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Brasil Colonial.....Invasões Francesas No Brasil -
Resumo, História
História, Quando Aconteceu, Resumo, Contexto
Histórico Das Invasões Francesas No Brasil Colonial, A
Invasão De 1555, França Antártica E França
Equinocial
Invasões Francesas
- Partida de Estácio
de Sá (Benedito
Calixto)
Contexto histórico das invasões francesas
As descobertas territoriais feitas por portugueses e
espanhóis no final do século XV e início do XVI e os
lucros advindo da exploração colonial, deixaram
outras nações europeias interessadas neste
empreendimento. Após o Tratado de Tordesilhas, que
dividiu as recém-descobertas terras entre espanhóis e
portugueses, aumentou muito o descontentamento dos
países que ficaram de fora como, por exemplo,
Holanda, França e Inglaterra. Estes países começaram
então investir na invasão das terras recém-descobertas,
entre elas as colônias portuguesas, principalmente o
Brasil.
Embora tenha investido na colonização,
principalmente através do estabelecimento de um
sistema administrativo (governo-geral) e da cultura da
cana-de-açúcar, Portugal teve dificuldades em proteger
o extenso litoral brasileiro.
Os franceses no Brasil
Objetivos
- Os franceses tinham como objetivo principal fundar
uma colônia em território brasileiro para poder
participar ativamente do lucrativo e novo mercado da
exploração colonial.
- Franceses protestantes queriam também fundar uma
colônia no Brasil para viverem longe da perseguição
religiosa que sofriam na França.
O contrabando de pau-brasil
Já na época da exploração do pau-brasil, início do
século XVI, os franceses fizeram várias incursões no
litoral brasileiro com o objetivo de fazer o contrabando
desta madeira.
A França Antártica
Em 1555, franceses calvinistas invadiram o Brasil, na
região do Rio de Janeiro. Estes franceses estavam
fugindo da perseguição religiosa executada pela corte
francesa. Liderados pelo almirante Nicolau
Villegaignon, fundaram, na região do atual município
do Rio de Janeiro, uma colônia francesa chamada de
França Antártica. Os franceses obtiveram o apoio
militar dos índios tamoios, que eram inimigos dos
portugueses.
O governo-geral de Mem de Sá contou com o apoio dos
jesuítas José de Anchieta e Manuel da Nobrega, que
convenceram os índios tamoios a abandonarem a
aliança que tinham com os franceses.
Mem de Sá conseguiu também reforços militares
portugueses, liderados por Estácio de Sá. Desta forma,
os portugueses conseguiram expulsar os franceses do
Rio de Janeiro em 1567.
França Equinocial
Em 1612 os franceses fizeram sua segunda tentativa de
invadir e fundar uma colônia no Brasil. Desta vez
escolherem a região do Maranhão. Liderados pelo
general Daniel de La Touche, os franceses invadiram e
fundaram a França Equinocial. Para proteger a região
conquistada, construíram um forte, chamado de Forte
de São Luís.
As autoridades portuguesas organizaram várias e
poderosas expedições militares para atacar e expulsar
os franceses do Maranhão. A capitulação francesa
ocorreu em novembro de 1615, quando eles foram
expulsos da região.
Engenho Colonial No Brasil - Resumo, Partes, O Que
Era
Engenho Colonial No Brasil, Resumo, Partes, História
Do Brasil, Moenda, Capela, Senzala, Casa-Grande
Moenda: uma das
principais
instalações do
engenho colonial
O que era o engenho colonial
Era a unidade de produção de açúcar no Brasil
Colonial. Compreendia as terras cultivadas, instalações
voltadas para a produção de açúcar e moradias. Eram
propriedades dos senhores de engenho, ricos
proprietários rurais que produziam açúcar para a
exportação.
Partes do engenho colonial:
- Casa-grande: residência da do senhor de engenho e
sua família. Era o centro de poder do engenho colonial.
- Senzala: moradia dos escravos que trabalhavam no
engenho. Era, geralmente, um local rústico e pouco
adequado a moradia humana em função de suas
péssimas condições. Na maioria dos engenhos, havia
correntes onde os escravos eram acorrentados a noite,
para evitar fugas.
- Casa dos trabalhadores livres: pequenas residências
simples que seriam de moradia para os empregados do
engenho que não eram escravos. Habitavam estas casas
os funcionários do engenho como, por exemplo,
capatazes, operadores das máquinas do engenho e
outros funcionários especializados. Estes recebiam
salários pelos serviços prestados e, geralmente, eram
brancos ou mulatos.
- Moenda: maquinário usado no processo de
fabricação do açúcar. Era uma espécie de triturador
composto por rolos, que servia para esmagar a cana-
de-açúcar a fim de se obter o caldo da cana. O moenda
podia funcionar através da força (energia) gerada por
bois, água (através de moinho de água) ou humana
(escravos).
- Capela: local onde ocorriam as missas e outros rituais
religiosos (casamentos, batismos e etc.). De origem
portuguesa, a maioria dos senhores de engenho e sua
família eram católicos. Em muitos engenhos, os
senhores obrigavam os escravos a assistirem as missas.
- Canavial: correspondia a cerca de 20% do engenho
colonial. Era o espaço destinado ao plantio da cana-de-
açúcar.
- Curral: local onde eram criados os animais usados no
engenho colonial. Os bois e cavalos eram usados no
transporte de pessoas e mercadorias. Já as vacas e
porcos eram criados para a produção de carne voltada
para o consumo interno do engenho.
- Plantações de subsistência: geralmente cultivadas
pelos trabalhadores livres, eram destinadas a produção
de verduras e legumes para o consumo no engenho.
- Rio: geralmente os engenhos de açúcar eram
instalados em áreas próximas aos rios. Como não havia
sistema de água encanada na época, os rios eram de
fundamental importância para a irrigação dos
canaviais e também para a obtenção de água para o
consumo humano e animal. Em muitos engenhos havia
uma roda d’água que servia para gerar energia e
movimentar a máquina de moer cana.
- Reserva florestal: parte da vegetação nativa era
preservada. Nestas matas, eram retiradas madeiras
que serviam para abastecer os fogões a lenha do
engenho.
Você sabia?
No começo da colonização do Brasil (segunda metade
do século XVI), a palavra engenho era usada para
designar apenas as máquinas usadas na produção de
açúcar.
Revoltas Emancipacionistas No Brasil Colonial -
Resumo, Causas, Exemplos
História Das Revoltas Emancipacionistas No Brasil
Colonial, Causas, Exemplos, Resumo, Contexto
Histórico, O Que Foram
Revolução
Pernambucana:
exemplo de revolta
emancipacionista
O que foram
As revoltas emancipacionistas foram movimentos
sociais ocorridos no Brasil Colonial, caracterizados
pelo forte anseio de conquistar a independência do
Brasil com relação a Portugal. Estes movimentos
possuíam certa organização política e militar, além de
contar com forte sentimento contrário à dominação
colonial.
Causas principais
- Cobrança elevada de impostos de Portugal sobre o
Brasil.
- Pacto Colonial - Brasil só podia manter relações
comerciais com Portugal, além de ser impedido de
desenvolver indústrias.
- Privilégios que os portugueses tinham na colônia em
relação aos brasileiros.
- Leis injustas, criadas pela coroa portuguesa, que
tinham que ser seguidas pelos brasileiros.
- Falta de autonomia política e jurídica, pois todas as
ordens e leis vinham de Portugal.
- Punições violentas contra os colonos brasileiros que
não seguiam as determinações de Portugal.
- Influência dos ideais do Iluminismo e dos movimentos
separatistas ocorridos em outros países (Independência
dos Estados Unidos em 1776 e Revolução Francesa em
1789).
Principais revoltas emancipacionistas
Conjuração Mineira
Foi um movimento separatista ocorrido na cidade de
Vila Rica (Minas Gerais) no ano de 1789. Teve como
principal causa os altos impostos cobrados sobre o
ouro explorado nas regiões das minas e também da
criação da derrama. Teve como líderes intelectuais,
poetas, militares, padres e até um alferes (Tiradentes).
Tinha como objetivo, após a independência, implantar
o sistema republicano no Brasil, criar uma nova
Constituição e incentivar o desenvolvimento industrial.
O movimento foi denunciado ao governo, que o
reprimiu com violência. Os líderes foram condenados a
prisão ou exílio. Tiradentes foi condenado a morte na
forca. Saiba mais.
Conjuração Baiana
Foi uma rebelião popular, de caráter separatista,
ocorrida na Bahia em 1798. Teve a participação de
pessoas do povo, ex-escravos, médicos, sapateiros,
alfaiates, padres, entre outros segmentos sociais. Teve
como causa principal exploração de Portugal,
principalmente no tocante a cobrança elevada de
tributos. Defendiam a liberdade com relação a
Portugal, a implantação de um sistema republicano e
liberdade comercial. Após vários motins e saques, a
rebelião foi reprimida pelas forças do governo, sendo
que vários revoltosos foram presos, julgados e
condenados. Saiba mais.
Revolução Pernambucana
Foi um movimento separatista ocorrido em
Pernambuco em 1817. Teve como causas principais a
exploração metropolitana e a cobrança de impostos
sobre os colonos brasileiros. Teve a participação da
classe média, populares, padres, militares e membros
da elite. Motivados pelos ideais iluministas (liberdade e
igualdade), os revoltosos pretendiam libertar o Brasil
do domínio português e instalar o sistema republicano
no país. Assim como os outros movimentos, foi
reprimido fortemente pelas forças militares do
governo. Os líderes foram presos e alguns participantes
condenados à morte. Saiba mais.
Expansão Territorial Do Brasil - Resumo, Período
Colonial, História
História Da Expansão Territorial Do Brasil Colonial,
Causas, Resumo, Como Foi, Bandeirantes, Conquista
Do Interior
Bandeirantes:
importante
papel na
expansão
territorial do
Brasil
Início da colonização
Até o começo do século XVII, os colonizadores se
concentraram em cidades fundadas na região litorânea
do Brasil, principalmente no Nordeste. A principal
atividade era a produção de açúcar, e grande parte dos
engenhos estava instalada nas capitanias da Bahia e
Pernambuco.
Na segunda metade do século XVII, com o aumento da
criação de gado extensiva, a ocupação do território
nordestino avançou para o interior. Neste período
começaram a surgir os currais, que eram grandes
fazendas voltadas para a pecuária. Neste contexto,
ocorreu a ocupação do vale do rio São Francisco e
parte do sertão nordestino.
A ocupação da região amazônica
Com a presença de estrangeiros na região amazônica
no século XVII, a coroa portuguesa organizou e enviou
para a região várias expedições militares para expulsar
os invasores. Vilas, que mais tarde dariam origem a
cidades, foram fundadas na região amazônica por
integrantes destas expedições.
