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DESTILAÇÃO E ABSORÇÃO EM
TORRES
Dicas e breves estudos de caso
PAUTA
 Introdução
 Estudo de caso 1: absorvedor de gases (problemas
típicos em pratos distribuidores)
 Estudo de caso 2: destilação de alquilados
(colunas com recheio estruturado)
 Estudo de caso 3: cor em destilação de
subprodutos de refinaria (queda de pratos)
 Conclusões
 Sugestões de leitura
INTRODUÇÃO
 Essa apresentação é uma breve discussão sobre 3
estudos de caso que ilustram os problemas típicos
enfrentados em destilação e absorção gasosa em
colunas de pratos ou recheios
 Trata-se apenas de uma discussão breve, que pode
trazer valiosos insights para profissionais que lidam com
essas operações unitárias, seja no dia-a-dia ou em
projetos
 Os detalhes a respeito dos processos serão restringidos
ao mínimo por questões de confidencialidade e espaço,
sem prejuízo ao tema abordado.
ESTUDO DE CASO 1 (ABSORVEDOR DE GASES)
 Contexto do problema
 Orientação de um típico projeto Trainee, onde buscava-se a
otimização de um lavador de gases, responsável por abater
voláteis orgânicos de um conjunto de plantas produtoras de
etoxilados, mantendo as emissões de orgânicos dentro dos limites
desejados
 Ao longo das investigações do projeto, em pouco tempo foram
detectados vários problemas que contribuíam para a baixa
eficiência da coluna absorvedora de gases, ilustrados no slide à
seguir
ESTUDO DE CASO 1 (ABSORVEDOR DE GASES)
O 1º problema
verificado foi a
vazão de líquido
(água de reuso)
abaixo do calculado
pelo conceito de
“Grau de
molhamento
mínimo” que
considera o tipo de
recheio e o
diâmetro da coluna
para determinar a
mínima vazão de
líquido absorvente
Entrada
líquido p/
aspersores
SINTOMA:
Forte odor de
voláteis
orgânicos nas
proximidades
do trocador,
em certos
períodos de
operação.
ESTUDO DE CASO 1 (ABSORVEDOR DE GASES)
O 2º problema
consistia na
suspeita de grande
quantidade de
sujidade (depósito
de orgânicos) nos
recheios,
prejudicando o
contato das fases
líq. e gasosa e
criando caminhos
preferenciais. A
abertura da coluna
confirmou a
suspeita
Entrada
líquido p/
aspersores
SINTOMA:
Área em torno
do lavador
sempre sujeita
a sujidades
orgânicas ,
com aspecto
incrustante,
oriundas dos
respiros do
sistema de
absorção
ESTUDO DE CASO 1 (ABSORVEDOR DE GASES)
O 3º problema
verificado na
ocasião da
desmontagem da
coluna foi a
montagem incorreta
dos aspersores,
direcionando o fluxo
de água para
pontos mortos do
prato distribuidor (a
depender do tipo,
existem seções
corretas onde o
fluxo de líquido
deve ser
direcionado)
Entrada
líquido p/
aspersores
SINTOMA:
Não havia,
detectado na
ocasião de
abertura do
equipamento
(primeira
abertura desde
a instalação)
ESTUDO DE CASO 1 (ABSORVEDOR DE GASES)
O 4º problema
verificado foi a
montagem incorreta
dos pratos
distribuidores de
líquido logo acima
do leito de recheio.
Esses pratos
possuem furos de
diâmetro calculados
para a carga de
líquido e interferem
na eficiência da
distribuição de
líquido para o
recheio
Entrada
líquido p/
aspersores
SINTOMA:
Não havia,
detectado na
ocasião de
abertura do
equipamento
(primeira
abertura desde
a instalação)
ESTUDO DE CASO 2 (DESTILAÇÃO DE ALQUILADOS)
 Contexto do problema
 Coluna responsável por destilar corrente contendo dois produtos
alquilados, um chave leve (C.L = produto) e outro chave pesado
(C.P. = sub-produto)
 A coluna, superdimensionada para as cargas típicas adotadas e
para a volatilidade relativa dos alquilados, vinha apresentando
problemas como perfis de temperatura atípicos, baixa
sensibilidade à variações de refluxo e alta sensibilidade á
variações de carga, acarretando descontrole da pureza do produto
de topo. O slide à seguir ilustra a coluna e os problemas
verificados
ESTUDO DE CASO 2 (DESTILAÇÃO DE ALQUILADOS)
Mistura de
alquilados
(C.L. e C.P.)
