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O Quê Você Deveria Saber
sobre o seu Mestrado e Doutorado



 Manoel Mendonça
 Professor do DCC-IM-UFBA
Disclainmer

   Esta apresentação contém conselhos que considero
    úteis para o bom desenvolvimento de um curso de
    pós-graduação stricto sensu.


   A maioria dos conselhos aqui expressos são opiniões
    minhas e podem não ser as mesmas do seu
    orientador.


   Meu foco é em ciência da computação.
       Cada área conhecimento tem as suas peculiaridades


                                                Manoel Mendonça
O Mestrado


   É um programa de pós-graduação stricto sensu;
   Desenvolvido sob a orientação de um doutor na área
    escolhida;
   Dura usualmente de dois a dois anos e meio
   No mestrado o aluno revisita e se aprofunda em
    disciplinas já cursadas na graduação e se especializa em
    algumas outras;
   O aluno deve também (e principalmente) realizar
    pesquisas que deverão resultar em uma dissertação
    sobre um assunto relevante, com metodologia adequada
    ao desenvolvimento deste trabalho.
O Mestrado


   O mestrado é ente diferente de uma graduação ou
    especialização, pois seu foco principal é no
    desenvolvimento do trabalho de pesquisa e não no
    cumprimento de disciplinas;

   Um trabalho de pesquisa e desenvolvimento deve ser
    desenvolvido de forma completa.
       Levantamento bibliográfico, escolha da metodologia,
        desenvolvimento e validação do trabalho.
       O mestrado exigido no Brasil é mais completo e
        complexo do que se exige atualmente na Europa e EUA
        (inclusive do ponto de vista de reconhecimento de
        diplomas)
O Doutorado


   Doutorado é ente diferente do mestrado, requer mais
    disciplina e persistência, e envolve muito mais
    incerteza;

   Um doutor deve ter abrangência de conhecimento;
       Você deve procurar ter uma formação abrangente
       Você estudou teoria, algoritmos, linguagens, e sistemas?

   Ser um Doutor é mais um estado de maturidade
    científica do que um estado de saber.
       Em ciência você tem de estar continuamente reciclando
        conhecimento

                          Esta apresentação procura discutir
                          alguns destes pontos em detalhes
Para ser um Doutor


   Para ter um título de doutor você deve:

        Ter cumprido todas as exigências acadêmicas do um
         programa de doutorado reconhecido pela CAPES;

        Ter feito um trabalho de pesquisa com uma contribuição
         inovadora para sua área de conhecimento;

        Ter atingido a maturidade científica necessária.



   Você pode ter feito uma pesquisa muito interessante, ter
    bastante conhecimento sobre um assunto e, ainda assim,
    não ter maturidade para ser um doutor.
Maturidade Científica
Sua Maturidade Científica


   Revela-se pela capacidade de desenvolver, adquirir e
    difundir conhecimento;
        Você deve saber como atacar novos problemas na sua
         grande área (i.e., computação)

   Revela-se pela capacidade de orientar trabalhos
    científicos, coordenar projetos de pesquisa e revisar de
    forma crítica trabalhos científicos;

   Revela-se na inserção nacional e internacional na
    comunidade científica da sua área de atuação.
Sua Área de Conhecimento

      Você sabe quais são os conceitos fundamentais da
       sua área de conhecimento

      Você tem noção dos grandes problemas em aberto
       na sua área de conhecimento

      Você sabe quais são os principais congressos e
       periódicos da sua área de conhecimento

      Você como fazer pesquisa bibliográfica na sua área

      Você tem senso crítico quando lê algo da sua área
       de conhecimento
A sua Comunidade Científica

       Você sabe mais do que o seu orientador sobre o
        conteúdo da sua tese

       Você sabe quem são os principais pesquisadores da
        sua área de conhecimento

       Você conhece as principais sociedades científicas da
        sua área

       Você já conversou com alguns dos principais
        pesquisadores nacionais da sua área de
        conhecimento (mestrado)

       Você já conversou com alguns dos principais
        pesquisadores internacionais da sua área de
        conhecimento (doutorado)
Eventos e Fóruns


       Você foi ao menos uma vez ao principal congresso
        (simpósio ou workshop) nacional da sua área de
        conhecimento (mestrado)

       Você foi a alguns congressos (simpósios ou
        workshops) internacionais da sua área de
        conhecimento (doutorado)

