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HOSPITAIS DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA
SERVIÇO DE CIRURGIA CARDIOTORÁCICA
RELATÓRIO DE OPERAÇÃO                                                                  DATA: 11.09.00

NOME: MANUEL COSTA CONCEIÇÃO                               Nº: 19380500524             IDADE: 62 Anos
DIAGNÓSTICO: Insuficiência mitral severa.
OPERAÇÃO: Plastia mitral com anel de Carpentier Physio de 34mm.
CIRURGIÃO: Dr. Ferrão de Oliveira
AJUDANTES: Dr. Rodolfo Lucero + Dra. Carla Soares
ANESTESISTA: Dr. Manuel Carreira

HISTÓRIA: Doente que tem conhecimento de ter sopro cardíaco há cerca de 6 anos, tem estado
assintomático, até pouco tempo, para as actividades quotidianas. Nos últimos seis meses, teve
agravamento do seu quadro sintomatológico, com o aparecimento de cansaço e dispneia para pequenos
esforços. Está em classe III da NYHA. Eco-2D-Doppler: VE moderadamente dilatado, com diâmetros de
74/52mm. F. enc. 30%. AE ligeiramente dilatada. Cavidades dtªs não dilatadas. Válvula mitral com
regurgitação grau IV/IV, por prolapso do folheto posterior. Cateterismo / Angiografia: VE com boa
função. Insuficiência mitral severa. F. ej. 51%. Coronárias normais. Aortografia: normal.

PATOLOGIA: Coração com dilatação marcada, por dilatação do VE. AE de pequena dimensão. Válvula
mitral apresentava-se em geral com fibrose moderada, mas com comissuras normais. Anel valvular
marcadamente dilatado e na porção média do folheto posterior da válvula mitral, havia uma zona mais
fibrosada e que prolapsava marcadamente, devido a ruptura de cordas a esse nível. Pressões medidas
antes de CEC: AE onda v 15mmHg, média 9mmHg; VE 75/7mmHg; VD sist. 20mmHg; Ao 75/50mmHg;
não havia gradiente telediastólico transmitral; não havia gradiente sistólico transaórtico.

OPERAÇÃO: Esternotomia mediana. Incisão longitudinal do pericárdio. Instituição do circuito de CEC por
cânula arterial colocada na aorta ascendente e drenagem venosa por duas cânulas colocadas nas veias
cavas superior e inferior. Inicio da CEC e arrefecimento do doente a 28ºC de temperatura rectal.
Clampagem aórtica e feita perfusão de solução cardioplégica por catéter colocado na raiz da aorta. Foi
feita uma incisão de auriculotomia esqª paralela ao sulco interauricular. Após exploração da anatomia,
procedeu-se à excisão quadrangular da porção da valva posterior, que estava envolvida com ruptura de
cordas e a válvula restante foi suturada com pontos separados de prolene 5/0. A válvula foi testada
verificando-se não haver outras zonas prolapsantes. Posteriormente, procedeu-se à implantação de um
anel de Carpentier Physio de 34mm, o qual foi fxado com pontos separados de ti-cron 3/0. De seguida,
                                                  i
fez-se novo o teste da competência da válvula, com soro sob pressão por catéter colocado na ponta do
VE, que mostrou uma válvula bem competente. Inicio do reaquecimento do doente. Encerramento da
auriculotomia esqª com sutura contínua de prolene 3/0. Expurga do ar das cavidades esqªs e retirado o
clamp aórtico. Com o doente reaquecido a 34,5ºC de temperatura rectal e a hemodinâmica estabilizada, a
CEC foi terminada sem dificuldades. Pressões medidas nesta fase: AE onda V 10mmHg, média 8mmHg;
VE 60/7mmHg; VD sist. 30mmHg; Ao 60/40mmHg; não havia gradiente sistólico transaórtico e não havia
gradiente mitral telediastólico. O eco transesofágico feito nesta fase mostrou um anel de Carpentier bem
implantado e uma válvula mitral sem insuficiência. Revisão da hemostase. Administração de protamina e
retiradas as cânulas de CEC. Colocação de fio de pace-maker epicárdico transitório. Colocação de drenos
torácicos no saco pericárdico e no mediastino anterior. Encerramento do pericárdio com sutura contínua
de ti-cron 3/0. Encerramento do esterno com pontos separados de fio de aço. A pele e o tecido celular
subcutâneo foram suturados segundo a técnica em uso no Serviço. Tempo de CEC: 91 min. Tempo de
clampagem aórtica: 61 min.




DR. FERRÃO DE OLIVEIRA


C/c: Dr. João Rosa Pais (Cardiologista Assistente)
     Dr. João David (Médico de Família)
FO/IF

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