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CURSO DE CAPACITAÇÃO DE AUXILIARES
DE BIBLIOECA PARA OS POLOS DE
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DA UFG
Suely Gomes (org.)
Goiânia 2009
O curso está voltado para capacitação de auxiliares de bibliotecas que atuam nos pólos de apoio presen-
cial para educação a distância dos municípios parceiros do CIAR/UFG/UAB.
Reitoria da Universidade Federal de Goiás
Pró-Reitoria de Graduação
Centro Integrado de Aprendizagem em Rede
Coordenador de Produção
Cleomar Rocha
Projeto Gráfico
Elízeo Hamu
Editoração Eletrônica
Elízeo Hamu
Ilustração
Lucas França Borges
Yannick Aimé Ferreira Taillebois
Capa
Yannick Aimé Ferreira Taillebois
Revisão Linguística
Raquel Queiroz de Almeida
Suely Henrique de Aquino Gomes
Revisão Pedagógica
Daniela da Costa Britto Pereira Lima
Revisão de Conteúdo
Suely Henrique de Aquino Gomes
C858 Curso de capacitação de auxiliares de bibliotecas para os polos de educação a
distância da UFG / Suely Henrique de Aquino Gomes (org.). -- Goiânia :
Centro Integrado de Apredizagem em Rede, Universidade Federal de Goiás,
2009.
148 p. : il.
ISBN: 978-85-87191-12-0
Autores: Arnaldo Alves Ferreira Júnior, Cláudia Regina Ribeiro Rocha,
Patricia Martins Pereira, Sheila Cristina Frazão, Tatiane Ferreira, Thalita Franco
dos Santos.
1. Curso de auxiliar de biblioteca - EAD. 2. Biblioteca - Processamento
tecnico - planejamento - atendimento ao usúario - fontes de informação.
3. Biblioteca universitária. I. Gomes, Suely H. Aquino.
CDU 025
CDD 20ed 025
3EAD - CIAR/UFG/UAB
SUMÁRIO
Módulo 1 - A Biblioteca Universitária: Estrutura, Função e Dinâmica
Tema 1 - Biblioteconomia ................................................................................................................................................. 10
Tema 2 - Bibliotecas ............................................................................................................................................................ 17
Tema 3 - Bibliotecas Universitárias .............................................................................................................................. 19
Tema 4 - Formação e desenvolvimento de acervo ............................................................................................... 22
Tema 5 - Automação de bibliotecas ............................................................................................................................. 26
Tema 6 - Direito Autoral .................................................................................................................................................... 30
Módulo 2 - Processamento técnico
Temática 1 - Organização e distribuição dos materiais da biblioteca por áreas de conhecimento 37
Temática 2 - Inserção e Manutenção de registros bibliográficos utilizando o sistema OpenBiblio 48
Temática 3 - Preparo Mecânico de Materiais ........................................................................................................... 62
Módulo 3 - Fontes de Informação
Tema 1 - Introdução às Fontes de Informação ........................................................................................................ 72
Tema 2 - Introdução às Fontes de Informação ........................................................................................................ 75
Tema 3 - Fontes de Informações Gerais ...................................................................................................................... 80
Tema 4 - A Avaliação de Fontes de Informação ...................................................................................................... 88
Módulo 4 - Atendimento ao usuário
Tema 1 - Atendimento ao usuário ................................................................................................................................. 94
Tema 2 - Regulamento da biblioteca ........................................................................................................................... 99
Tema 3 - Serviço de empréstimo ................................................................................................................................... 101
Tema 4 - Serviço de referência ........................................................................................................................................ 104
Tema 5 - Biblioteca em uso .............................................................................................................................................. 106
Módulo 5 - Planejamento e Organização de Biblioteca
Tema 1 - Administração de Bibliotecas ...................................................................................................................... 112
Tema 2 - Planejamento: conceitos, tipologias e elaboração ............................................................................. 115
Tema 3 - Diagnóstico da unidade informacional ................................................................................................... 120
Tema 4 - Relatórios estatísticos ...................................................................................................................................... 122
Tema 5 - Organização do espaço físico ....................................................................................................................... 127
Anexo
Anexo ........................................................................................................................................................................................ 136
4 Auxiliar de Biblioteca
Apresentação
Caro(a) aluno(a),
É com imensa satisfação que apresentamos a 1ª. edição do livro Curso de capacitação de Auxiliares de Bi-
blioteca para os polos de Educação a Distancia da UFG. Resultado do esforço e dedicação de uma equipe de
profissionais, professores e técnicos de diversas áreas que gentilmente compartilharam seus conhecimentos
para o aprimoramento do produto final, este livro tem como princípio básico fornecer aos alunos e demais
interessados no assunto uma síntese do funcionamento de uma biblioteca universitária: sua função social,
dinâmica, estruturas, serviços, produtos e processos.
O pleno funcionamento das bibliotecas dos polos é fundamental para a formação dos alunos que opta-
ram pela modalidade de ensino a distância. A ACRL - Association of College and Research Library, no seu Gui-
delines for Distance Learning Library Service, declara que“o acesso adequado aos recursos e serviços bibliote-
cários é essencial para que os objetivos do ensino superior sejam atingidos, independente da localização de
alunos, professores ou programas de ensino”.
A portaria 301, de 7 de abril de 1998, normatiza, em âmbito nacional, os procedimentos de credencia-
mento de instituições para oferta de cursos a distância. Esse instrumento estabelece como um dos requisi-
tos para a autorização de funcionamento destes cursos a estruturação de biblioteca, conforme especificado
no Artigo 3º., inciso IV:
IV – descrição da infra-estrutura, em função do projeto a ser desenvolvido: instala-
ções físicas, destacando salas para atendimento aos alunos; laboratórios; biblioteca
atualizada e informatizada, com acervo de periódicos e livros, bem como fitas de
áudio e vídeo.[grifo nosso]
 A inclusão, por parte do MEC, da biblioteca como critério para se avaliar as condições de oferta dos
cursos tradicionais, seja em nível de graduação, seja em nível da pós-graduação, é um indicativo da sua im-
portância no contexto da formação de profissionais qualificados e da produção de novos conhecimentos.
A exigência justifica-se pelo importante papel que as bibliotecas universitárias vêm cumprindo, ao longo
de sua existência, no apoio às atividades de pesquisa, ensino e extensão desenvolvidas em suas respectivas
instituições.
Para cumprir suas funções, a biblioteca deve ser concebida como um espaço privilegiado de interação e
encontro entre usuário e autor, entre o novo e o antigo, entre o científico e o cultural, entre o bibliotecário
e os demais funcionários da biblioteca. Assim, toda a estrutura de uma unidade de informação deve estar
orientada para uma perspectiva humana, e todos os produtos, serviços e procedimentos só fazem sentido
quando as pessoas (funcionários, usuários e autores) são tomadas como o parâmetro estruturador.
Uma das primeiras ações nessa direção é investir na qualificação da equipe que irá atuar na intermediação
entre o usuário e a informação. Contar com auxiliares de biblioteca capacitados para desenvolver o traba-
lho básico em uma biblioteca englobando processos relativos à organização informacional, processamento
técnico dos materiais informacionais, atendimento a usuários, acompanhamento das ações administrativas
e dos serviços prestados é fundamental.
Assim, este livro foi organizado como material pedagógico para o curso de Capacitação de Auxiliares de
Biblioteca e tem como público alvo o pessoal que atuará nas bibliotecas dos polos de apoio presencial para
educação a distância dos municípios parceiros da UFG/UAB.
O livro está estruturado em cinco módulos e teve como eixo norteador as atividades que são de respon-
sabilidade do auxiliar de biblioteca, de acordo com a classificação brasileira de ocupações, elaborada pelo
Ministério do Trabalho e Emprego.
Omódulo1,intitulado“Abibliotecauniversitária:estrutura,funçãoedinâmica”, abordaasprincipaisquestões
relacionadas à Biblioteconomia, à biblioteca universitária e à função dos profissionais da informação que atuam
nas bibliotecas (bibliotecários e auxiliares de biblioteca). São apresentados noções de direitos autorais e ética
profissional, além de princípios de formação e desenvolvimento de acervo – uma das principais atividades de
qualquer biblioteca.
O módulo 2 volta-se para o processamento técnico: como organizar o acervo por área do conhecimento?
Como inserir e manter o catálogo on-line bibliográfico da biblioteca? Como preparar o acervo adquirido
para disponibilizá-lo nas estantes da biblioteca? Para capacitá-lo a responder tais questões, dividimos este
módulo em três unidades:
unidade 1: Organização e distribuição dos materiais da biblioteca por áreas de conhecimento;• 
unidade 2: Inserção e manutenção de registros bibliográficos utilizando o sistema Openbiblio;• 
unidade 3: Preparo mecânico de materiais. Esperamos, desta forma, possibilitar a compreensão neces-• 
sária dos procedimentos técnicos corriqueiros de uma biblioteca.
O objetivo do módulo 3 é desenvolver a reflexão crítica acerca das necessidades, da busca, acesso, avalia-
5EAD - CIAR/UFG/UAB
ção e uso de fontes de informação no atendimento às demandas dos usuários por levantamentos bibliográ-
ficos. São abordados temas relacionados à caracterização, classificação e tipologia de fontes de informação;
noções relacionadas à natureza dos suportes informacionais, mecanismos para recuperar a informação de-
sejada e por fim, os critérios utilizados para avaliação de fontes de informação. Ao final deste módulo, você
estará apto a orientar o usuário sobre as diversas estratégias para recuperação da informação utilizada pelas
diferentes fontes de informação.
Segundo o sistema de classificação brasileira de ocupações, compete ao auxiliar de biblioteca atender ao
usuário, o que implica:
Orientar o usuário sobre o funcionamento, regulamento e recursos da unidade de informação.• 
Emprestar material do acervo.• 
Cadastrar o usuário.• 
Controlar empréstimo, devolução, renovação e reserva de material.• 
Auxiliar na editoração de trabalhos acadêmicos.• 
Aplicar sanções ao usuário.• 
Reservar material bibliográfico.• 
Monitorar visitas à biblioteca.• 
Localizar material no acervo.• 
Atualizar o cadastro de usuários.• 
Confeccionar o cartão de identificação do usuário.• 
Participar do estudo das demandas existentes e potenciais.• 
O módulo 4 foi elaborado especificamente com o objetivo de contribuir para a ampliação e consolidação
de seus conhecimentos que resultem em um excelente atendimento aos usuários de sua biblioteca.
Finalmente, o módulo 5 - Planejamento e Organização - apresenta conceitos, princípios e critérios para que
você esteja apto a participar do planejamento e organização do espaço físico da biblioteca de seu polo.
Por fim, desejamos que este material contribua para que você faça a diferença na unidade em que você
irá atuar.
Torcemos pelo seu sucesso!
Profa. Suely Henrique de Aquino Gomes
Coordenadora do Curso de Biblioteconomia
FACOMB/UFG
7EAD - CIAR/UFG/UAB
Módulo 1
A Biblioteca Universitária: Estrutura, Função
e Dinâmica
Carga horária: 10 horas
Cláudia Regina Ribeiro Rocha
Graduada em Biblioteconomia e Letras; pós-graduada em Administração do Ensi-
no Superior; Gestão Estratégica em Marketing e Mestranda em Desenvolvimento
Regional.
Atualmente, coordena as Bibliotecas das Faculdades ALFA e atua como Bibliotecá-
ria no Sistema de Bibliotecas da UFG. Tem experiência em gestão de serviços em
bibliotecas universitárias; autora de livros na área de Normalização e Metodologia
Científica.
E-mail: claudiaregina.ribeiro@bol.com.br
Telefone: (62) 3521-1152
Suely Henrique de Aquino Gomes
Graduada em Biblioteconomia pela Universidade de Brasília; Mestre em Automação
de bibliotecas pela University College London; Doutora em Ciência da Informação
pela Universidade de Brasília, com estágio de um ano na Loughborough University
- Inglaterra. Professora do curso de Biblioteconomia e do Mestrado em Comunica-
ção, Cidadania e Cultura, da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia da UFG.
Atualmente, ocupa o cargo de coordenação do Curso de Biblioteconomia.
E-mail: suelyhenriquegomes@gmail.com
Telefone: (62) 3521-1348
Currículo resumido das autoras
8 Auxiliar de Biblioteca
Apresentação do Módulo 1
Resumo do conteúdo do módulo
Bem-vindos(as) ao estudo do Módulo 1: Biblioteca Universitária: estrutura, função e
dinâmica.
Você fez uma ótima opção ao participar deste Curso de Capacitação de Auxiliares de
Bibliotecas para os Polos de Educação a Distância da UFG, que tem início com esta
Unidade.
Desejamos que aproveite bem esta oportunidade com participação efetiva nas dis-
cussões e reflexões propostas!
O módulo 1 do Curso de Capacitação de auxiliares de bibliotecas para os polos de Educação a Distância
da UFG aborda as principais questões relacionadas à Biblioteconomia e à Biblioteca universitária, com ên-
fase na estrutura, função, principais serviços, dinâmica e práticas diárias que envolvem o fazer e as decisões
profissionais.
Neste estudo, faremos também uma discussão sobre a função e papel dos profissionais da informação
que atuam nas bibliotecas, pois entendemos que é importante que você, ao atuar nas bibliotecas dos po-
los, seja também capaz de compreender os diferentes
papéis desempenhados pelos auxiliares de biblioteca e
o bibliotecário, sendo este último o gestor dos processos
relacionados aos procedimentos técnico-administrativos
na Biblioteca.
Durante o estudo deste módulo, recomendamos que
entre em contato conosco através de e-mail, dentro do
ambiente virtual de aprendizagem através da ferramenta
mensagem. Teremos o maior prazer em atendê-lo.
Vamos lá?!
9EAD - CIAR/UFG/UAB
Tema Conteúdo
1 Biblioteconomia:
2 Bibliotecas:
3 Biblioteca Universitária:
4 Formação e desenvolvimento de acervo
5 Automação de bibliotecas
6 Direito Autoral
Roteiro do Módulo 1
10 Auxiliar de Biblioteca
Tema 1- Biblioteconomia
Biblioteconomia: Conceito, Origem e Função Social
A biblioteconomia é considerada uma das profissões mais antigas da humanidade, mes-
mo assim, não é muito conhecida pela maioria das pessoas. Ela surge da necessidade de re-
produzir, organizar, preservar e dar amplo acesso à produção intelectual e cultural da socie-
dade. Sua origem está atrelada ao desenvolvimento da escrita, do livro, do ensino superior
(universidades) e da imprensa em uma sequência de avanços tecnológicos e culturais.
Acredita-se que sua gênese remonta às atividades dos monges que se dedicavam à cópia dos manus-
critos, conforme determinava a regra de S. Pacómio. Esta atividade era considerada um exercício espiritual;
uma forma de os monges da Idade Média aprimorarem as virtudes e merecerem as graças divinas.
“DuranteaIdadeMédiaolivroerapraticamen-
te uma exclusividade da Igreja, todas as grandes
abadias possuíam um scriptorium, onde eram
confeccionados os manuscritos, desde a pre-
paração do pergaminho até às ilustrações, que
tinham fundamental importância, tanto como
elemento decorativo como para representar gra-
ficamente os textos” (CECCHINI, 2008).
Biblioquê?
Mas afinal, o que quer dizer Biblioteconomia?
Scriptorium: significa “lugar para escre-
ver”. Termo usado para designar a sala dos
monastérios medievais europeus reser-
vada para a copia dos manuscritos pelos
escribas.
Manuscrito: documento em pergaminho
ou papel; livro escrito á mão.
Pergaminho: o documento escrito em pe-
les de cabra, cordeiro, carneiro ou ovelha.
O termo biblioteconomia é composto dos elementos gregos biblíon (livro) + théke
(caixa) + nomos (regra), que resulta no termo grego bibliothékenomos, ou “regras para
depósito de livros”. Assim, a partir da formação etimológica do termo, a biblioteconomia
foi, até recentemente, entendida como conjunto de regras voltado para a organização de
livros em espaços físicos específicos denominados bibliotecas.
Hoje, o termo não contempla mais de forma fidedigna as atividades e o espaço de
trabalho do profissional, uma vez que a proliferação de suportes para o registro do conhe-
cimento extrapola a noção de livros organizados em espaços fechados. Atualmente esses
espaços recebem diversas denominações: centro de documentação, arquivos, centros de
informação, bibliotecas, bibliotecas virtuais, bibliotecas eletrônica ou digital, etc. Essas de-
nominações estão reunidas sob o termo genérico“unidades de informação”.
Os avanços tecnológicos, científicos e sociais resultaram na produção de uma grande massa documen-
tal, registrada nos mais variados suportes (livros, cds, vhs, dvds, etc) e em redes de informações complexas,
cujo acesso torna-se difícil sem o auxílio de um profissional que faça o meio de campo entre a informação e
aquele que dela precisa – o usuário.
11EAD - CIAR/UFG/UAB
Desta forma, é possível definir a biblioteconomia como o campo do saber que se ocupa do desenvolvi-
mento e aplicação de um conjunto de conhecimentos teóricos e técnicos para gerenciar os processos de
armazenar, recuperar e disseminar informações em qualquer tipo de veículo ou formato de maneira ágil,
eficaz e dinâmica, independentemente das denominações dos lugares constituídos para tal fim (bibliotecas,
centros de documentação, instituições públicas ou privadas).
A biblioteconomia é regida por alguns princípios conhecidos na área como Lei de Ranghanathan. Estas
leis são expressas da seguinte forma:
Os livros são para serem usados;• 
Todo leitor tem seu livro;• 
Todo livro tem seu leitor;• 
Poupe o tempo do leitor;• 
Uma biblioteca é um organismo em crescimento.• 
Um pouquinho de história
A escrita mais antiga é a ideográfica (representação gráfica de idéias), inscrita em pedras (6000 AC),• 
ossos (1500 AC), placas de madeira encerada, barro (3000 AC), folhas de palmeira, linho e papiro (3500
AC).
No séc. VI desenvolveram-se várias caligrafias ou estilos de letras nacionais.• 
No século IV DC, o pergaminho tornou-se o suporte principal da escrita na Europa.• 
Meados do séc. XVI, o papel substitui o pergaminho quase inteiramente, após a imprensa ter utilizado• 
ambos como suporte da escrita.
No séc. XIII, a indústria e comércio regular do livro começa a estruturar-se.• 
A imprensa (Gutenberg) foi um avanço técnico que possibilitou a multiplicação, difusão e populariza-• 
ção dos impressos e livros.
A invenção de máquinas de escrever no séc. XIX facilitou o trabalho de composição.• 
Fonte: (ORIGEM ..., 2008)
Os profissionais da informação: bibliotecários, auxiliares de bibliotecas
Em uma organização, ninguém trabalha sozinho. Na biblioteca não é diferente. Para cumprir a missão
pela qual foi constituída, ela conta com uma equipe de profissionais para desenvolver suas atividades, estru-
turar seus produtos, prestar seus serviços e manter o ambiente em condições adequadas para uso.
Entre todos aqueles que trabalham na biblioteca, dois profissionais são devidamente capacitados para
lidarem com o mundo informacional: o bibliotecário e o Auxiliar de Bibliotecas.
Os profissionais da informação: bibliotecários, auxiliares de bibliotecas
Você sabia que o primeiro curso de biblioteconomia foi criado em 1873, pela Escola de Chartes, na Fran-
ça?
O primeiro curso de Biblioteconomia do Brasil foi criado em 1911, pela Biblioteca Nacional, e teve início
em 1915.
Shiyali Ramamrita Ranganathan (1892-1972) foi um pensador indiano, professor de Matemática e é con-
siderado o pai da Biblioteconomia? (NORUZI, 2005)
12 Auxiliar de Biblioteca
O Bibliotecário: quem é? O que faz?
A designação Bibliotecário é privativa dos Bacharéis em Biblioteconomia, a partir da promulgação da Lei
nº 4084, de 30/06/1962, que dispõe sobre a profissão e regula seu exercício. Segundo esta lei, o bibliotecá-
rio é um profissional liberal e está incluído no grupo 19 do plano da Confederação Nacional das Profissões
Liberais. O Ministério do Trabalho e do Emprego classifica o bibliotecário na família dos Profissionais da
Informação (código 2612) juntamente com os documentalistas e analistas de informação.
Como se pode verificar na tabela“Profissionais da Informação”a seguir, diversas nomenclaturas são utili-
zadas para designar o bibliotecário, sem, no entanto, se chegar a um consenso. Mas se não existe um acordo
sobre a nomenclatura profissional, há consenso sobre as transformações que a profissão sofre e vem sofren-
do. Ao longo da história, o bibliotecário passou de guardião de documentos (livros) para mediador entre a
informação e aqueles que dela necessitam.
2612 :: Profissionais da informação
2612-05
Bibliotecário - Bibliógrafo, Biblioteconomista, Cientista de informação, Consultor de informação,
Especialista de informação, Gerente de informação, Gestor de informação.
2612-10
Documentalista - Analista de documentação, Especialista de documentação, Gerente de
documentação,Supervisordecontroledeprocessosdocumentais,Supervisordecontroledocumenta,
Técnico de documentação, Técnico em suporte de documentação.
2612-15
Analista de informações (pesquisador de informações de rede) - Pesquisador de informações de
rede.
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego http://www.mtecbo.gov.br/
Diversos estudiosos têm apontado para um novo perfil do profissional, qual seja o de cientistas da infor-
mação e de gestor da informação.
Na posição de cientistas da informação, o bibliotecário volta-se para produção de conhecimentos e de-
senvolvimento de tecnologias que auxiliem o gerenciamento dos fluxos da informação na sociedade. Como
gestor, o bibliotecário planeja, organiza, avalia, estrutura e motiva equipes para viabilizar a coleta, armaze-
namento, tratamento, democratização do acesso e agregação de valor à informação. Ambos têm dado con-
tribuições importantes para o desenvolvimento social, científico, tecnológico e econômico da sociedade.
Segundo a classificação de ocupações brasileiras do Ministério do Trabalho, compete ao bibliotecário:
Localizar, recuperar, disponibilizar a informação, independente do suporte em que ela esteja registra-• 
da;
Gerenciar unidades, redes e sistemas de informação;• 
Tratar tecnicamente a informação;• 
Desenvolver serviços, produtos e programas informacionais;• 
Disseminar a informação;• 
Desenvolver estudos e pesquisas bibliográficas;• 
Prestar serviços de consultoria e assessoria em informação;• 
Realizar difusão cultural;• 
Desenvolver ações educativas;• 
Desenvolver competências pessoais (liderança, capacidade de síntese, educação continuada etc).• 
Em termos da Lei No
4.084, de 30 de junho de 1962, que regulamenta o exercício profissional,
Art. 6o
– São atribuições dos Bacharéis em Biblioteconomia, a organização, direção e
execução dos serviços técnicos de repartições públicas federais, estaduais, municipais e
autárquicas e empresas particulares concernentes às matérias e atividades seguintes:
O ensino de Biblioteconomia;a)
A fiscalização de estabelecimentos de ensino de Biblioteconomia reconhecidos, equiparadosb)
ou em via de equiparação;
13EAD - CIAR/UFG/UAB
Administração e direção de bibliotecas;c)
A organização e direção dos serviços de documentação;d)
A execução dos serviços de classificação e catalogação de manuscritos e de livros raros e precio-e)
sos, de mapotecas, de publicações oficiais e seriadas, de bibliografia e referência.
Que tal acessar o site http://www.mtecbo.gov.br/busca/descricao.asp?codigo=2612-05?
Lá você terá mais informações sobre as competências do profissional da informação.
Para saber sobre as instituições que oferecem graduação em Biblioteconomia, acesse o site http://www.
cfb.org.br/html/links/links_instituicoes.asp
O Auxiliar de Biblioteca: quem é? O que faz?