C.L. (produto
de topo)
C.P. (sub-
produto de
fundo)
SINTOMA:
Dificuldade em
atingir pureza no
C.L. e
insensibilidade à
variações de
refluxo
O 1º problema foi
verificado no tubo
distribuidor de
líquido do refluxo
que, ligeiramente
fora da posição
ideal, direcionava o
refluxo diretamente
para o recheio, sem
passar pela
“panela” de
distribuição. Daí a
aparente
insensibilidade com
variações na taxa
de refluxo. Esse
problema foi
sanado mas
dificuldades
persistiram.
ESTUDO DE CASO 2 (DESTILAÇÃO DE ALQUILADOS)
Mistura de
alquilados
(C.L. e C.P.)
C.L. (produto
de topo)
C.P. (sub-
produto de
fundo)
SINTOMA:
Perfil de
temperaturas
atípico ao longo
da coluna e
dificuldade para
atingir a pureza
do C.L.
O 2º problema foi
observado depois
da solução do 1º
Verificou-se que a
montagem do leito
de recheio
estruturado estava
incorreta desde a
última intervenção
(orientados na
mesma direção,
sem
alternância).Uma
das seções do
recheio estruturado
estava amassada e
bloqueava a
passagem plena de
líquido para as
seções inferiores
ESTUDO DE CASO 3 (COR ELEVADA NO
PRODUTO/RETIRADA LATERAL)
 Contexto do problema
 Trata-se de uma coluna de destilação de pratos, com boa altura, que
recebe sub-produtos de destilaria de etanol e concentra frações de
C4-C5 em uma retirada lateral nos pratos próximos ao fundo,
contando com vaso de flasheamento (fase vapor é o produto)
 O processo é uma operação de destilação bastante complexa,
envolvendo azeotropia, uso de eletrólitos para promover ELL e
separação de fases do azeotrópo para remoção da fase aquosa,
controle da concentração de pesados no fundo, entre outros,
conforme pode ser visto no slide à seguir.
 Além da garantia de pureza do produto retirado, há a questão da cor,
uma vez que o produto de fundo apresenta cor intensa (mistura de
ésteres e hidrocarbonetos conjugados de elevado peso molecular) e
qualquer mínima contaminação do produto da retirada lateral com o
produto de fundo, ocasiona cores elevadas. Houve ocasião em que o
C.E.P. (Controle estatístico de processo) para a cor permaneceu ruim
por meses seguidos...
ESTUDO DE CASO 3 (COR ELEVADA NO
PRODUTO/RETIRADA LATERAL)
DECANTER
DRUM
ORGANIC PHASE WATER PHASE
“FLASH”
DRUM
LIQUID PHASE RETURN (FLASH)
PRODUCT (SIDE REMOVAL)
GAS PHASE (FINAL PRODUCT)
Essa é uma
destilação um pouco
mais complexa. A
alimentação
(subproduto de
destilaria) forma
azeótropos com a
água no topo, água
essa que é removida
em um vaso
decantador. O
produto é removido
de pratospróximo ao
fundo e passa por um
flasheamento que
auxilia a remoção de
contaminantes para a
cor (pesados)
ESTUDO DE CASO 3 (COR ELEVADA NO
PRODUTO/RETIRADA LATERAL)
DECANTER
DRUM
ORGANIC PHASE WATER PHASE
“FLASH”
DRUM
LIQUID PHASE RETURN (FLASH)
PRODUCT (SIDE REMOVAL)
GAS PHASE (FINAL PRODUCT)
SINTOMA:
Dificuldade
crônica em
especificar a cor
do produto
lateral.
O 1º possível problema
verificado foi a
concentração/deposição
de pesados na região de
fundo da coluna. Foi
feito lavagem interna
com vapor e
desmontagem do
conjunto de
flasheamento (vaso e
tubulação), sem
sucesso.
ESTUDO DE CASO 3 (COR ELEVADA NO
PRODUTO/RETIRADA LATERAL)
DECANTER
DRUM
ORGANIC PHASE WATER PHASE
“FLASH”
DRUM
LIQUID PHASE RETURN (FLASH)
PRODUCT (SIDE REMOVAL)
GAS PHASE (FINAL PRODUCT)
SINTOMA:
Não havia
indicadores de
temperatura (TI´s)
nos pratos inferiores,
para monitoramento
do perfil.
