O documento discute o índice de preços ao consumidor (IPC) e contém respostas sobre como ele é calculado e suas limitações. O texto explica que o aumento no preço do frango teria maior impacto no IPC do que o aumento no preço do caviar, devido à maior participação do frango na cesta de produtos. Também descreve três problemas do IPC: substituição de produtos, novos produtos e mudanças na qualidade.
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Respostas Mankiw - Capítulo 24 (superior)
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Campus Ribeirão das Neves
Curso Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais
Disciplina de Introdução à Economia
Respostas – Capítulo 24: Medindo o Custo de Vida
Questões para revisão
1) Na sua opinião, qual destas duas coisas tem maior efeito sobre o índice
de preços ao consumidor: uma aumento de 10% no preço do frango ou
um aumento de 10% no preço do caviar? Por quê?
O aumento do preço do frango terá um impacto maior no índice de preços ao
consumidor. Isso ocorre porque a participação do frango (quantidade consumi-
da de frango) na cesta de produtos usada para calcular o IPC é maior que a do
caviar.
2) Descreva os três problemas que fazem o índice de preços ao consumi-
dor uma medida imperfeita do custo de vida.
Os problemas presentes são a tendência à substituição no curto prazo, introdu-
ção ou desenvolvimento de novos bens e a mudança da qualidade.
A tendência à substituição indica que no curto prazo a mudança relativa dos
preços de mercado podem fazer com que os consumidores mudem seu con-
sumo substituindo produtos com preços relativamente mais caros por produtos
similares relativamente mais baratos. Esta mudança não é captada pelo IPC,
pois este se baseia em uma cesta fixa de produtos.
A introdução de novos produtos nos mercados é problemática, pois pode alte-
rar os hábitos de consumo dos consumidores fazendo com que a cesta de pro-
dutos relevantes para o IPC possa mudar. Esta mudança não é captada pelo
IPC, pois este se baseia em uma cesta fixa de produtos.
A mudança de qualidade também pode gerar distorções, pois pode causar mu-
danças nos hábitos de consumo ou pode gerar aumento de preços ligados aos
custos mais altos que geram benefícios maiores.
3) Se o preço de um submarino da Marinha aumentar, o que será mais afe-
tado, o índice de preços ao consumidor ou o deflator do PIB? Por quê?
O indicador mais afetado será o deflator do PIB.
Isso o corre porque o deflator do PIB considera a variação de preços de todos
o produtos finais produzidos em um país a um dado período de tempo, já o IPC
considera apenas a variação de preço dos produtos de uma cesta identificada
como significativa para o consumidor comum (geralmente entre 1 e 40 salários
mínimos) por meio de uma pesquisa de campo.
Assim como a chance do preço do submarino participar da cesta de produtos
considerada pelo IPC é nula, esta alteração de preço do submarino não afeta o
IPC.
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4) No decorrer de um longo período de tempo, o preço da barra de choco-
late aumentou de R$ 0,10 para R$ 0,60. Ao longo do mesmo período, o
índice de preços ao consumidor aumentou de 150 para 300. Corrigindo
pela inflação total, quanto aumentou o preço da barra de chocolate?
Ou seja, se a barra de chocolate tivesse aumentado o mesmo que o indicdor
de inflação aponta o preço deveria ser agora de R$ 0,20
Como o preço agora é de R$ 0,60 podemos concluir que o aumento do preço
do chocolate acima da inflação foi de:
5) Explique o significado de taxa de juros nominal e taxa de juros real.
Como as duas estão relacionadas?
A taxa de juros nominal é a taxa de juros como ela é cotada ou anunciada ou
paga pelo banco. Ou seja, indica o rendimento a ser ganho, mas não considera
ou desconta os efeitos ou perdas com a inflação.
