Fundamentos da Programação 13:
• Polimorfismo de subtipos
• Análise, desenho e implementação
Apresentação 13 da unidade curricular de Fundamentos de Programação da Universidade Europeia. Alterações de Manuel Menezes de Sequeira sobre versão original por vários autores do DCTI do ISCTE-IUL, incluindo Luís Nunes, Ricardo Ribeiro, André Santos e o próprio Manuel Menezes de Sequeira.
2. Paradigmas da programação
Programação orientada por objectos
Modularização em pacotes
2013/2014 Fundamentos de Programação 2
3. public class Employee {
private String name;
private String ssn;
public Employee(final String name, final String ssn) {
this.name = name;
this.ssn = ssn;
}
public String getName() {
return name;
}
public String getSsn() {
return ssn;
}
@Override
public String toString() {
return "(" + getName() + ", " + getSsn() + ")";
}
}
2013/2014 Fundamentos de Programação 3
Que é isto?Veremos à frente…
4. 2013/2014 Fundamentos de Programação 4
Employee
Supervisor
Relação de
generalização
Especialização
Generalização
• Um Supervisor é um Employee.
• Um Employee pode ser um Supervisor.
5. public class Supervisor extends Employee {
private int level;
public Supervisor(final String name,
final String ssn,
final int level) {
…
}
public int getLevel() {
return level;
}
@Override
public String toString() {
return "(" + getName() + ", " + getSsn() + ", "
+ getLevel() + ")";
}
}
2013/2014 Fundamentos de Programação 5
Um Supervisor é um Employee.
Sobrepõe-se ao método com a
mesma assinatura na classe base
Employee.
Novo método específico da
classe Supervisor.
6. 2013/2014 Fundamentos de Programação 6
Employee
Supervisor
Especialização
Generalização
Classe base ou superclasse.
Classe derivada ou subclasse.
7. Classe derivada deriva da classe base
(subclasse deriva da superclasse)
Membros são herdados e mantêm categoria de acesso
Relação é um – Referências do tipo da classe base podem
referir-se a objectos de classes derivadas
Exemplo
Supervisor supervisor = new Supervisor("Guilhermina",
"123456789", 3);
Employee employee = new Supervisor("Felisberto",
"987654321", 5);
2013/2014 Fundamentos de Programação 7
8. Método de classe derivada pode sobrepor-se
a método de classe base
Sobreposição é especialização
Regras
Mesma assinatura e tipo de devolução compatível
Método na classe base não privado e não final
Método na classe derivada com acessibilidade
igual ou superior
2013/2014 Fundamentos de Programação 8
Na realidade tem de ser co-variante, ou seja, o tipo
de devolução do método na classe derivada deriva
de (ou é igual a) o tipo de devolução na classe base.
Um método final não pode ser especializado.
9. Características ou membros podem ser
private – acesso apenas por outros membros da
mesma classe
package-private (sem qualificador) – adicionalmente,
acesso por membros de classes do mesmo pacote
protected – adicionalmente, acesso por membros de
classes derivadas
public – acesso universal
2013/2014 Fundamentos de Programação 9
Acessibilidadecrescente
O Java promove a promisquidade entre objectos…
10. Própria classe
Membros da classe e membros não privados de classes
base
Classe do mesmo pacote
Membros não privados da classe ou suas bases
Classe derivada
Membros protegidos ou públicos da classe ou suas bases
Outra classe
Membros públicos da classe ou suas bases
2013/2014 Fundamentos de Programação 10
11. ArrayList<Employee> employees =
new ArrayList<Employee>();
employees.add(new Employee("João Maria",
"123456789"));
employees.add(new Supervisor("Ana Maria",
"987654321", 4));
…
for (Employee employee : employees)
out.println(employee.toString());
2013/2014 Fundamentos de Programação 11
Qual o método toString() executado?
Invocação da
operação
toString().
12. 2013/2014 Fundamentos de Programação 12
employees : «ref» ArrayList<Employee>
: ArrayList<Employee>
: «ref» Employee
0
: «ref» Employee
1
: Employee
name = “João Maria”
ssn = “123456789”
: Supervisor
name = “Ana Maria”
ssn = “987654321”
level = 4
Possível porque a classe
Supervisor deriva da
classe Employee, ou seja,
possível porque um
Supervisor é (sempre
também) um Employee.
13. 2013/2014 Fundamentos de Programação 13
O resultado depende
do tipo do objecto e
não do tipo da
referência! Isso
acontece porque o
método toString é
polimórfico ou virtual.
