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A PRODUÇÃO DOS INDICADORES DE GESTÃO DO
    PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO DE
            BELO HORIZONTE




            Setembro de 2004
ÍNDICE


ÍNDICE ........................................................................................................ 3

CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS
INDICADORES DE GESTÃO..................................................................... 7
   INTRODUÇÃO ........................................................................................ 7
   BACIAS HIDROGRÁFICAS COMO SISTEMAS INTEGRADOS ........ 8
   UNIDADES ESPACIAIS ......................................................................... 9
   O BANCO DE DADOS GEORREFERENCIADO................................. 11
   O SISTEMA DE EXTRAÇÃO DE MAPAS........................................... 12
   REGRAS DE BANCO DE DADOS ....................................................... 12
   LAYER OU CAMADA .......................................................................... 15
   OVERLAY OU CRUZAMENTO DE CAMADAS ................................ 15
   PROCESSO ............................................................................................ 15
   O PROCESSAMENTO DAS CAMADAS DE INFORMAÇÕES.......... 16
   A OBTENÇÃO DOS DADOS DO CENSO IBGE 2000......................... 18
   A PRODUÇÃO DE RELATÓRIOS ....................................................... 21
   A ANÁLISE E PRODUÇÃO DOS RESULTADOS............................... 22
   A REINTEGRAÇÃO DOS DADOS AOS MODELOS ESPACIAIS ..... 28
   CONCLUSÃO ........................................................................................ 29
CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE
PROCESSAMENTO DOS INDICADORES ............................................. 31
   INSTALAÇÃO DO APLICATIVO CONSREGRA ............................... 31
   ABRINDO O APLICATIVO .................................................................. 32
   IDENTIFICANDO O OBJETO DA ANÁLISE ...................................... 33
   MENSAGENS DE ERROS POSSÍVEIS ................................................ 36
   SELECIONANDO A CATEGORIA DE INFORMAÇÕES ................... 40
   SELECIONANDO A FEIÇÃO ............................................................... 41
   SELECIONANDO O CAMPO FILTRO................................................. 41
   CRIANDO E ARMAZENANDO UM “LAYER” DE INFORMAÇÃO . 42
   MÓDULO DE PARAMETRIZAÇÃO.................................................... 43
   MÓDULO DA TABELA DE CONTROLE ............................................ 45
   MÓDULO QUERY BUILDER............................................................... 45
   MÓDULO DE PROCESSAMENTO...................................................... 45
   FAZENDO O CRUZAMENTO DE CAMADAS DE INFORMAÇÕES 46


                                                                                                               3
MÓDULO DE PROCESSAMENTO DAS CAMADAS......................... 46
   ESTRUTURA DO RELATÓRIO DE CRUZAMENTO DE CAMADAS
   ................................................................................................................ 48
   MÓDULO DE ACESSIBILIDADE / PERCEPÇÃO DE
   EQUIPAMENTOS E OBRAS ................................................................ 49
   ENTENDENDO OS PRODUTOS GRÁFICOS...................................... 50
   MICROSOFT ACCESS® – OPERAÇÕES EM BANCO DE DADOS .. 52
      Operações Básicas no Banco de Dados.............................................. 52
      Manipulação de Relatórios ................................................................. 53
      A Exportação de Dados para o Excel ................................................. 55
      Consultas............................................................................................. 57
   CONCLUSÃO ........................................................................................ 58
CAPÍTULO III – ROTEIRO PARA PREPARAÇÃO DOS MAPAS ...... 59
   LIMPEZA DOS MAPAS ........................................................................ 59
   CRIAÇÃO DOS CENTRÓIDES ............................................................ 61
   CRIAÇÃO DAS FEIÇÕES ..................................................................... 62
   CRIAÇÃO DAS TABELAS ................................................................... 64
   INSERÇÃO DE REGISTROS PARA FEIÇÕES TEXTO ...................... 65
   INSERÇÃO DE REGISTROS PARA FEIÇÕES LINEARES................ 65
   REGISTRO DE MAPAS ........................................................................ 66
   CONCLUSÃO ........................................................................................ 68
CAPÍTULO IV – UM EXERCÍCIO COMPLETO ................................... 69
   VISÃO GERAL DO CONJUNTO DE INFORMAÇÕES....................... 69
   A PRODUÇÃO DE RELATÓRIOS DE OVERLAY.............................. 73
     Cruzamento de Feições do Tipo Área ................................................. 73
     Cruzamento de Áreas com Feições Lineares ...................................... 77
   UMA CRÍTICA SOBRE OS DADOS..................................................... 80
   DESEMPENHO DO SISTEMA ............................................................. 84
   VALIDAÇÃO DA TOPOLOGIA DE PRODUTOS DE “OVERLAYS”86
   TRANSPORTANDO OS DADOS PARA O EXCEL............................. 88
   CÁLCULO DO INDICADOR DE ATENDIMENTO POR COLETA DE
   ESGOTO (ICE) ........................................................................................ 91
   RETORNANDO PARA O ACCESS ...................................................... 91
   CONCLUSÃO ........................................................................................ 93
CAPÍTULO V – CONHECENDO O MICROSTATION
GEOGRAPHICS® ..................................................................................... 95



                                                                                                                    4
INTRODUÇÃO ...................................................................................... 95
ESTRUTURAS DE ARMAZENAMENTO ........................................... 96
CAPTURA E CONVERSÃO DOS DADOS ........................................ 100
  Ferramentas de Limpeza Topológica................................................ 104
ESTRUTURA DO PROJETO MICROSTATION GEOGRAPHICS® 105
  Trabalhando com Projetos................................................................ 106
  A Criação de um Projeto................................................................... 108
  Abrindo um Projeto........................................................................... 109
  Categorias de Informações, Feições e Atributos .............................. 111
  Consultas e Produção de Temas e Análises...................................... 112
      Review / Consulta de Atributos Alfanuméricos ........................................113
      Query Builder / Construção de Regras SQL .............................................113
      Annotation / Anotação de Atributos Alfanuméricos no Mapa ..................113
      Topology Analysis / Análise Topológica ..................................................116
CONCLUSÃO ...................................................................................... 117




                                                                                                  5
A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de
                                    Belo Horizonte


    CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS
                    INDICADORES DE GESTÃO

                                          Marcos Ubirajara de Carvalho e Camargo1



INTRODUÇÃO
O Convênio de Cooperação para Gestão Compartilhada dos
serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário
celebrado entre o Município de Belo Horizonte e o Estado de Minas
                                    2
Gerais, representado pela COPASA , pressupõe a existência de um
Plano de Gestão, o qual servirá de esteio para as ações regulatórias
dos serviços conveniados, a serem exercidas pela Prefeitura de
Belo Horizonte. Todavia, para o bom desempenho dessas ações
regulatórias, torna-se fundamental a perfeita caracterização dos
serviços, das condições para sua prestação, bem como a
caracterização de um instrumental de planejamento capaz de
imprimir a melhoria e a expansão dos sistemas existentes tendo
como meta a universalização e a eficácia dos serviços prestados.
Em vista dessas demandas, a Prefeitura de Belo Horizonte, através
do Grupo Gerencial de Saneamento - GGSAN da SUDECAP,
investiu na elaboração do PMS – Plano Municipal de Saneamento,
cuja formulação baseia-se na integração das bases de
conhecimento dos sistemas operados pela COPASA às informações
das políticas setoriais da PBH – Prefeitura de Belo Horizonte. Essa
integração tem por objetivo a apuração dos indicadores de
desempenho e de qualidade dos serviços ofertados à população; a
produção de diagnósticos; a formulação de propostas e a
informação ao público; o que permitirá a hierarquização das
intervenções que concorram para a melhoria e para a
universalização daqueles serviços com o efetivo controle social dos
mesmos. O PMS, como concebido, impõe um forte vínculo espacial
entre as informações, exatamente com o objetivo de garantir a

1
  Marcos Ubirajara de Carvalho e Camargo é Bacharel em Física, Mestre em
Tecnologia Nuclear pela USP – Universidade de São Paulo e Consultor de
Geoprocessamento da Prefeitura de Belo Horizonte – MG.
e-mail: muccamargo@aol.com

2
    Companhia de Saneamento de Minas Gerais


        CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS                        7
                        INDICADORES DE GESTÃO
A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de
                                 Belo Horizonte


generalidade de todos os demais indicadores preconizados no Plano
de Gestão como a regularidade, continuidade, eficiência, qualidade,
atualidade, cortesia e modicidade dos custos. Por essa razão, o
sistema ideal para abrigar as informações é um SIG – Sistema de
Informações Georreferenciadas, operado em todo o seu potencial de
processamento para a concepção dos modelos espaciais na
vinculação das informações; para as análises e correlações
espaciais entre os indicadores; para a produção de diagnósticos e
prognósticos; enfim, para efeito das manipulações de todas as
informações segundo regras espaciais.

A matéria de que trata este treinamento objetiva a efetiva
transferência do “know-how” adquirido durante o desenvolvimento
das aplicações de geoprocessamento que culminaram com a
elaboração do conjunto de indicadores e mapas temáticos do PMS,
para a equipe técnica do GGSAN. Para tanto, impõe-se a
necessidade de abordar não somente os aspectos metodológicos e
tecnológicos; mas também filosóficos, uma vez tratar-se de um
trabalho de ponta no cenário saneamento básico brasileiro, e que
exigiu a cristalização de uma visão multidisciplinar e intersetorial dos
problemas que afligem um grande contingente populacional na
cidade de Belo Horizonte. A moderna Gestão de Políticas Públicas
para o desenvolvimento urbano têm investido muito no campo das
políticas entrelaçadas ou integradas, visando a maior eficácia das
intervenções do poder público; a inclusão social através da
universalização dos serviços prestados para a população; e a
otimização do emprego dos recursos. Para isso, o domínio das
informações torna-se imprescindível. Como estabelecer esse
domínio sobre imensas massas de informações é o que se propõe
neste estudo, tendo as técnicas de geoprocessamento como o
instrumental mais adequado para esse propósito.

BACIAS HIDROGRÁFICAS COMO SISTEMAS INTEGRADOS

F.A.R.Barbosa, J.A. de Paula e R.L.M.Mont-Mór definem “bacias”
como “sistemas terrestres e aquáticos geograficamente definidos,
compostos por sistemas físicos, econômicos e sociais. O seu
gerenciamento apropriado requer que sejam consideradas como
sistemas multiníveis que incluam água, solo e componentes sócio-


     CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS                        8
                     INDICADORES DE GESTÃO
A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de
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                                  3
políticos internos e externos ”. Naquele trabalho, sugere-se que a
“bacia” seja tomada como unidade de estudo, de manutenção e de
conservação dos recursos hídricos e; consequentemente, como
unidade de planejamento para as ações que visem a melhoria da
qualidade de vida das populações. Esta qualidade de vida, por sua
vez, será fortemente dependente das condições ambientais,
envolvendo aspectos relativos à saúde pública, à paisagística e ao
lazer; e dependente dos recursos naturais seja como insumos à
produção de bens e serviços, seja como corpos receptores das
águas pluviais na operação dos sistemas de drenagem urbana.
Sendo assim, o Plano Municipal de Saneamento baseia-se em
unidades técnicas de análise que são as bacias elementares e em
unidades de planejamento congruentes com essas bacias
elementares ou suas subdivisões. Assim fazendo, o PMS
compatibiliza-se com o Plano Diretor de Drenagem e as ações nele
preconizadas, dentre elas o Programa Drenurbs – Para Tratamento
dos Fundos de Vale e Recuperação dos Córregos em Leito Natural
da Cidade de Belo Horizonte.

UNIDADES ESPACIAIS

A definição de uma unidade técnica de análise ou de uma área de
estudo constitui o primeiro passo para a geração de objetos mínimos
e completos. Por exemplo, na caracterização dos sistemas de
esgotamento sanitário e de drenagem urbana para posterior análise
dos dados, a unidade técnica compatível é a bacia elementar.
Quando muito, alguma informação sobre o entorno imediato desta
bacia poderá ser útil na formulação dos seus indicadores, mas não
na compreensão dos processos que nela ocorrem. O mesmo se
aplica a outros modelos do conhecimento, significando que nunca
estaremos processando todas as informações, mas sim aquelas que
se inserem no contexto da análise. Portanto, o primeiro dado a ser
informado para um sistema de extração de objetos de análise que
sejam mínimos e completos é a abrangência, aqui no sentido da
extensão territorial. Entretanto, uma das maiores dificuldades para a

3
 F.A.R.Barbosa, J.A. de Paula e R.L.M.Mont-Mór – Biodiversidade, População e
Economia – UFMG / CEDEPLAR – ECMVS – PADCT/CIAMB – Belo Horizonte-MG,
Julho de 1997.


      CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS                        9
                      INDICADORES DE GESTÃO
A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de
                                 Belo Horizonte


gestão integrada em saneamento está justamente no
estabelecimento de uma unidade territorial de análise. Na
maioria das cidades brasileiras, sistemas de gestão comercial em
serviços de saneamento são articulados sobre unidades fiscais; isto
é, a unidade territorial de análise comercial é o setor fiscal e suas
subdivisões: quadras e lotes fiscais. Isto significa ter toda a base de
atendimento, inclusive os registros de reclamações do sistema 195,
articulados sobre essas unidades fiscais. Os sistemas de
abastecimento de água, necessariamente, subdividem a área de
atendimento em setores de abastecimento, sub-setores, zonas de
pressão e/ou zonas de manobra. Por sua vez, os sistemas de
coleta, afastamento, tratamento e disposição final de esgotos
domésticos e efluentes industriais, subdividem a área de
atendimento em bacias, sub-bacias (áreas de drenagem) e zonas de
recalque (áreas atendidas por bombeamento). Todas as unidades
territoriais acima citadas são incongruentes entre si, o que torna a
agregação dos dados uma tarefa muitas vezes impraticável para
efeito das análises integradas. A sugestão é, com base nas
demarcações existentes sobre os diversos temas de interesse, criar
                                                  4
unidades técnicas de análise homogêneas . Do ponto de vista
conceitual, trata-se de uma tarefa simples e já utilizada nos campos
do planejamento e de projetos. Todavia, em se tratando de grandes
massas de informações processadas cumulativamente, torna-se
uma tarefa impraticável se feita manualmente, estando a exigir a
utilização dos recursos computacionais como meios indispensáveis
para a sua realização. Ora, se falamos do emprego de recursos
computacionais na elaboração de modelos espaciais; então,
estamos falando de um SIG – Sistema de Informações
Georreferenciadas.

No saneamento básico, unidades técnicas de análise e de
planejamento estratégico normalmente são definidas como bacias,
sub-bacias, áreas de “booster”, setores de abastecimento, zonas de
pressão e áreas de manobra entre outras. Pode-se afirmar haver um
grande ganho de produtividade quando essas unidades estão

4
  M.U.C. Camargo - O Geoprocessamento no Contexto do Saneamento:
Fundamentos da Aplicação – Congresso da AESBE – Associação Brasileira das
Empresas de Saneamento Básico Estaduais – Natal-RN, 1998.


     CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS                        10
                     INDICADORES DE GESTÃO
A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de
                                Belo Horizonte


cadastradas num sistema de informações geográficas. Isto, todavia,
não impede o analista de, a qualquer hora, “criar” uma área de
estudo arbitrária, não congruente com as demais existentes,
transformando-a numa feição permanente ou temporária para a
realização das análises. Ampliando o nosso campo de
conhecimento, poderíamos citar algumas outras unidades territoriais
de interesse: regionais administrativas, áreas de planejamento
urbano, áreas de interesse social (vilas e favelas), áreas de
preservação ambiental, bacias de esgotamento sanitário, áreas
desassistidas pelas redes coletoras de esgotos, depressões (áreas
abaixo da cota mínima para atendimento pela coleta por gravidade),
áreas de alagamento, áreas de refluxo, etc. Acontece que nem
sempre as áreas objetos de estudos são compatíveis com as
unidades territoriais conhecidas, tampouco estão contidas nelas. É
comum uma área de interesse transpor limites administrativos,
operacionais, legais e técnicos; exigindo o tratamento diferenciado
das informações tanto na fase de captura como no processamento.
Isto sugere a integralização dessas áreas como mosaicos (células
homogêneas), tendo as descontinuidades nos limites das diferentes
regiões que as compõem. Uma vez conhecidos esses limites, as
operações lógicas favorecerão os processos de extração dos dados,
já que muitas restrições poderão se impor para a seleção das
informações relevantes.

O BANCO DE DADOS GEORREFERENCIADO

Dentro do modelo conceitual aqui desenvolvido, o macrosistema de
informações é subdividido em categorias de informações e, dentro
dessas categorias, as feições constituintes são organizadas em
camadas ou “layers”. Essas categorias de informações poderão se
superpor compondo mapas, modelos de interferências ou
produzindo temas híbridos diversos através de operações lógicas
cumulativas ou não. A Figura 1 é uma ilustração de como essas
entidades se relacionam na formação do modelo de conhecimento
proposto. Especificamente com relação ao universo das aplicações
do PMS – Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte,
vemos as seguintes Categorias de Informações como um esteio
imprescindível para o desenvolvimento das análises: Base
Cartográfica do Urbanismo (Mapas Urbanos Básicos), Altimetria,


     CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS                       11
                     INDICADORES DE GESTÃO
A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de
                                Belo Horizonte


Sistemas de Saneamento Básico (água, esgotos, drenagem e
resíduos sólidos), Dados do Censo Demográfico, da Saúde, da
Educação, do Planejamento, das Obras do Orçamento Participativo
e de outros Programas da PBH, da Lei de Uso e Ocupação do Solo,
Áreas de Risco e de Ocupação Subnormal entre outras. A partir
dessas informações articuladas em modelos espaciais, estaremos
procedendo a formulação dos indicadores conceituados pelo PMS.

O SISTEMA DE EXTRAÇÃO DE MAPAS

A função básica de um sistema de extração de mapas é permitir a
criação de filtros (critérios de seleção e de triagem dos dados) que
permitam a modelagem de objetos inteligentes (ou seja, completos e
mínimos), dando agilidade aos processos de análise e rapidez no
tempo de resposta É também função desse sistema traduzir
importantes atributos como a forma (topologia), abrangência
(tamanho relativo), inserção (relações de vizinhança) e outras
relações decorrentes do cruzamento das unidades técnicas de
análise com “panos de fundo” como a geopolítica, a demografia /
setores censitários, modelos digitais de terreno e hipóteses de
planos diretores entre outros.

REGRAS DE BANCO DE DADOS

O sistema possui a capacidade para armazenar no banco de dados
camadas de informações que são produtos da execução de regras
de seleção para posteriores cruzamentos com outras camadas de
informações. Por exemplo, pode-se armazenar uma camada de
todas as áreas desassistidas pelas redes de coleta de esgotos e,
posteriormente, cruzá-la com quaisquer outras camadas de
informações, aumentando muito a produtividade do processo de
análise. Os produtos armazenados podem ser recuperados e/ou
modificados dentro e fora da aplicação. Poderão também ser
exportados para outros sistemas, já que são tabelas de um banco
dados. Regras de seleção constituindo camadas de informações
para aplicações específicas devem ser pensadas pelos especialistas
daquele campo de conhecimento, auxiliados por analistas de bancos
de dados que as escrevam. Esse casamento é indispensável para
que o sistema dê respostas precisas para as alternativas em estudo.


     CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS                       12
                     INDICADORES DE GESTÃO
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   Figura 1 – Diagrama de relacionamento entre entidades georreferenciadas.



CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS INDICADORES DE GESTÃO            13
A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de
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LAYER OU CAMADA

Um “layer” é um produto obtido através da execução de uma regra
de seleção num banco de dados integrando atributos gráficos e
alfanuméricos. Um “layer” é constituído, portanto, por entes
“inteligentes” possuindo atributos gráficos (leia-se propriedades
topológicas) e atributos alfanuméricos que os individualizam. Assim
os chamamos, “inteligentes”, porque um “layer” poderá ser
armazenado no banco de dados, recuperado, submetido a
cruzamentos com outros “layers” através de operações lógicas
(AND, DIFF, OR, XOR) cumulativas ou não. “Importado” dos
sistemas de Processamento Digital de Imagens (PDI), o conceito de
“layer” não deve ser confundido com o conceito de nível de
desenho. O nível de desenho limita-se a um conceito estático de
estratificação e organização das informações, enquanto o “layer”,
além das propriedades já mencionadas acima, oferece a
possibilidade de manipulação dessas propriedades em tempo de
processamento, dando-lhe uma dinâmica não apresentada pelo
conceito de nível de desenho.

OVERLAY OU CRUZAMENTO DE CAMADAS

É uma superposição de “layers” através de um operador lógico AND,
DIFF, OR ou XOR. Embora um “overlay” seja sempre o produto do
cruzamento de 2(dois) “layers”, não há limitações quanto à
complexidade das regras, significando que um “overlay” poderá ser
usado como um “layer” num processo cumulativo.

PROCESSO

De uma forma simples, um processo será desencadeado a partir
dos seguintes passos:

Primeiro: Definição de uma área ou região geográfica objeto da
análise. É uma definição importante uma vez que determinará o
“recorte” sobre o universo de informações;




     CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS                       15
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A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de
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Segundo: Parametrização da regra SQL (seleção da feição, do
campo-filtro, do operador lógico e do valor);

Terceiro: Escolha dos atributos de exibição do produto obtido;

Quarto: Produção e armazenamento dos “layers” para operações
posteriores;

Quinto: Produção de “overlays” (cruzamento dos “layers”) através
de operações lógicas cumulativas

O PROCESSAMENTO DAS CAMADAS DE INFORMAÇÕES

O desenvolvimento dos trabalhos tem como pressuposto que toda a
informação espacial ou alfanumérica deva ser consubstanciada
no sistema como feições e seus respectivos atributos. Sendo
assim, segue que nossas unidades espaciais traduzem-se em
mapas georreferenciados ligados aos registros alfanuméricos de um
banco de dados contendo seus atributos. Por exemplo, bacias
elementares e áreas de interesse social como as vilas e favelas se
identificam por sua extensão territorial e seus atributos
alfanuméricos como nome, código, área, perímetro etc. A Figura 2
exibe informações extraídas de um banco de dados espacial, as
quais já são apresentadas na forma de “layers” de informações a
serem processadas posteriormente, neste caso, as bacias
elementares e as vilas e favelas. O cruzamento desses “layers”
produzirá “recortes” das áreas segundo os limites das bacias e das
favelas, como ilustrado na Figura 3. Esses “recortes” serão descritos
num relatório contendo os atributos de ambos os “layers”. A Figura 4
mostra alguns campos do relatório de cruzamento dos limites de
bacias elementares com os limites de vilas e favelas. A interpretação
dos campos daquele relatório é como mostrado na Tabela 1.




     CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS                        16
                     INDICADORES DE GESTÃO
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                               Belo Horizonte




Figura 2 – “layer” das bacias elementares superposto pelo “layer”
                       das vilas e favelas.




 Figura 3 – Recorte das áreas em “overlay”: Bacias Elementares
                     versus Vilas e Favelas.


    CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS                       17
                    INDICADORES DE GESTÃO
A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de
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Tabela 1 – Campos do relatório de cruzamento das camadas

     Nome Campo                    Definição
                   É um identificador para a célula do
LOCAL
                   mosaico formado após o cruzamento.
AREALOCAL          Área da célula.
PERÍMETROLOCAL     Perímetro da célula.
                   Código identificador da bacia elementar
NOMEBACIA
                   dentro da qual a célula se encontra.
AREABACIA          Área total da bacia elementar.
                   Parcela correspondente à área da célula
AREAREALATIVALOCAL
                   em relação à área da bacia elementar.
FAVELA             Nome da vila ou favela.
AREAFAVELA         Área da vila ou favela.
                   Parcela (%) da célula correspondente à
AREARELATIVAFAVELA
                   vila ou favela.




   Figura 4 – Relatório de “overlay” (cruzamento das camadas).

A OBTENÇÃO DOS DADOS DO CENSO IBGE 2000

A obtenção dos dados da demografia se faz através do cruzamento
das áreas em estudo com o mapa dos setores censitários do IBGE,
dos quais pode-se obter informações sobre as populações, renda
dos responsáveis pelos domicílios, escolaridade entre outras.
Conhecidas as áreas, destas pode-se derivar informações como a
densidade demográfica, perfis de renda, etc. A Figura 5, mostrando
em detalhe a Vila Nossa Senhora da Aparecida no aglomerado da
serra, ilustra o produto lógico do cruzamento das bacias


     CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS                       18
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elementares com as vilas e favelas e com os setores censitários do
IBGE. Como pode-se depreender, essa operação redivide as células
do primeiro “overlay”, identificadas pelos números maiores, em
células menores determinadas pelos limites dos setores censitários.
Essas células redivididas, identificadas pelos números menores,
estão igualmente ligadas aos registros alfanuméricos contendo os
atributos das bacias elementares, das vilas e favelas e também dos
setores censitários do IBGE. São células primitivas homogêneas, a
partir das quais pode-se reconstruir quaisquer das unidades de
análise maiores; isto é, pode-se reconstruir a bacia, a vila ou o setor
censitário. Homogêneas porque cada uma agrupa populações que
se encontram na mesma bacia elementar, na mesma vila ou favela e
no mesmo setor censitário. Por sua vez, os setores censitários,
entrecortados pelos limites das bacias elementares e das favelas,
podem estar total ou parcialmente contidos nas áreas de interesse.
A Figura 6 mostra alguns campos do relatório de cruzamento dos
limites de bacias elementares, limites de vilas e favelas e de setores
censitários. A interpretação dos campos do relatório é como
mostrada na Tabela 2.




Figura 5 – Recorte das áreas em “overlay” das bacias elementares
         X vilas e favelas X setores censitários do IBGE.


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 Figura 6 – Relatório de “overlay” das bacias elementares X vilas e
              favelas X setores censitários do IBGE.


Tabela 2 – Significado dos campos do relatório de cruzamento

 Nome Campo                        Definição
LOCAL        É um identificador para a célula do mosaico
A_L          Área da nova célula.
P_L          Perímetro da nova célula.
BACIA        Identificador da bacia elementar.
A_C          Área total da célula subdividida.
A_RC         Área da célula em relação à célula subdividida.
FAVELA       Nome da vila ou favela.
A_S          Área total do setor censitário.
A_RS         Parcela (%) do setor censitário contida na célula.
P_S          População do setor censitário.
P_RS         Parcela da população inclusa na célula.
D            Densidade demográfica na célula.
SETOR        Identificador do setor censitário do IBGE 2000.
R$0_05       De 0 (zero) à 0.5 (meio) SM
R$05_1       De 0.5 (meio) à 1.0 (um) SM
R$1_2        De 1.0 (um) à 2.0 (dois) SM
R$2_3        De 2.0 (dois) à 3.0 (três) SM
R$3_5        De 3.0 (três) à 5.0 (cinco) SM
R$5_10       De 5.0 (cinco) à 10.0 (dez) SM
R$10_15      De 10.0 (dez) à 15.0 (quinze) SM
R$15_20      De 15.0 (quinze) à 20.0 (vinte) SM
R$M_20       Maior que 20.0 (vinte) SM
R$0          Sem Renda
Onde SM = Renda dos Responsáveis por Domicílio em Salários
Mínimos.


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Observações: 1 - Para efeito dos cálculos realizados, parte-se da
premissa de que os setores censitários são amostras homogêneas
do padrão de ocupação local, o que permitiria o cálculo a partir da
densidade demográfica. 2 – Através desta metodologia, não há
limite para a sucessão de cruzamentos em operações lógicas
cumulativas.

A PRODUÇÃO DE RELATÓRIOS

Os relatórios de “overlay” acima, produzidos pelo aplicativo
CONSREGRA, constituem a base das planilhas para apuração dos
indicadores. Como temos unicidade nos identificadores das células
básicas dos produtos de “overlays”, nos identificadores das bacias
elementares, das áreas de planejamento, dos setores censitários,
das vilas e favelas, das áreas sem redes coletoras de esgotos e
outras unidades espaciais de interesse; fica fácil agregar àqueles
relatórios uma diversidade de dados tabulares. Essa agregação
poderá ser feita através de novos cruzamentos em processos
cumulativos, ou através de relacionamentos entre as tabelas no
banco de dados. O aplicativo poderá ainda atribuir a cada célula nos
relatórios, as distâncias médias de cada grupamento social para os
equipamentos urbanos existentes da saúde, da educação ou obras
do orçamento participativo. Essa distância média é computada a
partir do “centróide” da célula para o equipamento urbano ou obra.
São considerações importantes:

1. Ao ordenar as planilhas pelo código das bacias ou das áreas de
   planejamento, pode-se obter diretamente as totalizações
   necessárias para o cálculo dos indicadores. Subprodutos como
   totalizações por vilas, favelas ou setores censitários também
   poderão ser obtidos através de uma simples ordenação de suas
   respectivas colunas na planilha;
2. Ao ordenar as planilhas pelas populações, poderão ser
   identificadas as áreas com maior contingente populacional e,
   portanto, onde as intervenções produziriam benefícios de maior
   abrangência;
3. Ao ordenar as planilhas pelos dados de renda dos responsáveis
   pelos domicílios, poderão ser identificadas áreas de maior


     CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS                       21
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   carência do ponto de vista do poder econômico e, portanto,
   onde as intervenções produziriam benefícios de maior
   relevância social.
4. Ao ordenar as planilhas pelas distâncias médias para os
   equipamentos urbanos, o que poderá ser feito a partir de uma
   planilha como a mostrada na Figura 7, poderemos identificar as
   populações mais remotas da cidade em termos da
   acessibilidade     aos equipamentos,    classificando   essas
   populações de acordo com as distâncias média por tipos de
   equipamentos urbanos.




Figura 7 – Relatório de “overlay” das bacias elementares X vilas e
favelas X setores censitários do IBGE com cálculo das distâncias
médias para os equipamentos de saúde, educação e obras do
orçamento participativo.

A ANÁLISE E PRODUÇÃO DOS RESULTADOS

A manipulação das informações contidas nos relatórios de “overlays”
poderá ser feita no banco de dados ou numa planilha eletrônica,
facilitando o emprego de fórmulas e expressões matemáticas no
cálculo dos indicadores e índices. O uso das planilhas, além de
abranger um universo maior de usuários, favorece também a
apresentação dos resultados, que não deixa de ser importante
quando quesitos como a organização, a clareza e a estética são
importantes. Apresenta-se na Figura 8 um quadro resumo dos
indicadores do PMS – Plano Municipal de Saneamento de Belo
Horizonte, neste caso, calculados pelas bacias elementares que
constituem as unidades técnicas do análise e planejamento
estratégico do PMS. Na Figura 9 apresenta-se a composição e os
respectivos resultados para os cálculos do ISA e a pontuação para
efeito da priorização das Bacias Elementares.

     CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS                       22
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As diversas ordenações possíveis, como exemplificado acima, bem
como a ponderação dos critérios e as simulações para diferentes
composições entre os indicadores, possibilitarão a construção de
cenários mais ou menos influenciados por determinadas variáveis
na produção de diagnósticos ou prognósticos.

Tabela 3 – Significado dos campos da planilha resumo do cálculo
dos indicadores e índices do PMS – Figura 8.

    Nome Campo                              Definição
CÓDIGO                    Código da bacia elementar.
ÁREA                      Área da bacia elementar.
CÓRREGO                   Nome do córrego.
MACRO BACIA               Macro bacia da bacia elementar.
POP                       População da bacia elementar.
DENS                      Densidade demográfica dada em hab./ha.
IAB                       Índice de abastecimento com água tratada.
POP. NÃO ATENDIDA         População sem coleta de esgoto na bacia.
ICE                       Indicador de coleta de esgoto.
PROJETADOS                Extensão de interceptores projetados.
EXISTENTES                Extensão de interceptores existentes.
LIE                       Indicador de interceptação de esgotos.
                          População sem coleta de lixo em vilas e
VILAS E FAVELAS
                          favelas.
                          População sem coleta de lixo na cidade
CIDADE FORMAL
                          formal.
ICL                       Indicador de coleta de lixo domiciliar.
IDR                       Indicador de Drenagem Urbana
DENGUE                    Casos de dengue na bacia elementar.
IDG                       Indicador de dengue.
ISA                       Índice de Salubridade Ambiental.
PGE                       Existência de PGE para vilas e favelas.
DRENURBS                  Existência de intervenções do Drenurbs.
                          Incidência de obras de infraestrutura do
OP
                          Orçamento Participativo na bacia.



     CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS                       23
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Figura 8 – Planilha resumo do cálculo dos indicadores e índices do PMS.


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Figura 9 – Planilha resumo do cálculo ISA e da priorização das Bacias Elementares

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A REINTEGRAÇÃO DOS DADOS AOS MODELOS ESPACIAIS

A reintegração dos dados aos modelos espaciais é de fundamental
importância para as análises baseadas na distribuição espacial dos
indicadores e índices apurados no PMS, bem como para a
coordenação de ações setoriais integradas visando a maior eficácia
das intervenções do poder público para a solução dos grandes
problemas da cidade de Belo Horizonte. A gestão dos recursos do
                                          5
FMS – Fundo Municipal de Saneamento está, portanto, amparada
por uma visão intersetorial das demais políticas públicas globais da
PBH, a saber: as Políticas Urbano-Ambiental, envolvendo os
programas de infraestrutura e de meio-ambiente; e as Políticas
Sociais, envolvendo os programas de saúde, de educação e de
inclusão social. A Figura 10 traz uma escala de priorização das
bacias elementares para efeito das ações preconizadas pelo PMS –
Plano Municipal de Saneamento, resultante de uma pontuação em
função do ISA – Índice da Salubridade Ambiental, da existência de
PGE – Planos Globais Específicos, da densidade demográfica, da
existência de intervenções do programa Drenurbs - Programa de
Recuperação Ambiental e Saneamento dos Fundos de Vale e
Córregos em Leito Natural de Belo Horizonte, do programa Propam -
Programa de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia
da Pampulha , e da existência de obras de infraestrutura do
Orçamento Participativo. Além dos limites das bacias elementares,
compõem o cenário as áreas de vilas e favelas, a hidrografia e os
limites das regionais administrativas de Belo Horizonte.




5
   O FMS - Fundo Municipal de Saneamento foi instituído pela Lei 8.260/2001 e
posteriormente regulamentado pelo Decreto 11.289 de 24 de março de 2003, “de
natureza contábil e com autonomia administrativa e financeira”, destina-se “a
financiar, de forma isolada ou complementar, os instrumentos da Política Municipal de
Saneamento, cujos programas tenham sido aprovados pelo Comusa” - Conselho
Municipal de Saneamento.


    CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS                   28
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Figura 10 – Priorização das bacias elementares de BH para
                 efeito das ações do PMS.

CONCLUSÃO

Tendo como principal objetivo a universalização e o incremento da
qualidade dos serviços de saneamento básico e ambiental em Belo
Horizonte, o PMS – Plano Municipal de Saneamento e as ações
regulatórias preconizadas no Plano de Gestão exigem do poder
público municipal agilidade para proceder análises integradas entre
as ações da operadora dos serviços de saneamento básico, a
COPASA, e a execução das políticas setoriais interferentes, e que
são de sua própria gestão, a saber: habitação, infraestrutura,
drenagem urbana, tratamento de resíduos sólidos, meio-ambiente e
o conjunto das políticas sociais. Sua capacidade de resposta aos
desafios de uma gestão integrada visando o equacionamento dos
grandes problemas da cidade, dependerá fortemente do domínio
das informações e de como essas informações se articulam num


CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS                  29
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complexo modelo de interrelações chamado “espaço urbano”. A
metodologia aqui apresentada não é propriamente uma resposta
para os problemas, mas, certamente, constitui uma resposta para a
necessidade de capacitação do poder público para responder
àqueles desafios.

O domínio do instrumental que passamos a apresentar é caminho
crítico para essa capacitação, pois, como se depreende da
apresentação da metodologia, trabalhamos com variáveis que
espelham a dinâmica de transformação do espaço urbano e que,
portanto, requerem constantes atualizações para a manutenção da
confiabilidade dos indicadores e índices que nortearão a Política
Municipal de Saneamento. Ao contrário das visões estratificadas e
estáticas dos antigos planos diretores, esse instrumental possibilita
uma visão entrelaçada e atualizada das intervenções, bem como
das reações do espaço urbano como resposta a essas intervenções,
fechando o ciclo da supervisão ⇒ monitorização ⇒ controle ⇒
atuação do poder público na gestão da cidade. Evidentemente, isto
pressupõe a existência de um instrumental apropriado para
diagnosticar, analisar problemas e para prognosticar soluções. Esse
aparato deve ter como requisitos fundamentais a flexibilidade dos
critérios para a obtenção de indicadores representativos, a correta
parametrização dos processos aos quais os dados serão
submetidos (sejam esses processos comparativos ou indutivos), a
apropriada expressão dos dados assim processados, e aberturas
para intervenções na base de dados primária e na camada
             6
paramétrica . Passaremos, então, ao conhecimento do instrumental
e dos preceitos subjacentes ao seu uso.




6
  M.U.C. Camargo - O Geoprocessamento no Contexto do Saneamento:
Fundamentos da Aplicação – Congresso da AESBE – Associação Brasileira das
Empresas de Saneamento Básico Estaduais – Natal-RN, 1998.


 CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS                  30
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         CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE
            PROCESSAMENTO DOS INDICADORES

INSTALAÇÃO DO APLICATIVO CONSREGRA

A instalação do CONSREGRA se faz sobre uma prévia instalação
padrão do Microstation Geographics®, sendo observada, portanto, a
estrutura de diretórios criada por ocasião da instalação deste último.
O programa apresenta-se num arquivo “zipado” e, descomprimindo
este arquivo Consregra.zip, deve-se executar o setup.exe a partir de
qualquer diretório para proceder a instalação mediante a informação
de uma senha. A tela do aplicativo de instalação é como segue.




No caso de uma reinstalação, recomenda-se desinstalar a versão
anterior do programa, o que poderá ser feito a partir do aplicativo



 CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS                  31
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para esse fim. O aplicativo de desinstalação aparecerá no menu
Iniciar - > Programas – Mucc-2000 do Windows, como segue.



ABRINDO O APLICATIVO

Entrando no programa Microstation Geographics®, o aplicativo
CONSREGRA é ativado através da linha de comando abaixo.



            Especificação do login na linha de comando.

Se esta janela de comando não estiver disponível na interface do
Microstation Geographics®, ela poderá ser aberta através do
comando Utilities->Key-in como mostrado abaixo:




   Abrindo a janela de comandos do Microstation Geographics®

Isto feito, a seqüência de abertura do aplicativo CONSREGRA se
fará através de um dos seguintes modos:




       Especificação do login na interface do CONSREGRA

O programa CONSREGRA opera sobre bases de dados integrados
no ambiente do Microstation Geographics®, significando que o seu



CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS                  32
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uso pressupõe a abertura de um projeto . Sendo assim, o aplicativo
exige um login para o banco de dados do projeto que se deseja
abrir, o qual poderá ser informado na linha de comando que ativa o
aplicativo. Quando isto não é feito, o aplicativo apresenta uma janela
como indicado acima para a introdução de especificação do login.
Este login é o próprio nome da fonte de dados definida no ODBC.
Segue-se a abertura automática do projeto indicado, dispensando o
usuário de fazê-lo através da interface do Microstation
Geographics®. Um conceito subjacente a isto é que no Microstation
Geographics® apenas 1 (um) projeto permanece aberto. Não há
mais que um projeto aberto simultaneamente. Todavia, dentro do
aplicativo CONSREGRA pode-se abrir vários projetos em
seqüência, acumulando informações nos “layers” para posteriores
cruzamentos.

