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Contabilidade de Custos I
Aula 01

Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.
O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de
discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente
virtual de aprendizagem UNINOVE.

Uso consciente do papel.
Cause boa impressão, imprima menos.
Aula 01: As bases da contabilidade de custos
Objetivo: Conhecer em qual contexto histórico, social e econômico o estudo do
custo e sua mensuração se tornaram necessários; quais preocupações motivaram
os gestores a compreender, sistematizar e controlar os gastos envolvidos na
elaboração de um produto e sua importância no processo de tomadas de decisão.

Contextualização histórica

Prezado aluno, seja bem-vindo à primeira aula de nosso curso!
Grandes transformações econômicas e sociais foram observadas nos países
europeus entre os séculos XII e XVIII, com o crescimento das grandes metrópoles e
sua transformação nos principais centros de comércio e produção. Como
consequência, as migrações populacionais para as grandes cidades esvaziaram o
campo e tornaram a agricultura em opção profissional secundária.
Muitas atividades comerciais eram realizadas nas grandes cidades de forma
artesanal e por encomenda, como alfaiataria, sapataria, marcenaria, serralheria,
entre outras. Elas envolviam, geralmente, toda a família e eram realizadas em casa,
sem horário determinado para a operação nem volume determinado de produção.
A utilização de novas fontes de energia, como carvão, eletricidade e,
posteriormente, petróleo, permitiam o avanço tecnológico e o desenvolvimento de
máquinas e equipamentos produtivos que poderiam transformar a oferta artesanal
em produção em massa.
Os industriários aproveitaram a imensa mão de obra disponível ao redor para
alimentar processos produtivos que atenderiam à demanda crescente nas cidades.
Essas transformações ocorreram no período histórico chamado de Revolução
Industrial.
Homens eram escolhidos para as atividades que exigissem força braçal e,
para as outras, mulheres e crianças eram recrutadas preferencialmente por serem
consideradas subservientes e mais facilmente intimidadas.
Tais abusos refletiam em redução de custos com a mão de obra,
considerando também a inexistência de direitos trabalhistas e qualquer limite à
jornada de trabalho.
O engenheiro norte-americano Frederick Wislow Taylor iniciou os estudos dos
tempos de produção, na busca pela eliminação do desperdício e da ociosidade
operária e pela redução dos custos de produção.
Introdução à Contabilidade de Custos – origens e evolução

Como mencionado anteriormente, até a Revolução Industrial (século XVIII),
os bens eram quase todos produzidos de forma artesanal, por pessoas ou grupos de
pessoas que não se organizavam sob a forma de empresas e as informações de um
sistema de custos eram bastante simples.
Até então, a Contabilidade Financeira (ou Geral) estava estruturada para
atender, basicamente, às empresas comerciais. Nelas, os registros eram efetivados
em duas oportunidades: quando da aquisição das mercadorias, com a entrada nos
estoques e, nas vendas, estes estoques eram baixados através de uma conta de
resultado denominada Custo das Mercadorias Vendidas (CMV). O CMV era apurado
com a identificação dos estoques no início e no final do período em que se levantava
o Balanço Patrimonial. (Martins, 2003, p.19-20)
Com o surgimento das industriais, tornou-se mais complexa a apuração do
resultado e o levantamento de balanço, pois o valor de compras na empresa
comercial estava sendo substituído por uma série de valores pagos pelos fatores de
produção utilizados.
Surgiu, então, a necessidade de adaptação dos critérios de avaliação de
estoques para as indústrias, ou seja, o tratamento dado aos custos passou a ser
mais bem elaborado com o surgimento da indústria de transformação e sua atuação
em larga escala, embalada pela Revolução Industrial, quando a aquisição de
mercadorias não era destinada à venda, mas à transformação em outros produtos.
Aliado a outros fatores de produção, passou a se denominar de matériaprima, tendo-se voltado inicialmente para a avaliação dos estoques e determinação
do Resultado do Período e, dessa forma, ficou mais difícil para o contador
determinar o valor dos estoques.
Essa dificuldade na determinação dos custos resultou no surgimento da
Contabilidade de Custos. Com a evolução das atividades das empresas, abertura do
seu capital, globalização, necessidade de informações mais precisas e rápidas para
os dirigentes e outros usuários de informações, no sentido de se tomar atitudes e
resoluções tanto em sua operacionalização quanto no seu posicionamento junto às
atividades do mundo financeiro, passou-se a se exigir mais e melhores informações
no menor tempo possível.
As informações servem também para a tomada de decisões e não somente
para fins de determinação do resultado contábil no final de um período, tendo, a
partir daí, um caráter mais gerencial.
No que diz respeito à Decisão, por sua vez, consiste na alimentação de
informações sobre valores relevantes relativos às consequências de curto e longo
prazos sobre medidas de introdução ou corte de produtos, administração de preços
de vendas, opção de compra ou produção entre outras.

Objetivos da Contabilidade de Custos

Segundo

(Megliorini,

2012,

p.

3-4),

as

informações

geradas

pela

Contabilidade de Custos contribuem para:


A determinação dos custos dos insumos aplicados na produção; aplicados
nas diversas áreas que compõem uma organização.



A redução dos custos dos insumos aplicados na produção ou diversas áreas
que compõem uma organização; dos desperdícios de materiais, tempo
ocioso, etc.



O controle das operações e das atividades e elaboração de orçamentos.



A administração, auxiliando-a para tomar decisões ou resolver problemas
especiais.
A contabilidade de custos também auxilia na solução de problemas
relacionados:


Ao preço de venda.



À contribuição de cada produto ou linha de produtos para o lucro da empresa.



Ao preço mínimo de determinado produto em situações especiais e ao nível
mínimo de atividade em que o negócio passa a ser viável.



Ao gerenciamento dos custos.

Vale a pena conferir
1. Assista ao vídeo As consequências da revolução industrial – criando maravilhas.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=t-FkprvquUo>. Acesso em: 13
ago. 2013.
2. Leia o artigo: Evolução histórica da contabilidade e dos sistemas de gestão de
custos, dos autores Ewerson Moraes da Silva e Myriam Becho Mota. Disponível em:
<http://www.iepg.unifei.edu.br/edson/artigosconginter04.htm>. Acesso em: 13 ago.
2013.

Caro aluno, não se esqueça...

Está na hora de acessar o AVA e resolver os exercícios elaborados para esta
aula! Verifique seus conhecimentos e reforce seu aprendizado! Em caso de dúvida,
discuta-ás no Fórum com os colegas e com o professor... Bom estudo!
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REFERÊNCIAS

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
MEGLIORINI, Evandir. Análise e Gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall
Brasil, 2012.
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso Básico Gerencial de Custos. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2005.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos Fácil. São Paulo: Saraiva, 2002.
SHANK, John K. A Revolução dos Custos. Rio de Janeiro: Campus. 1997.
Contabilidade de Custos I
Aula 02

Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.
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Aula 02: Terminologia contábil básica
Objetivo: Conhecer a terminologia adequada à Contabilidade de Custos.

Termos fundamentais

Caro aluno, seja bem-vindo a 2ª aula! Já vimos que as transformações
econômicas e sociais ocorridas entre os séculos XII e XVIII trouxeram modificações,
como o crescimento das metrópoles e esvaziamento do campo, o surgimento dos
processos produtivos e a necessidade de compreensão dos gastos (custos).
O estudo na área dos custos de todo e qualquer processo produtivo envolverá
especialmente a compreensão de como os diferentes gastos ocorrem; o que motiva
sua ocorrência; como podem e devem ser quantificados; são periódicos (ocorrem
regularmente) ou eventuais (ocorrem raramente)? O controle destes gastos
necessitará, fundamentalmente, do entendimento de todos estes aspectos. Dessa
forma, inicialmente, é indispensável conhecer os termos utilizados no estudo dos
custos e sua sistemática. A seguir, tomaremos conhecimento dos principais termos
utilizados:
 Ativo: são os diversos recursos à disposição de uma empresa e por ela
controlados,

adquiridos

de

fornecedores

(materiais,

componentes,

embalagens), financiadores (máquinas, equipamentos, instalações, bens
duráveis), colaboradores (mão de obra), investidores (empréstimos de curto
ou longo prazo) e dos sócios formadores da empresa (capital social). A
utilização destes diferentes recursos cria expectativas de benefícios
econômicos futuros, com a geração de fluxos de caixa. Alguns destes
recursos serão direcionados ao processo produtivo, os quais serão alocados,
portanto, à unidade fabril (fábrica) e contribuirão diretamente aos objetivos da
empresa. Outros recursos serão utilizados nos demais departamentos e
colaborarão indiretamente aos objetivos da empresa.
Ativos

 Gasto: este termo representa os compromissos financeiros (dívidas)
assumidos pela empresa na aquisição de recursos que serão consumidos no
processo produtivo da fábrica (empresa industrial), mercadorias a serem
revendidas (empresa comercial); recursos para a realização de serviços;
recursos a serem consumidos no ambiente de administração e comercial.

Gastos
 Custo: este termo representa o conjunto de recursos consumidos para que a
operação de uma empresa se efetive. Desta forma, ele corresponde aos
recursos que alimentam o processo de elaboração de um produto (empresa
industrial), aos recursos do processo de revenda de mercadorias (empresa
comercial) e aos recursos necessários para a realização da prestação de
serviços (empresa prestadora de serviços).

Diferentes Segmentos

 Despesa: ao contrário do custo, que ocorre especificamente no consumo de
recursos para efetivação da operação de uma empresa (industrial, comercial
ou prestadora), as despesas representam recursos consumidos com as
atividades dos outros departamentos que indiretamente colaboram com os
objetivos da empresa (Recursos Humanos, CPD, Contabilidade/ Financeiro,
Comercial). Os recursos necessários para efetivar a venda de produtos já
elaborados, como transporte, propaganda, comissões e logística, também
pertencem à categoria das Despesas.
 Investimento: os diversos recursos a serem utilizados na realização da
operação

da

empresa

como

materiais,

equipamentos,

ferramental,

mercadorias ou veículos são considerados investimentos desde o momento
em que são adquiridos até serem enviados ao processo produtivo. Deste
momento em diante, serão considerados custos.
 Perda: é caracterizado pelo consumo anormal de recursos (gasto com mão
de obra durante um período de greve), involuntário (perdas de instalações,
móveis e utensílios ou imóveis em incêndios ou inundações) ou ineficiências
do processo produtivo (desperdício de materiais). Quando as perdas são
reconhecidas

na

demonstração

do

resultado,

elas

são

geralmente

demonstradas separadamente, pois sua divulgação é útil para fins de tomada
de decisões econômicas.

Perdas

 Desembolso: é o consumo de recursos financeiros para o efetivo pagamento
pela aquisição de materiais diversos, equipamentos, mão de obra, entre
outros.

Pagamento
Caro aluno, atenção! Vamos acompanhar um exemplo prático envolvendo os
elementos apresentados:
Consideramos a compra de uma matéria-prima, a qual, em si (à vista ou a
prazo), é um gasto. Ao abastecer o estoque de matéria-prima, temos um
investimento (pois o material ficará estocado até que seja requisitado para consumo,
isto é, aplicado na produção de um bem). Ao requisitá-lo ao estoque e aplicá-lo na
produção, temos a ocorrência do custo. Ao concluir o produto e estocá-lo para
venda, temos novamente um investimento no estoque (estoque de produtos
acabados). Para realizar a venda do produto, os gastos incorridos serão
considerados despesas, bem como os gastos incorridos na administração da
empresa.
Assim, os custos são a parcela do gasto ligado à produção, como mão de
obra da área fabril (a mão de obra compreende qualquer funcionário de uma
empresa que trabalhe no processo de fabricação ou em funções administrativas da
divisão fabril. O custo da mão de obra corresponde à somatória dos gastos com
salários e encargos sociais), matéria-prima (a matéria-prima compreende os
materiais usados no processo de fabricação, transformados em produtos), aluguéis
de prédios da fábrica, depreciação de máquinas e instalações fabris, energia elétrica
consumida na fábrica etc. Despesa é a parcela do gasto não ligado à produção,
como mão de obra dos departamentos de administração e de vendas, comissões de
vendedores, aluguéis de escritórios, depreciação de móveis e utensílios,
manutenção e depreciação dos prédios administrativos etc.
Prezado aluno, este é o momento de reforçar os conhecimentos adquiridos
nesta aula! Desenvolva os exercícios disponibilizados na plataforma AVA e
concretize seu aprendizado. Se suas dúvidas persistirem, não se esqueça de
compartilhar com o professor. Até a próxima aula!
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para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado.

REFERÊNCIAS

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso Básico Gerencial de Custos. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2005.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos Fácil. São Paulo: Saraiva 2002.
SHANK, John K. A Revolução dos Custos. Rio de Janeiro: Campus. 1997.
Contabilidade de Custos I
Aula 03

Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.
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Aula 03: Princípios de Contabilidade aplicados à Contabilidade de
Custos
Objetivo: Compreender a essência dos padrões e normas contidos nos princípios
de Contabilidade.

Prezado aluno, olá! Os estudos desenvolvidos na área de custos, como em
qualquer outra área da Contabilidade, possuem caráter científico e precisam,
portanto, obedecer a padrões e normas que deverão ser seguidos e respeitados por
todos que desenvolverem tais estudos.

Princípios de Contabilidade

O respeito e a observância aos princípios de Contabilidade asseguram a
uniformidade de procedimentos aplicados por todas as empresas sobre seus ativos
e passivos, em consonância ao entendimento predominante pelos estudiosos da
Contabilidade nos âmbitos científico e profissional.

Princípio da Entidade

Conforme o CFC, Resolução 750/93:

O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos
patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma
pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de
qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por
consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com
aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou
instituição. (CFC, 1993)
A Contabilidade observará os fatos exclusivamente relacionados ao
patrimônio (recursos adquiridos e dívidas assumidas) da empresa, tendo como
finalidade analisar, avaliar e controlar estes recursos colocados à disposição da
empresa, providenciar os pagamentos aos financiadores e fornecedores destes
recursos, e apurar o resultado observado do confronto entre gastos e ganhos da
empresa, periodicamente. Dessa forma, recursos e dívidas pessoais de seus sócios
não devem ser confundidos com os da empresa. Deve ser mantida uma completa
separação entre os patrimônios pessoal e empresarial.

Princípio da continuidade
Segundo o CFC, em sua Resolução 1282/2010, “O Princípio da Continuidade
pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a
mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta
circunstância.” (CFC, 2010)
A empresa é formada em dado momento sem uma perspectiva definitiva de
sua duração, portanto, com ânimo de permanência. Por estar dissociada, em
princípio, das pessoas de seus donos (sócios), a empresa deverá permanecer e
seguir ativa depois que estes não mais existirem.

Princípio da Oportunidade
De acordo com o CFC, Resolução 1282/2010, “O Princípio da Oportunidade
refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes
patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.” (CFC, 2010)
Todas as informações, para se tornarem úteis à tomada de decisão dos
gestores, devem estar completas e à disposição destes gestores a tempo da decisão
ser tomada. Para tanto, o processo de mensuração e apresentação dos
componentes patrimoniais deve ser feito com cuidado.
Princípio do Registro pelo Valor Original
Conforme o CFC, Resolução 1282/2010, “O Princípio do Registro pelo Valor
Original determina que os componentes do patrimônio devam ser inicialmente
registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional.”
(CFC, 2010)
As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e
combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:


Custo histórico: os ativos são registrados pelos valores pagos, a serem
pagos em caixa, equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que
são entregues para adquiri-los na data da aquisição.
Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos
em troca da obrigação ou em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa
ou equivalentes de caixa, que serão necessários para liquidar o passivo no
curso normal das operações.



Variação do custo histórico: uma vez integrados ao patrimônio, os
componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações
decorrentes de diferentes fatores.

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Princípio da Competência

Segundo o CFC, Resolução 1282/2010:

O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações
e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem,
independentemente do recebimento ou pagamento.
Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a
simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas
correlatas. (CFC, 2010).

Este é o princípio que melhor caracteriza o pensamento contábil, dando-lhe
forma e dinâmica próprias. Deve-se separar um fato contábil de sua consequência
futura, pagamento ou recebimento, registrando este fato agora, no ato de sua
ocorrência.
Certamente existe a preocupação ou a probabilidade de uma compra ou uma
venda, por motivos inesperados e ocorridos posteriormente, acabem por não serem
pagas ou recebidas como deveriam. Essa preocupação não deve prevalecer, pois se
esperássemos pela definição do pagamento ou recebimento para registrar um fato
contábil, estaríamos mudando-o de sua posição correta, transportando-o para o
futuro.
O resultado (diferença entre gastos e ganhos do período) deve ser
considerado neste período, e não no próximo.

Princípio da Prudência

De acordo com o CFC, na Resolução 750/93:

O Princípio da Prudência determina a adoção do menor valor para os
componentes do ativo e do maior para os do passivo, sempre que se
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. (CFC, 1993)

Este princípio se aplica a fatos contábeis cuja mensuração de valor não é
precisa inicialmente e se definirá posteriormente, como retornos de investimentos e
aplicações, pagamento de indenizações ou direitos trabalhistas e ações judiciais
envolvendo impostos a receber ou pagar.
Para evitar que recebimentos futuros sejam superestimados e pagamentos
futuros, subestimados, o princípio prevê que se considere um valor provavelmente
maior para os pagamentos e um valor provavelmente menor para os recebimentos.

Prezado aluno, acesse agora a plataforma AVA para realizar os exercícios de
fixação deste conteúdo. Exercite bastante! Participe também do fórum e compartilhe
suas opiniões com o grupo de estudos.

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REFERÊNCIAS
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE — CFC. Resolução CFC Nº 1282/10.
Disponível

em:

<http://www.crcsp.org.br/portal_novo/legislacao_contabil/resolucoes/Res1282.htm>.
Acesso em: 13 ago. 2013.
______. Princípios Fundamentais da Contabilidade – Resolução CFC nº 750/93.
Brasília: CFC, 1993
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso Básico de Contabilidade de Custos. 2 ed. São
Paulo: Atlas, 2002.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso Básico Gerencial de Custos. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2005.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
STARK, José Antonio. Contabilidade de Custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2007.
Contabilidade de Custos I
Aula 04

Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.
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Aula 04: Classificação de custos – Fixos e Variáveis
Objetivo: Discutir a classificação de custos: fixos e variáveis.

Olá, prezado aluno! O consumo de diferentes recursos, ocorrido na realização
do processo produtivo e ao qual denominamos genericamente de “custo”, subdividese em duas importantes categorias: Fixos (ocorrem apesar do volume produzido) e
Variáveis (acompanham este volume proporcionalmente).

A relação entre os custos e o volume de produção

Vamos imaginar o espaço delimitado de uma unidade fabril (fábrica). Em seu
interior, o processo produtivo se desenvolve normalmente e, em suas rotinas diárias,
são consumidos diferentes recursos como matérias-primas, materiais secundários,
mão de obra, lubrificantes, energia elétrica, solventes, embalagens e água, entre
outros.
Também não podemos nos esquecer de que o trabalho do gerente de
produção, o seguro da fábrica, o aluguel do espaço desta área de produção e o
IPTU desta mesma área são gastos necessários para garantir que todos os dias o
processo produtivo possa ser realizado.
Para que a gestão do consumo destes recursos (custos) seja eficaz e alcance
os resultados desejados, eles deverão ser compreendidos e classificados sob
aspectos especiais. Na verdade, os aspectos podem ser vários e de diversa
complexidade. Nesta aula, o aspecto a ser estudado é a relação dos custos e o
volume de produção.
De início, é curioso saber e importante considerar que determinado item de
custo, diante do aumento ou redução da produção, pode se comportar de forma
diferente a outro item. Devemos compreender que, quanto ao comportamento em
diferentes níveis de produção, os diversos itens de custo são classificados em:
 Custos fixos: estão normalmente relacionados à estrutura operacional que
necessitou ser montada pela empresa e sobre a qual os trabalhadores
transformarão materiais e outros insumos em produtos. Exemplos destes
custos são:
o Aluguel da área de produção ou das máquinas produtivas.
o IPTU da área da fábrica.
o Seguro da área da fábrica.
o Valor das máquinas (se foram adquiridas, e não alugadas).
o Salários administrativos da produção.
Com relação ao volume de produção, estes custos são considerados fixos
pelo fato de que, produzindo muito, pouco ou nada, eles deverão ser
pagos integralmente a quem os forneceu à empresa. Dessa forma, não
acompanham o volume de produção praticado, permanecendo seus valores
inalterados quando as vendas aumentarem ou diminuírem.