       Você foi ao menos uma vez ao principal congresso
        (simpósio ou workshop) internacional da sua área de
        conhecimento (desejável doutorado)
Eventos e Fóruns

      Já publicou em um dos principais workshops ou
       congressos nacionais na sua área de conhecimento
       (desejável para o mestrado)

      Já publicou em um dos principais workshops ou
       congressos internacionais na sua área de
       conhecimento (doutorado)

      Já publicou em um dos principais periódicos
       internacionais na sua área de conhecimento
       (desejável para o doutorado)
          Aqui cabe observar que a computação é uma das poucas áreas
           de conhecimento aonde o índice de impacto de artigos de
           congressos é similar ao de periódicos.
Sendo Parte de uma Comunidade
O Ambiente Acadêmico


     O ambiente acadêmico é aberto, um lugar
      aonde as pessoas compartilham
      conhecimento

         Esta é uma benção, use-a sabiamente!

         Participe ativamente e contribua com este ambiente

         Experiências vividas neste ambiente vão criar uma
          rede social para toda a sua vida.
Seu Grupo de Pesquisa


     O desenvolvimento de seu trabalho é muito facilitado
      se você está integrado a um grupo de pesquisa, isto é
      uma necessidade se o seu trabalho é de doutorado;

     Seu orientador certamente tem o grupo de pesquisa
      dele, você deve se integrar a este grupo.

     Seus colegas de grupo podem lhe ajudar com revisões,
      sugestões, idéias, indicação de recursos e ferramental,
      configuração de ferramentas, entre outras coisas;

     Você deve fazer o mesmo pelos seus colegas.
Convivendo no Ambiente Acadêmico

     Respeite seus colegas! (de verdade)
         Assuma que eles são tão inteligentes quanto você, e que
         O tempo deles é tão precioso quanto o seu.

     Procure participar em projetos de pesquisa do seu
      grupo;

     Estes projetos serão sua principal fonte de suporte
      financeiro para bolsas, viagens e aquisição de livros,
      software e equipamentos;

     O primeiro passo para mostrar excelência científica
      para a comunidade em geral, é mostrar excelência
      científica junto ao seu grupo de pesquisa.
Sua Comunidade Científica


       Procure participar de eventos da sua área, conheça
        outros estudantes e os papas da sua área;

       Saiba diferenciar o joio do trigo!
           Indicadores de qualidade são importantes
           Aprenda quais são eles e como utilizá-los
           Junte-se às pessoas e às comunidades certas


       Não discrimine pessoas ou instituições!
           Como regra assuma que tem gente boa em todo lugar. Não
            pré-julgue ninguém pela instituição ou país de origem.
Sua Comunidade Científica


       Você deve se integrar a uma comunidade científica;
           Certamente há pessoas trabalhando em problemas similares aos
            seus


       Ache sua turma e se integre;

       Seu orientador deve lhe dar uma mão aqui.
Participando de sua Comunidade Científica


      Sua maturidade científica é demonstrada pela
       participação em eventos científicos, publicações e
       reconhecimento do seu trabalho pela comunidade
       acadêmica e científica;
Participando de sua Comunidade Científica


      Uma coisa é ir a eventos e outra é participar deles
       (fazer perguntas, conversar com pesquisadores);

      Se exponha, procure publicar, procure participar de
       workshops de teses e dissertações, e procure ajudar em
       trabalhos de revisão de artigos e organização de eventos
       sempre que possível;

      Quando tiver alguma aspiração quanto a publicação e
       participação em eventos, converse com seu
       orientador, ele certamente pode lhe aconselhar e
       ajudar quando necessário.
Você e Sua Comunidade Científica


   É normal ter projetos
    indeferidos e artigos
    recusados;

   Ninguém está te
    perseguindo só porque
    recusaram o seu artigo ou
    projeto;

   Tente entender porque isto
    aconteceu;

   Seja aberto a críticas e não
    desista jamais.
Produção Científica
A Fazer (explore estes temas)


   Sociedades Científicas;

   Fontes Bibliográficas;

   Periódicos, revistas,
    congressos, simpósios e
    workshops;

   Qualis.
Você e o Seu Orientador
Seu Orientador
       Uma Raposa, um Lobo ou um Leão?



                                 Mais tempo para você



    bravo                                   Sábio Orientador
  estudante




Mais recursos, mais inserção e
mais experiência para você
Escolha com Calma



   Como regra geral, orientadores mais novos têm mais
    tempo para trabalhar com você, menos experiência
    de orientação, menos inserção científica e menos
    dinheiro.