Se houvessem mais
TI´s na seção de
stripping próxima a
retirada lateral, seria
facilmente identificada
variação no perfil
causada por queda de
pratos. Esta foi
identificada e sanada
com abertura da
coluna.
CONCLUSÕES
 Em todos os problemas, observou-se sintomas atípicos da
operação normal das colunas. Convém nunca ignorar esses
sintomas, por mais que não acarretem consequências imediatas
à qualidade do produto ou rotina de operação. As condições
“ótimas” históricas de um equipamento devem ser perpetuadas
ou melhoradas, nunca degradadas com o tempo.
 Erros de montagem, deslocamentos internos produzidos por
partidas e paradas “abruptas” e acúmulo de sujidades são os
típicos vilões dessas operações unitárias, e podem permanecer
meses e até anos “incubados” sem apresentar sintomas
relevantes
 A decisão por uma parada e abertura de equipamentos desse
porte envolve custos diretos e indiretos elevados, por isso é
fundamental pautar a decisão em uma análise sólida dos
sintomas e em experiências anteriores, da própria planta ou da
literatura. Para tanto, TI´s, PI´s e indicações de vazão críticas
são fundamentais para a análise do engenheiro.
SUGESTÕES DE LEITURA
 Saraiva, “Engenharia de Processos nas Plantas
Industriais”
(Na seção de heurística e “rules of thumbs” há
poucos, mas valiosos, insights sobre destilação e
colunas)
SUGESTÕES DE LEITURA
 BR, “Controles típicos de equipamentos e processos
industriais”
(capítulo sobre destilação possui abordagem sucinta e
prática sobre lógica básica das malhas para o
funcionamento das coluna, e pode fornecer insights
valiosos)
SUGESTÕES DE LEITURA
 BR, “Torres recheadas”
(... apesar de antigo, contém informações detalhadas
e muitas tabelas e cálculos empíricos úteis para
avaliar a operação e dimensionamento de colunas
recheadas)
SUGESTÕES DE LEITURA
 Ludwig, “Applied Process Design for Chemical and
Petrochemical Plants”
(... ainda mais antigo que o “Colunas recheadas” porém
possui algumas correlações úteis, como as do cálculo de
grau de molhamento mínimo (entre outros), além de
detalhes úteis para dimensionamento das torres)
OBRIGADO!!
Márcio Andrade Dias
POLI-USP
Oxiteno S.A. Ind. e Com.
madbrou@gmail.com

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Destilação e absorção em torres: estudos de caso e soluções

  • 1. DESTILAÇÃO E ABSORÇÃO EM TORRES Dicas e breves estudos de caso
  • 2. PAUTA  Introdução  Estudo de caso 1: absorvedor de gases (problemas típicos em pratos distribuidores)  Estudo de caso 2: destilação de alquilados (colunas com recheio estruturado)  Estudo de caso 3: cor em destilação de subprodutos de refinaria (queda de pratos)  Conclusões  Sugestões de leitura
  • 3. INTRODUÇÃO  Essa apresentação é uma breve discussão sobre 3 estudos de caso que ilustram os problemas típicos enfrentados em destilação e absorção gasosa em colunas de pratos ou recheios  Trata-se apenas de uma discussão breve, que pode trazer valiosos insights para profissionais que lidam com essas operações unitárias, seja no dia-a-dia ou em projetos  Os detalhes a respeito dos processos serão restringidos ao mínimo por questões de confidencialidade e espaço, sem prejuízo ao tema abordado.
  • 4. ESTUDO DE CASO 1 (ABSORVEDOR DE GASES)  Contexto do problema  Orientação de um típico projeto Trainee, onde buscava-se a otimização de um lavador de gases, responsável por abater voláteis orgânicos de um conjunto de plantas produtoras de etoxilados, mantendo as emissões de orgânicos dentro dos limites desejados  Ao longo das investigações do projeto, em pouco tempo foram detectados vários problemas que contribuíam para a baixa eficiência da coluna absorvedora de gases, ilustrados no slide à seguir
  • 5. ESTUDO DE CASO 1 (ABSORVEDOR DE GASES) O 1º problema verificado foi a vazão de líquido (água de reuso) abaixo do calculado pelo conceito de “Grau de molhamento mínimo” que considera o tipo de recheio e o diâmetro da coluna para determinar a mínima vazão de líquido absorvente Entrada líquido p/ aspersores SINTOMA: Forte odor de voláteis orgânicos nas proximidades do trocador, em certos períodos de operação.