 Custos variáveis: estão, normalmente, relacionados ao produto a ser
elaborado, possibilitando sua materialização. Exemplos destes custos são:
o Matérias-primas.
o Materiais secundários.
o Mão de Obra Direta (MOD).
o Energia elétrica das máquinas.
o Embalagens.
Estes custos são assim denominados uma vez que, ao contrário dos custos
fixos, acompanharão proporcionalmente aumentos ou reduções dos volumes
de produção. Um volume maior de produção consumirá mais MOD, materiais,
energia elétrica, etc. Quando o volume de produção diminuir, será requisitada
menos MOD e menos materiais.
 Custos semivariáveis: são os elementos de custos que possuem, em seu
valor, uma parcela fixa e outra variável, isto é, têm um comportamento de
custo fixo até certo momento e, depois, se comportam como custo variável.
Como exemplos, temos energia elétrica e água.
Quando não há utilização desses, recursos ou o consumo fica abaixo de um
valor mínimo estipulado pelas companhias de fornecimento de energia e de
água, paga-se uma taxa fixa (custo fixo). À medida que a utilização desses
recursos cresce, com o aumento da produção, o valor da conta se eleva
(custo variável).
 Custos semifixos: são assim denominados os classificados como fixos, mas
que se alteram em decorrência de mudanças na capacidade de produção
instalada.

Prezado aluno, neste momento do curso é importante reforçar os conceitos
aprendidos! É aconselhável refazer a leitura do texto e dos termos aprendidos nesta
aula. Em seguida, desenvolva as atividades previstas para este conteúdo, que estão
disponíveis na plataforma AVA.

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plugin Flash instalado.
REFERÊNCIAS

CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso Básico de Contabilidade de Custos. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 2002.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
MEGLIORINI, Evandir. Análise e Gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall
Brasil, 2012.
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso Básico Gerencial de Custos. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2005.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
SHANK, John K. A Revolução dos Custos. Rio de Janeiro: Campus. 1997.
STARK, José Antonio. Contabilidade de Custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2007.
Contabilidade de Custos I
Aula 05

Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.
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Aula 05: Classificação de custos – Diretos e indiretos
Objetivo: Distinguir os itens de custo que são facilmente quantificados por unidade
produzida de outros, cuja quantificação é mais complexa.

Os itens de custo são classificados quanto à participação por unidade
produzida, categorizados em diretos e indiretos.
Na aula anterior, vimos que os diferentes custos ocorridos em um processo
produtivo estão basicamente divididos em dois grandes grupos: aqueles que
compõem a estrutura sobre a qual o processo produtivo será realizado, contando
com os recursos necessários (máquinas e equipamentos, ferramentas, espaço
físico, instalações, gestores acompanhando a produção); e os custos necessários
para a materialização do próprio produto (matérias-primas, materiais secundários,
embalagem, MOD, energia elétrica, água).
Foi observado na aula passada que, quando relacionados ao volume de
produção, os diferentes custos se dividirão em variáveis (acompanham o volume
de produção) ou fixos (não acompanham o volume de produção).
Outro aspecto de grande importância para a análise destes diferentes custos
é a sua relação com a unidade produzida. O significado desta relação é que a
participação de alguns custos na unidade produzida por ser quantificada. Para
outros itens de custo, esta participação é imprecisa, solicitando mais atenção dos
gestores. Para essas informações mais claras estas, suponha a seguinte situação:
Uma empresa industrial que fabrica calçados deverá comprar: couro, cola, cadarços,
embalagem, palmilhas, solados e verniz, além de gastar com a MOD, e a energia
elétrica das máquinas. Conhecendo o modelo a ser fabricado, é possível quantificar
precisamente o consumo de:
• Couro para o par (1 metro, hipoteticamente).
• Duas palmilhas.
• Dois cadarços.
• Dois solados.
• Dois saltos.
Por outro lado, a quantidade exata de verniz, cola ou mesmo energia elétrica
consumidos para a elaboração de apenas um par tende a ser imprecisa. Desta
forma, a participação de alguns custos por unidade produzida (alocação) pode ser
facilmente quantificada, diferentemente de a participação de outros custos.
• Quanto aos produtos fabricados: para alocar os custos aos produtos, eles são
classificados em custos diretos e indiretos.

Diferenciação entre custos diretos e custos indiretos

Custos diretos: são aqueles que podem ser apropriados diretamente, ou
seja, claramente quantificados à unidade do produto fabricado porque há uma
medida objetiva de seu consumo nessa fabricação. Como os seguintes materiais
diretos:
• Matéria-prima:

são

os

“materiais

brutos”

que

normalmente

sofrem

transformação, sendo cortados, serrados, tingidos ou cozidos durante um
processo produtivo tais como tecidos, couro, madeira, ferro, argila ou
alimentos. Geralmente representam a base principal do produto a ser
elaborado.
• Materiais secundários: são elementos comprados prontos (produzidos por
outras empresas fornecedoras) e adicionados aos produtos que estão sendo
elaborados em nosso processo, como: zíper, botão, cadarço, parafusos,
dobradiças, palmilhas, puxadores etc.
• Embalagens: são necessárias para proteger, conservar, transportar e estocar
os produtos; contem informações de manuseio ou consumo, promove a
marca da empresa/ produto ou ainda é necessária para destacar a
participações em ações de responsabilidade social/ ecológica da empresa
(Selo da Abrinq, instituto Airton Senna, SOS Mata Atlântica, AACD etc.).
• Mão de obra direta: trata-se dos custos utilizados diretamente na produção
que a empresa teve com os trabalhadores; ela deve computar, além dos
salários propriamente ditos, os benefícios e os encargos trabalhistas.
Sabendo-se quanto tempo cada trabalhador atuou em determinado produto e
o preço da mão de obra, é possível apropriá-la diretamente do produto final.

Custos indiretos: este grupo é formado pelos custos que não podem ser
apropriados diretamente ao produto, ou seja, cuja participação não pode ser
claramente quantificada à unidade do produto fabricado. Não existe uma medida
objetiva de seu consumo na fabricação. Essa dificuldade de mensuração provocará
a definição e a utilização de um critério de rateio (item a ser estudado nos próximos
conteúdos). Como:
• Material indireto: empregado nas atividades da produção e cujo consumo
atende à área completa de produção, seus diferentes departamentos e às
diversas etapas sem ser apropriado objetivamente a nenhum deles, como o
material de limpeza, o material utilizado na manutenção dos equipamentos, a
graxa, os lubrificante, o combustível, entre outros.
• Mão de obra indireta: trabalho de direção, supervisão ou gerenciamento das
tarefas produtivas realizadas na área de produção ou dos departamentos de
suporte à produção: salário do diretor de produção, do gerente e do
supervisor de produção, salário do pessoal do almoxarifado, do vigia da
fábrica, do faxineiro etc.
• Outros gastos: água, energia elétrica, telefone, aluguel, imposto predial,
seguros etc.
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REFERÊNCIAS

CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso Básico de Contabilidade de Custos. 2 ed. São
Paulo: Atlas, 2002.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso Básico Gerencial de Custos. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2005.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos Fácil. São Paulo: Saraiva, 2002.
______ Contabilidade de Custos. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
STARK, José Antonio. Contabilidade de Custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2007.
Contabilidade de Custos I
Aula 06

Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.
O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de
discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente
virtual de aprendizagem UNINOVE.

Uso consciente do papel.
Cause boa impressão, imprima menos.
Aula 06: Terminologias dos custos de produção
Objetivo: Distinguir e expor as terminologias adequadas e sua utilização correta
para a análise eficaz dos fatores relacionados aos custos de produção e à sua
gestão.

Boa aula!

Estoques

Os estoques representam uma categoria especial de ativos circulantes
(recursos que apresentam grande movimentação sendo reduzidos e aumentados
constantemente dentro do período de 360 dias, ou seja, no Curto Prazo). Esses
ativos (materiais ou componentes) estão diretamente relacionados à operação fim
da empresa, sendo transformados em produto (empresa industrial) ou revendidos
(empresa comercial). Os estoques serão subdivididos basicamente entre três
etapas:
 Estoque de materiais

Corresponde à área de entrada das matérias-primas ou materiais secundários
adquiridos nas compras efetuadas dos fornecedores da empresa. Devido ao fato de
tais compras conterem impostos obrigatórios na sua comercialização, sua entrada
deverá ser efetuada pelo valor líquido. No conteúdo da aula 7, será explicado como
determinar esse valor. Os materiais permanecerão neste estoque até o momento da
requisição para a produção.
 Estoque em elaboração

No momento da requisição, os materiais são enviados para a elaboração
onde serão adicionados de Mão de Obra Direta (MOD) e de outros gastos de
produção. Essa elaboração poderá se desdobrar em várias etapas, percorrendo
diferentes departamentos produtivos, até que o produto esteja finalizado (acabado).
 Estoque de acabados

Uma vez finalizado, o produto será encaminhado ao estoque de acabados, de
onde saiu pela ocasião das vendas. No estoque de produtos acabados, o valor de
cada unidade representa seu custo total final, o qual, no momento de sua saída pela
venda, passará a ser denominado Custo do Produto Vendido (CPV).

Custo primário ou custo direto

Este termo corresponde ao grupo de custos que podemos relacionar a um
produto imediatamente, antes de qualquer outro gasto do processo produtivo que
posteriormente também deverão ser considerados. Este grupo segue descrito a
seguir exatamente como explicado na aula 5:
 Materiais diretos:
a) Matéria-prima:

são

os

“materiais

brutos”

que

normalmente

sofrem

transformação, sendo cortados, serrados, tingidos ou cozidos durante um
processo produtivo tais como tecidos, couro, madeira, ferro, argila ou
alimentos. Geralmente, representam a base principal do produto a ser
elaborado.
b) Materiais secundários: são elementos comprados prontos (produzidos por
outras empresas fornecedoras) e adicionados aos produtos que estão sendo
elaborados em nosso processo, como: zíper, botão, cadarço, parafusos,
dobradiças, palmilhas, puxadores etc.
c) Embalagens: são necessárias para proteger, conservar, transportar, estocar,
conter informações de manuseio ou consumo, promover a marca da empresa/
produto ou ainda para destacar participações em ações de responsabilidade
social/ ecológica da empresa, por exemplo: Selo da Abrinq, instituto Airton
Senna, SOS Mata Atlântica, AACD etc.
 Mão de obra direta: trata-se dos custos com os trabalhadores utilizados
diretamente na produção, computando, além dos salários propriamente ditos,
também os benefícios e encargos trabalhistas. Sabendo-se quanto tempo
cada um trabalhou no produto e o preço da mão de obra, é possível apropriála diretamente ao produto.
Custo primário ou direto

=

Material direto
(MD)

+

Mão de obra direta
(MOD)

Custo de conversão ou transformação

Os custos de transformação de estoques incluem os custos diretamente
relacionados às unidades produzidas ou às linhas de produção, como pode ser o
caso da mão de obra direta. Também incluem a alocação sistemática de custos
indiretos de produção, fixos e variáveis, que sejam incorridos para transformar os
materiais em produtos acabados.
Custo transformação

=

Mão de obra direta

+

Custos indiretos de fabricação

(MOD)

(CIF)

Os custos indiretos de produção fixos são aqueles que permanecem
relativamente constantes, independentemente do volume de produção, tais como a
depreciação e a manutenção de edifícios e instalações fabris, máquinas e
equipamentos e os custos de administração da fábrica. Os custos indiretos de
produção variáveis são aqueles que variam diretamente, ou quase diretamente, com
o volume de produção, tais como materiais indiretos e certos tipos de mão de obra
indireta.

Custo de produção do período

São os mesmos grupos de custos explicados acima, porém quando
delimitados a um determinado período de tempo. Sua composição é:
Material direto

+

(MD)

Mão de obra direta

(MOD)

+

Custos indiretos
indireto de
fabricação

=

Custos de produção do
período

(CIF)

(CPP)

 Material direto: matéria-prima; materiais secundários (cujo valor compense
apropriá-los diretamente ao produto); material de embalagem.
 Mão de obra direta: gasto com mão de obra diretamente apropriáveis ao
produto.
 CIF: demais gastos de fabricação. São conhecidos também como Gastos
Gerais de Fabricação.

Custo da produção acabada (CPA)

É a soma dos custos contidos na produção acabada (finalizada) em
determinado período. Pode conter custos de produção de diversos períodos
anteriores, mas, em unidades que só foram completadas no presente período.
Custos dos produtos vendidos (CPV)

Do total dos produtos acabados (finalizados) em um determinado período,
somente a quantidade efetivamente vendida, considerada pelo seu valor total de
elaboração, será denominada CPV. Logicamente, as unidades acabadas que ainda
permanecerem no estoque por algum tempo, somente serão consideradas CPV na
próxima saída de estoque quando, então, forem realmente vendidas.
Acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem e acompanhe no material
complementar um exemplo descritivo das etapas citadas nesta aula.

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Prezado aluno, é importante participar das atividades como o fórum. Suas
dúvidas e opiniões devem ser compartilhadas com seu professor tutor e com os
demais colegas da turma!
Agora que você já estudou esta aula. Resolva os exercícios e verifique seu
conhecimento. Caso fique com dúvidas, leve a questão ao Fórum e divida com seus
colegas e professor.
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REFERÊNCIAS

BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3 ed. São Paulo: McGraw
Hill, 2007.
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de custos. 2 ed. São
Paulo: Atlas, 2002.
HORNGREN, Charles T.; SUNDEM, Gary L.; STRATTON, William O. Contabilidade
gerencial. 12 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.
MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall
Brasil, 2012.
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2005.
STARK, José Antonio. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2007.
Contabilidade de Custos I
Aula 07

Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.
O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de
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Aula 07: Materiais diretos – Parte I
Objetivo: Conhecer os procedimentos de contabilização dos materiais diretos na
ocasião de sua aquisição; identificar os impostos inclusos nas compras e determinar
o valor de entradas dos materiais no estoque.

Caro aluno, seja bem-vindo à sétima aula do nosso curso. Boa aula!

Revendo os conceitos

Como explicado na quinta aula, os materiais diretos pertencem à categoria
dos custos cuja participação na unidade produzida pode ser claramente quantificada
(custos diretos). Existe, portanto, uma medida objetiva de seu consumo no processo
de fabricação. Também aprendemos lá que os materiais podem se apresentar em
basicamente três subgrupos:
 Matéria-prima:

são

“materiais

os

brutos”

que

normalmente

sofrem

transformação, sendo cortados, serrados, tingidos ou cozidos durante um
processo produtivo. Exemplos: tecidos, couro, madeira, ferro, argila e
alimentos. Geralmente representam a base principal do produto a ser
elaborado.
 Materiais secundários: são elementos comprados prontos (produzidos por
outras empresas fornecedoras) e adicionados ao que está sendo elaborados
em nosso processo, como zíper, botão, cadarço, parafusos, dobradiças,
palmilhas, puxadores, etc.
 Embalagens: são necessárias para proteger, conservar, transportar, estocar,
conter informações de manuseio ou consumo, promover a marca da
empresa/produto

ou,

ainda,

destacar

participações

em

ações

de

responsabilidade social/ecológica da empresa (selo da Abrinq, instituto Airton
Senna, SOS Mata Atlântica, AACD, etc.).
Podem ser: primárias, como latas, garrafa, sachê, pacote, vidro e
secundárias, como caixa de papelão ou engradado de madeira.
Custo do material direto adquirido

Os materiais diretos são recursos necessários para a alimentação do
processo produtivo, sendo rotineiramente adquiridos, pela empresa, de seus
diversos fornecedores. Tais fornecedores, no papel de agentes externos, provedores
de recursos que são, incluem em seu preço de venda não apenas o valor dos
materiais vendidos, mas também outros gastos necessários à operação da
venda, como transporte, seguro e manuseio. Além disso, outros valores deverão ser
adicionados ao preço de venda, em obediência às leis de comercialização: os
impostos.
Os materiais diretos adquiridos dos fornecedores devem inicialmente ser
destinados ao seu respectivo estoque, no caso, o de materiais, onde serão
adequadamente controlados quanto a sua entrada, envio à produção, reposição ou
mesmo devolução parcial. O controle rigoroso efetuado neste estoque refletirá no
valor dos materiais que comporão o custo da unidade produzida.
Neste momento, alguns questionamentos devem ser observados:
Qual deve ser o valor correto do registro da entrada desses materiais no
estoque? Saiba que alguns dos valores componentes do preço da nossa compra
(preço de venda do fornecedor) devem ser desconsiderados na entrada do estoque!
Quais deverão, então, ser considerados? Se ocorrerem vantagens que
facilitem a negociação, como descontos comerciais, abatimentos e outros itens
semelhantes, eles deverão ser deduzidos na determinação do custo de aquisição?
Os impostos (IPI, ICMS, PIS e COFINS) devem, normalmente, ser excluídos
do valor da compra dos materiais diretos (valor total da nota fiscal) antes do registro
de entrada no estoque. Tal exclusão dependerá de os impostos serem recuperáveis:
se não o forem, não deverão ser excluídos, passando a fazer parte do custo do
material.

Observação:
 Todos os gastos incorridos no sentido de disponibilizar o material direto para
o uso na produção fazem parte do seu custo.
 Se o comprador tem de retirar o material no fornecedor e arcar com os
gastos de transportes e seguro, estes devem ser incorporados ao custo do
material.
 Os gastos com armazenagem, recepção e vigilância também devem ser
incorporados aos custos dos materiais.

Exemplo 1: No caso da compra de 10 000kg de matéria-prima a prazo, de
acordo com os dados a seguir:
Valor do material direto

R$ 300 000,00

(+) IPI

R$ 30 000,00

Valor total da nota fiscal

R$ 330 000,00

ICMS

R$ 54 000,00

PIS

R$ 4 950,00

Cofins

R$ 22 800,00

O valor de entrada no estoque do material direto será:

Valor da Nota Fiscal

R$ 330 000,00

( - ) IPI

R$ 30 000,00

( - ) ICMS

R$ 54 000,00

( - ) PIS

R$ 4 950,00

( - ) Cofins

R$ 22 800,00

Custo de aquisição

R$ 218 250,00
O lançamento de contabilização da nota fiscal será:

D-

Estoque de matéria-prima

218 250,00

D-

IPI a recuperar

30 000,00

D-

ICMS a recuperar

54 000,00

D-

PIS a recuperar

4 950,00

D-

Cofins a recuperar

22 800,00

C-

Fornecedores

330 000,00

O registro nos razonetes será:

Estoque de materiais
218.250,00

PIS a recuperar
4.950,00

IPI a recuperar
30.000,00

ICMS a recuperar
54.000,00

Fornecedores
330.000,00

COFINS a recuperar
22.800,00

Observação: os mesmos procedimentos são aplicáveis à compra de material
secundário e embalagens.
Exemplo 2: calculando o custo do material, considerando que os tributos IPI,
PIS e Cofins não são recuperáveis:

Total da Nota Fiscal

R$ 330 000,00

( - ) ICMS

R$ 54 000,00

Custo de aquisição

R$ 276 000,00

O lançamento de contabilização da nota fiscal será:

D-

Estoque de matéria-prima

276 000,00

D-

ICMS a recuperar

54 000,00

C-

Fornecedores

330 000,00

Estoque de materiais
276.000,00

IPI a recuperar
54.000,00

Fornecedores
330.000,00
Acesse a plataforma AVA e para fazer o download do texto explicativo Análise
prática, que está disponível como Material complementar.

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Caro aluno, não se esqueça! Está na hora de resolver os exercícios
elaborados para esta aula. Verifique seus conhecimentos e reforce seu aprendizado!
Somente a exercitação poderá ajudar a conquistá-lo. Bom estudo!

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REFERÊNCIAS

BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3 ed. São Paulo: McGraw
Hill, 2007.
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de custos. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 2002.
MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall
Brasil, 2012.
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2005.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de custos. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
SHANK, John K. A revolução dos custos. Rio de Janeiro: Campus, 2007.
WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade gerencial. 2.
ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.
Contabilidade de Custos I
Aula 08

Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.
O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de
discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente
virtual de aprendizagem UNINOVE.

Uso consciente do papel.
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Aula 08: Materiais diretos – Parte II
Objetivo: Compreender os mecanismos de controle e avaliação dos estoques da
empresa e sua influência na determinação no valor do custo e consequentemente
sobre o resultado apurado; conhecer os métodos PEPS (Primeiro que Entra,
Primeiro que Sai), UEPS (Último que Entra, Primeiro que Sai) e CMP (Custo Médio
Ponderado).

Olá, caro aluno!