Na classificação de ocupações brasileiras, do Ministério do Trabalho e Emprego, o Auxiliar de Biblioteca
recebe o código 3711-05, podendo também ser denominado, Auxiliar de bibliotecário, Auxiliar de serviços
bibliotecários ou Assistente de Biblioteca. Ainda de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego,
“os Auxiliares de Biblioteca são técnicos de nível médio que estão no início de car-
reira, cujo exercício não requer experiência profissional anterior. Os profissionais
sem formação técnica profissionalizante devem ser classificados como 4151 - Au-
xiliares de serviços de documentação, informação e pesquisa. Pode-se demandar
aprendizagem profissional para a(s) ocupação(ões) elencada(s) nesta família ocu-
pacional, exceto os casos previstos na Lei 10.097/2000.”
O Auxiliar de Biblioteca passa a maior parte do tempo em contato direto com os usuários. Por isso, ele
pode ajudar o bibliotecário a identificar as demandas de serviços, diagnosticar dificuldades de acesso às
informações e ao acervo, observar o uso ou não de espaços da biblioteca e dos recursos de informação.
Seguindo orientações do Ministério do Trabalho e Emprego, compete ao Auxiliar de Bibliotecas
(http://www.mtecbo.gov.br):
1 - PARTICIPAR DO PROCESSO DE DISSEMINAÇÃO DA INFORMAÇÃO
Orientar o usuário sobre as diversas linguagens para recuperação da informação;• 
Elaborar folhetos, cartazes,•  clipping e alertas bibliográficas;
Organizar mural e painel para exposição das novas aquisições;• 
Orientar o usuário na preservação do acervo;• 
Participar de redes de discussão em diferentes meios;• 
Participar na elaboração de publicações e manuais de procedimentos;• 
Divulgar materiais promocionais e eventos culturais;• 
Auxiliar nas atividades de ensino a distância;• 
Auxiliar na organização de teleconferências.• 
2 - REALIZAR A MANUTENÇÃO DO ACERVO
Manter o acervo em ordem de acordo com sistema de classificação adotado;• 
Realizar higienização e reparação de documentos;• 
Participar do remanejamento e inventário do acervo;• 
Guardar e substituir documentos;• 
Selecionar e preparar documentos para a encadernação;• 
Controlar acervo de duplicatas de documentos;• 
Auxiliar no descarte de documentos• 
Controlar permutas de documentos;• 
Conferir documentos encadernados.• 
14 Auxiliar de Biblioteca
3 - ATENDER O USUÁRIO NAS FORMAS PRESENCIAL E A DISTÂNCIA
Orientar o usuário sobre o funcionamento, regulamento e recursos da unidade de informação;• 
Emprestar material do acervo;• 
Cadastrar o usuário;• 
Pesquisar por solicitação do usuário;• 
Realizar serviços de comutação;• 
Realizar empréstimos entre bibliotecas;• 
Cobrar devolução de empréstimos;• 
Controlar empréstimo, devolução, renovação e reserva de material;• 
Auxiliar na editoração de trabalhos acadêmicos;• 
Auxiliar o usuário em pesquisa bibliográfica;• 
Aplicar sanções ao usuário;• 
Fazer levantamentos bibliográficos;• 
Reservar material bibliográfico;• 
Orientar nas normas de apresentação de trabalhos acadêmicos;• 
Digitalizar materiais;• 
Monitorar visitas à biblioteca;• 
Auxiliar na capacitação do usuário para o uso e apropriação da informação;• 
Pesquisar bases de dados;• 
Localizar material no acervo;• 
Atualizar o cadastro de usuários;• 
Controlar agenda de eventos e cursos;• 
Confeccionar o cartão de identificação do usuário;• 
Participar do estudo das demandas existentes e potenciais.• 
4 - TRATAR INFORMAÇÃO E DOCUMENTOS
Auxiliar na seleção e aquisição de documentos para incorporação ao acervo;• 
Tombar documentos para incorporação ao acervo;• 
Participar do processo de consistência da base de dados;• 
Participar da organização da hemeroteca;• 
Magnetizar e etiquetar documentos do acervo;• 
Auxiliar na catalogação, classificação e indexação de documentos;• 
Alimentar bases de dados;• 
Arquivar a produção acadêmica;• 
Cadastrar a produção científica do corpo docente;• 
Carimbar e cadastrar documentos;• 
Desdobrar e arquivar fichas catalográficas;• 
Conferir a existência de defeitos nos documentos adquiridos;• 
Prestar informações para desenvolvimento de programas de computador para sistemas de informação;• 
Realizar permutas de material bibliográfico;• 
Controlar aquisição e doação de documentos;• 
Auxiliar na elaboração de resumos.• 
5 - REALIZAR ATIVIDADES TÉCNICO-ADMINISTRATIVAS
Participar na gestão administrativa da unidade de informação e documentação;• 
Participar de reuniões de planejamento e avaliação;• 
Colaborar na elaboração do regimento interno da biblioteca e elaboração de projetos;• 
Manter cadastro de endereços institucionais;• 
Organizar e controlar arquivos administrativos;• 
Auxiliar na aquisição de material de consumo, mobiliário e equipamentos;• 
Coletar dados, preencher planilhas estatísticas e elaborar relatórios estatísticos;• 
Auxiliar na operação de sistemas de contratos eletrônicos;• 
Executar serviços de digitação e datilografia;• 
Realizar a venda de publicações e materiais correlatos;• 
Controlar os estoques de material de consumo;• 
Auxiliar no inventário de bens patrimoniais não bibliográficos.• 
15EAD - CIAR/UFG/UAB
6 - ORGANIZAR ATIVIDADES CULTURAIS E DE EXTENSÃO
Viabilizar a organização das atividades culturais;• 
Fazer contatos com lideranças, instituições da comunidade profissionais para atividades de incentivo• 
à leitura;
Auxiliar na busca de parcerias;• 
Participar na realização de saraus culturais;• 
Elaborar programas culturais em conjunto com a comunidade;• 
Auxiliar na realização de feiras de livros, organização de exposições;• 
Realizar campanhas de doação;• 
Apoiar ações da associação de amigos da biblioteca;• 
Realizar atividades de leitura, escrita e oralidade;• 
Auxiliar na realização da biblioteca itinerante;• 
Realizar atividades de leitura em hospitais, presídios e outras instituições;• 
Participar da organização de concursos literários.• 
7 - PARTICIPAR DA ORGANIZAÇÃO E MANUTENÇÃO DO AMBIENTE
Controlar as condições de higiene e limpeza do ambiente;• 
Organizar a disposição do mobiliário e equipamentos no ambiente;• 
Manter a disposição do mobiliário e equipamentos no ambiente;• 
Controlar o fluxo do usuário;• 
Elaborar a sinalização do ambiente;• 
Auxiliar no controle do uso e manutenção dos equipamentos;• 
Avaliar o uso e adequação do ambiente.• 
Participar na elaboração e análise de critérios estatísticos;• 
Reproduzir documentos.• 
No ambiente da biblioteca, nem sempre as atividades de auxiliares de bibliotecas e bibliotecários estão
muito claras. Em um dos poucos estudos realizados a respeito do assunto, Ferreira aponta que bibliotecários
em posição de gestores
têm tomado para si tarefas que deveriam ser realizadas pelos auxiliares, a exemplo
do registro de materiais bibliográficos e não-bibliográficos, das baixas sofridas no
acervo, da conferência dos materiais adquiridos e do arquivamento das faturas de
compra de publicações. Nesse sentido, é compreensível que os bibliotecários exi-
jam qualidade na realização das tarefas, haja vista que as informações processadas
no trabalho informacional nas bibliotecas universitárias são direcionadas para as
atividades de ensino, de pesquisa e de extensão. Porém, isso não significa dizer que
os (as) bibliotecários (as) devam tomá-las para si, pois, aos gestores, cabe o papel
de orientar os auxiliares na realização do trabalho informacional e acompanhar seu
desempenho, o que corresponde, efetivamente, às funções administrativas de co-
mando e de controle. (FERREIRA, 2006, p.111)
Independente das atribuições legais, dentro deste cenário, quais as habilidades e atitudes que se deseja
de um Auxiliar de Bibliotecas? Consideramos ser importantíssimo que ele/ela mantenha boa comunicação
com a equipe da biblioteca e com os usuários; conheça a biblioteca em que trabalha para poder oferecer
uma boa orientação ao usuário; seja curioso e procure lidar com diversas mídias - livros, revistas, jornais,
CDS, DVDS, computadores. O Auxiliar de Biblioteca deve exercitar constantemente a criatividade e o inte-
resse em aprender sempre.
Ética profissional
De uma maneira geral, quando falamos em ética profissional, nos referimos a um conjunto de princípios
e valores importante não só para a convivência humana, mas também para o ambiente de trabalho. A ética
profissional reflete a nossa imagem, os valores e a imagem da instituição através das pessoas. Estes valores
orientam as atividades e as relações de trabalho e constituem-se em princípios fundamentais para a ativi-
dade profissional.
16 Auxiliar de Biblioteca
Embora não haja um conjunto de regras constituído em relação à ética profis-
sional específica para os auxiliares de biblioteca, entendemos que devem ser se-
guidas as mesmas regras aplicadas aos profissionais que lidam com a informação,
uma vez que estes profissionais também se incluem na classe de trabalhadores da
informação.
A Resolução Nº. 42 de 11 de Janeiro de 2002, do Conselho Federal de Bibliote-
conomia, dispõe sobre Código de Ética da Biblioteconomia e está disponível no site
http://www.cfb.org.br/.
No entanto, o compromisso ético do profissional da informação não se restringe à observância de regras
de cunho meramente profissional. No contexto de uma sociedade pós-industrial em que a informação as-
sume importância cada vez maior no desenvolvimento econômico e social, o compromisso com a ética da
informação torna-se fundamental.
A ética da informação trata dos dilemas e conflitos morais que surgem da interação entre o homem e
o ciclo da informação (produção, organização, disseminação e uso). Aborda problemas morais como, por
exemplo, a liberdade de intelectual versus acessibilidade, privacidade e confidencialidade da Informação.
A liberdade intelectual diz respeito ao direto de todo usuário da biblioteca de ler, ver e ouvir o que se
quer ler, ver e ouvir sem a censura de funcionários ou repressão institucional. (BUSHA, 1972). Mas, todos
podem ter acesso a tudo? Uma criança pode ter acesso a material pornográfico? E material de cunho pedó-
filo? É claro que existem limites, portanto, a liberdade intelectual deve ser contextualizada e ponderada em
relação a outros valores sociais.
A privacidade é entendida como controle sobre as informações pessoais ou o direito de não ter suas
informações pessoais documentadas e divulgadas. Este direito é ameaçado pela intensificação dos fluxos
de informação nas redes de computadores (Internet) e as novas tecnologias de comunicação. Na Europa, a
privacidade é entendida como direito fundamental que deve ser garantido pelo Estado; é condição impor-
tante para outros direitos humanos como a dignidade, a autonomia e a liberdade. Nos EUA, a privacidade é
um direito individual do consumidor que pode ser trocada por um benefício como, por exemplo, a utilização
gratuita da Internet (PRIVACIDADE..., 2008).
A confidencialidade refere-se à necessidade de estabelecer mecanismos que impeçam o acesso a infor-
mações por pessoas não autorizadas. Envolve mecanismos de segurança de informação.
Você sabia que ética e moral são
quase sinônimas? Veja o glossário.
Ética - do grego ethos, significa “princípio
de conduta moral de pessoas, grupos,
religião, etc”.
Moral - do latim morales, “trata dos
costumes, deveres e modos de proceder
dos homens para com outros homens”.
Por isso que a ética e a moral são termos
indissociáveis.
Fonte: Minidicionário Sacconi da Língua
Portuguesa (1999).
17EAD - CIAR/UFG/UAB
Tema 2 - Biblioteca: conceitos, funções e tipologias
Se a palavra biblioteca vem do grego bi-
blion (livro) + théke (caixa), então ela signifi-
ca“depósito de livro”?
Isso mesmo. A biblioteca, tomando-se a origem grega do termo, é etimologicamen-
te definida como um espaço físico em que se guardam livros. E aqui cabem as mesmas
observações já feitas anteriormente. Os meios para registrar o conhecimento sofreram
avanços significativos ao longo da nossa história: pedra, argila, pergaminho, papel, etc.
Hoje em dia a informação é registrada em diversos outros tipos de suportes tais como
CDs, fitas, VHS, filmes, DVD, grandes bancos de dados eletrônicos, entre outros. Portanto,
atualmente, a biblioteca não é constituída somente de livros impressos em papel e não
está confinada a um espaço físico predeterminado. Os avanços tecnológicos permitem
estruturar bibliotecas digitais.
São grandes os esforços empreendidos no âmbito da biblioteconomia para acompanhar esses avanços
tecnológicos. Prevê-se que, em um futuro não muito distante, os acervos das bibliotecas sejam, preponde-
rantemente, armazenadas em formato digital ou eletrônico à medida que cresce o volume de informações
disponibilizado nas novas mídias. Apesar de não acreditarmos no desaparecimento dos livros, a tendência é
que estes convivam harmonicamente com outros suportes e formas de registros do conhecimento.
A biblioteca, no entanto, não sofre somente influências dos avanços tecnológicos. Como instituição so-
cialmente constituída, sua concepção acompanha as transformações políticas, sociais e culturais do mundo
contemporâneo. Ao longo da história, o seu perfil passa de“depósito de livros”para instituições promotoras
do amplo acesso à informação.
Fica evidente que é preciso pensar a biblioteca de uma maneira mais abrangente. Assim podemos dizer
que essa instituição é todo espaço (concreto, virtual ou híbrido) destinado a uma coleção de informações
registrada em qualquer suporte - papel ou digitalizadas, com o propósito de reunir, preservar e dar amplo
acesso à produção científica, artística, cultural e tecnológica de uma sociedade.
Biblioteca de Ninive é apontada pelos historiadores como a biblioteca mais antiga, Mantida pelo rei• 
Assurbanipal (século VII a.C.), chegou a possuir 25 mil placas de argila em seu acervo.
Biblioteca de Carlos Magno – rei dos Francos (768-814), foi a mais importante biblioteca pública na• 
antiguidade.
Biblioteca de Alexandria (Séc. II AC) chegou a ter 700.0000 volumes (pergaminhos) antes de ser• 
destruída por três incêndios
Biblioteca universitária surge no séc. XIII, juntamente com a criação das primeiras universidades.• 
Biblioteca Nacional e Pública do Rio de Janeiro foi a primeira biblioteca oficial do Brasil, criada por• 
Dom João VI, em 1807, quando a família real mudou-se para o Brasil fugindo de um confronto com
Napoleão.
A biblioteca pode estar associada à função de educar - neste caso, incluem-se as bibliotecas públicas,
escolares, universitárias; de preservar a memória de uma sociedade – como no caso da biblioteca nacional;
ou à função de recreação – que pode ser o caso das bibliotecas públicas, comunitárias, escolares e infantis.
Porém, a função de disseminar a informação para todo usuário que recorra a seus serviços é comum a todas
as elas, independente de sua natureza (CARVALHO, 2002).
“Assim é a biblioteca moderna: recreia, educa e instrui.Viva, dinâmica e amena, não
aparece já com a fisionomia dos outros tempos, severa, acética, pouco convidativa.
Tudo nela é, agora, um permanente convite à leitura.”
Discurso de Governador JK, na inauguração da Biblioteca Pública Estadual Luiz de
Bessa, em 1954. http://www.cultura.mg.gov.br
18 Auxiliar de Biblioteca
Para Refletir
“Os vários incêndios e destruições perpetrados por mãos ignóbeis ao longo da História não impediram,
porém, que as bibliotecas continuassem a ser uma das maiores expressões de persistência da Humanida-
de. Como seria mais fácil rastrear as nossas origens caso não tivesse sido consumido pelo fogo o magnífi-
co acervo de um dos maiores redutos do saber da Antigüidade, a Biblioteca de Alexandria. E são tantos os
outros casos. [...] O século XXI também já tece sua triste história: após a destruição e o saque ocorridos em
Bagdá, bibliotecários e editores iranianos informaram, na última Feira do Livro de Frankfurt, que enfren-
tam agora a monstruosa tarefa de reconstruir as bibliotecas do país, restaurar manuscritos inestimáveis e
tentar criar um mercado editorial moderno.”(SPITZ, 2003).
Tipos de bibliotecas
Obviamente que não!
As bibliotecas têm suas especificidades e dinâmicas definidas em função,
principalmente, do seu propósito, usuário ou da instituição que ela serve – fá-
bricas, empresas, escolas etc. A partir daí, estabelece-se a estrutura física, ad-
ministrativa, de serviços, produtos e acervos para atender às demandas desses
usuários ou instituições.
Assim, existem vários tipos de bibliotecas: bibliotecas públicas, bibliotecas
particulares, bibliotecas escolares, bibliotecas comunitárias, bibliotecas espe-
cializadas, bibliotecas infantis bibliotecas universitárias, bibliotecas digitais, só
para citar alguns.
As bibliotecas são todas iguais?
Que tal visitar o site
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bibliotecas?
Lá você encontrará as maiores informações sobre os diversos tipos de bibliotecas
Um exemplo de biblioteca digital, criada em 2004 e mantida pela Secretaria de Educação a Distância,
vinculada ao Ministério da Educação do Brasil, é o Domínio Público. O acervo é constituído por obras de
domínio público, ou seja, aquelas que não têm mais restrições impostas pelos direitos autorais ou que foram
devidamente cedidas pelos proprietários intelectuais da obra. Seu principal objetivo é promover o amplo
acesso às obras literárias, artísticas e científicas em textos, sons, imagens e vídeos (PORTAL...,2008).
As bibliotecas dos polos de apoio presencial para a educação a distância podem ser pensadas na mesma
perspectiva das bibliotecas universitárias uma vez que seu público é composto por alunos, professores e
funcionários envolvidos nas atividades de pesquisa e ensino de nível superior e seu acervo é pensado para
esta finalidade.
O propósito das bibliotecas do polo é ser o local onde estudantes, tutores, monitores, funcionários, entre
outras categorias de prováveis usuários terão acesso a um ambiente físico de estudo e a importantes fontes
de informação para o bom desempenho de suas atividades didático-pedagógicas. As condições de funcio-
namento dessas unidades nos polos são estratégicas para a viabilidade e qualidade dos cursos ofertados a
distância.
19EAD - CIAR/UFG/UAB
Para Refletir
“Não só de pão vive o homem. Eu, se tivesse fome e me encontrasse desamparado na rua, não pediria
pão;antes,pediriameiopãoeumlivro.Eeuatacoviolentamenteaosquesomentefalamdereivindicações
econômicas sem referir jamais às reivindicações culturais que é o que os pobres pedem a gritos. Está
certo que todos os homens comam, mas que todos os homens saibam. Que gozem todos os frutos do
espírito humano porque o contrário é convertê-los em máquinas a serviço do Estado, é convertê-los em
escravos de uma terrível organização social”– Federico Garcia Lorca, fragmento de um discurso proferido
à inauguração da Biblioteca de Fuentevaqueros (apud CALVO, 2005)
Tema 3 - Biblioteca Universitária
A biblioteca universitária tem um papel a ser desempenhado na for-
mação do aluno e no desenrolar das atividades dos demais atores en-
volvidos no processo de formação em nível superior (ensino, pesquisa
e extensão). Sua missão não se limita a organizar e dispor em estantes
enfileiradas as obras e documentos de que seu usuário precisa. Vai além.
Ela tem ao mesmo tempo função cultural, social e educativa.
Na sua função educativa, a biblioteca é mais que a extensão da sala
de aula. Pode ser pensada como um espaço de auto-aprendizagem e de
educação continuada. Espaço de descobertas e de confrontos de idéias
que levarão a construção de conhecimentos sólidos e a uma nova com-
preensão do mundo.
Ainda sob a perspectiva da biblioteca como espaço de aprendiza-
gem, algumas bibliotecas universitárias têm envidado esforços para
desenvolver em seus usuários competências informacionais indispen-
sáveis para agir em uma sociedade caracterizada como “sociedade da
informação”.
Ao se envolver no processo pedagógico de desenvolvimento de competências informacionais daqueles
que a ela se reportam, a biblioteca universitária também colabora para a formação de cidadão que sabe
como adquirir e usar o conhecimento para que possa exercer seus direitos e deveres. No contexto atual, é
sabido que o acesso à informação é condição fundamental para o exercício da cidadania. O exercício da
cidadania pressupõe que se tenha, no mínimo, conhecimento dos deveres e direitos fundamentais de cada
pessoa.
A biblioteca universitária exerce ainda um importante papel na inclusão digital. É comum que esta unida-
de, principalmente aquela vinculada à instituição pública de ensino superior, abra suas portas não somente
para o público de sua instituição, mas para alunos e professores de escolas de ensino médio e superior, seja
da rede pública ou privada, e para as comunidades geograficamente próximas ao local de seu funciona-
mento. As comunidades vizinhas, em muitos casos, procuram a biblioteca atraídas pela possibilidade de
utilização da Internet.
Cultura e bibliotecas são, para muitos, termos indissociáveis. A maioria significativa das bibliotecas uni-
versitárias dispõe de espaços culturais que visam promover talentos, sensibilizar e propiciar o contato do
usuário com as diversas manifestações e representações artístico-culturais locais ou nacionais.
Para exercer todas as suas funções, a biblioteca universitária precisa constantemente criar mecanismos
de ação que despertem no seu usuário o interesse pela leitura, pelas descobertas e valoração de todas as
formas de representações e manifestações culturais como meios de buscar conhecimentos para o seu apri-
moramento contínuo.
Competência informacional: para que se
desenvolva a competência informacional,
é preciso “ter habilidades para encontrar,
avaliar, interpretar, criar e aplicar a infor-
mação disponível na geração de novos
conhecimentos.” (BELLUZZO et al. 2004,
p.95.)
20 Auxiliar de Biblioteca
Principais Atividades da Biblioteca Universitária
Para alcançar os propósitos para os quais foi estruturada, a biblioteca realiza uma
série de atividades, muitas das quais não são visíveis para o usuário. Durante o cur-
so, você terá oportunidade de conhecer três das principais atividades realizadas em
uma biblioteca e qual sua participação nestas atividades. São elas:
Planejamento e organização do espaço da biblioteca•  – essas são atividades de
natureza administrativa que visam estabelecer os objetivos a longo, médio e curto
prazo a serem alcançados pela biblioteca; criar condições para atingir estes objeti-
vos; e estruturar os espaços físicos para que estejam de acordo com a natureza da
unidade de informação;
Preparação do material para disponibilizá-lo aos usuários•  – este conjunto de
ações é conhecido no âmbito da Biblioteconomia como “Processamento técnico” e
envolve técnicas específicas para a descrição física do documento (catalogação), a descrição do conte-
údo (classificação e indexação) e o preparo mecânico do material (tombamento, identificação etc.).
Atendimento ao usuário•  – talvez esta seja a atividade fim da biblioteca, a atividade para a qual ela foi
constituída – atender com qualidade os seus usuários, prestando-lhes assistência adequada na busca
da informação, estruturando serviços para este propósito. Neste curso você terá oportunidade de
aprofundar seus conhecimentos no atendimento direto ao usuário através dos serviços de referência
e empréstimos.
Formação e desenvolvimento de acervo•  – o acervo de uma biblioteca é composto pelos mais varia-
dos tipos de documentos que ela disponibiliza para os seus usuários. Os tipos de documentos mais
comuns, no entanto, são os livros e as revistas científicas. Mas como esses variados tipos de documen-
tos passam a fazer parte do acervo de uma biblioteca? Quais são os procedimentos envolvidos na
formação e no desenvolvimento deste acervo?