_(João Maria, 123456789)
_
(João Maria, 123456789)
(Ana Maria, 987654321, 4)
_
14. Capacidade de um objecto tomar várias
formas
A forma descrita pela classe a que pertence
As formas descritas pelas classes acima na
hierarquia a que pertence
Objecto pode ser referenciado por
referências do tipo da classe a que pertence
ou de classes acima na hierarquia (mais
genéricas)
2013/2014 Fundamentos de Programação 14
15. Seja p(x) uma propriedade demonstrável acerca
de objectos x do tipo B. Então, p(y) também
deve verificar-se para objectos y do tipo D onde
D é um subtipo de B.
Barbara H. Liskov e Jeannette M.Wing, «A Behavioral Notion of Subtyping»,
ACMTransactions m Programming Languages and Systems,Volume 16, N.º 6,
Novembro de 1994, pp. 1811-1841.
Ver http://en.wikipedia.org/wiki/Liskov_substitution_principle.
2013/2014 Fundamentos de Programação 15
Tem de ser o programador a
garantir que este princípio se
verifica!
17. Uma operação polimórfica ou virtual pode ter várias
implementações
A uma implementação de uma operação chama-se
método
A uma operação polimórfica podem corresponder
diferentes métodos, cada um em sua classe
Todas as operações em Java são polimórficas, com
excepção das qualificadas com private
Uma classe é polimórfica se tiver pelo menos uma
operação polimórfica
2013/2014 Fundamentos de Programação 17
18. Invoca-se uma operação sobre um objecto de uma classe
para atingir um objectivo
Invocação de uma operação leva à execução do método
apropriado, ou seja, leva à execução da implementação
apropriada da operação
Polimorfismo
Invocação de uma operação pode levar à execução de
diferentes métodos
Método efectivamente executado depende da classe do objecto
sobre o qual a operação é invocada
Método executado não depende do tipo da referência para o
objecto utilizado
2013/2014 Fundamentos de Programação 18
Simplificação… invocações internas podem levar à
execução de métodos privados directamente.
19. public class Employee extends Object {
private String name;
private String ssn;
public Employee(final String name, final String ssn) {
this.name = name;
this.ssn = ssn;
}
public String getName() {
return name;
}
public String getSsn() {
return ssn;
}
@Override
public String toString() {
return "(" + getName() + ", " + getSsn() + ")";
}
}
2013/2014 Fundamentos de Programação 19
Agora percebe-se!A classe Object declara a
operação toString() e define imediatamente um
correspondente método. Esta é uma sua
especialização.
Se uma classe não derivar explicitamente de
outra, derivará implicitamente da classe Object,
que está no topo da hierarquia de classes do Java.
20. Ligação (binding)
Associação entre a invocação de uma operação e a
execução de um método
Ligação estática
Operações não polimórficas, invocações através de super
Associação estabelecida em tempo de compilação
Ligação dinâmica
Operações polimórficas
Associação estabelecida apenas em tempo de execução
2013/2014 Fundamentos de Programação 20
Que é isto?Veremos à frente…
21. Classe derivada não é obrigada a fornecer
método para operação da classe base
Classe base pode proibir às classes derivadas a
sobreposição de um seu método, que se dirá ser
um método final
Razão para um método ser final:
Programador que forneceu o método na classe base
entendeu que classes derivadas não deveriam poder
especializar o modo de funcionamento desse método
2013/2014 Fundamentos de Programação 21
22. public class Base {
public String className() {
return "Base";
}
}
public class Derived extends Base {
@Override
public String className() {
return "Derived";
}
public void testCalls() {
final Base base = (Base)this;
out.println("Through this: " + this.className());
out.println("Through base: " + base.className());
out.println("Through super: " + super.className());
}
}
2013/2014 Fundamentos de Programação 22
_Through this: Derived
_
Through this: Derived
Through base: Derived
_
Through this: Derived
Through base: Derived
Through super: Base
_
23. Veículo
Motociclo
Automóvel
Honda NX 650
AudiTT
2013/2014 Fundamentos de Programação 23
Vehicle
Car
Motorcycle
AudiTt
HondaNx650
Análise inicial pode resultar
num dicionário ou glossário do
domínio.
24. Um Automóvel é umVeículo
Um Motociclo é umVeículo
Uma Honda NX 650 é um Motociclo
Um AudiTT é um Automóvel
2013/2014 Fundamentos de Programação 24
Vehicle
Car Motorcycle
AudiTt HondaNx650
Pode refinar-se o dicionário ou
glossário do domínio,
acrescentando as relações
entre conceitos.