Métodos de avaliação dos estoques

Prezado aluno, nesta aula trataremos de um elemento de importância central
nas discussões sobre custos: o estoque. Inicialmente, é importante considerar que
uma empresa, ao longo de suas rotinas operacionais, comprará várias unidades
(materiais, mercadorias ou componentes) em períodos diferentes e pagando preços
diferentes (mais barato ou mais caro a cada momento), mas não consumirá esses
recursos na mesma proporção. Assim, elas acabam se misturando no almoxarifado.
Surgem então diversos questionamentos: Qual é o valor de custo das unidades que
estão sendo enviadas à elaboração? Qual o valor das unidades que ainda
permanecem no estoque? Devemos considerar o valor das mais caras ou mais das
mais baratas? Para atribuir custo às unidades consumidas, usamos os mesmos
critérios utilizados pela Contabilidade Financeira, a saber:
 Sistema de inventário permanente.
 Sistema de inventário periódico.
 Método de avaliação de estoque - PEPS (primeiro a entrar e primeiro a sair).
 Método de avaliação de estoque - UEPS (último a entrar e primeiro a sair).
 Custo médio ponderado.
Sistema de inventário periódico
Este sistema é aplicado quando a empresa não mantém um controle de
acompanhamento contínuo (ao longo dos dias, semanas e meses) dos estoques por
meio de fichas de estoque. A informação dos valores consumidos só poderá ser
obtida após o procedimento de contagem dessas fichas, que ocorrerá por ocasião
do Balanço Patrimonial e posterior avaliação de acordo com os critérios legais. O
consumo é calculado por uma fórmula, a qual é válida para qualquer item do
estoque.
Consumo de Material Direto = Estoque Inicial + Entradas Líquidas – Estoque Final

Pensemos que hipoteticamente determinada empresa apresenta os seguintes
dados:
 Inventário físico realizado em 31/12/x1: 100.000 kg de matéria-prima avaliada
em R$200.000,00.
 Compras líquidas realizadas durante o ano X1: 900.000 kg de matéria-prima
no valor de R$1.800.000,00.
 Inventário

físico

realizado

em

31/12/x2:

200.000

Kg

avaliados

R$400.000,00.

Calculando o consumo de matéria-prima do período, teremos:

Quantidade (Kg)

Valor (R$)

Estoque Inicial

100.000

200.000

( + ) Entradas Líquidas

900.000

1.800.000

(200.000)

(400.000)

800.000

1.600.000

( - ) Estoque Final
Consumo de matéria-prima

em
Sendo assim, o custo da matéria-prima consumida foi de R$1.600.000,00; ou
seja, R$2,00 por quilo.

Inventário permanente

No sistema de inventário permanente, ao contrário do item anterior, será
realizado o controle contínuo dos estoques por meio de fichas de estoque (planilhas
eletrônicas dinâmicas). As informações sobre o CPV (Custo dos Produtos Vendidos)
e do remanescente no estoque (Estoque Final) podem ser calculadas e fornecidas a
qualquer momento pela Contabilidade. A contagem física ainda será realizada;
porém, para atender a solicitações dos procedimentos de auditoria e controle
interno, o controle físico e contábil será feito pela ficha de estoque (tanto no
Almoxarifado como na Contabilidade).

Métodos de avaliação de estoque

Como já mencionado, as entradas que ocorrem rotineiramente no estoque de
uma empresa, com o propósito de alimentar regularmente suas operações, ocorrem
normalmente em momentos diferentes e valores de compra variados. Esses valores
de compra diferentes entre si irão, portanto, influenciar o valor das saídas desse
estoque em direção à elaboração e definir a base do cálculo para o custeio do
Material Direto aplicado na produção. Para tanto, há três sistemas de custeio dos
estoques:
PEPS – Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair

Por este método, as compras são organizadas pela sua ordem de entrada,
lote a lote, refletindo o valor de sua aquisição. Na ocasião do envio à elaboração, a
saída do estoque seguirá a mesma ordem de entrada, obedecendo ao critério de
que os primeiros produtos a entrar, também serão os primeiros a sair, assumindo os
valores originais de compra.
Exemplo:
 Em 01/0x compra de 100 unidades a R$ 10,00 cada.
 Dia 10/0x compra de 100 unidades a R$ 20,00 cada.
 Dia 15/0x envio à elaboração de 50 unidades.

Neste caso, o custo utilizado será o da primeira entrada, ou seja:

Entrada

Saída

Quant

Unit

Total

01

100

10,00

1.000,00

10

100

20,00

Quant

2.000,00

50

15

Unit

Saldo

10,00

Total

500,00

Quant

Unit

Total

100
100
100
200
50
100
150

10,00
10,00
20,00

1.000,00
1.000,00
2.000,00
3.000,00
500,00
2.000,00
2.500,00

10,00
20,00

UEPS – Último a Entrar, Primeiro a Sair

Semelhante ao PEPS, por este método, as compras são organizadas pela
sua ordem de entrada, lote a lote, refletindo o valor de sua aquisição. Entretanto, na
ocasião do envio à elaboração, a saída do estoque seguirá a ordem inversa à da
entrada, obedecendo ao critério de que os últimos produtos a entrar, serão os
primeiros a sair, assumindo os valores originais de compra. Utilizando o mesmo
exemplo numérico anterior, teríamos:

Entrada

Saída

Quant

Unit

Total

01

100

10,00

1.000,00

10

100

20,00

2.000,00

15

Quant

50

Unit

Saldo

20,00

Total

1.000,00

Quant

Unit

Total

100
100
100
200
100
50
150

10,00
10,00
20,00

1.000,00
1.000,00
2.000,00
3.000,00
1.000,00
1.000,00
2.000,00

10,00
20,00
Custo Médio Ponderado

Este método é amplamente utilizado pelas empresas e de forma diferenciada
a PEPS e UEPS, não registra separadamente os lotes comprados pela ordem de
sua entrada. Esses lotes são acumulados à medida que entram no estoque, tanto
em termos de unidades quanto de valores totais, sendo o valor unitário de estoque,
determinado pela divisão do valor total em estoque pelas unidades totais em
estoque. Essa forma de determinar o custo unitário representa o aspecto que
diferencia o CMP em especial, por considerar que o custo unitário deva ser
atualizado e nivelado à entrada de cada novo lote de compras. Ocorre, portanto,
uma transferência de custo a cada atualização.
Utilizando ainda o exemplo numérico anterior, teríamos:

Caro aluno, até mais! Estude bastante e realize as exercitações reservadas
para você no AVA. Mantenha sua comunicação com os demais colegas e com o
professor! Não deixe de compartilhar opiniões e discussões no Fórum, ok? Até a
próxima aula!

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REFERÊNCIAS

BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3 ed. São Paulo: McGraw
Hill, 2007.
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de custos. 2 ed.São
Paulo: Atlas, 2002.
MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall
Brasil, 2012.
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2005.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de custos. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
STARK, José Antonio. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2007.
Contabilidade de Custos I
Aula 09

Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.
O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de
discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente
virtual de aprendizagem UNINOVE.

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Aula 09: Mão de obra
Objetivo: Conceituar e diferenciar o trabalho desenvolvido pelos profissionais
diretamente envolvidos com os processos produtivos do trabalho daqueles que
apenas o acompanham e administram; quantificar os elementos de custo do
trabalhador mensalista, horista e os encargos trabalhistas previstos em lei.

Olá, caro aluno!

Conceito de Mão de Obra Direta (MOD)

Representa o custo relativo ao trabalho desempenhado pelos funcionários
que atuam diretamente na transformação dos materiais e outros insumos em
produto, operando máquinas e equipamentos, operando ferramental, embalando os
produtos, efetuando o trânsito de materiais entre os estoques, entre outras
atividades.
Seu custo corresponde aos salários dos funcionários acrescidos dos encargos
sociais e trabalhistas, além dos benefícios.

Diferença entre a mão de obra direta e a Mão de Obra Indireta (MOI)

Quando um trabalhador opera determinada máquina ou equipamento, em que
é produzido apenas um tipo de produto de cada vez, o trabalho deste operário será
considerado como MOD; ao contrário, se um funcionário opera uma máquina em
que são fabricados vários produtos, quantificar as parcelas desta mão de obra, no
custo de cada diferente produto, torna-se uma tarefa mais complexa.
Sendo possível medir o tempo de produção de cada produto por meio de
controles precisos, determinando com exatidão quanto da mão de obra deve ser
direcionado por diferente produto, então ela será considerada direta. No entanto,
caso não existam esses controles e se torne necessário utilizar qualquer critério de
rateio para apropriá-la aos produtos, ela será considerada MOI (também será assim
considerada em caso de ociosidade normal).
Vamos observar o exemplo a seguir:
 Supondo que um empregado seja contratado por um salário de R$8,10 por
hora, ele deverá receber um salário mensal equivalente a 220 horas. Isso
estará de acordo com a legislação brasileira, embora ele seja horista.
 Suponha que ele trabalhe na produção 190 horas por mês e fique 30 horas
ocioso, aguardando, por causa de um defeito ocorrido no equipamento, ou
que nessas 30 horas tenha ajudado na manutenção elétrica da fábrica.
A folha de pagamento discriminará um salário mensal para ele de R$1 782,00
(220h x R$8,10), mas para a Contabilidade de Custos, esses R$1 782,00
estão divididos em R$1 539,00 de MOD (190h x R$8,10) e R$243,00 de MOI
(30 h x R$8,10).

Categorias de funcionários: mensalistas e horistas

De acordo com a legislação brasileira, a jornada de trabalho a ser cumprida
pelos empregados não deve ultrapassar a 8 horas diárias e 44 horas semanais,
entretanto, são previstos outros tipos de jornada de trabalho com duração de tempo
menor, consideradas jornadas especiais.
A remuneração dos funcionários compreende todo o valor pago pelo
empregador em decorrência da contraprestação de serviços. Compõem essa
remuneração: o salário contratual acrescido de horas extras, adicional noturno,
adicionais de periculosidade e de insalubridade, descanso semanal remunerado
(para funcionários horistas), prêmios por assiduidade e outras vantagens recebidas
pelo empregado durante a vigência do contrato de trabalho.
São duas as principais categorias de funcionários:
 Mensalistas (com valor do salário fixado por mês): em um mês completo
de contraprestação de serviços, o funcionário mensalista recebe um salário
correspondente a 30 dias (independentemente do número de dias do mês),
acrescido de horas extras, prêmio por assiduidade, etc.
Normalmente, esse modo é utilizado para os funcionários que trabalham na
parte administrativa da empresa, como Contabilidade,
Comercial (exceto as comissões) e Departamento Financeiro.

Departamento
 Horistas (com valor do salário fixado por hora): em um mês completo de
contraprestação de serviços, os funcionários horistas terão sua remuneração
composta pelo salário referente ao número de horas comparecidas no mês
acrescido do descanso semanal remunerado e feriados, perfazendo o número
de dias do mês, aos quais são somados as horas extras, adicionais de
periculosidades, etc.
O salário horário é utilizado predominantemente para pagamento dos
funcionários que trabalham no processo produtivo e pode se referir tanto à
mão de obra direta como à indireta.

Encargos sociais e trabalhistas

Os encargos sociais e trabalhistas correspondem aos gastos da empresa com
o funcionário além do salário. Tratam-se de conquistas asseguradas por lei,
provenientes de acordo sindical ou negociação com a própria empresa.
Alguns encargos são concentrados em determinada época do ano, como 13º
salário e as férias, ou ocorrem em situações específicas, como a multa do FGTS,
que deve ser paga em casos de dispensa sem justa causa.
O custo da mão de obra não é formado apenas pelo salário pago ao
empregado, mas será também acrescido destes encargos. Para o cálculo do custo
da mão de obra, é necessário determinar quais são as incidências sociais e
trabalhistas.
A seguir, serão apresentados os encargos básicos e os critérios para calcular
cada um deles. Entretanto, cabe ressaltar que não compreendem todas as situações
possíveis, pois cada empresa ou atividade tem suas próprias características de
composição de custos.
Exemplo:

Previdência Social (INSS)

20,0%

Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)

8,0%

Salário-Educação

2,5%

SESI, SESC

1,5%

SENAI, SENAC

1,0%

INCRA

0,2%

SEBRAE

0,6%

Seguro contra Acidentes do Trabalho (SAT) até...

3,0%

TOTAL

36,80%

Cálculo do custo do salário-hora para o horista

Suponha que um operário seja contratado a R$100,00 por hora. A jornada
máxima de trabalho permitida pela Constituição brasileira é de 44 horas semanais
(sem considerar horas extras). Supondo, ainda, que ele trabalhe de segunda a
sábado, a jornada máxima diária será de:

44 horas ÷ 6 dias = 7,3333 horas (equivalem a 7 horas e 20 minutos)
Dessa forma, podemos estimar o número máximo de horas que um
trabalhador pode oferecer à empresa:

Número total de dias por ano

365 dias

( - ) Descanso Semanal Remunerado (DSR) *

48 dias

( - ) Férias

30 dias

( - ) Feriados

12 dias

( = ) Numero máximo de dias à disposição do empregador

275 dias

( x ) jornada máxima diária ( em horas )

7,3333 horas

( = ) Número máximo de horas à disposição, por ano:

2 016,67 horas

( * ) deduzidas quatro semanas já computadas nas férias

No cálculo dos dias trabalhados, devem ser contados efetivamente os dias
em um calendário para obter as informações corretas. Deve-se observar, também,
que se ocorrer um feriado em um domingo, não pode ser considerado como feriado,
pois já esta computado pelo dia da semana. Da mesma forma, do descanso
semanal remunerado, devem ser deduzidas as quatro semanas já computadas nas
férias.

A remuneração anual desse empregado será:

Salários: 2.016,67 horas x R$ 100,00

201 667

DSR: 48 d x 7,3333 h = 352 h x R$100,00

201 667

Férias: 30 d x 7,3333 h = 220 h x R$ 100,00

22 000

13º Salário: 220 h x R$ 100,00

22 000

Adicional Constitucional de Férias (1/3 de “c”)

7 333

Feriados: 12 d x 7,3333 h = 88 h x R$ 100,00

8 800

Total

297 000
Sobre esse total, o empregador será obrigado a recolher os seguintes
encargos: FGTS, INSS, Salário-Educação, INCRA, SESI ou SESC, SENAI ou
SENAC, SEBRAE e SAT, perfazendo um total de 36,80%. Assim, o custo total anual
para o empregador será:

R$297 000 x 1,3680= R$406 296

E o custo do salário-hora, será:
R$406 296  2 016,67 horas = R$201,47
Os encargos sociais e trabalhistas mínimos provocaram, então, um acréscimo
de 101,47 % sobre o salário-hora contratado.
Considere que o exemplo apresentado é básico, pois não estão sendo
computados outros gastos, como tempo de dispensa durante o aviso-prévio,
indenização compensatória ou multa do FGTS na dispensa, faltas abonadas, PIS, e
também se computou a jornada máxima permitida de 44 horas semanais. Nesse
exemplo, a empresa deverá atribuir a taxa de R$201,47 por hora trabalhada, e não
os R$100,00 contratuais.

Observação: para determinar exatamente o quanto cada empregado da
produção (MOD) trabalhou por dia e em quais produtos, normalmente a empresa
possui ferramentas que possibilitem este apontamento, como sistemas de relógio de
ponto, cartão de apontamento e relógios automáticos de início e término de ordens.

Prezado aluno, é importante rever os cálculos deste conteúdo para uma
fixação adequada das informações. É indispensável exercitar continuamente para
garantir seu aprendizado!
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para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado.

REFERÊNCIAS

BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3. ed. São Paulo: McGraw
Hill, 2007.
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de custos. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 2002.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall
Brasil, 2012.
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2005.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de custos. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
STARK, José Antonio. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2007.
Contabilidade de Custos I
Aula 10

Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.
O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de
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Uso consciente do papel.
Cause boa impressão, imprima menos.
Aula 10: Custos indiretos de fabricação – parte I
Objetivo: Conhecer os custos indiretos de fabricação e identificar suas
características; proceder a sua distribuição aos diferentes produtos por meio da
utilização dos critérios de rateio; determinar as características de um critério de
rateio.

Custos indiretos de fabricação

Prezado aluno, olá!
Como visto anteriormente, os custos indiretos representam um grupo formado
por aqueles custos que não podem ser apropriados diretamente ao produto, ou seja,
cuja participação não pode ser claramente quantificada à unidade do produto
fabricado. Não existe uma medida objetiva de seu consumo na fabricação. Esta
dificuldade de mensuração provocará a definição e utilização de um critério de
rateio, item a ser estudado nesta aula.
Também foi visto anteriormente que podemos dividir os custos indiretos em
três grupos, a saber:


Material indireto: empregado nas atividades da produção e cujo consumo
atende à área completa de produção, seus diferentes deptos e às diversas
etapas sem ser apropriado objetivamente a nenhum deles: material de
limpeza, material utilizado na manutenção dos equipamentos, graxa,
lubrificante, combustível, entre outros.



Mão de obra indireta: trabalho de direção, supervisão ou gerenciamento das
tarefas produtivas realizadas na área de produção ou dos deptos de suporte à
produção: salário do diretor, gerente e supervisor de produção, salário do
pessoal do almoxarifado, do vigia da fábrica, do faxineiro etc.



Outros gastos: água, energia elétrica, telefone, aluguel, imposto predial,
seguros etc.
Rateio dos custos indiretos de fabricação

Os estudos e pesquisas desenvolvidos na área de custos ao longo das
décadas têm com objetivo principal permitir a identificação do real gasto ocorrido
para se elaborar um determinado produto. A correta identificação do custo de um
produto é condição indispensável para sua gestão estratégica, a qual buscará
garantir a competitividade do produto no mercado, garantir a produtividade (menor
custo X maior resultado) e evitar desperdícios no processo produtivo. É
indispensável considerar que:
 A definição do custo de um produto representa o ponto de partida para a
elaboração do seu preço de venda.
 O cálculo errado do custo resulta na elaboração incorreta do preço de venda.
 Um preço de venda superestimado (a maior) ameaça a competitividade do
produto.
 Um preço de venda subestimado (a menor) ameaça o retorno (resultado) do
produto.

Neste sentido, a distribuição incorreta de um item de custo indireto entre
diferentes produtos acarretará distorções no valor final dos seus respectivos custos
e, consequentemente, prejudicará o retorno no resultado de um, tanto quanto a
competitividade de outro. Surge então o desafio de encontrar a melhor forma de
distribuição destes custos. Esta distribuição é denominada genericamente de
rateio1.
Esta distribuição deve, por sua vez, estar fundamentada em algum aspecto,
característica ou diferenciação que exista entre os produtos, que nos leve a supor
uma proporcionalidade diferenciada na distribuição do item de custos entre eles.
Exemplo 1:

Suponha que na área de produção anterior, a qual compreende 200m2, 3
produtos são elaborados. Esta área é alugada pelo valor mensal de R$ 6.000,00.
Quanto, em relação ao valor deste aluguel, deve ser considerado ao custo de cada
produto? Seria incorreto simplesmente dividir este valor por 3 (6.000,00 ÷ 3 =
2.000,00), uma vez que cada produto ocupa espaços diferenciados da área de
produção

e,

portanto,

tem

aproveitamento

diferenciado do aluguel pago.

Considerando estes aspectos, a melhor distribuição seria:
M2

Produto
X
Y
Z
Total

105
65
30
200

Aproveitamento
52,5%
32,5%
15,0%
100,0%

Aluguel
3.150,00
1.950,00
900,00
6.000,00

Como é possível observar, o custo indireto correspondente ao valor do
aluguel

pago

é

distribuído

proporcionalmente

ao

percentualmente

do

aproveitamento de cada produto sobre a área total de produção. Esta
distribuição em função de m2 da área representa um critério de rateio2.
Exemplo 2: determinada empresa produz três diferentes produtos: X, Y e Z.
As informações sobre os custos diretos e critérios de rateio dos custos indiretos são
os seguintes:

Produtos
X
Y
Z
Total

Produto
X
Y
Z
Total
Produto
X
Y
Z
Total

Custos Diretos
Materiais
155.000,00
147.000,00
93.000,00
395.000,00

MOD
47.000,00
22.000,00
21.000,00
90.000,00

Critérios de Rateio – Custos Indiretos
Área ocupada (m2)
Aproveitamento
105
52,5%
65
32,5%
30
15,0%
200
100,0%
Unidades Produzidas
Volume Produzido
28.000
53,8%
15.500
29,8%
8.500
16,4%
52.000
100,0%

Mão de obra indireta (salários dos gestores da produção), energia elétrica e
depreciação serão distribuídas pelos percentuais de volume produzido. Aluguel,
IPTU e seguros, pelos percentuais de aproveitamento da área de produção.