IDENTIFICANDO O OBJETO DA ANÁLISE

O programa oferece um tela para caracterização do objeto da
análise conforme abaixo:




7
  Um projeto no Microstation Geographics® é uma estrutura padrão de informações
integrando modelos espaciais (mapas) com estruturas alfanuméricas de um banco de
dados relacional. Mais do que isso, uma estrutura de projeto comporta ainda
definições de ambiente, regras de banco de banco de dados e outras informações;
organizando-as sob uma pasta identificadora do projeto. Informações mais
detalhadas são encontradas no Capítulo V deste programa.


 CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS                  33
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Fence: A definição de uma unidade técnica de análise ou de uma
área de estudo constitui o primeiro passo para a geração de objetos
mínimos e completos. Por exemplo, na caracterização dos sistemas
de esgotamento sanitário e de drenagem urbana para posterior
análise dos dados, a unidade técnica compatível é a bacia
elementar. Quando muito, alguma informação sobre o entorno
imediato poderá ser útil na formulação dos indicadores da bacia,
mas não na compreensão dos processos que nela ocorrem. O
mesmo se aplica a outros modelos do conhecimento, significando
que não estaremos necessariamente processando todas as
informações, mas sim aquelas que se inserem no contexto da
análise. Portanto, o primeiro dado a ser informado a um sistema de
extração é a abrangência (no sentido da extensão espacial) da
                                                             8
análise. Isto se faz através do assinalamento de uma “fence ”. No
aplicativo CONSREGRA, essa “fence” poderá ser assinalada a partir
de um elemento de desenho, um circulo de raio arbitrário, um bloco
ou em modo global delimitando a área de interesse.

Tipo: Refere-se à topologia da feição a ser “extraída” da base de
dados. Essas feições poderão ser dos tipos área, linha, ponto ou
“layer”. Entende-se como feições dos três primeiros tipos (área, linha
ou ponto) aquelas da base de dados primária, a partir das quais se
pretende criar uma camada (“layer”) de informações. Feições do tipo
“layer” são camadas de informações previamente formadas a partir
da base de dados primária e que estão armazenadas no banco de
dados para uso posterior. Obs: se o tipo selecionado estiver em
desacordo com a natureza da feição selecionada, o processo resulta
em topologia vazia.

Tabela de Atributos: O aplicativo CONSREGRA permite o
manuseio de feições que não estejam associadas aos registros

8
  Envoltória delimitando uma área com a propriedade podendo ser interna (“inside”),
externa (“void”) ou limítrofe (“overlap”), neste último caso referindo-se aos elementos
que são interceptados pela envoltória. Essa definição pode ainda carregar o atributo
de corte (“clip”) dos elementos interceptados. A “fence” é uma linha auxiliar que,
embora possa ser definida a partir de um elemento de desenho, em si, não constituiu
um elemento de desenho. Aqui, um conhecimento básico do Microstation® torna-se
indispensável.


 CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS                        34
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alfanuméricos de um banco de dados. Nesses casos o “flag”
correspondente a “Tabela de Atributos” deverá ser desligado
indicando ao programa a não necessidade da indicação de um
campo-filtro, devendo selecionar apenas aquelas entidades gráficas
circunscritas pela “fence”.

Feições Ativas: Quando se seleciona uma categoria de
informações, todas as feições cadastradas naquela categoria
aparecerão na tela. Se o “flag” estiver ligado, após a seleção da
feição de interesse, as demais feições permanecerão dispostas na
tela. Isto pode ser importante para a manutenção de algumas
referências necessárias para as análises, mas não é usual porque
sobrecarrega a tela e o processamento. Do contrário, com o “flag”
desligado, somente aquela feição indicada será disposta na área de
trabalho.

Grava: O “flag” de gravação deve ser usado com critério. Se, por
exemplo, estamos fazendo um recorte dos setores censitários
segundo os limites de uma bacia hidrográfica, torna-se
desnecessário gravar o limite da bacia bem como os setores
censitários da área em estudo. O produto do cruzamento conterá
essas informações. Por outro lado, se estamos fazendo uma
seleção de bacias para posterior cruzamento com outras
informações, podemos gravá-la e armazená-la no banco de dados
como um “layer”. Evidentemente, essas informações irão para o
banco de dados com todos os atributos da informação primária.

Unidade: O projeto poderá estar num diretório local, geralmente
indicado por C:, ou numa estação servidora em uma rede cuja
designação dependerá do identificador utilizado no mapeamento
daquela estação. O CONSREGRA permite o mapeamento para das
unidades identificadas por C:, D:, E: ou V:; devendo-se observar
essa restrição quando do mapeamento de projetos que estejam em
outras unidades da rede.

Overlay: Operações de superposição de “layers” poderão ser feitas
com operadores lógicos dos tipos AND, DIFF, OR ou XOR. Embora
um “overlay” seja sempre o produto do cruzamento de 2(dois)
“layers”, não há limitações quanto à complexidade das regras,

CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS                  35
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significando que um “overlay” poderá ser usado como um “layer”
num processo cumulativo. Descrevendo os operadores lógicos de
acordo com o conceituado pelo Microstation Geographics®, estes
são como segue:

AND – Identifica o conteúdo comum de todas as áreas que se
interceptam entre os dois “layers” em cruzamento.
OR – Identifica a união dos conteúdos dos dois “layers” em
cruzamento; isto é, todos os elementos contidos nos dois “layers”.
XOR – Identifica o conteúdo não comum de todas as áreas
presentes nos “layers” em cruzamento (OR menos AND).
DIFFERENCE – Subtrai o conteúdo comum do segundo “layer” do
primeiro.

Ilustrativamente, essas operações produzem os resultados como
mostrado:

    AND                  OR                 XOR                 DIFF




MENSAGENS DE ERROS POSSÍVEIS

Atenção!!! O erro descrito na mensagem abaixo ocorre quando não
existe uma configuração de ODBC para o banco de dados objeto
das análises. É um erro gerado pelo Microstation Geographics® na
execução da função Project->Open. Os procedimentos para a
configuração do ODBC são descritos no Capítulo V deste programa.




CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS                  36
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Atenção!!! O aplicativo CONSREGRA, ao abrir o projeto no
Microstation Geographics®, grava algumas informações no banco
de dados referentes às opções de identificação do objeto de análise
descritas acima. Essas informações permitem a recuperação de
opções da última sessão do programa e ficam gravadas numa
tabela chamada CONSREGRA_PARAM. A ocorrência do erro
descrito na tela abaixo é indicativa da impossibilidade do programa
“gravar” informações no banco de dados, possivelmente devido ao
fato do banco de dados estar aberto somente para leitura. Verifique
essa possibilidade examinando as propriedades do banco de dados
caso este erro ocorra.




O exame das propriedades do banco de dados se faz no Windows
Explorer, “clicando” a tecla direita do “mouse” sobre o nome do
banco de dados e selecionando-se Propriedades. Abrir-se-á a tela
que segue apresentando os atributos do banco de dados. Esta é
uma importante observação porque dados gravados em CD trazem
o atributo Somente para Leitura como “default”. Se os dados do
projeto foram gravados em CD a partir de um outro computador, os
objetos contidos neste estarão com o atributo “Somente para
Leitura”.




CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS                  37
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                  Propriedades do Banco de Dados


Atenção!!! O aplicativo CONSREGRA utiliza uma tabela chamada
Consregra_01 onde armazenará os valores de parametrização dos
“layers” para posterior recuperação. Em instalações novas, essa
tabela deverá ser criada ou importada de uma outra instalação,
devendo possuir a estrutura seguinte:




CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS                  38
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Na ausência dessa tabela, a execução do CONSREGRA incorrerá
num erro reportado conforme a tela abaixo.




Atenção!!! O Microstation Geographics® ao realizar “overlays”
(cruzamento de camadas) o faz corretamente quando as áreas em
cruzamento são formadas por lines (linhas simples) do Microstation.
Quando essa áreas foram originalmente criadas mesclando lines e
linestrings (linhas encadeadas ou outras formas complexas), ao
tentar realizar o cruzamento ocorre o erro conforme tela abaixo. A
solução é editar o mapa, selecionar todos os elementos usando o
comando “Select All”, e em seguida “quebrar” as linestrings usando
o comando “drop string” que deve ser digitado na linha de
comandos do Microstation.

Atenção!!! Este erro também ocorre quando ao cruzar feições do
tipo área com feições lineares (linhas) ou puntiformes (pontos),
inverte-se a ordem dos “layers”. Nesses casos impõe-se a ordem de
primeiro o “layer” das áreas, depois o “layer” das linhas ou pontos.




CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS                  39
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SELECIONANDO A CATEGORIA DE INFORMAÇÕES




Uma Categoria é uma organização de informações envolvendo
feições afins (pontos, linhas, polígonos e áreas), seus respectivos
atributos e relações necessárias para a formação de um modelo do
conhecimento. Por exemplo, a Categoria de Informações dos
sistemas de esgoto envolve as feições das redes coletoras,
interceptores e emissários (como linhas); poços de visita, tubos de
queda, caixas de passagem e outros (como pontos); bacias de
esgotamento, áreas de “booster”, áreas refluxo etc (como áreas);
das suas sub-divisões operacionais (como polígonos).




CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS                  40
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SELECIONANDO A FEIÇÃO




Feições são elementos gráficos (pontos, linhas, polígonos e áreas)
que descrevem um objeto real. Cada feição, portanto, possui a sua
própria simbologia de exibição (nível, cor, peso, estilo, etc.),
propriedades topológicas e atributos alfanumérico; pertencendo
essa feição a somente uma Categoria de Informações. No exemplo,
estamos selecionando a feição Bacias Elementares que, na
organização do Projeto PMS, encontra-se na Categoria do
Planejamento.

SELECIONANDO O CAMPO FILTRO




CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS                  41
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A escolha de um campo filtro é um passo fundamental para a
criação de uma regra de banco de dados que nos permita extrair os
objetos da análise com exatidão. Em outras palavras, o campo filtro
deve ser aquele que nos permita impor a máxima restrição possível
ao conjunto de dados primários, de tal forma a não termos que
trabalhar com um universo de informações maior do que o
necessário. No exemplo, estamos selecionando um campo filtro que
nos permite restringir a análise a apenas uma bacia elementar, pois,
o código de uma bacia elementar (indicado no campo filtro
cod_bacias_ele) é único.

CRIANDO E ARMAZENANDO UM “LAYER” DE INFORMAÇÃO




A tela principal do CONSREGRA (Construtor de Regras) mostrada
acima, destina-se a auxiliar o operador na criação de uma regra


CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS                  42
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SQL, a qual será aplicada na formação de um novo “layer” de
informações. No módulo de parametrização devem ser indicados:

MÓDULO DE PARAMETRIZAÇÃO

Operador: O operador é a condição que se pretende impor ao
campo filtro para efeito da seleção de registros. Nesta aplicação, os
valores possíveis para esse operador são: = (igual), < (menor), >
(maior), <= (menor ou igual), >= (maior ou igual), <> (diferente) e
Like (igual em parte). Esses operadores são aplicáveis
indistintamente para valores numéricos e textos, exceto o operador
Like. No uso desse operador deve-se acrescentar o caracter ‘%’
junto ao valor introduzido para no campo. Por exemplo, se
pretendemos selecionar todas as bacias elementares iniciando com
o código 411, deve-se digitar para o valor do campo a expressão
411%.

Valor: os valores digitados não devem conter aspas ou apóstrofes.
Quando o campo-filtro escolhido contiver textos, o programa
encarregar-se-á de acrescentar apóstrofes aos valores digitados e
mostrará a expressão conforme ilustrado acima na janela SQL.

Faixa: Quando, ao invés de uma seleção por valor, pretende-se
fazer uma estratificação, deve-se informar o início e o fim da faixa
de valores, bem como o número de camadas ou faixas
intermediárias para a estratificação. Essa operação só se aplica aos
campos com valores numéricos. Quanto ao valor dos intervalos, fica
a critério do operador quando este especifica os valores inicial, final
e o número de intervalos. Por exemplo se o valor inicial é zero e o
valor final é 10, sendo o número de faixas intermediárias igual a 5,
resulta um intervalo igual a 2.

Peso: No caso de feições lineares e pontiformes, o peso
corresponde à largura do traço dos elementos selecionados.

Overlay: Operações de superposição de “layers” poderão ser feitas
com operadores lógicos dos tipos AND, DIFF, OR ou XOR. Para
maiores detalhes, vide descrição acima.


 CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS                  43
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Cor: Cor de exibição dos elementos selecionados.

Sólido: No caso de feições do tipo área, esse “flag” determinará se
na apresentação dos resultados essas áreas estarão preenchidas
(com uma cor sólida) ou não.

Grava: Quando assinalado, dará permanência às informações
resultantes da aplicação da regra, gravando-as no arquivo. Para
maiores detalhes, vide descrição acima.

Cenário: Essa chave tem uma aplicação específica no Plano Diretor
de Água da CAESB – Companhia de Água e Esgotos de Brasília -
DF, o qual projeta vários cenários futuros. Não se aplica no
ambiente de projeto do GGSAN.

PLD2000: Ídem anterior.

Nível: Especifica o nível ao qual se pretende destinar os elementos
selecionados. A esse campo é automaticamente atribuído o valor do
nível da feição ativa, podendo ser alterado pelo operador.

Feição: O produto da análise poderá ser transformado numa feição
para posterior análise ou cruzamento com outras camadas. Essa
feição terá o nome genérico de Controle e estará ligada a uma
tabela correspondente ao relatório produto do cruzamento das
informações.

Nome da Camada: Todos os “layers” resultantes da aplicação de
uma regra de seleção são armazenados no banco de dados numa
tabela chamada CONSREGRA_01. Isto permitirá a reutilização dos
“layers” sem a necessidade de reconstrução da regra SQL. Neste
campo, o operador poderá nomear o “layer” de forma a ser
facilmente reconhecido a posteriori. Caso não o faça, o aplicativo
nomeará genericamente o “layer” utilizando a nomenclatura
Camada XX.




CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS                  44
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SQL: Este campo será utilizado pelo aplicativo para exibir a regra de
seleção em sua forma final.

MÓDULO DA TABELA DE CONTROLE

Atualiza: Quando a tabela associada a uma feição de controle
(produto de cruzamento) for equivocadamente escolhida, este
comando permite ao operador indicar a tabela correta.

MÓDULO QUERY BUILDER

Regras SQL: O aplicativo CONSREGRA apresenta uma interface
de auxílio ao operador na construção de regras SQL simples. Nada
impede, todavia, a utilização de regras complexas que, em princípio,
seriam elaboradas por especialistas. Por exemplo, regras SQL
envolvendo o uso de relacionamentos entre tabelas. Para essas
regras complexas, o Microstation Geographics® oferece um diretório
na estrutura padrão do projeto para o seu armazenamento na forma
de arquivos-texto. Uma vez naquele diretório, os nomes desses
arquivos aparecem numa lista ativada por este comando, para fins
da escolha da regra que se pretende utilizar. Ao clicar OK, essa
regra é carregada no aplicativo aparecendo no campo SQL da
janela do Construtor de Regras, podendo ser executada a seguir.

MÓDULO DE PROCESSAMENTO

OK: Inicia o processamento do “layer”.

Cancel: Encerra o aplicativo.




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FAZENDO O CRUZAMENTO DE CAMADAS DE INFORMAÇÕES




Após a produção de dois ou mais “layers” de informações, se estiver
ativada a opção de “Overlay”, o aplicativo CONSREGRA exibirá a
tela acima possibilitando a execução de um cruzamento. Se não
nomeados pelo operador, os “layers” criados aparecerão com
nomes genéricos (Camada XX). O cruzamento sempre se dará entre
o primeiro e o último “layer” da lista, ou seja, dois a dois.

MÓDULO DE PROCESSAMENTO DAS CAMADAS

Relatório: Um cruzamento de “layers” poderá ou não produzir um
relatório alfanumérico no banco de dados. Esse relatório, quando
solicitado, possui uma estrutura padrão como a mostrada abaixo,



CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS                  46
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sendo composto a partir de atributos previamente selecionados das
tabelas ligadas aos “layers” em processamento.

Um produto de cruzamento poderá receber os atributos gráficos:

Cor: O operador poderá escolher uma cor para o produto de
cruzamento, desde que não pretenda usar a opção de
transformação do produto em feição. Neste caso, ao transformar o
produto em feição, o mesmo adquirirá os atributos (cor, nível, peso,
etc.) de uma feição genérica chamada Controle.

Sólido: Quando os produtos do cruzamento forem áreas, o
operador poderá optar pelo preenchimento dessas áreas com cores
sólidas. Não se recomenda o uso de cores sólidas quando se
pretende transformar o produto em feição. A razão é que,
transformando em feição, poderemos posteriormente cruzar esse
produto com outras informações e, para isto, o produto não poderá
estar com atributo de preenchimento das áreas.

Feição: Um produto de cruzamento poderá ser transformado numa
feição chamada Controle e integrado aos registros alfanuméricos do
relatório de cruzamento. Quando feita essa opção, tem-se um
“overlay” que, posteriormente, poderá ser utilizado como um simples
“layer” em sucessivas operações de cruzamento de informações.
Isto confere a essa metodologia uma ilimitada capacidade para
cruzar informações georreferenciadas.

Nível: O produto de cruzamento poderá ser destinado a qualquer
um dos níveis de informações disponíveis. Recomenda-se não
destiná-lo ao nível da feição ativa quando numa operação de
estratificação.

Processe: Este botão inicia o processamento das informações.

Limpa: Limpa as camadas de informações previamente ocupadas.

Retorne: Volta ao módulo de parametrização do programa
CONSREGRA sem executar o cruzamento de informações.



CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS                  47
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ESTRUTURA DO RELATÓRIO DE CRUZAMENTO DE CAMADAS

     Nome Campo                                Definição
                              É um identificador único para a célula do
MSLINK
                              mosaico formado após o cruzamento.
AREA                          Área da célula.
PERÍMETRO1                    Perímetro da célula.
                              Código identificador único (MSLINK) da
TABELA1                       entidade da primeira camada. No
                              exemplo, é o código da bacia elementar.
                              É o nome da entidade indicado no
                              campo NOME da tabela de origem da
NOME1
                              primeira camada. Se o mesmo não
                              existir, este campo resultará “branco”.
                              Área total da entidade da primeira
ÁREATOTAL1
                              camada.
                              Parcela ocupada pela célula dentro da
ÁREARELATIVA1
                              ÁREATOTAL1.
CONTROLE1                     Campos reservados para o cruzamento
                              de produtos de “overlays” com outras
CONTROLE2                     camadas de informações. Nestes casos,
                              o operador, além dos campos padrão,
CONTROLE3                     poderá escolher até quatro campos da
                              tabela de controle associada ao
CONTROLE4                     “overlay” para incluir no relatório.
                              Código identificador único (MSLINK) da
TABELA2                       entidade da segunda camada. No
                              exemplo, é o código do setor censitário
                              É o nome da entidade indicado no
                              campo NOME da tabela de origem da
NOME2
                              segunda camada. Se o mesmo não
                              existir, este campo resultará “branco”.
                              Área total da entidade da segunda
ÁREATOTAL2
                              camada.
                              Parcela ocupada pela célula dentro da
AREARELATIVA2
                              AREATOTAL2.