   Além disto mantenha em mente que existem vários
    perfis de orientadores:
       Os mais flexíveis e os mais controladores.
       Os mais calmos e os mais estourados.
       Os mais sonhadores e os mais pragmáticos
       Escolha cuidadosamente o seu.
                        É um casamento de pelo menos 4 anos!
Relacionamento


   Se você não se dá bem com um orientador, troque
    imediatamente.

   Se você não se dá bem com vários orientadores,
    troque de atitude.
       O problema é muito provavelmente você!

   Algumas vezes você não vai gostar quando seu
    orientador lhe cobrar ou corrigir, mas lembre-se que
    ele sabe melhor do que você o quê é uma boa
    publicação e o quê é um trabalho de pós-graduação.
Você, seu Orientador e a sua Tese


      Sua tese é sua cria e não de seu orientador;

      O seu orientador só vai lhe dar retorno quando você
       pedir;


       Ele não vai ficar atrás de você para você trabalhar;

      No melhor dos casos seu orientador vai continuamente
       desafiar você a produzir mais;

      Você vai ditar o ritmo do trabalho.
Você, seu Orientador e a Pesquisa Conjunta


       Orientação não é prestação de serviço, é um
        trabalho conjunto para produção de conhecimento;

       Apesar de ser um trabalho conjunto, muito
        provavelmente, é você quem vai por a mão na
        massa;
           Orientadores não têm tempo de sentar e desenvolver a tese
            para você.


       Como o trabalho é conjunto, tudo o quê você publicar
        fruto do seu trabalho de pós-graduação deve conter o
        nome de seu orientador, e vice-versa.
Você e seu Orientador (o todo poderoso!)

      O tempo do seu orientador é mais precioso que o seu;

      Isto é pré-estabelecido e não está sob discussão;

      Seu orientador sabe o que é uma tese e você , muito
       provavelmente, não;

      Não suma e retorne com um algo “pronto”.
          Este comportamento é uma receita para perda de tempo,
           desperdício de esforço e aborrecimento;
          Obtenha continuamente o feedback de seu orientador
           durante o desenvolvimento de seu trabalho.
O Mundo do Ponto de Vista do seu Orientador


       Seu orientador já tem todas as titulações que ele precisa;

       Ele quer que você termine porque precisa produzir
        conhecimento, resultados científicos e publicações;

       Procure mostrar contínuo avanço no seu trabalho (o
        começo é sempre a pior fase);

       Produza artigos em congressos e periódicos
        quali(s)ficados.
           Esta é a melhor forma de mostrar ao seu orientador que você está
            produzindo conhecimento, e convencê-lo que você é maduro o
            suficiente para obter um mestrado ou doutorado.
Trabalhando Juntos (1)


      O trabalho de tese (ou dissertação) tem de
       interessar a vocês dois;

      É uma péssima ideia fazer algo que só interessa a
       um de vocês.
Trabalhando Juntos (2)


      Tente fazer uma reunião por semana com seu
       orientador e faça pelo menos uma por mês;

      Mantenha o registro de cada reunião;

      Procure sempre ter claro:
          o   quê você quer fazer;
          o   quê você está fazendo;
          o   quê você já fez;
          e   o quê você ainda falta fazer;
Trabalhando Juntos 3


      Por causa da inovação, há muita incerteza em um
       doutorado
          É comum mudar-se ou adaptar-se o quê você quer
           fazer;

      Tente progredir continuamente estabelecendo e
       cumprindo submetas.

          Estabeleça junto com seu orientador metas semanais
           ou mensais para seu trabalho

          Sempre que necessário discuta com o orientador seu
           avanço ou dificuldades frente a estas metas
Minha Tese / Dissertação
Uma Tese é Difícil de Desenvolver


   Persistência e foco são fundamentais para um
    trabalho de pós-graduação stricto sensu;

   Só quem já fez um mestrado sabe o trabalho que
    dá fazer um mestrado;

   Só quem já fez um doutorado sabe o trabalho que
    dá fazer um doutorado.
Sua Dissertação (Thesis)


   Desenvolver uma dissertação de mestrado é muito mais
    difícil que desenvolver um trabalho de final de curso;

   O desenvolvimento da dissertação envolve mais esforço e
    dedicação que a conclusão das disciplinas do programa.
Sua Dissertação (Thesis)