A taxa de juros real é a taxa de juros nominal menos o efetio ou perda de valor
da moeda causada pela inflação, como segue:
Problemas e Aplicações
1) Suponha que os habitantes de Vegópia gastem toda a renda em couve-
flor, brócolis e cenouras. Em 2008, eles compram 100 cabeças de couve-
flor por R$ 200, 50 maços de brócolis por R$ 75 e 500 cenouras por R$ R$
50. Em 2009, compram 75 cabeças de couve-flor por R$ 225, 80 maços de
brócolis por R$ 120 e 500 cenouras por R$ 100.
a. Calcule o preço de cada tipo de legume em cada ano.
Ano Preço Couve-flor Preço Brócolis Preço Cenouras
2008 R$200/100 = R$ 2,00 R$ 75,00/50 = R$ 1,50 R$ 50/500 = R$ 0,10
2009 R$ 225/75 = R$ 3,00 R$ 120/80 = R$ 1,50 R$ 100/500 = R$ 0,20
b. Considerando 2008 como ano-base, calcule o IPC de cada ano.
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Cálculo do custo de vida com base na cesta de produtos de 2008:
Ano Preço
Couve-flor
Quant.
Couve- flor
Preço
Brócolis
Quant.
Brócolis
Preço
Cenouras
Quant.
Cenouras
Custo
de Vida
2008 R$ 2,00 100 R$ 1,50 50 R$ 0,1 500 R$ 325,00
2009 R$ 3,00 100 R$ 1,50 50 R$ 0,2 500 R$ 475,00
Cálculo do Índice de Preços ao Consumidor com ano base em 2008:
Ano Custo de Vida Forma de cálculo IPC
2008 R$ 325,00 = (R$ 325/R$ 325)x100 100
2009 R$ 475,00 = (R$ 475/R$ 325)x100 146,1538
c. Qual é a taxa de inflação em 2009?
Cálculo da taxa de inflação com base no índice de preços ao consumidor:
Ano Forma de cálculo Taxa de inflação
2008 para 2009 = [(146,1538-100)/100]x100 + 46,1538%
2) Visite o site do Bureau of Labor Statistics (ou IPCA do IBGE) e encontre
dados sobre o índice de preços ao consumidor. Quanto o índice que in-
clui todos os itens aumentou no último ano? Em quais categorias de des-
pesas os preços subiram mais? Em quais categorias subiram menos?
Houve categorias que apresentaram queda de preços? Você consegue
explicar algum desses fatos?
Segundo os dados disponibilizados pelo IBGE o IPCA teve um aumento de a-
proximadamente 5,84% no ano (ou últimos 12 meses). Como pode ser obser-
vado na tabela abaixo:
Tabela 1: Índice de Preços ao Consumidor Amplo segundo sua evolução
no ano de 2012
ANO MÊS
NÚMERO
ÍNDICE
VARIAÇÃO (%)
(DEZ 93 = 100)
NO 3 6 NO 12
MÊS MESES MESES ANO MESES
2012
JAN 3422,79 0,56 1,59 2,95 0,56 6,22
FEV 3438,19 0,45 1,52 3,03 1,01 5,85
MAR 3445,41 0,21 1,22 2,70 1,22 5,24
ABR 3467,46 0,64 1,31 2,91 1,87 5,10
MAI 3479,94 0,36 1,21 2,75 2,24 4,99
JUN 3482,72 0,08 1,08 2,32 2,32 4,92
JUL 3497,70 0,43 0,87 2,19 2,76 5,20
AGO 3512,04 0,41 0,92 2,15 3,18 5,24
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ANO MÊS
NÚMERO
ÍNDICE
VARIAÇÃO (%)
(DEZ 93 = 100)
NO 3 6 NO 12
MÊS MESES MESES ANO MESES
SET 3532,06 0,57 1,42 2,51 3,77 5,28
OUT 3552,90 0,59 1,58 2,46 4,38 5,45
NOV 3574,22 0,60 1,77 2,71 5,01 5,53
DEZ 3602,46 0,79 1,99 3,44 5,84 5,84
Fonte: IBGE-SNIPC, 2013.
