O documento discute a importância da caridade cristã. Três virtudes teologais são mencionadas: fé, esperança e caridade. A caridade é definida como amor e benevolência para com todos, incluindo perdão das ofensas. A caridade moral, de tratar todos com dignidade e bondade, é mais difícil do que a caridade material.
2. • O amor que move a vontade, busca do bem de
outrem;
• Prática da Caridade, Beneficência, Filantropia
e Complacência;
• Uma das três virtudes teologais ( Fé,
Esperança e CARIDADE).
3. O Verdadeiro Sentido da Palavra Caridade
• Traduz-se na
benevolência para com
todos, na indulgência
para com as
imperfeições alheias e
no perdão das ofensas
recebidas;
• Tem-se então que
caridade é a expressão
maior do amor pelo
semelhante.
4. Extensão da Lei de Justiça
• O amor ao próximo significa fazer-lhe todo o bem que
cada um gostaria que lhe fosse feito;
• “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”. Este
preceito manifesta-se tanto na prática da caridade
material quanto na caridade moral.
• Muito embora o dever de todos seja o exercício
constante de ambas, a caridade moral é mais difícil e,
portanto, mais meritória que a caridade simplesmente
material, porque exige de quem a pratica o verdadeiro
sentimento de fraternidade, espírito de renúncia e
5. Abrangência da Caridade
Não se limita apenas aos aspectos materiais,
mas abrange em sua essência a vida de
relação em todos os pormenores da uma
estrutura social, fundamentando-se a partir de
algumas atitudes:
6. Indulgência
É a tolerância, a compreensão para com os defeitos
do próximo, sem humilhar ou constranger também
aquele que está em posição inferior, pois qualquer
que seja nosso grau de evolução, estamos sempre
colocados entre um superior que nos guia e nos
aperfeiçoa, e um inferior, perante o qual temos
deveres a cumprir.
Não cabe a ninguém atirar a primeira pedra, pois
todos são devedores, todos têm defeitos a corrigir,
tentações a vencer hábitos a modificar ;
7. Benevolência
• É a boa vontade em ajudar
desinteressadamente os que precisam de
ajuda, com verdadeiro afeto aos seus
problemas;
• É saber falar e ouvir, dando ânimo àquele que
desfalece, ressaltando suas qualidades ao
invés de apontar seus erros;
8. Considerar todos os indivíduos
como dignos de ser amados
• Este sentimento, sem apego nem gerador de
emoções perturbadoras, desarma o indivíduo;
• Uma visão favorável sobre alguém dilui as
nuvens densas que lhe obscurecem a
personalidade, facultando um relacionamento
positivo;
• A não-reação à agressividade do outro
desmantela-lhe a couraça de prepotência, na
qual se oculta.
9. Perdão
• No mais amplo sentido de esquecimento da falta
recebida;
• Perdoar cada ofensa quantas vezes se fizer
necessário.
• Perdoar significa não somente esquecer o mal
recebido, mas também não desejar nenhum mal a
quem o pratica, inclusive aos “inimigos”, dos quais
não se deve guardar rancor ou desejo de vingança,
mas procurar ajudar para que possam reparar os
10. Aplicar a compaixão quando agredido
• A compaixão dinâmica, aquela que vai além da
piedade buscando ajudar o infrator, expressa
bondade e se enriquece de paixão participativa, que
levanta o caído, embora seja ele o perturbador.
• O amor é o antídoto mais eficaz contra quaisquer
males.
• O amor instaura a paz e irradia a confiança, promove
a não-violência e estabelece a fraternidade que une e
11. Identificar e estimular os traços de
bondade do caráter alheio
• Não há solo, por mais agreste, que, tratado, não
permita o vicejar de plantas;
• A maldade sistemática, a impiedade, o temperamento
hostil revelam as personalidades doentes da alma,
que necessitam de ajuda, ao invés de reprovação;
• A bondade, neles latente, aguarda o momento de se
manifestar e predominar mudando-lhes o
comportamento.
12. “Amai os vossos inimigos”
• Amar os inimigos da maneira como ensinou Jesus, é
perdoar-lhes e pagar-lhes o mal com o bem;
• Esta é a verdadeira caridade que caracteriza o
homem de bem;
• Podemos nos reconciliar com os nossos adversários,
em espírito, orando por eles e amparando-os, por via
indireta, a fim de que se valorizem para o bem geral
nas tarefas que a vida lhes reservou;
• Se do balanço de consciência estivermos em débito
para com os outros, tenhamos suficiente coragem de
solicitar-lhes desculpas, diligenciando a sanar a falta
cometida e articulando serviço que nos evidencie o
13. Amor e Caridade
• É prover as necessidades dos mais fracos,
sem que estes se sintam humilhados pela sua
inferioridade.
• A esmola em si não é um ato passível de
reprovação, mas sim o modo como ela é
praticada.
14. Várias maneiras de se fazer a caridade
• Ligar o benfeitor ao beneficiado;
• Sendo uns indulgentes para com os outros;
• Perdoando-se mutuamente as fraquezas;
• Cuidando não ferir o amor próprio de ninguém;
• Respeitando as opiniões contrárias às nossas,
esclarecendo sem os chocar, sem investir
contra as suas convicções e demonstrando
amavelmente, através de seus atos, o modo
correto de proceder.