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MÓDULO DE ACESSIBILIDADE / PERCEPÇÃO DE
EQUIPAMENTOS E OBRAS

O programa CONSREGRA foi customizado para realizar algumas
operações especiais. Células resultantes de cruzamentos entre
camadas de informações possuem um centróide. A partir disto,
podemos relacionar as distâncias desses centróides para quaisquer
feições pontiformes previamente cadastradas e georreferenciadas.
O que o programa faz nesse caso é, dentre um conjunto de feições
pontiformes, relacionar o ponto mais próximo. Sendo assim,
podemos estabelecer essa relação de proximidade entre o centróide
de cada célula do produto de cruzamento com os cadastros do O.P.
(obras do orçamento participativo), SAÚDE (equipamentos da rede
de saúde pública como postos de saúde e hospitais), ESCOLAS
(equipamentos da rede de educação como escolas, creches, etc.),
VIÁRIO (pontos de intertravamento do sistema viário principal). Os
“flags” relacionados acima poderão ser assinalados individualmente
ou em conjunto. O programa possibilita ainda obter um somatório
das distâncias mínimas médias assim calculadas para cada
centróide, bastando para isso assinalar o “flag” Totaliza.

Renda: As diversas tabelas do Censo 2000 do IBGE contém dados
sócio-econômicos como a renda dos responsáveis por domicílios.
Esses dados podem constar dos relatórios quando os mesmos
forem produtos de cruzamento de feições quaisquer (como primeira
camada) com os setores censitários do IBGE (como segunda
camada).
               a
Pesquisa de 2 . Ordem: Quando usada a opção para o cálculo das
distâncias mínimas para equipamentos e obras, além do mais
próximo, pode-se obter listas de outros equipamentos num raio
especificado pelo operador. A isto chamamos pesquisa de
(aproximação de) segunda ordem.

Raio: Especifica o raio dentro do qual devam ser listados os
                                           ª
equipamentos existentes na aproximação de 2 Ordem..




CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS                  49
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ENTENDENDO OS PRODUTOS GRÁFICOS

Tão importante quanto o conhecimento dos comandos do programa
é a interpretação visual dos produtos da aplicação daqueles
comandos. Muitas vezes, a única maneira de saber que uma
operação falhou, é o aspecto visual do produto obtido. Por exemplo,
quando se pretende selecionar uma ou mais bacias hidrográficas
como no exemplo abaixo, a cor que é ativada automaticamente pelo
Microstation Geographics® é a cor da feição ativa. Se não
mudarmos a cor, o produto da seleção terá a mesma cor da feição,
impedindo a visualização do objeto da análise. Um “layer” não
constitui necessariamente um produto. Quando um “layer” é criado
para um posterior cruzamento com outras informações, ele pode
simplesmente ser entendido como uma regra de banco de dados
que irá se superpor a outras regras na geração de produtos. Sendo
assim, não há porque gravar a camada de informações que resulta
da aplicação da regra, mas sim gravar a própria regra na estrutura
do banco de dados. Isto resulta numa informação mais fácil de ser
recuperada, melhor organização e economia de espaço em disco.




           Figura 11 – Recorte de uma bacia hidrográfica



CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS                  50
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A figura acima mostra um recorte da bacia hidrográfica elementar
4111600 selecionada a partir dos passos de programação acima
descritos. Ao final da extração das informações de cada “layer”, o
aplicativo CONSREGRA dispõe o cursor na tela para
posicionamento de uma legenda como mostrado ao centro da bacia.
Se o “layer” for temporário ou, por outra razão, não se pretenda criar
uma legenda, o operador deve responder à ativação do cursor com
um reset (tecla direita do mouse), fazendo o aplicativo retornar para
a tela inicial.




   Figura 12 – Produto do cruzamento da bacia com os setores
                                censitários.

Esta figura mostra o produto do cruzamento da bacia hidrográfica
elementar 4111600 com os setores censitários do censo 2000 do
IBGE, através de uma operação lógica do tipo AND. Observe-se o
recorte daqueles setores censitários segundo os limites da bacia
hidrográfica em referência. Essas células, correspondendo aos
setores censitários que encontram-se total ou parcialmente dentro
da bacia, foram transformadas em feições de controle e associadas
a uma tabela produto do cruzamento das informações.


 CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS                  51
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    Figura 13 – Detalhe das células produzidas no cruzamento

Esta figura mostra a célula de número 99 em destaque e o
correspondente registro alfanumérico ligado a esta, o qual, como se
pode observar, traz dados da bacia hidrográfica e também do
respectivo setor censitário.


MICROSOFT ACCESS® – OPERAÇÕES EM BANCO DE DADOS
                ®

OPERAÇÕES BÁSICAS NO BANCO DE DADOS

O Microstation Geographics® trabalha sobre uma base de dados
dual, ou seja, gráficos e alfanuméricos armazenados separados. Por
essa razão, é desejável a apreensão de alguns conceitos e
operações básicas em bancos de dados. Nesta instalação, esse
banco de dados é o Microsoft Access, que é um produto popular,
integra o pacote Microsoft Office, e traz reconhecidas vantagens
como a de ser familiar para um grande universo de usuários, possuir
uma interface amigável, trocar dados com editores e planilhas,

CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS                  52
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oferecer capacidades customizadas para as operações básicas no
banco de dados.

O Microstation Geographics® trabalha com uma chave primária
chamada MSLINK para efeito dos relacionamentos internos entre
tabelas e da integração entre gráficos e registros alfanuméricos. Não
é uma boa prática mudar o nome deste campo nas tabelas de uso
exclusivo do Microstation Geographics®, quais sejam aquelas com
nomes em letras minúsculas abaixo.




Costumamos manter os nomes dessas tabelas com letras
minúsculas como um diferenciador dos nomes das outras tabelas
que irão sendo criadas no processo.

MANIPULAÇÃO DE RELATÓRIOS

Quando geramos um relatório a partir de um cruzamento de
camadas como exemplificado anteriormente, esse relatório
aparecerá no banco de dados como uma tabela. No exemplo, a
tabela denominada X_CRUZA_CURSO_03 é produto de um
cruzamento de bacias elementares com setores censitários. Neste
caso, como o programa CONSREGRA utiliza uma estrutura padrão
para criação dos relatórios, inclusive no que respeita a nomes dos
campos, o operador poderá editá-los e trocá-los convenientemente.
Isto pode ser feito através da interface do Access, abrindo a tabela


 CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS                  53
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A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de
                                Belo Horizonte


no modo estrutura. Neste modo, também podem ser excluídos ou
criados novos campos na tabela como mostrado abaixo.




Nomes de Tabelas e Campos: Algumas normas devem ser
observadas na designação de nomes de tabelas e/ou campos.

1. Não adotar nomes de tabelas iniciando com números, por
   exemplo, 123TEXTO. Comprovadamente, isto cria problemas no
   Microstation Geographics®;
2. Não utilizar espaços em branco, caracteres especiais ou
   acentuados nos nomes dos campos.

No modo estrutura pode-se também fazer a alteração do tipo do
dado. É uma operação de risco que deve ser feita com critérios,
pois, uma alteração do tipo do dado pode implicar na perda dos
conteúdos do campo em questão. Às vezes pode ser conveniente
essa mudança ao exportarmos os dados, por exemplo, para uma
planilha. Neste caso, recomenda-se fazer a mudança de tipos em
uma cópia da tabela original.

Manutenção: Ao gerar relatórios, o aplicativo CONSREGRA
cataloga esses relatórios no Microstation Geographics®,
possibilitando o georreferenciamento dos mesmos. A catalogação
de um relatório corresponde à inclusão do seu nome nas tabelas
mscatalog e ugtable_cat, que são tabelas do sistema. A tendência
é que essas tabelas cresçam em número e em tamanho na medida


CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS                  54
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que pesquisas mais abrangentes ou mais detalhadas sejam
realizadas. Como todo o objeto de manipulação, um banco de dados
ideal é aquele que possui um tamanho mínimo. Sendo assim,
recomenda-se “limpar” sistematicamente o banco excluindo tabelas
que não são mais utilizadas. Essa manutenção poderá ser feita a
partir dos seguintes passos:

1. Cuidadosamente identificar o relatório pelo nome nas tabelas
   mscatalog e ugtable_cat, excluindo-o dessas tabelas. Somente
   excluindo-o das duas tabelas estaremos evitando que uma
   possível reutilização daquele nome cause problemas;
2. Excluir a tabela do Access;
3. Compactar o banco de dados através da interface do Access
   como mostrado abaixo.




A EXPORTAÇÃO DE DADOS PARA O EXCEL

As planilhas eletrônicas tornaram-se ferramentas tão úteis na
engenharia que é impensável prescindir dos seus recursos em
quaisquer processos envolvendo dados tabulares dos quais se
pretende obter totalizações, aplicações em fórmulas e em relações
matemáticas previamente codificadas. Muitas dessas operações
poderiam ser feitas no próprio banco de dados, mas não com as


CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS                  55
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facilidades oferecidas pelas planilhas. Outro forte apelo para o uso
das planilhas é qualidade obtida na apresentação dos resultados.

Conversão dos Dados:

1. O Microstation Geographics® utiliza o “.” como símbolo decimal.
   Em muitos computadores, nas configurações regionais, o
   símbolo decimal poderá estar configurado para “,” causando
   problemas na conversão de dados que estão no formato texto
   para o formato numérico. Há dois caminhos para resolver este
   problema: primeiro: alterar nas configurações regionais o
   símbolo decimal para “.”. Isto se faz através do meu computador
   -> painel de controle -> configurações regionais -> número;
   segundo: substituir pontos (“.”) por vírgulas (“,”) na tabela do
   Access caso nas configurações regionais o símbolo decimal seja
   “,”.
2. Converter adequadamente os campos que se encontram em
   formato texto para formato numérico inteiro ou real, de precisão
   simples ou dupla, de acordo com a necessidade. Essa
   conversão também é feita no modo estrutura da tabela;
3. Exportar para o Excel usando Salvar como/exportar como
   indicado abaixo.




Na seqüência da exportação para o Excel, será apresentada a tela
seguinte para a seleção do nome do arquivo e o tipo, neste caso,
solicitamos o tipo Microsoft Excel 97®, que é compatível com a
versão do Microsoft Office® que estamos utilizando. Outras opções
mostradas que fazemos usualmente é salvar com formatação e

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autoiniciar. Se o sistema não oferecer opção para exportação para o
Excel, ou seja, na lista de tipos não aparece a opção para o Excel,
leia atentamente a nota de rodapé da tela abaixo e proceda
conforme a orientação.




CONSULTAS

Na criação de uma consulta, o Access oferece uma lista de tipos
conforme mostra a figura acima, dos quais o mais utilizado em
nossa aplicação é o de atualização de um ou mais campos. Neste
tipo de consulta pode-se introduzir cálculos complexos envolvendo
valores obtidos de diversas tabelas. O exemplo acima é o simples
cálculo da área relativa, que resulta da divisão da ÁREA_LOCAL
pela ÁREA_TOTAL_BACIA.




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CONCLUSÃO

Um trabalho de customização não se presta apenas para abreviar
ou traduzir comandos de um sistema. Presta-se, principalmente,
para “modelar” a cultura do usuário dando-lhe ganhos de
produtividade e familiaridade nas interações com aquele sistema. O
programa CONSREGRA, originalmente projetado para auxiliar
operadores leigos na formulação de regras SQL para o banco de
dados, acaba por abarcar conceitos que extrapolam o universo de
conhecimento dos analistas de bancos de dados, incorporando
modelos e procedimentos próprios das potenciais aplicações, quais
sejam a análise e o planejamento territoriais, incluindo diagnósticos,
análises de interferências, produção de indicadores, etc.; segundo
modelos espaciais. Nos capítulos que seguem, veremos como
essas interfaces potencializaram o uso do instrumental de
geoprocessamento no desenvolvimento dos trabalhos do PMS -
Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte.




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  CAPÍTULO III – ROTEIRO PARA PREPARAÇÃO DOS MAPAS

LIMPEZA DOS MAPAS

O presente roteiro tem como finalidade instruir os usuários do
CONSREGRA na preparação dos dados espaciais referentes às
unidades territoriais em análise. É fundamental que essas
informações integralizem os modelos de maneira inequívoca,
assegurando a confiabilidade e reprodutividade dos resultados. Na
criação dos modelos, trabalharemos preferencialmente com pontos,
linhas e centróides; portanto, as “shapes” devem ser evitadas,
principalmente, nos casos onde há lados comuns entre as áreas.
Então, como um primeiro passo, verifica-se se existem “shapes” no
mapa e, caso positivo, use o comando Edit - > Select All - > Drop
para “quebrá-las”. Conforme ilustrado, este comando é uma
combinação de uma operação de seleção dos elementos seguida de
um comando digitado na linha de comando conforme mostra a figura
abaixo.




Após a quebra das “shapes, restarão muitas linhas duplicadas que
não podem ficar no desenho. Use o Find Duplicate Linework como




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mostrado na figura que segue. Aplique o comando usando uma
“fence” envolvendo todo o mapa..




Restarão duplicações que são superposições de “linestrings” e
“lines”. Quebre as linestrings e rode o Find Duplicate Linework
novamente. Para isso utilize uma outra combinação de comandos
que é a seleção por atributos (“select by attributes”) com a linha de
comando drop string mostrada na figura seguinte.




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CRIAÇÃO DOS CENTRÓIDES

Podem haver “arcos” no desenho fazendo concordância entre
linhas. Pesquise através do Select by Attributes. Caso isso ocorra
elimine-os. Neste ponto, o mapa poderá ainda ter muitos problemas
de topologia. Para verificá-los, faça a seguinte experiência: marque
uma fence em todo o mapa e mande colocar centróides com o
comando indicado abaixo.




Poderão aparecer áreas sem centroides e centroides onde não
deveria. Todos os problemas devem ser corrigidos até “limpar” o
mapa. A área em destaque na figura abaixo tem uma falha na
topologia que foi flagrada com o comando Find Gaps. Após a
correção, o centróide foi gerado corretamente.




      CAPÍTULO III – ROTEIRO PARA PREPARAÇÃO DOS MAPAS                       61
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CRIAÇÃO DAS FEIÇÕES

No Projeto PMS, há uma Categoria de Informações chamada
Indicadores de Gestão. Dentro dessa Categoria, crie uma feição
chamada Bacias de Esgotamento ligada a uma tabela chamada
BACIAS_ESGOTO. Utilize para isso o comando Project - > Setup
conforme abaixo.

No banco de dados Access, salve a tabela chamada
BACIAS_ELEMENTARES com o nome BACIAS_ESGOTO.
Apague todos os registros da nova tabela.




Abra o projeto do Geographics ativando a feição criada através do
comando Utilities - > Feature Manager, como mostrado abaixo.




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Se este mapa derivou ou foi copiado de outros mapas existentes no
projeto, verifique se alguns dos seus componentes já são feições e
se estão ligados ao banco de dados. Na dúvida, selecione todos os
elementos e “detach” todas as feições possivelmente ligadas aos
elementos do mapa. Use o comando indicado na figura no modo All
Features e, em seguida, selecione todos os elementos e use o
comando Detach Database.




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Coloque os centróides com o mesmo comando utilizado
anteriormente.. Após, selecione todos os elementos e “attach” a
feição usando o comando indicado




CRIAÇÃO DAS TABELAS

Quando nova, uma tabela necessita ser catalogada para o
funcionamento adequado do banco de dados. O primeiro passo é
catalogá-la através do comando abaixo, informando nos respectivos
campos o nome da tabela (Table Name), a chave primária (Primary
Key) e um apelido (Alias). Em seguida, clicar no botão Insert.




O segundo passo é introduzi-la no Mscatalog, o que pode ser feito
diretamente através da interface do Access.



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INSERÇÃO DE REGISTROS PARA FEIÇÕES TEXTO

Feições representadas por textos como os centróides do exemplo
acima, têm os registros criados nas tabelas através do seguinte
procedimento:

Com o projeto aberto, assinale uma fence em todo o mapa e ative o
comando Database - > Database Text Manager. Como indicado na
figura abaixo, defina a tabela e a coluna através da qual será feita a
inserção do registro (não use o campo do mslink no caso de
inserção). Se há um texto no desenho identificando as unidades,
utilize-o para o carregamento do banco de dados, atribuindo o seu
valor a um campo de identificação. Clique no botão “Insert” e, em
seguida, num ponto da tela para iniciar o processo.




INSERÇÃO DE REGISTROS PARA FEIÇÕES LINEARES

Já as feições lineares ou pontiformes têm seus registros criados nas
tabelas através do uso de uma macro chamada CANAL_LINK
desenvolvida para este fim. Após o tratamento do mapa, que segue
os mesmos passos aqui descritos até a criação das feições, e a
respectiva criação da tabela deve-se proceder da seguinte forma:

Com o projeto aberto, assinale uma fence em todo o mapa e ative a
macro digitando macro CANAL_LINK na linha de comandos do
Microstation®. Na sequência, o aplicativo solicitará ao operador a
indicação do nome da tabela e da feição a ser tratada através das
seguintes janelas de diálogo.



       CAPÍTULO III – ROTEIRO PARA PREPARAÇÃO DOS MAPAS                       65
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Feita a escolha da tabela e da feição, clique no botão OK e, em
seguida, num ponto da tela para iniciar o processo. Os registros
serão criados e ligados aos respectivos elementos. No caso de
feições lineares e pontiformes, poderão ser usados os comandos
Database - > Length Update ou Database - > Load Coordinates
para carregar os valores do comprimento ou as coordenadas do
ponto, respectivamente, nos campos correspondentes.


REGISTRO DE MAPAS

O Microstation Geographics® oferece um recurso para anexação
(desanexação) automática de mapas que pode ser utilizado através
da interface do CONSREGRA. A anexação dos mapas se faz por
categorias de informações, pressupondo uma estrutura tal que não
tenhamos uma sobrecarga desnecessária de informações. Em
outras palavras, ao ativar uma categoria de informações, todos os
mapas registrados para aquela categoria serão anexados. As
análises poderão ser feitas filtrando a feição de interesse ou tendo
todas as demais funções daquela categoria como pano de fundo. Os
passos para o registro de mapas são como segue:

Os mapas dentro de cada categoria de informações são
identificados pela extensão. Essa extensão pode ser criada ou
alterada através do Project –> Setup -> Feature Setup, como
mostrado na figura. Observe que no campo “Extension” foi colocada



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a extensão ind identificando daqui por diante a Categoria de
Informações dos Indicadores de Gestão.




Salvar o mapa a ser registrado no respectivo diretório com a devida
extensão. Por exemplo, vamos registrar o mapa das bacias de
esgotamento sanitário de Belo Horizonte salvando-o como
c:ProjetosPMSdgnGgsanBacias_Esgotamento.ind.

1. Registrar o mapa nas tabelas maps e ugmaps do banco de
   dados. Esse procedimento poderá ser manual observando
   rigorosamente a necessidade da indicação da categoria (cujo
   identificador está na tabela category) e do caminho completo do
   diretório.