A expansão pela região amazônica também foi
favorecida por uma atividade econômica muito
lucrativa no século XVII: a exploração das drogas do
sertão (ervas medicinais e aromáticas, guaraná,
pimenta, cravo e castanhas). Muitos se embrenharam
pela floresta amazônica para coletar estas drogas e
vender para comerciantes que as comercializavam na
região nordestina e também na Europa.
A expansão territorial da região centro-sul do Brasil
Nos séculos XVII e XVIII, a expansão territorial no
centro-sul do Brasil foi impulsionada pelas bandeiras.
Estas expedições, organizadas pelos bandeirantes
paulistas, tinham como objetivos principais o
aprisionamento de índios, a busca de pedras e metais
preciosos e a recuperação de escravos foragidos. Os
bandeirantes entraram para o interior das regiões
sudeste, sul e central do Brasil, indo além do
estabelecido pelo Tratado de Tordesilhas, explorando e
conquistando territórios. Neste contexto, várias vilas
foram fundadas, favorecendo a ocupação destas
regiões.
Em meados do século XVII, os bandeirantes
encontram várias minas de ouro em áreas de Minas
Gerais, Goiás e Matogrosso. Após estas descobertas,
começou o Ciclo do Ouro, deslocando o eixo de
desenvolvimento econômico do Nordeste para as
regiões central e sudeste do Brasil. Várias cidades
foram fundadas e se desenvolveram rapidamente com
a renda gerada pela exploração do ouro.
A expansão territorial no sul do Brasil
Com o auge da exploração do ouro no século XVIII, a
região sul também prosperou. A criação de gado para
o abastecimento de carne para a região aurífera fez
com que várias vilas e cidades se desenvolvessem na
região interior do sul do Brasil.
Crise Do Açúcar No Brasil Colonial - Resumo, Causas,
História
Causas Da Crise Do Açúcar No Brasil Colonial,
Resumo, História, Drogas Do Sertão, Economia
Açucareira
Concorrência
holandesa foi
principal causa da
crise do açúcar
Introdução
A produção e exportação de açúcar para o mercado
europeu foi a principal atividade econômica brasileira
no século XVI e começo do XVII. Os engenhos de
açúcar, instalados principalmente no Nordeste,
fabricavam este produto que gerava muita riqueza
para os senhores de engenho, para a coroa portuguesa
(que recebia impostos) e também para os comerciantes
holandeses (responsáveis pelo transporte, refino e
comercialização de açúcar).
Principais causas da crise do açúcar
- A União Ibérica (1580 a 1640), que estabeleceu o
domínio da Espanha sobre Portugal e suas colônias.
Este fato fez com que os espanhóis tirassem os
holandeses da lucrativa atividade açucareira brasileira,
expulsando-os do Nordeste brasileiro. Após este fato os
holandeses passaram a produzir açúcar em suas
colônias nas Antilhas.
- Os holandeses conheciam o processo de fabricação de
açúcar e tinham o controle sobre a distribuição e
comercialização deste produto. Logo, conseguiram
conquistar os grandes mercados consumidores
rapidamente, deixando o açúcar produzido no Brasil
em segundo plano no mercado internacional. A
concorrência holandesa foi, portanto, uma das
principais causas da crise do açúcar brasileiro no
período colonial, pois eles conseguiram produzir
açúcar mais barato e de melhor qualidade do que o
brasileiro.
Vale ressaltar que, apesar da crise, a produção e
exportação de açúcar permaneceram como principais
atividades econômicas até o apogeu do Ciclo do Ouro
(segunda metade do século XVIII).
Busca de novos recursos na colônia brasileira
A crise do açúcar reduziu drasticamente os lucros dos
senhores de engenho do Nordeste e também diminuiu a
arrecadação de impostos, provocando uma crise
financeira em Portugal. A coroa portuguesa
rapidamente agiu em busca de uma nova forma de
exploração colonial.
Neste sentido, a coroa portuguesa estimulou a
produção de outros gêneros agrícolas no Brasil como,
por exemplo, tabaco e algodão. Incentivou também a
busca pelas drogas do sertão na região da Amazônia.
Estas nada mais eram do que especiarias (canela, ervas
aromáticas e medicinais, cacau, castanha-do-pará,
baunilha, cravo e guaraná) muito apreciadas na
Europa. O rei de Portugal viu, nesta atividade, uma
nova fonte de renda e desenvolvimento de sua principal
colônia. As entradas e bandeira tiveram papel
fundamental na busca por estas especiarias.
Sociedade Açucareira No Brasil Colonial - Resumo,
Características
História, Resumo, Grupos Sociais, A Sociedade
Patriarcal, Características Principais, Contexto
Histórico, Crise
Sociedade
açucareira:
patriarcal e
escravista
Introdução
Denominamos de sociedade açucareira aquela
referente ao Ciclo do Açúcar na História do Brasil.
Esta sociedade se desenvolveu, principalmente, na área
litorânea do Nordeste brasileiro (regiões produtoras de
açúcar) entre os séculos XVI e XVII.
Principais características da sociedade açucareira:
- Sociedade composta basicamente por três grupos
sociais: senhores de engenho (aristocracia), homens
livres e escravos.
- Sociedade patriarcal: poder concentrado nas mãos
dos homens, principalmente, dos senhores de engenho
que controlavam e determinavam a vida dos filhos,
esposa e funcionários.
- Uso, nos trabalhos pesados do engenho de açúcar, de
mão-de-obra escrava africana. Os escravos eram
comercializados como mercadorias e sofriam com as
péssimas condições de vida oferecidas por seus
proprietários.
- Posição social determinada pela posse de terras,
escravos e poder político.
Divisão social (grupos sociais)
- Senhores de engenho: possuíam poder social,
familiar, político e econômico. A casa-grande,
habitação dos senhores de engenho e sua família, era o
centro deste poder. Este grupo social tinha forte
influência nas Câmaras Municipais, principal pólo de
poder político das cidades na época colonial.
- Homens livres: eram em sua maioria funcionários
assalariados do engenho (capatazes, por exemplo),
proprietários de terras sem engenho, artesãos,
agregados e funcionários públicos.
- Escravos: formavam a base dos trabalhadores nos
engenhos de açúcar. Tinham como origem o continente
africano, sendo comercializados no Brasil. Era o grupo
mais numeroso da sociedade açucareira. Em função
das péssimas condições em que viviam, dos castigos
físicos e da ausência de liberdade, possuíam baixa
expectativa de vida (no máximo até 35, 40 anos).
Resistiram à escravidão através de revoltas e fugas
para a formação dos quilombos.
Crise da sociedade açucareira
A desestruturação deste modelo social começou com a
crise da economia açucareira, ou seja, com a
concorrência holandesa no comércio de açúcar
mundial (final do século XVII).
No século XVIII, com o início do Ciclo do Ouro, a
região das minas transformou-se no principal pólo de
desenvolvimento econômico do Brasil. Um novo
modelo social mais dinâmico passou a vigorar, porém,
várias características da sociedade açucareira
permaneceram ainda por muito tempo no Nordeste.
Sertanismo De Contrato - O Que Foi, Resumo, História
O Que Foi, Bandeirantes E Bandeiras De Contrato,
Resumo, História, Quando Surgiu, Contexto Histórico,
Exemplo
Domingo
Jorge
Velho:
exemplo de
sertanismo
de
contrato
O que foi (definição)
O sertanismo de contrato foi uma atividade exercida
pelos bandeirantes paulistas no período colonial.
Surgido no século XVII, consistia na organização de
expedições (bandeiras de contrato) lideradas por
bandeirantes que partiam para o interior do Brasil
para capturar negros foragidos e combater tribos
indígenas rebeladas e quilombos. Estas bandeiras de
contrato eram financiadas por autoridades coloniais,
grandes fazendeiros e senhores de engenho,
principalmente da região nordeste do Brasil. Além de
pagamentos em espécie, muitos destes bandeirantes
receberam lotes de terra como recompensa por suas
atividades.
Contexto histórico do surgimento
O Sertanismo de contrato surgiu no contexto da crise
das bandeiras apresadoras de indígenas. Com a forte
oposição da Igreja Católica ao aprisionamento,
comercialização e escravidão de indígenas, muitos
bandeirantes buscaram novas atividades.
O sertanismo de contrato foi importante no processo
de povoamento e expansão da atividade pecuária no
sertão nordestino.
Objetivos principais do sertanismo de contrato:
- Os sertanistas de contrato buscavam atacar e
combater tribos de índios que ofereciam resistência à
colonização ou que resistiam a tomada de suas terras;
- Atacar e destruir quilombos formados por negros (ex-
escravos) foragidos das fazendas. Além de destruir os
quilombos, os bandeirantes deviam recapturar os
negros para que eles fossem reintegrados ao sistema
escravista das fazendas e engenhos coloniais;
- Perseguir, localizar e capturar negros foragidos das
fazendas e engenhos.
Exemplo de sertanismo de contrato
O mais relevante exemplo foi a bandeira de contrato
organizada e liderada pelo bandeirante Domingos
Jorge Velho na primeira metade do século XVII. Esta
bandeira combateu várias tribos de índios rebelados no
interior dos estados do Ceará e Rio Grande do Norte.
O evento ficou conhecido como “A Guerra dos
Bárbaros”.
Foi também a bandeira de Domingo Jorge Velho que,
em 1649, combateu e destruiu o Quilombo de
Palmares.
Brasil Pré-Colonial - Características, História, Resumo
História Do Brasil Pré-Colonial, Resumo,
Características, Expedições, Exploração Do Pau-
Brasil, Fim Do Período
Exploração do
pau-brasil no
Brasil Pré-
Colonial
O que é (introdução)
É chamado de pré-colonial o período da história do
Brasil entre os anos de 1500 a 1530. Este nome é devido
ao fato de que nestes 30 anos não houve colonização
portuguesa no Brasil. Da chegada dos portugueses ao
Brasil (1500) até a vinda da primeira expedição
colonizadora de Martim Afonso de Souza (1531), o
Brasil recebeu expedições portuguesas voltadas para a
exploração do pau-brasil, defesa e reconhecimento
territorial.
Principais características do Brasil Pré-Colonial:
- Neste período o Brasil era habitado por diversas
nações indígenas. Pesquisadores calculam que havia de
3 a 4 milhões de indígenas no Brasil em 1500.
- Os portugueses enviaram, neste período ao Brasil,
expedições guarda-costas e de reconhecimento
territorial.
- As expedições de reconhecimento tinham como
objetivo principal encontrar metais preciosos,
principalmente ouro.
- Não houve interesse por parte da coroa portuguesa,
nestes 30 anos, de colonizar o Brasil.
- Os portugueses construíram, neste período, diversas
feitorias no litoral. Estas tinham como função
armazenar madeira (pau-brasil), facilitando o
transporte para as caravelas.
- Os portugueses usaram mão-de-obra indígena na
exploração do pau-brasil. Em troca de espelhos,
chocalhos, facas e outras bugigangas, os índios eram
convencidos a trabalharem no corte e carregamento do
pau-brasil para os navios. Esta troca de trabalho por
objetos é conhecida como escambo.