Nesse módulo, daremos atenção especial aos procedimentos necessários para a Formação e Desenvol-
vimento de Acervo. O Processamento Técnico, o Atendimento ao Usuário e o Planejamento de Unidades de
Informação serão objetos dos módulos 2, 4 e 5 respectivamente.
Principais Serviços
A biblioteca tem por objetivo oferecer serviços aos usuários. Neste curso você terá oportunidade de
conhecer os seguintes serviços promovidos pela maioria das bibliotecas:
a. Consulta local ao acervo – normalmente, a consulta ao acervo é feita através do acesso ao catálogo
da biblioteca, onde se poderá consultar, por diversos campos, como autor, título, assunto, série e outros, a
existência do material de interesse do usuário. Em geral, o usuário de bibliotecas tem acesso livre à maioria
das coleções (Acesse o site do Sistema de Bibliotecas da UFG: www.bc.ufg.br). Algumas bibliotecas, porém,
podem fazer restrições quanto ao acesso ao acervo. Neste caso, o usuário poderá consultar o catálogo da
biblioteca para verificar a existência do material, anotar as informações para a localização dos materiais nas
estantes e solicitá-lo aos auxiliares de biblioteca.
b. Empréstimo domiciliar – O empréstimo é a única forma de retirada dos materiais da biblioteca. Para uti-
lizá-lo, o usuário precisa estar cadastrado na biblioteca e deve possuir vínculos com a instituição (professor,
aluno ou funcionário). O prazo para a devolução dos materiais é uma decisão administrativa e poderá variar
de acordo com as categorias e com o tipo de material solicitado.
c. Reserva e renovação de materiais – esses serviços podem ser solicitados pelo usuário no balcão de aten-
dimento da biblioteca ou podem ser feitos diretamente através do sistema automatizado da biblioteca me-
diante uso de senha e login.
Quais as atividades de uma Biblio-
teca Universitária? Curioso? Nestas
unidades você saberá a resposta.
21EAD - CIAR/UFG/UAB
d. Levantamento bibliográfico e acesso às bases de dados de pesquisa – este serviço consiste em identifi-
car, pesquisar e levantar informações no acervo da biblioteca, de outras Instituições e em bases de dados de
fontes/bibliografias (nacionais ou internacionais), sobre determinado assunto ou autor de interesse.
Atualmente, encontram-se disponíveis inúmeras bases de dados de livre acesso (gratuitas) ou de acesso
restrito. Neste último caso, é necessário utilizar senhas ou autorizações prévias fornecidas normalmente pela
biblioteca de onde a pesquisa está sendo realizada.
A UFG disponibiliza através do Portal de periódicos da Capes acesso a várias bases de dados internacionais
de textos completos de artigos de mais de 2400 revistas internacionais, nacionais e estrangeiras, além de ba-
ses de dados com referências e resumos de documentos em todas as áreas do conhecimento. Faz também
indicações de importantes fontes de informação com acesso gratuito na Internet.
Este serviço pode ser feito diretamente pelo usuário ou pode ser solicitado ao bibliotecário do setor de Re-
ferência da Biblioteca.
e. Treinamento de usuários – O treinamento de usuários é um serviço muito importante oferecido pela bi-
blioteca com o objetivo de orientar alunos, professores, funcionários sobre a melhor forma de utilização dos
produtos, serviços e acervo. É oferecido a partir do momento em que o usuário é cadastrado no sistema, sen-
do realizado de forma individual ou em grupo, mediante agendamento com o bibliotecário responsável.
f. Divulgação de novas aquisições – Esse serviço tem como objetivo divulgar, através de boletins eletrôni-
cos enviados diretamente aos usuários ou impressos, informações sobre os novos materiais bibliográficos
adquiridos pela biblioteca e que já se encontram à disposição para serem utilizados, com a finalidade de
promover o uso junto aos usuários. Além do boletim é importante que a biblioteca realize exposições com
as novas aquisições, de preferência em local visível e próximo aos usuários.
Você terá oportunidade de aprofundar seus conhecimentos sobre os serviços oferecidos em bibliotecas
ao realizar o módulo 4. Mas nada impede que você familiarize com os serviços prestados pelo Sistema de
Bibliotecas da UFG, visitando o site: www.bc.ufg.br.
Aproveite o próximo tópico. Ele será im-
portante para os processos de aquisição
de materiais que farão parte do acervo da
Biblioteca.
22 Auxiliar de Biblioteca
Tema 4 - Formação e desenvovimento de acervos
O acervo de uma biblioteca é constituído por diferentes tipos de documentos que ficam, de uma maneira
geral, disponíveis para o atendimento das necessidades de informação dos usuários. O Auxiliar de Biblioteca
deve procurar conhecer as características básicas de cada um deles para que saiba realizar com efetividade
suas funções na biblioteca. Muitas vezes, a biblioteca possui um acervo considerado bom, porém, em algu-
mas circunstâncias pode não atender às necessidades de informação e de estudo dos usuários. Por isso, é
importante que o acervo seja constituído de forma criteriosa, considerando a política de formação e desen-
volvimento de coleções definidas pelos bibliotecários. Esta política deve contemplar questões básicas que
fazem parte da cadeia documental, desde a escolha (seleção) dos documentos que farão parte do acervo,
passando pelos processos de aquisição, avaliação e descarte dos materiais, conservação e restauração de
documentos.
Todo o profissional que atua em uma biblioteca universitária deve conhecer a política e os procedimen-
tos relacionados ao processo de formação e desenvolvimento de coleções. Isto os ajudará a compreender,
identificar e encaminhar as demandas dos seus usuários.
Seleção dos documentos
Nem sempre todos os materiais que chegam à biblioteca necessariamente atendem qualitativamente as
demandas dos usuários. Por isso, os bibliotecários realizam atividades de seleção dos materiais com base em
algumas questões, como:
Estes materiais atendem aos usuários da biblioteca?• 
É relevante e atende aos objetivos da biblioteca?• 
Algumas fontes de informação podem ser utilizadas para apoiar as atividades de seleção, como a consul-
ta aos catálogos de editores, resenhas de jornais e revistas, recebimento de sugestões de professores, alunos
ou funcionários da instituição, usuários em geral, visitas a livrarias ou sites de editores, bibliografias sobre
temas específicos.
Visto por esse ângulo, a seleção pode ser considerado como um processo intelectual que consiste em
escolher os documentos que a Biblioteca deseja adquirir e incorporar no acervo. Tem início a partir do mo-
mento em que o responsável pela Biblioteca precisa tomar a decisão se um determinado material poderá ou
não fazer parte do acervo, e por isso deve ser feito por um profissional experiente.
Uma vez selecionado o que se pretende adquirir, o passo seguinte é observar os procedimentos institu-
ídos pela Biblioteca em relação à política de aquisição dos materiais. A política deve ser adequada e bem
definida para evitar equívocos nessa etapa.
Aquisição
Imagine que você está em uma biblioteca universitária e ao atender um professor ele solicita que a biblioteca
adquira um determinado material.
Como proceder?
Como a biblioteca poderá adquirir o material?
Há formas diferentes de adquirir os documentos?
Aquisição
22 Auxiliar de Biblioteca
A qualidade do acervo de uma biblioteca se mede pela capacidade da biblioteca em atender as necessi-
dades dos usuários e não pela quantidade de exemplares armazenados.
A aquisição é o procedimento que permite adquirir o material solicitado, de forma a atender as deman-
das dos usuários e os objetivos da biblioteca.
23EAD - CIAR/UFG/UAB
Compete ao setor de aquisição da Biblioteca estabelecer uma política de aquisição bem definida para
que a escolha dos materiais não seja feita ao acaso, mas em função de alguns critérios, como:
Relevância do material e atendimento às necessidades e demandas dos usuários;• 
Orçamento disponível para a compra e para o tratamento dos materiais adquiridos;• 
As prioridades a serem atendidas de acordo com os cursos;• 
Natureza da Biblioteca e dos serviços oferecidos aos usuários.• 
Formas de aquisição de materiais
A aquisição dos materiais pode ser feita envolvendo procedimentos comerciais ou não. Os procedimen-
tos comerciais envolvem a compra propriamente dita; os materiais são adquiridos através de contato com
fornecedores, produtores, editores ou livreiros.
Os materiais bibliográficos adquiridos de forma não comercial correspondem às doações e permutas, ou
seja, a troca de materiais produzidos entre as instituições, órgãos públicos, instituições em geral ou através
do próprio autor.
Avaliação e DescarteAvaliação e Descarte
Importante
Todos os materiais, independente da sua forma de aquisição, deverão ser encaminhados para recebi-
mento no setor de aquisição da Biblioteca para que sejam feitos os procedimentos internos de controle e
encaminhamento dos materiais adquiridos.
Você já deve ter observado que em uma biblioteca há diferentes tipos de
material, com características e finalidades diversas. Cada tipo de documento
possui também um ciclo de vida útil diferente, que é influenciado por diversos
fatores. O principal deles se refere ao tempo propriamente dito. Com o passar
dos anos muitos materiais disponíveis na biblioteca tornam-se obsoletos por
vários motivos, entre eles, podemos citar os próprios conteúdos que podem fi-
car desatualizados ou não atender mais aos seus usuários; e os danos causados
pelo excesso de utilização do material ou causados por agentes naturais, quími-
cos ou biológicos.
Diante desses fatos, é recomendável que periodicamente se realize proce-
dimentos de descarte dos documentos que já não são úteis à Biblioteca. Esse processo requer a definição
de critérios claros, estabelecidos pela equipe conforme avaliação feita em relação ao uso dos materiais,
a fim de que não haja prejuízos ao acervo e, consequentemente, ao usuário da biblioteca. Portanto, esse
procedimento requer cuidados e tomada de decisões acertadas para evitar que sejam descartados itens
importantes do acervo.
Atividades de planejamento que definam a política de descarte dos materiais, considerando o tempo
máximo de permanência das coleções não utilizadas nas estantes, acervos danificados ou obsoletos e de-
fasados são medidas fundamentais e necessárias neste trabalho. Pela importância da ação, esta deve ser
realizada ou acompanhada pelo bibliotecário responsável.
Uns materiais têm vida mais curta
que outros. Entre eles: os anuários,
repertórios e relatórios provisórios.
24 Auxiliar de Biblioteca
Oprocessodedescarteobjetivaretirardoacervomateriaisquejánãosãoúteisparaatenderàdemanda
da Biblioteca, seja por questões relacionadas ao conteúdo ou às condições físicas apresentadas pelos
documentos, em especial quando muito danificados, sem condições de uso ou de recuperação. É preciso
estabelecer critérios para o descarte considerando a utilidade, o valor histórico e o grau de atualização
do documento.
Uma vez retirados do acervo para descarte, os procedimentos técnicos relacionados ao controle das bai-
xas deverão ser informados às pessoas responsáveis pela manutenção das coleções para que sejam realiza-
das as operações de baixa no registro de cada um deles.
Conservação de documentos
Dentre as atividades consideradas fundamentais para a gestão adequada do acervo em Bibliotecas, des-
tacam-se aquelas relacionadas à conservação dos documentos, em seus diversos formatos. A conservação
preventiva garante o uso mais prolongado e custos mais baixos de reparação do acervo. Por isso é funda-
mental que o Auxiliar de Biblioteca apóie e adote as ações voltadas para a prevenção de danos no acervo,
orientando os usuários quanto ao uso correto do documento, zelando pela disposição correta nas estantes,
observando e sendo proativo em relação a possíveis ataques de fungos, insetos, excesso de exposição à
luminosidade e outros agentes que possam diminuir a vida útil do documento.
É importante que a biblioteca estabeleça medidas de proteção
para o seu acervo, reunidas em uma política de conservação.
Uma boa política de conservação inclui o combate aos agentes químicos,
biológicos, físicos e outros relacionados ao próprio manuseio constante dos
documentos. A biblioteca deve adotar periodicamente medidas de controle
e prevenção para evitar que o acervo seja danificado ou deteriorado precoce-
mente. Uma boa política de conservação prevê o controle e o combate a dete-
rioração causada por agentes químicos, biológicos, físicos, animais e humanos
e outros relacionados ao próprio manuseio constante dos documentos.
Algumas medidas podem ser adotadas para prevenir a deterioração dos documentos. Estas medidas
incluem:
Controle da temperatura ambiente adequada (aproximadamente 23 graus), por meio da utilização de• 
aparelhos de climatização;
Limpeza constante dos documentos e do mobiliário para evitar o ataque de insetos;• 
Controle da luz com o uso de persianas ou cortinas especiais, por exemplo, a fim de evitar a exposição• 
direta da luz solar;
Combate a insetos e microorganismos, por meio da utilização de fungicidas adequados;• 
Armazenagem adequada dos materiais na forma vertical para evitar danos físicos nos materiais;• 
Procedimentos de encadernação do material danificado;• 
Realizar e manter campanhas de orientação quanto ao uso correto dos documentos.• 
Esta última medida é muito importante, pois estabelece relações de parcerias entre a Biblioteca e os usu-
ários, o que garante maior compromisso de que os materiais não serão intencionalmente danificados.
25EAD - CIAR/UFG/UAB
Restauração de documentos
Ações preventivas de conservação do acervo são importantes para evitar que os documentos passem
por processos de recuperação ou restauração. Porém, nem sempre é possível combater todos os agentes
que causam danos aos materiais. Neste caso, é necessário promover ações que recuperem ou restaurem os
documentos danificados.
A recuperação e a restauração de documentos exigem técnicas e habilidades específicas; alguns erros
nestes procedimentos podem causar maiores danos e efeitos irreparáveis aos materiais. É aconselhável que
sejam feitos por pessoas experientes, que dominem as técnicas relacionadas ao
trabalho.
Pequenos reparos podem ser feitos por pessoal treinado e com a utilização
de materiais adequados para o trabalho. Porém, é sempre necessário analisar o
material, observar as condições e estado físico, como: o tipo de encadernação
existente, a integridade da paginação e se o documento está completo para que
procedimentos de recuperação sejam adequados e planejados.
As técnicas mais avançadas de recuperação e restauração exigem profissionais com conhecimentos mais
especializados, equipamentos e materiais mais adequados ao trabalho. Nesse caso, se não houver nenhum
profissional habilitado na biblioteca para recuperar os documentos danificados, recomenda-se encaminha-
los para um profissional especializado.
Uma boa encadernação permite maior utilização e conservação dos documentos.
Para fazer pequenos reparos nos livros, tenha em mãos: cola plás-
tica, tesoura, papel de seda, pincel redondo para cola, cartolina
ou papelão de 100g e fita gomada.
Os principais agentes de deterioração são:
1) Os agentes físicos:
O próprio tempo, que deteriora os documentos;• 
A variação climática, principalmente em países muito quentes ou úmidos;• 
A falta de ventilação;• 
E o excesso de luminosidade.• 
2) Os agentes biológicos
Os microorganismos, (fungos e bactérias);• 
Insetos;• 
Roedores.• 
3) Os agentes químicos
A própria acidez da celulose;• 
A poluição.• 
4) A ação humana causada pela
Manipulação;• 
Circulação do documento.• 
Restauração de documentos
Ações preventivas de conservação do acervo são importantes para evitar que os documentos passem
Dicas
Para o manuseio dos materiais:
Manter as mãos limpas ao manusear os materiais;• 
Conservar os documentos em lugar seguro e limpo;• 
Não rasgar, riscar, dobrar, recortar páginas ;• 
Não utilizar clips metálicos para marcar páginas.• 
26 Auxiliar de Biblioteca
Tema 5 - Automação de bibliotecas
A informatização da biblioteca, iniciada no final da década de 60, al-
terou substancialmente a forma como as atividades, os serviços e produ-
tos de informação são estruturados, mantidos e oferecidos à comunida-
de. Os computadores e as redes de informação que se estabeleceram a
partir da conexão dessas máquinas são importantes aliados no processo
de acesso e democratização da produção cultural, científica e artística.
É inegável que a automação de bibliotecas tem proporcionado diver-
sas vantagens quando comparada com os processos manuais anterior-
mente vigentes no ambiente organizacional. Mas, ao mesmo tempo, a
automação de uma unidade de informação se mostra uma tarefa com-
plexa e envolve determinados desafios que demandam um planejamen-
to sistemático do processo. É necessário avaliar e escolher entre os inú-
meros softwares existentes no mercado, tanto comerciais quanto livres,
aquele que melhor atende as especificidades daquela biblioteca.
A escolha de um software para automação da biblioteca faz-se com
base em certos critérios como características gerais do software, os mó-
dulos oferecidos (circulação, catalogação, relatórios estatísticos, etc), uti-
lização do protocolo Z39.50 e do padrão bibliotecário (AACR2, ABNT,
MARC). Além desses critérios, para sugerir um software para as biblio-
tecas dos polos de ensino a distância parceiros da UFG, levaram-se em
consideração também as questões econômicas. Assim, a opção por um
software livre torna-se atraente.
Observados os critérios, o OpenBiblio mostrou-se satisfatório para o
gerenciamento de base de dados bibliográficos para os polos de ensino
a distância.
Protocolo Z39.50: protocolo de comuni-
cação entre computadores desenvolvido
para permitir pesquisa e recuperação de
informação (textos completos, dados bi-
bliográficos, imagens, multimeios, entre
outros) em redes de computadores distri-
buídos.
AACR2: O código Anglo Americano de
Registros Catalográficos – peça chave no
processamento técnico de material biblio-
gráfico, tem como objetivo a normalização
internacional da catalogação. A última
atualização do código ocorreu em 2005.
Está previsto para 2008 o AACR3, sob a de-
nominação de Resource Description and
Access – RDA.
ABNT: conjunto de normas cujo objetivo
é uniformizar o formato de apresentação
da publicação.
MARC: O Machine Readable Cataloging é
um conjunto de códigos que torna o for-
mato de descrição catalográfica descrito
no AACR legível para o computador. O For-
mato MARC é muito utilizado no mundo
todo. O MEC exige que os sistemas infor-
matizados das bibliotecas brasileiras utili-
zem o MARC.
Uma das alternativas cada vez mais confiáveis, e destinada à informatização das bibliotecas é adoção de
software livre de código-fonte aberto, também conhecido como software livre (free software) ou fonte
aberta (open source) uma opção que tem conquistado significativo espaço no mercado das tecnologias
da informação, merecendo atenção dos paises em desenvolvimento. (SILVA, 2007).
O software Openbiblio
Diversas atividades e serviços da biblioteca podem ser automatiza-
dos utilizando softwares livre. O OpenBiblio é um bom exemplo.
O Openbiblio é um software livre que inclui em seu pacote um Catálogo de
acesso aberto (OPAC) para consultas on-line do material inserido na base de da-
dos e Módulos de administração de circulação, catalogação, relatórios. O fator fun-
damental para a escolha do Openbiblio para os propósitos deste curso foi, além
do que ele oferece, a utilização do protocolo Z39.50 e do padrão bibliotecário
(AACR2, ABNT, MARC). Todas as telas estão traduzidas para o português.
A seguir apresentamos brevemente as opções oferecidas pelo OpenBiblio em
cada um de seus módulos.
27EAD - CIAR/UFG/UAB
OPAC e Páginas de Resultado de Buscas :1.
Online Public Access Catalog (OPAC) .a)
Resultado de Busca .b)
Conceitos gerais para administração da biblioteca:2.
Entendendo as mudanças de status da bibliografia.a)
Entendendo o código de barras .b)
Página de Circulação:3.
Página de Procurar Membros (Página inicial de Circulação).a)
Página de Informações do membro.b)
Visualizando Código de Barras.c)
Empréstimo.d)
Página de Catalogando:4.
Nova Bibliografia e Editar Basic.a)
Novo Exemplar e Editar Exemplar.b)
O OpenBiblio oferece também a possibilidade de emissão de diversos tipos de relatórios das atividades
realizadas. Esses relatórios podem ser ferramentas importantes para o administrador da biblioteca estrutu-
rar ações que levam à melhoria dos serviços e produtos oferecidos ao usuário.
Os relatórios padrões são (MANUAL, 2007):
Busca de exemplar.a)
Balanço de devolução por usuário.b)
Balanço de devolução por documento.c)
Bibliografia mais utilizada (popular).d)
Lista de membros com débitos na biblioteca (atrasos).e)
Reservas realizadas pelos membros.f)
No nosso encontro presencial e nos módulos subsequentes, você terá a oportunidade de aprofundar
seus conhecimentos sobre o software que será uma ferramenta importante no seu dia-a-dia na biblioteca
em que você irá atuar.
Nesse módulo, você aprenderá como excluir do catálogo de sua biblioteca aquele material que foi sele-
cionado para o descarte.
Exclusão de registros na base de dados
Lembra-se da necessidade de fazer o descarte de material bibliográfico que não aten-
de mais as necessidades dos usuários? Pois bem, após selecionar e aprovar os itens a
serem encaminhados para descarte, o próximo passo consiste em dar baixa do item no
catálogo da biblioteca. Para realizar esta etapa:
Acesse o sistema OpenBiblio.• 
Selecione a opção “Catalogando”. Esta opção permitirá a inserção de novo item bi-• 
bliográfico ou a busca de itens já inseridos, conforme a seguinte tela:
O CIAR instalou e configurou o OpenBiblio no servidor
web UFG. Você terá acesso a ele via internet pelo endereço:
http://openbiblio.ciar.ufg.br/home/index.php
28 Auxiliar de Biblioteca
Fonte: Manual de instalação openbiblio
Legenda: 38 – busca por código de barra; 39 – busca por título, autor ou assunto; 40 – busca um item biblio-
gráfico; 41 - Inserção de novo item bibliográfico; 42– importação de formato marc
Em seguida, selecione a opção “busca um item bibliográfico”. A busca poderá ser por título, autor ou• 
código de barra. Após informar qualquer uma dessas informações, entraremos na tela de Resultado
da Pesquisa.
Fonte: manual de instalação do openbiblio, p.47
29EAD - CIAR/UFG/UAB
Ao clicar em cima do nome da bibliografia selecionada, aparecerão as seguintes opções:“Informações• 
da bibliografia; Editar Basic; Editar Marc; Novo Exemplar; Pedidos de reserva; Apagar; Nova Bibliografia
por comparação”. Selecione a opção“Apagar”. Surgirá a seguinte tela:
“Caso a bibliografia tiver exemplares cadastrados, não será permitida a exclusão.
Será necessário voltar para a tela de informações da bibliografia para excluir cada
exemplar [...]. Aparecerá a pergunta para a confirmação da exclusão. Caso positivo
clique no botão “Apagar”. Caso for necessário cancele o processo de exclusão de
voluntários, clicar em Cancelar.”(MANUAL, 2007).
Pronto! O item foi excluído do catálogo da
biblioteca.
30 Auxiliar de Biblioteca
Tema 6 - Direitos Autorais
Não poderíamos concluir este módulo sem apresentar algumas considerações sobre direitos autorais.
Esta é uma questão fundamental uma vez que os serviços de fotocópias oferecidos pelas bibliotecas não
devem passar ao largo dos aspectos legais envolvidos em tais práticas e, como profissionais da informação,
o bibliotecário e os auxiliares de bibliotecas devem estar atentos tanto aos direitos dos usuários quanto aos
dos autores. Nas palavras de Calvo (2004),“Creio não haver nada que possa melhor defender os direitos dos
autores que as bibliotecas”.
Enquanto realiza o seu trabalho na Biblioteca, você verifica que muitos documentos adquiridos possuem
um símbolo ©, seguido de informações de data, autor ou editor.
Este símbolo indica que o documento tem sua re-
produção restringida pelo copyright (direito à cópia),
uma dos aspectos do direito autoral.
O direito autoral é um dispositivo legal que prote-
ge o autor, tanto em âmbito moral quanto material, de
possíveis perdas relacionadas ao uso indevido de al-
guma obra. Indica restrição de reprodução de alguns
documentos. Mas não se pode confundir direito autoral com copyright.