Como podemos observar no valor acumulado ao ano na tabela 2 para o ano de
2012, temos que os grupos de consumo que apresentaram maior aumento no
nível de preços foram as despesas pessoais (10,17%), os alimentos e bebidas
(9,86%), e os gastos com educação (7,78%).
Os grupos de consumo que apresentaram o menor aumento acumulado no
nível de preços no ano de 2012 foram os gastos com artigos de residência
(0,84%), comunicação (0,77%), e transportes (0,48%).
Na inflação acumulada para o ano nenhuma das categorias de consumo apre-
sentaram redução do nível de preços. Entretanto, em nível mensal tivemos al-
gumas categorias que chegaram a apresentar redução momentânea do nível
de preços ao longo do ano, como foi o caso dos artigos de residência, do ves-
tuário, dos transportes e da comunicação.
Tabela 2: IPCA geral e por grupos de gasto segundo variação percentual
acumulada ao longo do ano de 2012
Índice Geral e
Grupos de Consumo
Mês
jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12
Índice geral 0,56 1,02 1,22 1,87 2,24 2,32 2,76 3,18 3,77 4,38 5,01 5,84
1.Alimentação
e bebidas 0,86 1,05 1,3 1,82 2,56 3,26 4,19 5,1 6,43 7,88 8,74 9,86
2.Habitação 0,53 1,13 1,62 2,43 3,24 3,53 4,09 4,32 5,06 5,45 6,12 6,79
3.Artigos de
residência 0,16 0,21 -0,19 -0,98 -0,81 -0,84 -0,85 -0,46 -0,28 0,09 0,56 0,84
4.Vestuário 0,07 -0,17 -0,78 0,2 1,09 1,48 1,52 1,71 2,61 3,73 4,63 5,79
5.Transportes 0,69 0,36 0,52 0,62 0,04 -1,14 -1,17 -1,11 -1,18 -0,94 -0,27 0,48
6.Saúde e
cuidados pessoais 0,3 1,00 1,39 2,36 3,04 3,43 3,8 4,35 4,69 5,19 5,53 5,95
7.Despesas
pessoais 0,71 1,59 2,15 4,43 5,05 5,55 6,51 6,96 7,75 7,86 8,43 10,17
8.Educação 0,39 6,03 6,6 6,64 6,63 6,7 6,82 7,37 7,48 7,53 7,58 7,78
9.Comunicação 0,21 0,04 -0,32 0,14 -0,05 -0,06 0,1 0,09 0,13 0,43 0,74 0,77
Fonte: IBGE-SNIPC/SIDRA,2013.
Verifique pessoalmente nos endereços eletrônicos:
<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/defaultin
pc.shtm> e <http://www.sidra.ibge.gov.br>.
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3) Suponha que as pessoas consumam apenas três bens, como mostra a
tabela:
Bolas de Tênis Bolas de Golfe Garrafa de Gatorade
Preço 2009 R$ 2 R$ 4 R$ 1
Quantidade 2009 100 100 200
Preço 2010 R$ 2 R$ 6 R$ 2
Quantidade 2010 100 100 200
a. Qual é a variação percentual do preço de cada um dos três bens?
Variação percentual dos preços dos bens entre 2009 e 2010:
Período Variação preço
da bola de tênis
Variação preço
da bola de golfe
Variação preço
da garrafa de Gatorade
2009 para 2010 [(R$ 2-R$ 2)/R$2]x100
= + 0%
[(R$ 6-R$ 4)/R$4]x100
= + 50%
[(R$ 2-R$ 1)/R$1]x100
= + 100%
b. Empregando um método semelhante ao do IPC, calcule a variação per-
centual no nível total de preços.
Cálculo do custo de vida com base na cesta de produtos de 2009:
Ano Preço Bola
Tênis
Quant.