- A exploração do pau-brasil, principal atividade
econômica desta época, era monopólio da coroa
portuguesa. Esta podia conceder a exploração à
particulares em troca do pagamento de 1/5 da madeira
extraída.
- Nestes 30 anos de exploração do pau-brasil, houve
devastação de grande parte da vegetação litorânea
nativa. O pau-brasil foi praticamente eliminado das
matas entre o litoral do Rio de Janeiro até o do Rio
Grande do Norte.
- Neste período houve contrabando de pau-brasil
praticado por europeus, principalmente franceses. A
coroa portuguesa precisou enviar ao Brasil expedições
de caráter militar para proteger a costa brasileira.
Cristóvão Jacques comandou uma das principais
expedições deste tipo, entre os anos de 1516 a 1526.
O fim do período Pré-Colonial
Em 1530, o rei de Portugal D. João III resolveu dar
início a colonização do Brasil, fixando pessoas no
território colonial. A diminuição dos lucros com a
exploração do pau-brasil e as constantes presenças de
estrangeiros no litoral brasileiro preocupou o monarca
português.
A primeira expedição colonizadora, chefiada por
Martin Afonso de Souza, partiu de Portugal em
dezembro de 1500 e chegou ao Brasil no começo de
1531. Com cerca de 400 homens, a expedição tinha
como objetivo principal dar início a colonização do
Brasil. Martin Afonso de Souza distribuiu lotes de
terras (sesmarias) e deu início ao plantio da cana-de-
açúcar ao criar o primeiro engenho.
Economia Açucareira No Brasil Colonial
A Economia Brasileira No Ciclo Do Açúcar,
Características Principais, Resumo, História
Econômica Do Brasil Colonial, Escravidão, Mão-De-
Obra
Engenho: centro da
economia açucareira
Introdução e contexto histórico
Na História do Brasil, a fase açucareira corresponde ao
período em que a produção e exportação do açúcar
foram as principais atividades econômicas.
Cronologicamente, esta fase está situada entre os
séculos XVII e XVIII.
Em meados do século XVI, a coroa portuguesa
resolveu colonizar o Brasil e, para fixar o homem na
terra e obter lucro, deu início ao processo de cultivo de
cana-de-açúcar no Nordeste do Brasil. O principal
objetivo de Portugal era colonizar o território
brasileiro, principalmente a faixa litorânea, para evitar
o ataque de outros países. A região nordestina foi
escolhida, pois seu solo e clima eram favoráveis ao
cultivo da cana-de-açúcar.
Principais características da econômica açucareira
- Cultivo da cana-de-açúcar nos engenhos com o
objetivo de produzir açúcar para, principalmente,
vender no mercado europeu.
- Uso, principalmente, de mão-de-obra escrava de
origem africana. Havia também trabalhadores livres
remunerados nos engenhos, porém, em menor
quantidade.
- Estabelecimento dos engenhos em grandes
propriedades rurais (latifúndios), que eram
propriedades dos senhores de engenho.
- Poder econômico concentrado nas mãos dos senhores
de engenho (formação da aristocracia rural).
- Transporte e comercialização do açúcar no mercado
europeu realizados pelos holandeses.
- Neste período, o tráfico negreiro também gerou
elevados lucros para os comerciantes de escravos. Esta
atividade também era fonte de renda, através de
impostos, da coroa portuguesa.
- Sistema econômico da colônia definido e fiscalizado
pela Coroa Portuguesa.
- Existência do Pacto Colônia, fazendo que todo
comércio da colônia fosse praticado somente com a
Metrópole (Portugal). Desta forma, os produtos
manufaturados não eram produzidos no Brasil, mas
sim importados da metrópole.
Crise da economia açucareira
A crise da economia açucareira teve início no Brasil em
meados do século XVII, quando os holandeses foram
expulsos do Nordeste e passaram a cultivar e produzir
açúcar em suas colônias nas Antilhas. O produto
holandês ganhou grande espaço no mercado europeu,
deixando o açúcar brasileiro para trás. Portanto, essa
concorrência fez com que o cultivo e produção de
açúcar no Brasil diminuísse significativamente. Em
meados do século XVIII, as atenções se voltam para a
região das Minas Gerais (exploração de ouro),
colocando de vez a economia açucareira em segundo
plano.
Governo De Nassau Em Pernambuco - Resumo,
Características
História, Características Do Governo De Maurício De
Nassau, Resumo, O Que Fez, Principais Ações
Políticas, Econômicas E Culturais No Nordeste
Brasileiro, Contexto Histórico
Nassau:
governador
do Brasil
Holandês
Contexto histórico
Em 1630, os holandeses invadiram e dominaram
Pernambuco. Interessados na produção de açúcar do
nordeste brasileiro, os holandeses permaneceram na
região até 1654, ano em que foram expulsos.
Governo de Nassau (1637 – 1644)
João Maurício de Nassau foi um conde holandês,
enviado ao nordeste brasileiro, em 1637, pela
Companhia das Índias Ocidentais. Sua função era
governar as terras dominadas pelos holandeses na
região de Pernambuco. Seu governo durou sete anos e
foi responsável por várias transformações,
principalmente urbanísticas, em Recife.
Principais características do Governo Nassau (ações):
- Investimentos na infraestrutura de Recife como, por
exemplo, construção de pontes, diques, drenagem de
pântanos, canais e obras sanitárias.
- Estabelecimento de aliança política com os senhores
de engenho de Pernambuco.
-p Incentivo ao estudo e retratação da natureza
brasileira, principalmente com a vinda de artistas e
cientistas holandeses.
- Adoção de melhorias nos engenhos, visando o
aumento da produção de açúcar.
- Criação do Jardim Botânico no Recife, assim como o
Museu Natural e o Zoológico.
- Melhoria da qualidade dos serviços públicos em
Recife, investindo na coleta de lixo e nos bombeiros.
- Redução dos tributos cobrados dos senhores de
engenho de Pernambuco.
- Estabelecimento da liberdade religiosa aos cristãos.
Fim do governo Nassau
No começo da década de 1640, a Companhia das Índias
Ocidentais passou a tomar uma série de medidas
visando o aumento dos lucros com a economia
açucareira no Brasil. Entre estas medidas estavam o
aumento de impostos, cobrança de dívidas atrasadas
dos senhores de engenho e pressão para aumentar a
produção de açúcar. Estas medidas causaram grande
insatisfação nos senhores de engenhos e não foram
aceitas por Maurício de Nassau, que resolveu deixar o
cargo de governador em 1644.
A saída de Nassau do governo rompeu o clima
harmonioso entre holandeses e senhores de engenho.
Muitos destes últimos passaram a se organizar,
formando exércitos e buscando apoio de colonos, com o
objetivo de expulsar os holandeses do nordeste
brasileiro. O objetivo foi conquistado em 1654 através
da Insurreição Pernambucana.
Conclusão
No geral, o governo de Nassau foi positivo para
Pernambuco em função das boas realizações
implantadas que proporcionaram um certo grau de
modernidade e desenvolvimento à região. Como a
comparação geralmente é feita com o governo
português no Brasil, que estava muito mais
preocupado com a exploração econômica, muitos
estudiosos afirmam que a região dominada pelos
holandeses seria muito mais desenvolvida atualmente
caso estes tivessem permanecido por mais tempo.
Porém, vale lembrar que os aspectos positivos estão
relacionados diretamente ao governo Nassau, já que à
Companhia das Índias Ocidentais interessava em
primeiro lugar o lucro advindo da produção de açúcar
na região.
Conjuração Baiana - O Que Foi, Resumo, Causas,
Líderes
História Da Conjuração Baiana, Revolta Dos Alfaiates,
O Que Foi, Causas, Motivos, Resumo, Líderes,
Objetivos, Bibliografia
Praça da
Piedade em
Salvador
O que foi
Também conhecida como Revolta dos
Alfaiates, a Conjuração Baiana foi uma
revolta social de caráter popular ocorrida
na Bahia em 1798. Teve uma importante
influência dos ideais da Revolução
Francesa. Além de ser emancipacionista,
defendeu importantes mudanças sociais e
políticas na sociedade.
Causas
- Insatisfação popular com o elevado
preço cobrado pelos produtos essenciais
e alimentos. Além disso, reclamavam da
carência de determinados alimentos.
- Forte insatisfação com o domínio de
Portugal sobre o Brasil. O ideal de
independência estava presente em vários
setores da sociedade baiana.
Objetivos
- Defendiam a emancipação política do
Brasil, ou seja, o fim do pacto colonial
com Portugal;
- Defendiam a implantação da República;
- Liberdade comercial no mercado interno
e também com o exterior;
- Liberdade e igualdade entre as pessoas.
Portanto eram favoráveis à abolição dos
privilégios sociais e também da
escravidão;
- Aumento de salários para os soldados.
Líderes
- Um dos principais líderes foi o médico,
político e filósofo baiano Cipriano Barata.
- Outra importante liderança, que atuou
muito na divulgação das ideias do
movimento, foi o soldado Luís Gonzaga
das Virgens.
- Os alfaiates Manuel Faustino dos Santos
Lira e João de Deus do Nascimento.
Quem participou
- O movimento contou com a participação
de pessoas pobres, letrados, padres,
pequenos comerciantes, escravos e ex-
escravos.
A Revolta
A revolta estava marcada, porém um dos
integrantes do movimento, o ferreiro
José da Veiga, delatou o movimento para
o governador, relatando o dia e a hora
em que aconteceria.
O governo baiano organizou as forças
militares para debelar o movimento antes
que a revolta ocorresse. Vários
revoltosos foram presos. Muitos foram
expulsos do Brasil, porém quatro foram
executados na Praça da Piedade em
Salvador.
Você sabia?
- A Conjuração Baiana é também
chamada de Revolta dos Alfaiates, pois
muitos destes profissionais participaram
do movimento.
Descobrimento Do Brasil - História Do Brasil
História Do Brasil Colônia, A História Do
Descobrimento Do Brasil, Os Primeiros Contatos
Entre Portugueses E Índios, O Escambo, A Exploração
Do Pau-Brasil
Primeiros
contatos entre
portugueses e
índios
História do Descobrimento do Brasil
Em 22 de abril de 1500 chegava ao Brasil
13 caravelas portuguesas lideradas por
Pedro Álvares Cabral. A primeira vista,
eles acreditavam tratar-se de um grande
monte, e chamaram-no de Monte Pascoal.
No dia 26 de abril, foi celebrada a
primeira missa no Brasil.
Após deixarem o local em direção à Índia,
Cabral, na incerteza se a terra descoberta
tratava-se de um continente ou de uma
grande ilha, alterou o nome para Ilha de
Vera Cruz. Após exploração realizada por
outras expedições portuguesas, foi
descoberto tratar-se realmente de um
continente, e novamente o nome foi
alterado. A nova terra passou a ser
chamada de Terra de Santa Cruz.
