O documento discute as tribos urbanas, definindo-as como pequenos grupos de jovens que se unem por interesses, ideais e gostos musicais em comum. Apresenta exemplos de tribos como emo, gótico e punk, descrevendo suas características estéticas, musicais e de estilo de vida. Também aborda a psicologia por trás da necessidade dos jovens se agruparem em tribos e os possíveis benefícios e riscos desse fenômeno.
2. Homem
Caraterísticas genéticas próprias
Ex: inacabamento biológico
neotenia
A natureza inata do ser humano pode
ser fortemente influenciada por uma
natureza adquirida culturalmente.
Construção social
Predisposição natural para a sociabilidade
(após o nascimento, o bebé construirá
mecanismos para interagir com o meio e,
especificamente com o contexto social )
O que define os nossos comportamentos está
simplesmente predeterminado?
É a cultura a responsável por ditar as regras da
nossa atuação no mundo?
3. Genética ou Cultura?
O nosso código genético poderá ser melhorado ou
reprimido pelo ambiente (moral, ético, político…)
em que o indivíduo se desenvolve.
A aquisição de comportamentos e capacidades
próprias do ser humano só se verifica se as crianças
viverem em sociedades humanas
A inteligência humana, que se pressupõe que seja
uma estrutura genética específica, resulta do
contacto social
O Homem não é apenas um ser social,
mas também cultural!
4. Ser humano – animal gregário
O indivíduo vai estruturar a vida individual de acordo
com a organização social - Adquire padrões culturais
Aquele que os siga,
terá uma adaptação
ao contexto social
facilitada
Aquele que deles se afaste,
diversas pressões, sofrerá,
por parte da sociedade
Globalização
Tendência para a uniformização e
individualismo dos seus elementos
Tribos Urbanasesforço de diferenciação dos jovens
Pequenos grupos em que os elementos se unem pelos
princípios, ideais, gostos musicais ou estéticos que têm em
comum e que sentem grande vontade em expressar e tornar
visíveis na adolescência.
5. As TRIBOS URBANAS
• também chamadas de subculturas ou
subsociedades (ou metropolitanas ou
regionais) são constituídas de microgrupos
que têm como objetivo principal estabelecer
redes de amigos com base em interesses
comuns.
• Essas agregações apresentam uma
conformidade de pensamentos, hábitos e
maneiras de se vestir.
6. • A expressão "tribo urbana" foi criada pelo
sociólogo francês Michel Maffesoli, que
começou usá-la nos seus artigos a partir de
1985.
• A expressão ganha força três anos depois com
a publicação do seu livro O Tempo das Tribos:
O declínio do individualismo nas sociedades de
massa.
7. • Segundo Michel Maffesoli, o fenômeno
das tribos urbanas se constitui nas
• "diversas redes, grupos de afinidades e
de interesse, laços de vizinhança que
estruturam nossas megalópoles. Seja ele
qual for, o que está em jogo é a potência
contra o poder, mesmo que aquela não
possa avançar senão mascarada para não
ser esmagada por este".
8. POR QUE NOS AGRUPAMOS?
• Isto acontece porque desejamos ser
aceitos pelas pessoas que nos cercam, a
quem consideramos importantes.
• Na verdade, a pressão do grupo é muito
forte e determinante na adolescência,
maior que qualquer outra influência de
outras pessoas, como pais, professores,
etc.
9. AS DUAS GRANDES PRESSÕES
1 - A INFERIORIDADE
Quando nos sentimos inferiores temos
receio de não sermos aceitos e de
sermos ridicularizados. Sendo assim,
preferimos ceder e nos entregar às
pressões e idéias do grupo para
sentirmos segurança, aceitação e
fugirmos de um possível deboche.
10. 2 - O MEDO DA REJEIÇÃO
Existem vários medos que os pais,
professores, orientadores, enfim, os que
se relacionam com adolescentes,
precisam tomar conhecimento, entender
e saber como ajudá-los. Apesar de todos
nós adultos termos passado pela
adolescência, a maioria de nós se
esquece e perde a noção do sofrimento
que essas áreas causam aos
“ADOLESCENTES".
11. TIPO DE MEDOS
• não fazer parte de determinada turma
• não ser popular no grupo
• ficar sem namorado (a)
• não ser convidado (a) para festinhas
• não demonstrar esperteza
12. TIPO DE MEDOS
• ser careta
• ser pouco inteligente, não saber das coisas
• não ter um visual legal
• não vir de uma família de posição financeira
favorável
• ficar por fora ao rejeitar droga, fumo, sexo.
13. TRIBOS URBANAS
• Uns se unem pelo gosto musical.
• Outros, pela paixão por um esporte ou pelas
afinidades culturais.
• Uma vez juntos, adotam um dialeto próprio,
incorporam roupas, acessórios e passam a ter estilos
de vida semelhantes.
• Emos, punks, góticos, patricinhas....
• São diversas tribos que compõem o espaço urbano e
se destacam em meio à heterogeneidade das
grandes metrópoles.
• Quem faz parte de uma delas, jamais será um rosto
desconhecido na multidão.