26. public class Vehicle {
…
}
public class Car extends Vehicle {
…
}
public class Motorcycle extends Vehicle {
…
}
public class HondaNx650 extends Motorcycle {
…
}
public class AudiTt extends Car {
…
}
2013/2014 Fundamentos de Programação 26
27. Conceito abstracto – Sem instâncias no domínio em
causa
Conceito concreto – Com instâncias no domínio em
causa
Conceitos identificados são abstractos ou concretos?
Dependendo do domínio e seu modelo…
Veículo abstracto; Automóvel concreto;AudiTT caso
particular de Automóvel
Veículo e Automóvel abstractos; AudiTT concreto
2013/2014 Fundamentos de Programação 27
28. HIPÓTESE 1 HIPÓTESE 2
2013/2014 Fundamentos de Programação 28
Vehicle
Car Motorcycle
Vehicle
Car Motorcycle
AudiTt HondaNx650
As classes abstractas, correspondentes
aos conceitos abstractos, têm o nome
em itálico.
É boa prática que as classes concretas
sejam folhas na hierarquia.
29. public abstract class Vehicle {
…
}
public class Car extends Vehicle {
…
}
public class Motorcycle extends Vehicle {
…
}
2013/2014 Fundamentos de Programação 29
30. public abstract class Vehicle {
…
}
public abstract class Car extends Vehicle {
…
}
public abstract class Motorcycle extends Vehicle {
…
}
public class HondaNx650 extends Motorcycle {
…
}
public class AudiTt extends Car {
…
}
2013/2014 Fundamentos de Programação 30
31. public class Position {
private final double x;
private final double y;
public Position(final double x, final double y) {
this.x = x;
this.y = y;
}
public final double getX() {
return x;
}
public final double getY() {
return y;
}
…
}
2013/2014 Fundamentos de Programação 31
Tipo de referência, pois é uma
classe. Mas classe de valor, pois
o que conta é a igualdade, e
não a identidade.
32. public class Size {
private final double width;
private final double height;
public Size(final double width,
final double height) {
this.width = width;
this.height = height;
}
public final double getWidth() {
return width;
}
public final double getHeight () {
return height;
}
…
}
2013/2014 Fundamentos de Programação 32
Apesar de ter também dois
atributos do tipo double, um
Size não é uma Position.
Tipo de referência, pois é uma
classe. Mas classe de valor, pois
o que conta é a igualdade, e
não a identidade.
33. public class Box {
private final Position topLeftCornerPosition;
private final Size size;
public Box(final Position topLeftCornerPosition,
final Size size) {
this.topLeftCornerPosition = topLeftCornerPosition;
this.size = size;
}
public final Position getTopLeftCornerPosition() {
return topLeftCornerPosition;
}
public final Size getSize() {
return size;
}
…
}
2013/2014 Fundamentos de Programação 33
Uma Box não é nem uma Position,
nem um Size, mas é representada
por uma Position e por um Size.
Tipo de referência, pois é uma
classe. Mas classe de valor, pois
o que conta é a igualdade, e
não a identidade.
34. Figura
Forma (abstrato)
Círculo
Quadrado
2013/2014 Fundamentos de Programação 34
Figure
Circle
Shape
Square
35. Uma Figura é composta de Formas
Um Círculo é uma Forma
Um Quadrado é uma Forma
2013/2014 Fundamentos de Programação 35
Shape
Circle Square
Figure
Relação de
composição.
37. public class Figure {
private ArrayList<Shape> shapes;
…
}
public abstract class Shape {
…
}
public class Circle extends Shape {
…
}
public class Square extends Shape {
…
}
2013/2014 Fundamentos de Programação 37
Tipos de referência, pois são
classes.Classes de referência,
pois o que conta é a identidade,
e não a igualdade.
38. public abstract class Shape {
private Position position;
public Shape(final Position position) {
this.position = position;
}
public final Position getPosition() {
return position;
}
public abstract double getArea();
public abstract double getPerimeter();
public abstract Box getBoundingBox();
public void moveTo(final Position newPosition) {
position = newPosition;
}
}
2013/2014 Fundamentos de Programação 38
Operações
abstractas, ou seja,
operações sem
qualquer
implementação
disponível até este
nível da hierarquia.
Qual a área de uma
“forma”??
Tipo de referência, pois é uma
classe. Classe de referência,
pois o que conta é a identidade,
e não a igualdade.
39. public class Circle extends Shape {
private double radius;
public Circle(final Position position,
final double radius) {
super(position);
this.radius = radius;
}
public final double getRadius() {
return radius;
}
…
2013/2014 Fundamentos de Programação 39
Um Circle é uma Shape e a classe Circle
herda a implementação da classe Shape.
