ATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docx
Durkheim e weber_aula
1. 21/03/2011
1 Sociologia
Prof. Jorge Alexandro Barbosa
2 Sobre sua formação:
A criação da sociologia não é obra de um só pensador, mas resultou do trabalho de
agentes empenhados em compreender as situações de existência em curso após a
Revolução Industrial.
3 Durkheim e o Fato Social
Émile Durkheim (Èpinal, 1858 — Paris – 1917), é um dos patriarcas das Ciências Sociais,
sendo o fundador da escola francesa de Sociologia, que combinava pesquisa empírica e
teoria sociológica. Trata-se de um dos melhores teóricos do conceito da coesão social.
4 ÉMILE DURKHEIM
5 Consciência coletiva
Consciência individual
Coletiva: Crenças e sentimentos comuns aos membros de uma sociedade,que forma um
sistema com vida própria;
◦ Na vida social a consciência coletiva está acima do indivíduo e externa a ele.
Individual: é a nossa personalidade, nossos valores e crenças - enfim, é o que nos
identifica enquanto pessoas.
6 Existência da sociedade e da coesão social
Adaptação ao processo de socialização que consistem em:
◦ Assimilação de:
Valores
Hábitos
Costumes
7 O FATO SOCIAL
A sociedade prevalece sobre o indivíduo;
Sociedade: conjunto de normas de ação, de pensamento e de sentimento construídos
exteriormente;
Trata-se de um conjunto de regras e normas coletivas que possui como características:
◦ Exterioridade;
◦ Coercitividade;
◦ Generalidade [permeia toda a sociedade]
8 Sobre o método
O método para fazer-se sociologia reside na separação desses dois elementos, ver os
fatos sociais como expressão da coletividade, ver esta coletividade como “coisas”.
Por que sempre insistimos em vermos os fatos sociais como ‘coisas’?
Porque o pesquisador precisa se distanciar da realidade do qual estar estudando para
que seus valores e “pré-conceitos” não tornem a explicação da sociedade “contaminada”
com seus valores.
O que isto quer dizer?
Que o sociólogo deve ser imparcial
SERÁ?
9 Quando surge um fato?
Quando os indivíduos tenham misturados suas ações e dessa combinação surja um novo
produto.
E o que surgi:
◦ normas;
- instituições;
- educação.
1
2. 21/03/2011
Para ele a sociedade é a soma de indivíduos – ou seja, uma associação de pessoas que
pode representar uma realidade especifica.
10 A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO [1893]
Aborda a interação social;
A existência da sociedade é possível a partir de determinado grau de consenso entre os
indivíduos;
11 Tipos de Solidariedade:
Durkheim acreditava que o homem pudesse ser classificado numa escala evolutiva, de
sociedade mais simples para sociedades mais complexas, por isso criou a tipologia sobre
as formas de solidariedade que podem ser:
12 Solidariedade Mecânica
Baseada num direito repressivo;
Na sociedade onde predomina a solidariedade mecânica “o individuo não se pertence”,
ele é uma coisa do qual dispõe a sociedade. Aqui a consciência individual é menor.
Prevalece as normas e costumes da comunidade, tudo é feito em razão dos costumes
locais, nada é feito sem que a comunidade o permita.
13 Solidariedade Orgânica
Baseada num direito restitutivo;
É a integração a partir da diferenciação entre indivíduo e grupos no interior da
sociedade. Este tipo de solidariedades é produzida a partir da divisão do trabalho, e pela
especialização da mesma. A sociedade orgânica só se fortalece quando cada pessoa tem
consciência de seu papel social, tem consciência do seu campo de atuação.
As leis na sociedade orgânica está baseada numa moral profissional. Aqui o direito é
restitutivo, onde as punições são impostas a reparações dos prejuízos causados por
descumprimento das obrigações profissionais.
14 MAX WEBER
15 Max Weber e a AÇÃO SOCIAL
Sociólogo alemão (21/04/1864 [Erfurt] 14/06/1920 [Munique]), cresceu e amadureceu
intelectualmente sob o contexto histórico da unificação alemã (1871), e a I Guerra
Mundial (1914-1918).Sua obra influenciou inúmeras áreas do saber, dentre as quais:
sociologia, política, história, economia, metodologia e direito. Dentre suas obras
destacam-se A ética protestante e o espírito do capitalismo; Economia e sociedade e
Política, uma vocação.
16 A AÇÃO SOCIAL
A sociedade pode ser compreendida a partir do conjunto de ações individuais
Reciprocamente referidas: o indivíduo orienta sua ação a partir do outro;
Para que haja uma ação deve, então, haver uma relação significativa.
17 Tipos de Ação Social:
Ação tradicional: determinada por costumes ou hábito arraigado;
Ação afetiva: determinada por afetos ou estados sentimentais;
Ação racional com relação a valores: determinada pela crença consciente num valor
considerado importante;
Ação racional com relação a fins: determinada pelo cálculo racional que coloca fins e
organiza meios necessários
18 Política e Estado
Não pode ser definido em termos de seus fins, uma vez que já se propôs a praticamente
tudo;
Fim do Estado em: Roma (expansão), Esparta (guerra), Judeus e Muçulmanos (religião),
2
3. 21/03/2011
Marselheses (comércio), etc.Fim mínimo do Estado: sua conservação (manutenção da
ordem interna e afirmação no plano externo de sua soberania);
Nas concepções idealistas que Weber critica, o Estado era definido teleologicamente,
fosse seu fim a Justiça, o Bem Comum, a Ordem, o Bem-Estar ou a Felicidade dos
súditos.
19 Sobre o Estado algumas atribuições, segundo WEBER:
Estado: sociedade humana que detém o monopólio do uso legítimo da força física
dentro de um determinado território.