Bola tênis
Preço
Bola Golfe
Quant.
Bola Golfe
Preço
Gatorade
Quant.
Gatorade
Custo
de Vida
2009 R$ 2,00 100 R$ 4,00 100 R$ 1,00 200 R$ 800,00
2010 R$ 2,00 100 R$ 6,00 100 R$ 2,00 200 R$ 1200,00
Cálculo do Índice de Preços ao Consumidor com ano base em 2009:
Ano Custo de Vida Forma de cálculo IPC
2009 R$ 800,00 = (R$ 800/R$ 800)x100 100
2010 R$ 1200,00 = (R$ 1200/R$ 800)x100 150
Cálculo da taxa de inflação (variação percentual no nível total de preços) com
base no índice de preços ao consumidor:
Ano Forma de cálculo Taxa de inflação
2009 para 2010 = [(150-100)/100]x100 + 50%
c. Se você soubesse que o tamanho da garrafa de Gatorade aumentaria
de 2009 para 2010, essa informação afetaria o calculo da taxa de inflação?
Explique.
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Esta informação não afetaria o cálculo do índice de preços, pois este é realiza-
do com base na cesta de produtos de 2009, que é um período que antecede a
mudança em questão.
Entretanto, é importante notar que tal evento (mudança no tamanho/volume da
garrafa) mudaria as decisões dos individuos concernentes as quantidades con-
sumidas e possivelmente nos preços praticados, e que este impacto não seria
efetivamente (ou corretamente) medido pelo IPC calculado.
d. Se você soubesse que o Gatorade introduziria novos sabores em 2010,
essa informação afetaria o cálculo da taxa de inflação? Explique.
Esta informação não afetaria o cálculo do índice de preços, pois este é realiza-
do com base na cesta de produtos de 2009, que é um período que antecede a
mudança em questão.
Entretanto, é importante notar que tal evento (mudança no mix de produtos
disponíveis para compra), como na situação da questão anterior, mudaria as
decisões dos individuos concernentes as quantidades consumidas de cada tipo
de produto e possivelmente nos preços praticados, e que este impacto não se-
ria efetivamente (ou corretamente) medido pelo IPC calculado.
4) Um pequeno país com 10 pessoas adora o programa de TV American
Idol. Tudo o que produzem e consomem são equipamentos de Karaokê e
CD’s, nas seguintes quantidades:
Equipamentos de Karaokê CD’s
Quantidade Preço Quantidade Preço
2009 10 R$ 40 30 R$ 10
2010 12 R$ 60 50 R$ 12
a. Usando um método semelhante ao do índice de preços ao consumidor,
calcule a alteração percentual do nível geral de preços. Considere 2009
como ano-base e estabeleça a cesta em 1 equipamento de Karaokê e 3
CD’s.
Com base na cesta de bens proposta como sendo 1 equipamento de karaokâ e
3 cd’s podemos calcular o custo de vida:
Equipamentos de
Karaokê
CD’s Custo de Vi-
da
Quantidade Preço Quantidade Preço
2009 1 R$ 40 3 R$ 10 R$ 70
2010 1 R$ 60 3 R$ 12 R$ 96
Cálculo do Índice de Preços ao Consumidor com ano base em 2009:
Ano Custo de Vida Forma de cálculo IPC
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2009 R$ 70,00 = (R$ 70/R$ 70)x100 100
2010 R$ 96,00 = (R$ 96/R$ 70)x100 137,1429
Cálculo da taxa de inflação (variação percentual no nível total de preços) com
base no índice de preços ao consumidor:
Ano Forma de cálculo Taxa de inflação
2009 para 2010 = [(137,1429-100)/100]x100 + 37,1429%
b. Usando um método semelhante ao do deflator do PIB, calcule a altera-
ção percentual do nível geral de preços. Considere também 2009 como
ano-base.