Mapa de Custos
105m2
65m2
Produto X
Produto Y

30m2
Produto Z

200m2

Diretos
Materiais
Mão de obra direta
Indiretos
Mão de obra indireta
Energia elétrica
Depreciação
Aluguel
IPTU
Seguro
Total
Custo Total Unitário

155.000,00
47.000,00

147.000,00
22.000,00

93.000,00
21.000,00

395.000,00
90.000,00

78.750,00
2.625,00
10.500,00
3.228,00
807,00
1.614,00
299.524,00
28.000
10,70

48.750,00
1.625,00
6.500,00
1.788,00
447,00
894,00
229.004,00
15.500
14,77

22.500,00
750,00
3.000,00
984,00
246,00
492,00
141.972,00
8.500
16,70

150.000,00
5.000,00
20.000,00
6.000,00
1.500,00
3.000,00
52.000
Exemplo de bases utilizadas:
 Unidades produzidas.
 Horas de MOD.
 Horas de uso direto das máquinas.
 Valor (custo) da MOD.
 Matéria-prima consumida.
 Horas diretas de serviços prestados.
 QWH – hora (energia elétrica) ou HP.
 M³ de ar comprimido.
 Número de funcionários.

Saiba mais
Rateio1: é um artifício empregado para distribuir os custos que não conseguimos
identificar diretamente com os produtos.
Critério de rateio2: é a base utilizada para a distribuição dos custos, ou seja, é o
fator pelo qual nós vamos dividir os CIF’s.

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para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado.
REFERÊNCIAS

BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3. ed. São Paulo: McGraw
Hill, 2007.
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de custos. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 2002.
HORNGREN, Charles T.; SUNDEM, Gary L.; STRATTON, William O. Contabilidade
gerencial. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.
MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall
Brasil, 2012.
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2005.
STARK, José Antonio. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2007.
WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade gerencial. 2.
ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.
Contabilidade de Custos I
Aula 11

Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.
O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de
discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente
virtual de aprendizagem UNINOVE.

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Aula 11: Custos indiretos de fabricação – parte II
Objetivo: Reforçar os conceitos de gestão dos custos indiretos com uma
exemplificação.

Caros alunos, olá! Na aula anterior vimos que a gestão dos custos indiretos
de fabricação exige maior detalhamento quanto a sua distribuição entre diferentes
produtos.
Considere os seguintes dados apresentados, referentes à “Companhia
Uninove”:

CONTAS
Compra Líquidas de matérias-primas
Mão de obra direta
Mão de obra indireta
Materiais diversos consumidos na fábrica
Depreciação dos equipamentos de produção
Depreciação dos equipamentos de entrega
Despesas de vendas
Despesas administrativas
Despesas financeiras
Caixa
Duplicatas a receber
Equipamentos de entrega
Depreciação acumulada – equipamento de entrega
Equipamentos de produção
Depreciação acumulada – equipamento de produção
Fornecedores
Empréstimos a Pagar (curto prazo)
Financiamento a Pagar (longo prazo)
Capital Social
Receita de Vendas

SALDOS (em R$)
180.000,00
90.000,00
45.000,00
60.000,00
3.000,00
1.500,00
6.600,00
27.000,00
3.900,00
22.500,00
37.500,00
15.000,00
1.500,00
30.000,00
3.000,00
15.000,00
22.500,00
22.500,00
225.000,00
232.500,00

Dados adicionais:
 A empresa fabricou os produtos A, B e C nas seguintes quantidades:
Produtos A = 50.000 kg, Produto B = 30.000 kg e Produto C = 20.000 kg.
 O consumo de matéria-prima, por produto, foi: Produto A – R$52.500, Produto
B – R$31.500 e Produto C – R$21.000.
 O valor da mão de obra do período, por produto, foi: Produto A – R$28.125,
Produto B – R$33.750 e Produto C – R$28.125.
 Os custos indiretos são alocados proporcionalmente à quantidade produzida.
 Não havia estoques iniciais.
 O estoque final de matérias-primas foi avaliado em R$ 75.000.
 O estoque final de produtos em elaboração era igual a 30% do custo da
produção do período (CPP).
 O estoque final de produtos acabados era igual a 25% do custo da produção
acabada (CPA).
 Do valor total das vendas, 50% foi do produto A, 30% do produto B e 20% do
produto C.

Etapas da resolução do cálculo
 Calcular o consumo de matéria-prima do período, considerando uso comum
pelos três produtos.
 Efetuar o rateio dos custos indiretos de fabricação.
 Determinar o custo de produção do período de cada produto.
 Elaborar a demonstração de resultados e o balanço patrimonial.

1º passo: apropriação dos custos diretos aos produtos

Produto A

Produto B

Produto C

Total

Matéria-prima (a)

52.500

31.500

21.000

105.000

Mão de obra direta (b)

28.125

33.750

28.125

90.000

TOTAL

80.625

65.250

49.125

195.000

Consumo de matéria-prima = Estoque Inicial + Compras Líquidas - Estoque
Final
Consumo de matéria-prima = 0 + 180.000 - 75.000 = 105.000
2º Passo: apropriação dos custos indiretos aos produtos, mediante rateio

Mão de obra indireta

Produtos

Base de rateio

Taxa de rateio

A
B
C
Total

50.000
30.000
20.000
100.000

50%
30%
20%
100%

Custos Indiretos de
Fabricação
22.500
13.500
9.000
45.000

Materiais diversos consumidos na fábrica

Produtos

Base de rateio

Taxa de rateio

A
B
C
Total

50.000
30.000
20.000
100.000

50%
30%
20%
100%

Custos Indiretos de
Fabricação
30.000
18.000
12.000
60.000

Depreciação – equipamentos de produção

Produtos

Base de rateio

Taxa de rateio

A
B
C
Total

50.000
30.000
20.000
100.000

50%
30%
20%
100%

Custos Indiretos de
Fabricação
1.500
900
600
3.000
3º Passo: Determinação do custo de produção do período, do custo da
produção acabado e do custo dos produtos vendidos

DADOS/CONTAS
Consumo de matéria-prima

PRODUTO PRODUTO PRODUTO
TOTAL
A
B
C
52.500
31.500
21.000
105.000

Mão de obra direta

28.125

33.750

28.125

90.000

CUSTO DIRETO TOTAL (1)
Mão de obra indireta
Materiais diversos Consumidos na
Fábrica
Depreciação - Equipamentos de
Produção
CUSTOS INDIRETOS TOTAIS (2)
CUSTO DA PRODUÇÃO DO
PERÍODO (CPP) (1) + (2)
(+) E.I. de Produtos em Elaboração
( - ) E.F. de Produtos em Elaboração
CUSTO DA PRODUÇÃO
ACABADA (CPA)
(+) E.I. de Produtos Acabados
( - ) E.F. de Produtos Acabados
CUSTO DA PRODUÇÃO VENDIDA
(CPV)

80.625

65.250

49.125

195.000

22.500

13.500

9.000

45.000

30.000

18.000

12.000

60.000

1.500

900

600

3.000

54.000

32.400

21.600

108.000

134.625

97.650

70.725

303.000

(40.387,50)

(29.295)

94.237,50

68.355

49.507,50

212.100

23.559,38

17.088,75

12.376,87

53.025

70.678,12

51.266,25

37.130,63

159.075

(21.217,50) (90.900)

Demonstração de resultados do período

Demonstração do Resultado (em R$)
Produto A Produto B Produto C
116.250,00 69.750,00 46.500,00

Total
232.500,00

Receita de Vendas
( - ) Custo dos Produtos
(70.678,12) (51.266,25) (37.130,63) (159.075,00)
Vendidos
Lucro Bruto
45.571,88 18.483,75
9.369,37
73.425,00
( - ) Despesas
(39.000,00)
Resultado Líquido do Período
34.425,00

Prezado aluno! O presente exemplo será continuado na aula 12. Nela
seguiremos com a contabilização destes fatos contábeis além da elaboração do
balanço patrimonial e da demonstração do resultado do exercício.
Não deixe de exercitar as atividades disponibilizadas na plataforma AVA. Até
mais!
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REFERÊNCIAS

BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3. ed. São Paulo: McGraw
Hill, 2007.
HORNGREN, Charles T.; SUNDEM, Gary L.; STRATTON, William O. Contabilidade
gerencial. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.
MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall
Brasil, 2012.
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2005.
SHANK, John K. A revolução dos custos. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
STARK, José Antonio. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2007.
WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade gerencial. 2.
ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.
Contabilidade de Custos I
Aula 12

Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
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Aula 12: Contabilização dos custos
Objetivo: Complementar às contabilizações, elaborar o balanço patrimonial e a
demonstração do resultado do exercício.

Sejam bem-vindos, caros alunos!
Na aula anterior, iniciamos a exemplificação sobre custos indiretos de
fabricação.

Registro no Diário:

1. Pela transferência das compras do período para o estoque de matériaprima:
D – Estoque de matéria-prima

180.000,00

C – Compra de matéria-prima

180.000,00

2. Pela transferência das matérias-primas para o processo produtivo:
D – Estoque de produtos em elaboração – Produto A

52.500,00

D – Estoque de produtos em elaboração – Produto B

31.500,00

D – Estoque de produtos em elaboração – Produto C

21.000,00

C – Estoque de matéria-prima

105.000,00

3. Apropriação da mão de obra direta aos produtos em processo:
D – Estoque de produtos em elaboração – Produto A

28.125,00

D – Estoque de produtos em elaboração – Produto B

33.750,00

D – Estoque de produtos em elaboração – Produto C

28.125,00

C – Mão de obra direta

90.000,00
4. Apropriação dos custos indiretos de fabricação aos produtos em
processo:
D – Estoque de produtos em elaboração – Produto A

54.000,00

D – Estoque de produtos em elaboração – Produto B

32.400,00

D – Estoque de produtos em elaboração – Produto C

21.600,00

C – Mão de obra indireta

45.000,00

C – Materiais diversos Consumidos na Fábrica

60.000,00

C – Depreciação - Equipamentos de Produção

3.000,00

5. Contabilização da transferência dos produtos completados para o
estoque de produtos acabados
D – Estoque de produtos acabados – Produto A

94.237,50

C – Estoque de produtos em elaboração – Produto A

94.237,50

D – Estoque de produtos acabados – Produto B

68.355,00

C – Estoque de produtos em elaboração – Produto B

68.355,00

D – Estoque de produtos acabados – Produto C

49.507,50

C – Estoque de produtos em elaboração – Produto C

49.507,50

6. Contabilização dos Custos da Produção Vendida:
D – Custo dos Produtos Vendidos – Produto A

70.678,12,00

C – Estoque de produtos acabados – Produto A

70.678,12,00

D – Custo dos Produtos Vendidos – Produto A

51.266,25,00

C – Estoque de produtos acabados – Produto A

51.266,25,00

D – Custo dos Produtos Vendidos – Produto A

37.130,63,00

C – Estoque de produtos acabados – Produto A

37.130,63,00
7. Transferência das receitas e despesas para a apuração do Resultado
D – Apuração do resultado do período

198.075,00

C - Custo dos Produtos Vendidos

159.075,00

C – Depreciação dos equipamentos de entrega

1.500,00

C - Despesas de vendas

6.600,00

C – Despesas administrativas

27.000,00

C – Despesas financeiras

3.900,00

D – Receita de vendas

232.500,00

C – Apuração do resultado do período

232.500,00

A seguir, transcrevemos os lançamentos para o Razão:

Caixa

Duplicatas a receber
(SI) 37.500

(SI) 22.500

Equipamentos de entrega
(SI) 15.000

Equipamentos de produção
(SI) 30.000

Fornecedores
15.000 (SI)

Financiamentos a pagar
(longo prazo)
22.500 (SI)

Depreciação acumulada:
equipamentos de entrega
1.500 (SI)

Depreciação Acumulada:
Equipamentos de produção
3.000 (SI)

Empréstimos a pagar
(curto prazo)
22.500 (SI)

Capital social
225.000 (SI)
Compra de matéria-prima
(SI) 180.000
180.000 (1)

Mão de obra direta
(SI) 90.000
90.000 (3)

Mão de obra indireta
45.000 (4)

Materiais diversos consumidos na
fábrica
(SI) 60.000
60.000 (4)

Depreciação dos Equipamentos
de produção
(SI) 3.000
3.000 (4)

Depreciação dos equipamentos
de entrega
(SI) 1.500
1.500 (7)

Despesas de vendas
(SI) 6.600
6.600 (7)

Despesas administrativas
(SI) 27.000
27.000 (7)

Despesas financeiras
(SI) 3.900
3.900 (7)

Estoque de matéria-prima
(1)180.000
105.000 (2)
(EF) 75.000

Estoque de em elaboração:
Produto A
(2) 52.500
94.237,50(5)
(3) 28.125
(4) 54.000
(EF)40.387,50

Estoque de produtos em
elaboração: Produto B
(2) 31.500
68.355 (5)
(3) 33.750
(4) 32.400
(EF) 29.295

Estoque de produtos em
elaboração: Produto C
(2) 21.000
49.507,50 (5)
(3) 28.125
(4) 21.600
(EF)21.217,50

Estoque de produtos acabados:
Produto A
(5) 94.237,50
70.678,12 (6)

Estoque de produtos acabados:
Produto B
68.355 (5)
51.266,25 (6)

Estoque de produtos acabados:
Produto C
(5)49.507,50 (5)
37.130,63 (6)

(EF)17.088,75

(EF)12.376,87

(SI) 45.000

(EF)23.559,38
Receita de vendas
(7) 232.500
232.500 (SI)

Apuração do resultado do
período
(7) 198.075
232.500 (7)
(8) 34.425

CPV
(6)70.678,12
(6) 51.266,25
(6) 37.130,63

159.075 (7)

Reserva de lucro
34.425 (8)

Com as informações anteriores, podemos elaborar a Demonstração de
Resultados e o Balanço Patrimonial.

Receita de Vendas

232.500

( - ) Custos dos Produtos Vendidos (CPV)

(159.075)

Lucro Bruto

73.425

( - ) Despesas
De Vendas

(6.600)

Administrativas

(27.000)

Financeiras

(3.900)

Depreciação dos Equipamentos de Entrega

(1.500)

Resultado Líquido do Período
Demonstração do Resultado do Exercício

34.425
Ativo

Passivo e Patrimônio Líquido

Circulante

278.925 Circulante

37.500

Caixa

22.500

Fornecedores

15.000

Duplicatas a receber

37.500

Empréstimos

15.000

Estoques

218.925

Produtos acabados

53.025

Produtos de elaboração

90.900

Matéria-prima

75.000

Não circulante

40.500

Não circulante

22.500

Imobilizado

40.500

Financiamentos a pagar

22.500

Equipamentos de entrega

15.000

( - ) Depreciação acumulada

(1.500)

Patrimônio líquido

258.425

Equipamentos de produção

30.000

Capital social

225.000

( - ) Depreciação acumulada

(3.000)

Reserva de lucro

34.425

Total

319.425 Total

319.425

Balanço Patrimonial

Caro aluno, chegamos ao final desta aula. Não deixe de participar com seus
colegas de turma, das discussões e dos debates no fórum. Compartilhe seu
aprendizado, opiniões e dúvidas. Desenvolva as atividades previstas na plataforma
AVA e bons estudos! Até a próxima aula!
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REFERÊNCIAS

BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3. ed. São Paulo: McGraw
Hill, 2007.
HORNGREN, Charles T.; SUNDEM, Gary L.; STRATTON, William O. Contabilidade
gerencial. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.
MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall
Brasil, 2012.
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2005.
SHANK, John K. A revolução dos custos. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
STARK, José Antonio. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2007.
WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade gerencial. 2.
ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.
Contabilidade de Custos I
Aula 13

Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
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Aula 13: Departamentalização – Parte I
Objetivo:

Conhecer

o

conceito

de

departamentalização,

diferenciando

os

departamentos produtivos e os departamentos de serviços, aprender como distribuir
os custos indiretos de acordo com os aspectos da departamentalização.

Prezado aluno, bem-vindo à 13ª aula do nosso curso.

Departamentalização

Em nossa aula anterior, verificamos que os custos indiretos apresentam
alguma dificuldade para serem distribuídos objetivamente a diferentes produtos.
Essa dificuldade cria a necessidade de se determinar critérios para sua distribuição.
São os chamados critérios de rateio. Existem outras situações que devem ser
conhecidas.
A maioria das empresas industriais elabora mais de um produto. Quando
existe uma variedade de produtos, é intuitivo supor que eles apresentem diferenças
em sua composição, nos materiais utilizados, no nível de acabamento ou, até
mesmo, em suas etapas de produção. Normalmente, essas etapas ocorrem em
diferentes departamentos com rotinas diferenciadas e bem definidas, além da
utilização de materiais específicos. Por exemplo: A fabricação de um veículo é
iniciada no departamento de estamparia, passando, a seguir, para o departamento
de soldagem, de pintura, elétrico, de motorização, de estofamento, e de vidros e
faróis.
Os materiais utilizados, tempo da MOD e energia elétrica aplicada, utilização
de ferramental específico, entre outros, representam gastos diferenciados ao longo
das etapas do processo de fabricação, o que torna o controle de custos mais
complexos e detalhados. A departamentalização envolve análise, compreensão e
gestão

dos

gastos

envolvidos

nessas

etapas

do

processo

produtivo

e,

posteriormente, à contribuição de outros departamentos que não estarão
diretamente envolvidos na produção, mas prestando serviços ao processo produtivo.
Na área de estudos da contabilidade de custos, a definição de departamento
corresponde à menor unidade administrativa de uma empresa industrial, a qual é
composta por pessoas e bens, onde se é possível realizar tarefas homogêneas.
Para que essas tarefas sejam realizadas, são gerados gastos que, em dado
momento, podem ser considerados despesas, e em outros, custos. Serão
considerados custos quando tais gastos beneficiarem a produção.

Departamento produtivo

Estão localizados na área de produção e são responsáveis pela elaboração
dos produtos. Um departamento produtivo caracteriza-se por realizar transformações
e modificações no produto. Os gastos gerados nesses departamentos (custos
diretos e indiretos) serão adicionados aos produtos no momento em que eles
transitarem pelos departamentos. São exemplos de departamentos produtivos:
acabamento, carpintaria, corte, costura, fundição, montagem, usinagem e tinturaria.

Departamento de serviços

Também denominados como departamentos de apoio ou auxiliares, os
departamentos de serviços tem como objetivo atender às necessidades das demais
áreas da empresa prestando serviços, inclusive, aos departamentos produtivos. No
enfoque de custos, são caracterizados por não receberem a passagem dos
produtos. Seus gastos são considerados somente como custos indiretos e
necessitarão de rateio para serem transferidos aos produtos. São exemplos de
departamentos de serviço: almoxarifado, conservação e manutenção, oficina
elétrica, oficina mecânica, controle de qualidade, refeitório, ambulatório médico e
segurança.

Exemplo:

Determinada

fábrica

está

dividida

em

2

departamentos

(departamento de serviço e departamento produtivo) e em 4 setores (manutenção,
almoxarifado, prensas e usinagem). Ela produz 2 produtos “A” e “B” e nós temos os
seguintes CIF’s em cada setor:
 Gerência Geral ......................

$ 1.000

 Manutenção ...........................

$ 2.400

 Almoxarifado ........................

$

 Prensas ..................................

$ 5.200

 Usinagem ..............................

$ 2.800

800

É necessário determinar uma ordem de distribuição de custos, na qual o
departamento que os rateia não recebe mais nenhum custo; depois, é necessário
determinar o critério de rateio desses custos. No nosso exemplo, começaremos a
ratear os custos da Gerência Geral para os outros departamentos de forma igual, ou
seja, 25% para cada um. O próximo departamento a ratear seus custos será a
manutenção, e o fará em função das horas trabalhadas em cada departamento.