A força não é o meio normal nem o único quanto ao exercício do poder, mas trata-se de
um meio específico do Estado, que possui o monopólio da coerção;
Como as instituições que o precederam, o Estado é uma relação de dominação de
homens sobre homens, mantida por meio da violência legítima.
Para que o Estado exista é necessário que os dominados se submetam a quem está no
poder
20 Estado pode renunciar:
monopólio do poder ideológico (separação entre Igreja e Estado, numa renúncia pelo à
imposição de uma fé em detrimento da liberdade de religião e opinião);
monopólio do poder econômico, expresso no reconhecimento da liberdade da empresa
econômica, como no caso do Estado liberal.
21 Meios necessários à dominação
Para garantir obediência é indispensável o controle dos bens necessários para o uso da
força física;
Controle do quadro de pessoal executivo (vínculo coercitivo, incentivos: recompensa
material e honraria social);
Controle dos implementos materiais da administração.
22 Formas de poder legítimo
Tradicional:
◦ Dos poderes senhoriais (há muito existentes);
◦ Baseado na crença da santidade das ordenações e obedece-se à pessoa em virtude de
sua dignidade própria, santificada pela tradição: por fidelidade;
◦ O tipo que manda é o senhor, o que obedece é o súdito;
◦ Exercido pelo patriarca, pelo príncipe patrimonial;
23 Formas de poder legítimo
Carismático:
◦ Baseado na devoção afetiva à pessoa do senhor e a seus dotes sobrenaturais
(carisma) e, particularmente: a revelações, heroísmo, poder intelectual ou de oratória;
◦ O tipo que manda é o líder, o que obedece é o apóstolo;
◦ Exercido pelo profeta, pelo herói guerreiro, pelo grande demagogo, pelo governante
plebiscitário;
◦ Pessoal e extraordinário
24 Formas de poder legítimo 2
Racional-legal:
◦ Baseado na validade do estatuto legal e na competência funcional fundada em regras
racionalmente criadas;
◦ A obediência se deve à virtude do direito e da regra estatuída, que estabelece ao
mesmo tempo a quem e em que medida se deve obedecer, assim, quem ordena
obedece ao emitir uma ordem;
◦ Aquele que ordena é o superior e o que obedece é o funcionário (caso do moderno
servidor do Estado e assemelhados);
25 Tipologia de Estados segundo o controle dos bens necessários para dominação
Estados estamentais: se baseiam no princípio de que os próprios quadros são donos dos
3
4. 21/03/2011
meios administrativos (dinheiro, carros, cavalos, edifícios, armas, etc...). O senhor
domina com uma aristocracia autônoma, com ela dividindo o domínio.
◦ Ex: Estado feudal;
Estados centralizados: se baseiam no princípio de que o próprio senhor dirige a
administração, tomando-a em suas mãos, tornando os homens pessoalmente
dependentes dele. Busca cobrir as despesas com seus próprios recursos e busca criar
um exército que seja dependente dele. Os quadros são separados dos meios de
administração.
◦ Ex: Domínio patriarcal,
estados burocráticos, ditaduras (Estado moderno).
•
26 Estado Moderno
Fatores que propiciaram o surgimento do Estado moderno:
◦ Processo de centralização administrativa, jurídica, econômica e militar do poder nas
mãos do príncipe, que busca o controle total dos meios de organização política
(expropria portadores privados e autônomos do poder);
◦ O Estado moderno é uma organização compulsória que organiza a dominação.
27 Sobre os Políticos Profissionais:
Durante o processo de expropriação política surgiram os políticos profissionais, como
decorrência da luta dos príncipes com os estamentos que serviam aos príncipes.A
burocratização e a luta dos partidos por cargos tendem a aumentar o número de
políticos profissionais (vivem da política).
28 Tipos de políticos profissionais
Clero: dotou o serviço público de pessoas letradas e que pudessem ser usadas contra a
aristocracia. Tinham pouco interesse, devido a sua natureza, de conseguir poder
político;
Literatos de educação humanística: influíram politicamente principalmente no oriente;
Nobreza cortesã: depois que perderam o poder político foram atraídos para corte e
usadas no serviço político e diplomático;
Pequena nobreza e gentleman (Inglaterra): foram usados pelos príncipes para
neutralizar o poder dos barões. Salvaram a Inglaterra da burocratização;
Jurista de formação universitária (Ocidente): relação estreita entre jurista e política
(fluência verbal e poder de convencimento);
Jornalista: representante mais importante na propaganda oficial do Estado
Funcionário do partido: vitais para organização partidária depois da expansão do direito
de voto. Mantêm o parlamentar sob controle e dirigem a máquina partidária. O homem
a quem a máquina segue.
29 Lógica do político vocacionado e do político técnico
técnico:
◦ Obedece às normas e à hierarquia;
◦ Administração imparcial;
◦ Elevada disciplina moral.
Lógica do político:
◦ Responsabilidade pessoal pelos seus atos;
◦ Tomar posições
◦
30 Liderança carismática: político vocacionado
Weber se mostra favorável a sistemas políticos que criam lideranças políticas
carismáticas. Para ele somente há escolhas entre democracia com liderança, com uma
máquina burocrática favorável ao papel do líder. Uma democracia sem líder o domínio
passa exclusivamente para as mais dos políticos profissionais, sem vocação que vão
atender a interesses nem sempre voltados à sociedade.
4
5. 21/03/2011
31 Qualidades de um político com vocação:
Paixão: dedicação apaixonada a uma causa;
Senso de responsabilidade: como guia de ação;
Senso de proporções: capacidade de deixar que as coisas atuem sobre ele com uma
concentração e calma íntimas.
5