O documento discute o relevo e estrutura geológica do Brasil. Apresenta as principais características do relevo brasileiro, incluindo sua formação e classificações propostas por Azevedo, Ab'Saber e Ross. A classificação mais recente de Ross divide o relevo brasileiro em 11 planaltos, 11 depressões e 6 planícies.
2. É importante destacar que relevo e
estrutura geológica são conceitos
diferentes;
O primeiro corresponde a forma
apresentada pela superfície terrestre.
Já Estrutura Geológica corresponde a
natureza das rochas que compõem o
relevo.
3. A ciência que se ocupa no estudo
do relevo é a Geomorfologia.
4. Características
•
A formação do relevo brasileiro decorre da ação de diversos elementos,
como a estrutura geológica do território, os agentes internos, o tectonismo
e o vulcanismo, e os agentes externos: as águas correntes e o
intemperismo.
•
O Brasil é um país de poucos desníveis. Cerca de 40% do seu território
encontra-se abaixo de 200 m de altitude, 45% entre 200 e 600 m, e 12%,
entre 600 e 900 m. Apenas 3% constituem área montanhosa,
ultrapassando os 900 m de altitude.
•
Como reflexo dessa estrutura geológica, de base sedimentar, a altimetria
de do relevo brasileiro vai caracterizar-se pelo predomínio das baixas e
médias altitudes.
•
Tais formações se sobrepõem aos terrenos pré-cambrianos, mais antigos,
que formam o embasamento de nosso relevo, de origem cristalina, e que
afloram em 36% do território.
5. Características
• O relevo brasileiro, em sua formação, não sofreu a ação dos
movimentos orogenéticos recentes, responsáveis pelo surgimento dos
chamados dobramentos modernos e, por isso, caracteriza-se pela
presença de três grandes formas: os planaltos as depressões e as
planícies.
• Os planaltos e as depressões representam as formas predominantes,
ocupando cerca de 95% do território, e têm origem e tanto cristalina
quanto sedimentar. Em alguns pontos do território, especialmente nas
bordas dos planaltos, o relevo apresenta-se muito acidentado, como a
ocorrência de serras e escarpas.
• As planícies representam os 5% restantes do território brasileiro e são
exclusivamente de origem sedimentar.
6. Classificação do relevo brasileiro
• Aroldo de Azevedo, na década de 40, que utilizava como critério para
a definição das formas o nível altimétrico como fator de determinação
do que seja um planalto ou uma planície.
• De acordo com esse critério:
– a superfícies aplainadas que superassem a marca dos 200 m de altitude
seriam classificadas como planaltos,
– as superfícies aplainadas que apresentassem altitudes inferiores a 200 m
seriam classificadas como planícies.
• Com base nisso, o Brasil dividia-se em oito unidades de relevo, sendo
4 planaltos, que ocupavam 59% do território e 4 planícies, que
ocupavam os 41% restante
8. Classificação de Ab'Saber
• O professor Aziz Nacib Ab'Saber, no final da década de 50,
apresentou uma nova classificação que desprezava o nível
altimétrico e dá ênfase aos processos geomorfólogicos, isto é, aos
processos de erosão e sedimentação.
• Assim, para ele:
– planalto é uma superfície na qual predomina o processo de
desgaste
– planície (ou terras baixas) é uma área de sedimentação.
• Por essa divisão, o relevo brasileiro se compunha de 10 unidades,
sendo 7 planaltos, que ocupavam 75% do território, e três planícies,
que ocupavam os 25 restantes.
10. Classificação de Ross
• A mais recente classificação do relevo brasileiro é a proposta pelo
professor Jurandyr Ross, divulgada em 1985.
• Jurandyr Ross, a exemplo de Ab'Saber, também utiliza os processos
geomorfológicos para elaborar a sua classificação.
• Destaca três formas principais de relevo:planaltos, planícies e
depressões. Define cada macro-unidade da seguinte forma:
– PLANALTO como sendo uma superfície irregular, com altitude acima de
300 metros e produto de erosão;
– PLANÍCIE, como uma área plana, formada pelo acúmulo recente de
sedimentos;
– DEPRESSÃO, como superfície entre 100 e 500 metros de altitude, com
inclinação suave, mais plana que o planalto e formada por processo de
erosão.
12. Unidades de Relevo de Ross
• Suas pesquisas foram fundamentadas a partir do levantamento da
superfície do território brasileiro, realizado através de sistema de
radares do projeto Radambrasil, do Ministério de Minas e Energia, no
qual o professor Ross apresenta uma subdivisão do relevo brasileiro
em 28 unidades, sendo 11 planaltos,11 depressões e 6 planícies.
• PLANALTOS:
– 1. Amazonas Oriental
– 2. Planaltos e chapadas da Bacia do Parnaíba
– 3. Planaltos e chapadas da Bacia do Paraná
– 4. Planalto e chapada dos Parecis
– 5. Planaltos residuais Norte-Amazônicos
– 6. Planaltos residuais sul-amazônicos
– 7. Planaltos e serras de leste-sudeste
– 8. Planaltos e serras de Goiás-Minas
– 9. Planaltos e serras residuais do alto Paraguai
– 10. Borborema
– 11. Sul-Rio-Grandense.
13. Unidades de Relevo de Ross
• DEPRESSÕES:
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–
12. Amazônia Ocidental
13. Marginal Norte Amazônia
14. Marginal Sul Amazônia
15. Araguaia-Tocantins
16. Cuiabana
17. Alto Alto Paraguai-Guaporé
18. Miranda
19. Sertaneja e do São Francisco
20. Tocantins
21. Periférica da Borda Leste da Bacia do Paraná
22. Periférica Sul-Rio-Grandense.
14. Unidades de Relevo de Ross
•
PLANÍES:
–
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23. Rio Amazonas
24. Rio Araguaia
25. Pantanal do Rio Guaporé
26. Pantanal Mato-Grossense
27. Lagoas dos Patos e Mirim
28. Planícies e Tabuleiros Litorâneos .