   A dissertação de mestrado deve conter um trabalho de
    pesquisa bem embasado e bem executado em termos
    metodológicos;

       Trabalhos relacionados e a fronteira de conhecimento devem ser
        identificados;

       A metodologia deve ser bem estabelecida;

       O trabalho deve ser desenvolvido seguindo os preceitos da
        metodologia científica (incluindo sua avaliação e/ou validação).
Sua Tese (Dissertation)


   Fazer uma tese de doutorado é muito mais difícil que
    uma dissertação de mestrado;

   A tese de doutorado tem de envolver inovação;

   Sugiro que você comece pequeno para terminar
    grande;

   Pense sempre nos grandes problemas, mesmo
    quando estiver trabalhando em uma pequena parte
    dele.
Sua Tese (Dissertation)


   Sua tese tem de ter uma contribuição inovadora, mas
    não tem de mudar o mundo;

   Sua tese tem que demonstrar que você sabe o que
    está acontecendo no estado da arte do seu tema de
    trabalho;

   Seu trabalho tem que ser cientificamente avaliado
    e/ou matematicamente validado.

   Sua tese tem que ter:
       Uma boa fundamentação;
       um bom projeto de pesquisa;
       desenvolvimento e avaliação rigorosos,
       uma boa argumentação,
       ser bem escrita.
Um Guia Ilustrado para seu Doutorado


Apresentação de Matt Might:


             “The illustrated guide to a Ph.D.”



                         Distribuída através da licença
          Creative Commons Attribution-NonCommercial 2.5 License
              (http://creativecommons.org/licenses/by-nc/2.5/)

 Você pode distribuir, copiar, modificar e reproduzir desde que mantenha o novo
   trabalho sob as mesmas condições de licença e referencie o autor original.
Você não pode vender ou lucrar com este documento ou qualquer outro derivado
                                     do mesmo.
Imagine que este círculo
contém todo o
conhecimento da
humanidade
Quando você termina o
ensino básico, passa a
conhecer um pouco
Quando você termina
o ensino médio, passa
a saber um pouco
mais
Concluindo o ensino
superior, aprende mais e
passa a ter uma
especialidade...
Obter um mestrado,
aprofunda em sua
especialidade
Ler e estudar
trabalhos científicos te
levam à borda do
conhecimento
humano, em uma
determinada área
Ao chegar lá e se
focar...
Você tenta
ultrapassar a borda
por alguns anos...
Até que um dia, ela
             cede!
E, este pequeno
 ressalto que você
causou é chamado
     de Doutorado
É claro que, agora, o
    mundo te parece
          diferente...
...mas, não se
esqueça de sua
posição no círculo
maior!!
Alguns Requisitos para uma Boa Tese

       Deve ser interessante;

       Deve valer a pena;

       Ter a estrutura correta;

       Deve ter o método correto;

       Deve ter inovação.
Desenvolvendo uma Tese


     Professor Carlos Lucena (http://www-di.inf.puc-
      rio.br/~lucena/) recomenda que sejam observados os
      seguintes itens:

 1) Descrição do problema. Questões que a tese aborda.
 2) Limitação do que a pesquisa resolve.
 3) Quão significante é o problema?
 4) Que conhecimento novo ou método a tese irá gerar?
 5) Que experimentos, protótipos, estudo de caso serão
    realizados para atingir o objetivo?
 6) Como será demonstrado que o objetivo foi atingido?
 7) Como as contribuições serão medidas?
Escrevendo a Minha Dissertação/Tese

       Estabeleça o problema — real e não solucionado
            Contexto
            Escopo
            Objetivos Testáveis
       Discuta trabalhos relacionados de forma abrangente e afunile
        para o universo do seu problema
       Descreva a abordagem utilizada (metodologia)
       Deixe clara a sua contribuição (solução e implementação)
       Mostre evidência que o problema foi solucionado e/ou uma
        contribuição foi dada ao estado da arte
       Conclua reforçando quê foi atingido, quais as limitações do
        trabalho e o quê pode ser feito a partir de agora.