Somente depois da descoberta do pau-
brasil, ocorrida no ano de 1511, nosso
país passou a ser chamado pelo nome
que conhecemos hoje: Brasil.
A descoberta do Brasil ocorreu no
período das grandes navegações, quando
Portugal e Espanha exploravam o oceano
em busca de novas terras. Poucos anos
antes da descoberta do Brasil, em 1492,
Cristóvão Colombo, navegando pela
Espanha, chegou a América, fato que
ampliou as expectativas dos
exploradores. Diante do fato de ambos
terem as mesmas ambições e com
objetivo de evitar guerras pela posse das
terras, Portugal e Espanha assinaram o
Tratado de Tordesilhas, em 1494. De
acordo com este acordo, Portugal ficou
com as terras recém descobertas que
estavam a leste da linha imaginária (370
léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde),
enquanto a Espanha ficou com as terras a
oeste desta linha.
Mesmo com a descoberta das terras
brasileiras, Portugal continuava
empenhado no comércio com as Índias,
pois as especiarias que os portugueses
encontravam lá eram de grande valia
para sua comercialização na Europa. As
especiarias comercializadas eram: cravo,
pimenta, canela, noz moscada, gengibre,
porcelanas orientais, seda, etc. Enquanto
realizava este lucrativo comércio,
Portugal realizava no Brasil o
extrativismo do pau-brasil, explorando da
Mata Atlântica toneladas da valiosa
madeira, cuja tinta vermelha era
comercializada na Europa. Neste caso foi
utilizado o escambo, ou seja, os
indígenas recebiam dos portugueses
algumas bugigangas (apitos, espelhos e
chocalhos) e davam em troca o trabalho
no corte e carregamento das toras de
madeira até as caravelas.
Foi somente a partir de 1530, com a
expedição organizada por Martin Afonso
de Souza, que a coroa portuguesa
começou a interessar-se pela colonização
da nova terra. Isso ocorreu, pois havia
um grande receio dos portugueses em
perderem as novas terras para invasores
que haviam ficado de fora do tratado de
Tordesilhas, como, por exemplo,
franceses, holandeses e ingleses.
Navegadores e piratas destes povos,
estavam praticando a retirada ilegal de
madeira de nossas matas. A colonização
seria uma das formas de ocupar e
proteger o território. Para tanto, os
portugueses começaram a fazer
experiências com o plantio da cana-de-
açúcar, visando um promissor comércio
desta mercadoria na Europa.
Escravidão No Brasil Colonial - Resumo
Resumo Da História Da Escravidão No Brasil,
Escravos No Brasil Colonial
Escravos
trabalhando
num engenho
de açúcar (
Debret)
Resumo
- A escravidão começou no Brasil no
século XVI. Os colonos portugueses
começaram escravizando os índios,
porém a oposição dos religiosos
dificultou esta prática. Os colonos
partiram para suas colônias na África e
trouxeram os negros para trabalharem
nos engenhos de açúcar da região
Nordeste.
- Os escravos também trabalharam nas
minas de ouro, a partir da segunda
metade do século XVIII.
- Tanto nos engenhos quanto nas minas,
os escravos executavam as tarefas mais
duras, difíceis e perigosas.
- A maioria dos escravos recebia péssimo
tratamento. Comiam alimentos de
péssima qualidade, dormiam na senzala
(espécie de galpão úmido e escuro) e
recebiam castigos físicos.
- O transporte dos africanos para o Brasil
era feito em navios negreiros que
apresentavam péssimas condições.
Muitos morriam durante a viagem.
- Os comerciantes de escravos vendiam
os negros como se fossem mercadorias.
- Os escravos não podiam praticar sua
religião de origem africana, nem seguir
sua cultura. Porém, muitos praticavam a
religião de forma escondida.
- As mulheres também foram
escravizadas e executavam,
principalmente, atividades domésticas.
Os filhos de escravos também tinham que
trabalhar por volta dos 8 anos de idade.
- Muitos escravos lutaram contra esta
situação injusta e desumana. Ocorreram
revoltas em muitas fazendas. Muitos
escravos também fugiram e formaram
quilombos, onde podiam viver de acordo
com sua cultura.
- A escravidão só acabou no Brasil no ano
de 1888, após a decretação da Lei Áurea.
Capitanias Hereditárias - Resumo
As Capitanias Hereditárias, Resumo, Criação,
Objetivos, Donatários, Administração Colonial
Mapa das
Capitanias
Hereditárias
As Capitanias Hereditárias e a
Administração colonial
As Capitanias hereditárias foi um sistema
de administração territorial criado pelo
rei de Portugal, D. João III, em 1534.
Este sistema consistia em dividir o
território brasileiro em grandes faixas e
entregar a administração para
particulares (principalmente nobres com
relações com a Coroa Portuguesa).
Este sistema foi criado pelo rei de
Portugal com o objetivo de colonizar o
Brasil, evitando assim invasões
estrangeiras. Ganharam o nome de
Capitanias Hereditárias, pois eram
transmitidas de pai para filho (de forma
hereditária).
Estas pessoas que recebiam a concessão
de uma capitania eram conhecidas como
donatários. Tinham como missão
colonizar, proteger e administrar o
território. Por outro lado, tinham o direito
de explorar os recursos naturais
(madeira, animais, minérios).
O sistema não funcionou muito bem.
Apenas as capitanias de São Vicente e
Pernambuco deram certo. Podemos citar
como motivos do fracasso: a grande
extensão territorial para administrar (e
suas obrigações), falta de recursos
econômicos e os constantes ataques
indígenas.
O sistema de Capitanias Hereditárias
vigorou até o ano de 1759, quando foi
extinto pelo Marquês de Pombal.
Capitanias Hereditárias criadas no século
XVI:
Capitania do Maranhão
Capitania do Ceará
Capitania do Rio Grande
Capitania de Itamaracá
Capitania de Pernambuco
Capitania da Baía de Todos os Santos
Capitania de Ilhéus
Capitania de Porto Seguro
Capitania do Espírito Santo
Capitania de São Tomé
Capitania de São Vicente
Capitania de Santo Amaro
Capitania de Santana
Revoltas Nativistas No Brasil Colonial - Resumo,
História
Contexto Histórico, Causas, Principais Revoltas,
Resumo, História, Líderes
Revolta de
Filipe dos
Santos: uma
das revoltas
nativistas
Introdução
As revoltas nativistas foram aquelas que
tiveram como causa principal o
descontentamento dos colonos
brasileiros com as medidas tomadas pela
coroa portuguesa. Ocorreram entre o
final do século XVII e início do XVIII. A
maior parte destas revoltas foi reprimida
com violência pela coroa portuguesa,
como forma de controlar seu domínio
sobre a colônia brasileira.
Principais causas:
- Monopólio português do comércio de
mercadorias.
- Preços elevados cobrados pelos
produtos comercializados pelos
portugueses.
- Medidas da metrópole que favoreciam
os portugueses, principalmente os
comerciantes.
- Conflitos culturais, políticos e
comerciais entre colonos e portugueses.
- Altos impostos cobrados pela coroa
portuguesa, principalmente sobre a
extração de ouro realizada pelos colonos
brasileiros.
- Exploração colonial praticada por
Portugal.
- Rígido controle, através de leis, imposto
pela metrópole sobre o Brasil.
Principais revoltas nativistas:
Revolta de Beckman
Ocorreu no Maranhão em 1684. Liderada
por Manuel Beckman, teve como causa
principal a falta de mão-de-obra escrava
e o desabastecimento e altos preços das
mercadorias comercializadas pela
Companhia Geral de Comércio do Estado
do Maranhão, criada pela coroa
portuguesa em 1682.
Guerra dos Emboabas
Ocorreu em Minas Gerais entre os anos
de 1708 e 1709. Os bandeirantes
paulistas queriam exclusividade na
exploração das minas de ouro
descobertas por eles. Porém,
portugueses e colonos de outros estados
(chamados de emboabas pelos paulistas)
também queriam o direito de exploração.
O conflito ocorreu pela disputa de
exploração do ouro entre estes dois
grupos.
Guerra dos Mascates
Ocorreu em Pernambuco entre 1710 e
1711. Teve como principal causa a
disputa política entre os senhores de
engenho de Olinda e os mascates
(comerciantes portugueses) pelo
controle de Pernambuco.
Revolta de Filipe dos Santos
Também conhecida como Revolta de Vila
Rica, ocorreu em Vila Rica (Minas
Gerais), atual Ouro Preto, no ano de
1720. Liderada por Filipe dos Santos,
teve como causas:
- A cobrança de altos impostos e taxas
pela coroa portuguesa sobre a exploração
de outro no Brasil.
- A criação das Casas de Fundição, criada
para controlar e arrecadar impostos
sobre o ouro encontrado na colônia.
- Proibição da circulação do ouro em pó,
com punições severas para quem fosse
pego com o ouro nesta condição.
- Monopólio das principais mercadorias
pelos comerciantes portugueses.
Outras revoltas nativistas:
- Revolta do Sal (São Paulo e Minas
Gerais - 1710)
- Revolta da Cachaça (Rio de Janeiro -
1660 a 1661)
- Motins do Maneta (Salvador-BA - 1711)
Guerra Guaranítica - Resumo, Causas E
Consequências
O Que Foi, Causas E Consequências, Resumo,
História, Tratado De Madri, Sete Povos Das Missões,
Contexto Histórico
Guerra
Guaranítica:
resistência
indígena aos
colonizadores
O que foi
A Guerra Guaranítica foi um conjunto de
conflitos militares entre índios guaranis e
as tropas portuguesas e espanholas.
Ocorreu na região sudoeste do Brasil
entre os anos de 1754 e 1756. É
considerado o principal levante indígena
brasileiro contra o domínio dos
colonizadores europeus.
Contexto histórico
Em 1750, Portugal e Espanha assinaram
o Tratado de Madri. Este tratado redefinia
a divisão das terras da América do Sul
entre portugueses e espanhóis. De
acordo com ele, a região dos Sete Povos
das Missões (atual região oeste do RS),
que era da Espanha, deveria ser entregue
aos portugueses. Em troca, a Espanha
ficaria com a Colônia do sacramento. Os
jesuítas espanhóis, que atuavam na área,
não aceitaram o acordo e armaram os
indígenas da região.
Quando os portugueses foram tomar
posse da região, em 1754, houve conflito
militar entre estes e os índios, que não
aceiraram deixar suas terras. Teve início
então a Guerra Guaranítica.
Tropas espanholas também entraram na
batalha, ao lado dos portugueses, e
combateram os indígenas na tentativa de
expulsá-los das terras, fazendo assim
cumprir o Tratado de Madri.
Causas:
- Tratado de Madri (1750) que
estabelecia a entrega da região dos Sete
Povos das Missões, controlada por
jesuítas espanhóis, a Portugal.
- Armamento dos indígenas da região
pelos jesuítas espanhóis, para que estes
resistissem aos portugueses e
defendessem a posse da terra na região.