      CAPÍTULO III – ROTEIRO PARA PREPARAÇÃO DOS MAPAS                       67
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CONCLUSÃO

É do conhecimento de todos que a qualidade de um produto está
determinada pela qualidade do pior dos insumos introduzidos no
processo de sua fabricação. No campo do processamento de dados,
isto reafirma uma máxima que diz: “garbage in, garbage out”, ou
seja, “se entra lixo, sai lixo”. Assim, todo o cuidado no preparo das
informações é recompensado pela confiabilidade e reprodutilidade
das análises. No caso das aplicações de geoprocessamento, esse
cuidado deve começar pelas grandezas expressas pelos dados
alfanuméricos processados, e deve culminar pelo esmero no
acabamento dos modelos espaciais. Os procedimentos indicados
neste capítulo são mínimos no sentido de obter-se mapas
consistentes do ponto de vista topológico, mas, é bom lembrar, são
insuficientes para corrigir as possíveis distorções ou não
conformidades dos mapas submetidos a esse tratamento. Se temos
um mapa impreciso no que respeita aos limites das áreas em
estudo, significa que estaremos “limpando” um dado impreciso e
obtendo no final um produto impreciso. Se pretendemos conferir
qualidade crescente aos produtos obtidos, temos que nos remeter à
fase da captura dos dados e ali trabalhar o quesito da qualidade.
Colocadas as ressalvas, recomenda-se aplicar rigorosamente os
procedimentos acima, pois a inobservância dos mesmos poderá
comprometer a qualidade de um dado originalmente “bom” e,
consequentemente a qualidade dos produtos obtidos.




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Indicadores de Gestão Urbana
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Indicadores de Gestão Urbana