                            Mantenha a retórica afiada
                            Siga os padrões de escrita!
Ordem de Escrita

       Primeiro:
          Parte 3 – Minha Contribuição

       Segundo:
          Parte 4 – Avaliação do Trabalho

       Terceiro (ou em paralelo com a Parte 3 e 4):
          Parte 2 - Trabalhos Relacionados

       Quarto:
          Parte 5 - Conclusões

       Quinto:
          Parte 1 – Introdução

       Sexto:
          Resumo

       Sétimo:
          Título
O Quê Você Deveria Saber
sobre o seu Mestrado e Doutorado


         Obrigado !

Manoel Mendonça
Professor do DCC-IM-UFBA

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O Quê Você Deveria Saber sobre o seu Mestrado e Doutorado

  • 1. O Quê Você Deveria Saber sobre o seu Mestrado e Doutorado Manoel Mendonça Professor do DCC-IM-UFBA
  • 2. Disclainmer  Esta apresentação contém conselhos que considero úteis para o bom desenvolvimento de um curso de pós-graduação stricto sensu.  A maioria dos conselhos aqui expressos são opiniões minhas e podem não ser as mesmas do seu orientador.  Meu foco é em ciência da computação.  Cada área conhecimento tem as suas peculiaridades Manoel Mendonça
  • 3. O Mestrado  É um programa de pós-graduação stricto sensu;  Desenvolvido sob a orientação de um doutor na área escolhida;  Dura usualmente de dois a dois anos e meio  No mestrado o aluno revisita e se aprofunda em disciplinas já cursadas na graduação e se especializa em algumas outras;  O aluno deve também (e principalmente) realizar pesquisas que deverão resultar em uma dissertação sobre um assunto relevante, com metodologia adequada ao desenvolvimento deste trabalho.
  • 4. O Mestrado  O mestrado é ente diferente de uma graduação ou especialização, pois seu foco principal é no desenvolvimento do trabalho de pesquisa e não no cumprimento de disciplinas;  Um trabalho de pesquisa e desenvolvimento deve ser desenvolvido de forma completa.  Levantamento bibliográfico, escolha da metodologia, desenvolvimento e validação do trabalho.  O mestrado exigido no Brasil é mais completo e complexo do que se exige atualmente na Europa e EUA (inclusive do ponto de vista de reconhecimento de diplomas)
  • 5. O Doutorado  Doutorado é ente diferente do mestrado, requer mais disciplina e persistência, e envolve muito mais incerteza;  Um doutor deve ter abrangência de conhecimento;  Você deve procurar ter uma formação abrangente  Você estudou teoria, algoritmos, linguagens, e sistemas?  Ser um Doutor é mais um estado de maturidade científica do que um estado de saber.  Em ciência você tem de estar continuamente reciclando conhecimento Esta apresentação procura discutir alguns destes pontos em detalhes
  • 6. Para ser um Doutor  Para ter um título de doutor você deve:  Ter cumprido todas as exigências acadêmicas do um programa de doutorado reconhecido pela CAPES;  Ter feito um trabalho de pesquisa com uma contribuição inovadora para sua área de conhecimento;  Ter atingido a maturidade científica necessária.  Você pode ter feito uma pesquisa muito interessante, ter bastante conhecimento sobre um assunto e, ainda assim, não ter maturidade para ser um doutor.
  • 8. Sua Maturidade Científica  Revela-se pela capacidade de desenvolver, adquirir e difundir conhecimento;  Você deve saber como atacar novos problemas na sua grande área (i.e., computação)  Revela-se pela capacidade de orientar trabalhos científicos, coordenar projetos de pesquisa e revisar de forma crítica trabalhos científicos;  Revela-se na inserção nacional e internacional na comunidade científica da sua área de atuação.
  • 9. Sua Área de Conhecimento  Você sabe quais são os conceitos fundamentais da sua área de conhecimento  Você tem noção dos grandes problemas em aberto na sua área de conhecimento  Você sabe quais são os principais congressos e periódicos da sua área de conhecimento  Você como fazer pesquisa bibliográfica na sua área  Você tem senso crítico quando lê algo da sua área de conhecimento