14. TRIBOS URBANAS
• A fragilidade da identidade destes movimentos
repousa em apenas três elementos comuns:
• 1) Estética – roupas, gestos, maquiagens, tatuagens,
modificações físicas, gírias, artes e, principalmente,
músicas;
• 2) Ambiente – local ou cenário onde se reúnem;
fazer parte de uma tribo está relacionado com estar
com pessoas da mesma tribo;
• 3) Atitude – Escolha de riscos, inclusive no esporte,
na agressividade, na briga de rua, no uso de droga,
no sexo alternativo etc.
15. Tribos Urbanas Vantagens
Desvantagens
Estruturação da identidade pessoal
“Encontrar oportunidade de legitimar os
próprios sentimentos e visões do mundo,
norteados pela intensa identificação,
compreensão, aceitação pelo grupo”
(Marques, 1996).
“algumas tribos são temidas pelos
comportamentos violentos, habitualmente
associados a uma baixa tolerância do
“diferente””
Demonstra isso, muitas vezes, com
recorrência à violência
A tribo foge do padrão cultural a
que a sociedade está habituada
Alguma reprovação da sociedade atual
O indivíduo integrante sente que a sua
tribo é capaz de enfrentar o diferente
16. Porque é que o indivíduo sente
necessidade de se agrupar numa tribo?
Não dispõe de algo que necessita
na sociedade a que pertente
• Deixa-se de partir do individualismo
• Começa-se a partir de “um inconsciente que
governa, e de uma necessidade de identificação”
Sociedade pós-moderna
Dotada de toda uma gama de complexidade
que define novos padrões para um
comportamento muito particular
Recorre a um pequeno grupo de elementos
que com ele se assemelhem e que, em
grupo, o ajudem a solucionar a sua
necessidade.
Indivíduo
17. Tribos - importante fator no
processo de individuação?
“Demarcação de cada um
relativamente ao mundo e aos que o
rodeiam”
Desenvolve-se num contexto de
referências sociais (grupos, estilos de
vida, valores, símbolos) que levam o
indivíduo a identificar-se com uma
determinada Cultura.
“é movido pela condição de desamparo,
a adequação a uma tribo torna-se uma
garantia da sobrevivência do próprio
ego e uma maneira de lidar com o
próprio desamparo”.
Sujeito Contemporâneo
As tribos ajudam o indivíduo a criar
uma identidade cultural
Existem particularidades que nos
permitem identificá-las, existem
essencialmente 3 elementos que
identificam os “sistemas semióticos”
imagem estética
práticas de lazer
estilo musical
18. Nos grandes centros urbanos, o tribalismo se tornou uma das
formas de expressão dos novos tipos de sociabilidade.
Exemplos desses novos grupos são os punks, os skinheads, as
torcidas organizadas de futebol e as gangues da periferia
urbana.
19. Tribos Urbanas
Comportamentos de risco são
associados às tribos.
Ex: substâncias ilícitas;
violência;
automutilação;
promiscuidade sexual.
“A integração do indivíduo num destes
grupos pode não acarretar alarmismo”
Ex: Hip-Hop, se a sua ideologia
for seguida.
Existem hip-hoppers que se apoderem da
segurança que a tribo lhe confere para
defender o mundo das drogas, prostituição e
armas.
No entanto…
Tribos constituem repercussões a nível da
estruturação da personalidade do adolescente.
Preocupação: se o “indivíduo inserido
perde a identidade diante do grupo”
A tribo urbana poderá conferir benefícios
sociais ao indivíduo.
Principalmente: se o jovem se encontra
em constante busca pelo seu espaço.
Tudo depende dos elementos e,
consequentemente, das práticas do grupo.
20. QUE TIPOS DE TRIBOS VC IDENTIFICA,
ATUALMENTE?
• QUAIS SUAS CARACTERÍSTICAS?
• ATIVIDADES?
• ESTILO MUSICAL?
• MODO DE VESTIR?
• LOCAL QUE FREQUENTA?
• TIPO DE LAZER
• RESPONDER EM GRUPO
24. EMOS
• Sentimentalistas ao extremo,
• curtem o emocore (vertente do punk que
mescla som pesado com letras românticas)
• adoram trocar elogios, abraços e carinhos em
público.
• São totalmente contra qualquer forma de
violência ou preconceito
• praticam a tolerância sexual.
25. EMOS
• Visual: Cabelos lisos com enormes franjas
usadas somente de um lado, lápis no olho,
unhas pintadas, roupas pretas com figuras
infantis (ursinhos, lacinhos, hello-kitties etc),
broches em bonés e mochilas.
• Grupos musicais: NXZERO, GLÓRIA, RESTART
27. GÓTICOS
• Apreciadores de coisas mórbidas, gostam de
freqüentar cemitérios e têm um interesse
especial por músicas melancólicas, literatura,
artes plásticas e cinema.