- Disputas territoriais entre Portugal e
Espanha em meados do século XVIII.
- Poder dos jesuítas nas regiões que
faziam a catequização dos índios, assim
como a forte influência sobre estes
nativos.
- Forte desejo dos índios guaranis em
permanecer em suas terras, não
obedecendo aos acordos feitos pelos
governantes europeus. Ou seja, o
sentimento de resistência ao domínio dos
colonizadores europeus estava presente
entre os guaranis.
Consequências:
- Morte de mais de vinte mil índios
guaranis da região dos Sete Povos das
Missões.
- Destruição dos Sete Povos das Missões
em 1756.
- Diminuição da influência dos jesuítas na
região sul do Brasil.
Curiosidade:
O principal líder indígena guarani,
durante a Guerra Guaranítica, foi Sepé
Tiaraju. É considerado até hoje uma
espécie de herói e símbolo da resistência
indígena contra a opressão dos
colonizadores europeus.
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Brasil colonial

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Brasil colonial

  • 1. Brasil Colonial.....Invasões Francesas No Brasil - Resumo, História História, Quando Aconteceu, Resumo, Contexto Histórico Das Invasões Francesas No Brasil Colonial, A Invasão De 1555, França Antártica E França Equinocial Invasões Francesas - Partida de Estácio de Sá (Benedito Calixto) Contexto histórico das invasões francesas As descobertas territoriais feitas por portugueses e espanhóis no final do século XV e início do XVI e os lucros advindo da exploração colonial, deixaram outras nações europeias interessadas neste empreendimento. Após o Tratado de Tordesilhas, que dividiu as recém-descobertas terras entre espanhóis e portugueses, aumentou muito o descontentamento dos países que ficaram de fora como, por exemplo, Holanda, França e Inglaterra. Estes países começaram então investir na invasão das terras recém-descobertas,
  • 2. entre elas as colônias portuguesas, principalmente o Brasil. Embora tenha investido na colonização, principalmente através do estabelecimento de um sistema administrativo (governo-geral) e da cultura da cana-de-açúcar, Portugal teve dificuldades em proteger o extenso litoral brasileiro. Os franceses no Brasil Objetivos - Os franceses tinham como objetivo principal fundar uma colônia em território brasileiro para poder participar ativamente do lucrativo e novo mercado da exploração colonial. - Franceses protestantes queriam também fundar uma colônia no Brasil para viverem longe da perseguição religiosa que sofriam na França. O contrabando de pau-brasil
  • 3. Já na época da exploração do pau-brasil, início do século XVI, os franceses fizeram várias incursões no litoral brasileiro com o objetivo de fazer o contrabando desta madeira. A França Antártica Em 1555, franceses calvinistas invadiram o Brasil, na região do Rio de Janeiro. Estes franceses estavam fugindo da perseguição religiosa executada pela corte francesa. Liderados pelo almirante Nicolau Villegaignon, fundaram, na região do atual município do Rio de Janeiro, uma colônia francesa chamada de França Antártica. Os franceses obtiveram o apoio militar dos índios tamoios, que eram inimigos dos portugueses. O governo-geral de Mem de Sá contou com o apoio dos jesuítas José de Anchieta e Manuel da Nobrega, que convenceram os índios tamoios a abandonarem a aliança que tinham com os franceses. Mem de Sá conseguiu também reforços militares portugueses, liderados por Estácio de Sá. Desta forma, os portugueses conseguiram expulsar os franceses do Rio de Janeiro em 1567.
  • 4. França Equinocial Em 1612 os franceses fizeram sua segunda tentativa de invadir e fundar uma colônia no Brasil. Desta vez escolherem a região do Maranhão. Liderados pelo general Daniel de La Touche, os franceses invadiram e fundaram a França Equinocial. Para proteger a região conquistada, construíram um forte, chamado de Forte de São Luís. As autoridades portuguesas organizaram várias e poderosas expedições militares para atacar e expulsar os franceses do Maranhão. A capitulação francesa ocorreu em novembro de 1615, quando eles foram expulsos da região. Engenho Colonial No Brasil - Resumo, Partes, O Que Era Engenho Colonial No Brasil, Resumo, Partes, História Do Brasil, Moenda, Capela, Senzala, Casa-Grande Moenda: uma das principais instalações do engenho colonial
  • 5. O que era o engenho colonial Era a unidade de produção de açúcar no Brasil Colonial. Compreendia as terras cultivadas, instalações voltadas para a produção de açúcar e moradias. Eram propriedades dos senhores de engenho, ricos proprietários rurais que produziam açúcar para a exportação. Partes do engenho colonial: - Casa-grande: residência da do senhor de engenho e sua família. Era o centro de poder do engenho colonial. - Senzala: moradia dos escravos que trabalhavam no engenho. Era, geralmente, um local rústico e pouco adequado a moradia humana em função de suas péssimas condições. Na maioria dos engenhos, havia correntes onde os escravos eram acorrentados a noite, para evitar fugas. - Casa dos trabalhadores livres: pequenas residências simples que seriam de moradia para os empregados do engenho que não eram escravos. Habitavam estas casas
  • 6. os funcionários do engenho como, por exemplo, capatazes, operadores das máquinas do engenho e outros funcionários especializados. Estes recebiam salários pelos serviços prestados e, geralmente, eram brancos ou mulatos. - Moenda: maquinário usado no processo de fabricação do açúcar. Era uma espécie de triturador composto por rolos, que servia para esmagar a cana- de-açúcar a fim de se obter o caldo da cana. O moenda podia funcionar através da força (energia) gerada por bois, água (através de moinho de água) ou humana (escravos). - Capela: local onde ocorriam as missas e outros rituais religiosos (casamentos, batismos e etc.). De origem portuguesa, a maioria dos senhores de engenho e sua família eram católicos. Em muitos engenhos, os senhores obrigavam os escravos a assistirem as missas. - Canavial: correspondia a cerca de 20% do engenho colonial. Era o espaço destinado ao plantio da cana-de- açúcar. - Curral: local onde eram criados os animais usados no engenho colonial. Os bois e cavalos eram usados no transporte de pessoas e mercadorias. Já as vacas e
  • 7. porcos eram criados para a produção de carne voltada para o consumo interno do engenho. - Plantações de subsistência: geralmente cultivadas pelos trabalhadores livres, eram destinadas a produção de verduras e legumes para o consumo no engenho. - Rio: geralmente os engenhos de açúcar eram instalados em áreas próximas aos rios. Como não havia sistema de água encanada na época, os rios eram de fundamental importância para a irrigação dos canaviais e também para a obtenção de água para o consumo humano e animal. Em muitos engenhos havia uma roda d’água que servia para gerar energia e movimentar a máquina de moer cana. - Reserva florestal: parte da vegetação nativa era preservada. Nestas matas, eram retiradas madeiras que serviam para abastecer os fogões a lenha do engenho. Você sabia? No começo da colonização do Brasil (segunda metade do século XVI), a palavra engenho era usada para designar apenas as máquinas usadas na produção de açúcar.
  • 8. Revoltas Emancipacionistas No Brasil Colonial - Resumo, Causas, Exemplos História Das Revoltas Emancipacionistas No Brasil Colonial, Causas, Exemplos, Resumo, Contexto Histórico, O Que Foram Revolução Pernambucana: exemplo de revolta emancipacionista O que foram As revoltas emancipacionistas foram movimentos sociais ocorridos no Brasil Colonial, caracterizados pelo forte anseio de conquistar a independência do Brasil com relação a Portugal. Estes movimentos possuíam certa organização política e militar, além de contar com forte sentimento contrário à dominação colonial.
  • 9. Causas principais - Cobrança elevada de impostos de Portugal sobre o Brasil. - Pacto Colonial - Brasil só podia manter relações comerciais com Portugal, além de ser impedido de desenvolver indústrias. - Privilégios que os portugueses tinham na colônia em relação aos brasileiros. - Leis injustas, criadas pela coroa portuguesa, que tinham que ser seguidas pelos brasileiros. - Falta de autonomia política e jurídica, pois todas as ordens e leis vinham de Portugal. - Punições violentas contra os colonos brasileiros que não seguiam as determinações de Portugal. - Influência dos ideais do Iluminismo e dos movimentos separatistas ocorridos em outros países (Independência
  • 10. dos Estados Unidos em 1776 e Revolução Francesa em 1789). Principais revoltas emancipacionistas Conjuração Mineira Foi um movimento separatista ocorrido na cidade de Vila Rica (Minas Gerais) no ano de 1789. Teve como principal causa os altos impostos cobrados sobre o ouro explorado nas regiões das minas e também da criação da derrama. Teve como líderes intelectuais, poetas, militares, padres e até um alferes (Tiradentes). Tinha como objetivo, após a independência, implantar o sistema republicano no Brasil, criar uma nova Constituição e incentivar o desenvolvimento industrial. O movimento foi denunciado ao governo, que o reprimiu com violência. Os líderes foram condenados a prisão ou exílio. Tiradentes foi condenado a morte na forca. Saiba mais. Conjuração Baiana Foi uma rebelião popular, de caráter separatista, ocorrida na Bahia em 1798. Teve a participação de pessoas do povo, ex-escravos, médicos, sapateiros, alfaiates, padres, entre outros segmentos sociais. Teve
  • 11. como causa principal exploração de Portugal, principalmente no tocante a cobrança elevada de tributos. Defendiam a liberdade com relação a Portugal, a implantação de um sistema republicano e liberdade comercial. Após vários motins e saques, a rebelião foi reprimida pelas forças do governo, sendo que vários revoltosos foram presos, julgados e condenados. Saiba mais. Revolução Pernambucana Foi um movimento separatista ocorrido em Pernambuco em 1817. Teve como causas principais a exploração metropolitana e a cobrança de impostos sobre os colonos brasileiros. Teve a participação da classe média, populares, padres, militares e membros da elite. Motivados pelos ideais iluministas (liberdade e igualdade), os revoltosos pretendiam libertar o Brasil do domínio português e instalar o sistema republicano no país. Assim como os outros movimentos, foi reprimido fortemente pelas forças militares do governo. Os líderes foram presos e alguns participantes condenados à morte. Saiba mais. Expansão Territorial Do Brasil - Resumo, Período Colonial, História
  • 12. História Da Expansão Territorial Do Brasil Colonial, Causas, Resumo, Como Foi, Bandeirantes, Conquista Do Interior Bandeirantes: importante papel na expansão territorial do Brasil Início da colonização Até o começo do século XVII, os colonizadores se concentraram em cidades fundadas na região litorânea do Brasil, principalmente no Nordeste. A principal atividade era a produção de açúcar, e grande parte dos engenhos estava instalada nas capitanias da Bahia e Pernambuco.