O criador de uma obra sempre detém a “paternidade” de sua produção
intelectual e pode repassar o copyright para terceiros. É o que acontece,
por exemplo, com autores de trabalhos científicos que, em muitos casos,
cedem o copyright para editoras comerciais de revistas científicas como
a Nature ou Science, por exemplo.
Apesar de recomendável não é necessário registrar a obra para que
ela passe a ser legalmente protegida. A sua simples criação já é suficiente
para que seu criador usufrua os direitos autorais de sua obra. O registro
pode ser requerido junto a Escola Nacional de Belas Artes, a Biblioteca
Nacional, Escola de Música - UFRJ - MEC, Escola de Belas Artes - UFRJ -
MEC, Secretaria para o Desenvolvimento Audiovisual - SDAV, Esplanada
dos Ministérios, Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agrono-
mia - CONFEA, Instituto Nacional de Propriedade Industrial - INPI.
São passíveis de proteção legal as obras literárias e artísticas (roman-
ces, poemas, peças de teatro, filmes, trabalhos musicais, desenhos, pin-
turas, fotografias, esculturas e desenhos arquitetônicos); programas de
rádio e televisão e programas de computador.
Mas os direitos do autor não podem se resumir a uma“mera questão
econômica” e legal, defende Calvo. Segundo ela, todo escritor / autor
teria direito a:
Formar-se leitor;1.
Tornar-se criador;2.
Fazer-se conhecer;3.
Ser lido;4.
Perdurar;5.
Fazer parte do“corpo cultural”;6.
Estar em permanente diálogo com os leitores e outros criadores;7.
Obter o respeito da comunidade;8.
Agregar valor às suas obras;9.
Obter uma compensação financeira por seu trabalho.10.
O que significa este ©?
Copyright – direito de reprodução do
documento, da exploração comercial da
obra.
Direito autoral – direito de autoria, de
produção intelectual.
31EAD - CIAR/UFG/UAB
Limitações do direito autoral no Brasil
Mesmo caracterizado como um monopólio, a legislação brasileira (Lei 9.610/98) prevê limitações dos
direitos autorais. Estas limitações são tratadas no capítulo IV da lei.
Assim, não constitui ofensa aos direitos autorais“a reprodução de obras literárias, artísticas ou científicas,
para uso exclusivo de deficientes visuais, sempre que a reprodução, sem fins comerciais, seja feita mediante
o sistema Braille ou outro procedimento em qualquer suporte para esses destinatários”. (Lei 9.610/98, Art 46)
É permitida também a reprodução, em um só exemplar, de pequenos trechos, para uso privado do copista,
desde que feita por este, sem intuito de lucro. A utilização de trechos de qualquer obra para fins de estudo é
possível desde que sejam indicados (citados) o nome do autor e da obra da qual a parte citada foi retirada.
LEGISLAÇÃO
1. Nacional: www.planalto.gov.br
•  Lei 9.610/98 na íntegra
2. Internacional: www.wipo.int e www.upov.int
Resumo do Módulo 1
O módulo 1 do curso de Capacitação de Auxiliares de Biblioteca para os polos de Educação a Distância
da UFG abordou as principais questões relacionadas à Biblioteconomia e à Biblioteca universitária, com ên-
fase na estrutura, função, principais serviços, dinâmica e prática diárias que envolvem o fazer e as decisões
profissionais.
Nesse estudo, fizemos também uma discussão sobre a função e papel dos profissionais da informação
que atuam nas bibliotecas, pois entendemos que é importante que você, ao atuar nas bibliotecas dos polos,
seja também capaz de compreender os diferentes papéis desempenhados pelos Auxiliares de Biblioteca e
pelo Bibliotecário, sendo este último, o gestor dos processos relacionados aos procedimentos técnicos e
administrativos na biblioteca.
Você teve oportunidade ainda de conhecer o OpenBiblio, software de automação de bibliotecas escolhi-
do para implantação nos polos de ensino a distância que dão apoio ao CIAR/UFG.
Referências
BELLUZZO, R. C. B. Formação contínua de professores do ensino fundamental sob a ótica do desenvolvimen-
to da Information Literacy, competência indispensável ao acesso à informação e geração do conhecimento.
Transinformação. Campinas, v. 16, n. 1, p. 17-32, jan./abr., 2004.
BUSHA, Charles H. The attitudes of Midwestern public librarians toward intellectual freedom and censorship.
[s.n]: [Bloomington, Ind., 1972.]
CALVO, Blanca. Las bibliotecas y los derechos de los autores. Noticias.com, 2005. Disponível em: <http://
www.noticias.com/articulo/08-02-2005/carlos-usua-pena/bibliotecas-y-derechos-autores-4dla.html>.
Acesso em: 07 nov. 2005.
CARVALHO, Kátia. O Profissional da Informação: O Humano Multifacetado
DataGramaZero - Revista de Ciência da Informação - v.3 n.5 out/02
CECCHINI, Isabel. Casa do Manuscrito. www.casadomanuscrito.com.br/casa/ curio_05.htm. Acessado em
09/10/2008
FERREIRA, Rubens da Silva. Auxiliares de biblioteca e trabalho informacional: desafios e possibilidades
para o Sibi/UFPA. Ci. Inf. vol. 35 no.1 Brasília Jan./Apr. 2006 Disponível em http://www.scielo.br/scielo.
php?pid=S0100-19652006000100011&script=sci_arttext Acessado em Out 2008.
FONSECA, Edson Nery. Introdução à Biblioteconomia. São Paulo: Pioneira, 1992.
GUINCHAT, Claire. Introdução geral às ciências e técnicas da informação e documentação. Brasília: IBICT, 1994.
32 Auxiliar de Biblioteca
MANUAL de Instruções do Openbiblio. Faculdade de Tecnologia da Zona Leste - FATEC – ZL, 2007.
MILANESI, Luís. Biblioteca. São Paulo: Ateliê Editorial, 2000.
NORUZI, Ali Reza. Aplicação das Leis de Ranganathan a WEB. ExtraLibris Revista. 2005. Disponível em http://
extralibris.org/revista/aplicacao-das-leis-de-ranganathan-a-web/ Acessado em 15/10/008
ORIGEM do termo biblioteca: conceito, contextualização histórica, evolução da biblioteca pública em Portu-
gal. Disponível em http://princesasissi.blogspot.com/2006/09/origem-do-termo-biblioteca-conceito.html.
Acessado em 20/11/2008
PORTAL Domínio Público. Disponível em: <http://www.dominiopublico.org.br. Acesso em: 04 nov. 2008.
PRIVACIDADE na Internet: estamos perdendo essa batalha?, 2008. Disponível em http://wharton.universia.
net/index.cfm?fa=viewArticle&id=1542&language=portuguese&specialId=
SILVA, Divina Aparecida da; ARAÚJO, Iza Antunes. Auxiliar de Biblioteca. Brasília: Thesaurus, 1997.
SILVA, José Fernando Modesto. Software livre: modelos de seleção como subsídio à gestão bibliotecá-
ria. In: XIII CBBD, Brasília, 7 a 11 de Julho 2007. Disponível em http://www.eca.usp.br/prof/fmodesto/
textos/2007FMODESTOCBBD.pdf acessado em 12 de Nov/2008.
SPITZ, Eva. Uma maravilhosa história das bibliotecas. November 15th, 2003. Disponível em http://biblio.cru-
be.net/?p=223, acessado em 13 de outubro de 2008.
33EAD - CIAR/UFG/UAB
35EAD - CIAR/UFG/UAB
Módulo 2
Processamento técnico
Carga horária: 30 horas
Arnaldo Alves Ferreira Júnior
Bibliotecário-documentalista, supervisor de processamento técnico do Instituto Fe-
deral de Educação, Ciência eTecnologia de Goiás; Professor do curso de Bibliotecono-
mia da Universidade Federal de Goiás, mestrando do Programa de Pós-Graduação em
Comunicação da UFG.
E-mail: arnaldojunior@ifgoias.edu.br
Telefone: (62) 3227-2750
Currículo Resumido do(a) autor(a)
36 Auxiliar de Biblioteca
O principal objetivo do Módulo de Processamento Técnico é proporcionar a compreensão das etapas que
constituem o preparo dos livros para uso na biblioteca. Aqui serão mostradas as três principais fases pelas
quais passa o livro, desde o momento em que se deve identificar o seu conteúdo, cadastrar os dados do livro
no sistema de informática, carimbagem/colagem de etiquetas, até que, finalmente, o livro fica pronto para
que o usuário possa utilizá-lo.
Apresentação do Módulo 2
Objetivos do Módulo 2
Roteiro do Módulo 2
Neste módulo, refletiremos sobre os procedimentos realizados pela biblioteca para pro-
cessar e preparar tecnicamente os materias para serem utilizados pelos usuários. Para tal,
o módulo está estruturado em três unidades: Organização e distribuição dos materiais da
biblioteca por áreas de conhecimento; Inserção e manutenção de registros bibliográficos
utilizando o sistema OpenBiblio; Preparo mecânico de materiais.
Aproveite bem esta oportunidade!
Olá!
Bem-vindo(a) ao módulo 2 do curso de Capacitação de Auxiliares
de Bibliotecas para os polos de Educação a Distância da UFG.
Temática Conteúdo
1 Organização e distribuição dos materiais da biblioteca por áreas de conhecimento
1) Sistema de classificação do conhecimento: histórico, evolução, principais conceitos.
2) Organização dos conhecimentos no sistema CDU: Índice, Tabelas Principais e Tabelas
Auxiliares.
2 Inserção e Manutenção de registros bibliográficos utilizando o sistema OpenBiblio
1) Catalogação:
Origens.• 
Principais conceitos.• 
Padrão internacional de descrição bibliográfica (ISBD).• 
Principais Códigos de Catalogação Utilizados no Brasil.• 
2) Manutenção do Catálogo On-line da Biblioteca.
3 Preparo Mecânico de Materiais
1) Conhecendo as partes do Livro.
2) Carimbagem de materiais informacionais.
3) Colagem de bolso.
4) Etiquetagem do material.
5) Noções de registro.
37EAD - CIAR/UFG/UAB
Todos(as) Animados(as)?
Claro que sim!
Temática 1
Organização e distribuição de material bibliográfico por áreas
de conhecimento
Carga horária: 10 horas
Nessaunidadevocêiráconhecerumpoucosobreosconteúdosreferentesaoes-
tudo dos Sistemas de Classificação. Com certeza você já deve ter se perguntado
como as bibliotecas organizam aquela quantidade imensa de livros e outros ma-
teriais. É justamente classificando tudo por áreas do conhecimento que a organi-
zação das bibliotecas se torna possível.
Inicialmente, será apresentado um breve histórico dos sistemas de classificação
e os conceitos da área, para que você compreenda a terminologia técnica espe-
cífica relacionada ao assunto. Em seguida, entraremos no conteúdo referente ao
sistemapropriamentedito,comoestáorganizado,eéclaro,haveráexercíciospráticosparaassegurarquevocêcom-
preenda o máximo possível da unidade.
Ao final dessa temática, você deverá ser capaz de compreender como o conhecimento humano está devi-
damente organizado em grandes classes, e distribuir os materiais de sua biblioteca de acordo com essas
classes, tornando possível uma perfeita organização.
38 Auxiliar de Biblioteca
Tema 1 - Sistema de classificação do conhecimento: Histórico,
Evolução, Principais Conceitos
1. Sistema de Classificação Decimal Universal
A classificação do conhecimento humano sempre foi um desafio para os
filósofos, de um modo geral, e para os bibliotecários enquanto organizado-
res do conhecimento produzido por uma determinada sociedade.
No âmbito da biblioteconomia, os sistemas de classificação são artifícios en-
contrados para representar de forma mais fácil e eficiente o conteúdo de deter-
minadodocumento,comoobjetivoderecuperarmanualouautomaticamentea
informaçãoqueousuáriosolicita(TRISTÃO,2004).Dentreossistemasmaisconhe-
cidoseutilizados,estáosistemadeclassificaçãouniversal.
O início do desenvolvimento do que conhecemos hoje por Sistema de
Classificação Universal, teve como precursores Paul Otlet (1869-1944) e seu
colega, Henri La Fontaine (1854-1943). Ambos trabalhavam em um índice bi-
bliográfico que arrolasse todas as informações publicadas, sob a orientação
do Institute International de Bibliographie - IIB (hoje a reconhecida Federação
Internacional de Informação e Documentação – FID).
Na busca por orientação para desenvolver um esquema de classifica-
ção, Otlet tomou conhecimento da Classificação Decimal de Dewey, 5ª
edição, de 1894, da qual conseguiu um exemplar. Estudando o sistema,
ficou impressionado com a riqueza de conteúdos e detalhes do material
e, escrevendo para Melvil Dewey, autor da Classificação Decimal que leva
seu nome, obteve autorização para a tradução de sua obra para a língua
francesa.
Impressionados com a capacidade do sistema, Otlet e La Fontaine
perceberam que a organização do conhecimento humano poderia ser
expressa internacionalmente através dos números, ou seja, quanto mais
números decimais utilizar, de forma mais específica pode-se representar a
informação, e ainda, que os números podiam ser compreendidos em qual-
quer idioma, facilitando assim a comunicação da informação.
O trabalho deixou de ser uma simples tradução. Recebeu várias inova-
ções, adaptações e complementos, passando a se constituir em um siste-
ma de classificação que permitiria aos bibliotecários especificar e direcio-
nar assuntos de forma bem mais objetiva, atendendo as necessidades dos
usuários.
Paul Otlet (1869-1944)
Fonte: www.mementoproduction.be/Otlet.htm
HenriLaFontaine(1854-1943)
Fonte:FUNDAÇÃONOBEL:http://nobelprize.org/
CLASSIFICAR significa organizar ob-
jetos ou idéias segundo determinados
critérios.
Classificação Decimal de Dewey - siste-
ma de classificação que deu origem ao
Sistema de Classificação Decimal Univer-
sal e cujo autor é Mevil Dewey.
ORGANIZAR, por sua vez, pode ser enten-
dida como a atividade voltada para arru-
mar de determinado modo; colocar em
certa ordem (SOUZA, 1998, apud TRISTÃO,
2004).
39EAD - CIAR/UFG/UAB
Tema 2 - Organização do conhecimento no sistema CDU: Índi-
ce, tabelas principais e tabelas auxiliares
A Classificação Decimal Universal (CDU) é um esquema internacional de classificação de conteúdos de docu-
mentos, ou seja, não serve para classificar apenas livros, mas também revistas, filmes, discos e materiais audiovi-
suais,entreoutros.Baseia-senoconceitodequetodooconhecimentopodeserdivididoem10classesprincipais,
e estas podem ser infinitamente divididas numa hierarquia decimal.
Osdocumentossãoclassificadosdeacordocomoassuntoaquesereferem,eéessequedeterminaonúmero
que lhes é colocado na lombada e em seguida, são arrumados na estante de acordo com o número de classe
atribuído. Exemplo:
55•  Geologia
32•  Política
61•  Medicina
9•  História
51•  Matemática etc.
Setomarmos,umaclasseprincipal,porexemploaclasse6,CiênciasAplicadas.Medicina.Tecnologia,poderemos
ver como esta se subdivide:
61•  Ciências médicas.
62 Engenharia.Tecnologia em geral.• 
63•  Agricultura. Silvicultura. Agronomia. Zootecnia.
64•  Ciência Doméstica. Economia Doméstica.
65•  Organização e administração da indústria, do comércio e dos transportes.
66•  Tecnologia química. Indústrias químicas.
67•  Indústrias e ofícios diversos.
68•  Indústrias, artes e ofícios de artigos acabados.
69•  Construção civil. Materiais de construção. Prática e processos de construção.
A subclasse 62 Engenharia subdivide-se por sua vez em:
620•  Engenharia em geral. Testes dos materiais. Energia.
621•  Engenharia mecânica.
622•  Engenharia de minas.
623•  Engenharia naval e militar.
624•  Engenharia civil e estruturas em geral. Infra-estruturas. Fundações. Construção de túneis e de pon-
tes. Superestruturas.
624•  Engenharia civil divide-se em áreas diferentes que podem por sua vez ser divididas novamente em
áreas ainda mais especializadas:
624.01•  Estruturas e elementos estruturais segundo o material e o processo de construção.
624.011•  Estruturas e materiais de origem orgânica.
624.012•  Estruturas de alvenaria.
624.012.45•  Estruturas de betão armado.
624.1•  Infra-estruturas das construções. Fundações. Construção de túneis.
624.2/.8•  Construção de pontes etc.
E assim infinitamente...• 
Com isso, Otlet e La Fontaine conseguiram implantar um grau maior de
detalhamento na organização dos assuntos dentro desse novo esquema
de classificação.
O resultado desse trabalho, em língua francesa, foi publicado pelo Ins-
titute International de Bibliographie – IIB, sediado em Bruxelas - no Pa-
lais Mondial, de forma preliminar em 1904, e foi denominada “Manuel du
Repertoire Bibliographique Universel” (Manual do Repertório Bibliográfico
Universal) e em 1907, surgiu a reimpressão desta edição do Repertório, em
forma de catálogo sistemático, sendo hoje a Classificação Decimal Univer-
sal - CDU, com aproximadamente 33.000 subdivisões.
40 Auxiliar de Biblioteca
Estrutura e Notação
A Classificação Decimal Universal – CDU - apresenta-se em dois volumes:
Parte 1 – Tabela Sistemática;• 
Parte 2 – Índice Alfabético.• 
A tabela sistemática, por sua vez, subdivide-se em outras duas tabelas: a tabela principal e as tabelas au-
xiliares. Faz uso de números arábicos que, depois de pesquisados, passam a formar a notação que é o código
(valor numérico) que representa os conceitos na classificação e expressa sua ordenação. Observando a CDU,
na pontuação de suas notações, esta acrescenta um ponto a cada grupo de três dígitos para facilitar a leitura,
não tendo, portanto, valor classificatório.
Tabela principal
A tabela principal é igualmente identificada como notação primária, lembrando que notação é o número
que está na tabela de classificação e que representa o assunto que se busca para classificar corretamente os
documentos. A base da CDU é constituída por nove classes específicas e uma classe geral, apresenta-se somen-
te com um algarismo arábico e na classe 4 – Lingüística, que foi incorporada na classe 8 – Literatura (em 1963),
deixando então, a classe quatro vaga para futuras expansões.
Veja como se distribui o conhecimento no Sistema CDU.
0. Generalidades. Informação. Organização.
01•  Bibliografias. Catálogos.
02•  Bibliotecas. Biblioteconomia.
03•  Livros de Referência: Enciclopédias, Dicionários.
04•  Ensaios, Panfletos, e Brochuras.
05•  Publicações Periódicas. Periódicos.
06•  Instituições. Academias. Congressos. Sociedades. Organismos Científicos. Exposições. Museus.
07•  Jornais. Jornalismo. Imprensa.
08•  Poligrafias. Poligrafias Coletivas.
09•  Manuscritos. Obras Notáveis e Obras Raras.
1. Filosofia. Psicologia.
11•  Metafísica.
133•  Metafísica da vida espiritual. Ocultismo.
14•  Sistemas e pontos de vista filosóficos.
159.1•  Psicologia.
16•  Lógica. Teoria do Conhecimento. Metodologia da Lógica.
17•  Filosofia Moral. Ética. Filosofia Prática.
2. Religião. Teologia.
21•  Teologia Natural. Teologia Racional. Filosofia Religiosa.
22•  A Bíblia. Sagradas Escrituras.
23•  Teologia Dogmática.
24•  Teologia Prática.
25•  Teologia Pastoral.
26•  Igreja Cristã em Geral.
27•  História Geral da Igreja Cristã.
28•  Igrejas Cristãs. Seitas. Denominações (Confissões).
41EAD - CIAR/UFG/UAB
29•  Religiões não-cristãs.
3. Ciências Sociais. Economia. Direito. Política. Assistência Social. Educação.
31•  Demografia. Sociologia. Estatística.
32•  Política.
33•  Economia. Ciência Econômica.
34•  Direito. Jurisprudência.
35•  Administração Pública. Governo. Assuntos Militares.
36•  Assistência Social. Previdência Social. Segurança Social.
37•  Educação.
38•  Metrologia. Pesos e Medidas.
39•  Etnologia. Etnografia. Costumes. Modas. Tradições. Folclore.
4. Classe vaga.
5. Matemática e Ciências Naturais.
50•  Generalidades sobre as Ciências Puras.
51•  Matemática.
52•  Astronomia. Astrofísica. Pesquisa Espacial. Geodésica.
53•  Física.
54•  Química. Mineralogia.
55•  Ciências da Terra. Geologia. Meteorologia.
56•  Paleontologia.
57•  Biologia. Antropologia.
58•  Botânica.
59•  Zoologia.
6. Ciências Aplicadas. Medicina. Tecnologia.
61•  Ciências Médicas.
62•  Engenharia. Tecnologia em Geral.
63•  Agricultura. Silvicultura. Agronomia. Zootecnia.
64•  Ciência Doméstica. Economia Doméstica.
65•  Organização e Administração da Indústria, do Comércio e dos Transportes.
66•  Indústria Química. Tecnologia Química.
67•  Indústrias e Ofícios Diversos.
68•  Indústrias, Artes e Ofícios de Artigos Acabados.
69•  Engenharia Civil e Estruturas em Geral. Infra-estruturas. Fundações. Construção deTúneis e de Pon-
tes. Superestruturas.
7. Arte. Belas-artes. Recreação. Diversões. Desportos.
70•  Generalidades.
71•  Planejamento Regional e Urbano. Paisagens, Jardins etc.
72•  Arquitetura.
73•  Artes Plásticas. Escultura. Numismática.
74•  Desenho. Artes Industriais.
75•  Pintura.
76•  Artes Gráficas.
77•  Fotografia e Cinema.
78•  Música.
79•  Entretenimento. Lazer. Jogos. Desportos.
42 Auxiliar de Biblioteca
8. Linguagem. Lingüística. Literatura.
80•  Lingüística. Filologia. Línguas.
81•  vaga.
82•  Literatura em Língua Inglesa.
83•  Literatura Alemã/Escandinava/Holandesa.
84•  Literatura Francesa.
85•  Literatura Italiana.
86•  Literatura Espanhola/Portuguesa.
87•  Literatura Clássica (Latim e Grego).
88•  Literatura Eslava.
89•  Literatura em outras Línguas.
9. Geografia. Biografia. História.
90•  Arqueologia; Antiguidades.
91•  Geografia, Exploração da Terra e Viagens.
929•  Biografias.
93•  História.
94•  História Medieval e Moderna em Geral. História da Europa.
95•  História da Ásia.
96•  História da África.
97•  História da América do Norte e Central.
98•  História da América do Sul.
99•  História da Oceania, dos Territórios Árticos e da Antártida.
Uma versão adaptada da tabela CDU encontra-se no anexo.
43EAD - CIAR/UFG/UAB
Tabelas auxiliares
As tabelas auxiliares apresentam-se em duas divisões: os sinais e as subdivisões auxiliares. O uso destas ta-
belas permite, além dos números simples, a construção de números compostos e sínteses. Os números simples
são qualquer número extraído da tabela principal ou auxiliar e citado isoladamente. Por exemplo: Brasil (81)
ou Medicina 61.
Os números compostos são os criados por síntese, ou seja, a composição feita com números extraídos de
mais de uma parte da tabela (principal ou auxiliar), que juntos formam uma notação de assunto. Por exem-
plo: Medicina no Brasil 61(81) ou Mineração e Metalúrgica 622 + 669.