Horas trabalhadas da manutenção em outros departamentos

Almoxarifado

200 h

20%

Prensas

300 h

30%

Usinagem

500 h

50%

Total

1.000 h

100%

Nesse caso, se existissem horas trabalhadas para a Gerência Geral, elas
seriam ignoradas, pois se rateássemos para a Gerência Geral seria necessário
ratear novamente seus custos para a Manutenção e esta para a Gerência Geral e,
assim, sucessivamente. O almoxarifado rateia seus custos em função do valor da
matéria consumida em cada departamento produtivo:



Matéria-prima consumida no departamento de prensa

R$80.000

80%



Matéria-prima consumida no departamento de usinagem

R$ 20.000

20%

R$100.000

100%

Total
Os custos dos departamentos produtivos são rateados aos produtos em
função das horas trabalhadas:
Prensa

Usinagem

Produto “A”

225 h

30%

100 h

25%

Produto “B”

525 h

70%

300 h

75%

Total

750 h

100%

400 h

100%

Vamos montar um quadro de rateio dos CIF’s aos produtos:

Usinage
m

Prens
as

Almoxarifa
Gerência
Manutenção
do
Geral

CIF

2.800

5.200

800

2.400

1.000

12.200

1.Gerência
Geral

250

250

250

250

(1.000)

-

Subtotal

3.050

5.450

1.050

2.650

-

12.200

2.Manutenção

1.325

795

530

(2.650)

-

-

Subtotal

4.375

6.245

1.580

-

-

12.200

3.Almoxarifado

316

1.264

(1.580)

-

-

-

Total
Departamento
Produtivo

4.691

7.509

12.200,00

Produto A

1.172,75

2.503

3.675,75

Produto B

3.518,25

5.006

8.524,25

Total
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REFERÊNCIAS

BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3. ed. São Paulo: McGraw
Hill, 2007.
HORNGREN, Charles T.; SUNDEM, Gary L.; STRATTON, William O. Contabilidade
gerencial. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.
MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall
Brasil, 2012.
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2005.
SHANK, John K. A revolução dos custos. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
STARK, José Antonio. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2007.
WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade gerencial. 2.
ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.
Contabilidade de Custos I
Aula 14