  • 6. ESTUDO DE CASO 1 (ABSORVEDOR DE GASES) O 2º problema consistia na suspeita de grande quantidade de sujidade (depósito de orgânicos) nos recheios, prejudicando o contato das fases líq. e gasosa e criando caminhos preferenciais. A abertura da coluna confirmou a suspeita Entrada líquido p/ aspersores SINTOMA: Área em torno do lavador sempre sujeita a sujidades orgânicas , com aspecto incrustante, oriundas dos respiros do sistema de absorção
  • 7. ESTUDO DE CASO 1 (ABSORVEDOR DE GASES) O 3º problema verificado na ocasião da desmontagem da coluna foi a montagem incorreta dos aspersores, direcionando o fluxo de água para pontos mortos do prato distribuidor (a depender do tipo, existem seções corretas onde o fluxo de líquido deve ser direcionado) Entrada líquido p/ aspersores SINTOMA: Não havia, detectado na ocasião de abertura do equipamento (primeira abertura desde a instalação)
  • 8. ESTUDO DE CASO 1 (ABSORVEDOR DE GASES) O 4º problema verificado foi a montagem incorreta dos pratos distribuidores de líquido logo acima do leito de recheio. Esses pratos possuem furos de diâmetro calculados para a carga de líquido e interferem na eficiência da distribuição de líquido para o recheio Entrada líquido p/ aspersores SINTOMA: Não havia, detectado na ocasião de abertura do equipamento (primeira abertura desde a instalação)
  • 9. ESTUDO DE CASO 2 (DESTILAÇÃO DE ALQUILADOS)  Contexto do problema  Coluna responsável por destilar corrente contendo dois produtos alquilados, um chave leve (C.L = produto) e outro chave pesado (C.P. = sub-produto)  A coluna, superdimensionada para as cargas típicas adotadas e para a volatilidade relativa dos alquilados, vinha apresentando problemas como perfis de temperatura atípicos, baixa sensibilidade à variações de refluxo e alta sensibilidade á variações de carga, acarretando descontrole da pureza do produto de topo. O slide à seguir ilustra a coluna e os problemas verificados
  • 10. ESTUDO DE CASO 2 (DESTILAÇÃO DE ALQUILADOS) Mistura de alquilados (C.L. e C.P.) C.L. (produto de topo) C.P. (sub- produto de fundo) SINTOMA: Dificuldade em atingir pureza no C.L. e insensibilidade à variações de refluxo O 1º problema foi verificado no tubo distribuidor de líquido do refluxo que, ligeiramente fora da posição ideal, direcionava o refluxo diretamente para o recheio, sem passar pela “panela” de distribuição. Daí a aparente insensibilidade com variações na taxa de refluxo. Esse problema foi sanado mas dificuldades persistiram.
  • 11. ESTUDO DE CASO 2 (DESTILAÇÃO DE ALQUILADOS) Mistura de alquilados (C.L. e C.P.) C.L. (produto de topo) C.P. (sub- produto de fundo) SINTOMA: Perfil de temperaturas atípico ao longo da coluna e dificuldade para atingir a pureza do C.L. O 2º problema foi observado depois da solução do 1º Verificou-se que a montagem do leito de recheio estruturado estava incorreta desde a última intervenção (orientados na mesma direção, sem alternância).Uma das seções do recheio estruturado estava amassada e bloqueava a passagem plena de líquido para as seções inferiores
  • 12. ESTUDO DE CASO 3 (COR ELEVADA NO PRODUTO/RETIRADA LATERAL)  Contexto do problema  Trata-se de uma coluna de destilação de pratos, com boa altura, que recebe sub-produtos de destilaria de etanol e concentra frações de C4-C5 em uma retirada lateral nos pratos próximos ao fundo, contando com vaso de flasheamento (fase vapor é o produto)  O processo é uma operação de destilação bastante complexa, envolvendo azeotropia, uso de eletrólitos para promover ELL e separação de fases do azeotrópo para remoção da fase aquosa, controle da concentração de pesados no fundo, entre outros, conforme pode ser visto no slide à seguir.  Além da garantia de pureza do produto retirado, há a questão da cor, uma vez que o produto de fundo apresenta cor intensa (mistura de ésteres e hidrocarbonetos conjugados de elevado peso molecular) e qualquer mínima contaminação do produto da retirada lateral com o produto de fundo, ocasiona cores elevadas. Houve ocasião em que o C.E.P. (Controle estatístico de processo) para a cor permaneceu ruim por meses seguidos...
