2. História de Paulo Freire
Vida acadêmica e profissional
Nasceu em 19 de setembro de 1921, no Recife – PE. Homem
arretado, de pensamentos e ações objetivas. Foi alfabetizado
debaixo de uma mangueira, onde teve suas primeiras reflexões.
Pertencia a uma família de classe média, mas por conta da crise de
1929, teve que mudar-se com a família para o interior de
Pernambuco. Não havia vaga em nenhuma escola para ele
estudar... Mas sua mãe, Edeltrudes Freire, persistiu até conseguir
uma vaga no Colégio Osvaldo Cruz (PE).
Paulo Freire não se formou em Pedagogia e sim em Direito. Nunca
exerceu a profissão na área jurídica, mas foi professor e depois
diretor de vários setores educacionais.
3. História de Paulo Freire
Alfabetização de adultos
Em 1961 tornou-se diretor do Departamento de Extensões
Culturais da Universidade do Recife e, no mesmo ano,
realizou junto com sua equipe as primeiras experiências de
alfabetização popular que levariam à constituição do Método
Paulo Freire. Seu grupo foi responsável pela alfabetização de
300 cortadores de cana em apenas 45 dias. Em resposta aos
eficazes resultados, o governo brasileiro [...] aprovou a
multiplicação dessas primeiras experiências num Plano
Nacional de Alfabetização, que previa a formação de
educadores em massa e a rápida implantação de 20 mil
núcleos (os "círculos de cultura") pelo País.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Freire
4. Uma das frases mais conhecidas de Paulo Freire é: “Ninguém educa
ninguém e ninguém se educa sozinho, mas as pessoas se educam
mutuamente, mediatizados pelo mundo”.
O conhecimento não é um pacote fechado que deve ser transferido
do educador para o educando, mas todos são sujeitos no processo de
ensino-aprendizagem. Neste sentido, Paulo Freire defende a
pedagogia dialógica.
Ele considerava que a sociedade é formada por classes distintas
(opressora e oprimida), o que dificulta a relação entre os homens.
Nesse contexto, a função da educação é conscientizar e libertar o
homem desta realidade, e assim transformar a sociedade na qual
vive.
Essência do pensamento de
Paulo Freire
5. Método Paulo Freire
Etapas do Método: investigação temática, escolha das palavras
geradoras, codificação e decodificação
não é um método fechado e pronto
não possui material didático pré-fabricado
não pode ser aplicado da mesma forma e com o mesmo
conteúdo em todos os lugares
o processo de conhecimento é contínuo, inacabado e
dialético
o diálogo é a base do processo de aprendizagem
6. Contribuições pedagógicas de Freire
Pedagogia anti-dialógica
não estimula a reflexão, a criticidade, o
questionamento, o diálogo
não visa à conscientização e à transformação do ser
humano
vê a realidade como pré-determinada e imutável
7. Contribuições pedagógicas de Freire
Pedagogia dialógica
respeito pelo educando e estímulo a sua curiosidade
humildade, crença e esperança por parte do educador
em relação ao educando
relação equilibrada de afetividade e rigor, autoridade
e liberdade entre educador e educando
8. Pressupostos político-ideológicos
da educação de Paulo Freire
Segundo Paulo Freire:
Não existe neutralidade no processo educativo.
A relação social é neocapitalista, onde sobrevivem uma
classe de oprimidos e outra de opressores.
Só é possível transformar a sociedade através de uma
revolução cultural, onde a educação conscientiza o homem
sobre sua situação e o liberta.
9. Reflexões freireanas e a educação à distância
A discussão sobre a utilização das novas tecnologias e a
democratização do saber.
A mudança do papel do educador como facilitador e não
como transmissor de conteúdo.
A relação de interatividade e colaboração entre
professores e alunos, e entre os próprios alunos.
O desenvolvimento da autonomia do aluno.
10. Reflexões freireanas e a educação à distância
A ampliação das possibilidades de pesquisa e construção
do saber no ambiente virtual.
A importância de entender o aluno como sujeito do
processo de ensino aprendizagem e não como objeto.
O papel do diálogo para Paulo Freire na educação à EaD
A apropriação das novas tecnologias com o objetivo de
libertar o ser humano.
11. Reflexões freireanas e a educação à distância
O entendimento do significado e implicações dos
recursos tecnológicos na vida do indivíduo.
A importância de se evitar posições extremas em relação
a tecnologia (idolatria ou repúdio) e reconhecimento de
suas limitações.
O cuidado para não implementar a educação bancária
nos cursos à distância.
12. “Faço questão de ser
um homem do meu
tempo. O problema é
saber a serviço de quem
e de quê, a informática
estará na educação
brasileira”.
Paulo Freire
13. Referências Bibliográficas
SOUZA, Avanisia M, Lira, Jaqueline Alves. Concepções freireanas sobre as TIC e a Educação
a Distância. Disponível em <http://www.ufpe.br/nehte/simposio/anais/Anais-Hipertexto-
2010/Avanisia-Souza.pdf> Acesso em 17 jun. 2014.
RIBAS, Isabel Cristina. Paulo Freire e a EaD: uma relação próxima e possível. Disponível em
<http://www.abed.org.br/congresso2010/cd/3042010090204.pdf> Acesso em 17 jun 2014.
AQUINO, Mirian de Albuquerque, DANTAS, Geórgia Geogletti Cordeiro, MAIA, Manuela
Eugênio. Educação para a autonomia: um diálogo entre Paulo Freire e o discurso das
tecnologias da informação e comunicação. Disponível em
<http://201.2.114.147/bds/BDS.nsf/4066990953DD6E4E03256F9C004DBDE8/$File/NT0
00A3742.pdf> Acesso em 17 jun 2014.
SABBATINI, Marcelo. O pensamento pedagógico de Paulo Freire e a Educação a Distância
(EaD): aproximações entre dialogia, autonomia e emancipação através da rede. Disponível
em <http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2013/resumos/R8-0631-1.pdf> Acesso
em 18 jun 2014.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2011.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São
Paulo: Paz e Terra, 2008.