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Contabilidade de Custos I

  • 1. Contabilidade de Custos I Aula 01 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
  • 2. Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente virtual de aprendizagem UNINOVE. Uso consciente do papel. Cause boa impressão, imprima menos.
  • 3. Aula 01: As bases da contabilidade de custos Objetivo: Conhecer em qual contexto histórico, social e econômico o estudo do custo e sua mensuração se tornaram necessários; quais preocupações motivaram os gestores a compreender, sistematizar e controlar os gastos envolvidos na elaboração de um produto e sua importância no processo de tomadas de decisão. Contextualização histórica Prezado aluno, seja bem-vindo à primeira aula de nosso curso! Grandes transformações econômicas e sociais foram observadas nos países europeus entre os séculos XII e XVIII, com o crescimento das grandes metrópoles e sua transformação nos principais centros de comércio e produção. Como consequência, as migrações populacionais para as grandes cidades esvaziaram o campo e tornaram a agricultura em opção profissional secundária. Muitas atividades comerciais eram realizadas nas grandes cidades de forma artesanal e por encomenda, como alfaiataria, sapataria, marcenaria, serralheria, entre outras. Elas envolviam, geralmente, toda a família e eram realizadas em casa, sem horário determinado para a operação nem volume determinado de produção. A utilização de novas fontes de energia, como carvão, eletricidade e, posteriormente, petróleo, permitiam o avanço tecnológico e o desenvolvimento de máquinas e equipamentos produtivos que poderiam transformar a oferta artesanal em produção em massa. Os industriários aproveitaram a imensa mão de obra disponível ao redor para alimentar processos produtivos que atenderiam à demanda crescente nas cidades. Essas transformações ocorreram no período histórico chamado de Revolução Industrial. Homens eram escolhidos para as atividades que exigissem força braçal e, para as outras, mulheres e crianças eram recrutadas preferencialmente por serem consideradas subservientes e mais facilmente intimidadas.
  • 4. Tais abusos refletiam em redução de custos com a mão de obra, considerando também a inexistência de direitos trabalhistas e qualquer limite à jornada de trabalho. O engenheiro norte-americano Frederick Wislow Taylor iniciou os estudos dos tempos de produção, na busca pela eliminação do desperdício e da ociosidade operária e pela redução dos custos de produção. Introdução à Contabilidade de Custos – origens e evolução Como mencionado anteriormente, até a Revolução Industrial (século XVIII), os bens eram quase todos produzidos de forma artesanal, por pessoas ou grupos de pessoas que não se organizavam sob a forma de empresas e as informações de um sistema de custos eram bastante simples. Até então, a Contabilidade Financeira (ou Geral) estava estruturada para atender, basicamente, às empresas comerciais. Nelas, os registros eram efetivados em duas oportunidades: quando da aquisição das mercadorias, com a entrada nos estoques e, nas vendas, estes estoques eram baixados através de uma conta de resultado denominada Custo das Mercadorias Vendidas (CMV). O CMV era apurado com a identificação dos estoques no início e no final do período em que se levantava o Balanço Patrimonial. (Martins, 2003, p.19-20) Com o surgimento das industriais, tornou-se mais complexa a apuração do resultado e o levantamento de balanço, pois o valor de compras na empresa comercial estava sendo substituído por uma série de valores pagos pelos fatores de produção utilizados. Surgiu, então, a necessidade de adaptação dos critérios de avaliação de estoques para as indústrias, ou seja, o tratamento dado aos custos passou a ser mais bem elaborado com o surgimento da indústria de transformação e sua atuação em larga escala, embalada pela Revolução Industrial, quando a aquisição de mercadorias não era destinada à venda, mas à transformação em outros produtos. Aliado a outros fatores de produção, passou a se denominar de matériaprima, tendo-se voltado inicialmente para a avaliação dos estoques e determinação do Resultado do Período e, dessa forma, ficou mais difícil para o contador determinar o valor dos estoques.
  • 5. Essa dificuldade na determinação dos custos resultou no surgimento da Contabilidade de Custos. Com a evolução das atividades das empresas, abertura do seu capital, globalização, necessidade de informações mais precisas e rápidas para os dirigentes e outros usuários de informações, no sentido de se tomar atitudes e resoluções tanto em sua operacionalização quanto no seu posicionamento junto às atividades do mundo financeiro, passou-se a se exigir mais e melhores informações no menor tempo possível. As informações servem também para a tomada de decisões e não somente para fins de determinação do resultado contábil no final de um período, tendo, a partir daí, um caráter mais gerencial. No que diz respeito à Decisão, por sua vez, consiste na alimentação de informações sobre valores relevantes relativos às consequências de curto e longo prazos sobre medidas de introdução ou corte de produtos, administração de preços de vendas, opção de compra ou produção entre outras. Objetivos da Contabilidade de Custos Segundo (Megliorini, 2012, p. 3-4), as informações geradas pela Contabilidade de Custos contribuem para:  A determinação dos custos dos insumos aplicados na produção; aplicados nas diversas áreas que compõem uma organização.  A redução dos custos dos insumos aplicados na produção ou diversas áreas que compõem uma organização; dos desperdícios de materiais, tempo ocioso, etc.  O controle das operações e das atividades e elaboração de orçamentos.  A administração, auxiliando-a para tomar decisões ou resolver problemas especiais.
  • 6. A contabilidade de custos também auxilia na solução de problemas relacionados:  Ao preço de venda.  À contribuição de cada produto ou linha de produtos para o lucro da empresa.  Ao preço mínimo de determinado produto em situações especiais e ao nível mínimo de atividade em que o negócio passa a ser viável.  Ao gerenciamento dos custos. Vale a pena conferir 1. Assista ao vídeo As consequências da revolução industrial – criando maravilhas. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=t-FkprvquUo>. Acesso em: 13 ago. 2013. 2. Leia o artigo: Evolução histórica da contabilidade e dos sistemas de gestão de custos, dos autores Ewerson Moraes da Silva e Myriam Becho Mota. Disponível em: <http://www.iepg.unifei.edu.br/edson/artigosconginter04.htm>. Acesso em: 13 ago. 2013. Caro aluno, não se esqueça... Está na hora de acessar o AVA e resolver os exercícios elaborados para esta aula! Verifique seus conhecimentos e reforce seu aprendizado! Em caso de dúvida, discuta-ás no Fórum com os colegas e com o professor... Bom estudo!
  • 7. * O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado. REFERÊNCIAS MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009. MEGLIORINI, Evandir. Análise e Gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall Brasil, 2012. PADOVEZE, Clovis Luis. Curso Básico Gerencial de Custos. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005. RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos Fácil. São Paulo: Saraiva, 2002. SHANK, John K. A Revolução dos Custos. Rio de Janeiro: Campus. 1997.
  • 8. Contabilidade de Custos I Aula 02 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
  • 9. Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente virtual de aprendizagem UNINOVE. Uso consciente do papel. Cause boa impressão, imprima menos.
  • 10. Aula 02: Terminologia contábil básica Objetivo: Conhecer a terminologia adequada à Contabilidade de Custos. Termos fundamentais Caro aluno, seja bem-vindo a 2ª aula! Já vimos que as transformações econômicas e sociais ocorridas entre os séculos XII e XVIII trouxeram modificações, como o crescimento das metrópoles e esvaziamento do campo, o surgimento dos processos produtivos e a necessidade de compreensão dos gastos (custos). O estudo na área dos custos de todo e qualquer processo produtivo envolverá especialmente a compreensão de como os diferentes gastos ocorrem; o que motiva sua ocorrência; como podem e devem ser quantificados; são periódicos (ocorrem regularmente) ou eventuais (ocorrem raramente)? O controle destes gastos necessitará, fundamentalmente, do entendimento de todos estes aspectos. Dessa forma, inicialmente, é indispensável conhecer os termos utilizados no estudo dos custos e sua sistemática. A seguir, tomaremos conhecimento dos principais termos utilizados:  Ativo: são os diversos recursos à disposição de uma empresa e por ela controlados, adquiridos de fornecedores (materiais, componentes, embalagens), financiadores (máquinas, equipamentos, instalações, bens duráveis), colaboradores (mão de obra), investidores (empréstimos de curto ou longo prazo) e dos sócios formadores da empresa (capital social). A utilização destes diferentes recursos cria expectativas de benefícios econômicos futuros, com a geração de fluxos de caixa. Alguns destes recursos serão direcionados ao processo produtivo, os quais serão alocados, portanto, à unidade fabril (fábrica) e contribuirão diretamente aos objetivos da empresa. Outros recursos serão utilizados nos demais departamentos e colaborarão indiretamente aos objetivos da empresa.
  • 11. Ativos  Gasto: este termo representa os compromissos financeiros (dívidas) assumidos pela empresa na aquisição de recursos que serão consumidos no processo produtivo da fábrica (empresa industrial), mercadorias a serem revendidas (empresa comercial); recursos para a realização de serviços; recursos a serem consumidos no ambiente de administração e comercial. Gastos
  • 12.  Custo: este termo representa o conjunto de recursos consumidos para que a operação de uma empresa se efetive. Desta forma, ele corresponde aos recursos que alimentam o processo de elaboração de um produto (empresa industrial), aos recursos do processo de revenda de mercadorias (empresa comercial) e aos recursos necessários para a realização da prestação de serviços (empresa prestadora de serviços). Diferentes Segmentos  Despesa: ao contrário do custo, que ocorre especificamente no consumo de recursos para efetivação da operação de uma empresa (industrial, comercial ou prestadora), as despesas representam recursos consumidos com as atividades dos outros departamentos que indiretamente colaboram com os objetivos da empresa (Recursos Humanos, CPD, Contabilidade/ Financeiro, Comercial). Os recursos necessários para efetivar a venda de produtos já elaborados, como transporte, propaganda, comissões e logística, também pertencem à categoria das Despesas.  Investimento: os diversos recursos a serem utilizados na realização da operação da empresa como materiais, equipamentos, ferramental, mercadorias ou veículos são considerados investimentos desde o momento em que são adquiridos até serem enviados ao processo produtivo. Deste momento em diante, serão considerados custos.
  • 13.  Perda: é caracterizado pelo consumo anormal de recursos (gasto com mão de obra durante um período de greve), involuntário (perdas de instalações, móveis e utensílios ou imóveis em incêndios ou inundações) ou ineficiências do processo produtivo (desperdício de materiais). Quando as perdas são reconhecidas na demonstração do resultado, elas são geralmente demonstradas separadamente, pois sua divulgação é útil para fins de tomada de decisões econômicas. Perdas  Desembolso: é o consumo de recursos financeiros para o efetivo pagamento pela aquisição de materiais diversos, equipamentos, mão de obra, entre outros. Pagamento
  • 14. Caro aluno, atenção! Vamos acompanhar um exemplo prático envolvendo os elementos apresentados: Consideramos a compra de uma matéria-prima, a qual, em si (à vista ou a prazo), é um gasto. Ao abastecer o estoque de matéria-prima, temos um investimento (pois o material ficará estocado até que seja requisitado para consumo, isto é, aplicado na produção de um bem). Ao requisitá-lo ao estoque e aplicá-lo na produção, temos a ocorrência do custo. Ao concluir o produto e estocá-lo para venda, temos novamente um investimento no estoque (estoque de produtos acabados). Para realizar a venda do produto, os gastos incorridos serão considerados despesas, bem como os gastos incorridos na administração da empresa. Assim, os custos são a parcela do gasto ligado à produção, como mão de obra da área fabril (a mão de obra compreende qualquer funcionário de uma empresa que trabalhe no processo de fabricação ou em funções administrativas da divisão fabril. O custo da mão de obra corresponde à somatória dos gastos com salários e encargos sociais), matéria-prima (a matéria-prima compreende os materiais usados no processo de fabricação, transformados em produtos), aluguéis de prédios da fábrica, depreciação de máquinas e instalações fabris, energia elétrica consumida na fábrica etc. Despesa é a parcela do gasto não ligado à produção, como mão de obra dos departamentos de administração e de vendas, comissões de vendedores, aluguéis de escritórios, depreciação de móveis e utensílios, manutenção e depreciação dos prédios administrativos etc. Prezado aluno, este é o momento de reforçar os conhecimentos adquiridos nesta aula! Desenvolva os exercícios disponibilizados na plataforma AVA e concretize seu aprendizado. Se suas dúvidas persistirem, não se esqueça de compartilhar com o professor. Até a próxima aula!
  • 15. * O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado. REFERÊNCIAS MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009. PADOVEZE, Clovis Luis. Curso Básico Gerencial de Custos. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005. RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos Fácil. São Paulo: Saraiva 2002. SHANK, John K. A Revolução dos Custos. Rio de Janeiro: Campus. 1997.
  • 16. Contabilidade de Custos I Aula 03 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
  • 17. Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente virtual de aprendizagem UNINOVE. Uso consciente do papel. Cause boa impressão, imprima menos.
  • 18. Aula 03: Princípios de Contabilidade aplicados à Contabilidade de Custos Objetivo: Compreender a essência dos padrões e normas contidos nos princípios de Contabilidade. Prezado aluno, olá! Os estudos desenvolvidos na área de custos, como em qualquer outra área da Contabilidade, possuem caráter científico e precisam, portanto, obedecer a padrões e normas que deverão ser seguidos e respeitados por todos que desenvolverem tais estudos. Princípios de Contabilidade O respeito e a observância aos princípios de Contabilidade asseguram a uniformidade de procedimentos aplicados por todas as empresas sobre seus ativos e passivos, em consonância ao entendimento predominante pelos estudiosos da Contabilidade nos âmbitos científico e profissional. Princípio da Entidade Conforme o CFC, Resolução 750/93: O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. (CFC, 1993)
  • 19. A Contabilidade observará os fatos exclusivamente relacionados ao patrimônio (recursos adquiridos e dívidas assumidas) da empresa, tendo como finalidade analisar, avaliar e controlar estes recursos colocados à disposição da empresa, providenciar os pagamentos aos financiadores e fornecedores destes recursos, e apurar o resultado observado do confronto entre gastos e ganhos da empresa, periodicamente. Dessa forma, recursos e dívidas pessoais de seus sócios não devem ser confundidos com os da empresa. Deve ser mantida uma completa separação entre os patrimônios pessoal e empresarial. Princípio da continuidade Segundo o CFC, em sua Resolução 1282/2010, “O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância.” (CFC, 2010) A empresa é formada em dado momento sem uma perspectiva definitiva de sua duração, portanto, com ânimo de permanência. Por estar dissociada, em princípio, das pessoas de seus donos (sócios), a empresa deverá permanecer e seguir ativa depois que estes não mais existirem. Princípio da Oportunidade De acordo com o CFC, Resolução 1282/2010, “O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.” (CFC, 2010) Todas as informações, para se tornarem úteis à tomada de decisão dos gestores, devem estar completas e à disposição destes gestores a tempo da decisão ser tomada. Para tanto, o processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais deve ser feito com cuidado.
  • 20. Princípio do Registro pelo Valor Original Conforme o CFC, Resolução 1282/2010, “O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devam ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional.” (CFC, 2010) As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:  Custo histórico: os ativos são registrados pelos valores pagos, a serem pagos em caixa, equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, que serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações.  Variação do custo histórico: uma vez integrados ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes de diferentes fatores. * O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado.
  • 21. Princípio da Competência Segundo o CFC, Resolução 1282/2010: O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas. (CFC, 2010). Este é o princípio que melhor caracteriza o pensamento contábil, dando-lhe forma e dinâmica próprias. Deve-se separar um fato contábil de sua consequência futura, pagamento ou recebimento, registrando este fato agora, no ato de sua ocorrência. Certamente existe a preocupação ou a probabilidade de uma compra ou uma venda, por motivos inesperados e ocorridos posteriormente, acabem por não serem pagas ou recebidas como deveriam. Essa preocupação não deve prevalecer, pois se esperássemos pela definição do pagamento ou recebimento para registrar um fato contábil, estaríamos mudando-o de sua posição correta, transportando-o para o futuro. O resultado (diferença entre gastos e ganhos do período) deve ser considerado neste período, e não no próximo. Princípio da Prudência De acordo com o CFC, na Resolução 750/93: O Princípio da Prudência determina a adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. (CFC, 1993) Este princípio se aplica a fatos contábeis cuja mensuração de valor não é precisa inicialmente e se definirá posteriormente, como retornos de investimentos e aplicações, pagamento de indenizações ou direitos trabalhistas e ações judiciais envolvendo impostos a receber ou pagar.
  • 22. Para evitar que recebimentos futuros sejam superestimados e pagamentos futuros, subestimados, o princípio prevê que se considere um valor provavelmente maior para os pagamentos e um valor provavelmente menor para os recebimentos. Prezado aluno, acesse agora a plataforma AVA para realizar os exercícios de fixação deste conteúdo. Exercite bastante! Participe também do fórum e compartilhe suas opiniões com o grupo de estudos. * O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado. REFERÊNCIAS CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE — CFC. Resolução CFC Nº 1282/10. Disponível em: <http://www.crcsp.org.br/portal_novo/legislacao_contabil/resolucoes/Res1282.htm>. Acesso em: 13 ago. 2013. ______. Princípios Fundamentais da Contabilidade – Resolução CFC nº 750/93. Brasília: CFC, 1993 CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso Básico de Contabilidade de Custos. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2002.
  • 23. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2009. PADOVEZE, Clovis Luis. Curso Básico Gerencial de Custos. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005. RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. STARK, José Antonio. Contabilidade de Custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
  • 24. Contabilidade de Custos I Aula 04 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
  • 25. Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente virtual de aprendizagem UNINOVE. Uso consciente do papel. Cause boa impressão, imprima menos.
  • 26. Aula 04: Classificação de custos – Fixos e Variáveis Objetivo: Discutir a classificação de custos: fixos e variáveis. Olá, prezado aluno! O consumo de diferentes recursos, ocorrido na realização do processo produtivo e ao qual denominamos genericamente de “custo”, subdividese em duas importantes categorias: Fixos (ocorrem apesar do volume produzido) e Variáveis (acompanham este volume proporcionalmente). A relação entre os custos e o volume de produção Vamos imaginar o espaço delimitado de uma unidade fabril (fábrica). Em seu interior, o processo produtivo se desenvolve normalmente e, em suas rotinas diárias, são consumidos diferentes recursos como matérias-primas, materiais secundários, mão de obra, lubrificantes, energia elétrica, solventes, embalagens e água, entre outros. Também não podemos nos esquecer de que o trabalho do gerente de produção, o seguro da fábrica, o aluguel do espaço desta área de produção e o IPTU desta mesma área são gastos necessários para garantir que todos os dias o processo produtivo possa ser realizado. Para que a gestão do consumo destes recursos (custos) seja eficaz e alcance os resultados desejados, eles deverão ser compreendidos e classificados sob aspectos especiais. Na verdade, os aspectos podem ser vários e de diversa complexidade. Nesta aula, o aspecto a ser estudado é a relação dos custos e o volume de produção. De início, é curioso saber e importante considerar que determinado item de custo, diante do aumento ou redução da produção, pode se comportar de forma diferente a outro item. Devemos compreender que, quanto ao comportamento em diferentes níveis de produção, os diversos itens de custo são classificados em:
  • 27.  Custos fixos: estão normalmente relacionados à estrutura operacional que necessitou ser montada pela empresa e sobre a qual os trabalhadores transformarão materiais e outros insumos em produtos. Exemplos destes custos são: o Aluguel da área de produção ou das máquinas produtivas. o IPTU da área da fábrica. o Seguro da área da fábrica. o Valor das máquinas (se foram adquiridas, e não alugadas). o Salários administrativos da produção.
  • 28. Com relação ao volume de produção, estes custos são considerados fixos pelo fato de que, produzindo muito, pouco ou nada, eles deverão ser pagos integralmente a quem os forneceu à empresa. Dessa forma, não acompanham o volume de produção praticado, permanecendo seus valores inalterados quando as vendas aumentarem ou diminuírem.  Custos variáveis: estão, normalmente, relacionados ao produto a ser elaborado, possibilitando sua materialização. Exemplos destes custos são: o Matérias-primas. o Materiais secundários. o Mão de Obra Direta (MOD). o Energia elétrica das máquinas. o Embalagens.
  • 29. Estes custos são assim denominados uma vez que, ao contrário dos custos fixos, acompanharão proporcionalmente aumentos ou reduções dos volumes de produção. Um volume maior de produção consumirá mais MOD, materiais, energia elétrica, etc. Quando o volume de produção diminuir, será requisitada menos MOD e menos materiais.
  • 30.  Custos semivariáveis: são os elementos de custos que possuem, em seu valor, uma parcela fixa e outra variável, isto é, têm um comportamento de custo fixo até certo momento e, depois, se comportam como custo variável. Como exemplos, temos energia elétrica e água. Quando não há utilização desses, recursos ou o consumo fica abaixo de um valor mínimo estipulado pelas companhias de fornecimento de energia e de água, paga-se uma taxa fixa (custo fixo). À medida que a utilização desses recursos cresce, com o aumento da produção, o valor da conta se eleva (custo variável).  Custos semifixos: são assim denominados os classificados como fixos, mas que se alteram em decorrência de mudanças na capacidade de produção instalada. Prezado aluno, neste momento do curso é importante reforçar os conceitos aprendidos! É aconselhável refazer a leitura do texto e dos termos aprendidos nesta
  • 31. aula. Em seguida, desenvolva as atividades previstas para este conteúdo, que estão disponíveis na plataforma AVA. * O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado.
  • 32. REFERÊNCIAS CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso Básico de Contabilidade de Custos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009. MEGLIORINI, Evandir. Análise e Gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall Brasil, 2012. PADOVEZE, Clovis Luis. Curso Básico Gerencial de Custos. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005. RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. SHANK, John K. A Revolução dos Custos. Rio de Janeiro: Campus. 1997. STARK, José Antonio. Contabilidade de Custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
  • 33. Contabilidade de Custos I Aula 05 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
  • 34. Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente virtual de aprendizagem UNINOVE. Uso consciente do papel. Cause boa impressão, imprima menos.
  • 35. Aula 05: Classificação de custos – Diretos e indiretos Objetivo: Distinguir os itens de custo que são facilmente quantificados por unidade produzida de outros, cuja quantificação é mais complexa. Os itens de custo são classificados quanto à participação por unidade produzida, categorizados em diretos e indiretos. Na aula anterior, vimos que os diferentes custos ocorridos em um processo produtivo estão basicamente divididos em dois grandes grupos: aqueles que compõem a estrutura sobre a qual o processo produtivo será realizado, contando com os recursos necessários (máquinas e equipamentos, ferramentas, espaço físico, instalações, gestores acompanhando a produção); e os custos necessários para a materialização do próprio produto (matérias-primas, materiais secundários, embalagem, MOD, energia elétrica, água). Foi observado na aula passada que, quando relacionados ao volume de produção, os diferentes custos se dividirão em variáveis (acompanham o volume de produção) ou fixos (não acompanham o volume de produção). Outro aspecto de grande importância para a análise destes diferentes custos é a sua relação com a unidade produzida. O significado desta relação é que a participação de alguns custos na unidade produzida por ser quantificada. Para outros itens de custo, esta participação é imprecisa, solicitando mais atenção dos gestores. Para essas informações mais claras estas, suponha a seguinte situação: Uma empresa industrial que fabrica calçados deverá comprar: couro, cola, cadarços, embalagem, palmilhas, solados e verniz, além de gastar com a MOD, e a energia elétrica das máquinas. Conhecendo o modelo a ser fabricado, é possível quantificar precisamente o consumo de: • Couro para o par (1 metro, hipoteticamente). • Duas palmilhas. • Dois cadarços. • Dois solados. • Dois saltos.
  • 36. Por outro lado, a quantidade exata de verniz, cola ou mesmo energia elétrica consumidos para a elaboração de apenas um par tende a ser imprecisa. Desta forma, a participação de alguns custos por unidade produzida (alocação) pode ser facilmente quantificada, diferentemente de a participação de outros custos. • Quanto aos produtos fabricados: para alocar os custos aos produtos, eles são classificados em custos diretos e indiretos. Diferenciação entre custos diretos e custos indiretos Custos diretos: são aqueles que podem ser apropriados diretamente, ou seja, claramente quantificados à unidade do produto fabricado porque há uma medida objetiva de seu consumo nessa fabricação. Como os seguintes materiais diretos: • Matéria-prima: são os “materiais brutos” que normalmente sofrem transformação, sendo cortados, serrados, tingidos ou cozidos durante um processo produtivo tais como tecidos, couro, madeira, ferro, argila ou alimentos. Geralmente representam a base principal do produto a ser elaborado. • Materiais secundários: são elementos comprados prontos (produzidos por outras empresas fornecedoras) e adicionados aos produtos que estão sendo elaborados em nosso processo, como: zíper, botão, cadarço, parafusos, dobradiças, palmilhas, puxadores etc. • Embalagens: são necessárias para proteger, conservar, transportar e estocar os produtos; contem informações de manuseio ou consumo, promove a marca da empresa/ produto ou ainda é necessária para destacar a participações em ações de responsabilidade social/ ecológica da empresa (Selo da Abrinq, instituto Airton Senna, SOS Mata Atlântica, AACD etc.).