15. Nas sendas do mundo...
• Caridade e humildade, tal a senda única da
salvação. Egoísmo e orgulho, tal a da perdição;
• Caridade não é tão somente a divina virtude, é
também o sistema contábil do Universo, que
nos permite a felicidade de auxiliar para
sermos auxiliados.
16. Caridade, segundo São Paulo
• Ainda que eu falasse todas as línguas dos homens e
mesmo a língua dos anjos, se não tivesse caridade,
seria como o metal que soa ou como o sino que tine;
• A caridade é paciente; não é invejosa, não obra
temerária nem precipitadamente, não se
ensoberbece, não é ambiciosa, não busca os seus
próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal,
não folga com a injustiça, mas folga com a verdade.
Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo sofre ( ESE,
Cap. XV, item 6).
17. DEUS E
CARIDADE
• Compadecendo-se de nossa ignorância, a
Divina Providência deliberou enviar alguém
que nos instruísse nos caminhos da elevação,
e Jesus, veio em pessoa explicar-nos que
Deus não nos pede nem adulações e nem
pompas, nem vítimas e nem holocaustos, e sim
o coração inflamado de fraternidade, a serviço
do bem, para que a Terra se abra, enfim, à
gloria e à felicidade do Seu Reino.
18. Por isso o Mestre ensinou:
• Esmerou-se a ensinar a união com Deus acima
de tudo;
• Socorro aos necessitados;
• Esperança aos tristes;
• Amparo aos enfermos;
19. Desde então, a renovadora luz do
meigo Mestre Nazareno...
• Clareou o espírito das nações e a Humanidade
começou a compreender que Deus, o Pai Justo
e Misericordioso, a ninguém exclui de Sua
Bênção e que a todos nos espera hoje ou mais
tarde...
• Como filhos bem-amados, unidos na condição
de verdadeiros irmãos uns dos outros.
20. Vivenciando o Evangelho de
Jesus...
• É por isso que, em todos os
países e em todas as crenças,
em todos templos e em todos
os lares da Terra, onde se
pratique realmente o Evangelho
de Jesus, o culto à Providência
Divina começa com a caridade.
21. Bem-aventurado aquele que dá de
si próprio...
• Feliz daquele que destaca uma parcela do que
possui, a benefício dos semelhantes!
• Há um encanto particular em sermos
protagonistas ou colaboradores efetivos das
vitórias do próximo. Em muitas ocasiões, não
há melhor estimulante à vida e ao trabalho.
22. Semeie sacrifícios e colha
sorrisos.
• Tome a iniciativa de
oferecer a sua hora e
outros virão
espontaneamente trazer
dias e dias de apoio ao
trabalho em que você se
empenhou.
24. Pré-requisitos para realizar a
caridade moral:
• Em primeiro lugar conhecer a necessidade de
realizar essa caridade, com a vontade, que é o
primeiro passo, começaremos a exercitá-la;
• Primeiro em casa, com os nossos familiares,
aprendendo a calar, compreendendo a
situação de cada um, sendo tolerante,
indulgente, compreensivo, ou seja, amigo
daquele que provoca a crise moral dentro de
25. Pré-requisito...
Nós já o temos, que é o sentimento, é o
desejo de progresso espiritual, são nossas
potências, a vontade é uma delas.
O conhecimento ajuda,pois nos mostra que
temos o dever de sermos caridosos com o
próximo, pois é assim que desejamos que o
próximo seja conosco.
26. O Espiritismo nos ensina que existe
dois tipos de caridade:
• Paulo, o apóstolo, deixa a entender que
caridade é um conjunto de valores morais que
o homem precisa adquirir;
• Pelo estudo, nós vamos nos conscientizando
dos conceitos que espiritualizam a vida e
através do trabalho, nós colocamos em prática
essas lições. Esta é a Caridade Moral.
27. Inter-relacionamento entre caridade material e moral
• Quando nos esclarecemos
acerca de quem somos, de
onde viemos, o que fazemos
no mundo e para onde vamos
depois da morte, estamos nos
espiritualizando.
• Para compreender os nobres
propósitos da vida,
entendemos nosso dever de
ajudar materialmente os que
são menos favorecidos do
que nós. Esta é a caridade
material.
28. A caridade material na casa espírita deve sempre ser
acompanhada de mensagens e ensinamentos
evangélicos de cunho espírita , mesmo se os assistidos
professarem outra religião?
Sim, deve. Junto ao alimento material que vai
satisfazer as suas necessidades, ele receberá
o esclarecimento da sua vida de espírito e
poderá, com o tempo e sentindo a
necessidade, fazer uso desse ensinamento. Se
ele não fizer, pelo menos fizemos a nossa
parte. Disse o Cristo: “Conhecereis a verdade e
a verdade vos libertará”.
29. A caridade e o progresso:
• O nosso progresso é lento, diz-se:”a natureza não dá saltos.”
Hoje, após o conhecimento de que somos irmãos e devemos
nos amar, ainda está ao nível da nossa razão;
• Temos que pensar primeiro antes de agir. Quando alguém nos
esquentar, antes de explodirmos, devemos parar e pensar,
pois ainda estamos em aprendizado;
• Quando estivermos com o aprendizado feito, depois de muitas,
milhares de vezes que experimentamos, vivenciando o convívio
com o próximo, estaremos com a nossa atitude automatizada;
• Isto significa que não pensaremos mais antes de agir. A ação
dirigida ao próximo será espontânea, natural, pois já há
assimilação do conhecimento. Todos sem exceção, passam