A invasão holandesa no Nordeste brasileiro entre 1630-1654 é descrita. Os holandeses conquistaram Pernambuco com a ajuda de Domingos Calabar e estabeleceram um governo administrativo sob Maurício de Nassau, promovendo a tolerância religiosa e o desenvolvimento econômico. Após a saída de Nassau, os portugueses iniciaram uma rebelião que culminou na expulsão dos holandeses em 1654. Os pintores Frans Post e Albert Eckhout retrataram a paisagem e
3. Trabalho de Antropologia Cultural
Professora Vera Borges
Alunos:
Filipe Xavier, Luciana Paganatto, Catarine
Vicente
Publicidade e Propaganda
8º. Período
8. Século XVI
A Holanda e outros territórios do norte da Europa eram
domínios do rei espanhol.
Em 1581, conquistam a independência, com a
proclamação da República Das Províncias Unidas.
A capital dessa republica era Amsterdã, na época um
dos mais importantes centros comerciais da Europa
9. Felipe II proibiu os produtores e comerciantes das
colônias de negociar com os holandeses.
Tal proibição ficou conhecida como embargo espanhol.
Em 1621, os holandeses fundaram a Companhia das
Índias Ocidentais (comércio com regiões da África
Atlântica e da América, incluindo o nordeste do Brasil)
10. Os holandeses desembarcaram em 8 de março de
1624 na Bahia, em Salvador.
Embora tenham ocupado Salvador, os holandeses não
conseguiram permanecer na cidade por muito tempo.
11. Com a expulsão dos holandeses da Bahia, a Companhia
das índias ocidentais teve grande prejuízo financeiro,
compensando em 1628, quando uma esquadra
holandesa assaltou uma frota de navios espanhóis
carregados de metais na América.
Com o lucro do assalto, a Companhia das Índias
Ocidentais pôde preparar novo ataque ao Brasil.
12. MATIAS DE
ALBUQUERQUE
primeiro e único conde de Alegrete
Olinda, 1580 - Lisboa, 1647
Administrador colonial português,
irmão do donatário da Capitania de
Pernambuco, e militar superior
português na Guerra da Restauração
13. 56 Navios da esquadra chegaram ao litoral
pernambucano em 14 de fevereiro de 1630.
Matias de Albuquerque governador da capitania,
refugiou-se no interior do território onde fundou o
Arraial do Bom Jesus.
Domingos Fernandes Calabar, grande conhecedor da
região, passou a ajudar os holandeses.
14. DOMINGOS
FERNANDES
CALABAR
1600 — 1635
Senhor de engenho na capitania de
Pernambuco, aliado dos neerlandeses
que invadiram o Nordeste do Brasil.
Calabar, a exemplo de Benedict Arnold
para os estadunidenses, é tido como o
maior traidor da história brasileira.
15. Com o fim da luta armada em Pernambuco, a companhia
das Índias Ocidentais passou a organizar a
administração da região conquistada.
Os anos de guerra causaram grande desordem
econômica na produção do açúcar e um relaxamento no
controle sobre os escravos, que, aproveitando a
situação, fugiram, em grande número, dos engenhos,
16. J. MAURÍCIO
DE NASSAU
1604 –1679
Cognominado "o Brasileiro", foi conde e
(após 1674) príncipe de NassauSiegen, um Estado do Sacro Império
Romano-Germânico e mais tarde da
Confederação Germânica.
Filho do conde João VII de Nassau,
casado em segundas núpcias com
Margarida de Holstein, princesa de
Holstein-Sonderburg.
17. Em seu governo, a companhia das Índias Ocidentais
concedeu créditos aos senhores de engenho para
reaparelhamento das propriedades, a recuperação dos
canaviais e a compra de escravos, tendo como objetivo
reativar a produção açucareira.
18. A tolerância religiosa foi outra característica desse
momento. As diversas religiões (catolicismo, judaísmo,
protestantismo e etc.) foram, de certo modo, toleradas
pelo governo de Nassau.