  • 37. • Mão de obra direta: trata-se dos custos utilizados diretamente na produção que a empresa teve com os trabalhadores; ela deve computar, além dos salários propriamente ditos, os benefícios e os encargos trabalhistas. Sabendo-se quanto tempo cada trabalhador atuou em determinado produto e o preço da mão de obra, é possível apropriá-la diretamente do produto final. Custos indiretos: este grupo é formado pelos custos que não podem ser apropriados diretamente ao produto, ou seja, cuja participação não pode ser claramente quantificada à unidade do produto fabricado. Não existe uma medida objetiva de seu consumo na fabricação. Essa dificuldade de mensuração provocará a definição e a utilização de um critério de rateio (item a ser estudado nos próximos conteúdos). Como: • Material indireto: empregado nas atividades da produção e cujo consumo atende à área completa de produção, seus diferentes departamentos e às diversas etapas sem ser apropriado objetivamente a nenhum deles, como o material de limpeza, o material utilizado na manutenção dos equipamentos, a graxa, os lubrificante, o combustível, entre outros. • Mão de obra indireta: trabalho de direção, supervisão ou gerenciamento das tarefas produtivas realizadas na área de produção ou dos departamentos de suporte à produção: salário do diretor de produção, do gerente e do supervisor de produção, salário do pessoal do almoxarifado, do vigia da fábrica, do faxineiro etc. • Outros gastos: água, energia elétrica, telefone, aluguel, imposto predial, seguros etc.
  • 38. * O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado. REFERÊNCIAS CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso Básico de Contabilidade de Custos. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2002. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2009. PADOVEZE, Clovis Luis. Curso Básico Gerencial de Custos. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005. RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos Fácil. São Paulo: Saraiva, 2002. ______ Contabilidade de Custos. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2011. STARK, José Antonio. Contabilidade de Custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
  • 39. Contabilidade de Custos I Aula 06 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
  • 40. Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente virtual de aprendizagem UNINOVE. Uso consciente do papel. Cause boa impressão, imprima menos.
  • 41. Aula 06: Terminologias dos custos de produção Objetivo: Distinguir e expor as terminologias adequadas e sua utilização correta para a análise eficaz dos fatores relacionados aos custos de produção e à sua gestão. Boa aula! Estoques Os estoques representam uma categoria especial de ativos circulantes (recursos que apresentam grande movimentação sendo reduzidos e aumentados constantemente dentro do período de 360 dias, ou seja, no Curto Prazo). Esses ativos (materiais ou componentes) estão diretamente relacionados à operação fim da empresa, sendo transformados em produto (empresa industrial) ou revendidos (empresa comercial). Os estoques serão subdivididos basicamente entre três etapas:  Estoque de materiais Corresponde à área de entrada das matérias-primas ou materiais secundários adquiridos nas compras efetuadas dos fornecedores da empresa. Devido ao fato de tais compras conterem impostos obrigatórios na sua comercialização, sua entrada deverá ser efetuada pelo valor líquido. No conteúdo da aula 7, será explicado como determinar esse valor. Os materiais permanecerão neste estoque até o momento da requisição para a produção.  Estoque em elaboração No momento da requisição, os materiais são enviados para a elaboração onde serão adicionados de Mão de Obra Direta (MOD) e de outros gastos de produção. Essa elaboração poderá se desdobrar em várias etapas, percorrendo diferentes departamentos produtivos, até que o produto esteja finalizado (acabado).
  • 42.  Estoque de acabados Uma vez finalizado, o produto será encaminhado ao estoque de acabados, de onde saiu pela ocasião das vendas. No estoque de produtos acabados, o valor de cada unidade representa seu custo total final, o qual, no momento de sua saída pela venda, passará a ser denominado Custo do Produto Vendido (CPV). Custo primário ou custo direto Este termo corresponde ao grupo de custos que podemos relacionar a um produto imediatamente, antes de qualquer outro gasto do processo produtivo que posteriormente também deverão ser considerados. Este grupo segue descrito a seguir exatamente como explicado na aula 5:  Materiais diretos:
  • 43. a) Matéria-prima: são os “materiais brutos” que normalmente sofrem transformação, sendo cortados, serrados, tingidos ou cozidos durante um processo produtivo tais como tecidos, couro, madeira, ferro, argila ou alimentos. Geralmente, representam a base principal do produto a ser elaborado. b) Materiais secundários: são elementos comprados prontos (produzidos por outras empresas fornecedoras) e adicionados aos produtos que estão sendo elaborados em nosso processo, como: zíper, botão, cadarço, parafusos, dobradiças, palmilhas, puxadores etc. c) Embalagens: são necessárias para proteger, conservar, transportar, estocar, conter informações de manuseio ou consumo, promover a marca da empresa/ produto ou ainda para destacar participações em ações de responsabilidade social/ ecológica da empresa, por exemplo: Selo da Abrinq, instituto Airton Senna, SOS Mata Atlântica, AACD etc.  Mão de obra direta: trata-se dos custos com os trabalhadores utilizados diretamente na produção, computando, além dos salários propriamente ditos, também os benefícios e encargos trabalhistas. Sabendo-se quanto tempo cada um trabalhou no produto e o preço da mão de obra, é possível apropriála diretamente ao produto. Custo primário ou direto = Material direto (MD) + Mão de obra direta (MOD) Custo de conversão ou transformação Os custos de transformação de estoques incluem os custos diretamente relacionados às unidades produzidas ou às linhas de produção, como pode ser o caso da mão de obra direta. Também incluem a alocação sistemática de custos indiretos de produção, fixos e variáveis, que sejam incorridos para transformar os materiais em produtos acabados.
  • 44. Custo transformação = Mão de obra direta + Custos indiretos de fabricação (MOD) (CIF) Os custos indiretos de produção fixos são aqueles que permanecem relativamente constantes, independentemente do volume de produção, tais como a depreciação e a manutenção de edifícios e instalações fabris, máquinas e equipamentos e os custos de administração da fábrica. Os custos indiretos de produção variáveis são aqueles que variam diretamente, ou quase diretamente, com o volume de produção, tais como materiais indiretos e certos tipos de mão de obra indireta. Custo de produção do período São os mesmos grupos de custos explicados acima, porém quando delimitados a um determinado período de tempo. Sua composição é: Material direto + (MD) Mão de obra direta (MOD) + Custos indiretos indireto de fabricação = Custos de produção do período (CIF) (CPP)  Material direto: matéria-prima; materiais secundários (cujo valor compense apropriá-los diretamente ao produto); material de embalagem.  Mão de obra direta: gasto com mão de obra diretamente apropriáveis ao produto.  CIF: demais gastos de fabricação. São conhecidos também como Gastos Gerais de Fabricação. Custo da produção acabada (CPA) É a soma dos custos contidos na produção acabada (finalizada) em determinado período. Pode conter custos de produção de diversos períodos anteriores, mas, em unidades que só foram completadas no presente período.
  • 45. Custos dos produtos vendidos (CPV) Do total dos produtos acabados (finalizados) em um determinado período, somente a quantidade efetivamente vendida, considerada pelo seu valor total de elaboração, será denominada CPV. Logicamente, as unidades acabadas que ainda permanecerem no estoque por algum tempo, somente serão consideradas CPV na próxima saída de estoque quando, então, forem realmente vendidas. Acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem e acompanhe no material complementar um exemplo descritivo das etapas citadas nesta aula. * O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado. Prezado aluno, é importante participar das atividades como o fórum. Suas dúvidas e opiniões devem ser compartilhadas com seu professor tutor e com os demais colegas da turma! Agora que você já estudou esta aula. Resolva os exercícios e verifique seu conhecimento. Caso fique com dúvidas, leve a questão ao Fórum e divida com seus colegas e professor.
  • 46. * O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado. REFERÊNCIAS BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3 ed. São Paulo: McGraw Hill, 2007. CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de custos. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2002. HORNGREN, Charles T.; SUNDEM, Gary L.; STRATTON, William O. Contabilidade gerencial. 12 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004. MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall Brasil, 2012. PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005. STARK, José Antonio. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
  • 47. Contabilidade de Custos I Aula 07 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
  • 48. Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente virtual de aprendizagem UNINOVE. Uso consciente do papel. Cause boa impressão, imprima menos.
  • 49. Aula 07: Materiais diretos – Parte I Objetivo: Conhecer os procedimentos de contabilização dos materiais diretos na ocasião de sua aquisição; identificar os impostos inclusos nas compras e determinar o valor de entradas dos materiais no estoque. Caro aluno, seja bem-vindo à sétima aula do nosso curso. Boa aula! Revendo os conceitos Como explicado na quinta aula, os materiais diretos pertencem à categoria dos custos cuja participação na unidade produzida pode ser claramente quantificada (custos diretos). Existe, portanto, uma medida objetiva de seu consumo no processo de fabricação. Também aprendemos lá que os materiais podem se apresentar em basicamente três subgrupos:  Matéria-prima: são “materiais os brutos” que normalmente sofrem transformação, sendo cortados, serrados, tingidos ou cozidos durante um processo produtivo. Exemplos: tecidos, couro, madeira, ferro, argila e alimentos. Geralmente representam a base principal do produto a ser elaborado.  Materiais secundários: são elementos comprados prontos (produzidos por outras empresas fornecedoras) e adicionados ao que está sendo elaborados em nosso processo, como zíper, botão, cadarço, parafusos, dobradiças, palmilhas, puxadores, etc.  Embalagens: são necessárias para proteger, conservar, transportar, estocar, conter informações de manuseio ou consumo, promover a marca da empresa/produto ou, ainda, destacar participações em ações de responsabilidade social/ecológica da empresa (selo da Abrinq, instituto Airton Senna, SOS Mata Atlântica, AACD, etc.). Podem ser: primárias, como latas, garrafa, sachê, pacote, vidro e secundárias, como caixa de papelão ou engradado de madeira.
  • 50. Custo do material direto adquirido Os materiais diretos são recursos necessários para a alimentação do processo produtivo, sendo rotineiramente adquiridos, pela empresa, de seus diversos fornecedores. Tais fornecedores, no papel de agentes externos, provedores de recursos que são, incluem em seu preço de venda não apenas o valor dos materiais vendidos, mas também outros gastos necessários à operação da venda, como transporte, seguro e manuseio. Além disso, outros valores deverão ser adicionados ao preço de venda, em obediência às leis de comercialização: os impostos. Os materiais diretos adquiridos dos fornecedores devem inicialmente ser destinados ao seu respectivo estoque, no caso, o de materiais, onde serão adequadamente controlados quanto a sua entrada, envio à produção, reposição ou mesmo devolução parcial. O controle rigoroso efetuado neste estoque refletirá no valor dos materiais que comporão o custo da unidade produzida. Neste momento, alguns questionamentos devem ser observados: Qual deve ser o valor correto do registro da entrada desses materiais no estoque? Saiba que alguns dos valores componentes do preço da nossa compra (preço de venda do fornecedor) devem ser desconsiderados na entrada do estoque! Quais deverão, então, ser considerados? Se ocorrerem vantagens que facilitem a negociação, como descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes, eles deverão ser deduzidos na determinação do custo de aquisição? Os impostos (IPI, ICMS, PIS e COFINS) devem, normalmente, ser excluídos do valor da compra dos materiais diretos (valor total da nota fiscal) antes do registro de entrada no estoque. Tal exclusão dependerá de os impostos serem recuperáveis: se não o forem, não deverão ser excluídos, passando a fazer parte do custo do material. Observação:  Todos os gastos incorridos no sentido de disponibilizar o material direto para o uso na produção fazem parte do seu custo.  Se o comprador tem de retirar o material no fornecedor e arcar com os
  • 51. gastos de transportes e seguro, estes devem ser incorporados ao custo do material.  Os gastos com armazenagem, recepção e vigilância também devem ser incorporados aos custos dos materiais. Exemplo 1: No caso da compra de 10 000kg de matéria-prima a prazo, de acordo com os dados a seguir: Valor do material direto R$ 300 000,00 (+) IPI R$ 30 000,00 Valor total da nota fiscal R$ 330 000,00 ICMS R$ 54 000,00 PIS R$ 4 950,00 Cofins R$ 22 800,00 O valor de entrada no estoque do material direto será: Valor da Nota Fiscal R$ 330 000,00 ( - ) IPI R$ 30 000,00 ( - ) ICMS R$ 54 000,00 ( - ) PIS R$ 4 950,00 ( - ) Cofins R$ 22 800,00 Custo de aquisição R$ 218 250,00
  • 52. O lançamento de contabilização da nota fiscal será: D- Estoque de matéria-prima 218 250,00 D- IPI a recuperar 30 000,00 D- ICMS a recuperar 54 000,00 D- PIS a recuperar 4 950,00 D- Cofins a recuperar 22 800,00 C- Fornecedores 330 000,00 O registro nos razonetes será: Estoque de materiais 218.250,00 PIS a recuperar 4.950,00 IPI a recuperar 30.000,00 ICMS a recuperar 54.000,00 Fornecedores 330.000,00 COFINS a recuperar 22.800,00 Observação: os mesmos procedimentos são aplicáveis à compra de material secundário e embalagens.
  • 53. Exemplo 2: calculando o custo do material, considerando que os tributos IPI, PIS e Cofins não são recuperáveis: Total da Nota Fiscal R$ 330 000,00 ( - ) ICMS R$ 54 000,00 Custo de aquisição R$ 276 000,00 O lançamento de contabilização da nota fiscal será: D- Estoque de matéria-prima 276 000,00 D- ICMS a recuperar 54 000,00 C- Fornecedores 330 000,00 Estoque de materiais 276.000,00 IPI a recuperar 54.000,00 Fornecedores 330.000,00
  • 54. Acesse a plataforma AVA e para fazer o download do texto explicativo Análise prática, que está disponível como Material complementar. * O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado. Caro aluno, não se esqueça! Está na hora de resolver os exercícios elaborados para esta aula. Verifique seus conhecimentos e reforce seu aprendizado! Somente a exercitação poderá ajudar a conquistá-lo. Bom estudo! * O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado.
  • 55. REFERÊNCIAS BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3 ed. São Paulo: McGraw Hill, 2007. CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de custos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002. MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall Brasil, 2012. PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005. RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de custos. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. SHANK, John K. A revolução dos custos. Rio de Janeiro: Campus, 2007. WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade gerencial. 2. ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.
  • 56. Contabilidade de Custos I Aula 08 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
  • 57. Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente virtual de aprendizagem UNINOVE. Uso consciente do papel. Cause boa impressão, imprima menos.
  • 58. Aula 08: Materiais diretos – Parte II Objetivo: Compreender os mecanismos de controle e avaliação dos estoques da empresa e sua influência na determinação no valor do custo e consequentemente sobre o resultado apurado; conhecer os métodos PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai), UEPS (Último que Entra, Primeiro que Sai) e CMP (Custo Médio Ponderado). Olá, caro aluno! Métodos de avaliação dos estoques Prezado aluno, nesta aula trataremos de um elemento de importância central nas discussões sobre custos: o estoque. Inicialmente, é importante considerar que uma empresa, ao longo de suas rotinas operacionais, comprará várias unidades (materiais, mercadorias ou componentes) em períodos diferentes e pagando preços diferentes (mais barato ou mais caro a cada momento), mas não consumirá esses recursos na mesma proporção. Assim, elas acabam se misturando no almoxarifado. Surgem então diversos questionamentos: Qual é o valor de custo das unidades que estão sendo enviadas à elaboração? Qual o valor das unidades que ainda permanecem no estoque? Devemos considerar o valor das mais caras ou mais das mais baratas? Para atribuir custo às unidades consumidas, usamos os mesmos critérios utilizados pela Contabilidade Financeira, a saber:  Sistema de inventário permanente.  Sistema de inventário periódico.  Método de avaliação de estoque - PEPS (primeiro a entrar e primeiro a sair).  Método de avaliação de estoque - UEPS (último a entrar e primeiro a sair).  Custo médio ponderado.
  • 59. Sistema de inventário periódico Este sistema é aplicado quando a empresa não mantém um controle de acompanhamento contínuo (ao longo dos dias, semanas e meses) dos estoques por meio de fichas de estoque. A informação dos valores consumidos só poderá ser obtida após o procedimento de contagem dessas fichas, que ocorrerá por ocasião do Balanço Patrimonial e posterior avaliação de acordo com os critérios legais. O consumo é calculado por uma fórmula, a qual é válida para qualquer item do estoque. Consumo de Material Direto = Estoque Inicial + Entradas Líquidas – Estoque Final Pensemos que hipoteticamente determinada empresa apresenta os seguintes dados:  Inventário físico realizado em 31/12/x1: 100.000 kg de matéria-prima avaliada em R$200.000,00.  Compras líquidas realizadas durante o ano X1: 900.000 kg de matéria-prima no valor de R$1.800.000,00.  Inventário físico realizado em 31/12/x2: 200.000 Kg avaliados R$400.000,00. Calculando o consumo de matéria-prima do período, teremos: Quantidade (Kg) Valor (R$) Estoque Inicial 100.000 200.000 ( + ) Entradas Líquidas 900.000 1.800.000 (200.000) (400.000) 800.000 1.600.000 ( - ) Estoque Final Consumo de matéria-prima em
  • 60. Sendo assim, o custo da matéria-prima consumida foi de R$1.600.000,00; ou seja, R$2,00 por quilo. Inventário permanente No sistema de inventário permanente, ao contrário do item anterior, será realizado o controle contínuo dos estoques por meio de fichas de estoque (planilhas eletrônicas dinâmicas). As informações sobre o CPV (Custo dos Produtos Vendidos) e do remanescente no estoque (Estoque Final) podem ser calculadas e fornecidas a qualquer momento pela Contabilidade. A contagem física ainda será realizada; porém, para atender a solicitações dos procedimentos de auditoria e controle interno, o controle físico e contábil será feito pela ficha de estoque (tanto no Almoxarifado como na Contabilidade). Métodos de avaliação de estoque Como já mencionado, as entradas que ocorrem rotineiramente no estoque de uma empresa, com o propósito de alimentar regularmente suas operações, ocorrem normalmente em momentos diferentes e valores de compra variados. Esses valores de compra diferentes entre si irão, portanto, influenciar o valor das saídas desse estoque em direção à elaboração e definir a base do cálculo para o custeio do Material Direto aplicado na produção. Para tanto, há três sistemas de custeio dos estoques: PEPS – Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair Por este método, as compras são organizadas pela sua ordem de entrada, lote a lote, refletindo o valor de sua aquisição. Na ocasião do envio à elaboração, a saída do estoque seguirá a mesma ordem de entrada, obedecendo ao critério de que os primeiros produtos a entrar, também serão os primeiros a sair, assumindo os valores originais de compra.
  • 61. Exemplo:  Em 01/0x compra de 100 unidades a R$ 10,00 cada.  Dia 10/0x compra de 100 unidades a R$ 20,00 cada.  Dia 15/0x envio à elaboração de 50 unidades. Neste caso, o custo utilizado será o da primeira entrada, ou seja: Entrada Saída Quant Unit Total 01 100 10,00 1.000,00 10 100 20,00 Quant 2.000,00 50 15 Unit Saldo 10,00 Total 500,00 Quant Unit Total 100 100 100 200 50 100 150 10,00 10,00 20,00 1.000,00 1.000,00 2.000,00 3.000,00 500,00 2.000,00 2.500,00 10,00 20,00 UEPS – Último a Entrar, Primeiro a Sair Semelhante ao PEPS, por este método, as compras são organizadas pela sua ordem de entrada, lote a lote, refletindo o valor de sua aquisição. Entretanto, na ocasião do envio à elaboração, a saída do estoque seguirá a ordem inversa à da entrada, obedecendo ao critério de que os últimos produtos a entrar, serão os primeiros a sair, assumindo os valores originais de compra. Utilizando o mesmo exemplo numérico anterior, teríamos: Entrada Saída Quant Unit Total 01 100 10,00 1.000,00 10 100 20,00 2.000,00 15 Quant 50 Unit Saldo 20,00 Total 1.000,00 Quant Unit Total 100 100 100 200 100 50 150 10,00 10,00 20,00 1.000,00 1.000,00 2.000,00 3.000,00 1.000,00 1.000,00 2.000,00 10,00 20,00
  • 62. Custo Médio Ponderado Este método é amplamente utilizado pelas empresas e de forma diferenciada a PEPS e UEPS, não registra separadamente os lotes comprados pela ordem de sua entrada. Esses lotes são acumulados à medida que entram no estoque, tanto em termos de unidades quanto de valores totais, sendo o valor unitário de estoque, determinado pela divisão do valor total em estoque pelas unidades totais em estoque. Essa forma de determinar o custo unitário representa o aspecto que diferencia o CMP em especial, por considerar que o custo unitário deva ser atualizado e nivelado à entrada de cada novo lote de compras. Ocorre, portanto, uma transferência de custo a cada atualização. Utilizando ainda o exemplo numérico anterior, teríamos: Caro aluno, até mais! Estude bastante e realize as exercitações reservadas para você no AVA. Mantenha sua comunicação com os demais colegas e com o professor! Não deixe de compartilhar opiniões e discussões no Fórum, ok? Até a próxima aula! * O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado.
  • 63. REFERÊNCIAS BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3 ed. São Paulo: McGraw Hill, 2007. CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de custos. 2 ed.São Paulo: Atlas, 2002. MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall Brasil, 2012. PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005. RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de custos. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2011. STARK, José Antonio. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
  • 64. Contabilidade de Custos I Aula 09 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
  • 65. Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente virtual de aprendizagem UNINOVE. Uso consciente do papel. Cause boa impressão, imprima menos.
  • 66. Aula 09: Mão de obra Objetivo: Conceituar e diferenciar o trabalho desenvolvido pelos profissionais diretamente envolvidos com os processos produtivos do trabalho daqueles que apenas o acompanham e administram; quantificar os elementos de custo do trabalhador mensalista, horista e os encargos trabalhistas previstos em lei. Olá, caro aluno! Conceito de Mão de Obra Direta (MOD) Representa o custo relativo ao trabalho desempenhado pelos funcionários que atuam diretamente na transformação dos materiais e outros insumos em produto, operando máquinas e equipamentos, operando ferramental, embalando os produtos, efetuando o trânsito de materiais entre os estoques, entre outras atividades. Seu custo corresponde aos salários dos funcionários acrescidos dos encargos sociais e trabalhistas, além dos benefícios. Diferença entre a mão de obra direta e a Mão de Obra Indireta (MOI) Quando um trabalhador opera determinada máquina ou equipamento, em que é produzido apenas um tipo de produto de cada vez, o trabalho deste operário será considerado como MOD; ao contrário, se um funcionário opera uma máquina em que são fabricados vários produtos, quantificar as parcelas desta mão de obra, no custo de cada diferente produto, torna-se uma tarefa mais complexa. Sendo possível medir o tempo de produção de cada produto por meio de controles precisos, determinando com exatidão quanto da mão de obra deve ser direcionado por diferente produto, então ela será considerada direta. No entanto, caso não existam esses controles e se torne necessário utilizar qualquer critério de rateio para apropriá-la aos produtos, ela será considerada MOI (também será assim considerada em caso de ociosidade normal).
  • 67. Vamos observar o exemplo a seguir:  Supondo que um empregado seja contratado por um salário de R$8,10 por hora, ele deverá receber um salário mensal equivalente a 220 horas. Isso estará de acordo com a legislação brasileira, embora ele seja horista.  Suponha que ele trabalhe na produção 190 horas por mês e fique 30 horas ocioso, aguardando, por causa de um defeito ocorrido no equipamento, ou que nessas 30 horas tenha ajudado na manutenção elétrica da fábrica. A folha de pagamento discriminará um salário mensal para ele de R$1 782,00 (220h x R$8,10), mas para a Contabilidade de Custos, esses R$1 782,00 estão divididos em R$1 539,00 de MOD (190h x R$8,10) e R$243,00 de MOI (30 h x R$8,10). Categorias de funcionários: mensalistas e horistas De acordo com a legislação brasileira, a jornada de trabalho a ser cumprida pelos empregados não deve ultrapassar a 8 horas diárias e 44 horas semanais, entretanto, são previstos outros tipos de jornada de trabalho com duração de tempo menor, consideradas jornadas especiais. A remuneração dos funcionários compreende todo o valor pago pelo empregador em decorrência da contraprestação de serviços. Compõem essa remuneração: o salário contratual acrescido de horas extras, adicional noturno, adicionais de periculosidade e de insalubridade, descanso semanal remunerado (para funcionários horistas), prêmios por assiduidade e outras vantagens recebidas pelo empregado durante a vigência do contrato de trabalho. São duas as principais categorias de funcionários:  Mensalistas (com valor do salário fixado por mês): em um mês completo de contraprestação de serviços, o funcionário mensalista recebe um salário correspondente a 30 dias (independentemente do número de dias do mês), acrescido de horas extras, prêmio por assiduidade, etc. Normalmente, esse modo é utilizado para os funcionários que trabalham na parte administrativa da empresa, como Contabilidade, Comercial (exceto as comissões) e Departamento Financeiro. Departamento
  • 68.  Horistas (com valor do salário fixado por hora): em um mês completo de contraprestação de serviços, os funcionários horistas terão sua remuneração composta pelo salário referente ao número de horas comparecidas no mês acrescido do descanso semanal remunerado e feriados, perfazendo o número de dias do mês, aos quais são somados as horas extras, adicionais de periculosidades, etc. O salário horário é utilizado predominantemente para pagamento dos funcionários que trabalham no processo produtivo e pode se referir tanto à mão de obra direta como à indireta. Encargos sociais e trabalhistas Os encargos sociais e trabalhistas correspondem aos gastos da empresa com o funcionário além do salário. Tratam-se de conquistas asseguradas por lei, provenientes de acordo sindical ou negociação com a própria empresa. Alguns encargos são concentrados em determinada época do ano, como 13º salário e as férias, ou ocorrem em situações específicas, como a multa do FGTS, que deve ser paga em casos de dispensa sem justa causa. O custo da mão de obra não é formado apenas pelo salário pago ao empregado, mas será também acrescido destes encargos. Para o cálculo do custo da mão de obra, é necessário determinar quais são as incidências sociais e trabalhistas. A seguir, serão apresentados os encargos básicos e os critérios para calcular cada um deles. Entretanto, cabe ressaltar que não compreendem todas as situações possíveis, pois cada empresa ou atividade tem suas próprias características de composição de custos.
  • 69. Exemplo: Previdência Social (INSS) 20,0% Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) 8,0% Salário-Educação 2,5% SESI, SESC 1,5% SENAI, SENAC 1,0% INCRA 0,2% SEBRAE 0,6% Seguro contra Acidentes do Trabalho (SAT) até... 3,0% TOTAL 36,80% Cálculo do custo do salário-hora para o horista Suponha que um operário seja contratado a R$100,00 por hora. A jornada máxima de trabalho permitida pela Constituição brasileira é de 44 horas semanais (sem considerar horas extras). Supondo, ainda, que ele trabalhe de segunda a sábado, a jornada máxima diária será de: 44 horas ÷ 6 dias = 7,3333 horas (equivalem a 7 horas e 20 minutos)