É necessário apenas um
atributo adicional,
correspondente a uma
das duas propriedades de
um círculo (o raio), já que
a posição do centro é
herdada da classe Shape.
Uma ajudinha da
classe base…
Tipo de referência, pois é uma
classe. Classe de referência,
pois o que conta é a identidade,
e não a igualdade.
40. …
@Override
public double getArea() {
return Math.PI * getRadius() * getRadius();
}
@Override
public double getPerimeter() {
return 2.0 * Math.PI * getRadius();
}
@Override
public Box getBoundingBox() {
return new Box(
new Position(getPosition().getX() - getRadius(),
getPosition().getY() - getRadius()),
new Size(2.0 * getRadius(), 2.0 * getRadius())
);
}
}
2013/2014 Fundamentos de Programação 40
Fornece-se implementações,
ou seja, métodos, para cada
uma das operações
abstractas da classe Shape.
Qual a área de um
círculo? Fácil, π × r2.
43. Uma operação com qualificador abstract é uma
simples declaração da operação
Uma operação sem qualificador abstract inclui
também a definição de um método
correspondente, que a implementa
Uma classe com uma operação abstracta tem de
ser uma classe abstracta
Uma classe é abstracta se tiver o qualificador
abstract
2013/2014 Fundamentos de Programação 43
44. Uma classe não abstracta diz-se uma classe
concreta
Uma classe abstracta não pode ser instanciada,
i.e., não se podem construir objectos de uma
classe abstracta
Uma classe derivada directamente de uma
classe abstracta só poderá ser concreta se
implementar cada uma das operações
abstractas da classe abstracta
2013/2014 Fundamentos de Programação 44
45. Generalização – Relação entre duas classes, base e derivada, em
que a derivada especializa a base, que por sua vez generaliza a
derivada
Polimorfismo – Um mesmo objecto pode ser visto de formas
diferentes consoante o tipo da referência usada para o referenciar:
uma mesma referência pode referenciar objectos de diferentes
classes
Operação abstracta – Uma operações declarada numa dada classe
mas não implementada nessa classe
Classe abstracta – Uma classe que não pode ser instanciada, i.e.,
da qual não existem objectos; usualmente as classes abstractas
têm pelo menos uma operação abstracta
2013/2014 Fundamentos de Programação 45
46. Polimorfismo de subtipos
Classes e operações polimórficas
Herança
Ligação estática e ligação dinâmica
Classes abstractas e classes concretas
Operações abstractas
Análise, desenho e implementação
Dicionário do domínio
Conceitos
Conceitos concretos e conceitos abstractos
2013/2014 Fundamentos de Programação 46
Hinweis der Redaktion
SSN – Social Security Number (nos EUA tem 9 dígitos)
A palavra-chave “extends” denota simultaneamente uma herança de código e o estabelecimento de uma relação de generalização/especialização, ou seja, uma relação “é um”.
Em vez de “especialização” podemos usar “derivação”.
O termo em inglês correspondente a “sobrepor” é “override”.
Pode falar-se na especialização de operações.
Da covariância não vamos falar agora. Fica a ideia de que existe semelhante coisa.
Não se pode reduzir a acessibilidade ao especializar.
A covariância complica-se um pouco quando se introduz a noção de interface.
Sendo A o conjunto das classes que tem acesso aos membros públicos, B o conjunto das que têm acesso aos membros protegidos e C e D os conjuntos correspondentes às categorias package-private e private, então:
A contém B, que contém C, que contém D
Fazer diagrama de Venn
A interface de uma classe corresponde àquilo a que uma dada entidade tem acesso. Havendo quatro categorias de acesso, há também quatro diferentes interfaces para uma classe:
Interface para a própria classe: é a interface do produtor.
Interface para uma classe do mesmo pacote: é a interface vista pelos produtores de classes do mesmo pacote, que são meros consumidores da classe em causa.
E assim sucessivamente.
O ciclo for está escrito na forma for-each. A variável employee toma sucessivamente os valores dos elementos do vector. Não esquecer que os elementos do vector são referências, tal como a variável employee. A invocação explícita de toString() é dispensável.
Em Java quase todos os métodos são polimórficos.
No fundo o polimorfismo reflecte a ambiguidade (desejada!) da expressão “é um”, usada neste caso para relacionar instâncias com classes: “Este objecto é uma Honda NX 650/mota/veículo terrestre/veículo.” Podemos dizer que “este objecto, no sentido estrito, é uma Honda NX 650”, se quisermos ser mais precisos.