  • 10. A sua Comunidade Científica  Você sabe mais do que o seu orientador sobre o conteúdo da sua tese  Você sabe quem são os principais pesquisadores da sua área de conhecimento  Você conhece as principais sociedades científicas da sua área  Você já conversou com alguns dos principais pesquisadores nacionais da sua área de conhecimento (mestrado)  Você já conversou com alguns dos principais pesquisadores internacionais da sua área de conhecimento (doutorado)
  • 11. Eventos e Fóruns  Você foi ao menos uma vez ao principal congresso (simpósio ou workshop) nacional da sua área de conhecimento (mestrado)  Você foi a alguns congressos (simpósios ou workshops) internacionais da sua área de conhecimento (doutorado)  Você foi ao menos uma vez ao principal congresso (simpósio ou workshop) internacional da sua área de conhecimento (desejável doutorado)
  • 12. Eventos e Fóruns  Já publicou em um dos principais workshops ou congressos nacionais na sua área de conhecimento (desejável para o mestrado)  Já publicou em um dos principais workshops ou congressos internacionais na sua área de conhecimento (doutorado)  Já publicou em um dos principais periódicos internacionais na sua área de conhecimento (desejável para o doutorado)  Aqui cabe observar que a computação é uma das poucas áreas de conhecimento aonde o índice de impacto de artigos de congressos é similar ao de periódicos.
  • 13. Sendo Parte de uma Comunidade
  • 14. O Ambiente Acadêmico  O ambiente acadêmico é aberto, um lugar aonde as pessoas compartilham conhecimento  Esta é uma benção, use-a sabiamente!  Participe ativamente e contribua com este ambiente  Experiências vividas neste ambiente vão criar uma rede social para toda a sua vida.
  • 15. Seu Grupo de Pesquisa  O desenvolvimento de seu trabalho é muito facilitado se você está integrado a um grupo de pesquisa, isto é uma necessidade se o seu trabalho é de doutorado;  Seu orientador certamente tem o grupo de pesquisa dele, você deve se integrar a este grupo.  Seus colegas de grupo podem lhe ajudar com revisões, sugestões, idéias, indicação de recursos e ferramental, configuração de ferramentas, entre outras coisas;  Você deve fazer o mesmo pelos seus colegas.
  • 16. Convivendo no Ambiente Acadêmico  Respeite seus colegas! (de verdade)  Assuma que eles são tão inteligentes quanto você, e que  O tempo deles é tão precioso quanto o seu.  Procure participar em projetos de pesquisa do seu grupo;  Estes projetos serão sua principal fonte de suporte financeiro para bolsas, viagens e aquisição de livros, software e equipamentos;  O primeiro passo para mostrar excelência científica para a comunidade em geral, é mostrar excelência científica junto ao seu grupo de pesquisa.
  • 17. Sua Comunidade Científica  Procure participar de eventos da sua área, conheça outros estudantes e os papas da sua área;  Saiba diferenciar o joio do trigo!  Indicadores de qualidade são importantes  Aprenda quais são eles e como utilizá-los  Junte-se às pessoas e às comunidades certas  Não discrimine pessoas ou instituições!  Como regra assuma que tem gente boa em todo lugar. Não pré-julgue ninguém pela instituição ou país de origem.
  • 18. Sua Comunidade Científica  Você deve se integrar a uma comunidade científica;  Certamente há pessoas trabalhando em problemas similares aos seus  Ache sua turma e se integre;  Seu orientador deve lhe dar uma mão aqui.
  • 19. Participando de sua Comunidade Científica  Sua maturidade científica é demonstrada pela participação em eventos científicos, publicações e reconhecimento do seu trabalho pela comunidade acadêmica e científica;
  • 20. Participando de sua Comunidade Científica  Uma coisa é ir a eventos e outra é participar deles (fazer perguntas, conversar com pesquisadores);  Se exponha, procure publicar, procure participar de workshops de teses e dissertações, e procure ajudar em trabalhos de revisão de artigos e organização de eventos sempre que possível;  Quando tiver alguma aspiração quanto a publicação e participação em eventos, converse com seu orientador, ele certamente pode lhe aconselhar e ajudar quando necessário.
  • 21. Você e Sua Comunidade Científica  É normal ter projetos indeferidos e artigos recusados;  Ninguém está te perseguindo só porque recusaram o seu artigo ou projeto;  Tente entender porque isto aconteceu;  Seja aberto a críticas e não desista jamais.