  • 13. Na segunda metade do século XVII, com o aumento da criação de gado extensiva, a ocupação do território nordestino avançou para o interior. Neste período começaram a surgir os currais, que eram grandes fazendas voltadas para a pecuária. Neste contexto, ocorreu a ocupação do vale do rio São Francisco e parte do sertão nordestino. A ocupação da região amazônica Com a presença de estrangeiros na região amazônica no século XVII, a coroa portuguesa organizou e enviou para a região várias expedições militares para expulsar os invasores. Vilas, que mais tarde dariam origem a cidades, foram fundadas na região amazônica por integrantes destas expedições. A expansão pela região amazônica também foi favorecida por uma atividade econômica muito lucrativa no século XVII: a exploração das drogas do sertão (ervas medicinais e aromáticas, guaraná, pimenta, cravo e castanhas). Muitos se embrenharam pela floresta amazônica para coletar estas drogas e vender para comerciantes que as comercializavam na região nordestina e também na Europa. A expansão territorial da região centro-sul do Brasil
  • 14. Nos séculos XVII e XVIII, a expansão territorial no centro-sul do Brasil foi impulsionada pelas bandeiras. Estas expedições, organizadas pelos bandeirantes paulistas, tinham como objetivos principais o aprisionamento de índios, a busca de pedras e metais preciosos e a recuperação de escravos foragidos. Os bandeirantes entraram para o interior das regiões sudeste, sul e central do Brasil, indo além do estabelecido pelo Tratado de Tordesilhas, explorando e conquistando territórios. Neste contexto, várias vilas foram fundadas, favorecendo a ocupação destas regiões. Em meados do século XVII, os bandeirantes encontram várias minas de ouro em áreas de Minas Gerais, Goiás e Matogrosso. Após estas descobertas, começou o Ciclo do Ouro, deslocando o eixo de desenvolvimento econômico do Nordeste para as regiões central e sudeste do Brasil. Várias cidades foram fundadas e se desenvolveram rapidamente com a renda gerada pela exploração do ouro. A expansão territorial no sul do Brasil Com o auge da exploração do ouro no século XVIII, a região sul também prosperou. A criação de gado para o abastecimento de carne para a região aurífera fez
  • 15. com que várias vilas e cidades se desenvolvessem na região interior do sul do Brasil. Crise Do Açúcar No Brasil Colonial - Resumo, Causas, História Causas Da Crise Do Açúcar No Brasil Colonial, Resumo, História, Drogas Do Sertão, Economia Açucareira Concorrência holandesa foi principal causa da crise do açúcar Introdução A produção e exportação de açúcar para o mercado europeu foi a principal atividade econômica brasileira no século XVI e começo do XVII. Os engenhos de açúcar, instalados principalmente no Nordeste, fabricavam este produto que gerava muita riqueza para os senhores de engenho, para a coroa portuguesa (que recebia impostos) e também para os comerciantes
  • 16. holandeses (responsáveis pelo transporte, refino e comercialização de açúcar). Principais causas da crise do açúcar - A União Ibérica (1580 a 1640), que estabeleceu o domínio da Espanha sobre Portugal e suas colônias. Este fato fez com que os espanhóis tirassem os holandeses da lucrativa atividade açucareira brasileira, expulsando-os do Nordeste brasileiro. Após este fato os holandeses passaram a produzir açúcar em suas colônias nas Antilhas. - Os holandeses conheciam o processo de fabricação de açúcar e tinham o controle sobre a distribuição e comercialização deste produto. Logo, conseguiram conquistar os grandes mercados consumidores rapidamente, deixando o açúcar produzido no Brasil em segundo plano no mercado internacional. A concorrência holandesa foi, portanto, uma das principais causas da crise do açúcar brasileiro no período colonial, pois eles conseguiram produzir açúcar mais barato e de melhor qualidade do que o brasileiro. Vale ressaltar que, apesar da crise, a produção e exportação de açúcar permaneceram como principais
  • 17. atividades econômicas até o apogeu do Ciclo do Ouro (segunda metade do século XVIII). Busca de novos recursos na colônia brasileira A crise do açúcar reduziu drasticamente os lucros dos senhores de engenho do Nordeste e também diminuiu a arrecadação de impostos, provocando uma crise financeira em Portugal. A coroa portuguesa rapidamente agiu em busca de uma nova forma de exploração colonial. Neste sentido, a coroa portuguesa estimulou a produção de outros gêneros agrícolas no Brasil como, por exemplo, tabaco e algodão. Incentivou também a busca pelas drogas do sertão na região da Amazônia. Estas nada mais eram do que especiarias (canela, ervas aromáticas e medicinais, cacau, castanha-do-pará, baunilha, cravo e guaraná) muito apreciadas na Europa. O rei de Portugal viu, nesta atividade, uma nova fonte de renda e desenvolvimento de sua principal colônia. As entradas e bandeira tiveram papel fundamental na busca por estas especiarias. Sociedade Açucareira No Brasil Colonial - Resumo, Características História, Resumo, Grupos Sociais, A Sociedade Patriarcal, Características Principais, Contexto Histórico, Crise
  • 18. Sociedade açucareira: patriarcal e escravista Introdução Denominamos de sociedade açucareira aquela referente ao Ciclo do Açúcar na História do Brasil. Esta sociedade se desenvolveu, principalmente, na área litorânea do Nordeste brasileiro (regiões produtoras de açúcar) entre os séculos XVI e XVII. Principais características da sociedade açucareira: - Sociedade composta basicamente por três grupos sociais: senhores de engenho (aristocracia), homens livres e escravos.
  • 19. - Sociedade patriarcal: poder concentrado nas mãos dos homens, principalmente, dos senhores de engenho que controlavam e determinavam a vida dos filhos, esposa e funcionários. - Uso, nos trabalhos pesados do engenho de açúcar, de mão-de-obra escrava africana. Os escravos eram comercializados como mercadorias e sofriam com as péssimas condições de vida oferecidas por seus proprietários. - Posição social determinada pela posse de terras, escravos e poder político. Divisão social (grupos sociais) - Senhores de engenho: possuíam poder social, familiar, político e econômico. A casa-grande, habitação dos senhores de engenho e sua família, era o centro deste poder. Este grupo social tinha forte influência nas Câmaras Municipais, principal pólo de poder político das cidades na época colonial. - Homens livres: eram em sua maioria funcionários assalariados do engenho (capatazes, por exemplo), proprietários de terras sem engenho, artesãos, agregados e funcionários públicos.
  • 20. - Escravos: formavam a base dos trabalhadores nos engenhos de açúcar. Tinham como origem o continente africano, sendo comercializados no Brasil. Era o grupo mais numeroso da sociedade açucareira. Em função das péssimas condições em que viviam, dos castigos físicos e da ausência de liberdade, possuíam baixa expectativa de vida (no máximo até 35, 40 anos). Resistiram à escravidão através de revoltas e fugas para a formação dos quilombos. Crise da sociedade açucareira A desestruturação deste modelo social começou com a crise da economia açucareira, ou seja, com a concorrência holandesa no comércio de açúcar mundial (final do século XVII). No século XVIII, com o início do Ciclo do Ouro, a região das minas transformou-se no principal pólo de desenvolvimento econômico do Brasil. Um novo modelo social mais dinâmico passou a vigorar, porém, várias características da sociedade açucareira permaneceram ainda por muito tempo no Nordeste. Sertanismo De Contrato - O Que Foi, Resumo, História
  • 21. O Que Foi, Bandeirantes E Bandeiras De Contrato, Resumo, História, Quando Surgiu, Contexto Histórico, Exemplo Domingo Jorge Velho: exemplo de sertanismo de contrato O que foi (definição) O sertanismo de contrato foi uma atividade exercida pelos bandeirantes paulistas no período colonial. Surgido no século XVII, consistia na organização de expedições (bandeiras de contrato) lideradas por bandeirantes que partiam para o interior do Brasil para capturar negros foragidos e combater tribos indígenas rebeladas e quilombos. Estas bandeiras de contrato eram financiadas por autoridades coloniais, grandes fazendeiros e senhores de engenho, principalmente da região nordeste do Brasil. Além de pagamentos em espécie, muitos destes bandeirantes
  • 22. receberam lotes de terra como recompensa por suas atividades. Contexto histórico do surgimento O Sertanismo de contrato surgiu no contexto da crise das bandeiras apresadoras de indígenas. Com a forte oposição da Igreja Católica ao aprisionamento, comercialização e escravidão de indígenas, muitos bandeirantes buscaram novas atividades. O sertanismo de contrato foi importante no processo de povoamento e expansão da atividade pecuária no sertão nordestino. Objetivos principais do sertanismo de contrato: - Os sertanistas de contrato buscavam atacar e combater tribos de índios que ofereciam resistência à colonização ou que resistiam a tomada de suas terras; - Atacar e destruir quilombos formados por negros (ex- escravos) foragidos das fazendas. Além de destruir os quilombos, os bandeirantes deviam recapturar os
  • 23. negros para que eles fossem reintegrados ao sistema escravista das fazendas e engenhos coloniais; - Perseguir, localizar e capturar negros foragidos das fazendas e engenhos. Exemplo de sertanismo de contrato O mais relevante exemplo foi a bandeira de contrato organizada e liderada pelo bandeirante Domingos Jorge Velho na primeira metade do século XVII. Esta bandeira combateu várias tribos de índios rebelados no interior dos estados do Ceará e Rio Grande do Norte. O evento ficou conhecido como “A Guerra dos Bárbaros”. Foi também a bandeira de Domingo Jorge Velho que, em 1649, combateu e destruiu o Quilombo de Palmares. Brasil Pré-Colonial - Características, História, Resumo História Do Brasil Pré-Colonial, Resumo, Características, Expedições, Exploração Do Pau- Brasil, Fim Do Período
  • 24. Exploração do pau-brasil no Brasil Pré- Colonial O que é (introdução) É chamado de pré-colonial o período da história do Brasil entre os anos de 1500 a 1530. Este nome é devido ao fato de que nestes 30 anos não houve colonização portuguesa no Brasil. Da chegada dos portugueses ao Brasil (1500) até a vinda da primeira expedição colonizadora de Martim Afonso de Souza (1531), o Brasil recebeu expedições portuguesas voltadas para a exploração do pau-brasil, defesa e reconhecimento territorial. Principais características do Brasil Pré-Colonial:
  • 25. - Neste período o Brasil era habitado por diversas nações indígenas. Pesquisadores calculam que havia de 3 a 4 milhões de indígenas no Brasil em 1500. - Os portugueses enviaram, neste período ao Brasil, expedições guarda-costas e de reconhecimento territorial. - As expedições de reconhecimento tinham como objetivo principal encontrar metais preciosos, principalmente ouro. - Não houve interesse por parte da coroa portuguesa, nestes 30 anos, de colonizar o Brasil. - Os portugueses construíram, neste período, diversas feitorias no litoral. Estas tinham como função armazenar madeira (pau-brasil), facilitando o transporte para as caravelas. - Os portugueses usaram mão-de-obra indígena na exploração do pau-brasil. Em troca de espelhos, chocalhos, facas e outras bugigangas, os índios eram convencidos a trabalharem no corte e carregamento do pau-brasil para os navios. Esta troca de trabalho por objetos é conhecida como escambo.