  • 1. A PRODUÇÃO DOS INDICADORES DE GESTÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO DE BELO HORIZONTE Setembro de 2004
  • 2.
  • 3. ÍNDICE ÍNDICE ........................................................................................................ 3 CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS INDICADORES DE GESTÃO..................................................................... 7 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 7 BACIAS HIDROGRÁFICAS COMO SISTEMAS INTEGRADOS ........ 8 UNIDADES ESPACIAIS ......................................................................... 9 O BANCO DE DADOS GEORREFERENCIADO................................. 11 O SISTEMA DE EXTRAÇÃO DE MAPAS........................................... 12 REGRAS DE BANCO DE DADOS ....................................................... 12 LAYER OU CAMADA .......................................................................... 15 OVERLAY OU CRUZAMENTO DE CAMADAS ................................ 15 PROCESSO ............................................................................................ 15 O PROCESSAMENTO DAS CAMADAS DE INFORMAÇÕES.......... 16 A OBTENÇÃO DOS DADOS DO CENSO IBGE 2000......................... 18 A PRODUÇÃO DE RELATÓRIOS ....................................................... 21 A ANÁLISE E PRODUÇÃO DOS RESULTADOS............................... 22 A REINTEGRAÇÃO DOS DADOS AOS MODELOS ESPACIAIS ..... 28 CONCLUSÃO ........................................................................................ 29 CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS INDICADORES ............................................. 31 INSTALAÇÃO DO APLICATIVO CONSREGRA ............................... 31 ABRINDO O APLICATIVO .................................................................. 32 IDENTIFICANDO O OBJETO DA ANÁLISE ...................................... 33 MENSAGENS DE ERROS POSSÍVEIS ................................................ 36 SELECIONANDO A CATEGORIA DE INFORMAÇÕES ................... 40 SELECIONANDO A FEIÇÃO ............................................................... 41 SELECIONANDO O CAMPO FILTRO................................................. 41 CRIANDO E ARMAZENANDO UM “LAYER” DE INFORMAÇÃO . 42 MÓDULO DE PARAMETRIZAÇÃO.................................................... 43 MÓDULO DA TABELA DE CONTROLE ............................................ 45 MÓDULO QUERY BUILDER............................................................... 45 MÓDULO DE PROCESSAMENTO...................................................... 45 FAZENDO O CRUZAMENTO DE CAMADAS DE INFORMAÇÕES 46 3
  • 4. MÓDULO DE PROCESSAMENTO DAS CAMADAS......................... 46 ESTRUTURA DO RELATÓRIO DE CRUZAMENTO DE CAMADAS ................................................................................................................ 48 MÓDULO DE ACESSIBILIDADE / PERCEPÇÃO DE EQUIPAMENTOS E OBRAS ................................................................ 49 ENTENDENDO OS PRODUTOS GRÁFICOS...................................... 50 MICROSOFT ACCESS® – OPERAÇÕES EM BANCO DE DADOS .. 52 Operações Básicas no Banco de Dados.............................................. 52 Manipulação de Relatórios ................................................................. 53 A Exportação de Dados para o Excel ................................................. 55 Consultas............................................................................................. 57 CONCLUSÃO ........................................................................................ 58 CAPÍTULO III – ROTEIRO PARA PREPARAÇÃO DOS MAPAS ...... 59 LIMPEZA DOS MAPAS ........................................................................ 59 CRIAÇÃO DOS CENTRÓIDES ............................................................ 61 CRIAÇÃO DAS FEIÇÕES ..................................................................... 62 CRIAÇÃO DAS TABELAS ................................................................... 64 INSERÇÃO DE REGISTROS PARA FEIÇÕES TEXTO ...................... 65 INSERÇÃO DE REGISTROS PARA FEIÇÕES LINEARES................ 65 REGISTRO DE MAPAS ........................................................................ 66 CONCLUSÃO ........................................................................................ 68 CAPÍTULO IV – UM EXERCÍCIO COMPLETO ................................... 69 VISÃO GERAL DO CONJUNTO DE INFORMAÇÕES....................... 69 A PRODUÇÃO DE RELATÓRIOS DE OVERLAY.............................. 73 Cruzamento de Feições do Tipo Área ................................................. 73 Cruzamento de Áreas com Feições Lineares ...................................... 77 UMA CRÍTICA SOBRE OS DADOS..................................................... 80 DESEMPENHO DO SISTEMA ............................................................. 84 VALIDAÇÃO DA TOPOLOGIA DE PRODUTOS DE “OVERLAYS”86 TRANSPORTANDO OS DADOS PARA O EXCEL............................. 88 CÁLCULO DO INDICADOR DE ATENDIMENTO POR COLETA DE ESGOTO (ICE) ........................................................................................ 91 RETORNANDO PARA O ACCESS ...................................................... 91 CONCLUSÃO ........................................................................................ 93 CAPÍTULO V – CONHECENDO O MICROSTATION GEOGRAPHICS® ..................................................................................... 95 4
  • 5. INTRODUÇÃO ...................................................................................... 95 ESTRUTURAS DE ARMAZENAMENTO ........................................... 96 CAPTURA E CONVERSÃO DOS DADOS ........................................ 100 Ferramentas de Limpeza Topológica................................................ 104 ESTRUTURA DO PROJETO MICROSTATION GEOGRAPHICS® 105 Trabalhando com Projetos................................................................ 106 A Criação de um Projeto................................................................... 108 Abrindo um Projeto........................................................................... 109 Categorias de Informações, Feições e Atributos .............................. 111 Consultas e Produção de Temas e Análises...................................... 112 Review / Consulta de Atributos Alfanuméricos ........................................113 Query Builder / Construção de Regras SQL .............................................113 Annotation / Anotação de Atributos Alfanuméricos no Mapa ..................113 Topology Analysis / Análise Topológica ..................................................116 CONCLUSÃO ...................................................................................... 117 5
  • 6.
  • 7. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS INDICADORES DE GESTÃO Marcos Ubirajara de Carvalho e Camargo1 INTRODUÇÃO O Convênio de Cooperação para Gestão Compartilhada dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário celebrado entre o Município de Belo Horizonte e o Estado de Minas 2 Gerais, representado pela COPASA , pressupõe a existência de um Plano de Gestão, o qual servirá de esteio para as ações regulatórias dos serviços conveniados, a serem exercidas pela Prefeitura de Belo Horizonte. Todavia, para o bom desempenho dessas ações regulatórias, torna-se fundamental a perfeita caracterização dos serviços, das condições para sua prestação, bem como a caracterização de um instrumental de planejamento capaz de imprimir a melhoria e a expansão dos sistemas existentes tendo como meta a universalização e a eficácia dos serviços prestados. Em vista dessas demandas, a Prefeitura de Belo Horizonte, através do Grupo Gerencial de Saneamento - GGSAN da SUDECAP, investiu na elaboração do PMS – Plano Municipal de Saneamento, cuja formulação baseia-se na integração das bases de conhecimento dos sistemas operados pela COPASA às informações das políticas setoriais da PBH – Prefeitura de Belo Horizonte. Essa integração tem por objetivo a apuração dos indicadores de desempenho e de qualidade dos serviços ofertados à população; a produção de diagnósticos; a formulação de propostas e a informação ao público; o que permitirá a hierarquização das intervenções que concorram para a melhoria e para a universalização daqueles serviços com o efetivo controle social dos mesmos. O PMS, como concebido, impõe um forte vínculo espacial entre as informações, exatamente com o objetivo de garantir a 1 Marcos Ubirajara de Carvalho e Camargo é Bacharel em Física, Mestre em Tecnologia Nuclear pela USP – Universidade de São Paulo e Consultor de Geoprocessamento da Prefeitura de Belo Horizonte – MG. e-mail: muccamargo@aol.com 2 Companhia de Saneamento de Minas Gerais CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS 7 INDICADORES DE GESTÃO
  • 8. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte generalidade de todos os demais indicadores preconizados no Plano de Gestão como a regularidade, continuidade, eficiência, qualidade, atualidade, cortesia e modicidade dos custos. Por essa razão, o sistema ideal para abrigar as informações é um SIG – Sistema de Informações Georreferenciadas, operado em todo o seu potencial de processamento para a concepção dos modelos espaciais na vinculação das informações; para as análises e correlações espaciais entre os indicadores; para a produção de diagnósticos e prognósticos; enfim, para efeito das manipulações de todas as informações segundo regras espaciais. A matéria de que trata este treinamento objetiva a efetiva transferência do “know-how” adquirido durante o desenvolvimento das aplicações de geoprocessamento que culminaram com a elaboração do conjunto de indicadores e mapas temáticos do PMS, para a equipe técnica do GGSAN. Para tanto, impõe-se a necessidade de abordar não somente os aspectos metodológicos e tecnológicos; mas também filosóficos, uma vez tratar-se de um trabalho de ponta no cenário saneamento básico brasileiro, e que exigiu a cristalização de uma visão multidisciplinar e intersetorial dos problemas que afligem um grande contingente populacional na cidade de Belo Horizonte. A moderna Gestão de Políticas Públicas para o desenvolvimento urbano têm investido muito no campo das políticas entrelaçadas ou integradas, visando a maior eficácia das intervenções do poder público; a inclusão social através da universalização dos serviços prestados para a população; e a otimização do emprego dos recursos. Para isso, o domínio das informações torna-se imprescindível. Como estabelecer esse domínio sobre imensas massas de informações é o que se propõe neste estudo, tendo as técnicas de geoprocessamento como o instrumental mais adequado para esse propósito. BACIAS HIDROGRÁFICAS COMO SISTEMAS INTEGRADOS F.A.R.Barbosa, J.A. de Paula e R.L.M.Mont-Mór definem “bacias” como “sistemas terrestres e aquáticos geograficamente definidos, compostos por sistemas físicos, econômicos e sociais. O seu gerenciamento apropriado requer que sejam consideradas como sistemas multiníveis que incluam água, solo e componentes sócio- CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS 8 INDICADORES DE GESTÃO
  • 9. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte 3 políticos internos e externos ”. Naquele trabalho, sugere-se que a “bacia” seja tomada como unidade de estudo, de manutenção e de conservação dos recursos hídricos e; consequentemente, como unidade de planejamento para as ações que visem a melhoria da qualidade de vida das populações. Esta qualidade de vida, por sua vez, será fortemente dependente das condições ambientais, envolvendo aspectos relativos à saúde pública, à paisagística e ao lazer; e dependente dos recursos naturais seja como insumos à produção de bens e serviços, seja como corpos receptores das águas pluviais na operação dos sistemas de drenagem urbana. Sendo assim, o Plano Municipal de Saneamento baseia-se em unidades técnicas de análise que são as bacias elementares e em unidades de planejamento congruentes com essas bacias elementares ou suas subdivisões. Assim fazendo, o PMS compatibiliza-se com o Plano Diretor de Drenagem e as ações nele preconizadas, dentre elas o Programa Drenurbs – Para Tratamento dos Fundos de Vale e Recuperação dos Córregos em Leito Natural da Cidade de Belo Horizonte. UNIDADES ESPACIAIS A definição de uma unidade técnica de análise ou de uma área de estudo constitui o primeiro passo para a geração de objetos mínimos e completos. Por exemplo, na caracterização dos sistemas de esgotamento sanitário e de drenagem urbana para posterior análise dos dados, a unidade técnica compatível é a bacia elementar. Quando muito, alguma informação sobre o entorno imediato desta bacia poderá ser útil na formulação dos seus indicadores, mas não na compreensão dos processos que nela ocorrem. O mesmo se aplica a outros modelos do conhecimento, significando que nunca estaremos processando todas as informações, mas sim aquelas que se inserem no contexto da análise. Portanto, o primeiro dado a ser informado para um sistema de extração de objetos de análise que sejam mínimos e completos é a abrangência, aqui no sentido da extensão territorial. Entretanto, uma das maiores dificuldades para a 3 F.A.R.Barbosa, J.A. de Paula e R.L.M.Mont-Mór – Biodiversidade, População e Economia – UFMG / CEDEPLAR – ECMVS – PADCT/CIAMB – Belo Horizonte-MG, Julho de 1997. CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS 9 INDICADORES DE GESTÃO
  • 10. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte gestão integrada em saneamento está justamente no estabelecimento de uma unidade territorial de análise. Na maioria das cidades brasileiras, sistemas de gestão comercial em serviços de saneamento são articulados sobre unidades fiscais; isto é, a unidade territorial de análise comercial é o setor fiscal e suas subdivisões: quadras e lotes fiscais. Isto significa ter toda a base de atendimento, inclusive os registros de reclamações do sistema 195, articulados sobre essas unidades fiscais. Os sistemas de abastecimento de água, necessariamente, subdividem a área de atendimento em setores de abastecimento, sub-setores, zonas de pressão e/ou zonas de manobra. Por sua vez, os sistemas de coleta, afastamento, tratamento e disposição final de esgotos domésticos e efluentes industriais, subdividem a área de atendimento em bacias, sub-bacias (áreas de drenagem) e zonas de recalque (áreas atendidas por bombeamento). Todas as unidades territoriais acima citadas são incongruentes entre si, o que torna a agregação dos dados uma tarefa muitas vezes impraticável para efeito das análises integradas. A sugestão é, com base nas demarcações existentes sobre os diversos temas de interesse, criar 4 unidades técnicas de análise homogêneas . Do ponto de vista conceitual, trata-se de uma tarefa simples e já utilizada nos campos do planejamento e de projetos. Todavia, em se tratando de grandes massas de informações processadas cumulativamente, torna-se uma tarefa impraticável se feita manualmente, estando a exigir a utilização dos recursos computacionais como meios indispensáveis para a sua realização. Ora, se falamos do emprego de recursos computacionais na elaboração de modelos espaciais; então, estamos falando de um SIG – Sistema de Informações Georreferenciadas. No saneamento básico, unidades técnicas de análise e de planejamento estratégico normalmente são definidas como bacias, sub-bacias, áreas de “booster”, setores de abastecimento, zonas de pressão e áreas de manobra entre outras. Pode-se afirmar haver um grande ganho de produtividade quando essas unidades estão 4 M.U.C. Camargo - O Geoprocessamento no Contexto do Saneamento: Fundamentos da Aplicação – Congresso da AESBE – Associação Brasileira das Empresas de Saneamento Básico Estaduais – Natal-RN, 1998. CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS 10 INDICADORES DE GESTÃO
  • 11. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte cadastradas num sistema de informações geográficas. Isto, todavia, não impede o analista de, a qualquer hora, “criar” uma área de estudo arbitrária, não congruente com as demais existentes, transformando-a numa feição permanente ou temporária para a realização das análises. Ampliando o nosso campo de conhecimento, poderíamos citar algumas outras unidades territoriais de interesse: regionais administrativas, áreas de planejamento urbano, áreas de interesse social (vilas e favelas), áreas de preservação ambiental, bacias de esgotamento sanitário, áreas desassistidas pelas redes coletoras de esgotos, depressões (áreas abaixo da cota mínima para atendimento pela coleta por gravidade), áreas de alagamento, áreas de refluxo, etc. Acontece que nem sempre as áreas objetos de estudos são compatíveis com as unidades territoriais conhecidas, tampouco estão contidas nelas. É comum uma área de interesse transpor limites administrativos, operacionais, legais e técnicos; exigindo o tratamento diferenciado das informações tanto na fase de captura como no processamento. Isto sugere a integralização dessas áreas como mosaicos (células homogêneas), tendo as descontinuidades nos limites das diferentes regiões que as compõem. Uma vez conhecidos esses limites, as operações lógicas favorecerão os processos de extração dos dados, já que muitas restrições poderão se impor para a seleção das informações relevantes. O BANCO DE DADOS GEORREFERENCIADO Dentro do modelo conceitual aqui desenvolvido, o macrosistema de informações é subdividido em categorias de informações e, dentro dessas categorias, as feições constituintes são organizadas em camadas ou “layers”. Essas categorias de informações poderão se superpor compondo mapas, modelos de interferências ou produzindo temas híbridos diversos através de operações lógicas cumulativas ou não. A Figura 1 é uma ilustração de como essas entidades se relacionam na formação do modelo de conhecimento proposto. Especificamente com relação ao universo das aplicações do PMS – Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte, vemos as seguintes Categorias de Informações como um esteio imprescindível para o desenvolvimento das análises: Base Cartográfica do Urbanismo (Mapas Urbanos Básicos), Altimetria, CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS 11 INDICADORES DE GESTÃO
  • 12. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte Sistemas de Saneamento Básico (água, esgotos, drenagem e resíduos sólidos), Dados do Censo Demográfico, da Saúde, da Educação, do Planejamento, das Obras do Orçamento Participativo e de outros Programas da PBH, da Lei de Uso e Ocupação do Solo, Áreas de Risco e de Ocupação Subnormal entre outras. A partir dessas informações articuladas em modelos espaciais, estaremos procedendo a formulação dos indicadores conceituados pelo PMS. O SISTEMA DE EXTRAÇÃO DE MAPAS A função básica de um sistema de extração de mapas é permitir a criação de filtros (critérios de seleção e de triagem dos dados) que permitam a modelagem de objetos inteligentes (ou seja, completos e mínimos), dando agilidade aos processos de análise e rapidez no tempo de resposta É também função desse sistema traduzir importantes atributos como a forma (topologia), abrangência (tamanho relativo), inserção (relações de vizinhança) e outras relações decorrentes do cruzamento das unidades técnicas de análise com “panos de fundo” como a geopolítica, a demografia / setores censitários, modelos digitais de terreno e hipóteses de planos diretores entre outros. REGRAS DE BANCO DE DADOS O sistema possui a capacidade para armazenar no banco de dados camadas de informações que são produtos da execução de regras de seleção para posteriores cruzamentos com outras camadas de informações. Por exemplo, pode-se armazenar uma camada de todas as áreas desassistidas pelas redes de coleta de esgotos e, posteriormente, cruzá-la com quaisquer outras camadas de informações, aumentando muito a produtividade do processo de análise. Os produtos armazenados podem ser recuperados e/ou modificados dentro e fora da aplicação. Poderão também ser exportados para outros sistemas, já que são tabelas de um banco dados. Regras de seleção constituindo camadas de informações para aplicações específicas devem ser pensadas pelos especialistas daquele campo de conhecimento, auxiliados por analistas de bancos de dados que as escrevam. Esse casamento é indispensável para que o sistema dê respostas precisas para as alternativas em estudo. CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS 12 INDICADORES DE GESTÃO
  • 13. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte Figura 1 – Diagrama de relacionamento entre entidades georreferenciadas. CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS INDICADORES DE GESTÃO 13
  • 14.
  • 15. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte LAYER OU CAMADA Um “layer” é um produto obtido através da execução de uma regra de seleção num banco de dados integrando atributos gráficos e alfanuméricos. Um “layer” é constituído, portanto, por entes “inteligentes” possuindo atributos gráficos (leia-se propriedades topológicas) e atributos alfanuméricos que os individualizam. Assim os chamamos, “inteligentes”, porque um “layer” poderá ser armazenado no banco de dados, recuperado, submetido a cruzamentos com outros “layers” através de operações lógicas (AND, DIFF, OR, XOR) cumulativas ou não. “Importado” dos sistemas de Processamento Digital de Imagens (PDI), o conceito de “layer” não deve ser confundido com o conceito de nível de desenho. O nível de desenho limita-se a um conceito estático de estratificação e organização das informações, enquanto o “layer”, além das propriedades já mencionadas acima, oferece a possibilidade de manipulação dessas propriedades em tempo de processamento, dando-lhe uma dinâmica não apresentada pelo conceito de nível de desenho. OVERLAY OU CRUZAMENTO DE CAMADAS É uma superposição de “layers” através de um operador lógico AND, DIFF, OR ou XOR. Embora um “overlay” seja sempre o produto do cruzamento de 2(dois) “layers”, não há limitações quanto à complexidade das regras, significando que um “overlay” poderá ser usado como um “layer” num processo cumulativo. PROCESSO De uma forma simples, um processo será desencadeado a partir dos seguintes passos: Primeiro: Definição de uma área ou região geográfica objeto da análise. É uma definição importante uma vez que determinará o “recorte” sobre o universo de informações; CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS 15 INDICADORES DE GESTÃO
  • 16. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte Segundo: Parametrização da regra SQL (seleção da feição, do campo-filtro, do operador lógico e do valor); Terceiro: Escolha dos atributos de exibição do produto obtido; Quarto: Produção e armazenamento dos “layers” para operações posteriores; Quinto: Produção de “overlays” (cruzamento dos “layers”) através de operações lógicas cumulativas O PROCESSAMENTO DAS CAMADAS DE INFORMAÇÕES O desenvolvimento dos trabalhos tem como pressuposto que toda a informação espacial ou alfanumérica deva ser consubstanciada no sistema como feições e seus respectivos atributos. Sendo assim, segue que nossas unidades espaciais traduzem-se em mapas georreferenciados ligados aos registros alfanuméricos de um banco de dados contendo seus atributos. Por exemplo, bacias elementares e áreas de interesse social como as vilas e favelas se identificam por sua extensão territorial e seus atributos alfanuméricos como nome, código, área, perímetro etc. A Figura 2 exibe informações extraídas de um banco de dados espacial, as quais já são apresentadas na forma de “layers” de informações a serem processadas posteriormente, neste caso, as bacias elementares e as vilas e favelas. O cruzamento desses “layers” produzirá “recortes” das áreas segundo os limites das bacias e das favelas, como ilustrado na Figura 3. Esses “recortes” serão descritos num relatório contendo os atributos de ambos os “layers”. A Figura 4 mostra alguns campos do relatório de cruzamento dos limites de bacias elementares com os limites de vilas e favelas. A interpretação dos campos daquele relatório é como mostrado na Tabela 1. CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS 16 INDICADORES DE GESTÃO
  • 17. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte Figura 2 – “layer” das bacias elementares superposto pelo “layer” das vilas e favelas. Figura 3 – Recorte das áreas em “overlay”: Bacias Elementares versus Vilas e Favelas. CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS 17 INDICADORES DE GESTÃO
  • 18. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte Tabela 1 – Campos do relatório de cruzamento das camadas Nome Campo Definição É um identificador para a célula do LOCAL mosaico formado após o cruzamento. AREALOCAL Área da célula. PERÍMETROLOCAL Perímetro da célula. Código identificador da bacia elementar NOMEBACIA dentro da qual a célula se encontra. AREABACIA Área total da bacia elementar. Parcela correspondente à área da célula AREAREALATIVALOCAL em relação à área da bacia elementar. FAVELA Nome da vila ou favela. AREAFAVELA Área da vila ou favela. Parcela (%) da célula correspondente à AREARELATIVAFAVELA vila ou favela. Figura 4 – Relatório de “overlay” (cruzamento das camadas). A OBTENÇÃO DOS DADOS DO CENSO IBGE 2000 A obtenção dos dados da demografia se faz através do cruzamento das áreas em estudo com o mapa dos setores censitários do IBGE, dos quais pode-se obter informações sobre as populações, renda dos responsáveis pelos domicílios, escolaridade entre outras. Conhecidas as áreas, destas pode-se derivar informações como a densidade demográfica, perfis de renda, etc. A Figura 5, mostrando em detalhe a Vila Nossa Senhora da Aparecida no aglomerado da serra, ilustra o produto lógico do cruzamento das bacias CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS 18 INDICADORES DE GESTÃO
  • 19. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte elementares com as vilas e favelas e com os setores censitários do IBGE. Como pode-se depreender, essa operação redivide as células do primeiro “overlay”, identificadas pelos números maiores, em células menores determinadas pelos limites dos setores censitários. Essas células redivididas, identificadas pelos números menores, estão igualmente ligadas aos registros alfanuméricos contendo os atributos das bacias elementares, das vilas e favelas e também dos setores censitários do IBGE. São células primitivas homogêneas, a partir das quais pode-se reconstruir quaisquer das unidades de análise maiores; isto é, pode-se reconstruir a bacia, a vila ou o setor censitário. Homogêneas porque cada uma agrupa populações que se encontram na mesma bacia elementar, na mesma vila ou favela e no mesmo setor censitário. Por sua vez, os setores censitários, entrecortados pelos limites das bacias elementares e das favelas, podem estar total ou parcialmente contidos nas áreas de interesse. A Figura 6 mostra alguns campos do relatório de cruzamento dos limites de bacias elementares, limites de vilas e favelas e de setores censitários. A interpretação dos campos do relatório é como mostrada na Tabela 2. Figura 5 – Recorte das áreas em “overlay” das bacias elementares X vilas e favelas X setores censitários do IBGE. CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS 19 INDICADORES DE GESTÃO
  • 20. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte Figura 6 – Relatório de “overlay” das bacias elementares X vilas e favelas X setores censitários do IBGE. Tabela 2 – Significado dos campos do relatório de cruzamento Nome Campo Definição LOCAL É um identificador para a célula do mosaico A_L Área da nova célula. P_L Perímetro da nova célula. BACIA Identificador da bacia elementar. A_C Área total da célula subdividida. A_RC Área da célula em relação à célula subdividida. FAVELA Nome da vila ou favela. A_S Área total do setor censitário. A_RS Parcela (%) do setor censitário contida na célula. P_S População do setor censitário. P_RS Parcela da população inclusa na célula. D Densidade demográfica na célula. SETOR Identificador do setor censitário do IBGE 2000. R$0_05 De 0 (zero) à 0.5 (meio) SM R$05_1 De 0.5 (meio) à 1.0 (um) SM R$1_2 De 1.0 (um) à 2.0 (dois) SM R$2_3 De 2.0 (dois) à 3.0 (três) SM R$3_5 De 3.0 (três) à 5.0 (cinco) SM R$5_10 De 5.0 (cinco) à 10.0 (dez) SM R$10_15 De 10.0 (dez) à 15.0 (quinze) SM R$15_20 De 15.0 (quinze) à 20.0 (vinte) SM R$M_20 Maior que 20.0 (vinte) SM R$0 Sem Renda Onde SM = Renda dos Responsáveis por Domicílio em Salários Mínimos. CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS 20 INDICADORES DE GESTÃO