  • 23. A Fazer (explore estes temas)  Sociedades Científicas;  Fontes Bibliográficas;  Periódicos, revistas, congressos, simpósios e workshops;  Qualis.
  • 24. Você e o Seu Orientador
  • 25. Seu Orientador Uma Raposa, um Lobo ou um Leão? Mais tempo para você bravo Sábio Orientador estudante Mais recursos, mais inserção e mais experiência para você
  • 26. Escolha com Calma  Como regra geral, orientadores mais novos têm mais tempo para trabalhar com você, menos experiência de orientação, menos inserção científica e menos dinheiro.  Além disto mantenha em mente que existem vários perfis de orientadores:  Os mais flexíveis e os mais controladores.  Os mais calmos e os mais estourados.  Os mais sonhadores e os mais pragmáticos  Escolha cuidadosamente o seu. É um casamento de pelo menos 4 anos!
  • 27. Relacionamento  Se você não se dá bem com um orientador, troque imediatamente.  Se você não se dá bem com vários orientadores, troque de atitude.  O problema é muito provavelmente você!  Algumas vezes você não vai gostar quando seu orientador lhe cobrar ou corrigir, mas lembre-se que ele sabe melhor do que você o quê é uma boa publicação e o quê é um trabalho de pós-graduação.
  • 28. Você, seu Orientador e a sua Tese  Sua tese é sua cria e não de seu orientador;  O seu orientador só vai lhe dar retorno quando você pedir;  Ele não vai ficar atrás de você para você trabalhar;  No melhor dos casos seu orientador vai continuamente desafiar você a produzir mais;  Você vai ditar o ritmo do trabalho.
  • 29. Você, seu Orientador e a Pesquisa Conjunta  Orientação não é prestação de serviço, é um trabalho conjunto para produção de conhecimento;  Apesar de ser um trabalho conjunto, muito provavelmente, é você quem vai por a mão na massa;  Orientadores não têm tempo de sentar e desenvolver a tese para você.  Como o trabalho é conjunto, tudo o quê você publicar fruto do seu trabalho de pós-graduação deve conter o nome de seu orientador, e vice-versa.
  • 30. Você e seu Orientador (o todo poderoso!)  O tempo do seu orientador é mais precioso que o seu;  Isto é pré-estabelecido e não está sob discussão;  Seu orientador sabe o que é uma tese e você , muito provavelmente, não;  Não suma e retorne com um algo “pronto”.  Este comportamento é uma receita para perda de tempo, desperdício de esforço e aborrecimento;  Obtenha continuamente o feedback de seu orientador durante o desenvolvimento de seu trabalho.
  • 31. O Mundo do Ponto de Vista do seu Orientador  Seu orientador já tem todas as titulações que ele precisa;  Ele quer que você termine porque precisa produzir conhecimento, resultados científicos e publicações;  Procure mostrar contínuo avanço no seu trabalho (o começo é sempre a pior fase);  Produza artigos em congressos e periódicos quali(s)ficados.  Esta é a melhor forma de mostrar ao seu orientador que você está produzindo conhecimento, e convencê-lo que você é maduro o suficiente para obter um mestrado ou doutorado.
  • 32. Trabalhando Juntos (1)  O trabalho de tese (ou dissertação) tem de interessar a vocês dois;  É uma péssima ideia fazer algo que só interessa a um de vocês.
  • 33. Trabalhando Juntos (2)  Tente fazer uma reunião por semana com seu orientador e faça pelo menos uma por mês;  Mantenha o registro de cada reunião;  Procure sempre ter claro:  o quê você quer fazer;  o quê você está fazendo;  o quê você já fez;  e o quê você ainda falta fazer;
  • 34. Trabalhando Juntos 3  Por causa da inovação, há muita incerteza em um doutorado  É comum mudar-se ou adaptar-se o quê você quer fazer;  Tente progredir continuamente estabelecendo e cumprindo submetas.  Estabeleça junto com seu orientador metas semanais ou mensais para seu trabalho  Sempre que necessário discuta com o orientador seu avanço ou dificuldades frente a estas metas
  • 35. Minha Tese / Dissertação
  • 36. Uma Tese é Difícil de Desenvolver  Persistência e foco são fundamentais para um trabalho de pós-graduação stricto sensu;  Só quem já fez um mestrado sabe o trabalho que dá fazer um mestrado;  Só quem já fez um doutorado sabe o trabalho que dá fazer um doutorado.
  • 37. Sua Dissertação (Thesis)  Desenvolver uma dissertação de mestrado é muito mais difícil que desenvolver um trabalho de final de curso;  O desenvolvimento da dissertação envolve mais esforço e dedicação que a conclusão das disciplinas do programa.
