[1] O documento discute abordagens para educação sexual em meio escolar, incluindo enquadramento legal, perfis de professores, modelos de educação sexual, sexualidade por fases de desenvolvimento e metodologias.
[2] É enfatizada a importância de tratar a sexualidade de forma abrangente, incluindo identidade, corpo, expressão, afetos e saúde, para contribuir para uma vivência mais informada e responsável.
[3] As metodologias sugeridas incluem aceitar diversidade, promover debate, trabalhar compet
5. ENQUADRAMENTO LEGAL
Lei n.º 60/2009, de 6 de Agosto
Estabelece o regime de aplicação da
educação sexual na escola
Portaria n.º 196-A/2010, de 9
de Abril
Regulamenta a Lei n.º 60/2009
6. PERFIL DO PROFESSOR
Aceitação confortável da sua sexualidade e da
dos outros;
Respeito pelas opiniões das outras pessoas;
Atitude favorável ao envolvimento dos pais;
Confidencialidade sobre informações
pessoais;
Capacidade para reconhecer situações que
requeiram outros técnicos para além do
professor;
Controlar a emissão de juízos de valor;
Demonstrar disponibilidade e confiança…
Went, D. (1985)
7. PERFIL DO PROFESSOR
O grande desafio, que é simultaneamente a
maior dificuldade, é atingir o coração
destes miúdos, e sempre que se fala de
sexo, falar-se de amor.
Strecht, P. (2005)
8. MODELOS EM EDUCAÇÃO SEXUAL
Os modelos conservadores
Os modelos médico-preventivos
O modelo de desenvolvimento
pessoal
9. SÍNTESE
Quando falamos de educação sexual, estamos a utilizar um conceito
global e abrangente de sexualidade que inclui a identidade sexual, o
corpo, as expressões da sexualidade, os afectos, a reprodução e a
promoção da saúde sexual e reprodutiva.
Assim, o objectivo principal será o de
contribuir (ainda que parcialmente) para uma
vivência mais informada, mais gratificante e
mais autónoma, logo, mais responsável, da
sexualidade.
11. SEXUALIDADE INFANTIL
Os estímulos externos não têm significado
erótico. Na infância, a atracção por outras
pessoas é mais uma atracção afectiva do
que sexual.
A orientação do desejo (homossexual,
heterossexual ou bissexual) não está
consolidada; esta acontecerá somente na
adolescência.
É mais difícil às crianças fazer a distinção
entre os desejos e sentimentos
especificamente sexuais e os desejos e Marques, A. (2002)
sentimentos afectivos.
12. AINDA NO ÚTERO…
• O sistema de resposta sexual começa-se a
desenvolver nos fetos do sexo masculino em
meados do período de gestação;
• A resposta eréctil começa a aparecer mais ou
menos às 16 semanas;
• Pensa-se que a capacidade de lubrificação nos
fetos do sexo feminino se inicia também nesta
altura (embora não seja imediatamente
observável).
13. DO NASCIMENTO AO 2.º ANO
• Importância das figuras de apego nos
processos de vinculação;
• Actividades rítmicas de satisfação oral –
mamar, chupar no dedo – que podem ser
entendidas como actividades eróticas não
genitais;
• Reconhecimento dos papéis sexuais,
estabelecendo a diferença dos papéis atribuídos
a um ou ao outro sexo.
14. DOS 2 AOS 6 ANOS
• Entre os 2 e os 4 anos – controlo esfincteriano;
• Aprendizagem do auto-controlo;
• Mostram o corpo e encaram o corpo do outro
de forma espontânea;
• Curiosidade pelo corpo da mãe e do pai e pelas
diferenças anatómicas entre os dois sexos;
• É a fase dos “porquês”;
• Por volta dos 6 anos inicia-se o processo
natural de construção do pudor.
15. DOS 6 AOS 12 ANOS
• Jogos sexuais infantis – exploração do corpo;
• Jogo do “faz-de-conta” – continua a fazer a
exploração sexual;
• Mantém-se a curiosidade;
• Constitui grupos do mesmo sexo;
• Inicia a selecção de amizades;
• Utiliza palavras relativas à sexualidade, mesmo
sem lhes conhecer o sentido.
16.
17. ADOLESCÊNCIA
• Alterações pubertárias;
• O grupo assume um lugar privilegiado;
• Identidade, autonomia pessoal;
• Fantasias eróticas;
• Descoberta do próprio corpo – masturbação;
• Petting;
• Início da actividade sexual.
20. METODOLOGIAS
Os acontecimentos ligados
à sexualidade humana
estão cobertos de uma forte
carga emocional
Por isso, os programas de
Devem ter como objectos
educação sexual na escola
também os sentimentos e
não poderão estar
atitudes para que tenham
centrados numa mera
algum grau de eficácia
transmissão de informações
e conhecimentos
21. METODOLOGIAS
Em Educação Sexual é importante:
Aceitar a diversidade dos percursos individuais
Promover o debate entre diferentes posições
Favorecer as capacidades de escolha e de tomada de decisão nos alunos
Trabalhar competências individuais, como assertividade, capacidade de
comunicação, de decisão e aceitação dos outros, procura de
informação e apoios…
22. METODOLOGIAS
O modelo que vamos trabalhar aposta essencialmente no espaço turma e
numa metodologia participada pelos destinatários das acções.
Deve partir-se do sentido/ vivido dos jovens na esfera da sexualidade, do
seu capital de conhecimentos, atitudes e opiniões.
Dever-se-á privilegiar o diálogo, o trabalho em pequenos grupos e o uso
de técnicas e jogos que facilitem a participação activa das crianças e jovens
na construção e desenvolvimento dos programas.
Vaz, J. M. (1996)
23. METODOLOGIAS
Os programas de todas as disciplinas possibilitam, explícita ou implicitamente,
a abordagem de temas de Educação Sexual.
Cada docente pode, no grupo disciplinar e nos conselhos de turma,
identificar nos programas momentos de inclusão de temas e actividades de
Educação Sexual.
A iniciativa pode partir de um professor ou de um grupo de professores, que
propõe temas aglutinadores aos colegas. Deve ser elaborado um projecto
para a turma.