  • 21. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte Observações: 1 - Para efeito dos cálculos realizados, parte-se da premissa de que os setores censitários são amostras homogêneas do padrão de ocupação local, o que permitiria o cálculo a partir da densidade demográfica. 2 – Através desta metodologia, não há limite para a sucessão de cruzamentos em operações lógicas cumulativas. A PRODUÇÃO DE RELATÓRIOS Os relatórios de “overlay” acima, produzidos pelo aplicativo CONSREGRA, constituem a base das planilhas para apuração dos indicadores. Como temos unicidade nos identificadores das células básicas dos produtos de “overlays”, nos identificadores das bacias elementares, das áreas de planejamento, dos setores censitários, das vilas e favelas, das áreas sem redes coletoras de esgotos e outras unidades espaciais de interesse; fica fácil agregar àqueles relatórios uma diversidade de dados tabulares. Essa agregação poderá ser feita através de novos cruzamentos em processos cumulativos, ou através de relacionamentos entre as tabelas no banco de dados. O aplicativo poderá ainda atribuir a cada célula nos relatórios, as distâncias médias de cada grupamento social para os equipamentos urbanos existentes da saúde, da educação ou obras do orçamento participativo. Essa distância média é computada a partir do “centróide” da célula para o equipamento urbano ou obra. São considerações importantes: 1. Ao ordenar as planilhas pelo código das bacias ou das áreas de planejamento, pode-se obter diretamente as totalizações necessárias para o cálculo dos indicadores. Subprodutos como totalizações por vilas, favelas ou setores censitários também poderão ser obtidos através de uma simples ordenação de suas respectivas colunas na planilha; 2. Ao ordenar as planilhas pelas populações, poderão ser identificadas as áreas com maior contingente populacional e, portanto, onde as intervenções produziriam benefícios de maior abrangência; 3. Ao ordenar as planilhas pelos dados de renda dos responsáveis pelos domicílios, poderão ser identificadas áreas de maior CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS 21 INDICADORES DE GESTÃO
  • 22. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte carência do ponto de vista do poder econômico e, portanto, onde as intervenções produziriam benefícios de maior relevância social. 4. Ao ordenar as planilhas pelas distâncias médias para os equipamentos urbanos, o que poderá ser feito a partir de uma planilha como a mostrada na Figura 7, poderemos identificar as populações mais remotas da cidade em termos da acessibilidade aos equipamentos, classificando essas populações de acordo com as distâncias média por tipos de equipamentos urbanos. Figura 7 – Relatório de “overlay” das bacias elementares X vilas e favelas X setores censitários do IBGE com cálculo das distâncias médias para os equipamentos de saúde, educação e obras do orçamento participativo. A ANÁLISE E PRODUÇÃO DOS RESULTADOS A manipulação das informações contidas nos relatórios de “overlays” poderá ser feita no banco de dados ou numa planilha eletrônica, facilitando o emprego de fórmulas e expressões matemáticas no cálculo dos indicadores e índices. O uso das planilhas, além de abranger um universo maior de usuários, favorece também a apresentação dos resultados, que não deixa de ser importante quando quesitos como a organização, a clareza e a estética são importantes. Apresenta-se na Figura 8 um quadro resumo dos indicadores do PMS – Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte, neste caso, calculados pelas bacias elementares que constituem as unidades técnicas do análise e planejamento estratégico do PMS. Na Figura 9 apresenta-se a composição e os respectivos resultados para os cálculos do ISA e a pontuação para efeito da priorização das Bacias Elementares. CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS 22 INDICADORES DE GESTÃO
  • 23. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte As diversas ordenações possíveis, como exemplificado acima, bem como a ponderação dos critérios e as simulações para diferentes composições entre os indicadores, possibilitarão a construção de cenários mais ou menos influenciados por determinadas variáveis na produção de diagnósticos ou prognósticos. Tabela 3 – Significado dos campos da planilha resumo do cálculo dos indicadores e índices do PMS – Figura 8. Nome Campo Definição CÓDIGO Código da bacia elementar. ÁREA Área da bacia elementar. CÓRREGO Nome do córrego. MACRO BACIA Macro bacia da bacia elementar. POP População da bacia elementar. DENS Densidade demográfica dada em hab./ha. IAB Índice de abastecimento com água tratada. POP. NÃO ATENDIDA População sem coleta de esgoto na bacia. ICE Indicador de coleta de esgoto. PROJETADOS Extensão de interceptores projetados. EXISTENTES Extensão de interceptores existentes. LIE Indicador de interceptação de esgotos. População sem coleta de lixo em vilas e VILAS E FAVELAS favelas. População sem coleta de lixo na cidade CIDADE FORMAL formal. ICL Indicador de coleta de lixo domiciliar. IDR Indicador de Drenagem Urbana DENGUE Casos de dengue na bacia elementar. IDG Indicador de dengue. ISA Índice de Salubridade Ambiental. PGE Existência de PGE para vilas e favelas. DRENURBS Existência de intervenções do Drenurbs. Incidência de obras de infraestrutura do OP Orçamento Participativo na bacia. CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS 23 INDICADORES DE GESTÃO
  • 24. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS 24 INDICADORES DE GESTÃO
  • 25. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte Figura 8 – Planilha resumo do cálculo dos indicadores e índices do PMS. CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS INDICADORES DE GESTÃO 25
  • 26. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte Figura 9 – Planilha resumo do cálculo ISA e da priorização das Bacias Elementares CAPÍTULO I - METODOLOGIA PARA O PROCESSAMENTO DOS INDICADORES DE GESTÃO 26
  • 27.
  • 28. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte A REINTEGRAÇÃO DOS DADOS AOS MODELOS ESPACIAIS A reintegração dos dados aos modelos espaciais é de fundamental importância para as análises baseadas na distribuição espacial dos indicadores e índices apurados no PMS, bem como para a coordenação de ações setoriais integradas visando a maior eficácia das intervenções do poder público para a solução dos grandes problemas da cidade de Belo Horizonte. A gestão dos recursos do 5 FMS – Fundo Municipal de Saneamento está, portanto, amparada por uma visão intersetorial das demais políticas públicas globais da PBH, a saber: as Políticas Urbano-Ambiental, envolvendo os programas de infraestrutura e de meio-ambiente; e as Políticas Sociais, envolvendo os programas de saúde, de educação e de inclusão social. A Figura 10 traz uma escala de priorização das bacias elementares para efeito das ações preconizadas pelo PMS – Plano Municipal de Saneamento, resultante de uma pontuação em função do ISA – Índice da Salubridade Ambiental, da existência de PGE – Planos Globais Específicos, da densidade demográfica, da existência de intervenções do programa Drenurbs - Programa de Recuperação Ambiental e Saneamento dos Fundos de Vale e Córregos em Leito Natural de Belo Horizonte, do programa Propam - Programa de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha , e da existência de obras de infraestrutura do Orçamento Participativo. Além dos limites das bacias elementares, compõem o cenário as áreas de vilas e favelas, a hidrografia e os limites das regionais administrativas de Belo Horizonte. 5 O FMS - Fundo Municipal de Saneamento foi instituído pela Lei 8.260/2001 e posteriormente regulamentado pelo Decreto 11.289 de 24 de março de 2003, “de natureza contábil e com autonomia administrativa e financeira”, destina-se “a financiar, de forma isolada ou complementar, os instrumentos da Política Municipal de Saneamento, cujos programas tenham sido aprovados pelo Comusa” - Conselho Municipal de Saneamento. CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS 28 INDICADORES
  • 29. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte Figura 10 – Priorização das bacias elementares de BH para efeito das ações do PMS. CONCLUSÃO Tendo como principal objetivo a universalização e o incremento da qualidade dos serviços de saneamento básico e ambiental em Belo Horizonte, o PMS – Plano Municipal de Saneamento e as ações regulatórias preconizadas no Plano de Gestão exigem do poder público municipal agilidade para proceder análises integradas entre as ações da operadora dos serviços de saneamento básico, a COPASA, e a execução das políticas setoriais interferentes, e que são de sua própria gestão, a saber: habitação, infraestrutura, drenagem urbana, tratamento de resíduos sólidos, meio-ambiente e o conjunto das políticas sociais. Sua capacidade de resposta aos desafios de uma gestão integrada visando o equacionamento dos grandes problemas da cidade, dependerá fortemente do domínio das informações e de como essas informações se articulam num CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS 29 INDICADORES
  • 30. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte complexo modelo de interrelações chamado “espaço urbano”. A metodologia aqui apresentada não é propriamente uma resposta para os problemas, mas, certamente, constitui uma resposta para a necessidade de capacitação do poder público para responder àqueles desafios. O domínio do instrumental que passamos a apresentar é caminho crítico para essa capacitação, pois, como se depreende da apresentação da metodologia, trabalhamos com variáveis que espelham a dinâmica de transformação do espaço urbano e que, portanto, requerem constantes atualizações para a manutenção da confiabilidade dos indicadores e índices que nortearão a Política Municipal de Saneamento. Ao contrário das visões estratificadas e estáticas dos antigos planos diretores, esse instrumental possibilita uma visão entrelaçada e atualizada das intervenções, bem como das reações do espaço urbano como resposta a essas intervenções, fechando o ciclo da supervisão ⇒ monitorização ⇒ controle ⇒ atuação do poder público na gestão da cidade. Evidentemente, isto pressupõe a existência de um instrumental apropriado para diagnosticar, analisar problemas e para prognosticar soluções. Esse aparato deve ter como requisitos fundamentais a flexibilidade dos critérios para a obtenção de indicadores representativos, a correta parametrização dos processos aos quais os dados serão submetidos (sejam esses processos comparativos ou indutivos), a apropriada expressão dos dados assim processados, e aberturas para intervenções na base de dados primária e na camada 6 paramétrica . Passaremos, então, ao conhecimento do instrumental e dos preceitos subjacentes ao seu uso. 6 M.U.C. Camargo - O Geoprocessamento no Contexto do Saneamento: Fundamentos da Aplicação – Congresso da AESBE – Associação Brasileira das Empresas de Saneamento Básico Estaduais – Natal-RN, 1998. CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS 30 INDICADORES
  • 31. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS INDICADORES INSTALAÇÃO DO APLICATIVO CONSREGRA A instalação do CONSREGRA se faz sobre uma prévia instalação padrão do Microstation Geographics®, sendo observada, portanto, a estrutura de diretórios criada por ocasião da instalação deste último. O programa apresenta-se num arquivo “zipado” e, descomprimindo este arquivo Consregra.zip, deve-se executar o setup.exe a partir de qualquer diretório para proceder a instalação mediante a informação de uma senha. A tela do aplicativo de instalação é como segue. No caso de uma reinstalação, recomenda-se desinstalar a versão anterior do programa, o que poderá ser feito a partir do aplicativo CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS 31 INDICADORES
  • 32. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte para esse fim. O aplicativo de desinstalação aparecerá no menu Iniciar - > Programas – Mucc-2000 do Windows, como segue. ABRINDO O APLICATIVO Entrando no programa Microstation Geographics®, o aplicativo CONSREGRA é ativado através da linha de comando abaixo. Especificação do login na linha de comando. Se esta janela de comando não estiver disponível na interface do Microstation Geographics®, ela poderá ser aberta através do comando Utilities->Key-in como mostrado abaixo: Abrindo a janela de comandos do Microstation Geographics® Isto feito, a seqüência de abertura do aplicativo CONSREGRA se fará através de um dos seguintes modos: Especificação do login na interface do CONSREGRA O programa CONSREGRA opera sobre bases de dados integrados no ambiente do Microstation Geographics®, significando que o seu CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS 32 INDICADORES
  • 33. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte 7 uso pressupõe a abertura de um projeto . Sendo assim, o aplicativo exige um login para o banco de dados do projeto que se deseja abrir, o qual poderá ser informado na linha de comando que ativa o aplicativo. Quando isto não é feito, o aplicativo apresenta uma janela como indicado acima para a introdução de especificação do login. Este login é o próprio nome da fonte de dados definida no ODBC. Segue-se a abertura automática do projeto indicado, dispensando o usuário de fazê-lo através da interface do Microstation Geographics®. Um conceito subjacente a isto é que no Microstation Geographics® apenas 1 (um) projeto permanece aberto. Não há mais que um projeto aberto simultaneamente. Todavia, dentro do aplicativo CONSREGRA pode-se abrir vários projetos em seqüência, acumulando informações nos “layers” para posteriores cruzamentos. IDENTIFICANDO O OBJETO DA ANÁLISE O programa oferece um tela para caracterização do objeto da análise conforme abaixo: 7 Um projeto no Microstation Geographics® é uma estrutura padrão de informações integrando modelos espaciais (mapas) com estruturas alfanuméricas de um banco de dados relacional. Mais do que isso, uma estrutura de projeto comporta ainda definições de ambiente, regras de banco de banco de dados e outras informações; organizando-as sob uma pasta identificadora do projeto. Informações mais detalhadas são encontradas no Capítulo V deste programa. CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS 33 INDICADORES
  • 34. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte Fence: A definição de uma unidade técnica de análise ou de uma área de estudo constitui o primeiro passo para a geração de objetos mínimos e completos. Por exemplo, na caracterização dos sistemas de esgotamento sanitário e de drenagem urbana para posterior análise dos dados, a unidade técnica compatível é a bacia elementar. Quando muito, alguma informação sobre o entorno imediato poderá ser útil na formulação dos indicadores da bacia, mas não na compreensão dos processos que nela ocorrem. O mesmo se aplica a outros modelos do conhecimento, significando que não estaremos necessariamente processando todas as informações, mas sim aquelas que se inserem no contexto da análise. Portanto, o primeiro dado a ser informado a um sistema de extração é a abrangência (no sentido da extensão espacial) da 8 análise. Isto se faz através do assinalamento de uma “fence ”. No aplicativo CONSREGRA, essa “fence” poderá ser assinalada a partir de um elemento de desenho, um circulo de raio arbitrário, um bloco ou em modo global delimitando a área de interesse. Tipo: Refere-se à topologia da feição a ser “extraída” da base de dados. Essas feições poderão ser dos tipos área, linha, ponto ou “layer”. Entende-se como feições dos três primeiros tipos (área, linha ou ponto) aquelas da base de dados primária, a partir das quais se pretende criar uma camada (“layer”) de informações. Feições do tipo “layer” são camadas de informações previamente formadas a partir da base de dados primária e que estão armazenadas no banco de dados para uso posterior. Obs: se o tipo selecionado estiver em desacordo com a natureza da feição selecionada, o processo resulta em topologia vazia. Tabela de Atributos: O aplicativo CONSREGRA permite o manuseio de feições que não estejam associadas aos registros 8 Envoltória delimitando uma área com a propriedade podendo ser interna (“inside”), externa (“void”) ou limítrofe (“overlap”), neste último caso referindo-se aos elementos que são interceptados pela envoltória. Essa definição pode ainda carregar o atributo de corte (“clip”) dos elementos interceptados. A “fence” é uma linha auxiliar que, embora possa ser definida a partir de um elemento de desenho, em si, não constituiu um elemento de desenho. Aqui, um conhecimento básico do Microstation® torna-se indispensável. CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS 34 INDICADORES
  • 35. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte alfanuméricos de um banco de dados. Nesses casos o “flag” correspondente a “Tabela de Atributos” deverá ser desligado indicando ao programa a não necessidade da indicação de um campo-filtro, devendo selecionar apenas aquelas entidades gráficas circunscritas pela “fence”. Feições Ativas: Quando se seleciona uma categoria de informações, todas as feições cadastradas naquela categoria aparecerão na tela. Se o “flag” estiver ligado, após a seleção da feição de interesse, as demais feições permanecerão dispostas na tela. Isto pode ser importante para a manutenção de algumas referências necessárias para as análises, mas não é usual porque sobrecarrega a tela e o processamento. Do contrário, com o “flag” desligado, somente aquela feição indicada será disposta na área de trabalho. Grava: O “flag” de gravação deve ser usado com critério. Se, por exemplo, estamos fazendo um recorte dos setores censitários segundo os limites de uma bacia hidrográfica, torna-se desnecessário gravar o limite da bacia bem como os setores censitários da área em estudo. O produto do cruzamento conterá essas informações. Por outro lado, se estamos fazendo uma seleção de bacias para posterior cruzamento com outras informações, podemos gravá-la e armazená-la no banco de dados como um “layer”. Evidentemente, essas informações irão para o banco de dados com todos os atributos da informação primária. Unidade: O projeto poderá estar num diretório local, geralmente indicado por C:, ou numa estação servidora em uma rede cuja designação dependerá do identificador utilizado no mapeamento daquela estação. O CONSREGRA permite o mapeamento para das unidades identificadas por C:, D:, E: ou V:; devendo-se observar essa restrição quando do mapeamento de projetos que estejam em outras unidades da rede. Overlay: Operações de superposição de “layers” poderão ser feitas com operadores lógicos dos tipos AND, DIFF, OR ou XOR. Embora um “overlay” seja sempre o produto do cruzamento de 2(dois) “layers”, não há limitações quanto à complexidade das regras, CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS 35 INDICADORES
  • 36. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte significando que um “overlay” poderá ser usado como um “layer” num processo cumulativo. Descrevendo os operadores lógicos de acordo com o conceituado pelo Microstation Geographics®, estes são como segue: AND – Identifica o conteúdo comum de todas as áreas que se interceptam entre os dois “layers” em cruzamento. OR – Identifica a união dos conteúdos dos dois “layers” em cruzamento; isto é, todos os elementos contidos nos dois “layers”. XOR – Identifica o conteúdo não comum de todas as áreas presentes nos “layers” em cruzamento (OR menos AND). DIFFERENCE – Subtrai o conteúdo comum do segundo “layer” do primeiro. Ilustrativamente, essas operações produzem os resultados como mostrado: AND OR XOR DIFF MENSAGENS DE ERROS POSSÍVEIS Atenção!!! O erro descrito na mensagem abaixo ocorre quando não existe uma configuração de ODBC para o banco de dados objeto das análises. É um erro gerado pelo Microstation Geographics® na execução da função Project->Open. Os procedimentos para a configuração do ODBC são descritos no Capítulo V deste programa. CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS 36 INDICADORES
  • 37. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte Atenção!!! O aplicativo CONSREGRA, ao abrir o projeto no Microstation Geographics®, grava algumas informações no banco de dados referentes às opções de identificação do objeto de análise descritas acima. Essas informações permitem a recuperação de opções da última sessão do programa e ficam gravadas numa tabela chamada CONSREGRA_PARAM. A ocorrência do erro descrito na tela abaixo é indicativa da impossibilidade do programa “gravar” informações no banco de dados, possivelmente devido ao fato do banco de dados estar aberto somente para leitura. Verifique essa possibilidade examinando as propriedades do banco de dados caso este erro ocorra. O exame das propriedades do banco de dados se faz no Windows Explorer, “clicando” a tecla direita do “mouse” sobre o nome do banco de dados e selecionando-se Propriedades. Abrir-se-á a tela que segue apresentando os atributos do banco de dados. Esta é uma importante observação porque dados gravados em CD trazem o atributo Somente para Leitura como “default”. Se os dados do projeto foram gravados em CD a partir de um outro computador, os objetos contidos neste estarão com o atributo “Somente para Leitura”. CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS 37 INDICADORES
  • 38. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte Propriedades do Banco de Dados Atenção!!! O aplicativo CONSREGRA utiliza uma tabela chamada Consregra_01 onde armazenará os valores de parametrização dos “layers” para posterior recuperação. Em instalações novas, essa tabela deverá ser criada ou importada de uma outra instalação, devendo possuir a estrutura seguinte: CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS 38 INDICADORES
  • 39. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte Na ausência dessa tabela, a execução do CONSREGRA incorrerá num erro reportado conforme a tela abaixo. Atenção!!! O Microstation Geographics® ao realizar “overlays” (cruzamento de camadas) o faz corretamente quando as áreas em cruzamento são formadas por lines (linhas simples) do Microstation. Quando essa áreas foram originalmente criadas mesclando lines e linestrings (linhas encadeadas ou outras formas complexas), ao tentar realizar o cruzamento ocorre o erro conforme tela abaixo. A solução é editar o mapa, selecionar todos os elementos usando o comando “Select All”, e em seguida “quebrar” as linestrings usando o comando “drop string” que deve ser digitado na linha de comandos do Microstation. Atenção!!! Este erro também ocorre quando ao cruzar feições do tipo área com feições lineares (linhas) ou puntiformes (pontos), inverte-se a ordem dos “layers”. Nesses casos impõe-se a ordem de primeiro o “layer” das áreas, depois o “layer” das linhas ou pontos. CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS 39 INDICADORES
  • 40. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte SELECIONANDO A CATEGORIA DE INFORMAÇÕES Uma Categoria é uma organização de informações envolvendo feições afins (pontos, linhas, polígonos e áreas), seus respectivos atributos e relações necessárias para a formação de um modelo do conhecimento. Por exemplo, a Categoria de Informações dos sistemas de esgoto envolve as feições das redes coletoras, interceptores e emissários (como linhas); poços de visita, tubos de queda, caixas de passagem e outros (como pontos); bacias de esgotamento, áreas de “booster”, áreas refluxo etc (como áreas); das suas sub-divisões operacionais (como polígonos). CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS 40 INDICADORES
  • 41. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte SELECIONANDO A FEIÇÃO Feições são elementos gráficos (pontos, linhas, polígonos e áreas) que descrevem um objeto real. Cada feição, portanto, possui a sua própria simbologia de exibição (nível, cor, peso, estilo, etc.), propriedades topológicas e atributos alfanumérico; pertencendo essa feição a somente uma Categoria de Informações. No exemplo, estamos selecionando a feição Bacias Elementares que, na organização do Projeto PMS, encontra-se na Categoria do Planejamento. SELECIONANDO O CAMPO FILTRO CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS 41 INDICADORES
  • 42. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte A escolha de um campo filtro é um passo fundamental para a criação de uma regra de banco de dados que nos permita extrair os objetos da análise com exatidão. Em outras palavras, o campo filtro deve ser aquele que nos permita impor a máxima restrição possível ao conjunto de dados primários, de tal forma a não termos que trabalhar com um universo de informações maior do que o necessário. No exemplo, estamos selecionando um campo filtro que nos permite restringir a análise a apenas uma bacia elementar, pois, o código de uma bacia elementar (indicado no campo filtro cod_bacias_ele) é único. CRIANDO E ARMAZENANDO UM “LAYER” DE INFORMAÇÃO A tela principal do CONSREGRA (Construtor de Regras) mostrada acima, destina-se a auxiliar o operador na criação de uma regra CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS 42 INDICADORES
  • 43. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte SQL, a qual será aplicada na formação de um novo “layer” de informações. No módulo de parametrização devem ser indicados: MÓDULO DE PARAMETRIZAÇÃO Operador: O operador é a condição que se pretende impor ao campo filtro para efeito da seleção de registros. Nesta aplicação, os valores possíveis para esse operador são: = (igual), < (menor), > (maior), <= (menor ou igual), >= (maior ou igual), <> (diferente) e Like (igual em parte). Esses operadores são aplicáveis indistintamente para valores numéricos e textos, exceto o operador Like. No uso desse operador deve-se acrescentar o caracter ‘%’ junto ao valor introduzido para no campo. Por exemplo, se pretendemos selecionar todas as bacias elementares iniciando com o código 411, deve-se digitar para o valor do campo a expressão 411%. Valor: os valores digitados não devem conter aspas ou apóstrofes. Quando o campo-filtro escolhido contiver textos, o programa encarregar-se-á de acrescentar apóstrofes aos valores digitados e mostrará a expressão conforme ilustrado acima na janela SQL. Faixa: Quando, ao invés de uma seleção por valor, pretende-se fazer uma estratificação, deve-se informar o início e o fim da faixa de valores, bem como o número de camadas ou faixas intermediárias para a estratificação. Essa operação só se aplica aos campos com valores numéricos. Quanto ao valor dos intervalos, fica a critério do operador quando este especifica os valores inicial, final e o número de intervalos. Por exemplo se o valor inicial é zero e o valor final é 10, sendo o número de faixas intermediárias igual a 5, resulta um intervalo igual a 2. Peso: No caso de feições lineares e pontiformes, o peso corresponde à largura do traço dos elementos selecionados. Overlay: Operações de superposição de “layers” poderão ser feitas com operadores lógicos dos tipos AND, DIFF, OR ou XOR. Para maiores detalhes, vide descrição acima. CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS 43 INDICADORES