Cálculo do PIB nominal e real (com base em 2009) com base nos dados do
país:
Equip. de
Karaokê
CD’s PIB
Nominal
PIB
Real
Quant. Preço Quant. Preço
2009 10 R$ 40 30 R$ 10 R$ 700 R$ 700
2010 12 R$ 60 50 R$ 12 R$ 1320 R$ 980
Cálculo do Deflator do PIB com ano base em 2009:
Ano PIB Nominal PIB Real
(base 2009)
Forma de cálculo Deflator do PIB
2009 R$700 R$ 700 = (R$ 700/R$ 700)x100 100
2010 R$ 1320 R$ 980 = (R$ 1320/R$ 980)x100 134,6939
Cálculo da taxa de inflação (variação percentual no nível total de preços) com
base no deflator do PIB:
Ano Forma de cálculo Taxa de inflação
2009 para 2010 = [(134,6939-100)/100]x100 + 34,6939%
c. A taxa de inflação em 2010 é a mesma apurando-a com os dois méto-
dos? Explique.
Embora neste caso as taxas sejam aproximadamente similares elas resultaram
em medidas de variações diferentes da inflação.
Isso ocorre porque apesar de termos os mesmos produtos presentes tanto na
cesta do IPC como na produção do PIB sua quantidades em termos relativos
não são as mesmas no caso do calculo do deflator (mudanças na proporção
das quantidades) e já no caso do IPC elas são fixas, gerando diferenças nos
indicadores de inflação.
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5) A partir de 1994, a regulamentação ambiental passou a exigir que a ga-
solina contenha um novo aditivo para reduzir a poluição do ar. Essa exi-
gência aumentou o custo e o preço da gasolina. O bureau of Labor Statis-
tics decidiu que esse aumento de custo representou uma melhoria na
qualidade.
a. Dada essa decisão, o maior preço da gasolina elevou o IPC?
Sim, o maior preço provocará uma elevação no IPC calculado, pois a gasolina
participa da cesta de produtos do IPC.
b. Qual é o argumento a favor da decisão do BLS? Qual seria o argumento
para uma decisão diferente?
O argumento a favor é o de que este aumento da qualidade seria benéfico para
o meio ambiente e reduziria a emissão de poluentes, que são na realidade uma
externalidade que pode gerar custos à saúde da população.
Por outro lado, esta mudança na composição do combustível inevitavelmente
aumentará o nível de preços da economia, o que pode não ser interressante.
6) Qual dos problemas ligados à construção do IPC pode ser exemplifica-
do por cada uma das situações a seguir? Explique.
a. A invenção do iPod.
O problema é a inclusão de um novo produto no mercado.
Como o IPC é calculado com base em um cesta de produtos fixa definida antes
da introdução deste produto no mercado as mudanças de preço deste produto
não serão captadas pelo IPC até que seja realizada outra pesquisa de orça-
mento familiar.
b. A introdução de air bags nos carros.
O problema é a melhoria de qualidade que impactará nos preços e possivel-
mente na quantidade consumida do produto.
A introdução de air bags aumenta o preço dos carros, mas isso ocorre pela me-
lhoria de qualidade e não por causa do aumento do nível geral de preços (infla-
ção).
c. Aumento das compras de computadores pessoais em resposta a uma
queda de seus preços.
O problema é o efeito de substituição de produtos do curto prazo dado as vari-
ações de preço relativos entre os produtos existentes. Ou seja, é a mudança na
quantidade consumida de bens gerada pela substituição de um bem por outro
de preço mais aprazível.
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Essa substituição não é captada pelo IPC, pois este se baseia em uma pesqui-
sa de orçamento familiar que define a cesta fixa de bens consumidos em média
pelas pessoas e assim não considera variações de consumo no curto prazo.
d. Maior quantidade de passas em cada pacote de Riaisin Bran.
O problema é a alteração da quantidade de produto presente em cada unidade
do bem. Ou seja, mudança do volume presente na unidade de bem vendido
que pode mudar os hábitos ou quantidade de pacotes comprados.