  • 70. Dessa forma, podemos estimar o número máximo de horas que um trabalhador pode oferecer à empresa: Número total de dias por ano 365 dias ( - ) Descanso Semanal Remunerado (DSR) * 48 dias ( - ) Férias 30 dias ( - ) Feriados 12 dias ( = ) Numero máximo de dias à disposição do empregador 275 dias ( x ) jornada máxima diária ( em horas ) 7,3333 horas ( = ) Número máximo de horas à disposição, por ano: 2 016,67 horas ( * ) deduzidas quatro semanas já computadas nas férias No cálculo dos dias trabalhados, devem ser contados efetivamente os dias em um calendário para obter as informações corretas. Deve-se observar, também, que se ocorrer um feriado em um domingo, não pode ser considerado como feriado, pois já esta computado pelo dia da semana. Da mesma forma, do descanso semanal remunerado, devem ser deduzidas as quatro semanas já computadas nas férias. A remuneração anual desse empregado será: Salários: 2.016,67 horas x R$ 100,00 201 667 DSR: 48 d x 7,3333 h = 352 h x R$100,00 201 667 Férias: 30 d x 7,3333 h = 220 h x R$ 100,00 22 000 13º Salário: 220 h x R$ 100,00 22 000 Adicional Constitucional de Férias (1/3 de “c”) 7 333 Feriados: 12 d x 7,3333 h = 88 h x R$ 100,00 8 800 Total 297 000
  • 71. Sobre esse total, o empregador será obrigado a recolher os seguintes encargos: FGTS, INSS, Salário-Educação, INCRA, SESI ou SESC, SENAI ou SENAC, SEBRAE e SAT, perfazendo um total de 36,80%. Assim, o custo total anual para o empregador será: R$297 000 x 1,3680= R$406 296 E o custo do salário-hora, será: R$406 296  2 016,67 horas = R$201,47 Os encargos sociais e trabalhistas mínimos provocaram, então, um acréscimo de 101,47 % sobre o salário-hora contratado. Considere que o exemplo apresentado é básico, pois não estão sendo computados outros gastos, como tempo de dispensa durante o aviso-prévio, indenização compensatória ou multa do FGTS na dispensa, faltas abonadas, PIS, e também se computou a jornada máxima permitida de 44 horas semanais. Nesse exemplo, a empresa deverá atribuir a taxa de R$201,47 por hora trabalhada, e não os R$100,00 contratuais. Observação: para determinar exatamente o quanto cada empregado da produção (MOD) trabalhou por dia e em quais produtos, normalmente a empresa possui ferramentas que possibilitem este apontamento, como sistemas de relógio de ponto, cartão de apontamento e relógios automáticos de início e término de ordens. Prezado aluno, é importante rever os cálculos deste conteúdo para uma fixação adequada das informações. É indispensável exercitar continuamente para garantir seu aprendizado!
  • 72. * O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado. REFERÊNCIAS BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3. ed. São Paulo: McGraw Hill, 2007. CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de custos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009. MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall Brasil, 2012. PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005. RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de custos. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. STARK, José Antonio. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
  • 73. Contabilidade de Custos I Aula 10 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
  • 74. Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente virtual de aprendizagem UNINOVE. Uso consciente do papel. Cause boa impressão, imprima menos.
  • 75. Aula 10: Custos indiretos de fabricação – parte I Objetivo: Conhecer os custos indiretos de fabricação e identificar suas características; proceder a sua distribuição aos diferentes produtos por meio da utilização dos critérios de rateio; determinar as características de um critério de rateio. Custos indiretos de fabricação Prezado aluno, olá! Como visto anteriormente, os custos indiretos representam um grupo formado por aqueles custos que não podem ser apropriados diretamente ao produto, ou seja, cuja participação não pode ser claramente quantificada à unidade do produto fabricado. Não existe uma medida objetiva de seu consumo na fabricação. Esta dificuldade de mensuração provocará a definição e utilização de um critério de rateio, item a ser estudado nesta aula. Também foi visto anteriormente que podemos dividir os custos indiretos em três grupos, a saber:  Material indireto: empregado nas atividades da produção e cujo consumo atende à área completa de produção, seus diferentes deptos e às diversas etapas sem ser apropriado objetivamente a nenhum deles: material de limpeza, material utilizado na manutenção dos equipamentos, graxa, lubrificante, combustível, entre outros.  Mão de obra indireta: trabalho de direção, supervisão ou gerenciamento das tarefas produtivas realizadas na área de produção ou dos deptos de suporte à produção: salário do diretor, gerente e supervisor de produção, salário do pessoal do almoxarifado, do vigia da fábrica, do faxineiro etc.  Outros gastos: água, energia elétrica, telefone, aluguel, imposto predial, seguros etc.
  • 76. Rateio dos custos indiretos de fabricação Os estudos e pesquisas desenvolvidos na área de custos ao longo das décadas têm com objetivo principal permitir a identificação do real gasto ocorrido para se elaborar um determinado produto. A correta identificação do custo de um produto é condição indispensável para sua gestão estratégica, a qual buscará garantir a competitividade do produto no mercado, garantir a produtividade (menor custo X maior resultado) e evitar desperdícios no processo produtivo. É indispensável considerar que:  A definição do custo de um produto representa o ponto de partida para a elaboração do seu preço de venda.  O cálculo errado do custo resulta na elaboração incorreta do preço de venda.  Um preço de venda superestimado (a maior) ameaça a competitividade do produto.  Um preço de venda subestimado (a menor) ameaça o retorno (resultado) do produto. Neste sentido, a distribuição incorreta de um item de custo indireto entre diferentes produtos acarretará distorções no valor final dos seus respectivos custos e, consequentemente, prejudicará o retorno no resultado de um, tanto quanto a competitividade de outro. Surge então o desafio de encontrar a melhor forma de distribuição destes custos. Esta distribuição é denominada genericamente de rateio1. Esta distribuição deve, por sua vez, estar fundamentada em algum aspecto, característica ou diferenciação que exista entre os produtos, que nos leve a supor uma proporcionalidade diferenciada na distribuição do item de custos entre eles.
  • 77. Exemplo 1: Suponha que na área de produção anterior, a qual compreende 200m2, 3 produtos são elaborados. Esta área é alugada pelo valor mensal de R$ 6.000,00. Quanto, em relação ao valor deste aluguel, deve ser considerado ao custo de cada produto? Seria incorreto simplesmente dividir este valor por 3 (6.000,00 ÷ 3 = 2.000,00), uma vez que cada produto ocupa espaços diferenciados da área de produção e, portanto, tem aproveitamento diferenciado do aluguel pago. Considerando estes aspectos, a melhor distribuição seria: M2 Produto X Y Z Total 105 65 30 200 Aproveitamento 52,5% 32,5% 15,0% 100,0% Aluguel 3.150,00 1.950,00 900,00 6.000,00 Como é possível observar, o custo indireto correspondente ao valor do aluguel pago é distribuído proporcionalmente ao percentualmente do aproveitamento de cada produto sobre a área total de produção. Esta distribuição em função de m2 da área representa um critério de rateio2.
  • 78. Exemplo 2: determinada empresa produz três diferentes produtos: X, Y e Z. As informações sobre os custos diretos e critérios de rateio dos custos indiretos são os seguintes: Produtos X Y Z Total Produto X Y Z Total Produto X Y Z Total Custos Diretos Materiais 155.000,00 147.000,00 93.000,00 395.000,00 MOD 47.000,00 22.000,00 21.000,00 90.000,00 Critérios de Rateio – Custos Indiretos Área ocupada (m2) Aproveitamento 105 52,5% 65 32,5% 30 15,0% 200 100,0% Unidades Produzidas Volume Produzido 28.000 53,8% 15.500 29,8% 8.500 16,4% 52.000 100,0% Mão de obra indireta (salários dos gestores da produção), energia elétrica e depreciação serão distribuídas pelos percentuais de volume produzido. Aluguel, IPTU e seguros, pelos percentuais de aproveitamento da área de produção. Mapa de Custos 105m2 65m2 Produto X Produto Y 30m2 Produto Z 200m2 Diretos Materiais Mão de obra direta Indiretos Mão de obra indireta Energia elétrica Depreciação Aluguel IPTU Seguro Total Custo Total Unitário 155.000,00 47.000,00 147.000,00 22.000,00 93.000,00 21.000,00 395.000,00 90.000,00 78.750,00 2.625,00 10.500,00 3.228,00 807,00 1.614,00 299.524,00 28.000 10,70 48.750,00 1.625,00 6.500,00 1.788,00 447,00 894,00 229.004,00 15.500 14,77 22.500,00 750,00 3.000,00 984,00 246,00 492,00 141.972,00 8.500 16,70 150.000,00 5.000,00 20.000,00 6.000,00 1.500,00 3.000,00 52.000
  • 79. Exemplo de bases utilizadas:  Unidades produzidas.  Horas de MOD.  Horas de uso direto das máquinas.  Valor (custo) da MOD.  Matéria-prima consumida.  Horas diretas de serviços prestados.  QWH – hora (energia elétrica) ou HP.  M³ de ar comprimido.  Número de funcionários. Saiba mais Rateio1: é um artifício empregado para distribuir os custos que não conseguimos identificar diretamente com os produtos. Critério de rateio2: é a base utilizada para a distribuição dos custos, ou seja, é o fator pelo qual nós vamos dividir os CIF’s. * O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado.
  • 80. REFERÊNCIAS BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3. ed. São Paulo: McGraw Hill, 2007. CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de custos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002. HORNGREN, Charles T.; SUNDEM, Gary L.; STRATTON, William O. Contabilidade gerencial. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004. MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall Brasil, 2012. PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005. STARK, José Antonio. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade gerencial. 2. ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.
  • 81. Contabilidade de Custos I Aula 11 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
  • 82. Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente virtual de aprendizagem UNINOVE. Uso consciente do papel. Cause boa impressão, imprima menos.
  • 83. Aula 11: Custos indiretos de fabricação – parte II Objetivo: Reforçar os conceitos de gestão dos custos indiretos com uma exemplificação. Caros alunos, olá! Na aula anterior vimos que a gestão dos custos indiretos de fabricação exige maior detalhamento quanto a sua distribuição entre diferentes produtos. Considere os seguintes dados apresentados, referentes à “Companhia Uninove”: CONTAS Compra Líquidas de matérias-primas Mão de obra direta Mão de obra indireta Materiais diversos consumidos na fábrica Depreciação dos equipamentos de produção Depreciação dos equipamentos de entrega Despesas de vendas Despesas administrativas Despesas financeiras Caixa Duplicatas a receber Equipamentos de entrega Depreciação acumulada – equipamento de entrega Equipamentos de produção Depreciação acumulada – equipamento de produção Fornecedores Empréstimos a Pagar (curto prazo) Financiamento a Pagar (longo prazo) Capital Social Receita de Vendas SALDOS (em R$) 180.000,00 90.000,00 45.000,00 60.000,00 3.000,00 1.500,00 6.600,00 27.000,00 3.900,00 22.500,00 37.500,00 15.000,00 1.500,00 30.000,00 3.000,00 15.000,00 22.500,00 22.500,00 225.000,00 232.500,00 Dados adicionais:  A empresa fabricou os produtos A, B e C nas seguintes quantidades: Produtos A = 50.000 kg, Produto B = 30.000 kg e Produto C = 20.000 kg.  O consumo de matéria-prima, por produto, foi: Produto A – R$52.500, Produto B – R$31.500 e Produto C – R$21.000.
  • 84.  O valor da mão de obra do período, por produto, foi: Produto A – R$28.125, Produto B – R$33.750 e Produto C – R$28.125.  Os custos indiretos são alocados proporcionalmente à quantidade produzida.  Não havia estoques iniciais.  O estoque final de matérias-primas foi avaliado em R$ 75.000.  O estoque final de produtos em elaboração era igual a 30% do custo da produção do período (CPP).  O estoque final de produtos acabados era igual a 25% do custo da produção acabada (CPA).  Do valor total das vendas, 50% foi do produto A, 30% do produto B e 20% do produto C. Etapas da resolução do cálculo  Calcular o consumo de matéria-prima do período, considerando uso comum pelos três produtos.  Efetuar o rateio dos custos indiretos de fabricação.  Determinar o custo de produção do período de cada produto.  Elaborar a demonstração de resultados e o balanço patrimonial. 1º passo: apropriação dos custos diretos aos produtos Produto A Produto B Produto C Total Matéria-prima (a) 52.500 31.500 21.000 105.000 Mão de obra direta (b) 28.125 33.750 28.125 90.000 TOTAL 80.625 65.250 49.125 195.000 Consumo de matéria-prima = Estoque Inicial + Compras Líquidas - Estoque Final Consumo de matéria-prima = 0 + 180.000 - 75.000 = 105.000
  • 85. 2º Passo: apropriação dos custos indiretos aos produtos, mediante rateio Mão de obra indireta Produtos Base de rateio Taxa de rateio A B C Total 50.000 30.000 20.000 100.000 50% 30% 20% 100% Custos Indiretos de Fabricação 22.500 13.500 9.000 45.000 Materiais diversos consumidos na fábrica Produtos Base de rateio Taxa de rateio A B C Total 50.000 30.000 20.000 100.000 50% 30% 20% 100% Custos Indiretos de Fabricação 30.000 18.000 12.000 60.000 Depreciação – equipamentos de produção Produtos Base de rateio Taxa de rateio A B C Total 50.000 30.000 20.000 100.000 50% 30% 20% 100% Custos Indiretos de Fabricação 1.500 900 600 3.000
  • 86. 3º Passo: Determinação do custo de produção do período, do custo da produção acabado e do custo dos produtos vendidos DADOS/CONTAS Consumo de matéria-prima PRODUTO PRODUTO PRODUTO TOTAL A B C 52.500 31.500 21.000 105.000 Mão de obra direta 28.125 33.750 28.125 90.000 CUSTO DIRETO TOTAL (1) Mão de obra indireta Materiais diversos Consumidos na Fábrica Depreciação - Equipamentos de Produção CUSTOS INDIRETOS TOTAIS (2) CUSTO DA PRODUÇÃO DO PERÍODO (CPP) (1) + (2) (+) E.I. de Produtos em Elaboração ( - ) E.F. de Produtos em Elaboração CUSTO DA PRODUÇÃO ACABADA (CPA) (+) E.I. de Produtos Acabados ( - ) E.F. de Produtos Acabados CUSTO DA PRODUÇÃO VENDIDA (CPV) 80.625 65.250 49.125 195.000 22.500 13.500 9.000 45.000 30.000 18.000 12.000 60.000 1.500 900 600 3.000 54.000 32.400 21.600 108.000 134.625 97.650 70.725 303.000 (40.387,50) (29.295) 94.237,50 68.355 49.507,50 212.100 23.559,38 17.088,75 12.376,87 53.025 70.678,12 51.266,25 37.130,63 159.075 (21.217,50) (90.900) Demonstração de resultados do período Demonstração do Resultado (em R$) Produto A Produto B Produto C 116.250,00 69.750,00 46.500,00 Total 232.500,00 Receita de Vendas ( - ) Custo dos Produtos (70.678,12) (51.266,25) (37.130,63) (159.075,00) Vendidos Lucro Bruto 45.571,88 18.483,75 9.369,37 73.425,00 ( - ) Despesas (39.000,00) Resultado Líquido do Período 34.425,00 Prezado aluno! O presente exemplo será continuado na aula 12. Nela seguiremos com a contabilização destes fatos contábeis além da elaboração do balanço patrimonial e da demonstração do resultado do exercício. Não deixe de exercitar as atividades disponibilizadas na plataforma AVA. Até mais!
  • 87. * O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado. REFERÊNCIAS BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3. ed. São Paulo: McGraw Hill, 2007. HORNGREN, Charles T.; SUNDEM, Gary L.; STRATTON, William O. Contabilidade gerencial. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004. MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall Brasil, 2012. PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005. SHANK, John K. A revolução dos custos. Rio de Janeiro: Campus, 1997. STARK, José Antonio. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade gerencial. 2. ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.
  • 88. Contabilidade de Custos I Aula 12 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
  • 89. Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente virtual de aprendizagem UNINOVE. Uso consciente do papel. Cause boa impressão, imprima menos.
  • 90. Aula 12: Contabilização dos custos Objetivo: Complementar às contabilizações, elaborar o balanço patrimonial e a demonstração do resultado do exercício. Sejam bem-vindos, caros alunos! Na aula anterior, iniciamos a exemplificação sobre custos indiretos de fabricação. Registro no Diário: 1. Pela transferência das compras do período para o estoque de matériaprima: D – Estoque de matéria-prima 180.000,00 C – Compra de matéria-prima 180.000,00 2. Pela transferência das matérias-primas para o processo produtivo: D – Estoque de produtos em elaboração – Produto A 52.500,00 D – Estoque de produtos em elaboração – Produto B 31.500,00 D – Estoque de produtos em elaboração – Produto C 21.000,00 C – Estoque de matéria-prima 105.000,00 3. Apropriação da mão de obra direta aos produtos em processo: D – Estoque de produtos em elaboração – Produto A 28.125,00 D – Estoque de produtos em elaboração – Produto B 33.750,00 D – Estoque de produtos em elaboração – Produto C 28.125,00 C – Mão de obra direta 90.000,00
  • 91. 4. Apropriação dos custos indiretos de fabricação aos produtos em processo: D – Estoque de produtos em elaboração – Produto A 54.000,00 D – Estoque de produtos em elaboração – Produto B 32.400,00 D – Estoque de produtos em elaboração – Produto C 21.600,00 C – Mão de obra indireta 45.000,00 C – Materiais diversos Consumidos na Fábrica 60.000,00 C – Depreciação - Equipamentos de Produção 3.000,00 5. Contabilização da transferência dos produtos completados para o estoque de produtos acabados D – Estoque de produtos acabados – Produto A 94.237,50 C – Estoque de produtos em elaboração – Produto A 94.237,50 D – Estoque de produtos acabados – Produto B 68.355,00 C – Estoque de produtos em elaboração – Produto B 68.355,00 D – Estoque de produtos acabados – Produto C 49.507,50 C – Estoque de produtos em elaboração – Produto C 49.507,50 6. Contabilização dos Custos da Produção Vendida: D – Custo dos Produtos Vendidos – Produto A 70.678,12,00 C – Estoque de produtos acabados – Produto A 70.678,12,00 D – Custo dos Produtos Vendidos – Produto A 51.266,25,00 C – Estoque de produtos acabados – Produto A 51.266,25,00 D – Custo dos Produtos Vendidos – Produto A 37.130,63,00 C – Estoque de produtos acabados – Produto A 37.130,63,00
  • 92. 7. Transferência das receitas e despesas para a apuração do Resultado D – Apuração do resultado do período 198.075,00 C - Custo dos Produtos Vendidos 159.075,00 C – Depreciação dos equipamentos de entrega 1.500,00 C - Despesas de vendas 6.600,00 C – Despesas administrativas 27.000,00 C – Despesas financeiras 3.900,00 D – Receita de vendas 232.500,00 C – Apuração do resultado do período 232.500,00 A seguir, transcrevemos os lançamentos para o Razão: Caixa Duplicatas a receber (SI) 37.500 (SI) 22.500 Equipamentos de entrega (SI) 15.000 Equipamentos de produção (SI) 30.000 Fornecedores 15.000 (SI) Financiamentos a pagar (longo prazo) 22.500 (SI) Depreciação acumulada: equipamentos de entrega 1.500 (SI) Depreciação Acumulada: Equipamentos de produção 3.000 (SI) Empréstimos a pagar (curto prazo) 22.500 (SI) Capital social 225.000 (SI)
  • 93. Compra de matéria-prima (SI) 180.000 180.000 (1) Mão de obra direta (SI) 90.000 90.000 (3) Mão de obra indireta 45.000 (4) Materiais diversos consumidos na fábrica (SI) 60.000 60.000 (4) Depreciação dos Equipamentos de produção (SI) 3.000 3.000 (4) Depreciação dos equipamentos de entrega (SI) 1.500 1.500 (7) Despesas de vendas (SI) 6.600 6.600 (7) Despesas administrativas (SI) 27.000 27.000 (7) Despesas financeiras (SI) 3.900 3.900 (7) Estoque de matéria-prima (1)180.000 105.000 (2) (EF) 75.000 Estoque de em elaboração: Produto A (2) 52.500 94.237,50(5) (3) 28.125 (4) 54.000 (EF)40.387,50 Estoque de produtos em elaboração: Produto B (2) 31.500 68.355 (5) (3) 33.750 (4) 32.400 (EF) 29.295 Estoque de produtos em elaboração: Produto C (2) 21.000 49.507,50 (5) (3) 28.125 (4) 21.600 (EF)21.217,50 Estoque de produtos acabados: Produto A (5) 94.237,50 70.678,12 (6) Estoque de produtos acabados: Produto B 68.355 (5) 51.266,25 (6) Estoque de produtos acabados: Produto C (5)49.507,50 (5) 37.130,63 (6) (EF)17.088,75 (EF)12.376,87 (SI) 45.000 (EF)23.559,38
  • 94. Receita de vendas (7) 232.500 232.500 (SI) Apuração do resultado do período (7) 198.075 232.500 (7) (8) 34.425 CPV (6)70.678,12 (6) 51.266,25 (6) 37.130,63 159.075 (7) Reserva de lucro 34.425 (8) Com as informações anteriores, podemos elaborar a Demonstração de Resultados e o Balanço Patrimonial. Receita de Vendas 232.500 ( - ) Custos dos Produtos Vendidos (CPV) (159.075) Lucro Bruto 73.425 ( - ) Despesas De Vendas (6.600) Administrativas (27.000) Financeiras (3.900) Depreciação dos Equipamentos de Entrega (1.500) Resultado Líquido do Período Demonstração do Resultado do Exercício 34.425
  • 95. Ativo Passivo e Patrimônio Líquido Circulante 278.925 Circulante 37.500 Caixa 22.500 Fornecedores 15.000 Duplicatas a receber 37.500 Empréstimos 15.000 Estoques 218.925 Produtos acabados 53.025 Produtos de elaboração 90.900 Matéria-prima 75.000 Não circulante 40.500 Não circulante 22.500 Imobilizado 40.500 Financiamentos a pagar 22.500 Equipamentos de entrega 15.000 ( - ) Depreciação acumulada (1.500) Patrimônio líquido 258.425 Equipamentos de produção 30.000 Capital social 225.000 ( - ) Depreciação acumulada (3.000) Reserva de lucro 34.425 Total 319.425 Total 319.425 Balanço Patrimonial Caro aluno, chegamos ao final desta aula. Não deixe de participar com seus colegas de turma, das discussões e dos debates no fórum. Compartilhe seu aprendizado, opiniões e dúvidas. Desenvolva as atividades previstas na plataforma AVA e bons estudos! Até a próxima aula!
  • 96. * O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado. REFERÊNCIAS BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3. ed. São Paulo: McGraw Hill, 2007. HORNGREN, Charles T.; SUNDEM, Gary L.; STRATTON, William O. Contabilidade gerencial. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004. MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall Brasil, 2012. PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005. SHANK, John K. A revolução dos custos. Rio de Janeiro: Campus, 1997. STARK, José Antonio. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade gerencial. 2. ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.
  • 97. Contabilidade de Custos I Aula 13 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
  • 98. Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente virtual de aprendizagem UNINOVE. Uso consciente do papel. Cause boa impressão, imprima menos.
  • 99. Aula 13: Departamentalização – Parte I Objetivo: Conhecer o conceito de departamentalização, diferenciando os departamentos produtivos e os departamentos de serviços, aprender como distribuir os custos indiretos de acordo com os aspectos da departamentalização. Prezado aluno, bem-vindo à 13ª aula do nosso curso. Departamentalização Em nossa aula anterior, verificamos que os custos indiretos apresentam alguma dificuldade para serem distribuídos objetivamente a diferentes produtos. Essa dificuldade cria a necessidade de se determinar critérios para sua distribuição. São os chamados critérios de rateio. Existem outras situações que devem ser conhecidas. A maioria das empresas industriais elabora mais de um produto. Quando existe uma variedade de produtos, é intuitivo supor que eles apresentem diferenças em sua composição, nos materiais utilizados, no nível de acabamento ou, até mesmo, em suas etapas de produção. Normalmente, essas etapas ocorrem em diferentes departamentos com rotinas diferenciadas e bem definidas, além da utilização de materiais específicos. Por exemplo: A fabricação de um veículo é iniciada no departamento de estamparia, passando, a seguir, para o departamento de soldagem, de pintura, elétrico, de motorização, de estofamento, e de vidros e faróis. Os materiais utilizados, tempo da MOD e energia elétrica aplicada, utilização de ferramental específico, entre outros, representam gastos diferenciados ao longo das etapas do processo de fabricação, o que torna o controle de custos mais complexos e detalhados. A departamentalização envolve análise, compreensão e gestão dos gastos envolvidos nessas etapas do processo produtivo e, posteriormente, à contribuição de outros departamentos que não estarão diretamente envolvidos na produção, mas prestando serviços ao processo produtivo.
  • 100. Na área de estudos da contabilidade de custos, a definição de departamento corresponde à menor unidade administrativa de uma empresa industrial, a qual é composta por pessoas e bens, onde se é possível realizar tarefas homogêneas. Para que essas tarefas sejam realizadas, são gerados gastos que, em dado momento, podem ser considerados despesas, e em outros, custos. Serão considerados custos quando tais gastos beneficiarem a produção. Departamento produtivo Estão localizados na área de produção e são responsáveis pela elaboração dos produtos. Um departamento produtivo caracteriza-se por realizar transformações e modificações no produto. Os gastos gerados nesses departamentos (custos diretos e indiretos) serão adicionados aos produtos no momento em que eles transitarem pelos departamentos. São exemplos de departamentos produtivos: acabamento, carpintaria, corte, costura, fundição, montagem, usinagem e tinturaria. Departamento de serviços Também denominados como departamentos de apoio ou auxiliares, os departamentos de serviços tem como objetivo atender às necessidades das demais áreas da empresa prestando serviços, inclusive, aos departamentos produtivos. No enfoque de custos, são caracterizados por não receberem a passagem dos produtos. Seus gastos são considerados somente como custos indiretos e necessitarão de rateio para serem transferidos aos produtos. São exemplos de departamentos de serviço: almoxarifado, conservação e manutenção, oficina elétrica, oficina mecânica, controle de qualidade, refeitório, ambulatório médico e segurança. Exemplo: Determinada fábrica está dividida em 2 departamentos (departamento de serviço e departamento produtivo) e em 4 setores (manutenção, almoxarifado, prensas e usinagem). Ela produz 2 produtos “A” e “B” e nós temos os seguintes CIF’s em cada setor:
  • 101.  Gerência Geral ...................... $ 1.000  Manutenção ........................... $ 2.400  Almoxarifado ........................ $  Prensas .................................. $ 5.200  Usinagem .............................. $ 2.800 800 É necessário determinar uma ordem de distribuição de custos, na qual o departamento que os rateia não recebe mais nenhum custo; depois, é necessário determinar o critério de rateio desses custos. No nosso exemplo, começaremos a ratear os custos da Gerência Geral para os outros departamentos de forma igual, ou seja, 25% para cada um. O próximo departamento a ratear seus custos será a manutenção, e o fará em função das horas trabalhadas em cada departamento. Horas trabalhadas da manutenção em outros departamentos Almoxarifado 200 h 20% Prensas 300 h 30% Usinagem 500 h 50% Total 1.000 h 100% Nesse caso, se existissem horas trabalhadas para a Gerência Geral, elas seriam ignoradas, pois se rateássemos para a Gerência Geral seria necessário ratear novamente seus custos para a Manutenção e esta para a Gerência Geral e, assim, sucessivamente. O almoxarifado rateia seus custos em função do valor da matéria consumida em cada departamento produtivo:  Matéria-prima consumida no departamento de prensa R$80.000 80%  Matéria-prima consumida no departamento de usinagem R$ 20.000 20% R$100.000 100% Total
  • 102. Os custos dos departamentos produtivos são rateados aos produtos em função das horas trabalhadas: Prensa Usinagem Produto “A” 225 h 30% 100 h 25% Produto “B” 525 h 70% 300 h 75% Total 750 h 100% 400 h 100% Vamos montar um quadro de rateio dos CIF’s aos produtos: Usinage m Prens as Almoxarifa Gerência Manutenção do Geral CIF 2.800 5.200 800 2.400 1.000 12.200 1.Gerência Geral 250 250 250 250 (1.000) - Subtotal 3.050 5.450 1.050 2.650 - 12.200 2.Manutenção 1.325 795 530 (2.650) - - Subtotal 4.375 6.245 1.580 - - 12.200 3.Almoxarifado 316 1.264 (1.580) - - - Total Departamento Produtivo 4.691 7.509 12.200,00 Produto A 1.172,75 2.503 3.675,75 Produto B 3.518,25 5.006 8.524,25 Total
  • 103. * O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado. REFERÊNCIAS BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3. ed. São Paulo: McGraw Hill, 2007. HORNGREN, Charles T.; SUNDEM, Gary L.; STRATTON, William O. Contabilidade gerencial. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004. MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall Brasil, 2012. PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005. SHANK, John K. A revolução dos custos. Rio de Janeiro: Campus, 1997. STARK, José Antonio. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade gerencial. 2. ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.
  • 104. Contabilidade de Custos I Aula 14 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
  • 105. Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente virtual de aprendizagem UNINOVE. Uso consciente do papel. Cause boa impressão, imprima menos.