  • 44. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte Cor: Cor de exibição dos elementos selecionados. Sólido: No caso de feições do tipo área, esse “flag” determinará se na apresentação dos resultados essas áreas estarão preenchidas (com uma cor sólida) ou não. Grava: Quando assinalado, dará permanência às informações resultantes da aplicação da regra, gravando-as no arquivo. Para maiores detalhes, vide descrição acima. Cenário: Essa chave tem uma aplicação específica no Plano Diretor de Água da CAESB – Companhia de Água e Esgotos de Brasília - DF, o qual projeta vários cenários futuros. Não se aplica no ambiente de projeto do GGSAN. PLD2000: Ídem anterior. Nível: Especifica o nível ao qual se pretende destinar os elementos selecionados. A esse campo é automaticamente atribuído o valor do nível da feição ativa, podendo ser alterado pelo operador. Feição: O produto da análise poderá ser transformado numa feição para posterior análise ou cruzamento com outras camadas. Essa feição terá o nome genérico de Controle e estará ligada a uma tabela correspondente ao relatório produto do cruzamento das informações. Nome da Camada: Todos os “layers” resultantes da aplicação de uma regra de seleção são armazenados no banco de dados numa tabela chamada CONSREGRA_01. Isto permitirá a reutilização dos “layers” sem a necessidade de reconstrução da regra SQL. Neste campo, o operador poderá nomear o “layer” de forma a ser facilmente reconhecido a posteriori. Caso não o faça, o aplicativo nomeará genericamente o “layer” utilizando a nomenclatura Camada XX. CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS 44 INDICADORES
  • 45. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte SQL: Este campo será utilizado pelo aplicativo para exibir a regra de seleção em sua forma final. MÓDULO DA TABELA DE CONTROLE Atualiza: Quando a tabela associada a uma feição de controle (produto de cruzamento) for equivocadamente escolhida, este comando permite ao operador indicar a tabela correta. MÓDULO QUERY BUILDER Regras SQL: O aplicativo CONSREGRA apresenta uma interface de auxílio ao operador na construção de regras SQL simples. Nada impede, todavia, a utilização de regras complexas que, em princípio, seriam elaboradas por especialistas. Por exemplo, regras SQL envolvendo o uso de relacionamentos entre tabelas. Para essas regras complexas, o Microstation Geographics® oferece um diretório na estrutura padrão do projeto para o seu armazenamento na forma de arquivos-texto. Uma vez naquele diretório, os nomes desses arquivos aparecem numa lista ativada por este comando, para fins da escolha da regra que se pretende utilizar. Ao clicar OK, essa regra é carregada no aplicativo aparecendo no campo SQL da janela do Construtor de Regras, podendo ser executada a seguir. MÓDULO DE PROCESSAMENTO OK: Inicia o processamento do “layer”. Cancel: Encerra o aplicativo. CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS 45 INDICADORES
  • 46. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte FAZENDO O CRUZAMENTO DE CAMADAS DE INFORMAÇÕES Após a produção de dois ou mais “layers” de informações, se estiver ativada a opção de “Overlay”, o aplicativo CONSREGRA exibirá a tela acima possibilitando a execução de um cruzamento. Se não nomeados pelo operador, os “layers” criados aparecerão com nomes genéricos (Camada XX). O cruzamento sempre se dará entre o primeiro e o último “layer” da lista, ou seja, dois a dois. MÓDULO DE PROCESSAMENTO DAS CAMADAS Relatório: Um cruzamento de “layers” poderá ou não produzir um relatório alfanumérico no banco de dados. Esse relatório, quando solicitado, possui uma estrutura padrão como a mostrada abaixo, CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS 46 INDICADORES
  • 47. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte sendo composto a partir de atributos previamente selecionados das tabelas ligadas aos “layers” em processamento. Um produto de cruzamento poderá receber os atributos gráficos: Cor: O operador poderá escolher uma cor para o produto de cruzamento, desde que não pretenda usar a opção de transformação do produto em feição. Neste caso, ao transformar o produto em feição, o mesmo adquirirá os atributos (cor, nível, peso, etc.) de uma feição genérica chamada Controle. Sólido: Quando os produtos do cruzamento forem áreas, o operador poderá optar pelo preenchimento dessas áreas com cores sólidas. Não se recomenda o uso de cores sólidas quando se pretende transformar o produto em feição. A razão é que, transformando em feição, poderemos posteriormente cruzar esse produto com outras informações e, para isto, o produto não poderá estar com atributo de preenchimento das áreas. Feição: Um produto de cruzamento poderá ser transformado numa feição chamada Controle e integrado aos registros alfanuméricos do relatório de cruzamento. Quando feita essa opção, tem-se um “overlay” que, posteriormente, poderá ser utilizado como um simples “layer” em sucessivas operações de cruzamento de informações. Isto confere a essa metodologia uma ilimitada capacidade para cruzar informações georreferenciadas. Nível: O produto de cruzamento poderá ser destinado a qualquer um dos níveis de informações disponíveis. Recomenda-se não destiná-lo ao nível da feição ativa quando numa operação de estratificação. Processe: Este botão inicia o processamento das informações. Limpa: Limpa as camadas de informações previamente ocupadas. Retorne: Volta ao módulo de parametrização do programa CONSREGRA sem executar o cruzamento de informações. CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS 47 INDICADORES
  • 48. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte ESTRUTURA DO RELATÓRIO DE CRUZAMENTO DE CAMADAS Nome Campo Definição É um identificador único para a célula do MSLINK mosaico formado após o cruzamento. AREA Área da célula. PERÍMETRO1 Perímetro da célula. Código identificador único (MSLINK) da TABELA1 entidade da primeira camada. No exemplo, é o código da bacia elementar. É o nome da entidade indicado no campo NOME da tabela de origem da NOME1 primeira camada. Se o mesmo não existir, este campo resultará “branco”. Área total da entidade da primeira ÁREATOTAL1 camada. Parcela ocupada pela célula dentro da ÁREARELATIVA1 ÁREATOTAL1. CONTROLE1 Campos reservados para o cruzamento de produtos de “overlays” com outras CONTROLE2 camadas de informações. Nestes casos, o operador, além dos campos padrão, CONTROLE3 poderá escolher até quatro campos da tabela de controle associada ao CONTROLE4 “overlay” para incluir no relatório. Código identificador único (MSLINK) da TABELA2 entidade da segunda camada. No exemplo, é o código do setor censitário É o nome da entidade indicado no campo NOME da tabela de origem da NOME2 segunda camada. Se o mesmo não existir, este campo resultará “branco”. Área total da entidade da segunda ÁREATOTAL2 camada. Parcela ocupada pela célula dentro da AREARELATIVA2 AREATOTAL2. CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS 48 INDICADORES
  • 49. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte MÓDULO DE ACESSIBILIDADE / PERCEPÇÃO DE EQUIPAMENTOS E OBRAS O programa CONSREGRA foi customizado para realizar algumas operações especiais. Células resultantes de cruzamentos entre camadas de informações possuem um centróide. A partir disto, podemos relacionar as distâncias desses centróides para quaisquer feições pontiformes previamente cadastradas e georreferenciadas. O que o programa faz nesse caso é, dentre um conjunto de feições pontiformes, relacionar o ponto mais próximo. Sendo assim, podemos estabelecer essa relação de proximidade entre o centróide de cada célula do produto de cruzamento com os cadastros do O.P. (obras do orçamento participativo), SAÚDE (equipamentos da rede de saúde pública como postos de saúde e hospitais), ESCOLAS (equipamentos da rede de educação como escolas, creches, etc.), VIÁRIO (pontos de intertravamento do sistema viário principal). Os “flags” relacionados acima poderão ser assinalados individualmente ou em conjunto. O programa possibilita ainda obter um somatório das distâncias mínimas médias assim calculadas para cada centróide, bastando para isso assinalar o “flag” Totaliza. Renda: As diversas tabelas do Censo 2000 do IBGE contém dados sócio-econômicos como a renda dos responsáveis por domicílios. Esses dados podem constar dos relatórios quando os mesmos forem produtos de cruzamento de feições quaisquer (como primeira camada) com os setores censitários do IBGE (como segunda camada). a Pesquisa de 2 . Ordem: Quando usada a opção para o cálculo das distâncias mínimas para equipamentos e obras, além do mais próximo, pode-se obter listas de outros equipamentos num raio especificado pelo operador. A isto chamamos pesquisa de (aproximação de) segunda ordem. Raio: Especifica o raio dentro do qual devam ser listados os ª equipamentos existentes na aproximação de 2 Ordem.. CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS 49 INDICADORES
  • 50. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte ENTENDENDO OS PRODUTOS GRÁFICOS Tão importante quanto o conhecimento dos comandos do programa é a interpretação visual dos produtos da aplicação daqueles comandos. Muitas vezes, a única maneira de saber que uma operação falhou, é o aspecto visual do produto obtido. Por exemplo, quando se pretende selecionar uma ou mais bacias hidrográficas como no exemplo abaixo, a cor que é ativada automaticamente pelo Microstation Geographics® é a cor da feição ativa. Se não mudarmos a cor, o produto da seleção terá a mesma cor da feição, impedindo a visualização do objeto da análise. Um “layer” não constitui necessariamente um produto. Quando um “layer” é criado para um posterior cruzamento com outras informações, ele pode simplesmente ser entendido como uma regra de banco de dados que irá se superpor a outras regras na geração de produtos. Sendo assim, não há porque gravar a camada de informações que resulta da aplicação da regra, mas sim gravar a própria regra na estrutura do banco de dados. Isto resulta numa informação mais fácil de ser recuperada, melhor organização e economia de espaço em disco. Figura 11 – Recorte de uma bacia hidrográfica CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS 50 INDICADORES
  • 51. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte A figura acima mostra um recorte da bacia hidrográfica elementar 4111600 selecionada a partir dos passos de programação acima descritos. Ao final da extração das informações de cada “layer”, o aplicativo CONSREGRA dispõe o cursor na tela para posicionamento de uma legenda como mostrado ao centro da bacia. Se o “layer” for temporário ou, por outra razão, não se pretenda criar uma legenda, o operador deve responder à ativação do cursor com um reset (tecla direita do mouse), fazendo o aplicativo retornar para a tela inicial. Figura 12 – Produto do cruzamento da bacia com os setores censitários. Esta figura mostra o produto do cruzamento da bacia hidrográfica elementar 4111600 com os setores censitários do censo 2000 do IBGE, através de uma operação lógica do tipo AND. Observe-se o recorte daqueles setores censitários segundo os limites da bacia hidrográfica em referência. Essas células, correspondendo aos setores censitários que encontram-se total ou parcialmente dentro da bacia, foram transformadas em feições de controle e associadas a uma tabela produto do cruzamento das informações. CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS 51 INDICADORES
  • 52. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte Figura 13 – Detalhe das células produzidas no cruzamento Esta figura mostra a célula de número 99 em destaque e o correspondente registro alfanumérico ligado a esta, o qual, como se pode observar, traz dados da bacia hidrográfica e também do respectivo setor censitário. MICROSOFT ACCESS® – OPERAÇÕES EM BANCO DE DADOS ® OPERAÇÕES BÁSICAS NO BANCO DE DADOS O Microstation Geographics® trabalha sobre uma base de dados dual, ou seja, gráficos e alfanuméricos armazenados separados. Por essa razão, é desejável a apreensão de alguns conceitos e operações básicas em bancos de dados. Nesta instalação, esse banco de dados é o Microsoft Access, que é um produto popular, integra o pacote Microsoft Office, e traz reconhecidas vantagens como a de ser familiar para um grande universo de usuários, possuir uma interface amigável, trocar dados com editores e planilhas, CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS 52 INDICADORES
  • 53. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte oferecer capacidades customizadas para as operações básicas no banco de dados. O Microstation Geographics® trabalha com uma chave primária chamada MSLINK para efeito dos relacionamentos internos entre tabelas e da integração entre gráficos e registros alfanuméricos. Não é uma boa prática mudar o nome deste campo nas tabelas de uso exclusivo do Microstation Geographics®, quais sejam aquelas com nomes em letras minúsculas abaixo. Costumamos manter os nomes dessas tabelas com letras minúsculas como um diferenciador dos nomes das outras tabelas que irão sendo criadas no processo. MANIPULAÇÃO DE RELATÓRIOS Quando geramos um relatório a partir de um cruzamento de camadas como exemplificado anteriormente, esse relatório aparecerá no banco de dados como uma tabela. No exemplo, a tabela denominada X_CRUZA_CURSO_03 é produto de um cruzamento de bacias elementares com setores censitários. Neste caso, como o programa CONSREGRA utiliza uma estrutura padrão para criação dos relatórios, inclusive no que respeita a nomes dos campos, o operador poderá editá-los e trocá-los convenientemente. Isto pode ser feito através da interface do Access, abrindo a tabela CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS 53 INDICADORES
  • 54. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte no modo estrutura. Neste modo, também podem ser excluídos ou criados novos campos na tabela como mostrado abaixo. Nomes de Tabelas e Campos: Algumas normas devem ser observadas na designação de nomes de tabelas e/ou campos. 1. Não adotar nomes de tabelas iniciando com números, por exemplo, 123TEXTO. Comprovadamente, isto cria problemas no Microstation Geographics®; 2. Não utilizar espaços em branco, caracteres especiais ou acentuados nos nomes dos campos. No modo estrutura pode-se também fazer a alteração do tipo do dado. É uma operação de risco que deve ser feita com critérios, pois, uma alteração do tipo do dado pode implicar na perda dos conteúdos do campo em questão. Às vezes pode ser conveniente essa mudança ao exportarmos os dados, por exemplo, para uma planilha. Neste caso, recomenda-se fazer a mudança de tipos em uma cópia da tabela original. Manutenção: Ao gerar relatórios, o aplicativo CONSREGRA cataloga esses relatórios no Microstation Geographics®, possibilitando o georreferenciamento dos mesmos. A catalogação de um relatório corresponde à inclusão do seu nome nas tabelas mscatalog e ugtable_cat, que são tabelas do sistema. A tendência é que essas tabelas cresçam em número e em tamanho na medida CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS 54 INDICADORES
  • 55. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte que pesquisas mais abrangentes ou mais detalhadas sejam realizadas. Como todo o objeto de manipulação, um banco de dados ideal é aquele que possui um tamanho mínimo. Sendo assim, recomenda-se “limpar” sistematicamente o banco excluindo tabelas que não são mais utilizadas. Essa manutenção poderá ser feita a partir dos seguintes passos: 1. Cuidadosamente identificar o relatório pelo nome nas tabelas mscatalog e ugtable_cat, excluindo-o dessas tabelas. Somente excluindo-o das duas tabelas estaremos evitando que uma possível reutilização daquele nome cause problemas; 2. Excluir a tabela do Access; 3. Compactar o banco de dados através da interface do Access como mostrado abaixo. A EXPORTAÇÃO DE DADOS PARA O EXCEL As planilhas eletrônicas tornaram-se ferramentas tão úteis na engenharia que é impensável prescindir dos seus recursos em quaisquer processos envolvendo dados tabulares dos quais se pretende obter totalizações, aplicações em fórmulas e em relações matemáticas previamente codificadas. Muitas dessas operações poderiam ser feitas no próprio banco de dados, mas não com as CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS 55 INDICADORES
  • 56. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte facilidades oferecidas pelas planilhas. Outro forte apelo para o uso das planilhas é qualidade obtida na apresentação dos resultados. Conversão dos Dados: 1. O Microstation Geographics® utiliza o “.” como símbolo decimal. Em muitos computadores, nas configurações regionais, o símbolo decimal poderá estar configurado para “,” causando problemas na conversão de dados que estão no formato texto para o formato numérico. Há dois caminhos para resolver este problema: primeiro: alterar nas configurações regionais o símbolo decimal para “.”. Isto se faz através do meu computador -> painel de controle -> configurações regionais -> número; segundo: substituir pontos (“.”) por vírgulas (“,”) na tabela do Access caso nas configurações regionais o símbolo decimal seja “,”. 2. Converter adequadamente os campos que se encontram em formato texto para formato numérico inteiro ou real, de precisão simples ou dupla, de acordo com a necessidade. Essa conversão também é feita no modo estrutura da tabela; 3. Exportar para o Excel usando Salvar como/exportar como indicado abaixo. Na seqüência da exportação para o Excel, será apresentada a tela seguinte para a seleção do nome do arquivo e o tipo, neste caso, solicitamos o tipo Microsoft Excel 97®, que é compatível com a versão do Microsoft Office® que estamos utilizando. Outras opções mostradas que fazemos usualmente é salvar com formatação e CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS 56 INDICADORES
  • 57. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte autoiniciar. Se o sistema não oferecer opção para exportação para o Excel, ou seja, na lista de tipos não aparece a opção para o Excel, leia atentamente a nota de rodapé da tela abaixo e proceda conforme a orientação. CONSULTAS Na criação de uma consulta, o Access oferece uma lista de tipos conforme mostra a figura acima, dos quais o mais utilizado em nossa aplicação é o de atualização de um ou mais campos. Neste tipo de consulta pode-se introduzir cálculos complexos envolvendo valores obtidos de diversas tabelas. O exemplo acima é o simples cálculo da área relativa, que resulta da divisão da ÁREA_LOCAL pela ÁREA_TOTAL_BACIA. CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS 57 INDICADORES
  • 58. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte CONCLUSÃO Um trabalho de customização não se presta apenas para abreviar ou traduzir comandos de um sistema. Presta-se, principalmente, para “modelar” a cultura do usuário dando-lhe ganhos de produtividade e familiaridade nas interações com aquele sistema. O programa CONSREGRA, originalmente projetado para auxiliar operadores leigos na formulação de regras SQL para o banco de dados, acaba por abarcar conceitos que extrapolam o universo de conhecimento dos analistas de bancos de dados, incorporando modelos e procedimentos próprios das potenciais aplicações, quais sejam a análise e o planejamento territoriais, incluindo diagnósticos, análises de interferências, produção de indicadores, etc.; segundo modelos espaciais. Nos capítulos que seguem, veremos como essas interfaces potencializaram o uso do instrumental de geoprocessamento no desenvolvimento dos trabalhos do PMS - Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte. CAPÍTULO II – AS INTERFACES DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS 58 INDICADORES
  • 59. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte CAPÍTULO III – ROTEIRO PARA PREPARAÇÃO DOS MAPAS LIMPEZA DOS MAPAS O presente roteiro tem como finalidade instruir os usuários do CONSREGRA na preparação dos dados espaciais referentes às unidades territoriais em análise. É fundamental que essas informações integralizem os modelos de maneira inequívoca, assegurando a confiabilidade e reprodutividade dos resultados. Na criação dos modelos, trabalharemos preferencialmente com pontos, linhas e centróides; portanto, as “shapes” devem ser evitadas, principalmente, nos casos onde há lados comuns entre as áreas. Então, como um primeiro passo, verifica-se se existem “shapes” no mapa e, caso positivo, use o comando Edit - > Select All - > Drop para “quebrá-las”. Conforme ilustrado, este comando é uma combinação de uma operação de seleção dos elementos seguida de um comando digitado na linha de comando conforme mostra a figura abaixo. Após a quebra das “shapes, restarão muitas linhas duplicadas que não podem ficar no desenho. Use o Find Duplicate Linework como CAPÍTULO III – ROTEIRO PARA PREPARAÇÃO DOS MAPAS 59
  • 60. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte mostrado na figura que segue. Aplique o comando usando uma “fence” envolvendo todo o mapa.. Restarão duplicações que são superposições de “linestrings” e “lines”. Quebre as linestrings e rode o Find Duplicate Linework novamente. Para isso utilize uma outra combinação de comandos que é a seleção por atributos (“select by attributes”) com a linha de comando drop string mostrada na figura seguinte. CAPÍTULO III – ROTEIRO PARA PREPARAÇÃO DOS MAPAS 60
  • 61. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte CRIAÇÃO DOS CENTRÓIDES Podem haver “arcos” no desenho fazendo concordância entre linhas. Pesquise através do Select by Attributes. Caso isso ocorra elimine-os. Neste ponto, o mapa poderá ainda ter muitos problemas de topologia. Para verificá-los, faça a seguinte experiência: marque uma fence em todo o mapa e mande colocar centróides com o comando indicado abaixo. Poderão aparecer áreas sem centroides e centroides onde não deveria. Todos os problemas devem ser corrigidos até “limpar” o mapa. A área em destaque na figura abaixo tem uma falha na topologia que foi flagrada com o comando Find Gaps. Após a correção, o centróide foi gerado corretamente. CAPÍTULO III – ROTEIRO PARA PREPARAÇÃO DOS MAPAS 61
  • 62. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte CRIAÇÃO DAS FEIÇÕES No Projeto PMS, há uma Categoria de Informações chamada Indicadores de Gestão. Dentro dessa Categoria, crie uma feição chamada Bacias de Esgotamento ligada a uma tabela chamada BACIAS_ESGOTO. Utilize para isso o comando Project - > Setup conforme abaixo. No banco de dados Access, salve a tabela chamada BACIAS_ELEMENTARES com o nome BACIAS_ESGOTO. Apague todos os registros da nova tabela. Abra o projeto do Geographics ativando a feição criada através do comando Utilities - > Feature Manager, como mostrado abaixo. CAPÍTULO III – ROTEIRO PARA PREPARAÇÃO DOS MAPAS 62
  • 63. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte Se este mapa derivou ou foi copiado de outros mapas existentes no projeto, verifique se alguns dos seus componentes já são feições e se estão ligados ao banco de dados. Na dúvida, selecione todos os elementos e “detach” todas as feições possivelmente ligadas aos elementos do mapa. Use o comando indicado na figura no modo All Features e, em seguida, selecione todos os elementos e use o comando Detach Database. CAPÍTULO III – ROTEIRO PARA PREPARAÇÃO DOS MAPAS 63
  • 64. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte Coloque os centróides com o mesmo comando utilizado anteriormente.. Após, selecione todos os elementos e “attach” a feição usando o comando indicado CRIAÇÃO DAS TABELAS Quando nova, uma tabela necessita ser catalogada para o funcionamento adequado do banco de dados. O primeiro passo é catalogá-la através do comando abaixo, informando nos respectivos campos o nome da tabela (Table Name), a chave primária (Primary Key) e um apelido (Alias). Em seguida, clicar no botão Insert. O segundo passo é introduzi-la no Mscatalog, o que pode ser feito diretamente através da interface do Access. CAPÍTULO III – ROTEIRO PARA PREPARAÇÃO DOS MAPAS 64
  • 65. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte INSERÇÃO DE REGISTROS PARA FEIÇÕES TEXTO Feições representadas por textos como os centróides do exemplo acima, têm os registros criados nas tabelas através do seguinte procedimento: Com o projeto aberto, assinale uma fence em todo o mapa e ative o comando Database - > Database Text Manager. Como indicado na figura abaixo, defina a tabela e a coluna através da qual será feita a inserção do registro (não use o campo do mslink no caso de inserção). Se há um texto no desenho identificando as unidades, utilize-o para o carregamento do banco de dados, atribuindo o seu valor a um campo de identificação. Clique no botão “Insert” e, em seguida, num ponto da tela para iniciar o processo. INSERÇÃO DE REGISTROS PARA FEIÇÕES LINEARES Já as feições lineares ou pontiformes têm seus registros criados nas tabelas através do uso de uma macro chamada CANAL_LINK desenvolvida para este fim. Após o tratamento do mapa, que segue os mesmos passos aqui descritos até a criação das feições, e a respectiva criação da tabela deve-se proceder da seguinte forma: Com o projeto aberto, assinale uma fence em todo o mapa e ative a macro digitando macro CANAL_LINK na linha de comandos do Microstation®. Na sequência, o aplicativo solicitará ao operador a indicação do nome da tabela e da feição a ser tratada através das seguintes janelas de diálogo. CAPÍTULO III – ROTEIRO PARA PREPARAÇÃO DOS MAPAS 65
  • 66. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte Feita a escolha da tabela e da feição, clique no botão OK e, em seguida, num ponto da tela para iniciar o processo. Os registros serão criados e ligados aos respectivos elementos. No caso de feições lineares e pontiformes, poderão ser usados os comandos Database - > Length Update ou Database - > Load Coordinates para carregar os valores do comprimento ou as coordenadas do ponto, respectivamente, nos campos correspondentes. REGISTRO DE MAPAS O Microstation Geographics® oferece um recurso para anexação (desanexação) automática de mapas que pode ser utilizado através da interface do CONSREGRA. A anexação dos mapas se faz por categorias de informações, pressupondo uma estrutura tal que não tenhamos uma sobrecarga desnecessária de informações. Em outras palavras, ao ativar uma categoria de informações, todos os mapas registrados para aquela categoria serão anexados. As análises poderão ser feitas filtrando a feição de interesse ou tendo todas as demais funções daquela categoria como pano de fundo. Os passos para o registro de mapas são como segue: Os mapas dentro de cada categoria de informações são identificados pela extensão. Essa extensão pode ser criada ou alterada através do Project –> Setup -> Feature Setup, como mostrado na figura. Observe que no campo “Extension” foi colocada CAPÍTULO III – ROTEIRO PARA PREPARAÇÃO DOS MAPAS 66
  • 67. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte a extensão ind identificando daqui por diante a Categoria de Informações dos Indicadores de Gestão. Salvar o mapa a ser registrado no respectivo diretório com a devida extensão. Por exemplo, vamos registrar o mapa das bacias de esgotamento sanitário de Belo Horizonte salvando-o como c:ProjetosPMSdgnGgsanBacias_Esgotamento.ind. 1. Registrar o mapa nas tabelas maps e ugmaps do banco de dados. Esse procedimento poderá ser manual observando rigorosamente a necessidade da indicação da categoria (cujo identificador está na tabela category) e do caminho completo do diretório. CAPÍTULO III – ROTEIRO PARA PREPARAÇÃO DOS MAPAS 67
  • 68. A Produção dos Indicadores de Gestão do Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte CONCLUSÃO É do conhecimento de todos que a qualidade de um produto está determinada pela qualidade do pior dos insumos introduzidos no processo de sua fabricação. No campo do processamento de dados, isto reafirma uma máxima que diz: “garbage in, garbage out”, ou seja, “se entra lixo, sai lixo”. Assim, todo o cuidado no preparo das informações é recompensado pela confiabilidade e reprodutilidade das análises. No caso das aplicações de geoprocessamento, esse cuidado deve começar pelas grandezas expressas pelos dados alfanuméricos processados, e deve culminar pelo esmero no acabamento dos modelos espaciais. Os procedimentos indicados neste capítulo são mínimos no sentido de obter-se mapas consistentes do ponto de vista topológico, mas, é bom lembrar, são insuficientes para corrigir as possíveis distorções ou não conformidades dos mapas submetidos a esse tratamento. Se temos um mapa impreciso no que respeita aos limites das áreas em estudo, significa que estaremos “limpando” um dado impreciso e obtendo no final um produto impreciso. Se pretendemos conferir qualidade crescente aos produtos obtidos, temos que nos remeter à fase da captura dos dados e ali trabalhar o quesito da qualidade. Colocadas as ressalvas, recomenda-se aplicar rigorosamente os procedimentos acima, pois a inobservância dos mesmos poderá comprometer a qualidade de um dado originalmente “bom” e, consequentemente a qualidade dos produtos obtidos. CAPÍTULO III – ROTEIRO PARA PREPARAÇÃO DOS MAPAS 68