19. Criou-se também a cidade de Mauricia, hoje bairro da
capital pernambucana. Nesse período, Pernambuco
recebeu artistas, médicos, astrônomos e naturalistas
holandeses. Entre os pintores, estavam Frans Post e
Albert Eckhout, que, em diversos quadros, retrataram as
paisagens brasileiras
20. Em 1640, o duque de Bragança recuperou o governo de
Portugal e pôs fim ao domínio espanhol, iniciando a
dinastia de Bragança - episódio conhecido como
“restauração”.
Reconquistado a independência de seu país, os
portugueses negociaram um acordo de paz de anos com
os holandeses. Entretanto, esse acordo encerrou-se
antes do tempo estipulado.
21. Depois da saída de Nassau do Brasil, a administração
holandesa intensificou a busca de lucros.
Reagindo a essas pressões, um grupo de lusobrasileiros iniciaram, em 1645, a luta pela expulsão dos
holandeses, conhecida como insurreição
Pernambucana.
22. Depois de sucessivas derrotas, os holandeses
renderam-se, em 1654, na campina da Taborda.
Pelo último acordo, de 1669, Portugal comprometeu-se a
pagar aos holandeses uma elevada indenização em
dinheiro, equivalente ao preço de 63 toneladas de ouro.
23.
24.
25. A Batalha dos Guararapes – Victor Meirelles
Luta pela Expulsão dos Holandeses
26.
27. O livro de Barlaeus
Gaspar Barléu escreveu um relato do
Império colonial holandês no Brasil.
História dos feitos recentemente
praticados durante oito anos no brasil
e noutras partes sob o governo de
wesel, tenente-general de cavalaria das
províncias-unidas sob o príncipe de
orange, contém grande número de
mapas e ilustrações da região.
41. Paisagista, Frans Post fica encarregado de documentar a topografia, a
arquitetura militar e civil, cenas de batalhas navais e terrestres. As
telas a óleo pintadas no Brasil não fazem concessão ao exotismo, sua
paisagem é serena e subordinada à realidade. Responsável por
retratar em desenhos e telas a paisagem, os feitos militares, a
arquitetura do Brasil holandês. Acredita-se que ele tenha pintado 18
quadros em sua permanência de quase oito anos no país, mas apenas
sete deles podem ser vistos hoje.
Em telas como Vista da Ilha de Itamaracá, 1637, percebe-se
nitidamente algumas características que marcam a produção de Post:
linhas baixas do horizonte com céus altos em planos abertos para uma
vasta área em contraposição à vegetação ou motivos em primeiro
plano em desenhos simplificados, mas meticulosos. Nota-se um certo
colorido homogêneo de tons rebaixados mais próximo à pintura
holandesa do que à cor da paisagem local. Tais composições em
perspectiva baixa eram comuns a um tipo de pintura panorâmica
desenvolvida na época pelos holandeses.
48. A serviço do conde Maurício de Nassau, Echkout viaja para o Brasil,
onde permanece por sete anos como documentarista da fauna e da
flora e como pintor de tipos humanos. Nesse período, produz cerca de
400 desenhos e esboços a óleo presenteados por Nassau a Frederich
Wilhelm, eleitor de Brandemburgo. Produz também 26 telas a óleo
presenteadas a Frederik III (1609 - 1670), rei da Dinamarca, em 1654,
das quais 24 encontram-se hoje conservadas no Departamento de
Etnografia do Nationalmuseet [Museu Nacional da Dinamarca] em
Copenhague.
A composição dos quatro pares etnográficos segue um padrão
encontrado em ilustrações de livros de viajantes: a figura é colocada
no centro do primeiro plano, em tamanho natural e em posição frontal.
Suas posturas remetem a retratos europeus da época. Ao fundo, temse a linha do horizonte situada bem abaixo da linha mediana.
Elementos característicos do habitat de cada etnia aparecem por todo
o quadro e servem a sua construção simbólica.