Por exemplo, se antes as pessoas em média consumiam 5 pacotes de 200
gramas (total de 1000 gramas de consumo) é provável que após o pacote pas-
sar a conter 250 gramas elas passem a comprar apenas 4 pacotes (também
um total de 1000 gramas de consumo).
Essa mudança não é captada pelo IPC, pois este se baseia em uma pesquisa
de orçamento familiar que define a cesta fixa de bens consumidos em média
pelas pessoas com base no volume presente no pacote antes da mudança.
e. Maior uso de carros que utilizam combustível aditivado depois do au-
mento dos preços da gasolina.
O problema é o efeito de substituição de produtos do curto prazo dado as vari-
ações de preço relativos entre os produtos existentes. Ou seja, é a mudança na
quantidade consumida de bens gerada pela substituição de um bem por outro
de preço mais aprazível.
Essa substituição não é captada pelo IPC, pois este se baseia em uma pesqui-
sa de orçamento familiar que define a cesta fixa de bens consumidos em média
pelas pessoas e assim não considera variações de consumo no curto prazo.
7) O the new York times custava R$ 0,15 em 1970 e R$ 0,75 em 2000. O
salário médio na industria era de R$ 3,23 por hora em 1970 e de R$ 14,32
em 2000.
a. Qual é a porcentagem de aumento do preço do jornal?
b. Qual é a porcentagem de aumento do salário?
c. Em cada ano, quantos minutos um trabalhador precisa trabalhar para
ganhar o suficiente para comprar um jornal (Lembrar que cada hora tem
60 minutos)?
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Em 1970, com o jornal custando R$ 0,15 e a hora do trabalho custando R$
3,23:
Em 2000, com o jornal custando R$ 0,75 e a hora do trabalho custando R$
14,32:
d. O poder aquisitivo dos trabalhadores em relação ao jornal aumentou ou
diminuiu?
Podemos observar que em 1970 precisávamos trabalhar apenas 2,78 minutos
para comprar o jornal, e agora precisamos trabalhar 31,42 minutos para com-
prar o mesmo jornal.
Assim podemos concluir que o poder aquisitivo destes trabalhadores, em mé-
dia, caiu em relação à sua capacidade de adquirir o jornal, pois agora precisa-
mos de mais esforço e tempo para comprar o mesmo jornal do que precisáva-
mos em 1970.
8) O capítulo explica que os benefícios da seguridade social aumentam a
cada ano de acordo com o aumento do IPC, embora a maioria dos eco-
nomistas acredite que o IPC superestima a inflação ocorrida.
a. Se os idosos consumirem a mesma cesta de mercado que as demais
pessoas, a seguridade social lhes proporcionará uma melhoria da quali-
dade de vida a cada ano? Explique.
Sim, isso ocorrerá, pois atualmente o IPC apresenta indicadores maiores do
que a inflação realmente ocorrida, e como os benefícios da seguridade social
são reajustados anualmente com base no IPC é de se esperar que o reajuste
seja em média maior do que a inflação real ocorrida. Com isso, teremos que o
poder aquisitivo do beneficiário não será apenas reajustado, mas será efetiva-
mente aumentado (temporariamente).
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b. Na verdade, os idosos consomem mais assistência médica do que os
mais jovens, e os custos de assistência médica subiram mais do que a
inflação geral. O que você faria pra determinar se os idosos estão, real-
mente, em melhor situação a cada ano?
Devemos verificar qual a participação relativa do consumo de remédios (quan-
tidades consumidas) e qual foi o aumento de preços destes bens em relação
ao outros bens utilizados para o cálculo do índice de preços usado para o rea-
juste dos benefícios.
Assim, se o aumento dos preços dos remédios vezes a quantidade consumida
destes dentro da cesta dos idosos mais que compensar o ganho do índice so-
bre a inflação real ocorrida, então os idosos estarão em situação pior a cada
ano.