  • 26. - A exploração do pau-brasil, principal atividade econômica desta época, era monopólio da coroa portuguesa. Esta podia conceder a exploração à particulares em troca do pagamento de 1/5 da madeira extraída. - Nestes 30 anos de exploração do pau-brasil, houve devastação de grande parte da vegetação litorânea nativa. O pau-brasil foi praticamente eliminado das matas entre o litoral do Rio de Janeiro até o do Rio Grande do Norte. - Neste período houve contrabando de pau-brasil praticado por europeus, principalmente franceses. A coroa portuguesa precisou enviar ao Brasil expedições de caráter militar para proteger a costa brasileira. Cristóvão Jacques comandou uma das principais expedições deste tipo, entre os anos de 1516 a 1526. O fim do período Pré-Colonial Em 1530, o rei de Portugal D. João III resolveu dar início a colonização do Brasil, fixando pessoas no território colonial. A diminuição dos lucros com a exploração do pau-brasil e as constantes presenças de
  • 27. estrangeiros no litoral brasileiro preocupou o monarca português. A primeira expedição colonizadora, chefiada por Martin Afonso de Souza, partiu de Portugal em dezembro de 1500 e chegou ao Brasil no começo de 1531. Com cerca de 400 homens, a expedição tinha como objetivo principal dar início a colonização do Brasil. Martin Afonso de Souza distribuiu lotes de terras (sesmarias) e deu início ao plantio da cana-de- açúcar ao criar o primeiro engenho. Economia Açucareira No Brasil Colonial A Economia Brasileira No Ciclo Do Açúcar, Características Principais, Resumo, História Econômica Do Brasil Colonial, Escravidão, Mão-De- Obra Engenho: centro da economia açucareira
  • 28. Introdução e contexto histórico Na História do Brasil, a fase açucareira corresponde ao período em que a produção e exportação do açúcar foram as principais atividades econômicas. Cronologicamente, esta fase está situada entre os séculos XVII e XVIII. Em meados do século XVI, a coroa portuguesa resolveu colonizar o Brasil e, para fixar o homem na terra e obter lucro, deu início ao processo de cultivo de cana-de-açúcar no Nordeste do Brasil. O principal objetivo de Portugal era colonizar o território brasileiro, principalmente a faixa litorânea, para evitar o ataque de outros países. A região nordestina foi escolhida, pois seu solo e clima eram favoráveis ao cultivo da cana-de-açúcar. Principais características da econômica açucareira - Cultivo da cana-de-açúcar nos engenhos com o objetivo de produzir açúcar para, principalmente, vender no mercado europeu.
  • 29. - Uso, principalmente, de mão-de-obra escrava de origem africana. Havia também trabalhadores livres remunerados nos engenhos, porém, em menor quantidade. - Estabelecimento dos engenhos em grandes propriedades rurais (latifúndios), que eram propriedades dos senhores de engenho. - Poder econômico concentrado nas mãos dos senhores de engenho (formação da aristocracia rural). - Transporte e comercialização do açúcar no mercado europeu realizados pelos holandeses. - Neste período, o tráfico negreiro também gerou elevados lucros para os comerciantes de escravos. Esta atividade também era fonte de renda, através de impostos, da coroa portuguesa. - Sistema econômico da colônia definido e fiscalizado pela Coroa Portuguesa. - Existência do Pacto Colônia, fazendo que todo comércio da colônia fosse praticado somente com a
  • 30. Metrópole (Portugal). Desta forma, os produtos manufaturados não eram produzidos no Brasil, mas sim importados da metrópole. Crise da economia açucareira A crise da economia açucareira teve início no Brasil em meados do século XVII, quando os holandeses foram expulsos do Nordeste e passaram a cultivar e produzir açúcar em suas colônias nas Antilhas. O produto holandês ganhou grande espaço no mercado europeu, deixando o açúcar brasileiro para trás. Portanto, essa concorrência fez com que o cultivo e produção de açúcar no Brasil diminuísse significativamente. Em meados do século XVIII, as atenções se voltam para a região das Minas Gerais (exploração de ouro), colocando de vez a economia açucareira em segundo plano. Governo De Nassau Em Pernambuco - Resumo, Características História, Características Do Governo De Maurício De Nassau, Resumo, O Que Fez, Principais Ações Políticas, Econômicas E Culturais No Nordeste Brasileiro, Contexto Histórico
  • 31. Nassau: governador do Brasil Holandês Contexto histórico Em 1630, os holandeses invadiram e dominaram Pernambuco. Interessados na produção de açúcar do nordeste brasileiro, os holandeses permaneceram na região até 1654, ano em que foram expulsos. Governo de Nassau (1637 – 1644) João Maurício de Nassau foi um conde holandês, enviado ao nordeste brasileiro, em 1637, pela Companhia das Índias Ocidentais. Sua função era governar as terras dominadas pelos holandeses na região de Pernambuco. Seu governo durou sete anos e foi responsável por várias transformações, principalmente urbanísticas, em Recife.
  • 32. Principais características do Governo Nassau (ações): - Investimentos na infraestrutura de Recife como, por exemplo, construção de pontes, diques, drenagem de pântanos, canais e obras sanitárias. - Estabelecimento de aliança política com os senhores de engenho de Pernambuco. -p Incentivo ao estudo e retratação da natureza brasileira, principalmente com a vinda de artistas e cientistas holandeses. - Adoção de melhorias nos engenhos, visando o aumento da produção de açúcar. - Criação do Jardim Botânico no Recife, assim como o Museu Natural e o Zoológico. - Melhoria da qualidade dos serviços públicos em Recife, investindo na coleta de lixo e nos bombeiros.
  • 33. - Redução dos tributos cobrados dos senhores de engenho de Pernambuco. - Estabelecimento da liberdade religiosa aos cristãos. Fim do governo Nassau No começo da década de 1640, a Companhia das Índias Ocidentais passou a tomar uma série de medidas visando o aumento dos lucros com a economia açucareira no Brasil. Entre estas medidas estavam o aumento de impostos, cobrança de dívidas atrasadas dos senhores de engenho e pressão para aumentar a produção de açúcar. Estas medidas causaram grande insatisfação nos senhores de engenhos e não foram aceitas por Maurício de Nassau, que resolveu deixar o cargo de governador em 1644. A saída de Nassau do governo rompeu o clima harmonioso entre holandeses e senhores de engenho. Muitos destes últimos passaram a se organizar, formando exércitos e buscando apoio de colonos, com o objetivo de expulsar os holandeses do nordeste brasileiro. O objetivo foi conquistado em 1654 através da Insurreição Pernambucana. Conclusão
  • 34. No geral, o governo de Nassau foi positivo para Pernambuco em função das boas realizações implantadas que proporcionaram um certo grau de modernidade e desenvolvimento à região. Como a comparação geralmente é feita com o governo português no Brasil, que estava muito mais preocupado com a exploração econômica, muitos estudiosos afirmam que a região dominada pelos holandeses seria muito mais desenvolvida atualmente caso estes tivessem permanecido por mais tempo. Porém, vale lembrar que os aspectos positivos estão relacionados diretamente ao governo Nassau, já que à Companhia das Índias Ocidentais interessava em primeiro lugar o lucro advindo da produção de açúcar na região. Conjuração Baiana - O Que Foi, Resumo, Causas, Líderes História Da Conjuração Baiana, Revolta Dos Alfaiates, O Que Foi, Causas, Motivos, Resumo, Líderes, Objetivos, Bibliografia
  • 35. Praça da Piedade em Salvador O que foi Também conhecida como Revolta dos Alfaiates, a Conjuração Baiana foi uma revolta social de caráter popular ocorrida na Bahia em 1798. Teve uma importante influência dos ideais da Revolução Francesa. Além de ser emancipacionista, defendeu importantes mudanças sociais e políticas na sociedade. Causas - Insatisfação popular com o elevado preço cobrado pelos produtos essenciais e alimentos. Além disso, reclamavam da carência de determinados alimentos. - Forte insatisfação com o domínio de Portugal sobre o Brasil. O ideal de independência estava presente em vários setores da sociedade baiana.