  • 38. Sua Dissertação (Thesis)  A dissertação de mestrado deve conter um trabalho de pesquisa bem embasado e bem executado em termos metodológicos;  Trabalhos relacionados e a fronteira de conhecimento devem ser identificados;  A metodologia deve ser bem estabelecida;  O trabalho deve ser desenvolvido seguindo os preceitos da metodologia científica (incluindo sua avaliação e/ou validação).
  • 39. Sua Tese (Dissertation)  Fazer uma tese de doutorado é muito mais difícil que uma dissertação de mestrado;  A tese de doutorado tem de envolver inovação;  Sugiro que você comece pequeno para terminar grande;  Pense sempre nos grandes problemas, mesmo quando estiver trabalhando em uma pequena parte dele.
  • 40. Sua Tese (Dissertation)  Sua tese tem de ter uma contribuição inovadora, mas não tem de mudar o mundo;  Sua tese tem que demonstrar que você sabe o que está acontecendo no estado da arte do seu tema de trabalho;  Seu trabalho tem que ser cientificamente avaliado e/ou matematicamente validado.  Sua tese tem que ter:  Uma boa fundamentação;  um bom projeto de pesquisa;  desenvolvimento e avaliação rigorosos,  uma boa argumentação,  ser bem escrita.
  • 41. Um Guia Ilustrado para seu Doutorado Apresentação de Matt Might: “The illustrated guide to a Ph.D.” Distribuída através da licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 2.5 License (http://creativecommons.org/licenses/by-nc/2.5/) Você pode distribuir, copiar, modificar e reproduzir desde que mantenha o novo trabalho sob as mesmas condições de licença e referencie o autor original. Você não pode vender ou lucrar com este documento ou qualquer outro derivado do mesmo.
  • 42. Imagine que este círculo contém todo o conhecimento da humanidade
  • 43. Quando você termina o ensino básico, passa a conhecer um pouco
  • 44. Quando você termina o ensino médio, passa a saber um pouco mais
  • 45. Concluindo o ensino superior, aprende mais e passa a ter uma especialidade...
  • 46. Obter um mestrado, aprofunda em sua especialidade
  • 47. Ler e estudar trabalhos científicos te levam à borda do conhecimento humano, em uma determinada área
  • 48. Ao chegar lá e se focar...
  • 49. Você tenta ultrapassar a borda por alguns anos...
  • 50. Até que um dia, ela cede!
  • 51. E, este pequeno ressalto que você causou é chamado de Doutorado
  • 52. É claro que, agora, o mundo te parece diferente...
  • 53. ...mas, não se esqueça de sua posição no círculo maior!!
  • 54. Alguns Requisitos para uma Boa Tese  Deve ser interessante;  Deve valer a pena;  Ter a estrutura correta;  Deve ter o método correto;  Deve ter inovação.
  • 55. Desenvolvendo uma Tese  Professor Carlos Lucena (http://www-di.inf.puc- rio.br/~lucena/) recomenda que sejam observados os seguintes itens: 1) Descrição do problema. Questões que a tese aborda. 2) Limitação do que a pesquisa resolve. 3) Quão significante é o problema? 4) Que conhecimento novo ou método a tese irá gerar? 5) Que experimentos, protótipos, estudo de caso serão realizados para atingir o objetivo? 6) Como será demonstrado que o objetivo foi atingido? 7) Como as contribuições serão medidas?
  • 56. Escrevendo a Minha Dissertação/Tese  Estabeleça o problema — real e não solucionado  Contexto  Escopo  Objetivos Testáveis  Discuta trabalhos relacionados de forma abrangente e afunile para o universo do seu problema  Descreva a abordagem utilizada (metodologia)  Deixe clara a sua contribuição (solução e implementação)  Mostre evidência que o problema foi solucionado e/ou uma contribuição foi dada ao estado da arte  Conclua reforçando quê foi atingido, quais as limitações do trabalho e o quê pode ser feito a partir de agora.  Mantenha a retórica afiada  Siga os padrões de escrita!
  • 57. Ordem de Escrita  Primeiro:  Parte 3 – Minha Contribuição  Segundo:  Parte 4 – Avaliação do Trabalho  Terceiro (ou em paralelo com a Parte 3 e 4):  Parte 2 - Trabalhos Relacionados  Quarto:  Parte 5 - Conclusões  Quinto:  Parte 1 – Introdução  Sexto:  Resumo  Sétimo:  Título
  • 58. O Quê Você Deveria Saber sobre o seu Mestrado e Doutorado Obrigado ! Manoel Mendonça Professor do DCC-IM-UFBA