• Visual: Vestem-se de preto, têm o rosto pálido,
usam maquiagens carregadas e correntes com
crucifixos
29. PUNKS
• Críticos e contestadores, identificam-se com o
anarquismo e sustentam valores como anti-
machismo, anti-homofobia, anti-nazismo,
amor livre, anti-lideranças, liberdade
individual, autodidatismo e cosmopolismo.
• Visual: Coturno, cabelos arrepiados (estilo
moicano), jaquetas de couro com rebite e
muitos piercings pelo corpo.
31. INDIES
• Alternativos, curtem músicas que falam da
complexidade dos relacionamentos humanos,
problemas de adaptação à sociedade, timidez
e do dia-a-dia urbano da juventude
contemporânea.
• Ex: Realização de Wave
32. INDIES
• Visual: Costeletas, franjas, tênis xadrez,
paletós, blazers e skinny jeans compõem o
visual dos alternativos.
• Óculos de acetato, mais conhecido como "aro
grosso", também complementa o estilo.
34. TRIBO DOS BALADEIROS
• O que os baladeiros falam das baladas ?
• A balada é uma etapa importante para a
vida. As avós, aquelas menos antenadas –
que não têm mais netos adolescentes –
certamente diriam que estamos perdidos.
35. BALADEIROS
• “Balada é algo que precisamos para
poder continuar neste mundo muito
doido. É na balada que descarregamos
nossos cansaços, nossos desgostos,
nossas frustrações. Se a madrugada é
fria, nos aquecemos, e se é quente,
pegamos fogo. É um dos nossos
momentos lights da vida”.
38. Tribo do Hip-Hop
Também conhecida por Tribo rapper
Mc (Mestre de Cerimónias)
Cultura artística que teve início, durante a
década de 70, nos subúrbios negros e latinos
de Nova Iorque.
Enfrentavam diversos problemas de
ordem social: pobreza, violência,
racismo, tráfico de drogas, carência de
infraestruturas e de educação, etc.
Entravam num sistema de gangues
que se confrontavam violentamente
lutando pelo domínio territorial.
Habitados por imigrantes
oriundos da Jamaica, e por
lá existiam festas de rua
com equipamentos sonoros
ou carros chamados de
Sound System
Nascem
diferentes manifestações artísticas de rua
Os gangues encontraram uma maneira de
canalizar a violência em que viviam
submersas.
40. Ideologia do Hip-Hop
Lutar contra:
Injustiças políticas, económicas e sociais;
Quebrar o preconceito;
Reduzir os efeitos das desigualdades
sociais;
Tentar acabar com o racismo.
Mudar uma comunidade através da arte!
Forma de reação aos conflitos
sociais e à violência sofrida
pelas classes urbanas mais
desfavorecidas da época.
Veio a revelar-se uma
importante ferramenta de
integração social e de
combate à violência!
Ultrapassou barreiras raciais, sociais e
culturais, e ainda que tenha tido maior
expressão nos bairros e zonas menos
favorecidas, a sua música e dança é
apreciada pela generalidade dos jovens.
O mais vulgar é que o jovem se aproprie apenas
momentaneamente de alguns elementos estéticos,
mesmo não se interessando pelos seus códigos ou
razões existenciais.
Ideologia na Atualidade
HIP HOP
41. TRIBOS DAS TORCIDAS
ORGANIZADAS
• São grupos de torcedores esportivos,
principalmente de futebol, que
podem gerar onda de violência
extrema.
• Necessidade de criação do Estatuto
do Torcedor.
47. Tribos dos "PITBOYS"
• O pitboy é um estereótipo
ligado a indíviduos do sexo
masculino, de grande porte
físico e que habitualmente se
envolvem em brigas. Dentre os
elementos comuns ao
estereótipo, estão o de
frequentar academias de
musculação e praticar artes
marciais como o jiu-jitsu, bem
como, ao que o próprio nome
indica, possuidor cachorro da
raça pitbull.
48. "COSPLAY"
• espécie de abreviação para "costume play" (costume = roupa / traje /
fantasia e play = atuar). Ou seja, o cosplayer se caracteriza como um
personagem de algum livro, mangá, jogo ou filme que queira
homenagear;
• representa a personalidade deste; e em alguns eventos pode até mesmo
competir com outros cosplayers em concursos, embora o grande barato e
diversão sejam a exposição e o contato social gerado dentro do
ambiente.
• Um dos principais objetivos desse passatempo é fazer amigos.
É uma atividade da qual podem participar e divertir-se crianças,
adolescentes e adultos de todas as idades, sexo e condição social.
• Alguns cosplayers chegam a gastar entre R$ 100,00 (36 €) e R$ 1.000,00
(360 €), às vezes mais, em roupas e acessórios, e levam a coisa a sério.
• Um passatempo como outro qualquer, porém com a singularidade de
permitir o participante tornar-se seu personagem favorito por um dia.
49.
50.
51. O fenómeno das tribos urbanas é interessante e dinâmico .
As mais recentes são efémeras pela sua aparência superficial, dado que dão
apenas importância à questão estética e não apresentam uma ideologia forte
como a do hip-hop, por exemplo, que já existe há décadas e tem vindo a apaixonar
gerações.