Outros assuntos podem ainda ser encontrados nas tabelas auxiliares, como:
nomes de países (tabela auxiliar comum de lugar);• 
idiomas (tabela auxiliar comum de línguas);• 
a forma como o assunto se apresenta, se é um dicionário, uma enciclopédia ou um relatório etc. (ta-• 
bela auxiliar comum de formas);
raças e nacionalidades (tabela auxiliar comum de raça e nacionalidade), podem também mencionar o• 
tempo de que o assunto trata (tabela auxiliar comum de tempo);
e ainda tratar do ponto de vista sob o qual o assunto pode ser apresentado (tabela auxiliar comum de• 
ponto de vista).
Enfim, nas tabelas da CDU podemos classificar os assuntos de maneira completa e abrangente, passando
para os nossos usuários confiabilidade e segurança através de nossos serviços.
Sinais
Os sinais, apresentados na Tabela – Coordenação e Extensão e Tabela – Relação, Subagrupamento e Or-
denação são em número de cinco:
coordenação, representado pelo sinal de + (adição);• 
extensão, representado pela / (barra oblíqua);• 
relação, representado pelo sinal de : (dois pontos);• 
subagrupamento, representado pelos [ ] (colchetes) e• 
ordenação, representado pelos :: (dois pontos duplos).• 
Os sinais permitem a composição de números, atingindo um grau maior de especificidade e de recupe-
ração de assuntos.
Números de classificação utilizando os sinais de relação (:), coordenação (+) e extenção
consecutiva(/).
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Curso de capacitação de auxiliares de bibliotecas

  • 1. CURSO DE CAPACITAÇÃO DE AUXILIARES DE BIBLIOECA PARA OS POLOS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DA UFG Suely Gomes (org.) Goiânia 2009
  • 2.
  • 3. O curso está voltado para capacitação de auxiliares de bibliotecas que atuam nos pólos de apoio presen- cial para educação a distância dos municípios parceiros do CIAR/UFG/UAB. Reitoria da Universidade Federal de Goiás Pró-Reitoria de Graduação Centro Integrado de Aprendizagem em Rede Coordenador de Produção Cleomar Rocha Projeto Gráfico Elízeo Hamu Editoração Eletrônica Elízeo Hamu Ilustração Lucas França Borges Yannick Aimé Ferreira Taillebois Capa Yannick Aimé Ferreira Taillebois Revisão Linguística Raquel Queiroz de Almeida Suely Henrique de Aquino Gomes Revisão Pedagógica Daniela da Costa Britto Pereira Lima Revisão de Conteúdo Suely Henrique de Aquino Gomes C858 Curso de capacitação de auxiliares de bibliotecas para os polos de educação a distância da UFG / Suely Henrique de Aquino Gomes (org.). -- Goiânia : Centro Integrado de Apredizagem em Rede, Universidade Federal de Goiás, 2009. 148 p. : il. ISBN: 978-85-87191-12-0 Autores: Arnaldo Alves Ferreira Júnior, Cláudia Regina Ribeiro Rocha, Patricia Martins Pereira, Sheila Cristina Frazão, Tatiane Ferreira, Thalita Franco dos Santos. 1. Curso de auxiliar de biblioteca - EAD. 2. Biblioteca - Processamento tecnico - planejamento - atendimento ao usúario - fontes de informação. 3. Biblioteca universitária. I. Gomes, Suely H. Aquino. CDU 025 CDD 20ed 025
  • 4. 3EAD - CIAR/UFG/UAB SUMÁRIO Módulo 1 - A Biblioteca Universitária: Estrutura, Função e Dinâmica Tema 1 - Biblioteconomia ................................................................................................................................................. 10 Tema 2 - Bibliotecas ............................................................................................................................................................ 17 Tema 3 - Bibliotecas Universitárias .............................................................................................................................. 19 Tema 4 - Formação e desenvolvimento de acervo ............................................................................................... 22 Tema 5 - Automação de bibliotecas ............................................................................................................................. 26 Tema 6 - Direito Autoral .................................................................................................................................................... 30 Módulo 2 - Processamento técnico Temática 1 - Organização e distribuição dos materiais da biblioteca por áreas de conhecimento 37 Temática 2 - Inserção e Manutenção de registros bibliográficos utilizando o sistema OpenBiblio 48 Temática 3 - Preparo Mecânico de Materiais ........................................................................................................... 62 Módulo 3 - Fontes de Informação Tema 1 - Introdução às Fontes de Informação ........................................................................................................ 72 Tema 2 - Introdução às Fontes de Informação ........................................................................................................ 75 Tema 3 - Fontes de Informações Gerais ...................................................................................................................... 80 Tema 4 - A Avaliação de Fontes de Informação ...................................................................................................... 88 Módulo 4 - Atendimento ao usuário Tema 1 - Atendimento ao usuário ................................................................................................................................. 94 Tema 2 - Regulamento da biblioteca ........................................................................................................................... 99 Tema 3 - Serviço de empréstimo ................................................................................................................................... 101 Tema 4 - Serviço de referência ........................................................................................................................................ 104 Tema 5 - Biblioteca em uso .............................................................................................................................................. 106 Módulo 5 - Planejamento e Organização de Biblioteca Tema 1 - Administração de Bibliotecas ...................................................................................................................... 112 Tema 2 - Planejamento: conceitos, tipologias e elaboração ............................................................................. 115 Tema 3 - Diagnóstico da unidade informacional ................................................................................................... 120 Tema 4 - Relatórios estatísticos ...................................................................................................................................... 122 Tema 5 - Organização do espaço físico ....................................................................................................................... 127 Anexo Anexo ........................................................................................................................................................................................ 136
  • 5. 4 Auxiliar de Biblioteca Apresentação Caro(a) aluno(a), É com imensa satisfação que apresentamos a 1ª. edição do livro Curso de capacitação de Auxiliares de Bi- blioteca para os polos de Educação a Distancia da UFG. Resultado do esforço e dedicação de uma equipe de profissionais, professores e técnicos de diversas áreas que gentilmente compartilharam seus conhecimentos para o aprimoramento do produto final, este livro tem como princípio básico fornecer aos alunos e demais interessados no assunto uma síntese do funcionamento de uma biblioteca universitária: sua função social, dinâmica, estruturas, serviços, produtos e processos. O pleno funcionamento das bibliotecas dos polos é fundamental para a formação dos alunos que opta- ram pela modalidade de ensino a distância. A ACRL - Association of College and Research Library, no seu Gui- delines for Distance Learning Library Service, declara que“o acesso adequado aos recursos e serviços bibliote- cários é essencial para que os objetivos do ensino superior sejam atingidos, independente da localização de alunos, professores ou programas de ensino”. A portaria 301, de 7 de abril de 1998, normatiza, em âmbito nacional, os procedimentos de credencia- mento de instituições para oferta de cursos a distância. Esse instrumento estabelece como um dos requisi- tos para a autorização de funcionamento destes cursos a estruturação de biblioteca, conforme especificado no Artigo 3º., inciso IV: IV – descrição da infra-estrutura, em função do projeto a ser desenvolvido: instala- ções físicas, destacando salas para atendimento aos alunos; laboratórios; biblioteca atualizada e informatizada, com acervo de periódicos e livros, bem como fitas de áudio e vídeo.[grifo nosso]  A inclusão, por parte do MEC, da biblioteca como critério para se avaliar as condições de oferta dos cursos tradicionais, seja em nível de graduação, seja em nível da pós-graduação, é um indicativo da sua im- portância no contexto da formação de profissionais qualificados e da produção de novos conhecimentos. A exigência justifica-se pelo importante papel que as bibliotecas universitárias vêm cumprindo, ao longo de sua existência, no apoio às atividades de pesquisa, ensino e extensão desenvolvidas em suas respectivas instituições. Para cumprir suas funções, a biblioteca deve ser concebida como um espaço privilegiado de interação e encontro entre usuário e autor, entre o novo e o antigo, entre o científico e o cultural, entre o bibliotecário e os demais funcionários da biblioteca. Assim, toda a estrutura de uma unidade de informação deve estar orientada para uma perspectiva humana, e todos os produtos, serviços e procedimentos só fazem sentido quando as pessoas (funcionários, usuários e autores) são tomadas como o parâmetro estruturador. Uma das primeiras ações nessa direção é investir na qualificação da equipe que irá atuar na intermediação entre o usuário e a informação. Contar com auxiliares de biblioteca capacitados para desenvolver o traba- lho básico em uma biblioteca englobando processos relativos à organização informacional, processamento técnico dos materiais informacionais, atendimento a usuários, acompanhamento das ações administrativas e dos serviços prestados é fundamental. Assim, este livro foi organizado como material pedagógico para o curso de Capacitação de Auxiliares de Biblioteca e tem como público alvo o pessoal que atuará nas bibliotecas dos polos de apoio presencial para educação a distância dos municípios parceiros da UFG/UAB. O livro está estruturado em cinco módulos e teve como eixo norteador as atividades que são de respon- sabilidade do auxiliar de biblioteca, de acordo com a classificação brasileira de ocupações, elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Omódulo1,intitulado“Abibliotecauniversitária:estrutura,funçãoedinâmica”, abordaasprincipaisquestões relacionadas à Biblioteconomia, à biblioteca universitária e à função dos profissionais da informação que atuam nas bibliotecas (bibliotecários e auxiliares de biblioteca). São apresentados noções de direitos autorais e ética profissional, além de princípios de formação e desenvolvimento de acervo – uma das principais atividades de qualquer biblioteca. O módulo 2 volta-se para o processamento técnico: como organizar o acervo por área do conhecimento? Como inserir e manter o catálogo on-line bibliográfico da biblioteca? Como preparar o acervo adquirido para disponibilizá-lo nas estantes da biblioteca? Para capacitá-lo a responder tais questões, dividimos este módulo em três unidades: unidade 1: Organização e distribuição dos materiais da biblioteca por áreas de conhecimento;•  unidade 2: Inserção e manutenção de registros bibliográficos utilizando o sistema Openbiblio;•  unidade 3: Preparo mecânico de materiais. Esperamos, desta forma, possibilitar a compreensão neces-•  sária dos procedimentos técnicos corriqueiros de uma biblioteca. O objetivo do módulo 3 é desenvolver a reflexão crítica acerca das necessidades, da busca, acesso, avalia-
  • 6. 5EAD - CIAR/UFG/UAB ção e uso de fontes de informação no atendimento às demandas dos usuários por levantamentos bibliográ- ficos. São abordados temas relacionados à caracterização, classificação e tipologia de fontes de informação; noções relacionadas à natureza dos suportes informacionais, mecanismos para recuperar a informação de- sejada e por fim, os critérios utilizados para avaliação de fontes de informação. Ao final deste módulo, você estará apto a orientar o usuário sobre as diversas estratégias para recuperação da informação utilizada pelas diferentes fontes de informação. Segundo o sistema de classificação brasileira de ocupações, compete ao auxiliar de biblioteca atender ao usuário, o que implica: Orientar o usuário sobre o funcionamento, regulamento e recursos da unidade de informação.•  Emprestar material do acervo.•  Cadastrar o usuário.•  Controlar empréstimo, devolução, renovação e reserva de material.•  Auxiliar na editoração de trabalhos acadêmicos.•  Aplicar sanções ao usuário.•  Reservar material bibliográfico.•  Monitorar visitas à biblioteca.•  Localizar material no acervo.•  Atualizar o cadastro de usuários.•  Confeccionar o cartão de identificação do usuário.•  Participar do estudo das demandas existentes e potenciais.•  O módulo 4 foi elaborado especificamente com o objetivo de contribuir para a ampliação e consolidação de seus conhecimentos que resultem em um excelente atendimento aos usuários de sua biblioteca. Finalmente, o módulo 5 - Planejamento e Organização - apresenta conceitos, princípios e critérios para que você esteja apto a participar do planejamento e organização do espaço físico da biblioteca de seu polo. Por fim, desejamos que este material contribua para que você faça a diferença na unidade em que você irá atuar. Torcemos pelo seu sucesso! Profa. Suely Henrique de Aquino Gomes Coordenadora do Curso de Biblioteconomia FACOMB/UFG
  • 7.
  • 8. 7EAD - CIAR/UFG/UAB Módulo 1 A Biblioteca Universitária: Estrutura, Função e Dinâmica Carga horária: 10 horas Cláudia Regina Ribeiro Rocha Graduada em Biblioteconomia e Letras; pós-graduada em Administração do Ensi- no Superior; Gestão Estratégica em Marketing e Mestranda em Desenvolvimento Regional. Atualmente, coordena as Bibliotecas das Faculdades ALFA e atua como Bibliotecá- ria no Sistema de Bibliotecas da UFG. Tem experiência em gestão de serviços em bibliotecas universitárias; autora de livros na área de Normalização e Metodologia Científica. E-mail: claudiaregina.ribeiro@bol.com.br Telefone: (62) 3521-1152 Suely Henrique de Aquino Gomes Graduada em Biblioteconomia pela Universidade de Brasília; Mestre em Automação de bibliotecas pela University College London; Doutora em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília, com estágio de um ano na Loughborough University - Inglaterra. Professora do curso de Biblioteconomia e do Mestrado em Comunica- ção, Cidadania e Cultura, da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia da UFG. Atualmente, ocupa o cargo de coordenação do Curso de Biblioteconomia. E-mail: suelyhenriquegomes@gmail.com Telefone: (62) 3521-1348 Currículo resumido das autoras
  • 9. 8 Auxiliar de Biblioteca Apresentação do Módulo 1 Resumo do conteúdo do módulo Bem-vindos(as) ao estudo do Módulo 1: Biblioteca Universitária: estrutura, função e dinâmica. Você fez uma ótima opção ao participar deste Curso de Capacitação de Auxiliares de Bibliotecas para os Polos de Educação a Distância da UFG, que tem início com esta Unidade. Desejamos que aproveite bem esta oportunidade com participação efetiva nas dis- cussões e reflexões propostas! O módulo 1 do Curso de Capacitação de auxiliares de bibliotecas para os polos de Educação a Distância da UFG aborda as principais questões relacionadas à Biblioteconomia e à Biblioteca universitária, com ên- fase na estrutura, função, principais serviços, dinâmica e práticas diárias que envolvem o fazer e as decisões profissionais. Neste estudo, faremos também uma discussão sobre a função e papel dos profissionais da informação que atuam nas bibliotecas, pois entendemos que é importante que você, ao atuar nas bibliotecas dos po- los, seja também capaz de compreender os diferentes papéis desempenhados pelos auxiliares de biblioteca e o bibliotecário, sendo este último o gestor dos processos relacionados aos procedimentos técnico-administrativos na Biblioteca. Durante o estudo deste módulo, recomendamos que entre em contato conosco através de e-mail, dentro do ambiente virtual de aprendizagem através da ferramenta mensagem. Teremos o maior prazer em atendê-lo. Vamos lá?!
  • 10. 9EAD - CIAR/UFG/UAB Tema Conteúdo 1 Biblioteconomia: 2 Bibliotecas: 3 Biblioteca Universitária: 4 Formação e desenvolvimento de acervo 5 Automação de bibliotecas 6 Direito Autoral Roteiro do Módulo 1
  • 11. 10 Auxiliar de Biblioteca Tema 1- Biblioteconomia Biblioteconomia: Conceito, Origem e Função Social A biblioteconomia é considerada uma das profissões mais antigas da humanidade, mes- mo assim, não é muito conhecida pela maioria das pessoas. Ela surge da necessidade de re- produzir, organizar, preservar e dar amplo acesso à produção intelectual e cultural da socie- dade. Sua origem está atrelada ao desenvolvimento da escrita, do livro, do ensino superior (universidades) e da imprensa em uma sequência de avanços tecnológicos e culturais. Acredita-se que sua gênese remonta às atividades dos monges que se dedicavam à cópia dos manus- critos, conforme determinava a regra de S. Pacómio. Esta atividade era considerada um exercício espiritual; uma forma de os monges da Idade Média aprimorarem as virtudes e merecerem as graças divinas. “DuranteaIdadeMédiaolivroerapraticamen- te uma exclusividade da Igreja, todas as grandes abadias possuíam um scriptorium, onde eram confeccionados os manuscritos, desde a pre- paração do pergaminho até às ilustrações, que tinham fundamental importância, tanto como elemento decorativo como para representar gra- ficamente os textos” (CECCHINI, 2008). Biblioquê? Mas afinal, o que quer dizer Biblioteconomia? Scriptorium: significa “lugar para escre- ver”. Termo usado para designar a sala dos monastérios medievais europeus reser- vada para a copia dos manuscritos pelos escribas. Manuscrito: documento em pergaminho ou papel; livro escrito á mão. Pergaminho: o documento escrito em pe- les de cabra, cordeiro, carneiro ou ovelha. O termo biblioteconomia é composto dos elementos gregos biblíon (livro) + théke (caixa) + nomos (regra), que resulta no termo grego bibliothékenomos, ou “regras para depósito de livros”. Assim, a partir da formação etimológica do termo, a biblioteconomia foi, até recentemente, entendida como conjunto de regras voltado para a organização de livros em espaços físicos específicos denominados bibliotecas. Hoje, o termo não contempla mais de forma fidedigna as atividades e o espaço de trabalho do profissional, uma vez que a proliferação de suportes para o registro do conhe- cimento extrapola a noção de livros organizados em espaços fechados. Atualmente esses espaços recebem diversas denominações: centro de documentação, arquivos, centros de informação, bibliotecas, bibliotecas virtuais, bibliotecas eletrônica ou digital, etc. Essas de- nominações estão reunidas sob o termo genérico“unidades de informação”. Os avanços tecnológicos, científicos e sociais resultaram na produção de uma grande massa documen- tal, registrada nos mais variados suportes (livros, cds, vhs, dvds, etc) e em redes de informações complexas, cujo acesso torna-se difícil sem o auxílio de um profissional que faça o meio de campo entre a informação e aquele que dela precisa – o usuário.