As classes através da extensão ou derivação, formam uma hierarquia em que as classes mais genéricas estão no topo. Como em Java uma classe não pode derivar de mais do que uma outra classe, esta hierarquia forma uma árvore invertida.
Este princípio é essencial. As linguagens de programação em geral não dão qualquer apoio na garantia de que o princípio é aplicado. Tem de ser o programador a garanti-lo. Como? Ver-se-há mais tarde, mas podemos adiantar a ideia essencial: os contratos dos métodos especializados têm de ser compatíveis com os contratos dos métodos a que se sobrepõem.
Só mais um exemplo. A invocação explícita de toString() é dispensável.
Note-se que há aqui uma subtileza: todas as classes que sobrepõem uma implementação especializada à implementação de uma dada operação que herdaram, estão também, de alguma forma, a declarar uma nova operação especializada. Esta noção é importante porque são as operações, com os respectivos contratos, que formam a interface das classes. Se os contratos forem compatíveis, pode-se dizer não apenas que uma operação pode ser implementada por vários métodos, como também que um método implementa várias operações.
É extremamente importante fixar o significado dos adjectivos “estático” e “dinâmico” no âmbito das linguagens de programação. Para já basta fixar que por “estático” entende-se algo que tem lugar durante a compilação e por “dinâmico” entende-se algo que tem lugar durante a execução de um programa.
Um exemplo interessante para apresentar neste diapositivo é o do método toString(). Se se quiser evitar repetições de código, pode recorrer-se a um método auxiliar, por exemplo toKernelString, que produz uma cadeia com os valores das propriedades separados por vírgulas sem colocar os parênteses:
class Employee {
…
protected String toKernelString() {
return getName() + “, “ + getSsn();
}
public final String toString() {
return “(“ + toKernelString() + “)”;
}
…
}
class Supervisor extends Employee {
@Override
protected String toKernelString() {
return super.toKernelString() + “, “ + getLevel();
}
}
Note-se a utilização de protected, de @Override e de final.
Note-se que isto corresponde ao padrão de desenho template method.
Relações reflectem também colaborações. Note-se que durante a análise também se identificam as responsabilidades (dos objectos) das classes.
A ideia é que no desenho já se indicam claramente não só classes e relações, mas também operações e propriedades (que permitem às classes/objectos assumirem as responsabilidades que é suposto terem).
Convém aqui frisar que o UML não tem representação para as propriedades de uma classe. Assim, é talvez recomendável colocar o esterótipo «properties» na caixa dos atributos e definir as propriedades como se de atributos se tratasse. Isto é discutível, no entanto.
Passagem ao código. Numa primeira fase o código reflecte directamente o desenho. Depois, desenvolvem-se os testes e a implementação.
Note-se que aqui se fala da relação “é um” (para relacionar instâncias com classes) no sentido estrito! Por exemplo, posso dizer que “no sentido estrito, nenhum objecto no mundo é um veículo, pois a noção de veículo é abstracta”. Mas não posso simplesmente dizer que “nenhum objecto no mundo é um veículo”, pois isso é manifestamente falso.
Note-se que a notação usada é o UML (Unified Modelling Language).
Começamos por apresentar algumas ferramentas úteis. Uma classe cujas instâncias representam posições no plano.
Uma classe para representar “diimensões” ou “tamanhos” de caixas no plano.
Uma classe para representar caixas no plano, sendo as caixas rectângulos com lados paralelos aos eixos coordenados.
Notar que a relação de composição é muito diferente da relação de generalização. Uma relaciona um todo com as suas partes. A outra relaciona uma classe mais genérica com uma classe mais específica.
Pode chamar-se a atenção aqui para o facto de no primeiro exemplo a utilização de herança ser, no mínimo, discutível. Afinal, empregado e supervisor não são entidades, mas sim qualidades que pessoas tomam e nem sequer de forma permanente. Um empregado é uma pessoa com um contrato com uma dada entidade, singular ou colectiva. Um supervisor é uma pessoa com um contrato especial que o responsabiliza por uma unidade orgânica e lhe dá poderes de chefia sobre os respectivos empregados.
Os conceitos abstractos têm tipicamente determinadas propriedades e comportamentos que só se podem definir com rigor para os conceitos concretos que os especializam.
É muito importante distinguir aqui dois efeitos: o da herança e o do estabelecimento da relação “é um”. É o último efeito que introduz o polimorfismo nesta “equação”. Mas tarde se verá que a classes podem implementar interfaces, não herdando nada delas, pelo que o Java permite um tipo de “derivação” em que só se estabelece a relação “é um” (ou “comporta-se como um”).