
serão dispersas,
normalmente como
aerossóis, de modo a
provocar, pela sua
toxicidade, lesões,
irritações, ferimentos
ou morte em pessoas
ou animais
Ainda na Guerra do Vietnam foi utilizado o napalm, uma mistura de gasolina com uma
resina espessa da palmeira com o mesmo nome, que, em combustão, chega a temperaturas
superiores a 1.000°C. A substância adere à pele, queimando os músculos e fundindo os ossos.
No dia 8 de junho de 1972, um povoado do sul do Vietnam sofreu um bombardeio de napalm
e o trágico momento foi registrado pelo fotógrafo Nick Ut, que retratou a garota Kim Phuc,
nua, de 9 anos, fugindo daquele terror. A fotografia emblemática, conhecida no mundo todo,
e que ilustra essa reportagem, tornou-se um símbolo do horror daquela guerra.
17. Há necessidade então suprimir e acabar completamente com
estes movimentos egoístas do homem , portanto com este
mau uso da ciência
O carácter indissociável do Limites estes que
progresso da ciência e das abranjam a dignidade
exigências éticas que moral, o auto-
devem acompanhá-lo tem
respeito, e que apelem á
a força de um imperativo
moral para os cidadãos do igualdade porque , já
séc. XXI. dizia kant na sua obra
Os limites que Fundamentação da
acompanham o Metafisica dos
desenvolvimento e Costumes que “o
aplicação da ciência homem e a mulher
Limites éticos
decorrente dos direitos e independentemente da
valores humanos
da Ciência
idade, cor da pele e
(liberdade, autonomia, e
liberdade) não a destroem condição social tem
nem aniquilam, mas dignidade “ ;
orientam, pautam e
desafiam o seu bom
desempenho
18. A necessidade da criação de uma ciência com consciência
Como foi falado, Nesta corrente científica,
anteriormente, a ciência era também existiam vantagens,
utilizada de maneira ou seja, processos evolutivos
inconsciente, sem noção dos que salvavam pessoas mas que
efeitos nocivos que provocava prejudicavam, de outra
na sociedade, na natureza, no maneira a sociedade e o
mundo… Estas desvantagens mundo.
da utilização da tecnologia
eram associadas á “ciência
como demónio”.
Surgiu, assim, a necessidade de
criar uma nova ciência, com
mais consciência!
19. Freud ao escrever
um livro afirmou
que “o perigo
mora ao lado do
progresso” e que
“as sociedades
primitivas são
mais éticas que as
civilizadas
modernas”.
Sigmund Freud
20. Os paradoxos do par ciência-tecnologia
Por que haveria paradoxos no par ciência-tecnologia?
Ou melhor, como pode a ciência juntamente com a
tecnologia apresentar opostos que convivem lado a lado?
Como pode a ciência
com as suas
espectaculares
descobertas ao mesmo
tempo salvar inúmeras
vidas e colocar outras
em sério risco ou até
mesmo extingui-las?
21. Ciência com consciência
Todas descobertas realizadas pelo homem,
todas elas, sem exceção, podem ser usadas
contra ou a favor da vida.
Formação de um novo
paradigma.(amigo)
Ciência e
tecnologia em
harmonia
Ciência com consciência
22. Aproximação á ciência com consciência
O novo paradigma é uma
proposta ética, porque um
pensamento complexo é um
pensamento capaz de tratar a
coexistência de opostos, de
paradoxos, partindo do
princípio de que estes se
autoproduzem, mutuamente.
Por exemplo: as dualidades
ordem-desordem, objetividade- A ciência tem de saber lidar
subjetividade, certeza-incerteza, com os seus prós e contras!
separabilidade-inseparabilidade.
23. O que nos traz estes novos “óculos”- Novo paradigma
É preciso reintroduzir o conhecimento dentro do conhecimento,
isto é, saber utilizar o conhecimento que temos para não
prejudicar a natureza, a sociedade e o mundo.
24. Por fim…
Só assim melhor nos aproximamos de uma ciência com
consciência e, portanto, ética (valores éticos).
Melhoria da
Diminuição da Aumento da
educação e
pobreza acessibilidade
pesquisa
Manutenção da
Respeito pela vida e
diversidade desenvolvimento
sustentável