  • 12. 11EAD - CIAR/UFG/UAB Desta forma, é possível definir a biblioteconomia como o campo do saber que se ocupa do desenvolvi- mento e aplicação de um conjunto de conhecimentos teóricos e técnicos para gerenciar os processos de armazenar, recuperar e disseminar informações em qualquer tipo de veículo ou formato de maneira ágil, eficaz e dinâmica, independentemente das denominações dos lugares constituídos para tal fim (bibliotecas, centros de documentação, instituições públicas ou privadas). A biblioteconomia é regida por alguns princípios conhecidos na área como Lei de Ranghanathan. Estas leis são expressas da seguinte forma: Os livros são para serem usados;•  Todo leitor tem seu livro;•  Todo livro tem seu leitor;•  Poupe o tempo do leitor;•  Uma biblioteca é um organismo em crescimento.•  Um pouquinho de história A escrita mais antiga é a ideográfica (representação gráfica de idéias), inscrita em pedras (6000 AC),•  ossos (1500 AC), placas de madeira encerada, barro (3000 AC), folhas de palmeira, linho e papiro (3500 AC). No séc. VI desenvolveram-se várias caligrafias ou estilos de letras nacionais.•  No século IV DC, o pergaminho tornou-se o suporte principal da escrita na Europa.•  Meados do séc. XVI, o papel substitui o pergaminho quase inteiramente, após a imprensa ter utilizado•  ambos como suporte da escrita. No séc. XIII, a indústria e comércio regular do livro começa a estruturar-se.•  A imprensa (Gutenberg) foi um avanço técnico que possibilitou a multiplicação, difusão e populariza-•  ção dos impressos e livros. A invenção de máquinas de escrever no séc. XIX facilitou o trabalho de composição.•  Fonte: (ORIGEM ..., 2008) Os profissionais da informação: bibliotecários, auxiliares de bibliotecas Em uma organização, ninguém trabalha sozinho. Na biblioteca não é diferente. Para cumprir a missão pela qual foi constituída, ela conta com uma equipe de profissionais para desenvolver suas atividades, estru- turar seus produtos, prestar seus serviços e manter o ambiente em condições adequadas para uso. Entre todos aqueles que trabalham na biblioteca, dois profissionais são devidamente capacitados para lidarem com o mundo informacional: o bibliotecário e o Auxiliar de Bibliotecas. Os profissionais da informação: bibliotecários, auxiliares de bibliotecas Você sabia que o primeiro curso de biblioteconomia foi criado em 1873, pela Escola de Chartes, na Fran- ça? O primeiro curso de Biblioteconomia do Brasil foi criado em 1911, pela Biblioteca Nacional, e teve início em 1915. Shiyali Ramamrita Ranganathan (1892-1972) foi um pensador indiano, professor de Matemática e é con- siderado o pai da Biblioteconomia? (NORUZI, 2005)
  • 13. 12 Auxiliar de Biblioteca O Bibliotecário: quem é? O que faz? A designação Bibliotecário é privativa dos Bacharéis em Biblioteconomia, a partir da promulgação da Lei nº 4084, de 30/06/1962, que dispõe sobre a profissão e regula seu exercício. Segundo esta lei, o bibliotecá- rio é um profissional liberal e está incluído no grupo 19 do plano da Confederação Nacional das Profissões Liberais. O Ministério do Trabalho e do Emprego classifica o bibliotecário na família dos Profissionais da Informação (código 2612) juntamente com os documentalistas e analistas de informação. Como se pode verificar na tabela“Profissionais da Informação”a seguir, diversas nomenclaturas são utili- zadas para designar o bibliotecário, sem, no entanto, se chegar a um consenso. Mas se não existe um acordo sobre a nomenclatura profissional, há consenso sobre as transformações que a profissão sofre e vem sofren- do. Ao longo da história, o bibliotecário passou de guardião de documentos (livros) para mediador entre a informação e aqueles que dela necessitam. 2612 :: Profissionais da informação 2612-05 Bibliotecário - Bibliógrafo, Biblioteconomista, Cientista de informação, Consultor de informação, Especialista de informação, Gerente de informação, Gestor de informação. 2612-10 Documentalista - Analista de documentação, Especialista de documentação, Gerente de documentação,Supervisordecontroledeprocessosdocumentais,Supervisordecontroledocumenta, Técnico de documentação, Técnico em suporte de documentação. 2612-15 Analista de informações (pesquisador de informações de rede) - Pesquisador de informações de rede. Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego http://www.mtecbo.gov.br/ Diversos estudiosos têm apontado para um novo perfil do profissional, qual seja o de cientistas da infor- mação e de gestor da informação. Na posição de cientistas da informação, o bibliotecário volta-se para produção de conhecimentos e de- senvolvimento de tecnologias que auxiliem o gerenciamento dos fluxos da informação na sociedade. Como gestor, o bibliotecário planeja, organiza, avalia, estrutura e motiva equipes para viabilizar a coleta, armaze- namento, tratamento, democratização do acesso e agregação de valor à informação. Ambos têm dado con- tribuições importantes para o desenvolvimento social, científico, tecnológico e econômico da sociedade. Segundo a classificação de ocupações brasileiras do Ministério do Trabalho, compete ao bibliotecário: Localizar, recuperar, disponibilizar a informação, independente do suporte em que ela esteja registra-•  da; Gerenciar unidades, redes e sistemas de informação;•  Tratar tecnicamente a informação;•  Desenvolver serviços, produtos e programas informacionais;•  Disseminar a informação;•  Desenvolver estudos e pesquisas bibliográficas;•  Prestar serviços de consultoria e assessoria em informação;•  Realizar difusão cultural;•  Desenvolver ações educativas;•  Desenvolver competências pessoais (liderança, capacidade de síntese, educação continuada etc).•  Em termos da Lei No 4.084, de 30 de junho de 1962, que regulamenta o exercício profissional, Art. 6o – São atribuições dos Bacharéis em Biblioteconomia, a organização, direção e execução dos serviços técnicos de repartições públicas federais, estaduais, municipais e autárquicas e empresas particulares concernentes às matérias e atividades seguintes: O ensino de Biblioteconomia;a) A fiscalização de estabelecimentos de ensino de Biblioteconomia reconhecidos, equiparadosb) ou em via de equiparação;
  • 14. 13EAD - CIAR/UFG/UAB Administração e direção de bibliotecas;c) A organização e direção dos serviços de documentação;d) A execução dos serviços de classificação e catalogação de manuscritos e de livros raros e precio-e) sos, de mapotecas, de publicações oficiais e seriadas, de bibliografia e referência. Que tal acessar o site http://www.mtecbo.gov.br/busca/descricao.asp?codigo=2612-05? Lá você terá mais informações sobre as competências do profissional da informação. Para saber sobre as instituições que oferecem graduação em Biblioteconomia, acesse o site http://www. cfb.org.br/html/links/links_instituicoes.asp O Auxiliar de Biblioteca: quem é? O que faz? Na classificação de ocupações brasileiras, do Ministério do Trabalho e Emprego, o Auxiliar de Biblioteca recebe o código 3711-05, podendo também ser denominado, Auxiliar de bibliotecário, Auxiliar de serviços bibliotecários ou Assistente de Biblioteca. Ainda de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, “os Auxiliares de Biblioteca são técnicos de nível médio que estão no início de car- reira, cujo exercício não requer experiência profissional anterior. Os profissionais sem formação técnica profissionalizante devem ser classificados como 4151 - Au- xiliares de serviços de documentação, informação e pesquisa. Pode-se demandar aprendizagem profissional para a(s) ocupação(ões) elencada(s) nesta família ocu- pacional, exceto os casos previstos na Lei 10.097/2000.” O Auxiliar de Biblioteca passa a maior parte do tempo em contato direto com os usuários. Por isso, ele pode ajudar o bibliotecário a identificar as demandas de serviços, diagnosticar dificuldades de acesso às informações e ao acervo, observar o uso ou não de espaços da biblioteca e dos recursos de informação. Seguindo orientações do Ministério do Trabalho e Emprego, compete ao Auxiliar de Bibliotecas (http://www.mtecbo.gov.br): 1 - PARTICIPAR DO PROCESSO DE DISSEMINAÇÃO DA INFORMAÇÃO Orientar o usuário sobre as diversas linguagens para recuperação da informação;•  Elaborar folhetos, cartazes,•  clipping e alertas bibliográficas; Organizar mural e painel para exposição das novas aquisições;•  Orientar o usuário na preservação do acervo;•  Participar de redes de discussão em diferentes meios;•  Participar na elaboração de publicações e manuais de procedimentos;•  Divulgar materiais promocionais e eventos culturais;•  Auxiliar nas atividades de ensino a distância;•  Auxiliar na organização de teleconferências.•  2 - REALIZAR A MANUTENÇÃO DO ACERVO Manter o acervo em ordem de acordo com sistema de classificação adotado;•  Realizar higienização e reparação de documentos;•  Participar do remanejamento e inventário do acervo;•  Guardar e substituir documentos;•  Selecionar e preparar documentos para a encadernação;•  Controlar acervo de duplicatas de documentos;•  Auxiliar no descarte de documentos•  Controlar permutas de documentos;•  Conferir documentos encadernados.• 
  • 15. 14 Auxiliar de Biblioteca 3 - ATENDER O USUÁRIO NAS FORMAS PRESENCIAL E A DISTÂNCIA Orientar o usuário sobre o funcionamento, regulamento e recursos da unidade de informação;•  Emprestar material do acervo;•  Cadastrar o usuário;•  Pesquisar por solicitação do usuário;•  Realizar serviços de comutação;•  Realizar empréstimos entre bibliotecas;•  Cobrar devolução de empréstimos;•  Controlar empréstimo, devolução, renovação e reserva de material;•  Auxiliar na editoração de trabalhos acadêmicos;•  Auxiliar o usuário em pesquisa bibliográfica;•  Aplicar sanções ao usuário;•  Fazer levantamentos bibliográficos;•  Reservar material bibliográfico;•  Orientar nas normas de apresentação de trabalhos acadêmicos;•  Digitalizar materiais;•  Monitorar visitas à biblioteca;•  Auxiliar na capacitação do usuário para o uso e apropriação da informação;•  Pesquisar bases de dados;•  Localizar material no acervo;•  Atualizar o cadastro de usuários;•  Controlar agenda de eventos e cursos;•  Confeccionar o cartão de identificação do usuário;•  Participar do estudo das demandas existentes e potenciais.•  4 - TRATAR INFORMAÇÃO E DOCUMENTOS Auxiliar na seleção e aquisição de documentos para incorporação ao acervo;•  Tombar documentos para incorporação ao acervo;•  Participar do processo de consistência da base de dados;•  Participar da organização da hemeroteca;•  Magnetizar e etiquetar documentos do acervo;•  Auxiliar na catalogação, classificação e indexação de documentos;•  Alimentar bases de dados;•  Arquivar a produção acadêmica;•  Cadastrar a produção científica do corpo docente;•  Carimbar e cadastrar documentos;•  Desdobrar e arquivar fichas catalográficas;•  Conferir a existência de defeitos nos documentos adquiridos;•  Prestar informações para desenvolvimento de programas de computador para sistemas de informação;•  Realizar permutas de material bibliográfico;•  Controlar aquisição e doação de documentos;•  Auxiliar na elaboração de resumos.•  5 - REALIZAR ATIVIDADES TÉCNICO-ADMINISTRATIVAS Participar na gestão administrativa da unidade de informação e documentação;•  Participar de reuniões de planejamento e avaliação;•  Colaborar na elaboração do regimento interno da biblioteca e elaboração de projetos;•  Manter cadastro de endereços institucionais;•  Organizar e controlar arquivos administrativos;•  Auxiliar na aquisição de material de consumo, mobiliário e equipamentos;•  Coletar dados, preencher planilhas estatísticas e elaborar relatórios estatísticos;•  Auxiliar na operação de sistemas de contratos eletrônicos;•  Executar serviços de digitação e datilografia;•  Realizar a venda de publicações e materiais correlatos;•  Controlar os estoques de material de consumo;•  Auxiliar no inventário de bens patrimoniais não bibliográficos.• 
  • 16. 15EAD - CIAR/UFG/UAB 6 - ORGANIZAR ATIVIDADES CULTURAIS E DE EXTENSÃO Viabilizar a organização das atividades culturais;•  Fazer contatos com lideranças, instituições da comunidade profissionais para atividades de incentivo•  à leitura; Auxiliar na busca de parcerias;•  Participar na realização de saraus culturais;•  Elaborar programas culturais em conjunto com a comunidade;•  Auxiliar na realização de feiras de livros, organização de exposições;•  Realizar campanhas de doação;•  Apoiar ações da associação de amigos da biblioteca;•  Realizar atividades de leitura, escrita e oralidade;•  Auxiliar na realização da biblioteca itinerante;•  Realizar atividades de leitura em hospitais, presídios e outras instituições;•  Participar da organização de concursos literários.•  7 - PARTICIPAR DA ORGANIZAÇÃO E MANUTENÇÃO DO AMBIENTE Controlar as condições de higiene e limpeza do ambiente;•  Organizar a disposição do mobiliário e equipamentos no ambiente;•  Manter a disposição do mobiliário e equipamentos no ambiente;•  Controlar o fluxo do usuário;•  Elaborar a sinalização do ambiente;•  Auxiliar no controle do uso e manutenção dos equipamentos;•  Avaliar o uso e adequação do ambiente.•  Participar na elaboração e análise de critérios estatísticos;•  Reproduzir documentos.•  No ambiente da biblioteca, nem sempre as atividades de auxiliares de bibliotecas e bibliotecários estão muito claras. Em um dos poucos estudos realizados a respeito do assunto, Ferreira aponta que bibliotecários em posição de gestores têm tomado para si tarefas que deveriam ser realizadas pelos auxiliares, a exemplo do registro de materiais bibliográficos e não-bibliográficos, das baixas sofridas no acervo, da conferência dos materiais adquiridos e do arquivamento das faturas de compra de publicações. Nesse sentido, é compreensível que os bibliotecários exi- jam qualidade na realização das tarefas, haja vista que as informações processadas no trabalho informacional nas bibliotecas universitárias são direcionadas para as atividades de ensino, de pesquisa e de extensão. Porém, isso não significa dizer que os (as) bibliotecários (as) devam tomá-las para si, pois, aos gestores, cabe o papel de orientar os auxiliares na realização do trabalho informacional e acompanhar seu desempenho, o que corresponde, efetivamente, às funções administrativas de co- mando e de controle. (FERREIRA, 2006, p.111) Independente das atribuições legais, dentro deste cenário, quais as habilidades e atitudes que se deseja de um Auxiliar de Bibliotecas? Consideramos ser importantíssimo que ele/ela mantenha boa comunicação com a equipe da biblioteca e com os usuários; conheça a biblioteca em que trabalha para poder oferecer uma boa orientação ao usuário; seja curioso e procure lidar com diversas mídias - livros, revistas, jornais, CDS, DVDS, computadores. O Auxiliar de Biblioteca deve exercitar constantemente a criatividade e o inte- resse em aprender sempre. Ética profissional De uma maneira geral, quando falamos em ética profissional, nos referimos a um conjunto de princípios e valores importante não só para a convivência humana, mas também para o ambiente de trabalho. A ética profissional reflete a nossa imagem, os valores e a imagem da instituição através das pessoas. Estes valores orientam as atividades e as relações de trabalho e constituem-se em princípios fundamentais para a ativi- dade profissional.
  • 17. 16 Auxiliar de Biblioteca Embora não haja um conjunto de regras constituído em relação à ética profis- sional específica para os auxiliares de biblioteca, entendemos que devem ser se- guidas as mesmas regras aplicadas aos profissionais que lidam com a informação, uma vez que estes profissionais também se incluem na classe de trabalhadores da informação. A Resolução Nº. 42 de 11 de Janeiro de 2002, do Conselho Federal de Bibliote- conomia, dispõe sobre Código de Ética da Biblioteconomia e está disponível no site http://www.cfb.org.br/. No entanto, o compromisso ético do profissional da informação não se restringe à observância de regras de cunho meramente profissional. No contexto de uma sociedade pós-industrial em que a informação as- sume importância cada vez maior no desenvolvimento econômico e social, o compromisso com a ética da informação torna-se fundamental. A ética da informação trata dos dilemas e conflitos morais que surgem da interação entre o homem e o ciclo da informação (produção, organização, disseminação e uso). Aborda problemas morais como, por exemplo, a liberdade de intelectual versus acessibilidade, privacidade e confidencialidade da Informação. A liberdade intelectual diz respeito ao direto de todo usuário da biblioteca de ler, ver e ouvir o que se quer ler, ver e ouvir sem a censura de funcionários ou repressão institucional. (BUSHA, 1972). Mas, todos podem ter acesso a tudo? Uma criança pode ter acesso a material pornográfico? E material de cunho pedó- filo? É claro que existem limites, portanto, a liberdade intelectual deve ser contextualizada e ponderada em relação a outros valores sociais. A privacidade é entendida como controle sobre as informações pessoais ou o direito de não ter suas informações pessoais documentadas e divulgadas. Este direito é ameaçado pela intensificação dos fluxos de informação nas redes de computadores (Internet) e as novas tecnologias de comunicação. Na Europa, a privacidade é entendida como direito fundamental que deve ser garantido pelo Estado; é condição impor- tante para outros direitos humanos como a dignidade, a autonomia e a liberdade. Nos EUA, a privacidade é um direito individual do consumidor que pode ser trocada por um benefício como, por exemplo, a utilização gratuita da Internet (PRIVACIDADE..., 2008). A confidencialidade refere-se à necessidade de estabelecer mecanismos que impeçam o acesso a infor- mações por pessoas não autorizadas. Envolve mecanismos de segurança de informação. Você sabia que ética e moral são quase sinônimas? Veja o glossário. Ética - do grego ethos, significa “princípio de conduta moral de pessoas, grupos, religião, etc”. Moral - do latim morales, “trata dos costumes, deveres e modos de proceder dos homens para com outros homens”. Por isso que a ética e a moral são termos indissociáveis. Fonte: Minidicionário Sacconi da Língua Portuguesa (1999).
  • 18. 17EAD - CIAR/UFG/UAB Tema 2 - Biblioteca: conceitos, funções e tipologias Se a palavra biblioteca vem do grego bi- blion (livro) + théke (caixa), então ela signifi- ca“depósito de livro”? Isso mesmo. A biblioteca, tomando-se a origem grega do termo, é etimologicamen- te definida como um espaço físico em que se guardam livros. E aqui cabem as mesmas observações já feitas anteriormente. Os meios para registrar o conhecimento sofreram avanços significativos ao longo da nossa história: pedra, argila, pergaminho, papel, etc. Hoje em dia a informação é registrada em diversos outros tipos de suportes tais como CDs, fitas, VHS, filmes, DVD, grandes bancos de dados eletrônicos, entre outros. Portanto, atualmente, a biblioteca não é constituída somente de livros impressos em papel e não está confinada a um espaço físico predeterminado. Os avanços tecnológicos permitem estruturar bibliotecas digitais. São grandes os esforços empreendidos no âmbito da biblioteconomia para acompanhar esses avanços tecnológicos. Prevê-se que, em um futuro não muito distante, os acervos das bibliotecas sejam, preponde- rantemente, armazenadas em formato digital ou eletrônico à medida que cresce o volume de informações disponibilizado nas novas mídias. Apesar de não acreditarmos no desaparecimento dos livros, a tendência é que estes convivam harmonicamente com outros suportes e formas de registros do conhecimento. A biblioteca, no entanto, não sofre somente influências dos avanços tecnológicos. Como instituição so- cialmente constituída, sua concepção acompanha as transformações políticas, sociais e culturais do mundo contemporâneo. Ao longo da história, o seu perfil passa de“depósito de livros”para instituições promotoras do amplo acesso à informação. Fica evidente que é preciso pensar a biblioteca de uma maneira mais abrangente. Assim podemos dizer que essa instituição é todo espaço (concreto, virtual ou híbrido) destinado a uma coleção de informações registrada em qualquer suporte - papel ou digitalizadas, com o propósito de reunir, preservar e dar amplo acesso à produção científica, artística, cultural e tecnológica de uma sociedade. Biblioteca de Ninive é apontada pelos historiadores como a biblioteca mais antiga, Mantida pelo rei•  Assurbanipal (século VII a.C.), chegou a possuir 25 mil placas de argila em seu acervo. Biblioteca de Carlos Magno – rei dos Francos (768-814), foi a mais importante biblioteca pública na•  antiguidade. Biblioteca de Alexandria (Séc. II AC) chegou a ter 700.0000 volumes (pergaminhos) antes de ser•  destruída por três incêndios Biblioteca universitária surge no séc. XIII, juntamente com a criação das primeiras universidades.•  Biblioteca Nacional e Pública do Rio de Janeiro foi a primeira biblioteca oficial do Brasil, criada por•  Dom João VI, em 1807, quando a família real mudou-se para o Brasil fugindo de um confronto com Napoleão. A biblioteca pode estar associada à função de educar - neste caso, incluem-se as bibliotecas públicas, escolares, universitárias; de preservar a memória de uma sociedade – como no caso da biblioteca nacional; ou à função de recreação – que pode ser o caso das bibliotecas públicas, comunitárias, escolares e infantis. Porém, a função de disseminar a informação para todo usuário que recorra a seus serviços é comum a todas as elas, independente de sua natureza (CARVALHO, 2002). “Assim é a biblioteca moderna: recreia, educa e instrui.Viva, dinâmica e amena, não aparece já com a fisionomia dos outros tempos, severa, acética, pouco convidativa. Tudo nela é, agora, um permanente convite à leitura.” Discurso de Governador JK, na inauguração da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, em 1954. http://www.cultura.mg.gov.br
  • 19. 18 Auxiliar de Biblioteca Para Refletir “Os vários incêndios e destruições perpetrados por mãos ignóbeis ao longo da História não impediram, porém, que as bibliotecas continuassem a ser uma das maiores expressões de persistência da Humanida- de. Como seria mais fácil rastrear as nossas origens caso não tivesse sido consumido pelo fogo o magnífi- co acervo de um dos maiores redutos do saber da Antigüidade, a Biblioteca de Alexandria. E são tantos os outros casos. [...] O século XXI também já tece sua triste história: após a destruição e o saque ocorridos em Bagdá, bibliotecários e editores iranianos informaram, na última Feira do Livro de Frankfurt, que enfren- tam agora a monstruosa tarefa de reconstruir as bibliotecas do país, restaurar manuscritos inestimáveis e tentar criar um mercado editorial moderno.”(SPITZ, 2003). Tipos de bibliotecas Obviamente que não! As bibliotecas têm suas especificidades e dinâmicas definidas em função, principalmente, do seu propósito, usuário ou da instituição que ela serve – fá- bricas, empresas, escolas etc. A partir daí, estabelece-se a estrutura física, ad- ministrativa, de serviços, produtos e acervos para atender às demandas desses usuários ou instituições. Assim, existem vários tipos de bibliotecas: bibliotecas públicas, bibliotecas particulares, bibliotecas escolares, bibliotecas comunitárias, bibliotecas espe- cializadas, bibliotecas infantis bibliotecas universitárias, bibliotecas digitais, só para citar alguns. As bibliotecas são todas iguais? Que tal visitar o site http://pt.wikipedia.org/wiki/Bibliotecas? Lá você encontrará as maiores informações sobre os diversos tipos de bibliotecas Um exemplo de biblioteca digital, criada em 2004 e mantida pela Secretaria de Educação a Distância, vinculada ao Ministério da Educação do Brasil, é o Domínio Público. O acervo é constituído por obras de domínio público, ou seja, aquelas que não têm mais restrições impostas pelos direitos autorais ou que foram devidamente cedidas pelos proprietários intelectuais da obra. Seu principal objetivo é promover o amplo acesso às obras literárias, artísticas e científicas em textos, sons, imagens e vídeos (PORTAL...,2008). As bibliotecas dos polos de apoio presencial para a educação a distância podem ser pensadas na mesma perspectiva das bibliotecas universitárias uma vez que seu público é composto por alunos, professores e funcionários envolvidos nas atividades de pesquisa e ensino de nível superior e seu acervo é pensado para esta finalidade. O propósito das bibliotecas do polo é ser o local onde estudantes, tutores, monitores, funcionários, entre outras categorias de prováveis usuários terão acesso a um ambiente físico de estudo e a importantes fontes de informação para o bom desempenho de suas atividades didático-pedagógicas. As condições de funcio- namento dessas unidades nos polos são estratégicas para a viabilidade e qualidade dos cursos ofertados a distância.
  • 20. 19EAD - CIAR/UFG/UAB Para Refletir “Não só de pão vive o homem. Eu, se tivesse fome e me encontrasse desamparado na rua, não pediria pão;antes,pediriameiopãoeumlivro.Eeuatacoviolentamenteaosquesomentefalamdereivindicações econômicas sem referir jamais às reivindicações culturais que é o que os pobres pedem a gritos. Está certo que todos os homens comam, mas que todos os homens saibam. Que gozem todos os frutos do espírito humano porque o contrário é convertê-los em máquinas a serviço do Estado, é convertê-los em escravos de uma terrível organização social”– Federico Garcia Lorca, fragmento de um discurso proferido à inauguração da Biblioteca de Fuentevaqueros (apud CALVO, 2005) Tema 3 - Biblioteca Universitária A biblioteca universitária tem um papel a ser desempenhado na for- mação do aluno e no desenrolar das atividades dos demais atores en- volvidos no processo de formação em nível superior (ensino, pesquisa e extensão). Sua missão não se limita a organizar e dispor em estantes enfileiradas as obras e documentos de que seu usuário precisa. Vai além. Ela tem ao mesmo tempo função cultural, social e educativa. Na sua função educativa, a biblioteca é mais que a extensão da sala de aula. Pode ser pensada como um espaço de auto-aprendizagem e de educação continuada. Espaço de descobertas e de confrontos de idéias que levarão a construção de conhecimentos sólidos e a uma nova com- preensão do mundo. Ainda sob a perspectiva da biblioteca como espaço de aprendiza- gem, algumas bibliotecas universitárias têm envidado esforços para desenvolver em seus usuários competências informacionais indispen- sáveis para agir em uma sociedade caracterizada como “sociedade da informação”. Ao se envolver no processo pedagógico de desenvolvimento de competências informacionais daqueles que a ela se reportam, a biblioteca universitária também colabora para a formação de cidadão que sabe como adquirir e usar o conhecimento para que possa exercer seus direitos e deveres. No contexto atual, é sabido que o acesso à informação é condição fundamental para o exercício da cidadania. O exercício da cidadania pressupõe que se tenha, no mínimo, conhecimento dos deveres e direitos fundamentais de cada pessoa. A biblioteca universitária exerce ainda um importante papel na inclusão digital. É comum que esta unida- de, principalmente aquela vinculada à instituição pública de ensino superior, abra suas portas não somente para o público de sua instituição, mas para alunos e professores de escolas de ensino médio e superior, seja da rede pública ou privada, e para as comunidades geograficamente próximas ao local de seu funciona- mento. As comunidades vizinhas, em muitos casos, procuram a biblioteca atraídas pela possibilidade de utilização da Internet. Cultura e bibliotecas são, para muitos, termos indissociáveis. A maioria significativa das bibliotecas uni- versitárias dispõe de espaços culturais que visam promover talentos, sensibilizar e propiciar o contato do usuário com as diversas manifestações e representações artístico-culturais locais ou nacionais. Para exercer todas as suas funções, a biblioteca universitária precisa constantemente criar mecanismos de ação que despertem no seu usuário o interesse pela leitura, pelas descobertas e valoração de todas as formas de representações e manifestações culturais como meios de buscar conhecimentos para o seu apri- moramento contínuo. Competência informacional: para que se desenvolva a competência informacional, é preciso “ter habilidades para encontrar, avaliar, interpretar, criar e aplicar a infor- mação disponível na geração de novos conhecimentos.” (BELLUZZO et al. 2004, p.95.)
  • 21. 20 Auxiliar de Biblioteca Principais Atividades da Biblioteca Universitária Para alcançar os propósitos para os quais foi estruturada, a biblioteca realiza uma série de atividades, muitas das quais não são visíveis para o usuário. Durante o cur- so, você terá oportunidade de conhecer três das principais atividades realizadas em uma biblioteca e qual sua participação nestas atividades. São elas: Planejamento e organização do espaço da biblioteca•  – essas são atividades de natureza administrativa que visam estabelecer os objetivos a longo, médio e curto prazo a serem alcançados pela biblioteca; criar condições para atingir estes objeti- vos; e estruturar os espaços físicos para que estejam de acordo com a natureza da unidade de informação; Preparação do material para disponibilizá-lo aos usuários•  – este conjunto de ações é conhecido no âmbito da Biblioteconomia como “Processamento técnico” e envolve técnicas específicas para a descrição física do documento (catalogação), a descrição do conte- údo (classificação e indexação) e o preparo mecânico do material (tombamento, identificação etc.). Atendimento ao usuário•  – talvez esta seja a atividade fim da biblioteca, a atividade para a qual ela foi constituída – atender com qualidade os seus usuários, prestando-lhes assistência adequada na busca da informação, estruturando serviços para este propósito. Neste curso você terá oportunidade de aprofundar seus conhecimentos no atendimento direto ao usuário através dos serviços de referência e empréstimos. Formação e desenvolvimento de acervo•  – o acervo de uma biblioteca é composto pelos mais varia- dos tipos de documentos que ela disponibiliza para os seus usuários. Os tipos de documentos mais comuns, no entanto, são os livros e as revistas científicas. Mas como esses variados tipos de documen- tos passam a fazer parte do acervo de uma biblioteca? Quais são os procedimentos envolvidos na formação e no desenvolvimento deste acervo? Nesse módulo, daremos atenção especial aos procedimentos necessários para a Formação e Desenvol- vimento de Acervo. O Processamento Técnico, o Atendimento ao Usuário e o Planejamento de Unidades de Informação serão objetos dos módulos 2, 4 e 5 respectivamente. Principais Serviços A biblioteca tem por objetivo oferecer serviços aos usuários. Neste curso você terá oportunidade de conhecer os seguintes serviços promovidos pela maioria das bibliotecas: a. Consulta local ao acervo – normalmente, a consulta ao acervo é feita através do acesso ao catálogo da biblioteca, onde se poderá consultar, por diversos campos, como autor, título, assunto, série e outros, a existência do material de interesse do usuário. Em geral, o usuário de bibliotecas tem acesso livre à maioria das coleções (Acesse o site do Sistema de Bibliotecas da UFG: www.bc.ufg.br). Algumas bibliotecas, porém, podem fazer restrições quanto ao acesso ao acervo. Neste caso, o usuário poderá consultar o catálogo da biblioteca para verificar a existência do material, anotar as informações para a localização dos materiais nas estantes e solicitá-lo aos auxiliares de biblioteca. b. Empréstimo domiciliar – O empréstimo é a única forma de retirada dos materiais da biblioteca. Para uti- lizá-lo, o usuário precisa estar cadastrado na biblioteca e deve possuir vínculos com a instituição (professor, aluno ou funcionário). O prazo para a devolução dos materiais é uma decisão administrativa e poderá variar de acordo com as categorias e com o tipo de material solicitado. c. Reserva e renovação de materiais – esses serviços podem ser solicitados pelo usuário no balcão de aten- dimento da biblioteca ou podem ser feitos diretamente através do sistema automatizado da biblioteca me- diante uso de senha e login. Quais as atividades de uma Biblio- teca Universitária? Curioso? Nestas unidades você saberá a resposta.