Agora, se o aumento dos preços dos remédios vezes a quantidade consumida
destes dentro da cesta dos idosos for proporcionalmente menor que o ganho
do índice sobre a inflação real ocorrida, então os idosos estarão em situação
melhor a cada ano.
9) Ao decidir quanto de sua renda poupar para aposentadoria, os traba-
lhadores devem levar em consideração a taxa de juros nominal ou real
que suas poupanças rendem? Explique.
Eles devem levar em conta apenas a taxa de juros real para ter um noção real
da renda que devem guardar hoje para ter uma renda futura com um poder a-
quisitivo pré-definido, já que a taxa real considera apenas os ganho ou aumen-
tos de renda reais, diferente da taxa nominal; ou seja, os rendimento da taxa de
juros real não são fruto do aumento do nível de preços e sim do aumento do
poder aquisitivo desta poupança.
Por fim, podemos concluir que como a taxa nominal inclui tanto a taxa de juros
real mais a inflação, e a taxa de juros real representa os ganhos reais descon-
tadas a perdas de poder de compra devido à inflação, esta ultima medida de
taxa de juros será mais indicada a avaliação do montante a ser poupado hoje
para garantir as condições de vida nos tempos de aposentadoria.
10) Suponha que um tomador de empréstimos e um emprestador concor-
dem com uma taxa de juros nominal a ser paga em um empréstimo. En-
tão, a inflação se revela mais alta do que ambos esperavam.
a. A taxa de juros real do empréstimo é maior ou menor do que a espera-
da?
Como a taxa de juros real é igual a taxa de juros nominal menos a taxa de in-
flação, e observamos uma inflação maior do que havia sido esperada. Pode-
mos concluir que a taxa de juros real observada foi menor do que a que havia
sido esperada inicialmente quando se realizou o empréstimo.
12. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
Campus Ribeirão das Neves
Curso Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais
Disciplina de Introdução à Economia
b. O emprestador sai ganhando ou perdendo com esta inflação inespera-
damente elevada? E o tomador, sai ganhando ou perdendo?
Como a taxa real foi menor do que havia sido esperado, temos que o rendi-
mento real pago ao emprestador foi menor do que se havia planejado.
Assim temos que o retorno real do empréstimo foi menor, fazendo com que o
emprestador tenha saído perdendo.
E como a taxa de juros real foi mais baixa, temos que o “custo” real pago pelo
empréstimo por parte do tomador também tenha sido menor, fazendo com que
o tomador do empréstimo tenha saído ganhando.
c. A inflação durante os anos 1970 foi muito mais elevada do que a maio-
ria das pessoas esperava quando a década teve início. Como isso afetou
os proprietários de imóveis que obtiveram hipotecas a taxas fixas durante
os anos 1960? Como afetou os bancos que concederam os empréstimos?
Como a hipoteca é uma forma de viabilizar o empréstimo de recursos de pou-
padores à vendedores por meio do sistema bancário, temos que neste período
da história americana tínhamos um nível de inflação muito alto e taxas de juros
nominais fixas cobradas pelos empréstimos via hipoteca que não conseguiam
nem compensar as perdas com a inflação.
Assim, tivemos que os juros reais cobrados por estes empréstimos eram na
verdade negativos, por boa parte dos anos 70. Isso significava em termos bru-
tos que os bancos emprestavam recurso para o mercado imobiliário e recebiam
juros reais negativos como compensação; ou seja, literamente perdiam dinheiro
em termos reais.
Com isso, tivemos que os proprietários emprestaram recurso e ao invés de pa-
garem juros reais aos bancos, eles tiveram ganhos por terem realizado os em-
préstimos. E do outro lado, os bancos ao invés de terem rendimentos com os
empréstimos tiveram custos financeiros (taxas de juros reais ganhas foram ne-
gativas).
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