  • 13. ESTUDO DE CASO 3 (COR ELEVADA NO PRODUTO/RETIRADA LATERAL) DECANTER DRUM ORGANIC PHASE WATER PHASE “FLASH” DRUM LIQUID PHASE RETURN (FLASH) PRODUCT (SIDE REMOVAL) GAS PHASE (FINAL PRODUCT) Essa é uma destilação um pouco mais complexa. A alimentação (subproduto de destilaria) forma azeótropos com a água no topo, água essa que é removida em um vaso decantador. O produto é removido de pratospróximo ao fundo e passa por um flasheamento que auxilia a remoção de contaminantes para a cor (pesados)
  • 14. ESTUDO DE CASO 3 (COR ELEVADA NO PRODUTO/RETIRADA LATERAL) DECANTER DRUM ORGANIC PHASE WATER PHASE “FLASH” DRUM LIQUID PHASE RETURN (FLASH) PRODUCT (SIDE REMOVAL) GAS PHASE (FINAL PRODUCT) SINTOMA: Dificuldade crônica em especificar a cor do produto lateral. O 1º possível problema verificado foi a concentração/deposição de pesados na região de fundo da coluna. Foi feito lavagem interna com vapor e desmontagem do conjunto de flasheamento (vaso e tubulação), sem sucesso.
  • 15. ESTUDO DE CASO 3 (COR ELEVADA NO PRODUTO/RETIRADA LATERAL) DECANTER DRUM ORGANIC PHASE WATER PHASE “FLASH” DRUM LIQUID PHASE RETURN (FLASH) PRODUCT (SIDE REMOVAL) GAS PHASE (FINAL PRODUCT) SINTOMA: Não havia indicadores de temperatura (TI´s) nos pratos inferiores, para monitoramento do perfil. Se houvessem mais TI´s na seção de stripping próxima a retirada lateral, seria facilmente identificada variação no perfil causada por queda de pratos. Esta foi identificada e sanada com abertura da coluna.
  • 16. CONCLUSÕES  Em todos os problemas, observou-se sintomas atípicos da operação normal das colunas. Convém nunca ignorar esses sintomas, por mais que não acarretem consequências imediatas à qualidade do produto ou rotina de operação. As condições “ótimas” históricas de um equipamento devem ser perpetuadas ou melhoradas, nunca degradadas com o tempo.  Erros de montagem, deslocamentos internos produzidos por partidas e paradas “abruptas” e acúmulo de sujidades são os típicos vilões dessas operações unitárias, e podem permanecer meses e até anos “incubados” sem apresentar sintomas relevantes  A decisão por uma parada e abertura de equipamentos desse porte envolve custos diretos e indiretos elevados, por isso é fundamental pautar a decisão em uma análise sólida dos sintomas e em experiências anteriores, da própria planta ou da literatura. Para tanto, TI´s, PI´s e indicações de vazão críticas são fundamentais para a análise do engenheiro.
  • 17. SUGESTÕES DE LEITURA  Saraiva, “Engenharia de Processos nas Plantas Industriais” (Na seção de heurística e “rules of thumbs” há poucos, mas valiosos, insights sobre destilação e colunas)
  • 18. SUGESTÕES DE LEITURA  BR, “Controles típicos de equipamentos e processos industriais” (capítulo sobre destilação possui abordagem sucinta e prática sobre lógica básica das malhas para o funcionamento das coluna, e pode fornecer insights valiosos)
  • 19. SUGESTÕES DE LEITURA  BR, “Torres recheadas” (... apesar de antigo, contém informações detalhadas e muitas tabelas e cálculos empíricos úteis para avaliar a operação e dimensionamento de colunas recheadas)
  • 20. SUGESTÕES DE LEITURA  Ludwig, “Applied Process Design for Chemical and Petrochemical Plants” (... ainda mais antigo que o “Colunas recheadas” porém possui algumas correlações úteis, como as do cálculo de grau de molhamento mínimo (entre outros), além de detalhes úteis para dimensionamento das torres)
  • 21. OBRIGADO!! Márcio Andrade Dias POLI-USP Oxiteno S.A. Ind. e Com. madbrou@gmail.com