  • 22. 21EAD - CIAR/UFG/UAB d. Levantamento bibliográfico e acesso às bases de dados de pesquisa – este serviço consiste em identifi- car, pesquisar e levantar informações no acervo da biblioteca, de outras Instituições e em bases de dados de fontes/bibliografias (nacionais ou internacionais), sobre determinado assunto ou autor de interesse. Atualmente, encontram-se disponíveis inúmeras bases de dados de livre acesso (gratuitas) ou de acesso restrito. Neste último caso, é necessário utilizar senhas ou autorizações prévias fornecidas normalmente pela biblioteca de onde a pesquisa está sendo realizada. A UFG disponibiliza através do Portal de periódicos da Capes acesso a várias bases de dados internacionais de textos completos de artigos de mais de 2400 revistas internacionais, nacionais e estrangeiras, além de ba- ses de dados com referências e resumos de documentos em todas as áreas do conhecimento. Faz também indicações de importantes fontes de informação com acesso gratuito na Internet. Este serviço pode ser feito diretamente pelo usuário ou pode ser solicitado ao bibliotecário do setor de Re- ferência da Biblioteca. e. Treinamento de usuários – O treinamento de usuários é um serviço muito importante oferecido pela bi- blioteca com o objetivo de orientar alunos, professores, funcionários sobre a melhor forma de utilização dos produtos, serviços e acervo. É oferecido a partir do momento em que o usuário é cadastrado no sistema, sen- do realizado de forma individual ou em grupo, mediante agendamento com o bibliotecário responsável. f. Divulgação de novas aquisições – Esse serviço tem como objetivo divulgar, através de boletins eletrôni- cos enviados diretamente aos usuários ou impressos, informações sobre os novos materiais bibliográficos adquiridos pela biblioteca e que já se encontram à disposição para serem utilizados, com a finalidade de promover o uso junto aos usuários. Além do boletim é importante que a biblioteca realize exposições com as novas aquisições, de preferência em local visível e próximo aos usuários. Você terá oportunidade de aprofundar seus conhecimentos sobre os serviços oferecidos em bibliotecas ao realizar o módulo 4. Mas nada impede que você familiarize com os serviços prestados pelo Sistema de Bibliotecas da UFG, visitando o site: www.bc.ufg.br. Aproveite o próximo tópico. Ele será im- portante para os processos de aquisição de materiais que farão parte do acervo da Biblioteca.
  • 23. 22 Auxiliar de Biblioteca Tema 4 - Formação e desenvovimento de acervos O acervo de uma biblioteca é constituído por diferentes tipos de documentos que ficam, de uma maneira geral, disponíveis para o atendimento das necessidades de informação dos usuários. O Auxiliar de Biblioteca deve procurar conhecer as características básicas de cada um deles para que saiba realizar com efetividade suas funções na biblioteca. Muitas vezes, a biblioteca possui um acervo considerado bom, porém, em algu- mas circunstâncias pode não atender às necessidades de informação e de estudo dos usuários. Por isso, é importante que o acervo seja constituído de forma criteriosa, considerando a política de formação e desen- volvimento de coleções definidas pelos bibliotecários. Esta política deve contemplar questões básicas que fazem parte da cadeia documental, desde a escolha (seleção) dos documentos que farão parte do acervo, passando pelos processos de aquisição, avaliação e descarte dos materiais, conservação e restauração de documentos. Todo o profissional que atua em uma biblioteca universitária deve conhecer a política e os procedimen- tos relacionados ao processo de formação e desenvolvimento de coleções. Isto os ajudará a compreender, identificar e encaminhar as demandas dos seus usuários. Seleção dos documentos Nem sempre todos os materiais que chegam à biblioteca necessariamente atendem qualitativamente as demandas dos usuários. Por isso, os bibliotecários realizam atividades de seleção dos materiais com base em algumas questões, como: Estes materiais atendem aos usuários da biblioteca?•  É relevante e atende aos objetivos da biblioteca?•  Algumas fontes de informação podem ser utilizadas para apoiar as atividades de seleção, como a consul- ta aos catálogos de editores, resenhas de jornais e revistas, recebimento de sugestões de professores, alunos ou funcionários da instituição, usuários em geral, visitas a livrarias ou sites de editores, bibliografias sobre temas específicos. Visto por esse ângulo, a seleção pode ser considerado como um processo intelectual que consiste em escolher os documentos que a Biblioteca deseja adquirir e incorporar no acervo. Tem início a partir do mo- mento em que o responsável pela Biblioteca precisa tomar a decisão se um determinado material poderá ou não fazer parte do acervo, e por isso deve ser feito por um profissional experiente. Uma vez selecionado o que se pretende adquirir, o passo seguinte é observar os procedimentos institu- ídos pela Biblioteca em relação à política de aquisição dos materiais. A política deve ser adequada e bem definida para evitar equívocos nessa etapa. Aquisição Imagine que você está em uma biblioteca universitária e ao atender um professor ele solicita que a biblioteca adquira um determinado material. Como proceder? Como a biblioteca poderá adquirir o material? Há formas diferentes de adquirir os documentos? Aquisição 22 Auxiliar de Biblioteca A qualidade do acervo de uma biblioteca se mede pela capacidade da biblioteca em atender as necessi- dades dos usuários e não pela quantidade de exemplares armazenados. A aquisição é o procedimento que permite adquirir o material solicitado, de forma a atender as deman- das dos usuários e os objetivos da biblioteca.
  • 24. 23EAD - CIAR/UFG/UAB Compete ao setor de aquisição da Biblioteca estabelecer uma política de aquisição bem definida para que a escolha dos materiais não seja feita ao acaso, mas em função de alguns critérios, como: Relevância do material e atendimento às necessidades e demandas dos usuários;•  Orçamento disponível para a compra e para o tratamento dos materiais adquiridos;•  As prioridades a serem atendidas de acordo com os cursos;•  Natureza da Biblioteca e dos serviços oferecidos aos usuários.•  Formas de aquisição de materiais A aquisição dos materiais pode ser feita envolvendo procedimentos comerciais ou não. Os procedimen- tos comerciais envolvem a compra propriamente dita; os materiais são adquiridos através de contato com fornecedores, produtores, editores ou livreiros. Os materiais bibliográficos adquiridos de forma não comercial correspondem às doações e permutas, ou seja, a troca de materiais produzidos entre as instituições, órgãos públicos, instituições em geral ou através do próprio autor. Avaliação e DescarteAvaliação e Descarte Importante Todos os materiais, independente da sua forma de aquisição, deverão ser encaminhados para recebi- mento no setor de aquisição da Biblioteca para que sejam feitos os procedimentos internos de controle e encaminhamento dos materiais adquiridos. Você já deve ter observado que em uma biblioteca há diferentes tipos de material, com características e finalidades diversas. Cada tipo de documento possui também um ciclo de vida útil diferente, que é influenciado por diversos fatores. O principal deles se refere ao tempo propriamente dito. Com o passar dos anos muitos materiais disponíveis na biblioteca tornam-se obsoletos por vários motivos, entre eles, podemos citar os próprios conteúdos que podem fi- car desatualizados ou não atender mais aos seus usuários; e os danos causados pelo excesso de utilização do material ou causados por agentes naturais, quími- cos ou biológicos. Diante desses fatos, é recomendável que periodicamente se realize proce- dimentos de descarte dos documentos que já não são úteis à Biblioteca. Esse processo requer a definição de critérios claros, estabelecidos pela equipe conforme avaliação feita em relação ao uso dos materiais, a fim de que não haja prejuízos ao acervo e, consequentemente, ao usuário da biblioteca. Portanto, esse procedimento requer cuidados e tomada de decisões acertadas para evitar que sejam descartados itens importantes do acervo. Atividades de planejamento que definam a política de descarte dos materiais, considerando o tempo máximo de permanência das coleções não utilizadas nas estantes, acervos danificados ou obsoletos e de- fasados são medidas fundamentais e necessárias neste trabalho. Pela importância da ação, esta deve ser realizada ou acompanhada pelo bibliotecário responsável. Uns materiais têm vida mais curta que outros. Entre eles: os anuários, repertórios e relatórios provisórios.
  • 25. 24 Auxiliar de Biblioteca Oprocessodedescarteobjetivaretirardoacervomateriaisquejánãosãoúteisparaatenderàdemanda da Biblioteca, seja por questões relacionadas ao conteúdo ou às condições físicas apresentadas pelos documentos, em especial quando muito danificados, sem condições de uso ou de recuperação. É preciso estabelecer critérios para o descarte considerando a utilidade, o valor histórico e o grau de atualização do documento. Uma vez retirados do acervo para descarte, os procedimentos técnicos relacionados ao controle das bai- xas deverão ser informados às pessoas responsáveis pela manutenção das coleções para que sejam realiza- das as operações de baixa no registro de cada um deles. Conservação de documentos Dentre as atividades consideradas fundamentais para a gestão adequada do acervo em Bibliotecas, des- tacam-se aquelas relacionadas à conservação dos documentos, em seus diversos formatos. A conservação preventiva garante o uso mais prolongado e custos mais baixos de reparação do acervo. Por isso é funda- mental que o Auxiliar de Biblioteca apóie e adote as ações voltadas para a prevenção de danos no acervo, orientando os usuários quanto ao uso correto do documento, zelando pela disposição correta nas estantes, observando e sendo proativo em relação a possíveis ataques de fungos, insetos, excesso de exposição à luminosidade e outros agentes que possam diminuir a vida útil do documento. É importante que a biblioteca estabeleça medidas de proteção para o seu acervo, reunidas em uma política de conservação. Uma boa política de conservação inclui o combate aos agentes químicos, biológicos, físicos e outros relacionados ao próprio manuseio constante dos documentos. A biblioteca deve adotar periodicamente medidas de controle e prevenção para evitar que o acervo seja danificado ou deteriorado precoce- mente. Uma boa política de conservação prevê o controle e o combate a dete- rioração causada por agentes químicos, biológicos, físicos, animais e humanos e outros relacionados ao próprio manuseio constante dos documentos. Algumas medidas podem ser adotadas para prevenir a deterioração dos documentos. Estas medidas incluem: Controle da temperatura ambiente adequada (aproximadamente 23 graus), por meio da utilização de•  aparelhos de climatização; Limpeza constante dos documentos e do mobiliário para evitar o ataque de insetos;•  Controle da luz com o uso de persianas ou cortinas especiais, por exemplo, a fim de evitar a exposição•  direta da luz solar; Combate a insetos e microorganismos, por meio da utilização de fungicidas adequados;•  Armazenagem adequada dos materiais na forma vertical para evitar danos físicos nos materiais;•  Procedimentos de encadernação do material danificado;•  Realizar e manter campanhas de orientação quanto ao uso correto dos documentos.•  Esta última medida é muito importante, pois estabelece relações de parcerias entre a Biblioteca e os usu- ários, o que garante maior compromisso de que os materiais não serão intencionalmente danificados.
  • 26. 25EAD - CIAR/UFG/UAB Restauração de documentos Ações preventivas de conservação do acervo são importantes para evitar que os documentos passem por processos de recuperação ou restauração. Porém, nem sempre é possível combater todos os agentes que causam danos aos materiais. Neste caso, é necessário promover ações que recuperem ou restaurem os documentos danificados. A recuperação e a restauração de documentos exigem técnicas e habilidades específicas; alguns erros nestes procedimentos podem causar maiores danos e efeitos irreparáveis aos materiais. É aconselhável que sejam feitos por pessoas experientes, que dominem as técnicas relacionadas ao trabalho. Pequenos reparos podem ser feitos por pessoal treinado e com a utilização de materiais adequados para o trabalho. Porém, é sempre necessário analisar o material, observar as condições e estado físico, como: o tipo de encadernação existente, a integridade da paginação e se o documento está completo para que procedimentos de recuperação sejam adequados e planejados. As técnicas mais avançadas de recuperação e restauração exigem profissionais com conhecimentos mais especializados, equipamentos e materiais mais adequados ao trabalho. Nesse caso, se não houver nenhum profissional habilitado na biblioteca para recuperar os documentos danificados, recomenda-se encaminha- los para um profissional especializado. Uma boa encadernação permite maior utilização e conservação dos documentos. Para fazer pequenos reparos nos livros, tenha em mãos: cola plás- tica, tesoura, papel de seda, pincel redondo para cola, cartolina ou papelão de 100g e fita gomada. Os principais agentes de deterioração são: 1) Os agentes físicos: O próprio tempo, que deteriora os documentos;•  A variação climática, principalmente em países muito quentes ou úmidos;•  A falta de ventilação;•  E o excesso de luminosidade.•  2) Os agentes biológicos Os microorganismos, (fungos e bactérias);•  Insetos;•  Roedores.•  3) Os agentes químicos A própria acidez da celulose;•  A poluição.•  4) A ação humana causada pela Manipulação;•  Circulação do documento.•  Restauração de documentos Ações preventivas de conservação do acervo são importantes para evitar que os documentos passem Dicas Para o manuseio dos materiais: Manter as mãos limpas ao manusear os materiais;•  Conservar os documentos em lugar seguro e limpo;•  Não rasgar, riscar, dobrar, recortar páginas ;•  Não utilizar clips metálicos para marcar páginas.• 
  • 27. 26 Auxiliar de Biblioteca Tema 5 - Automação de bibliotecas A informatização da biblioteca, iniciada no final da década de 60, al- terou substancialmente a forma como as atividades, os serviços e produ- tos de informação são estruturados, mantidos e oferecidos à comunida- de. Os computadores e as redes de informação que se estabeleceram a partir da conexão dessas máquinas são importantes aliados no processo de acesso e democratização da produção cultural, científica e artística. É inegável que a automação de bibliotecas tem proporcionado diver- sas vantagens quando comparada com os processos manuais anterior- mente vigentes no ambiente organizacional. Mas, ao mesmo tempo, a automação de uma unidade de informação se mostra uma tarefa com- plexa e envolve determinados desafios que demandam um planejamen- to sistemático do processo. É necessário avaliar e escolher entre os inú- meros softwares existentes no mercado, tanto comerciais quanto livres, aquele que melhor atende as especificidades daquela biblioteca. A escolha de um software para automação da biblioteca faz-se com base em certos critérios como características gerais do software, os mó- dulos oferecidos (circulação, catalogação, relatórios estatísticos, etc), uti- lização do protocolo Z39.50 e do padrão bibliotecário (AACR2, ABNT, MARC). Além desses critérios, para sugerir um software para as biblio- tecas dos polos de ensino a distância parceiros da UFG, levaram-se em consideração também as questões econômicas. Assim, a opção por um software livre torna-se atraente. Observados os critérios, o OpenBiblio mostrou-se satisfatório para o gerenciamento de base de dados bibliográficos para os polos de ensino a distância. Protocolo Z39.50: protocolo de comuni- cação entre computadores desenvolvido para permitir pesquisa e recuperação de informação (textos completos, dados bi- bliográficos, imagens, multimeios, entre outros) em redes de computadores distri- buídos. AACR2: O código Anglo Americano de Registros Catalográficos – peça chave no processamento técnico de material biblio- gráfico, tem como objetivo a normalização internacional da catalogação. A última atualização do código ocorreu em 2005. Está previsto para 2008 o AACR3, sob a de- nominação de Resource Description and Access – RDA. ABNT: conjunto de normas cujo objetivo é uniformizar o formato de apresentação da publicação. MARC: O Machine Readable Cataloging é um conjunto de códigos que torna o for- mato de descrição catalográfica descrito no AACR legível para o computador. O For- mato MARC é muito utilizado no mundo todo. O MEC exige que os sistemas infor- matizados das bibliotecas brasileiras utili- zem o MARC. Uma das alternativas cada vez mais confiáveis, e destinada à informatização das bibliotecas é adoção de software livre de código-fonte aberto, também conhecido como software livre (free software) ou fonte aberta (open source) uma opção que tem conquistado significativo espaço no mercado das tecnologias da informação, merecendo atenção dos paises em desenvolvimento. (SILVA, 2007). O software Openbiblio Diversas atividades e serviços da biblioteca podem ser automatiza- dos utilizando softwares livre. O OpenBiblio é um bom exemplo. O Openbiblio é um software livre que inclui em seu pacote um Catálogo de acesso aberto (OPAC) para consultas on-line do material inserido na base de da- dos e Módulos de administração de circulação, catalogação, relatórios. O fator fun- damental para a escolha do Openbiblio para os propósitos deste curso foi, além do que ele oferece, a utilização do protocolo Z39.50 e do padrão bibliotecário (AACR2, ABNT, MARC). Todas as telas estão traduzidas para o português. A seguir apresentamos brevemente as opções oferecidas pelo OpenBiblio em cada um de seus módulos.
  • 28. 27EAD - CIAR/UFG/UAB OPAC e Páginas de Resultado de Buscas :1. Online Public Access Catalog (OPAC) .a) Resultado de Busca .b) Conceitos gerais para administração da biblioteca:2. Entendendo as mudanças de status da bibliografia.a) Entendendo o código de barras .b) Página de Circulação:3. Página de Procurar Membros (Página inicial de Circulação).a) Página de Informações do membro.b) Visualizando Código de Barras.c) Empréstimo.d) Página de Catalogando:4. Nova Bibliografia e Editar Basic.a) Novo Exemplar e Editar Exemplar.b) O OpenBiblio oferece também a possibilidade de emissão de diversos tipos de relatórios das atividades realizadas. Esses relatórios podem ser ferramentas importantes para o administrador da biblioteca estrutu- rar ações que levam à melhoria dos serviços e produtos oferecidos ao usuário. Os relatórios padrões são (MANUAL, 2007): Busca de exemplar.a) Balanço de devolução por usuário.b) Balanço de devolução por documento.c) Bibliografia mais utilizada (popular).d) Lista de membros com débitos na biblioteca (atrasos).e) Reservas realizadas pelos membros.f) No nosso encontro presencial e nos módulos subsequentes, você terá a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos sobre o software que será uma ferramenta importante no seu dia-a-dia na biblioteca em que você irá atuar. Nesse módulo, você aprenderá como excluir do catálogo de sua biblioteca aquele material que foi sele- cionado para o descarte. Exclusão de registros na base de dados Lembra-se da necessidade de fazer o descarte de material bibliográfico que não aten- de mais as necessidades dos usuários? Pois bem, após selecionar e aprovar os itens a serem encaminhados para descarte, o próximo passo consiste em dar baixa do item no catálogo da biblioteca. Para realizar esta etapa: Acesse o sistema OpenBiblio.•  Selecione a opção “Catalogando”. Esta opção permitirá a inserção de novo item bi-•  bliográfico ou a busca de itens já inseridos, conforme a seguinte tela: O CIAR instalou e configurou o OpenBiblio no servidor web UFG. Você terá acesso a ele via internet pelo endereço: http://openbiblio.ciar.ufg.br/home/index.php
  • 29. 28 Auxiliar de Biblioteca Fonte: Manual de instalação openbiblio Legenda: 38 – busca por código de barra; 39 – busca por título, autor ou assunto; 40 – busca um item biblio- gráfico; 41 - Inserção de novo item bibliográfico; 42– importação de formato marc Em seguida, selecione a opção “busca um item bibliográfico”. A busca poderá ser por título, autor ou•  código de barra. Após informar qualquer uma dessas informações, entraremos na tela de Resultado da Pesquisa. Fonte: manual de instalação do openbiblio, p.47
  • 30. 29EAD - CIAR/UFG/UAB Ao clicar em cima do nome da bibliografia selecionada, aparecerão as seguintes opções:“Informações•  da bibliografia; Editar Basic; Editar Marc; Novo Exemplar; Pedidos de reserva; Apagar; Nova Bibliografia por comparação”. Selecione a opção“Apagar”. Surgirá a seguinte tela: “Caso a bibliografia tiver exemplares cadastrados, não será permitida a exclusão. Será necessário voltar para a tela de informações da bibliografia para excluir cada exemplar [...]. Aparecerá a pergunta para a confirmação da exclusão. Caso positivo clique no botão “Apagar”. Caso for necessário cancele o processo de exclusão de voluntários, clicar em Cancelar.”(MANUAL, 2007). Pronto! O item foi excluído do catálogo da biblioteca.
  • 31. 30 Auxiliar de Biblioteca Tema 6 - Direitos Autorais Não poderíamos concluir este módulo sem apresentar algumas considerações sobre direitos autorais. Esta é uma questão fundamental uma vez que os serviços de fotocópias oferecidos pelas bibliotecas não devem passar ao largo dos aspectos legais envolvidos em tais práticas e, como profissionais da informação, o bibliotecário e os auxiliares de bibliotecas devem estar atentos tanto aos direitos dos usuários quanto aos dos autores. Nas palavras de Calvo (2004),“Creio não haver nada que possa melhor defender os direitos dos autores que as bibliotecas”. Enquanto realiza o seu trabalho na Biblioteca, você verifica que muitos documentos adquiridos possuem um símbolo ©, seguido de informações de data, autor ou editor. Este símbolo indica que o documento tem sua re- produção restringida pelo copyright (direito à cópia), uma dos aspectos do direito autoral. O direito autoral é um dispositivo legal que prote- ge o autor, tanto em âmbito moral quanto material, de possíveis perdas relacionadas ao uso indevido de al- guma obra. Indica restrição de reprodução de alguns documentos. Mas não se pode confundir direito autoral com copyright. O criador de uma obra sempre detém a “paternidade” de sua produção intelectual e pode repassar o copyright para terceiros. É o que acontece, por exemplo, com autores de trabalhos científicos que, em muitos casos, cedem o copyright para editoras comerciais de revistas científicas como a Nature ou Science, por exemplo. Apesar de recomendável não é necessário registrar a obra para que ela passe a ser legalmente protegida. A sua simples criação já é suficiente para que seu criador usufrua os direitos autorais de sua obra. O registro pode ser requerido junto a Escola Nacional de Belas Artes, a Biblioteca Nacional, Escola de Música - UFRJ - MEC, Escola de Belas Artes - UFRJ - MEC, Secretaria para o Desenvolvimento Audiovisual - SDAV, Esplanada dos Ministérios, Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agrono- mia - CONFEA, Instituto Nacional de Propriedade Industrial - INPI. São passíveis de proteção legal as obras literárias e artísticas (roman- ces, poemas, peças de teatro, filmes, trabalhos musicais, desenhos, pin- turas, fotografias, esculturas e desenhos arquitetônicos); programas de rádio e televisão e programas de computador. Mas os direitos do autor não podem se resumir a uma“mera questão econômica” e legal, defende Calvo. Segundo ela, todo escritor / autor teria direito a: Formar-se leitor;1. Tornar-se criador;2. Fazer-se conhecer;3. Ser lido;4. Perdurar;5. Fazer parte do“corpo cultural”;6. Estar em permanente diálogo com os leitores e outros criadores;7. Obter o respeito da comunidade;8. Agregar valor às suas obras;9. Obter uma compensação financeira por seu trabalho.10. O que significa este ©? Copyright – direito de reprodução do documento, da exploração comercial da obra. Direito autoral – direito de autoria, de produção intelectual.