  • 36. Objetivos - Defendiam a emancipação política do Brasil, ou seja, o fim do pacto colonial com Portugal; - Defendiam a implantação da República; - Liberdade comercial no mercado interno e também com o exterior; - Liberdade e igualdade entre as pessoas. Portanto eram favoráveis à abolição dos privilégios sociais e também da escravidão; - Aumento de salários para os soldados. Líderes
  • 37. - Um dos principais líderes foi o médico, político e filósofo baiano Cipriano Barata. - Outra importante liderança, que atuou muito na divulgação das ideias do movimento, foi o soldado Luís Gonzaga das Virgens. - Os alfaiates Manuel Faustino dos Santos Lira e João de Deus do Nascimento. Quem participou - O movimento contou com a participação de pessoas pobres, letrados, padres, pequenos comerciantes, escravos e ex- escravos. A Revolta A revolta estava marcada, porém um dos integrantes do movimento, o ferreiro José da Veiga, delatou o movimento para
  • 38. o governador, relatando o dia e a hora em que aconteceria. O governo baiano organizou as forças militares para debelar o movimento antes que a revolta ocorresse. Vários revoltosos foram presos. Muitos foram expulsos do Brasil, porém quatro foram executados na Praça da Piedade em Salvador. Você sabia? - A Conjuração Baiana é também chamada de Revolta dos Alfaiates, pois muitos destes profissionais participaram do movimento. Descobrimento Do Brasil - História Do Brasil História Do Brasil Colônia, A História Do Descobrimento Do Brasil, Os Primeiros Contatos Entre Portugueses E Índios, O Escambo, A Exploração Do Pau-Brasil
  • 39. Primeiros contatos entre portugueses e índios História do Descobrimento do Brasil Em 22 de abril de 1500 chegava ao Brasil 13 caravelas portuguesas lideradas por Pedro Álvares Cabral. A primeira vista, eles acreditavam tratar-se de um grande monte, e chamaram-no de Monte Pascoal. No dia 26 de abril, foi celebrada a primeira missa no Brasil. Após deixarem o local em direção à Índia, Cabral, na incerteza se a terra descoberta tratava-se de um continente ou de uma grande ilha, alterou o nome para Ilha de Vera Cruz. Após exploração realizada por outras expedições portuguesas, foi descoberto tratar-se realmente de um continente, e novamente o nome foi alterado. A nova terra passou a ser
  • 40. chamada de Terra de Santa Cruz. Somente depois da descoberta do pau- brasil, ocorrida no ano de 1511, nosso país passou a ser chamado pelo nome que conhecemos hoje: Brasil. A descoberta do Brasil ocorreu no período das grandes navegações, quando Portugal e Espanha exploravam o oceano em busca de novas terras. Poucos anos antes da descoberta do Brasil, em 1492, Cristóvão Colombo, navegando pela Espanha, chegou a América, fato que ampliou as expectativas dos exploradores. Diante do fato de ambos terem as mesmas ambições e com objetivo de evitar guerras pela posse das terras, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Tordesilhas, em 1494. De acordo com este acordo, Portugal ficou com as terras recém descobertas que estavam a leste da linha imaginária (370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde), enquanto a Espanha ficou com as terras a oeste desta linha. Mesmo com a descoberta das terras brasileiras, Portugal continuava empenhado no comércio com as Índias,
  • 41. pois as especiarias que os portugueses encontravam lá eram de grande valia para sua comercialização na Europa. As especiarias comercializadas eram: cravo, pimenta, canela, noz moscada, gengibre, porcelanas orientais, seda, etc. Enquanto realizava este lucrativo comércio, Portugal realizava no Brasil o extrativismo do pau-brasil, explorando da Mata Atlântica toneladas da valiosa madeira, cuja tinta vermelha era comercializada na Europa. Neste caso foi utilizado o escambo, ou seja, os indígenas recebiam dos portugueses algumas bugigangas (apitos, espelhos e chocalhos) e davam em troca o trabalho no corte e carregamento das toras de madeira até as caravelas. Foi somente a partir de 1530, com a expedição organizada por Martin Afonso de Souza, que a coroa portuguesa começou a interessar-se pela colonização da nova terra. Isso ocorreu, pois havia um grande receio dos portugueses em perderem as novas terras para invasores que haviam ficado de fora do tratado de Tordesilhas, como, por exemplo, franceses, holandeses e ingleses. Navegadores e piratas destes povos,
  • 42. estavam praticando a retirada ilegal de madeira de nossas matas. A colonização seria uma das formas de ocupar e proteger o território. Para tanto, os portugueses começaram a fazer experiências com o plantio da cana-de- açúcar, visando um promissor comércio desta mercadoria na Europa. Escravidão No Brasil Colonial - Resumo Resumo Da História Da Escravidão No Brasil, Escravos No Brasil Colonial Escravos trabalhando num engenho de açúcar ( Debret) Resumo - A escravidão começou no Brasil no século XVI. Os colonos portugueses
  • 43. começaram escravizando os índios, porém a oposição dos religiosos dificultou esta prática. Os colonos partiram para suas colônias na África e trouxeram os negros para trabalharem nos engenhos de açúcar da região Nordeste. - Os escravos também trabalharam nas minas de ouro, a partir da segunda metade do século XVIII. - Tanto nos engenhos quanto nas minas, os escravos executavam as tarefas mais duras, difíceis e perigosas. - A maioria dos escravos recebia péssimo tratamento. Comiam alimentos de péssima qualidade, dormiam na senzala (espécie de galpão úmido e escuro) e recebiam castigos físicos. - O transporte dos africanos para o Brasil era feito em navios negreiros que apresentavam péssimas condições. Muitos morriam durante a viagem.
  • 44. - Os comerciantes de escravos vendiam os negros como se fossem mercadorias. - Os escravos não podiam praticar sua religião de origem africana, nem seguir sua cultura. Porém, muitos praticavam a religião de forma escondida. - As mulheres também foram escravizadas e executavam, principalmente, atividades domésticas. Os filhos de escravos também tinham que trabalhar por volta dos 8 anos de idade. - Muitos escravos lutaram contra esta situação injusta e desumana. Ocorreram revoltas em muitas fazendas. Muitos escravos também fugiram e formaram quilombos, onde podiam viver de acordo com sua cultura. - A escravidão só acabou no Brasil no ano de 1888, após a decretação da Lei Áurea.
  • 45. Capitanias Hereditárias - Resumo As Capitanias Hereditárias, Resumo, Criação, Objetivos, Donatários, Administração Colonial Mapa das Capitanias Hereditárias As Capitanias Hereditárias e a Administração colonial As Capitanias hereditárias foi um sistema de administração territorial criado pelo rei de Portugal, D. João III, em 1534. Este sistema consistia em dividir o território brasileiro em grandes faixas e entregar a administração para particulares (principalmente nobres com relações com a Coroa Portuguesa).
  • 46. Este sistema foi criado pelo rei de Portugal com o objetivo de colonizar o Brasil, evitando assim invasões estrangeiras. Ganharam o nome de Capitanias Hereditárias, pois eram transmitidas de pai para filho (de forma hereditária). Estas pessoas que recebiam a concessão de uma capitania eram conhecidas como donatários. Tinham como missão colonizar, proteger e administrar o território. Por outro lado, tinham o direito de explorar os recursos naturais (madeira, animais, minérios). O sistema não funcionou muito bem. Apenas as capitanias de São Vicente e Pernambuco deram certo. Podemos citar como motivos do fracasso: a grande extensão territorial para administrar (e suas obrigações), falta de recursos econômicos e os constantes ataques indígenas. O sistema de Capitanias Hereditárias vigorou até o ano de 1759, quando foi extinto pelo Marquês de Pombal.
  • 47. Capitanias Hereditárias criadas no século XVI: Capitania do Maranhão Capitania do Ceará Capitania do Rio Grande Capitania de Itamaracá Capitania de Pernambuco Capitania da Baía de Todos os Santos Capitania de Ilhéus Capitania de Porto Seguro
  • 48. Capitania do Espírito Santo Capitania de São Tomé Capitania de São Vicente Capitania de Santo Amaro Capitania de Santana Revoltas Nativistas No Brasil Colonial - Resumo, História Contexto Histórico, Causas, Principais Revoltas, Resumo, História, Líderes Revolta de Filipe dos Santos: uma das revoltas nativistas
  • 49. Introdução As revoltas nativistas foram aquelas que tiveram como causa principal o descontentamento dos colonos brasileiros com as medidas tomadas pela coroa portuguesa. Ocorreram entre o final do século XVII e início do XVIII. A maior parte destas revoltas foi reprimida com violência pela coroa portuguesa, como forma de controlar seu domínio sobre a colônia brasileira. Principais causas: - Monopólio português do comércio de mercadorias. - Preços elevados cobrados pelos produtos comercializados pelos portugueses.
  • 50. - Medidas da metrópole que favoreciam os portugueses, principalmente os comerciantes. - Conflitos culturais, políticos e comerciais entre colonos e portugueses. - Altos impostos cobrados pela coroa portuguesa, principalmente sobre a extração de ouro realizada pelos colonos brasileiros. - Exploração colonial praticada por Portugal. - Rígido controle, através de leis, imposto pela metrópole sobre o Brasil. Principais revoltas nativistas: Revolta de Beckman
  • 51. Ocorreu no Maranhão em 1684. Liderada por Manuel Beckman, teve como causa principal a falta de mão-de-obra escrava e o desabastecimento e altos preços das mercadorias comercializadas pela Companhia Geral de Comércio do Estado do Maranhão, criada pela coroa portuguesa em 1682. Guerra dos Emboabas Ocorreu em Minas Gerais entre os anos de 1708 e 1709. Os bandeirantes paulistas queriam exclusividade na exploração das minas de ouro descobertas por eles. Porém, portugueses e colonos de outros estados (chamados de emboabas pelos paulistas) também queriam o direito de exploração. O conflito ocorreu pela disputa de exploração do ouro entre estes dois grupos. Guerra dos Mascates
  • 52. Ocorreu em Pernambuco entre 1710 e 1711. Teve como principal causa a disputa política entre os senhores de engenho de Olinda e os mascates (comerciantes portugueses) pelo controle de Pernambuco. Revolta de Filipe dos Santos Também conhecida como Revolta de Vila Rica, ocorreu em Vila Rica (Minas Gerais), atual Ouro Preto, no ano de 1720. Liderada por Filipe dos Santos, teve como causas: - A cobrança de altos impostos e taxas pela coroa portuguesa sobre a exploração de outro no Brasil. - A criação das Casas de Fundição, criada para controlar e arrecadar impostos sobre o ouro encontrado na colônia.
  • 53. - Proibição da circulação do ouro em pó, com punições severas para quem fosse pego com o ouro nesta condição. - Monopólio das principais mercadorias pelos comerciantes portugueses. Outras revoltas nativistas: - Revolta do Sal (São Paulo e Minas Gerais - 1710) - Revolta da Cachaça (Rio de Janeiro - 1660 a 1661) - Motins do Maneta (Salvador-BA - 1711) Guerra Guaranítica - Resumo, Causas E Consequências O Que Foi, Causas E Consequências, Resumo, História, Tratado De Madri, Sete Povos Das Missões, Contexto Histórico
  • 54. Guerra Guaranítica: resistência indígena aos colonizadores O que foi A Guerra Guaranítica foi um conjunto de conflitos militares entre índios guaranis e as tropas portuguesas e espanholas. Ocorreu na região sudoeste do Brasil entre os anos de 1754 e 1756. É considerado o principal levante indígena brasileiro contra o domínio dos colonizadores europeus. Contexto histórico
  • 55. Em 1750, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Madri. Este tratado redefinia a divisão das terras da América do Sul entre portugueses e espanhóis. De acordo com ele, a região dos Sete Povos das Missões (atual região oeste do RS), que era da Espanha, deveria ser entregue aos portugueses. Em troca, a Espanha ficaria com a Colônia do sacramento. Os jesuítas espanhóis, que atuavam na área, não aceitaram o acordo e armaram os indígenas da região. Quando os portugueses foram tomar posse da região, em 1754, houve conflito militar entre estes e os índios, que não aceiraram deixar suas terras. Teve início então a Guerra Guaranítica. Tropas espanholas também entraram na batalha, ao lado dos portugueses, e combateram os indígenas na tentativa de expulsá-los das terras, fazendo assim cumprir o Tratado de Madri. Causas:
  • 56. - Tratado de Madri (1750) que estabelecia a entrega da região dos Sete Povos das Missões, controlada por jesuítas espanhóis, a Portugal. - Armamento dos indígenas da região pelos jesuítas espanhóis, para que estes resistissem aos portugueses e defendessem a posse da terra na região. - Disputas territoriais entre Portugal e Espanha em meados do século XVIII. - Poder dos jesuítas nas regiões que faziam a catequização dos índios, assim como a forte influência sobre estes nativos. - Forte desejo dos índios guaranis em permanecer em suas terras, não obedecendo aos acordos feitos pelos governantes europeus. Ou seja, o sentimento de resistência ao domínio dos colonizadores europeus estava presente entre os guaranis.
  • 57. Consequências: - Morte de mais de vinte mil índios guaranis da região dos Sete Povos das Missões. - Destruição dos Sete Povos das Missões em 1756. - Diminuição da influência dos jesuítas na região sul do Brasil. Curiosidade: O principal líder indígena guarani, durante a Guerra Guaranítica, foi Sepé Tiaraju. É considerado até hoje uma espécie de herói e símbolo da resistência indígena contra a opressão dos colonizadores europeus.   