  • 32. 31EAD - CIAR/UFG/UAB Limitações do direito autoral no Brasil Mesmo caracterizado como um monopólio, a legislação brasileira (Lei 9.610/98) prevê limitações dos direitos autorais. Estas limitações são tratadas no capítulo IV da lei. Assim, não constitui ofensa aos direitos autorais“a reprodução de obras literárias, artísticas ou científicas, para uso exclusivo de deficientes visuais, sempre que a reprodução, sem fins comerciais, seja feita mediante o sistema Braille ou outro procedimento em qualquer suporte para esses destinatários”. (Lei 9.610/98, Art 46) É permitida também a reprodução, em um só exemplar, de pequenos trechos, para uso privado do copista, desde que feita por este, sem intuito de lucro. A utilização de trechos de qualquer obra para fins de estudo é possível desde que sejam indicados (citados) o nome do autor e da obra da qual a parte citada foi retirada. LEGISLAÇÃO 1. Nacional: www.planalto.gov.br •  Lei 9.610/98 na íntegra 2. Internacional: www.wipo.int e www.upov.int Resumo do Módulo 1 O módulo 1 do curso de Capacitação de Auxiliares de Biblioteca para os polos de Educação a Distância da UFG abordou as principais questões relacionadas à Biblioteconomia e à Biblioteca universitária, com ên- fase na estrutura, função, principais serviços, dinâmica e prática diárias que envolvem o fazer e as decisões profissionais. Nesse estudo, fizemos também uma discussão sobre a função e papel dos profissionais da informação que atuam nas bibliotecas, pois entendemos que é importante que você, ao atuar nas bibliotecas dos polos, seja também capaz de compreender os diferentes papéis desempenhados pelos Auxiliares de Biblioteca e pelo Bibliotecário, sendo este último, o gestor dos processos relacionados aos procedimentos técnicos e administrativos na biblioteca. Você teve oportunidade ainda de conhecer o OpenBiblio, software de automação de bibliotecas escolhi- do para implantação nos polos de ensino a distância que dão apoio ao CIAR/UFG. Referências BELLUZZO, R. C. B. Formação contínua de professores do ensino fundamental sob a ótica do desenvolvimen- to da Information Literacy, competência indispensável ao acesso à informação e geração do conhecimento. Transinformação. Campinas, v. 16, n. 1, p. 17-32, jan./abr., 2004. BUSHA, Charles H. The attitudes of Midwestern public librarians toward intellectual freedom and censorship. [s.n]: [Bloomington, Ind., 1972.] CALVO, Blanca. Las bibliotecas y los derechos de los autores. Noticias.com, 2005. Disponível em: <http:// www.noticias.com/articulo/08-02-2005/carlos-usua-pena/bibliotecas-y-derechos-autores-4dla.html>. Acesso em: 07 nov. 2005. CARVALHO, Kátia. O Profissional da Informação: O Humano Multifacetado DataGramaZero - Revista de Ciência da Informação - v.3 n.5 out/02 CECCHINI, Isabel. Casa do Manuscrito. www.casadomanuscrito.com.br/casa/ curio_05.htm. Acessado em 09/10/2008 FERREIRA, Rubens da Silva. Auxiliares de biblioteca e trabalho informacional: desafios e possibilidades para o Sibi/UFPA. Ci. Inf. vol. 35 no.1 Brasília Jan./Apr. 2006 Disponível em http://www.scielo.br/scielo. php?pid=S0100-19652006000100011&script=sci_arttext Acessado em Out 2008. FONSECA, Edson Nery. Introdução à Biblioteconomia. São Paulo: Pioneira, 1992. GUINCHAT, Claire. Introdução geral às ciências e técnicas da informação e documentação. Brasília: IBICT, 1994.
  • 33. 32 Auxiliar de Biblioteca MANUAL de Instruções do Openbiblio. Faculdade de Tecnologia da Zona Leste - FATEC – ZL, 2007. MILANESI, Luís. Biblioteca. São Paulo: Ateliê Editorial, 2000. NORUZI, Ali Reza. Aplicação das Leis de Ranganathan a WEB. ExtraLibris Revista. 2005. Disponível em http:// extralibris.org/revista/aplicacao-das-leis-de-ranganathan-a-web/ Acessado em 15/10/008 ORIGEM do termo biblioteca: conceito, contextualização histórica, evolução da biblioteca pública em Portu- gal. Disponível em http://princesasissi.blogspot.com/2006/09/origem-do-termo-biblioteca-conceito.html. Acessado em 20/11/2008 PORTAL Domínio Público. Disponível em: <http://www.dominiopublico.org.br. Acesso em: 04 nov. 2008. PRIVACIDADE na Internet: estamos perdendo essa batalha?, 2008. Disponível em http://wharton.universia. net/index.cfm?fa=viewArticle&id=1542&language=portuguese&specialId= SILVA, Divina Aparecida da; ARAÚJO, Iza Antunes. Auxiliar de Biblioteca. Brasília: Thesaurus, 1997. SILVA, José Fernando Modesto. Software livre: modelos de seleção como subsídio à gestão bibliotecá- ria. In: XIII CBBD, Brasília, 7 a 11 de Julho 2007. Disponível em http://www.eca.usp.br/prof/fmodesto/ textos/2007FMODESTOCBBD.pdf acessado em 12 de Nov/2008. SPITZ, Eva. Uma maravilhosa história das bibliotecas. November 15th, 2003. Disponível em http://biblio.cru- be.net/?p=223, acessado em 13 de outubro de 2008.
  • 35.
  • 36. 35EAD - CIAR/UFG/UAB Módulo 2 Processamento técnico Carga horária: 30 horas Arnaldo Alves Ferreira Júnior Bibliotecário-documentalista, supervisor de processamento técnico do Instituto Fe- deral de Educação, Ciência eTecnologia de Goiás; Professor do curso de Bibliotecono- mia da Universidade Federal de Goiás, mestrando do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFG. E-mail: arnaldojunior@ifgoias.edu.br Telefone: (62) 3227-2750 Currículo Resumido do(a) autor(a)
  • 37. 36 Auxiliar de Biblioteca O principal objetivo do Módulo de Processamento Técnico é proporcionar a compreensão das etapas que constituem o preparo dos livros para uso na biblioteca. Aqui serão mostradas as três principais fases pelas quais passa o livro, desde o momento em que se deve identificar o seu conteúdo, cadastrar os dados do livro no sistema de informática, carimbagem/colagem de etiquetas, até que, finalmente, o livro fica pronto para que o usuário possa utilizá-lo. Apresentação do Módulo 2 Objetivos do Módulo 2 Roteiro do Módulo 2 Neste módulo, refletiremos sobre os procedimentos realizados pela biblioteca para pro- cessar e preparar tecnicamente os materias para serem utilizados pelos usuários. Para tal, o módulo está estruturado em três unidades: Organização e distribuição dos materiais da biblioteca por áreas de conhecimento; Inserção e manutenção de registros bibliográficos utilizando o sistema OpenBiblio; Preparo mecânico de materiais. Aproveite bem esta oportunidade! Olá! Bem-vindo(a) ao módulo 2 do curso de Capacitação de Auxiliares de Bibliotecas para os polos de Educação a Distância da UFG. Temática Conteúdo 1 Organização e distribuição dos materiais da biblioteca por áreas de conhecimento 1) Sistema de classificação do conhecimento: histórico, evolução, principais conceitos. 2) Organização dos conhecimentos no sistema CDU: Índice, Tabelas Principais e Tabelas Auxiliares. 2 Inserção e Manutenção de registros bibliográficos utilizando o sistema OpenBiblio 1) Catalogação: Origens.•  Principais conceitos.•  Padrão internacional de descrição bibliográfica (ISBD).•  Principais Códigos de Catalogação Utilizados no Brasil.•  2) Manutenção do Catálogo On-line da Biblioteca. 3 Preparo Mecânico de Materiais 1) Conhecendo as partes do Livro. 2) Carimbagem de materiais informacionais. 3) Colagem de bolso. 4) Etiquetagem do material. 5) Noções de registro.
  • 38. 37EAD - CIAR/UFG/UAB Todos(as) Animados(as)? Claro que sim! Temática 1 Organização e distribuição de material bibliográfico por áreas de conhecimento Carga horária: 10 horas Nessaunidadevocêiráconhecerumpoucosobreosconteúdosreferentesaoes- tudo dos Sistemas de Classificação. Com certeza você já deve ter se perguntado como as bibliotecas organizam aquela quantidade imensa de livros e outros ma- teriais. É justamente classificando tudo por áreas do conhecimento que a organi- zação das bibliotecas se torna possível. Inicialmente, será apresentado um breve histórico dos sistemas de classificação e os conceitos da área, para que você compreenda a terminologia técnica espe- cífica relacionada ao assunto. Em seguida, entraremos no conteúdo referente ao sistemapropriamentedito,comoestáorganizado,eéclaro,haveráexercíciospráticosparaassegurarquevocêcom- preenda o máximo possível da unidade. Ao final dessa temática, você deverá ser capaz de compreender como o conhecimento humano está devi- damente organizado em grandes classes, e distribuir os materiais de sua biblioteca de acordo com essas classes, tornando possível uma perfeita organização.
  • 39. 38 Auxiliar de Biblioteca Tema 1 - Sistema de classificação do conhecimento: Histórico, Evolução, Principais Conceitos 1. Sistema de Classificação Decimal Universal A classificação do conhecimento humano sempre foi um desafio para os filósofos, de um modo geral, e para os bibliotecários enquanto organizado- res do conhecimento produzido por uma determinada sociedade. No âmbito da biblioteconomia, os sistemas de classificação são artifícios en- contrados para representar de forma mais fácil e eficiente o conteúdo de deter- minadodocumento,comoobjetivoderecuperarmanualouautomaticamentea informaçãoqueousuáriosolicita(TRISTÃO,2004).Dentreossistemasmaisconhe- cidoseutilizados,estáosistemadeclassificaçãouniversal. O início do desenvolvimento do que conhecemos hoje por Sistema de Classificação Universal, teve como precursores Paul Otlet (1869-1944) e seu colega, Henri La Fontaine (1854-1943). Ambos trabalhavam em um índice bi- bliográfico que arrolasse todas as informações publicadas, sob a orientação do Institute International de Bibliographie - IIB (hoje a reconhecida Federação Internacional de Informação e Documentação – FID). Na busca por orientação para desenvolver um esquema de classifica- ção, Otlet tomou conhecimento da Classificação Decimal de Dewey, 5ª edição, de 1894, da qual conseguiu um exemplar. Estudando o sistema, ficou impressionado com a riqueza de conteúdos e detalhes do material e, escrevendo para Melvil Dewey, autor da Classificação Decimal que leva seu nome, obteve autorização para a tradução de sua obra para a língua francesa. Impressionados com a capacidade do sistema, Otlet e La Fontaine perceberam que a organização do conhecimento humano poderia ser expressa internacionalmente através dos números, ou seja, quanto mais números decimais utilizar, de forma mais específica pode-se representar a informação, e ainda, que os números podiam ser compreendidos em qual- quer idioma, facilitando assim a comunicação da informação. O trabalho deixou de ser uma simples tradução. Recebeu várias inova- ções, adaptações e complementos, passando a se constituir em um siste- ma de classificação que permitiria aos bibliotecários especificar e direcio- nar assuntos de forma bem mais objetiva, atendendo as necessidades dos usuários. Paul Otlet (1869-1944) Fonte: www.mementoproduction.be/Otlet.htm HenriLaFontaine(1854-1943) Fonte:FUNDAÇÃONOBEL:http://nobelprize.org/ CLASSIFICAR significa organizar ob- jetos ou idéias segundo determinados critérios. Classificação Decimal de Dewey - siste- ma de classificação que deu origem ao Sistema de Classificação Decimal Univer- sal e cujo autor é Mevil Dewey. ORGANIZAR, por sua vez, pode ser enten- dida como a atividade voltada para arru- mar de determinado modo; colocar em certa ordem (SOUZA, 1998, apud TRISTÃO, 2004).
  • 40. 39EAD - CIAR/UFG/UAB Tema 2 - Organização do conhecimento no sistema CDU: Índi- ce, tabelas principais e tabelas auxiliares A Classificação Decimal Universal (CDU) é um esquema internacional de classificação de conteúdos de docu- mentos, ou seja, não serve para classificar apenas livros, mas também revistas, filmes, discos e materiais audiovi- suais,entreoutros.Baseia-senoconceitodequetodooconhecimentopodeserdivididoem10classesprincipais, e estas podem ser infinitamente divididas numa hierarquia decimal. Osdocumentossãoclassificadosdeacordocomoassuntoaquesereferem,eéessequedeterminaonúmero que lhes é colocado na lombada e em seguida, são arrumados na estante de acordo com o número de classe atribuído. Exemplo: 55•  Geologia 32•  Política 61•  Medicina 9•  História 51•  Matemática etc. Setomarmos,umaclasseprincipal,porexemploaclasse6,CiênciasAplicadas.Medicina.Tecnologia,poderemos ver como esta se subdivide: 61•  Ciências médicas. 62 Engenharia.Tecnologia em geral.•  63•  Agricultura. Silvicultura. Agronomia. Zootecnia. 64•  Ciência Doméstica. Economia Doméstica. 65•  Organização e administração da indústria, do comércio e dos transportes. 66•  Tecnologia química. Indústrias químicas. 67•  Indústrias e ofícios diversos. 68•  Indústrias, artes e ofícios de artigos acabados. 69•  Construção civil. Materiais de construção. Prática e processos de construção. A subclasse 62 Engenharia subdivide-se por sua vez em: 620•  Engenharia em geral. Testes dos materiais. Energia. 621•  Engenharia mecânica. 622•  Engenharia de minas. 623•  Engenharia naval e militar. 624•  Engenharia civil e estruturas em geral. Infra-estruturas. Fundações. Construção de túneis e de pon- tes. Superestruturas. 624•  Engenharia civil divide-se em áreas diferentes que podem por sua vez ser divididas novamente em áreas ainda mais especializadas: 624.01•  Estruturas e elementos estruturais segundo o material e o processo de construção. 624.011•  Estruturas e materiais de origem orgânica. 624.012•  Estruturas de alvenaria. 624.012.45•  Estruturas de betão armado. 624.1•  Infra-estruturas das construções. Fundações. Construção de túneis. 624.2/.8•  Construção de pontes etc. E assim infinitamente...•  Com isso, Otlet e La Fontaine conseguiram implantar um grau maior de detalhamento na organização dos assuntos dentro desse novo esquema de classificação. O resultado desse trabalho, em língua francesa, foi publicado pelo Ins- titute International de Bibliographie – IIB, sediado em Bruxelas - no Pa- lais Mondial, de forma preliminar em 1904, e foi denominada “Manuel du Repertoire Bibliographique Universel” (Manual do Repertório Bibliográfico Universal) e em 1907, surgiu a reimpressão desta edição do Repertório, em forma de catálogo sistemático, sendo hoje a Classificação Decimal Univer- sal - CDU, com aproximadamente 33.000 subdivisões.
  • 41. 40 Auxiliar de Biblioteca Estrutura e Notação A Classificação Decimal Universal – CDU - apresenta-se em dois volumes: Parte 1 – Tabela Sistemática;•  Parte 2 – Índice Alfabético.•  A tabela sistemática, por sua vez, subdivide-se em outras duas tabelas: a tabela principal e as tabelas au- xiliares. Faz uso de números arábicos que, depois de pesquisados, passam a formar a notação que é o código (valor numérico) que representa os conceitos na classificação e expressa sua ordenação. Observando a CDU, na pontuação de suas notações, esta acrescenta um ponto a cada grupo de três dígitos para facilitar a leitura, não tendo, portanto, valor classificatório. Tabela principal A tabela principal é igualmente identificada como notação primária, lembrando que notação é o número que está na tabela de classificação e que representa o assunto que se busca para classificar corretamente os documentos. A base da CDU é constituída por nove classes específicas e uma classe geral, apresenta-se somen- te com um algarismo arábico e na classe 4 – Lingüística, que foi incorporada na classe 8 – Literatura (em 1963), deixando então, a classe quatro vaga para futuras expansões. Veja como se distribui o conhecimento no Sistema CDU. 0. Generalidades. Informação. Organização. 01•  Bibliografias. Catálogos. 02•  Bibliotecas. Biblioteconomia. 03•  Livros de Referência: Enciclopédias, Dicionários. 04•  Ensaios, Panfletos, e Brochuras. 05•  Publicações Periódicas. Periódicos. 06•  Instituições. Academias. Congressos. Sociedades. Organismos Científicos. Exposições. Museus. 07•  Jornais. Jornalismo. Imprensa. 08•  Poligrafias. Poligrafias Coletivas. 09•  Manuscritos. Obras Notáveis e Obras Raras. 1. Filosofia. Psicologia. 11•  Metafísica. 133•  Metafísica da vida espiritual. Ocultismo. 14•  Sistemas e pontos de vista filosóficos. 159.1•  Psicologia. 16•  Lógica. Teoria do Conhecimento. Metodologia da Lógica. 17•  Filosofia Moral. Ética. Filosofia Prática. 2. Religião. Teologia. 21•  Teologia Natural. Teologia Racional. Filosofia Religiosa. 22•  A Bíblia. Sagradas Escrituras. 23•  Teologia Dogmática. 24•  Teologia Prática. 25•  Teologia Pastoral. 26•  Igreja Cristã em Geral. 27•  História Geral da Igreja Cristã. 28•  Igrejas Cristãs. Seitas. Denominações (Confissões).
  • 42. 41EAD - CIAR/UFG/UAB 29•  Religiões não-cristãs. 3. Ciências Sociais. Economia. Direito. Política. Assistência Social. Educação. 31•  Demografia. Sociologia. Estatística. 32•  Política. 33•  Economia. Ciência Econômica. 34•  Direito. Jurisprudência. 35•  Administração Pública. Governo. Assuntos Militares. 36•  Assistência Social. Previdência Social. Segurança Social. 37•  Educação. 38•  Metrologia. Pesos e Medidas. 39•  Etnologia. Etnografia. Costumes. Modas. Tradições. Folclore. 4. Classe vaga. 5. Matemática e Ciências Naturais. 50•  Generalidades sobre as Ciências Puras. 51•  Matemática. 52•  Astronomia. Astrofísica. Pesquisa Espacial. Geodésica. 53•  Física. 54•  Química. Mineralogia. 55•  Ciências da Terra. Geologia. Meteorologia. 56•  Paleontologia. 57•  Biologia. Antropologia. 58•  Botânica. 59•  Zoologia. 6. Ciências Aplicadas. Medicina. Tecnologia. 61•  Ciências Médicas. 62•  Engenharia. Tecnologia em Geral. 63•  Agricultura. Silvicultura. Agronomia. Zootecnia. 64•  Ciência Doméstica. Economia Doméstica. 65•  Organização e Administração da Indústria, do Comércio e dos Transportes. 66•  Indústria Química. Tecnologia Química. 67•  Indústrias e Ofícios Diversos. 68•  Indústrias, Artes e Ofícios de Artigos Acabados. 69•  Engenharia Civil e Estruturas em Geral. Infra-estruturas. Fundações. Construção deTúneis e de Pon- tes. Superestruturas. 7. Arte. Belas-artes. Recreação. Diversões. Desportos. 70•  Generalidades. 71•  Planejamento Regional e Urbano. Paisagens, Jardins etc. 72•  Arquitetura. 73•  Artes Plásticas. Escultura. Numismática. 74•  Desenho. Artes Industriais. 75•  Pintura. 76•  Artes Gráficas. 77•  Fotografia e Cinema. 78•  Música. 79•  Entretenimento. Lazer. Jogos. Desportos.
  • 43. 42 Auxiliar de Biblioteca 8. Linguagem. Lingüística. Literatura. 80•  Lingüística. Filologia. Línguas. 81•  vaga. 82•  Literatura em Língua Inglesa. 83•  Literatura Alemã/Escandinava/Holandesa. 84•  Literatura Francesa. 85•  Literatura Italiana. 86•  Literatura Espanhola/Portuguesa. 87•  Literatura Clássica (Latim e Grego). 88•  Literatura Eslava. 89•  Literatura em outras Línguas. 9. Geografia. Biografia. História. 90•  Arqueologia; Antiguidades. 91•  Geografia, Exploração da Terra e Viagens. 929•  Biografias. 93•  História. 94•  História Medieval e Moderna em Geral. História da Europa. 95•  História da Ásia. 96•  História da África. 97•  História da América do Norte e Central. 98•  História da América do Sul. 99•  História da Oceania, dos Territórios Árticos e da Antártida. Uma versão adaptada da tabela CDU encontra-se no anexo.
  • 44. 43EAD - CIAR/UFG/UAB Tabelas auxiliares As tabelas auxiliares apresentam-se em duas divisões: os sinais e as subdivisões auxiliares. O uso destas ta- belas permite, além dos números simples, a construção de números compostos e sínteses. Os números simples são qualquer número extraído da tabela principal ou auxiliar e citado isoladamente. Por exemplo: Brasil (81) ou Medicina 61. Os números compostos são os criados por síntese, ou seja, a composição feita com números extraídos de mais de uma parte da tabela (principal ou auxiliar), que juntos formam uma notação de assunto. Por exem- plo: Medicina no Brasil 61(81) ou Mineração e Metalúrgica 622 + 669. Outros assuntos podem ainda ser encontrados nas tabelas auxiliares, como: nomes de países (tabela auxiliar comum de lugar);•  idiomas (tabela auxiliar comum de línguas);•  a forma como o assunto se apresenta, se é um dicionário, uma enciclopédia ou um relatório etc. (ta-•  bela auxiliar comum de formas); raças e nacionalidades (tabela auxiliar comum de raça e nacionalidade), podem também mencionar o•  tempo de que o assunto trata (tabela auxiliar comum de tempo); e ainda tratar do ponto de vista sob o qual o assunto pode ser apresentado (tabela auxiliar comum de•  ponto de vista). Enfim, nas tabelas da CDU podemos classificar os assuntos de maneira completa e abrangente, passando para os nossos usuários confiabilidade e segurança através de nossos serviços. Sinais Os sinais, apresentados na Tabela – Coordenação e Extensão e Tabela – Relação, Subagrupamento e Or- denação são em número de cinco: coordenação, representado pelo sinal de + (adição);•  extensão, representado pela / (barra oblíqua);•  relação, representado pelo sinal de : (dois pontos);•  subagrupamento, representado pelos [ ] (colchetes) e•  ordenação, representado pelos :: (dois pontos duplos).•  Os sinais permitem a composição de números, atingindo um grau maior de especificidade e de recupe- ração de assuntos. Números de classificação utilizando os sinais de relação (:), coordenação (+) e extenção consecutiva(/).